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TRAB02 ENF IDOS01 Ser Idoso
TRAB02 ENF IDOS01 Ser Idoso
Video:
https://youtu.be/AYhpFEHJkkI?si=Y2ShEBxv4pzlNjH4
Contributo do meu pai (e avô), por contato telefónico:
Reflexão sobre o meu pai e todos os pais e avôs com quem tive o privilégio de
me cruzar, ao longo de 45 anos:
O tempo deixa-nos muitas vezes ébrios com questões falaciosas… Qual é o meu
legado? Quem sentirá a minha falta? Fui competente como filho, pai, avô?
Todos nós traçamos o nosso percurso, percurso este de continuidade sobre o nosso
legado, vivências de anteriores gerações e transmissão de conhecimentos ao qual nos
acrescentamos. Definimo-nos como construção civilizacional.
Recordo a entrevista dada pela antropóloga Margaret Mead, na qual foi interpelada
com a questão, sobre qual seria para ela, o primeiro vestígio de civilização humana, tendo
respondido, prontamente: “Um fémur com 15 mil anos encontrado numa escavação
arqueológica.”
Aguardava-se que a professora falasse de anzóis, ferramentas ou barro cozido, mas
Mead deu continuidade à sua afirmação inicial deixando todos perplexos, justificando-se:
“O fémur estava partido, mas tinha cicatrizado. É um dos maiores ossos do corpo
humano (liga a anca ao joelho) e demora seis semanas a curar. Alguém tinha
cuidado daquela pessoa. Abrigou-a e alimentou-a. Protegeu-a, ao invés de a
abandonar à sua sorte”.
Somos parte de um todo e para esse todo nada somos. A não ser que, sejamos
recordados por quem um dia, incondicionalmente, nos amou… Este é o nosso real legado…
Conversas e silêncios, com o neto de 6 anos:
… Um dia voltamos.”
RASCUNHO