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Classificação de resíduos

E segundo a fonte de origem

 FONTES ESPECIAIS
– Resíduos agrícolas;
– Indústria;
– Resíduos industriais;
– Resíduos de serviços da saúde
– Resíduos de portos, aeroportos e terminais
rodoferroviários;
– Resíduos radioativos.
Aspectos legais
Composição e
Potencial poluidor
Tratamento
Portaria MINTER 53/1979

 Dispõe sobre o controle dos resíduos provenientes de


todas as atividades humanas a fim de prevenir a poluição

 Estabelece normas aos projetos específicos de


tratamento e disposição final de resíduos , bem como a
fiscalização de sua implantação, operação e manutenção.

 Obriga a incineração de todos os resíduos portadores de


agentes patogênicos, inclusive os de estabelecimentos
hospitalares e congêneres.
Resolução CONAMA 06/1991

Desobriga a incineração ou qualquer outro


tratamento de queima de resíduos sólidos
provenientes dos estabelecimento de saúde,
portos e aeroportos, com exceção dos casos
previstos em lei e acordos internacionais.
Resolução CONAMA Nº 5 de 5 de agosto de
1993

 Estabelece critérios para o gerenciamento de


resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde,
portos, aeroportos, terminais rodoviários e
ferroviários.
 Define Resíduos Sólidos
 Estabelece a classificação em quatro grupos
(biológicos, químicos, radioativos e comuns).
 Obrigatoriedade de apresentar o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS
 Atribui responsabilidade ao gerador, pelo
gerenciamento de todas as etapas do ciclo de
vida dos resíduos.
 Obriga o tratamento para o Grupo A,
recomendando a esterilização a vapor ou
incineração;

 O tratamento dos resíduos do Grupo B deve


ser de acordo com sua característica;

 - Exige licenciamento ambiental para a


implantação de sistemas de tratamento e
destinação final dos resíduos.
Resolução CONAMA Nº 283/2001

 Dispõe sobre o tratamento e a


destinação final dos Resíduos dos
Serviços de Saúde

 Ratifica a Classificação dos RSS em A,


B, C e D;

 Detalhamento do Grupo A;
 Os efluentes líquidos provenientes dos
estabelecimentos de saúde deverão
atender diretrizes estabelecidas pelos
órgãos ambientais competentes;
 O tratamento dos RSS devem ser realizados
em sistemas, instalações e equipamentos
devidamente licenciados pelos órgãos
ambientais e submetidos a monitoramento
periódico.

 apoio a formação de consórcios;

 Resíduos do Grupo B devem ser devolvidos


para o fabricante ou importador, que serão
co-responsáveis pelo manuseio e transporte
 Resolução CONAMA Nº 316/2002
 Dispõe sobre procedimentos e critérios
para o funcionamento de sistemas de
tratamento térmico de resíduos
(INCINERAÇÃO)

 Resolução ANVISA RDC Nº 306/2004


 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
o gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde.
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

 NBR 7500 - Símbolos de Risco e Manuseio para o


Transporte e Armazenamento de Material /
Simbologia (2004)
 NBR 10004 - Resíduos Sólidos / Classificação
(2004)
 NBR 12807 - RSS/ Terminologia
 NBR 12808 - RSS/Classificação
 NBR 12809 - Manuseio de RSS /Procedimentos
 NBR 12810 - Coleta de RSS/Procedimentos

NBR - 12.808 - Classificação de Resíduos de Serviço


de Saúde, não está de acordo com as Resoluções
CONAMA nº 5/93, 283/01 e 358/05.
 13221 – Transporte de Resíduos
 NBR – 14652 - Coletor Transportador Rodoviário de
RSS – Grupo A
 NBR – 13853 – Coletores de RSS perfurocortantes –
Requisitos e Métodos de ensaios
 NBR – 12.235 – Armazenamento de Resíduos
Químicos
 NBR – 14652 – Coleta e transporte externa de RSS
 ATERROS
 NBR 10157/87 – Aterros de Resíduos Perigosos
 NBR 13896/97 – Aterros de Resíduos não Perigosos
Sacos de Lixo
 NBR 9190/1993: Classificação (REVOGADA)
 NBR 9191/1993: Especificação (2002)
 NBR 9195/1993: Determinação da resistência a queda
livre – Método de Ensaio
 NBR 13055/1993: Determinação da capacidade
volumétrica - Método de Ensaio
 NBR 13056/1993: Filmes plásticos para sacos para
acondicionamento de lixo – Verificação de
transparência – Método de Ensaio
 CNEN - Comissão Nacional de Energia
Nuclear
– Resolução CNEN-NE-6.05/1985 - Gerência de
Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas -
regulamenta o gerenciamento adequado dos
rejeitos radioativos dos radionucleídeos usados em
procedimentos de diagnóstico e terapêutica, para
assegurar e manter a saúde ocupacional dos
profissionais que operam nessas áreas.

– Resolução CNEN-NE-6.02 - Licenciamento de


Instalações Radioativas
Tratamento
Tratamento de Resíduos
Infectantes
 Desinfecção úmida e seca
 Radiação Ionizante
 Microondas

 Radiofreqüência (ETD)
 Químico
 Incineração
Tipos de Desinfecção
 Desinfecção a vapor (autoclave)
– Processo no qual se aplica vapor saturado
sob pressão superior à atmosférica com a
finalidade de se obter a esterilização.
– As condições mais conhecidas são 15 - 30
minutos a 121 ºC - 132 ºC

 Desinfecção a seco ou inativação térmica


– Processo lento, pois requer altas
temperaturas, 165 ºC a 170 ºC, por um
período de 2 horas ou mais
Radiação Ionizante

– É um método de esterilização a baixas


temperaturas
– As principais formas de irradiação são
os raios gamas (Cobalto-60),
ultravioleta, por feixe de elétrons e
infravermelho
Desinfecção por Microondas
 Os resíduos são triturados

 Encaminhados para câmara de tratamento


onde são umedecidos com vapor d’ água a
alta temperatura (130 ºC)

 A mistura é submetida a uma série de


microondas (2.450 MHz), temperatura entre
95 ºC a 100 ºC, por 30 minutos
Desinfecção por Radio Freqüência
Desativação eletro-térmica - ETD

 Os resíduos são triturados

 Encaminhados para câmara de


tratamento por ondas de rádio de
baixa freqüência (11 a 13 MHz),
temperatura pelo menos de 90 ºC
Desinfecção Química

 Hipoclorito de sódio
 Óxido de etileno
 Formaldeído
INCINERAÇÃO
 A incineração é a destruição dos resíduos por
combustão (oxigênio);
 Redução dos resíduos a cinzas em até 90% do volume
inicial;
 Temperatura superiores a 800º C, sendo ideal
superior a 1.100º C.

 Problemas:
 Deve-se controlar a combustão, pois combustão
incompleta pode aumentar os níveis de gases de
monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e enxofre ,
material particulado, substâncias orgânicas poluentes
como dioxinas e furanos (PCDD/PCDF), ácido
clorídrico, ácido fluorídrico, metais pesados (mercúrio,
cádmio etc).
PREÇO POR TIPO DE TRATAMENTO DOS
RSS POR TONELADA

Valor, R$
ETD 1000
Microondas 800 - 1200
Autoclave 800 - 1200
Incineração 1500 acima
Geração de RSS no Brasil

 Urbanos (RSU) – 1 kg/hab/dia


 RSS - 1 a 3 % dos RSU
CLASSIFICAÇÃO DOS RSS

 GRUPO A - Resíduos com possível presença de


agentes biológicos

 GRUPO B - Resíduos contendo substâncias


químicas

 GRUPO C - Resíduos contendo radionuclídeos

 GRUPO D - Resíduos que podem ser


equiparados aos resíduos domiciliares.

 GRUPO E - Perfurocortantes ou Escarificantes


COMPOSIÇÃO MÉDIA DOS RSS

GRUPOS A, B, C e E 10 - 25%

GRUPO D 75 - 90%
CARACTERÍSTICAS DO VEICULO COLETOR

Os veículos utilizados para o transporte


dos RSS do Grupo A – Resíduos com
Risco Biológico devem ter as
seguintes características especiais:
1. a carroceria do veículo adequada para
fixar os recipientes para transporte;
2. 2. a carroceria do veículo deve estar
completamente separada da cabine;
3. a parte interior da carroceria deve ser
facilmente lavável;

4. as portas de carga devem estar na parte


traseira do veículo;

5. o veículo deve estar devidamente


identificado com rótulo que indique a
presença de material biológico (símbolo
universal de "Substância infectante" -
Norma da ABNT, NBR 7.500).
ARMAZENAMENTO EXTERNO

Os RSS devem ser armazenados em


locais específicos para esse fim no
próprio estabelecimento de saúde. O
armazenamento externo dos diversos
grupos dos RSS pode estar em pontos
separados ou na mesma área, desde
que a divisão entre eles esteja
perfeitamente delimitada, para evitar
mistura ou focos de contaminação.
RESOLUÇÃO 358/2005
Dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras
providências
Definição de RSS

 Todos os serviços relacionados com o atendimento à


saúde humana ou animal, inclusive os serviços de
assistência domiciliar e de trabalhos de campo,
laboratórios analíticos de produtos para saúde,
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservação), serviços de medicina legal,
drogarias e farmácias inclusive as de manipulação,
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde,
centros de controle de zoonoses, distribuidores de
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e
produtores de materiais e controles para diagnóstico in
vitro, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços
de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros
similares.
 Responsabiliza os geradores de resíduos de serviço de saúde
pelo gerenciamento dos resíduos desde a geração até a
disposição final;

 Obrigatoriedade da segregação dos resíduos, no momento e


local de sua geração, permitindo reduzir o volume de resíduos
que necessitam de manejo diferenciado;

 Licenciamento ambiental dos sistemas de tratamento e


disposição final;

 Os efluentes líquidos dos estabelecimentos podem ser


lançados na rede pública ou corpo receptor atendendo as
diretrizes dos órgãos competentes;
 O Grupo A contém 5 subgrupos, orientando quais os resíduos
devem ser submetidos a processos de tratamento em
equipamento que promova redução de carga bacteriana
compatível com nível III de inativação microbiana antes de
serem encaminhados para local devidamente licenciado para
disposição final de RSS;

 O Grupo A4 pode ser disposto em local licenciado sem


tratamento prévio;

 Cria o Grupo E de perfurocortantes ou escarificantes

 Municípios até 30.000 habitantes podem dispor os RSS em


locais especialmente preparados de acordo com critérios do
Anexo II,.
Tipos de tratamento recomendado por
grupo de resíduo

 Grupo A
– Resíduos do grupo A1 - devem ser submetidos a
tratamento em equipamentos que reduzam ou eliminem a
carga microbiana compatível com nível III de inativação
microbiana.
– Resíduos do grupo A2 – (idem) inativação microbiana.
– Resíduos do grupo A3 que não tenham valor
científico ou legal e que não tenham sido
conduzidos pelo paciente ou por seus familiares -
devem ser encaminhados para sepultamento ou
tratamento. Se forem encaminhados para o sistema de
tratamento, devem ser acondicionados em sacos
vermelhos com a inscrição “peças anatômicas”.
 Resíduos do grupo A4 –
encaminhado à disposição final sem
tratamento prévio.
 Resíduos do grupo A5 - devem ser
submetidos a incineração.
 Grupo B
– Resíduos químicos do grupo B, quando não
forem submetidos a processo de
reutilização, recuperação ou reciclagem -
devem ser submetidos a tratamento ou
disposição final específicos.
– Excretas de pacientes tratados com
quimioterápicos antineoplásicos - podem
ser eliminadas no esgoto, desde que haja
tratamento de esgotos na região onde se
encontra o serviço.
– Resíduos de produtos e de insumos
farmacêuticos, sob controle especial
(Portaria MS 344/98) - devem atender
a legislação em vigor.
– Fixadores utilizados em diagnóstico
de imagem - devem ser submetidos a
tratamento e processo de recuperação da
prata.
– Reveladores utilizados no
diagnóstico de imagem - devem ser
submetidos a processo de neutralização,
podendo ser lançados na rede de esgoto,
desde que atendidas as diretrizes dos
órgãos de meio ambiente e do
esponsável pelo serviço público de
esgotamento sanitário.
– Lâmpadas fluorescentes - devem ser
encaminhadas para reciclagem ou
processo de tratamento.
– Resíduos químicos contendo metais
pesados - devem ser submetidos a
tratamento ou disposição final, de acordo
com as orientações do órgão de meio
ambiente.
 Grupo C
– Resíduos de fácil putrefação, contaminados com
radionuclídeos, depois de atendidos os respectivos
itens de acondicionamento e identificação de
rejeito radioativo - devem manter as condições de
conservação mencionadas no item 1.5.5 da RDC ANVISA
no 306/04, durante o período de decaimento do elemento
radioativo.

– O tratamento para decaimento deverá prever mecanismo


de blindagem de maneira a garantir que a exposição
ocupacional esteja de acordo com os limites estabelecidos
na norma NE-3.01 da CNEN.
 Grupo D – Compostagem (M.O.),
reciclagem (inerte)
Grupo E
– Os resíduos perfurocortantes contaminados com agente
biológico classe de risco 4, microorganismos com
relevância epidemiológica e risco de disseminação ou
causador de doença emergente, que se tornem
epidemiologicamente importantes ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido, devem ser submetidos a
tratamento, mediante processo físico ou outros processos
que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou
eliminação da carga microbiana, em equipamento
compatível com nível III de inativação microbiana.

– Os resíduos perfurocortantes contaminados com


radionuclídeos devem ser submetidos ao mesmo tempo de
decaimento do material que o contaminado.

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