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Treinamento Acs História e Legislação Do Sus - 230809 - 074344
Treinamento Acs História e Legislação Do Sus - 230809 - 074344
O SUS nasceu há pouco mais de 30 anos, teve como marco legal a CF88 que
designou o estado como provedor da saúde e todo cidadão como beneficiário
deste serviço. Antes de o SUS desabrochar, a ideia de saúde estava
intimamente ligada a ausência de doenças. Aos poucos percebeu-se que os
hábitos de vida, o meio ambiente como um todo, os comportamentos sociais e
a classe social, interferiam diretamente sobre a saúde, iniciando assim a
aceitação de um conceito ampliado de saúde, entendendo outros setores da
sociedade como atores principais do processo saúde-doença.
Além da PNAB, existe uma lei federal que define as atribuições do ACS, a atual
legislação é a Lei nº13.595 de 5 de janeiro de 2018, que aborda a
obrigatoriedade da presença de agentes comunitários de saúde na estrutura de
Atenção Básica, incumbe aos ACS, desempenhar com zelo e presteza as
atividades previstas na Lei.
➔ Conhecendo O Território
NV = NF/DU-(F+T+E)
Exemplificando:
NV= 230/18-6
NV= 230/ 12
NV= 19,166
➔ Reconhecimento Geográfico
VISITA DOMICILIAR
CICLOS DE VIDA
CRIANÇAS GESTANTES ADULTOS IDOSOS
Bebês que Portadoras de Portadores de Acamados/
nasceram com doenças crônicas doenças crônicas: restritos ao leito
menos de dois não infecciosas: Diabetes Mellitus, ou ao domicílio.
quilos e meio. Diabetes Mellitus, Hipertensão Dependentes
Beneficiária do Hipertensão Arterial Sistêmica, para as
Programa Bolsa Arterial Sistêmica, obesidade, Atividades de
Família. obesidade, com transtornos Vida Diárias.
transtornos mentais. Risco de queda.
mentais. Déficit cognitivo.
Tabagistas, Portadores de
etilistas e usuárias doenças
de drogas ilícitas. crônicas:
Beneficiária do Diabetes Mellitus,
Programa Bolsa Hipertensão
Família. Arterial
Sistêmica,
obesidade,
transtornos
mentais.
Faltosos na Que não iniciaram Sem adesão ao Sem adesão ao
puericultura e/ou ou faltosas no pré- tratamento de tratamento ou
vacinações. natal. Não doenças crônicas. com dificuldades
imunizadas. Pessoa com para adesão.
deficiência e BPC. Pessoa com
deficiência e
BPC.
Desnutridas e Desnutridas e Pessoas com Desnutridos e
obesas. obesas. sobrepeso e com obesos
estilo de vida
sedentário.
Atraso no Faltosas no pré Pessoas em uso Necessitados de
crescimento e/ou natal de alto risco, do tabaco, álcool cuidadores, mas
desenvolvimento, pessoa com e drogas ilícitas. que não possuem
criança com deficiências e alguém que
deficiências e BPC exerça essa
Benefício de função e
Prestação insuficiência
Continuada familiar.
(BPC).
Situações de Situações de Situações de Situações de
violências em violências em violências em violências em
suas múltiplas suas múltiplas suas múltiplas suas múltiplas
formas e em formas e em formas e em formas e em
situações de situações de situações de situações de
violação de violação de violação de violação de
direitos. direitos. direitos. direitos.
Em uso de vários Em uso de vários Em uso de vários Em uso de vários
medicamentos ou medicamentos ou medicamentos ou medicamentos ou
que tenha várias que tenha várias que tenha várias que tenha várias
doenças. doenças. doenças. doenças.
Baixa Baixa Baixa Baixa
escolaridade da escolaridade e escolaridade e escolaridade e
mãe e falta de falta de acesso a falta de acesso a falta de acesso a
acesso a rede de rede de apoio rede de apoio rede de apoio
apoio social. social. social. social.
Filhos de mães Gestante com Pessoas com Pessoas com
tabagistas, doenças doenças deficiência e/ou
etilistas, usuárias infecciosas (Sífilis, infectocontagiosas com algum tipo
de drogas ilícitas HIV, (Sífilis, HIV, de restrição que
na gravidez. toxoplasmose, hepatites virais, não têm acesso
hepatites virais, tuberculose, às ações e
leishmaniose, hanseníase, serviços de
tuberculose, esquistossomose, saúde. .
hanseníase, leishmaniose,
esquistossomose). outros).
Para essas condições e outras que vierem a ser determinadas pela chefia
imediata, as visitas domiciliares e a vigilância em saúde devem ser
intensificadas. Para os domicílios sem nenhuma das condições descritas,
deverão ser realizadas NO MÍNIMO, 1 visita domiciliar ao mês. Nos domicílios
em que pelo menos uma das condições descritas acima for identificada, as
visitas domiciliares precisam ser realizadas em maior número de vezes,
conforme cada residência, o volume e o tipo de condição encontrada.
➔ Registros da Visita
Toda ação, seja visita domiciliar, ação em saúde ou qualquer outra função,
deve ser devidamente registrada, constando data, horário da realização e o
que foi realizado. As orientações, as ofertas de serviço, as queixas, as
observações, as preocupações do ACS e do usuário, com a finalidade de
nortear os relatórios, facilitar a tomada de decisão em algum inusitado, além de
resguardar o ACS e a equipe em qualquer ação futura, seja ela informal ou
judicial. A ficha de acompanhamento domiciliar contém campo para assinatura
do usuário e deve ser preenchida de forma legível e concisa.
Além desta, é necessário registrar na Ficha De Visita Domiciliar do E-SUS os
dados referentes à cada indivíduo do núcleo familiar. A Ficha de Visita
Domiciliar é um instrumento de registro individual para acompanhamento das
famílias adstritas no território, agrega informações importantes ao histórico de
saúde e possibilita a vigilância em saúde. Ela é o registro das ações do ACS
em campo.
Durante a visita, toda a Ficha de Visita Domiciliar e Territorial deve ser
preenchida pelo ACS com caneta preta ou azul e com letra legível. Esta
ficha é um documento, as informações devem ser digitadas no Sistema E-
SUS VIVVER diariamente ou semanalmente, conforme a escala de digitação
oferecida pela UBS em que o ACS está inserido, sendo obrigatória a digitação
conforme escala organizada pela chefia imediata.
O registro deve ser claro, sem rasuras, sem uso de corretivo ou qualquer
artifício que modifique a natureza da ficha. No caso de erro, deve-se circular o
erro e prosseguir com o registro correto. O procedimento deve ser validado
pelo enfermeiro por meio de carimbo, assinatura e data.
As fichas de Acompanhamento Domiciliar e de Visita Domiciliar e Territorial,
serão entregues carimbadas, assinadas e datadas pelo enfermeiro no período
da manhã. No final do expediente, a ficha deverá ser apresentada ao
enfermeiro para checagem com assinatura novamente.
As fichas devem ter TODOS os campos devidamente preenchidos, inclusive
CNS do ACS, Nome Completo do profissional Responsável, Data de realização
da visita, turno de realização da visita, entre outros campos passíveis de
registro.
Em caso de visita domiciliar compartilhada com outro profissional, exceto ACS,
deve-se assinalar no espaço indicado.
O Motivo da Visita é dinâmico, nem sempre sendo possível definir um motivo,
ainda assim, o ACS deverá realizar minimamente uma visita mensal.
Abaixo, estão descritos alguns exemplos de motivos de visita.
Desfecho:
• Visita Realizada: Deve ser assinalado sempre que o ACS for recebido
no domicílio e algum motivo de visita for identificado ou a visita for
compartilhada com outro profissional;
• Visita Recusada: deve ser assinalado se o morador se recusa a atender,
exemplo quando atende o interfone ou a porta e não aceita a visita.
Deve ser registrado o CNS de quem recusou a visita, ainda que seja um
funcionário da casa.
• Ausente: registrado sempre que o ACS não encontrar ninguém no
domicílio, deve sempre ser registrado no CNS do responsável pelo
núcleo familiar.
Sempre que uma visita for recusada ou o usuário estiver ausente, deve-se
registrar o horário da tentativa de visita. Em todas as situações, deverá ser
preenchido nome completo, sexo, data de nascimento, CNS e desfecho da
visita.
SITUAÇÃO CONDUTA
Durante a VD o ACS identifica que na Registrar ‘’Visita periódica’’ e
residência moram cinco pessoas ‘’orientações’’ como motivos da visita.
hígidas, porém apenas uma pessoa No desfecho registrar visita realizada.
está presente e recebeu o ACS. Na Apenas o CNS e data de nascimento
oportunidade o ACS orientou sobre os do responsável pelo núcleo familiar
fluxos do Serviço de Saúde. deverá ser registrado. No desfecho
registrar visita realizada.
Durante VD de um casal previamente Registrar o motivo da visita como
hígido o ACS identifica que a mulher ‘’gestante’’ e ‘’orientações’’ para a
engravidou e o esposo continua mulher. Para o esposo registrar
hígido. O ACS realizou orientações apenas o campo orientações (neste
para o casal. caso a visita não é visita periódica). O
ACS deverá registrar o CNS do casal.
No desfecho registrar visita realizada.
Durante a VD o usuário hipertenso Registrar o motivo da visita como
queixou ao ACS que estava com dor ‘’pessoa com hipertensão’’,
de dente. O ACS orientou o usuário a ‘’orientações’’ e ‘’ outros’’. Neste caso
procurar atendimento na UBS e o motivo ‘’outros’’ se refere a dor de
nenhuma outra ação foi realizada. dente. O ACS deverá registrar o CNS
do usuário. No desfecho registrar
visita realizada.
Durante uma VD, o ACS foi recebido Registrar o motivo da visita como:
por um morador hígido. No entanto, Para pessoa hígida: motivo de visita
na casa reside uma pessoa portadora (orientação). Para a pessoa diabética:
de diabetes que não se encontrava no Motivo da visita ‘’pessoa com
local. O ACS perguntou sobre a diabetes’’. O ACS deverá registrar o
situação de saúde da pessoa CNS de todos os usuários. No
diabética e a pessoa presente soube desfecho registrar visita realizada.
dar informações. À pessoa hígida foi
direcionada orientação referente à
imunização.
ACS chegou na residência e foi Não registrar motivo de visita.
recebido por um morador que apenas Registrar nome completo, data de
abriu a porta e informou que não nascimento, sexo e CNS. No
poderia conversar naquele momento. desfecho registrar visita recusada. No
campo observações registrar o
horário da visita.
Realizar o quantitativo de pessoas por faixa etária, por sexo e por condição de
saúde, por exemplo, facilita o diagnóstico sumário e direcionamento em cada
situação problema, por exemplo, em casos de campanha de vacinação, é
possível realizar a previsão de quantas vacinas serão necessárias.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
PROCESSO DE TRABALHO
1. Acidente de trabalho:
o com exposição a material biológico;
o grave, fatal e em crianças e adolescentes;
2. Acidente por animal peçonhento;
3. Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva;
4. Botulismo;
5. Cólera;
6. Coqueluche;
7. Dengue:
o a. Casos;
o b. Óbitos;
8. Difteria;
9. Doença de Chagas Aguda;
10. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ);
11. Doença Invasiva por:
o Haemophilus Influenza;
o Doença Meningocócica;
12. Doenças com suspeita de disseminação intencional:
o Antraz pneumônico;
o Tularemia;
o Varíola;
13. Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes:
o Arenavírus;
o Ebola;
o Marburg;
o Lassa;
o Febre purpúrica brasileira;
o a)Doença aguda pelo vírus Zika;
o b)doença aguda pelo vírus Zika em gestante;
o c)Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika.
1. Esquistossomose;
2. Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde
pública (situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública,
como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa
desconhecida, alteração no padrão clínico-epidemiológico das doenças
conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a
gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem
comolepizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes);
3. Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação;
4. Febre Amarela;
5. Febre de Chikungunya;
6. Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde
pública;
7. Febre Maculosa e outras Riquetisioses;
8. Febre Tifoide;
9. Hanseníase;
10. Hantavirose;
11. Hepatites virais;
12. HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida;
13. Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança
exposta ao risco de transmissão vertical do HIV;
14. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV);
15. Influenza humana produzida por novo subtipo viral;
16. Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos,
gases tóxicos e metais pesados);
17. Leishmaniose Tegumentar Americana;
18. Leishmaniose Visceral;
19. Leptospirose;
20. Malária:
o na região Amazônica;
o na região extra Amazônica;
21. Óbito:
o Infantil;
o Materno;
22. Poliomielite por poliovirus selvagem;
23. Peste;
24. Raiva humana;
25. Síndrome da Rubéola Congênita;
26. Doenças Exantemáticas:
o Sarampo;
o Rubéola;
27. Sífilis:
o Adquirida;
o Congênita;
o Em gestante;
28. Síndrome da Paralisia Flácida Aguda;
29. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus:
o SARS-CoV;
o MERS-CoV;
30. Tétano:
o Acidental;
o Neonatal;
31. Tuberculose;
32. Varicela - Caso grave internado ou óbito;
33. Violência:
o Violência doméstica e/ou outras violências;
o Violência sexual e tentativa de suicídio.
o Botulismo;
o Carbúnculo ou Antraz;
o Cólera;
o Febre amarela;
o Febre do Nilo Ocidental;
o Hantaviroses;
o Influenza Humana (Gripe) por novo subtipo (pandêmico);
o Poliomielite;
o Paralisia Flácida Aguda;
o Raiva Humana;
o Sarampo, em indivíduo com história de viagem ao exterior nos
últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com
alguém que viajou ao exterior;
o Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda;
o Síndrome Respiratória Aguda Grave;
o Varíola;
o Tularemia;
2. Caso confirmado de:
o Tétano Neonatal;
3. Surto ou agregação de casos ou de óbitos por:
o Agravos inusitados;
o Difteria;
o Doença de Chagas Aguda;
o Doença Meningocócica;
o Influenza Humana (Gripe);
4. Epizootias e/ou morte de animais que podem preceder a ocorrência de
doenças em humanos:
o Epizootias em primatas não humanos;
o Outras epizootias de importância epidemiológica.
Resultados laboratoriais de notificação imediata
o Botulismo;
o Carbúnculo ou Antraz;
o Cólera;
o Febre Amarela;
o Febre do Nilo Ocidental;
o Hantaviroses;
o Influenza Humana (Gripe) por novo subtipo (pandêmico);
o Peste;
o Poliomielite;
o Raiva Humana;
o Sarampo;
o Síndrome Respiratória Aguda Grave;
o Varíola;
o Tularemia;
2. Resultado de amostras procedentes de investigação de surtos:
o Agravos inusitados;
o Doença de Chagas Aguda;
o Difteria;
o Doença Meningocócica;
o Influenza Humana (Gripe).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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