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Eero eras} Diva Benevides Pino! sti se vivendo aera da revougSo digital, da nanctecnologin, das viagensinerplane ‘arias, do comércio peas eis da web, de exporimentos apoiads por dezenas de paises emilbares de cientsta (como 0 LHC — Grande Caisr de Hédons, 0 maior acelerador ‘do pantculas jd construld no mundo), «também na era de debatos raise vrtuais sobre problemas de ineresse global, como as consequénciasinternacionais da crise de 2008 do fantstico crascimento recente da China, a segunda pottncia econtmica mundial ‘Da osurgimento de ums espécie de inguagem global do medo —um misto de anti 2s ¢rocentas amoagas aos individuos e @ comunidad internacional. Destacar 90, pat ‘exempl,ovemer do dasemprego eda deevalorzacio da moeda to fuentes na década ‘do 1950, da guorra nuclear (xacerbado entre as duas Grandes Gueras munciais)edeuma crise financelra global, potancllizada por incetezas socials ¢ econdmicas preexistantes. ‘Tamor que ndo poupa sequer as economias elativamenta sides, embora sua parcepeao var segundo a cultura de cada povo, -Muitos desses problemas so objeto de pesqusns acadiémicas e podem se observa ‘dos, por exemplo, em tabalios selectonados pelo Comité do Prémio Nobel de Econom, NSE ST TERE Durante muito tempo, a economia constitu um conjunto de preceitos ou de shi ee adaptadas a poblamas particulaes. ‘Na Antiguidade”gregs, por exemple, apareceram apenas algumas dees econdmicas fragmontérias om estudos floséfics © politicos, mas som o brilho dos tabalhos nos ‘campos da flosota,ética, politics, mectnica ou geometia, Embora 0 tomo ocondmice (de otk, casa, © noms lo) tenha so utilzado pola primeira vez por Xenofontes, na obra de mesme nome (no sent de principios de gestho ‘dos bons privados),o¢ autora grogos no apresontaram um pensamonto econtmico inde pendants. De edo geal tataram apenas de canhecimentns préticos de administagSo ‘domésticn:inciusivea Crematistica (do chrema, posse ouriqueza) de Aristo, aposar {do titulo, referee, sbretudo, os aspectos pecuniérios das tansagdes comercais. ss ie me Dns rn acs seca ards ec {ap Gon FFs daar crc to Sun Pua hn 72 sn ons ca Cos Mercantieme: inns ei dab ‘isos ei mar ars ‘ee ca pri [Bote autor, contudo, apresentou algumas contribuigdes interessantes ds terias do valor, dos pregos e da moeda, [Na Antiguidade romana, igualmente,nBe houve um pensamonto acontmicogeral ‘eindependente, embora a accnomia de toca fosse mais intensa em Roma do que na ‘Grécia. A unidate econtmica do vastoimpério, mantida por meio de notaveisredes ‘edovirias ¢ de intensa navegacio, wanstormara Roma em centro de afuéncia dea ‘rodutos do todas as provincias, estimulando as wansagbes comarciais e a criacSo {de compannias mercantis e sociedades por agtes. Porém, as preocupagtes dos ro ‘manos limitaram-se fundamentalmente & politic, de medo que sua contribuicto & ‘economia fol quase nul "Na Kado Média principalmente do sulo X1 a0 XIV, surg uma atividado ooo" nomica regional ¢inte-iegional (com feizas peeidicas que se toraram célabres, ‘como as de Flandres. Champagne, Beaucaire ¢outras).organizaram-s0 corporagées deoticlo, eneralizaran-se as uocasurbane-uras, etomou nove impulsoocaméicio ‘medivrranoo (Genova, Pisa, Rorenca e Veneza tornaramso os grandos contro 60 _mereinis da poca ote. ATgreja procurou “morliar onteresce pessoal, reconheceu ‘a dignidade do trabalho (manval inteloctua), condenou as taxas de jure, busoou.0 “justo prego". a moderacto dos agentes econémicos eo oquilisio dos ato econdmicos. [No entanto,o pensamenta econdémica medieval, da cardtareminentementa pti, também era dopendonte: da subordinagto a flosoBa ou @ politica, na Antigua ‘Gssica,passaraa ser orientado pela meral cist. A partir da motade do século XV, ‘entetanto, eta subordinagio eligiosa seta subsituida pea preoeupago metals, ‘Reaimente,o Mercantilisme (1450-1750) imprimiu ao pensamento econémico wm ‘eunho de ate empires, de preceitos de adminstragto pbliea que os ovemantes de- ‘etiam usar pars aumentararquoda da nage edo principe: na Espana e om Portugal ‘2 economist aconsaharam a prolbigfoda sida de metas precioas eda entrada de ‘mercado ectangeiras na Panga, Cobarsmo buscouintavencinismonaindista ‘eoptoteconimo allandegiie, pare desenvolver aindutiai2ago inte, exportat mat ‘ereduairasimporagtea ao minimo passvel na Grd Brotha, ocoméxcioe a navogagao aparece como as principals fontes da iqueza nacional tc. Imporantestransformagéos marcaram o inicio do Mereantiismo, destacando-s0 as soguintes: 1 ntelectunis — com 0 Renascimenta # su9 magrion Rorngoartisticn (Leonardo ‘da Vine, Miguel Angel, Rafael Ticlanoe outs) tarsi laicizago do pons mento, tomo aos mites de observa ede expeniénca, a dfs de novas| elas por meto da imprensa(Gutembergimprimiuaprimeia Bia em 145) es: 1 rolgioeas — tazidasprincipalmonte pelo movimento da Reforma, em espacial ‘a mplantada por Calvino e pelos puntanas anglo-saxtes, que exatavam o ind ‘vaualismo ea aividade ocondmica, condonavam a ocicsidado, jusicavam os empréstimas jure, a busca do luero, 0 sucesso nas negécio ee. "= packio de vida — marcadas pela oabiitago tecgica da vida mater emrelaglo ‘so ascetis e,consequentemente, pelo deseo de ber-estar, de alimentacto re ‘quimada (om o uso de especaras. do agar et), de habitagbes confontvas © acjadas (que implicavam a nocossidado do docoragiodosinseioes, com mbvels ‘wabalhados, acts, apogarias,ougasfnas =). da viagonsintarogicnai (quo ‘contribu para a propagagao das novas manciras do vver ede ponsar ote; mua ssrceseancuriomcnantentncr ponconoseunwiswansnomewecossohco 1 pullticas — com o aparecimento do Estado Madero, coardenador dos recurses ‘ateriais © humanos da nago, aglutinador das forgas da nobreza, do cer, os senhotesfeudais, da burguesia nascente etc: 1 ceanstrmagbes googr cas — decertentasda ampiingo dos tims dormunde’, cracas as grandes descobertas (sobretudo a bsscla) e acs esforens para desen” volver a navegario (em espacial dee sobaranos portuguese, come oinfanto Henrique, oNavegader-Bartlomen Dias dobrouo cabo das Trmentaa(1427, Colombo degombarcou em Guanahan (1492), Vasco da Gama atingiu as indias (496), Cabral dascobeis 0 Bra (1500), Magalies empreendeu, pla pamera ver, uma viagom de circum navegagSo,conculda por seu lugar-tenente Sehasiso {el Cano (1614), Corte conquistou 0 Mexico (1519-1629), Pizarro dominow a tera os cas (1531) ere; 1 ansformagies ooonbmicas —oafluxoBuropa do metas precios, provenontss {do Novo Mundo, provocou odesiocamento do exo econdmico mundial os andes ‘ontos comercasmarkimas nao maissolnitazam ao Mettanen,estendendo-s0 também ao Atanion eo Mar do Noe Lendtes, Amster, Bordeus, Lisboa et) (O sparocimanta do interessante ideas bie a mooda possi aelaboragio| a concepio metals, base do Mercantiismo’o ouo ea prata passaram a se consideradoe o¢ mas perfeitsinstrumentoe de aruisigo deriquezs ‘As ansformagdes geogtiicas foram, tlvez, a mals importantes, porque prop- éaram a prosonga dos motaisprocioses om uma Europa politica @intlectualmanto ‘modifcada,criando as condigdes da concepcto metalista que caracterizou omercan- ‘amo em suas varia formas —bullonista, industrialist, comercial, ducsrio et, Durante os ués séculos do Mercantismo, as naghes da Buropa Ocidental organi zara sua economia interna, bassadas na unidade nacional ena expotagio de todos ‘06 recursos econdmicos, sob o controle ea dirego do Estado, ‘Varios autores tém destacad a grande fungao histérica do Morcantilsmo, na passagom da economia regional para a economia nacional, bam como suas falas ‘atribuiu demasiado valor ao metal procioso; considerou a produgdo apenas om fungdo da prosperidade do Estado ou do enriquecimento publico, sem se preocu- par com o bam estar doe individuos; enearow 0 coméroio internacional de maneira unilateral e “agreseva” —“o luero de um pais ¢ o prjuize de out” “ae perdas ‘do um pais oquivalom sos lucros reaizados pelo estangeiro"um pais nao ganha ‘sem que outro pesca ete ‘Muito crticada tom si também a politica colonial mercantilista, que con- ‘sitia em explorar a colinia so méximo (ela retirando metas preiosos, se possive, ‘mas igualment prdutos topicais, especiarias,produtosrrcs, matériae-primas o), bem como em impedir que nea se desenvolvesse qualquer ativdade econdmica que ‘mesmo remotamonte pudesso fazer concorréncia 8 mes6pao. ‘Mastasideias importantes, xprossas pelos mercantiistas co modo isla (como 0 pape tivo da meeda na economia, o mutipicador da renda ecutas) ndo chogaram a ‘matear 0 Moicantiimo, que passou pata a Higa esenclalments comoum eanjunto ‘do ates ocontmicas edo plitica econtmica, Keynes, om Tecla geral do emprego, do CXMMEHRCCN fons ae sonoma FSisaw ES 190 Ft Potties coloniat Spinnin mtn pr pda ger a coin ui st qo te ‘Ser nari anf {juroeda moeda cbsorvo ser passive que esses pioneros do pensamento econdmico ‘uvessom adotado suas mésimas de sabodriapritica sem torem discord as bases tedrleas em que repousavam. Examinou, entio, os motives or eles aprerentads © 88 rdtias que preconizavar, com base no wabalho Mercantiism, do Pot. Heckscher, 0 ‘qual colocou pela primeira vez, dispsigSo do grande plice de economia, os ragos ‘caracteristicos dese movimento, Bacrescentou que a generalizaio da dela de que ‘2 tooria mercantlista pimitiva no apresentava santidoalgum reaultara da ausincia do uma exposigio inteligivel sobre o assunto, lacuna proenchida com a obra de -Rockscher, aposar de este sr partidari da teoraclasicao testomunhar pouca sim patia peo protecionismo mercanslista "Embora sea pou significative contribu do Mercantiiame @constinuigo da ‘andlige econtmico-cientiica,algumas obias marcatam certo esforgodesistematizaglo no fim do stulo XVII e inci do secu XVI: a Pouca athmeti (1682), de Wiliam Petty, que evidencion a preocupagéo da andlse estatistca dos problamas econémicos, ‘90 Bssai sure nature du commerce en général (1734), de Cantilon, que prenunciou a {age clentiios da economia, apresentando clementce sabe a fungées da predugso ea ‘isoas assumidos pelos ompresdris (dasenvovides mais tarde por Say) ¢ expliciando ‘circuite econtmico Yormulado precisamenta por Quesnay alguns anos depois). ‘Cantilonrepresontouo lo ontroPety © Quesnay, que pouco depois sri © chofo a ecola sorties. O tio — Pet, Cantilo, Quesnay—marcou importante soquincia ‘a histéria da andliae ecandmica Somente a partir de Quesnay, entretanto, a atividade econdmice passou a ser ‘watade cienticamente. (0 Quadro ecandmico ce Quesnay (1758) ea Riqueza das nagées de Adam Smith (1776) marcarar, realmente areagdo contra o tatamentoastistemétic edisperso dos problemas econémicns. 32.21 AFiioerocio Movimento quanto existia om 1750, Fisiccracia empolgos tout Parse Verses 44017001770, masja estava esquocida por ota do 1780, excoto por alguns econornis- ‘a0 — come cheervou Schumpeter” Considevede, por mato autres ais uma ‘aia do flscofos oconomistas do quo uma escola econtmica, sugiue desaparocou como um ‘metooro, em tomo do dt. Quesnay, médico da corte «protege de Mme. Pompadout, ‘ula posi assogurou, por aigum tempo, uma situagdo prviegiada da Fisioracia, ‘em gota, na vida intelectual do grand monde anc Justo @ honest, pedante © doutinador, lel & ua protetorae impetmedve! As ‘tentagbes do ambiente da corte, Quesnay (1694-1774) tera so, na expresso de Schumpote, um "maganto rgpeitavel"” entre seus discipuls, destacaram-se: 0 marqués Mirabeau (1715-1789), autor de diversas obras, especialmente Phlasopie (1769), aceita como importante mamtual de TEES Fran man we ga ny fey natn ony Ma ‘toda fisiorética, ami, com apreciages sobre o Quai econdmico de Quesnay, Paul Meret de a Riviere (1720-1782), “mpulsivo e grosseto",escreveu outro impr tanta manual fatoctitio — Lorde naturel et essential des socitée politiques (1767h G.F Le Trosno (1728-1780), advogaco, que so interessou mais plas rlagées entre © ‘stoma fsioritco ao Dieito Natural o padre Nicolas Baudeau (1730-1782), canvertido 0 “credo” ftocrtion depois de he haver feito violent oposiglo,tarmande-se entio| um doe sous mais efcientas propagadares, Piao 8, Dupont do Nemours (1739-1817, talvor o mais inteligonte do grupo (mas que, na apreciagiio de Schumpeter, nha ‘talento brihanta da um planista e no de um compoaion), uni comentou a cbs doe Ssioeratas,principaimenta as de Quesnay; Turgot (1725-1782), intendante de Limoges e ministio de Luis XVI, ave a oportunidade de eplicar as ideias econdem- cas do sua escola: Kar! Friedrich Margrave de Baden, postariormente Grio-Duque do Baden (1728-1811), um dos paitieas mais capazea de sua época fez visas tentativas ‘do aplcagto da Fsiocacia om sou principado tc (Os fisiocretas consoguitam atanto audit ene os fdalgas da carte @ os gover- ante da 6poce: Catarina (da Rossa), Gustavo Il (da Suda), Retanislay (da Poli), José I (da Austie)@ muitos outs, que tentaram aplica algumas de suas méximas do um bom govern. [A Fisiocracia impts-so principalmente como doutrina da ordam natural 0 Universo 6 regio por nis natuais. abeolutas,imutavetso univesais, desojadas pola Providéncia Divina para a felcidada das homens, Estes, por meio da razfo, poderio| scab eas orem, ‘Aiguns autores considoram as teorias de Quesnay sobre 0 Estado ¢ a sociodado ‘moras teformulagdes da doutrina eacolistica que satisaziam ace nob @@sociedade. Une pouoce chegam a deetacar cera tendéncia tolica no pansamente de Queens, ‘mas amalora este acordo em reconheceranatutezaputmente analitien cu cientifoa ‘do aun obra econtmica. Precursor em alguns campos, Quesnay distingin-senafarmulag de einctpie de ‘oso social utara (cbtar amma satifopSo com um minimo do eeforo),no Harmo- nism que se dasenvelvai no sécule XD embera consclents do antagonisna declasses, fcredtava Queenay na compatisdade universal au complementaride doe interesces pessoas em uma sociedad compettiva}. na tora do capital (os emesis grea 55 podem inciar gen trabalho devidamente equiparos ou ea, se dispuserem dem capital nosentido de rquza acumlada, antes de inci a produgo, mas no analsova formagio eocompartamenta do capital manera do capital eal) 2c No Quadio econémico, Quasnay tepresontou, de moda simpliicado, 0 fuxo de ‘dospesas e de bens entre as diferentes classes socais distinguindo um equilibrio 4 quantidades godess que oskeynesianos deveriam analisar a partir de 1996, Tal como Cantilo, evidenciou a interdependéncia entre as atividades econémicas — proble- ‘ma que Walrasestudara mais tarde. Indicou como a agriulbrafornece um “produto liquide” que se reparte entre as classes da sociedad e admitiu sera tera produtora a mais-vabia (to so reforindo ao trabalho que Marx enocaria anos ape). Importante instrumento de andlse, o quadio é precursor da economia quantitativa, embora 0 ppp peep erga aoe Psocracta: pe poipdin ‘sind nd nt Ui rp ‘aia lp ‘els Dip Mint se _aspocto econometric da obra de Quasnay tern readquiideatvaidale apenas partir ‘do Léontiet (com objetivo e wacntcas dfeontos). [Bm 1764, Adam Smith, onto professor de Flceofa Mora na Universidade do ‘Gasgow,entou em conta com Queanay, Tuxget e otros fitocratas, o vista aFanga Doze ance depois, tomou-e0 o chefs da Bzcola Cidssioa que, juntamente da Escala Fisiocttica, marcouo inicio da fase propriamente cientifca da economia, 32.2.2 A EscoleClésiza ev & Economia Poltica mbora a maria dos autores tena feito de Smith (1728-1790) 0 apologist da ascente classe industrial capitalist, a verdade & que ele se mostravafavordvel aos ‘operirio ¢ ans trabalhadore agrcolas, opondo-se aos privilgios#&protogto estatal ‘que apoiavam o sistema mercant. Lekactiman’ reone vias passagens da Riqueza das ages contend expresses neste sent, em favor dos trabalhadors, dos consumidores, bers como pela vida tal, (© cardter oimista de Smith destou dos mercanklistas que o preoederam e de Mal ‘thus, quo soyuiia. Confava Smith no ogolsmoinato dos homens o naharmonia natural ‘de seus itereses: toro individ se estorca, em seu proprio beneficio, para encontzar & ‘emprego mais vantajooo para sou capital, qualquer que seja clo —oque oconduz natural: mente, a preterit oemprego mais vantajoso paraa sociedad" Oconstanteeininterupto ‘efoto de tda homom pode sr um inerumento podereso para malar sua prepa ‘condigio, a despeita da extivagineia do govern e das pores ens dn administago Para Smith, Dous (ova natuyez)mplantou nohomem ooriasinstinios ante os quais (ode “uocar este, mais tendéncia ce ganar mats dinhelro # de subir sociament, ‘conduzam o trabalhador a poupara produ que sociedad precisa ea enriquocer a ‘comunidad. Qs homens ao “naturalmente” assim. Seo govera se abativer de intervir ‘nce nogécios econémicas a "Ordem Natural” poder atuar Porém, como ox esceamas, Smith nfo afimava que oa foase expontanes: era um fim que deveia sex aleancado. Apesar da abundancia de exemplos ede digossbes, a Rqueea das nagses contém 0 ‘qve sou subttalosnuncia:investigagéo dansturezae das causas da iquera das nagées, ‘uj em termes moderne, «autor busca uma teotia do desenvelvimento econémic, ‘A principal expieago de Smith para desenvolvimento esta nas pmeirespéginas {de sua obra: a divsio do trabalho — expresso de simplicdade enganacora,utizada ‘ore em dois sonidos diferentes que setiam, em tempos moderios: a especializagso 4a frga de trabalho, que acompanina © avango econdmico, a alocagio da forga de ‘wabalho ente vrs linbas de emprego, ‘Ac onlatiar 0 mercado como zogulador da divisio do trabalho, ditinguiu 0 “valor {do us do “valor de toon” rbuinde interesee eeantmico apanas ao uma, Cone dorou 0 valor distin do propo, afmandio sor 0 tabalho “a medica do valor" Analisou 2 diswinuigdo da ronda ao ciseutir os tris components do “prego natural slic, Jucos © sondas da toma. Dee problemas do valor © da disibuigdo da renda, passou ‘como -seecosotncurionscthaatcchenck -tonkcotosaiowtanstomeneea conto 8 exposigdo dos mocanismos de mudanga econémica @ dos fatores que governam a alocago das forgas de uabalho entre emprogos produives¢ improdutives. (O mole terion de dacanvaivimenta econémicn de Smith consti part inte- ranze de sua politics econtmica ao contestaropadio mercantistaderegulamentagto estatale de controle, apoiava a supesicio de que a concorséncia maximiza o desen- ‘volvimento econémicoe, asim, os beneficies do desenvolvimento seria partitiados par toda a sociedad. De modo gerl os crticos de Smith tim aftmado que us cbra nto ¢ orginal, a= vo pela disposigo dos assuntos e pela exposigao, Reconhecem, pom, que escalheu exemplos to sigicativos que sua importncia¢reconhecida ainda hoje, econsequ ‘combinat materas hisvnioo @anaiticas de modo excepeionalmenteefcaz Sus admiradores, enzetante, considoram a Riquaza das nardes uma notivel con- ‘agi para os prepos dos bons dos fatores, oa alocagio dos recursos com 0 auxiio ‘da andlise marginal. “TRO. E Amant te an So Pad. 17 “Analiso marginal: pion ni povephers bee Sheed degre Nooeiasiteme ou ‘Marginalieme: uaa sleet ‘bt spd ti, hom pr ‘bar at bea reo papper) (0 Neoclassicisme apresentou'se soba forma de impartantes escola, dentre as ‘quais se destacaram: a Escola de Viena ou BscolaPsicoligica Austraca, a Bela de {ausanne ou Escola Matematica, a Becola de Cambridge « a Hacola Succ. 32.3:1 A Gcoo de Viena fo Eso scaligica Ausiaca) eo teora do uidode marginal ‘A Booola do Viena tave su desenvolvimento em tome de Cat! Menger a parts de 1870. Frm 1871, formule uma tora do valor de toca based no prinepie de wiidade ‘marginal docresconte,simultancamento com inglés Staniey Jevens (1871) oo francs [Léon Wala (1874. Pouca divulgedas no exterior devo bareirada ingua, ae obras de Menge consti- ‘tam. na Alemanha ena Asta, fundamento doa aracos trons postericrmenta a ‘ealizados. Dente sous soguidoes, destacetan-se Frledrich von Wieser (1851-1926) ‘¢ Eugen Bohm-Bawerk (1251-1914) que apresentaram importantes conribuigbe, ‘especialmente 8 votia do capital e dojuro, ‘A rovolugSo mengeriana consistiu,essoncalnante, no deslocamento da finaidade ds estas econémicos quant preocupacio com a riqueza (ou com a maneira como a ciqueza 6 produzita,disribuida © consumid), pica dos autores ssicos, pasando | andlioe eoonémica das neceesdaces ds mens, sia satistagioe valxapio subetiva 4 bans, Constatou que.os homens aprosentam escalas do prferéncia docorrentas do ‘motives muito variados. Observou que os jets desejadcs pelos consumidores ow com 6 ouists para satitaz ns coisas com caactristions debom — Guterquatat) tm ‘fara germente menor do que as quantidads reqerias (nooessilades — Beda ave ‘less tim, o que lava ndividuoacassificar seus das de accrdo com a import ‘la que a cles atribul. Com base no estudo das eocals de preferéncia de um individvo ‘em relagSo a vros bens, da considerago das limtagbes queanatureza impo, do con ‘onto des corals de preferéncia dos suetos eoondmicos enze si, e de outs fates, ‘Menger procures reconstiura atvidade ecendmica, Uraparsou, asim, a posi dos ‘Assicos — que oe imitavam a esudar os problemas dos preges em uma economia 4 troca e acrecitavam que 0 valor dos bens depend da quantidade do trabalho nels Inorporad, Buscou Menger uma ela do vale que explicate mportincia atibuida ‘ubjetivamente pelos individuos ans bons, fundamantando o valor sae a utlidade de um bem que existe em quanidade imitada (nog de margem) e sobre sua apt para ‘satsfazar as novassidadee dos suotes ecanémics. ‘Uma das figuras mais proominentas da Escola de Viena foi Bohm Bawerk, po {easore Miniuo das Finangas da Austia pot és vezes, Formal ededutivo, procured ‘nalisar @ naturoza do capital e sou papel no processo produtivo. Tentou conciia: ‘duns posig6es opostas: as desvantagens da tesrico ao consumo com as vantagens ie fururas expanstes da produgéo, hascando-oe na teoniasubjetiva do valor Supunha ‘que o "homem econbiio", motivado pelo deseo de maximizagio da utidade onde supervalorizar as necessdaces presents @a subestimar intnsidade dos daseica futures data necessidace de recompansar a poupana presente com o pagamento de ‘taxa de ures: iso signiin sacrificar as satisfagcea presentes. 323.2 A Escola de Lousanne ou Escole Motemético) eater do euilvio gral ‘A escola de Lausanne fl fundada por Léon Walras (1834-1910), professor francés ‘quelcioncu Eoonomia na Faculdade de Direto de Lausanne, da 18708 1892, quando ‘sucedido po Vitted Pareto (1848-1923) ‘A andlise do equilbio geal é uma abordagem aternativa & usada por Marshall, para o problema de deverminagao do prego, Cournot jf haviapereebido a necessidade ‘do considerar todo o sistema cconémico para uma solupbe completa dos problemas relatos acottas partes. Fi entotanto, Walas quem construiu um sistema mavematico ara demonsta 6 equilrio geal enfatizando a interdependéncia do todos 0 propos ‘dentro do sistema econémico, bem como da micro eda Macroscanomia, Mastros que as atividades das unidades de producto (amiss, mas, empresas) no podem sot ‘comproondias ioladas umas das outta ou separadas da economia como um todo, ‘Procuroa separara Economia Pura da Economia Aplicada oats da economia como cidncia pura no deveria sar comprometido com interesses de aproximar a obra dos teonices dos problemas dos negéetas pcos. CO now eles tnic calcado no concato de scasser val mature apeosunta-so ‘saldiicado nas obras de Aled Marshal inglatorr) @ de Knut Wickaoal (Suécia) por volta do 1890, Pr sua vez, a ideas de Walas so desonvolverio na conhocida Tori 4 Equilibie Geral, 22:33 A Fseoa de Conbidge oa ora do uri pari! ‘Alfred Marshall (1842-1924), professor de Boonomia Pitica da Universidade de Cambridge, exercou enorme infuéncia sobre importantes gragSes ce ponsadores 00 nom edu posi de destaquea Bscola que recebeu o nomede sua Universidade, 'Sua obra — Principles of economics (primeita edo em 1850) — constitu, segundo Keynes, o inicio da idade moderna da Ciéneia Boondmicabetanica, CConsiderava a economia como o etude da humanidade nos negécioe comune ‘da vido’ 0 sea, cincia do comportamento humano e no ciéncia da riqueza, O fe. ‘dae contribuigGostericas dave sero eoclarocimonto de problemas prices — posiglo ‘ametralmenteoposta & de Wares, Diforontomonte de sous contompordneos neoctissices, procurou tomar suas ‘anulisesacessveis.ao grande pubico mediante um estilo simples claro, evtando as exposigéos matométicas, A compleridade da sistema econtmnio ea dversidada de metives do comportamento Jhumano levaram Marshall a crarvicicas para oestudo sistomatico da economia, pot lo da redo do mimeo de varaveis 8 proporqdes manejves & da criago de um. métode de mensuragio do comportamento,Vuizou 0 métoo dedutio ov abtrato para separar uma vaniével ou setor da econemia de cada ver, com base no pressuposta de «que sou comportamento nfo exc infucia aprocsivel sobre a atividade eoondmica restante ou principio da desprenhildade des elite indicts). aso ndo significa que a ite da economia que no esta sendo annisida permanega inaterads, mas que, 90 ecueno sero consderao soter osetia de uma mudanga externa, ajusta-se-4 po ‘duzindo apenas um ofitodesprezvel sobre resto ca economia, {A difculdade do modit as motivagies humanas, que dosafam a investigario cientifen por nfo serem todas mensuréveis, Jovou Marshall a observar que grande parte da vida de homom 6 oriontada para a obtencée de ganho econémico, de modo ‘quo.as motivaydes podem sor medias porintermédiode um denominador comum: a ‘moeda. Notou, porém, que aplicagto daase denominadora individuos provaveimenta ‘fo soja vida, rocomendande sua aplicagdo ao grande grupo ou oiganismo socal, Porque este envalve um nimero suficantemente grande de individues, que nivelam. ‘as diferengas da ronda, Assim, 0 estudo dos pregos (de bens e de fatores)passou a ‘constitir a principal area de investigagéo de Marshall, com objetivo de descobrir ‘a rogularidados da atividade econémica ‘Tomnou-sefamoso seu examplo de uso da metedologia dedutiva ou abatzata para ‘nvestigar a inerapdo das forcas da oferta e da procura e para explicar o aparecimanto do prego do equi (Livro V de seus Principles). 323.4 A Escole Neodissico Sueca nut Wicksell (1851-1926) foo principal representants do ramo seco do Noodtas sicismo, apresentando importantes contrbuighes @andlise do valor eda distibuicso, ‘Deu tnfase a0 papel da mooda e do crédito na atividade eoonémicn, dferentemente de seus antecessores, muitos des quals consideravam a moeda um simples “véu" ‘ave cobra as tocas de bens. Mostou que tals quesies, até eno relogadas a plano secunddrio, aumantavam de importincia e complexidade & medida que e dependia cada vor mais dos bancos como cxiadoros de moios de pagamentos. Seu interesse pela teria do capital edo |uro surgi da critica que apresentow sos ‘rabalhos de Bohm Bawerk,Intodizi o conceite de estrtra de capital. propiciando novo enfoque eletivo ao eft da acumulago de capital ea inovagdo sobre a Renda "Nacional, bem como ao reiacionamento entre as quotas de partcipagio. Das contrbuigtos de Wicksel, a mais important talvez tena sido seu esforgo Ploneiro no sentido de intograr a anslise monetéria & real. m sua épeca, tpn 19 que as mudangas no nivel de proges @no valor da moodaroltiam somonto as ‘akecagiee na quantidade de mooda © em sua velocidade; pot sua vez, 0 nivel da produgae era considerad dependante da cfatade recursos edo astado das écnicas ‘quo dotorminavam a oflciéncia de sou uso oo pleno omprogo. Wicksoll empou com {2 tadigfo e defonden o pont de vista de que os fenémenos monetricse a8 fend ‘menos reais se intorrlacionam, de modo ques mudanas no nivel orl dos progos ‘do ocortm dietamente, mas sim indietamente, como resultado das alteraghos da taxa de uros, Coube a Keynes realizar, mais tarde, a plana integragao ene a anise rmonetarla © re: Aposar da ampla acettagdo do Neocinsscismo e da grande extensto do dominio ‘de sua influéncia, prineipalmente durante os tts primeiros dectnios do stculo XX, a8 rincipais ideas marginalstas foram também objeto de alguns movimentos de opos ‘eo, como veremes mais adiante 22.3.8 Oposgses ao Neocowiciome Dente as prineipais oposigdes, destacarem-se 0 intitucionalisme Oldered por ‘Veblen 0 movimento da Zconomia do Bom Estat (com Pigou) Acescola instucionolista Desenvolvou'se principalmente nos Estados Unidos e buscou fundamentarse na istéra, na Sociologia e nas Ciéncine Socias em geral. Opts-8e & metodologia das ‘BecolasClissea o Noocssica, com o objetivo de tiar @ economia do laboratro" de dedugses, € recondu-la&realidade, Nesse sentido, instituetonalisme procures ‘considoraro tempo (colocado em dastaque pela Escola Histica) eo espago por meio os quadros sociais¢institucionais), [A porsonalidade de Thorstein Veblen (1857-1829) domino oinstitucionaismo _e formago complexaevarada, Veblen (0 infuenetado por grandes nome dietplo ‘do Join Bata Car (quando etudanta do "Carleton Collage) colaga de John Dawey (na “John Hopkins), doutorou-s om Filosofia por Yao e estou Antropologia, Sociologia ‘economia com outofamogo neocléseico, JL. Laughlin depois sou chofo no Depar- tamento de Economia da Universidade de Chicago). Publicou, entre outros trabalhos, A toon da classe desccupad, A toora da empresa de negécios @ Os engonbolres @ ‘sistema de progos. Seguiram sua tadi¢io Woaly Mitchel, John R. Commans, C.. Ayres e, mais recuntomante, John Kenneth Galbraith. Veblen tejeitou 0 pressuposto neociéssico fundamental de que comportamente humana, na aera canémica, éracionalmento ‘itigido, que c homer tem habiidade para calcula os ganas eas perdas econémicas associedas a escohassltamativasdisponiveis,ou melhor, que hemam éumcalcladat os prazeres dos sofimentas(concopeo hedonista), Viu no comportamento human uma dicotomia essencial de um lado, relate o impacto de uma tecnologia dintmica 0. de outro, asin uci das insutuigbes prodominantes.Aftmou quo os padrbas de consumo nfo so popriamente o tasulado do célelo acional dos ganas @ perdas ‘marginais, ma im oresutado do habit, da “exibiglo emulativa’, do deseo do imitar 08 padibes de consumo da ica classe ociosa ete [Neseo sentido, uma politica de Jassneatre no maximiza automaticamente 0 bbem-star do consumidor, o Estado davera abrandar as infuéncias indesedves, tutbutando 0 “consumo conspicuo". ‘Accconomia do bemestor ‘Arthur C.Pigou (1877-1969), suoessr de Marshal na estadra de Boonomia Pltica ‘da Universidade de Cambridge, dasafou a adie neccléssicarelativa a substiuigto a ago industria privada pelo Estado, na esfera econdmica Desde Adam Sith jf se reconhocia que cortas emproendimentos no ucratives ara o8 empxesirios pavadoso multo necessrios comunidade.Pigou, em Riauee ‘ebom estar (1820), idontificou stuagées am quo a presonca de “infutncias extoras" a produgio justifcam aintervengio do Estado, para a proviso de bens on de servigos utr assunto que merocet a atengo de Pigou fi significado social das incistrias| do cuss cresoontese decrescentas, bam como 6 uso de um sistema de tbutas @ do ‘subsdios para rogular sua produgio,ovtando-so a excosciva atagSo do investments pela indotrae de custo cescentea oto sublnvastimenta peas de custos constantes cu decrescentes “Knight examinou o algumento de Pigou a favor de tibutos e subsidies pa conigit, Aivergencias ent os produtos marginais privado e social tomou posigtofavorivel & tuaicional opino neoclésica de que a conconénciatende & produair uma efcente locagie de recursos. arqumentand que.afalha do mecanismo de mercado, demonstra ar Pigou,éindictivade aha do governo em proteger os detas da propiedade pada s debates entre Pigou, Knight e Veblen revelaam, no fundo, a insuitenoia da teoria neoctissca para explicar os problemas de atividade econdmica, No deoénio do 1920, 0 pnto cenzal de discusses e oposiges fo a toria neoctissica do valor; em soguida, a andlise marshaliana de rendimontos crescantas eu rlacionamonto com. {a viablidade do mercado competitive. No inicio do decénio de 1890, o aparecimento das torias do concorénciaimpereita reativou os ataques conta oneoclassicismo, Jogo depois, Keynes cxiticon os aspectos da anise neocfssica quo se rlacionam & ‘questéo macroeconémica do nivel de empregoe da producto, ‘As ceticas apresontadas is ooras noodssicas, a parr do 1820, atingiram sou ‘onto culminante na decnie de 1890, earacterizado como um pexodo de grande fe ‘mentago orca. Namaiora ds cass, oe debates provocaram novas andlisos onoves ‘estudos om ambos 0 lads oponentes — so exomples os trabalho sobre 0 compa ‘tamenta dos pregas das empresas aituadas entze o monopdio puro ea concaténcia perfita: o comportamento étimo do produto @ do consumidar, a teoria do manepstio ‘eda concorttneiaimpereta: os problemas da “grande empresa” resutantes da con ‘cantragio do poder econdmico © outos. Beevidente que os fats econtmicas contribuiram intensamente para aia os de ‘bates dos econzmistas,espocialmontea insuciéncia da adi clissicaonooclisica para solucionar problomas como os da Primoira Guerra Mundial eda crise do 1928, 02 0), o8 paises industilzados do mundo oeidental js seiamente abslados pela crise ‘do née queria, qua ocasionou elevadoa nveis de desempraga eprofundo desconten ‘tamento no povo, sofreram ainda, em 1929, 0 impacto de outa crise nici na Bolsa 0 Valeros de Nova lorque edifundida em todo o mundo. recta muito dstante da reldade a imagem de funcionamento de um sistema ‘econtmico apresentada pelos marginalitas: 0 plono emprogo sania o nivel normal dd operago da econcmia, eas distorgdes que surgisem team corpo crunda de ‘emésiosgetados pelo propia sistema econdmico Em vez disso, entetanto, dese roge aviaatingido proporgées alarmantas eno haviaindicapbesde que tal situaclo cestava se autocorigindo "Na austncia de um diagnéstico tsrico sobre a economia do desemprego mace, ‘0s paltions es governantestentaram desesperadamente emediar os males por meio ‘de medidas eepataae, como a restrigto das imporiagtes,o aumento das tari, a dee ‘valrizagdo da mooda,arelizagao de obras piblicas como mecanismo de ciago do ‘emprogo (Inglaterra) ou de estilo & economia (Estados Unies), entre ouras 32.4.1 A revolcdo keynesiona [No conturbad pariodo entre as duas grandes quaras, as obs to John Maynard ‘Keynes (1883-1946) romperam a radigéo neocissica eapresentaram um programa de ‘9¢8o governamental para a promo do leno emprego. Fo tal o impacto produzido ‘que a stuagie de Keynes de sous cantinuadorespascou a et chamada da Ravohiglo ‘Keynesinns’, Teérico ¢ homem de ago, Keynes fot constheto de varios governos da Inglacrae participou de importantes confréncias intemacionais duranto a Sogun {da Guerra Mundial. Bm 1983, crow o Plano Keynes para estahiizagdo internacional {as moedas, Terminada a Guera, participa ativamente dos trabalts de eriagdo do ‘Fund Monetirio Intemacioal (FM e do Banco Internacional para a Reconstrugio © ‘Desenvolvimento (Bid) ‘Koynesinteassou-ge pels problemas da instablidade a cute prazo e procurca eterminar as causas das futuacBes econtimicas ¢ os niveis de renda e de emprego ‘am economias industrials. Alguns neoclssions ja haviam se rferdo as futuages Industriais @ a inconstancia do emprego", mas enfocando principalmenta as forgas ‘que nfuenciavam na procugdo em mercados deverminados« nfo aquolas que agiam ‘sobre a economia como um to. Marx, por sua vez, também se aproximara das proo- ccupagSes de Keynes, mas noe aprofundara no sunt, talvez px acteditar naqueda snawtavel do capitalise. Keynes, enetantn,colocou em divida as prosaupeaigbes ‘dos neocléssica ou marginalistaa, hem como suas preocupagtes com o longo raza" — perio no qual “todos estaremos moras” CConsiderou os problemas dos grandes agregados a cuto prazo e esforgou-se no ‘enti de contestar a condenagéo marist do capitalism: exe poder er preserved, em sua pare essencial, se rformas oportunasfossem eletuadas, Ja que um capitais- ‘mo nto rogue so meatraraincompatival com a manntancio do pleno emproga eda ctabildace oconémica \ejamnos as orgens eos desdobramentes da revolugto de Keynes Se a teoria mar ‘inaita vai se consolidando no fnaldosécule XIX como Teatia das Prepoe tra dea ‘de pesquisa encontra-se em estado de ebuligde: Teoria das Flutoagtes Eeonémicas @ ‘Teoria Moneta, Pasa-seareconhecer que crises eeandmicas no so fatosisclacos, ‘mas sim parte de um fonémeno mais geal as utuagtes econdmicas. Surgem vias #0 dilorontos explicagdes para elas, mesmo entre economistas da mesma linhagor tedrica, como os austriacca Joseph A. Schumpeter ¢ Von Mises e F Hayek: ou entio centre economistas de Cambidge, como Havre, D, Robertoon e J. M, Keynes. Jd na cea de teoria monetéra,patcebe- uma mudanga das abocdagens bassadaa na Teoria ‘Quantitativa da Mooda para aranda nacional oa sua disposigdo entre investimonto © poupanga, modiados pola taxa de juros, como so exemplos K. Wicksal (nvrest and prices) © J. M. Keynes (Theatiso on money, dois volumes). Keynes, desapontado com 0 eu lo, tanto pela extionstatiicas como pele indiferengs das suas iene sobre ‘uma agenda de polticas pblicas como elaborada no sou artigo "O fim do laissez faire snicia uma refocmulagio da parte téricado volume 1, do Treatise, que va redundar na ‘Teoria geral do emprega. dos juras © da moeda. Esta aba mais as de M.Kalock © do G. Myrdal ormario a ehamada rovolugio keynesiana Para Keynes, eformulagSo das sua idlasteticas vai de encontro a uma esta belecia erodxca, a comegar pela propria explicagio de dasamprage.De cord com. os principios da teoria marginaisa, 0 dasomprego nada mais ora do que o mal funcio- ‘pamento do mercado de trabalho, ou sea, a exstincia de um prego desequiibrado — neste caso, uma taxa de sli real acima da de equiio. Keynes aponta que o nivel ‘de emprego no & deverminado no mercado de uabalto. Em peimeito lugar, porque a fungi de oferta de trabalho nao reatao comporamento des trabalhadoras no mundo real Em segundo higar, esta ¢a critica importante para Keynes, os trabalhadores no ‘am qualquor mecanismo socal para decidir sobre o nivel de prdiugdo do emprogo 1a sociedade modema, O nivel de emprego ¢ determinado no mercado de produtos pelo volume de demanda efetiva da economia para um dado pecodo Keynes crticou ali de Say #inverteu a perspectiva de exame da mosda em movi ‘monto (gasta’ para analist-la quando ontasourada ou guardada:reiterpretou a taxa, o ur; analisou a poupanga o o consumo; estudou sab nove enfoque a dtarminagio {do investimento oo equlfxo agregatvo;atzbuia papel ative & pits sal, dfen- ‘donde défcea publicesproposiais para infra precura agregada; opte-se&excesiva conflanga nos consoles monetrioe eto. ‘As doiciéncias oa “temordaces” da obra de Keynes, enttanto, mn sido apo tadas pot varios autores: em vez de geral como pretendeu, sua teora permanecet particular, ou como resposta & situagdo da Grd-Brotanha durante a crise dos ance 1990, além do imitarse ao subemprogo e ao curt periodo. Alm disso, simpliicou ‘exageradamente a comploxa realidado econémica, omit aandlse da microoconemia, ‘colocou'se voluntariamenteno quadto das estruuras capitalists, no se edicou acs aloas emargontas et. O.que mais grave:nto considereuo problomafundamentaldo ‘im da andlse prodtiva ou a que tipo de cvilzagio 6 chamada a servi a gigantesca ‘engrenagem de vénicas,captais trabalho humano. ‘Alguns autores socilistastém criticado Keynes por haverrecomendado polit ‘cas econtimioas que, além de aumentarem a infagae, nfo pravocam a elevagte do porier aquistivo dos tabalhadores, mas apenas estimulam o consumo dlapidador das claaes dominantes. ‘Ac tentar encobriro cardter clasiet do consumo na sociedad burguess, Keynes ‘sxabelocou uma inca ei de consumo para todas. as classes, ignorando que. consumo do trabalbadores« dos capitalitas 6 de nabureza muito diferent, Assim, no teria ‘ido casual ofato de Keynes “ealgar a figura de um idediogoreacionéro do consumo arasitéro, como fot Malthus" ‘Apologista do capitalismo monopolist do Estado, Keynos tra slenciado cons clentemente eobre a natureza classista do stado burgués imperialist, orgto dos ‘monopolies capitalists. Suas propostas para aumentaro controle estatal sobre aati {ade econdmica agravaram ojugo da oligarqula ancora, mediante a wllzagdo dos recursos da renda nacional. Por sua ver, sempre houve cera tandéncia socialists no sentide de incerpecar ‘lgumas contbuigSes keynesianas, como a politica de plono emprogo ea politica do

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