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Ginastica Laboral 2013 Educacao Fisica
Ginastica Laboral 2013 Educacao Fisica
HOSPITAL DE CLÍNICAS
GINÁSTICA LABORAL –
EDUCAÇÃO FÍSICA NO HC-
UFTM
1. SUMÁRIO
1. SUMÁRIO ................................................................................................................................... 2
2. SIGLAS ........................................................................................................................................ 2
3. APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
4. OBJETIVO.. ................................................................................................................................. 4
5. MATERIAIS ................................................................................................................................. 5
6. DESCRIÇÃO ................................................................................................................................ 5
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 9
8. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO .................................................................................... 10
APÊNDICES ....................................................................................................................................11
ANEXOS ........................................................................................................................................ 15
2. SIGLAS
AMG: Ambulatório Maria da Glória
AMPARO: Avaliação Multidimensional, Planejamento, Avaliação, Reavaliação e Orientação.
Covid-19: Coronavirus diseases 19
DORT: Doenças Relacionadas ao Trabalho
Ebserh: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
GEP: Gerência de Ensino e Pesquisa
GL: Ginástica Laboral
HC-UFTM: Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
LER: Lesões por Esforços Repetitivos
MA: Manual
PEFs: Profissionais de Educação Física
PRF: Programa de Recondicionamento Físico
QV: Qualidade de Vida
RIMS: Residência Integrada Multiprofissional em Saúde
SUS: Sistema Único de Saúde
UMULTI: Unidade Multiprofissional
USOST: Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho
WHO: Organização Mundial da Saúde
3. APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO
A ginástica laboral (GL) consiste em um conjunto de exercícios físicos que são realizados no
ambiente de trabalho, com o intuito de exercitar as regiões corporais mais sobrecarregadas e
prevenir os desgastes neuromusculares do trabalhador e o consequente aparecimento de doenças
relacionadas ao trabalho (DORTs) (MOTA et al., 2020). A qualidade de vida (QV) e o bem-estar no
ambiente de trabalho se mostram fundamentais para a saúde do trabalhador. Estudo apresentado
por Osaki e Pustglione (2019) demonstrou que um dos efeitos do aumento da QV no trabalho é o
decréscimo de doenças ocupacionais. Já com relação ao bem-estar, pode-se dizer que está
relacionado com atividade laboral, de acordo com experiências que incluem estados afetivos
positivos (p. ex., entusiasmo), baixos níveis de estados afetivos negativos (p. ex., ansiedade), boa
saúde psicossomática e estados cognitivos como aspirações e julgamentos sobre a satisfação no
trabalho (HIRSCLE; GODIM, 2020).
Um dos domínios do Sistema Único de Saúde (SUS) é a atuação no campo da saúde do
colaborador por meio da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (BRASIL, 2012).
Segundo a Portaria nº 1.823 de 2012, artigos 2º e 3º a Política Nacional de Saúde do Trabalhador
e da Trabalhadora tem como finalidade “definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem
observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento
da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a
proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos
de desenvolvimento e dos processos produtivos”. Esta política alinha-se com o conjunto de
políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de saúde do
trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença (BRASIL, 2011,
2012).
Ao longo dos últimos anos a saúde ocupacional deixou de ser considerada um mero
direito trabalhista para então ser concebida como um direito social e parte integrante da saúde
coletiva (SILVA et al., 2021). A prática orientada e supervisionada de GL) nos locais e depêndencias
dos colaboradores do SUS, pode ser uma estratégia promissora e benéfica para contribuir com a
qualidade de vida e bem estar da saúde do colaborador. Sendo assim, contribuir de forma eficiente
para a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora. A GL consiste no conjunto de
práticas de exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho, com a finalidade de exercitar,
tonificar e relaxar a musculatura que mais é utilizada na prática do labor diário (FREITAS; SWERTS;
RABAZZI, 2009; MOTA et al., 2020), apresentando benefícios nos aspectos físico e psicoemocional
dos trabalhadores (MACHADO JUNIOR, 2012). Além disso, é considerado um programa de
atividades físicas que envolve em técnicas de alongamento, fortalecimento e relaxamento,
focando-se nas partes do corpo mais exigidas durante o período de trabalho, podendo ser exercida
na forma de ginástica propriamente dita, desde que reduza consideravelmente o quadro de
estresse do profissional e evite futuros problemas de saúde decorrentes desse quadro (CORRÊA et
al., 2017).
A atividade laboral hospitalar pode apresentar sobrecargas de trabalho a seus
funcionários, como ritmos exaustivos de plantões, posturas indevidas durante procedimentos
realizados nos pacientes, conflitos dentro das equipes, longos períodos em uma mesma posição
(DIAS et al., 2020). Sem contar o fato de que, o próprio contato do profissional frente a diferentes
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4. OBJETIVO
Promover e atualizar o Programa de Ginástica Laboral aos colaboradores do HC-UFTM
por meio de um Manual, organizado e supervisionado por Profissionais de Educação Física,
Residentes e bolsistas de inicação científica.
Além disso, orientar e proporcionar uma avaliação multidimensional das capacidades
físicas relacionadas à saúde dos colaboradores do HC-UFTM, seguindo o método AMPARO do
Programa de Recondicionamento Físico.
Por fim, fazer um documento informativo à Unidade de Saúde Ocupacional e
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5. MATERIAIS
Papel, canetas, cadernos, livros, elásticos, therabands, smartfones e caixa de som.
6. DESCRIÇÃO
A Ginástica Laboral será proposta pela Unidade Multiprofissional (UMULTI) do HC-
UFTM, sendo coordenada e executada pelos PEFs e residendentes da RIMS-UFTM. Semanalmente,
os profissionais envolvidos se reunirão de forma presencial ou on-line, via Google Meet, para
discutir as ações e organização das sessões de GL. Tais encontros deverão ocorrer prioritariamente
no Ambulatório Maria da Glória (AMG) do HC-UFTM. Para fins didáticos e operacionais este
Manual de GL será descrito em 4 etapas: I) Alocação dos setores, unidades e anexos do HC-UFTM;
II) Execução das sessões de GL; III) Avaliações da composição corporal e do condicionamento físico;
IV) Prescrição e orientação à prática regular de atividades físicas (Figura 1).
físicos, de modo que este possa atender às recomendações da WHO, 2018 (quantidade mínima de
30 minutos diários de atividades com intensidades moderada e vigorosa). Além disso, será
proposto maior tempo de prática de atividades físicas e/ou exercícios físicos em relação ao tempo
sedentário, seja na posição sentada, inclinada ou períodos contínuos em frente a um aparelho com tela.
Todas as informações coletadas na avaliação multidimensional servirão de
embasamento para as orientações referentes à prática de atividades e exercícios físicos, com
intuido de aprimorar o condicionamento físico e as capacidades físicas relacionadas à saúde do
colaborador. Para isso será criada uma cartilha padrão com os resultados das avaliações e
orientações referentes aos atributos físicos avaliados, segundo orientação do método AMPARO do
PRF do HC-UFTM (Apêndice 2).
A ideia é conscientizar o colaborador para, sempre quando possível, ‘quebrar’ o tempo
contínuo de atividades sedentárias, seja no ambiente de trabalho ou externo. O aumento do nível
de atividade física e a prática de exercício físico deverão ocorrer em diferentes momentos do
codiano do colaborador, como, deslocamento para o ambiente de trabalho, durante o horário de
trabalho, pós-momento de trabalho e durante o tempo livre e lazer. Este momento de prescrição
poderá ocorrer de forma individualizada ou coletiva, porém, cada prescrição será elaborada
conforme às características específicas de cada colaborador.
Também, estarão aptos a participarem desta etapa de prescrição e orientação à prática
de exercício físico os trabalhadores que tiverem participação assídua às sessões de GL, como
frequência regular de no mínimo 75%.
7. REFERÊNCIAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição.
9. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara, 2021.
BRASIL. Decreto nº 7.602/2011, de 07 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, [internet]. Nov. 2011. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7602.htm
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da
Saúde. Guia de Atividade Física para a População Brasileira [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde – Brasília: Ministério da
Saúde, 2021.
BRASIL. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde
no Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, [internet]. Nov. 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html Acesso em: 22 de junho
de 2021.
Brasil. Ministério da Educação. Programa: Recondicionamento Físico. Educação Física do HC-UFTM.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro, 2022. Disponível em:https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-
sudeste/hc-uftm/documentos/planos-e-rogramas/Programa_Recondicionamento_Fisicofinal.pdf
CICONELLI, R. M. Tradução para o português e validação do Questionário genérico de avaliação de
qualidade de vida “Medical outcomes study 36-item short-form health survey (SF-36)”.[tese]. São Paulo
(SP): Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP, 1997.
CORRÊA, T. R. M. F. Et al. Avaliação da qualidade de vida de praticantes da ginástica laboral. Ribeirão Preto:
Revista Online Medicina, v. 50, n. 1, p.11-17, 2017.
DIAS, C. V. P. Et al. Saúde do profissional de Enfermagem: riscos ocupacionais em ambiente hospitalar.
Revista Saúde (Sta. Maria). 2020; 46 (2):1-11.
FERNANDES, M. A. Et al. Transtornos mentais associados ao trabalho em profissionais de enfermagem: uma
revisão integrativa brasileira. São Paulo: Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 16, n. 2, p. 218-224,
2018.
FREITAS, F. C. T. et al. A ginástica laboral como objeto de estudo. Fisioterapia Brasileira, v. 10, n. 5, p. 364-
70, 2009.
GONDIM, K. M. et al. Avaliação da prática de ginástica laboral pelos funcionários de um hospital público.
Fortaleza: Revista Rede Enfermagem do Nordeste v.10, n. 2, p. 95-102, 2009.
HOOPER, S. L.; MACKINNON, L. T. Monitoring overtraining in athletes. Sports Medicine, v. 20, n. 5, p321-
327, 1995.
KAKESHITA et al. Construção e Fidedignidade Teste-Reteste de Escalas de Silhuetas Brasileiras para Adultos
e Crianças. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Abr-Jun 2009, Vol. 25 n. 2, pp. 263-270
MACHADO JUNIOR J. E. S. Et al. Queixas musculoesqueléticas e a prática de ginástica laboral de
colaboradores de instituição financeira. Produção, v. 22, n. 4, p. 831-8, 2012.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132012005000022
MIRANDA, V. P. N. Atuação da Educação Física em um hospital universitário da rede pública: uso do método
AMPARO. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 2023a;28:e0303
MIRANDA, V. P. N. et al. Avaliação de um programa de ginástica laboral em um hospital universitário da
rede pública. Hospital Research Annals (2023b), x, 1–4.
MOTA, A. C. F. et al. Benefícios da ginástica laboral em ambiente hospitalar: uma revisão integrativa. São
Paulo: Revista Recien, v. 10, n. 29, p. 3-12, 2020.
NETO, L. O., et al. Coronavirus Pandemic (SARS-COV-2): Pre-Exercise Screening Questionnaire (PESQ) for
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8. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
2 25/9/2023 Atualização do Manual (MA)
APÊNDICE 1
Data da Aula: Nº de
alunos:
Setor/Unidade HC-
UFTM:
Profissional de
Educação Física
Nome do responsável
pelo setor/unidade:
Assinatura e carimbo:
APÊNDICE 2
APÊNDICE 2
APÊNDICE 2
ANEXO A
Questionário de triagem pré-exercício (PESQ) para exercício, proposto por Neto et al. (2020).
Responda o questionário de triagem pré-exercício (PESQ):
Ser fisicamente ativo é muito seguro para a maioria das pessoas. No entanto, algumas pessoas
devem consultar seus médicos antes de começar a praticar exercícios físicos, especialmente se
sentirem sintomas de febre por muitos dias.
Responda Sim ou Não às seguintes perguntas:
1 Você sente dor de garganta? Sim Não
ANEXO B
ANEXO C
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida - SF-36
1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Quase a Um Pouco Pior Muito Pior
Melhor Mesma
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso,
quando?
i) Andar um quarteirão 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
com alguma atividade regular, como consequência de sua saúde física?
Sim Não
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
outra atividade regular diária, como consequência de algum problema emocional (como se sentir
deprimido ou ansioso)?
Sim Não
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante
as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime da
maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
A maioria A
Definitivament das vezes maiori Definitivament
e verdadeiro verdadeir Não a das e falso
o sei vezes
falso
a) Eu costumo 1 2 3 4 5
obedecer um pouco
mais facilmente que
as outras pessoas
c) Eu acho que a 1 2 3 4 5
minha saúde vai
piorar
d) Minha saúde é 1 2 3 4 5
excelente
ANEXO D
Escala de avaliação do bem-estar, proposta por Hooper e Mackinnon (1995).
Avaliação subjetiva do bem-estar dos adultos será feita por meio da Escala de Hooper e Mackinnon
(1995), a partir de 4 domínios: sono; estresse; fadiga e dor muscular. O somatório dos escores dos
4 domínios, podendo variar de 0 a 28. Valores ≥ 15 significa “Atenção” (Figura 1).
SONO
Muito Muito
Bom Ruim
1 2 3 4 5 6 7
ESTRESSE
Muito Muito
baixo Alto
1 2 3 4 5 6 7
FADIGA
Muito Muito
baixo Alto
1 2 3 4 5 6 7
DOR MUSCULAR
Muito Muito
baixo Alto
1 2 3 4 5 6 7