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Capítulo 06

Saraiva
05 de outubro 2023, Brasília-DF
Integrantes:
Isabela Cunha Paniago - UC23101364
Lorrane Marques Rodrigues Vitorino - UC23101298
Maria Caroline Rabelo Oliveira - UC23102785
Maria Clara Pinheiro Santos UC23200339
Thaís Oliveira da Silva - UC23102755
Capítulo 6

Dois gigantes e um condomínio :


da Guerra Fria à coexistência
pacífica (1947-1967)
Sumário
A ordem internacional da Guerra Fria;

Doutrinas, Planos e Instituições Norte-Americanas da


Guerra Fria;
Parte ISABELA
- A ascensão dos EUA e União Soviética em 1947 gerou um condomínio de
poder liderado pelos dois gigantes da época, que só foi desafiado na década
de 1960.

- A Guerra Fria gerou bipolaridade no mundo com seu conflito ideológico


entre capitalismo e comunismo, bem como a corrida atômica e espacial que
gerou desconfiança e rivalidade mútua.

- A política dos EUA seguiu a ideia de contenção das ambições soviéticas,


influenciada por George Kennan.

- Assistência norte-americana não realizada para a reconstrução soviética.


Por diversos fatores, ocorreram nuances nas relações de “Guerra Fria” para
“Coexistência Pacífica” entre os gigantes e o resto do mundo:

- Migração da ordem internacional da bipolaridade para uma complexidade


devido a desenvolvimentos econômicos, como o renascimento europeu e o
crescimento em outras regiões.

- Percepção dos soviéticos sobre suas próprias limitações, incluindo a


destruição causada pela Segunda Guerra Mundial e a superioridade nuclear
dos EUA.

- A necessidade de multilateralismo econômico nos EUA, levando à busca por


uma política de poder mundial e a noção de superpotência.

- A consolidação da hegemonia dos EUA incluiu a política industrial e


financeira que estava ligada à luta contra o comunismo, um elemento
fundamental na retórica doméstica da Guerra Fria no país.
- A Doutrina Truman foi uma declaração de desafio à União Soviética e teve
um impacto duradouro na política externa dos EUA.

- O Plano Marshall, apresentado em 1947 pelo secretário de Estado George


Marshall, ajudou com a reconstrução econômica da Europa Ocidental através
de uma assistência financeira.

- O Plano Marshall foi implementado rapidamente, e os países europeus


receberam bilhões de dólares para sua reconstrução econômica e social.

- A Doutrina Truman revolucionou as instituições militares e a política de


defesa, criou a Lei de Segurança Nacional e a formação de agências de
inteligência, a Central Intelligence Agency (CIA), responsável por atividades
de espionagem e inteligência.
- A formação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi uma
resposta à ameaça percebida do comunismo. A OTAN estabeleceu a defesa
coletiva das liberdades democráticas dos países capitalistas como princípio
básico.

- No geral, a Guerra Fria trouxe mudanças significativas na política externa,


estrutura de governo e nas instituições dos EUA, à medida que o país se via
cada vez mais como uma "polícia do mundo" e líder na luta contra o
comunismo globalmente.
O outro lado da Guerra Fria: reações e ações soviéticas;

Da Alemanha à Coréia: o mundo na balança da Guerra Fria;


Parte M CLARA
> Doutrina Truman

> Alemanha Ocidental

> Em resposta ao que consideravam uma ameaça, tivemos as primeiras


ações da União Soviética

> Corrida militarista

> Sovietização da Europa Ocidental


O mundo na balança da guerra fria

> Crises das relações internacionais na guerra fria

> Disputas norte-americanas e soviéticas em várias partes do


mundo

> Questões com Berlim

> Stalin x Truman

> Ameaça atômica

> Fracasso do bloqueio

> Influenciados pela guerra fria


BLOQUEIO DE BERLIM
A bipolaridade imperfeita na coexistência pacífica (1955-1968);

A Europa reanimada;
Parte M CAROLINE
A flexibilização da ordem bipolar (dois polos = Estados Unidos da América e
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) foi a característica mais
marcante das RI (1955-1968);

Coexistência Pacífica (1955-1968) x Détente (1969-1979) = Autores como


Phillipe Defarges e René Girault salientavam essa distinção;

“Concerto Américo-Soviético” e início da decomposição ideológica do conflito


Leste-Oeste= Duas grandes características da Détente;

A Coexistência Pacífica se originou de seis grandes movimentos que juntos


tendiam reduzir os pesos da Guerra Fria;
Coexistência Pacífica:

Primeiro Movimento: Aggiornamento econômico e político da Europa Ocidental;

Segundo Movimento: Flexibilização intra-imperial (EUA e URSS);

Terceiro Movimento: Desintegração do bloco comunista;

Quarto Movimento: Processo de descolonização dos povos e nações afro-


asiáticos;

Quinto Movimento: Inserção Internacional de países mais industrializados da


América Latina;

Sexto Movimento: Declínio gradual de armas nucleares nas contendas da


balança de poder mundial;
A Europa Reanimada:

Reforço aos efeitos do Plano Marshall e a ajuda norte-americana para os


países da Organização Européia de Cooperação Econômica (Oece -1948)
posteriormente transformada em Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE - 1961);
O crescimento contínuo e acelerado
dos anos 1950 = soerguimento da
Europa *Ocidental = aum. PIB
Palavra-chave: Reconstrução (não regular e não generalizado);

Boom econômico = responsável por grande transformação nas forças profundas


que alimentavam a vida internacional = crescimento econômico acelerado
guiado por interesses nacionais egoístas mas que levou certa base harmônica ao
conjunto das relações intra-europeias;

Robert Schuman = “Europa organizada e viva” = Plano Schuman = início da


reaproximação da França e Alemanha; (Nesse plano, Schuman propôs que se
colocasse a produção franco-alemã de carvão e aço sob uma alta autoridade
comum, sendo estas matérias-primas mais importantes para a produção de
armamento e esta organização ficaria aberta à participação de outros países
europeus)

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca - 1951) = tratado assinado pela


“Europa dos Seis” (França, Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e
Luxemburgo);
Jean Monnet, o primeiro presidente da Ceca, foi um dos que pensavam que
era preciso avançar progressivamente na direção da integração europeia por
meio da criação de instituições para atender necessidades econômicas
pontuais = “engenharia integracionista” = “idealismo monnetiano”

(Monnet vs Alan S. Milward 93 = vertentes interpretativas ambas corretas);


“Os primeiros esforços da construção da integração europeia devem ser
buscados na própria fraqueza dos Estados nacionais em operar políticas no
campo industrial, energético, agrícola, social e do trabalho, sem um mínimo
de concertação supranacional.”

CEE ou Comunidade Econômica Europeia = foi uma das três Comunidades


Europeias (+CECA e EURATOM/CEAA) que formaram a base da União Europeia
(UE) moderna.

Os EUA viam o ressurgimento da força europeia (”Velho Continente”), como


um bom muro de contenção ao comunismo;
Robert Schuman Jean Monnet Alan S. Milward
Robert Schuman Jean Monnet Alan S. Milward
(1886 - 1963) (1888 - 1979); (1935-2010)
Ministro dos Negócios Consultor econômico Historiador
Estrangeiros francês; e político francês; econômico britânico;
Declaração Schuman (9 O inspirador do Um dos historiadores
de maio de 1950-Plano «Plano Schuman»; mais influentes da
Schuman); Nunca foi eleito para segunda metade do
Um dos promotores da qualquer cargo século XX, o trabalho
unificação europeia; público e, por isso, de Milward era bem
Alemão/francês (Alsácia- nunca teve poderes conhecido na Grã-
Lorena); políticos formais para Bretanha, em toda a
O dia 9 de maio é aplicar as suas ideias, Europa e além.
designado «Dia da mas tinha Economista político
Europa». argumentação e moderno muito
persuasão que rigoroso;
convencia líderes 13 obras.
europeus.
A África e a Ásia rompem o colonialismo;

A América Latina busca seu espaço;


Parte LORRANE
O mapa político mundial seria redesenhado em função da
nova realidade das independências formais de mais de 70
países em menos de uma década.
Teorias sobre a Descolonização

> Na transição do período colonial ao independente, o declínio do


poder das metrô-poles, a debilidade econômica destas e as
redefinições estratégicas de seus interesses nacionais.

> A força dos nacionalismos afro-asiáticos.

> A nova ordem internacional de poder gestada na Segunda Guerra


Mundial, dominada pela ascensão dos flancos e pela debilidade de
potências como a Grã-Bretanha e a França, teria reduzido as
possibilidades de manutenção de extensos impérios coloniais na
África e na Ásia.
Observadas as especificidades de cada caso, região e continente, essas
teorias fornecem elementos ricos para a compreensão da diversidade dos
padrões de transição do colonialismo para as independências, das razões das
limitadas rupturas em alguns casos e dos motivos que levaram a que
algumas transições fossem mais violentas que outras.

A história da descolonização afro-asiática remonta à Conferência de


Bandung, na ilha de Java (Indonésia), aberta oficialmente em 16 de abril de
1955, com 29 países.

O Brasil enviou à Conferência, como observador, o diplomata Adolpho Justo


Bezerra de Menezes, que passou a advogar, a partir de então, uma
reorientação afro-asiática da política externa brasileira.

A primeira leva de independências, eminentemente asiática, permitiu à


India, ao Paquistão, à Birmânia e ao Ceilão o acesso à autonomia já em 1947,
pós guerra.
A Índia obtinha sua independência em meio a tensões insufladas pelos
britânicos, entre hindus e muçulmanos, de que resultou a separação do país,
na União Indiana e no Paquistão.

Em 1948, o líder da independência, Mahatma Gandhi, apóstolo da não-


violência, foi assassinado por um fanático que reprovara sua atitude
conciliatória com os muçulmanos.

A Indonésia seguiria em parte os passos da Índia, ao obter, em 1949, sua


libertação da dominação holandesa.

Na Indochina, a influência cultural chinesa desempenhou papel


fundamental na ruptura com a França e nas transformações revolucionárias
ocorridas a partir de setembro de 1945, quando Ho Chi-Minh proclamou a
independência do Vietnã. No ano seguinte, a França reconheceu o Vietnã
como Estado livre.
A Malásia, cuja diversidade nacional tornava difíceis as relações entre
malaios, chineses e indianos em seu território, conseguiu a independência
por meio da intervenção de tropas britânicas contra os movimentos
comunistas liderados pelos chineses.

A segunda leva de independência, e tornou ainda mais visível para o sistema


internacional a emergência afro-asiática.

A pressão do espírito de Bandung, das guerras na Indochina e na Argélia e do


caso da India forneceram o quadro para a busca de soluções concertadas
para boa parte das independências do final dos anos 1950 e início dos anos
1960.

A independência de Gana foi apresentada pelos britânicos como uma exitosa


solução de transição.

Países como o Congo Belga e a Argélia, tiveram transições violentas, apesar


do padrão de negociações que estava se seguindo.
Os Estados Unidos e a União Soviética envolveram-se
na descolonização afro-asiática. Há uma corrente de
interpretação que sugere que houve um certo
favorecimento dos Estados Unidos à emancipação dos
territórios coloniais.

Os movimentos do Departamento de Estado no


período mostram que a política afro-asiática dos norte-
americanos foi conduzida sem organicidade e objetivos
definidos, sendo alimentada em função dos
movimentos soviéticos e, mais tarde, dos chineses na
área. As guerras da Coréia e do Vietnã deram provas
disso, como também as disputas pelo Congo Belga e
pelos territórios portugueses na África, na década de
1970.
• A América Latina ensejou uma multiplicidade de formas de relacionamento com o mundo
exterior.

> Atuando no cenário internacional a seu favor e, muitas vezes, contra os interesses do
gigigante americano.

•Brasil:
>AOperação Pan-Americana (OPA), ensaiada por Kubitschek, foiaexpres- são de um
movimento autônomo nas relações internacionais, cuja intensidade cresceu nos primeiros
anos da década de 1960 com a chamada "Política Externa
Independente", e foi retomada em 1967, com a "Diplomacia da Prosperidade",

•Argentina:
> Assistiu ao desaparelhamento da agricultura e manifestou-se timidamente nos foros in-
ternacionais de desenvolvimento.

•México:
> guardou a tradicional dependência estrutural em relação aos Estados Unidos. Apesar das
heranças nacionalistas do cardenismo, o país não
ultrapassou o nível retórico.
A cisão no bloco comunista e as novas crises internacionais;
Parte THAÍS
• EUA e União Soviética, superpotências, evitaram
confrontos diretos.
Rivalidade entre capitalismo dos EUA e comunismo
da União Soviética gerou tensões.
Conflitos indiretos, espionagem e disputas em
outros países.
Nikita Khrushchev propôs "Coexistência Pacífica"
nos anos 50.
Política enfatizava competição pacífica em Nikita Khrushchov
vez de guerra direta.
• Após a morte de Stalin em 1953, países do Leste Europeu
sob controle soviético enfrentaram revoltas políticas.

Os partidos comunistas leais à União Soviética tiveram


desafios de lealdade

Muitos países adotaram versões diferentes do comunismo,


afastando-se das ideias de Stalin.
Joseph Stalin
• Após a morte de Stalin, países da Europa oriental ganharam
independência.

Isso enfraqueceu o controle da União Soviética na


região.
Mudanças contribuíram para o colapso do
comunismo nos anos 1980 e 1990.

Países se afastaram do modelo soviético de


comunismo.
• Além disso, é importante mencionar que Durante a Guerra Fria, a China e a União
Soviética tiveram sérias diferenças ideológicas.

Uma delas foi sobre armas nucleares.

China realizou seu primeiro teste nuclear em 1964, buscando independência


nesse assunto.

China demonstrou desejo de ser uma grande potência independente.


Impacto importante na política global da época.
• Albânia era liderada por Enver Hoxha.

Ele escolheu uma forma de comunismo


chamada Hoxhaismo, que era fechada e
independente.

Eles se isolaram de outros países comunista.

Segindo uma abordagem mas autônoma em


relação ao comunismo internacional. enver hoxha
• Simbolizou a divisão entre comunismo (Alemanha Oriental) e capitalismo
(Alemanha Ocidental).

Separação física das duas partes da


cidade

Representou a intensa rivalidade


ideológica entre comunismo e
capitalismo.
• Conflitos internos enfraqueceram o comunismo
na Polônia e Hungria.
Polônia desafiou a União Soviética em 1956,
liderada por Gomułka em busca de
independência.
Revolução Húngara em 1956 recebeu elogios de
outros países comunistas.
Indicou uma diversificação de ideias comunistas
e busca por alternativas ao modelo soviético na władysław gomułka
Europa Oriental.
Curiosidades:
CORRIDA ESPECIAL
Cinema (filmes):
Corrida Espacial:

Laika
Sputnik
Corrida Espacial:

Yuri Alekeseyevich Gagarin Neil Armstrong, Edwin Aldrin e


Michael Collins
FIM
Referência:
SARAIVA, José Flávio Sombra (org.). História das Relações
Internacionais Contemporâneas: de sociedade internacional do
século xix à era da globalização. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva,
2007.

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