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SISTEMA RESPIRATÓRIO

Profa. Amanda Couto


Fisioterapeuta CREFITO 195881 – F
Mestre em Fisioterapia (UFPE)
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Pelos, cílios e células
Limpeza caliciformes, macrófagos
alveolares
Condução do ar Aquecimento/resfriamento
Umidificação
Glândulas, céls. caliciformes , vasos sanguíneos.
Trocas gasosas (hematose)

Funções Fonação, olfação, regulação de temperatura


Equilíbrio ácido/base, excreção de drogas

Histamina, prostaglandinas E e F,
Substâncias químicas Calicreína (vai para a circulação)

Prostaglandinas E e F, serotonina
bradicinina, norepinefina
(removidas da circulação)
SISTEMA RESPIRATÓRIO

CONSTITUINTES

 Porção Condutora

 Cavidade Nasal

 Faringe

 Laringe

 Traquéia

 Brônquios

 Bronquíolos
FOSAS NASAIS

FUNÇÃO

(1) Aquecimento do ar

(2) Umidificação do ar

(3) Limpeza do ar

• Septo Nasal

• Cornetos Nasais

• Células Epiteliais Ciliadas (Filtro até


3-5 µ)
FARINGE E LARINGE

• Faringe: Garganta

• Comum aos sistemas respiratório e


digestivo

Divide posteriormente a traquéia e esôfago

Controle reflexo nervoso

Separação do ar e alimento

• Laringe:

• Epiglote

• Cordas Vocais
Figura: Imagem de endoscopia da Laringe e das Pregas Vocais
TRAQUEIA

• Canal de cerca de 12 cm, cujo


interior é revestido por células
ciliadas e células secretoras de
muco que ajudam a remover as
poeiras e micróbios do ar inspirado.
BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS

BRÔNQUIOS

• Resultam na bifurcação da traquéia

BRONQUÍOLOS

• Resultam na ramificação dos brônquios


em canais mais finos
MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO
MECÂNICA DOS SISTEMA RESPIRATÓRIO

• Pulmões

• Toráx

• Diafragma

• Abdome

• A cavidade abdominal é dividida em porção em


contato com diafragma e parede anterior.

• Escalenos e paraesternais agem exclusivamente


sobre CTpul e diafragma sobre CTab.
MUSCULATURA RESPIRATÓRIA

INSPIRAÇÃO EM REPOUSO INSPIRAÇÃO EM EXERCÍCIOS EXPIRAÇÃO EXERCÍCIOS

 Diafragma  Diafragma  Diafragma

 Intercostais externos  Esternocleidomastóideo  Intercostais Internos

 Escalenos  Intercostais Externos  Musculatura Abdominal

 Escalenos

EXPIRAÇÃO EM RESPOUSO

 Diafragma (Inativo)
MECÂNICA DO SISTEM RESPIRATÓRIO

• A energia potencial armazenada nas estruturas elásticas


durante a inspiração é normalmente, suficiente para superar
a resistência ao fluxo aéreo durante a expiração.

• Trabalho mecânico expiratório adicional é necessário quando as


propriedades mecânicas pulmonares encontram-se alteradas ou
durante expiração forçada

• Posição em repouso dos músculos respiratórios é determinada


pelas forças de recolhimento elástico dos pulmões e parede
torácica.

Zona de Aposição: corresponde a área de contato do diafragma


com a CTab e esta relacionado com a insuflação pulmonar, pois
sua contração promove aumento caixa CTinferior.
PRESSÃO PLEURAL E PRESSÃO ALVEOLAR
PRESSÃO PLELURAL E PRESSÃO ALVEOLAR

• Pressão Pleural: Pressão existente no fluído da cavidade pleural

Início da Inspiração: ± -5 cm H2O

Final da Inspiração: ± -7,5 cm H2O

• Pressão Alveolar: Pressão de ar existente no alvéolo

Início da Inspiração: ± 0 cm H2O

Final da Inspiração: ± 0 cm H2O


VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES

VC: 500 ml - CI: 3.000 ml - VRE: 1.100ML - VR: 1.200 ml

CFR: Quantidade de ar que permanece nos pulmões após de uma expiração normal. Permite as trocas gasosas de
O2 e CO2 (1.200 ml)

CV: Medida da capacidade global e uma pessoa inspirar e expirar (4.500 ml)

(1) POTÊNCIA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS

(2) RESISTÊNCIA ELÁSTICA DA PAREDE TORÁCICA E DOS PULMÕES PARA A EXPANSÃO E PARA RECOLHIMENTO

• Complacência Pulmonar

ESPAÇO MORTO: PARTE DA VIA AÉREA EM QUE A TROCA GASOSA NÃO ACONTECE (150ml)
SUNT PULMONAR: ÁREA DE PERFUSÃO SEM VENTILAÇÃO
PRESSÕES RESPIRATÓRIAS
MÁXIMAS
Instrumento de mensuração: Manovacuômetro
MEDIDA DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS

• Método indireto de avaliação da força dos músculos respiratórios

• Importante instrumento de avaliação funcional

• Pressão Inspiratória Máxima (PImáx)

• Pressão Expiratória Máxima (PEmáx)

Definição: Maior medida capaz de ser gerada durante esforços de inspiração ou expiração, contra
uma via aérea completamente ocluída
MEDIDA DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS

- A pressão em nível de boca é igual à pressão alveolar, pois o fluxo gasoso é essencialmente igual a zero e a
glote permanece aberta durante o procedimento.

- Variações de pressão máximas são menores em consequência da pequena variação de volume pulmonar a
nível de valores pulmonares próximos ao extremo.
Técnica

• Simples Variáveis de Dependentes


(Podem ser minimizadas)

• Não-invasiva • Sexo

• Reprodutível • Idade

Porém.... • Volume pulmonar

• Variação nas técnicas utilizadas pode • Comprimento de repouso dos músculos


trazer resultados conflitantes! antes da medida

• Cooperação do paciente

• Manejo clínico do avaliador


MANOVACUÔMETRO DIGITAL E ANALÓGICO
INDICAÇÕES

I. Estabelecer diagnóstico cinesiológico funcional;

II. Avaliar a capacidade ventilatória;

III. Avaliar a tosse

IV. Quantificar a progressão da fraqueza dos músculos ventilatórios em pacientes neuromusculares;

V. Avaliar, junto com outros parâmetros fisiológicos, o desmame da ventilação mecânica;

VI. Estabelecer carga para treinamento muscular ventilatório específico;

VII. Outros.
CONTRAINDICAÇÕES

x Hipertensão arterial não-controlada x Fístulas pleurocutâneas ou


pulmonares
x Pneumotórax não tratado
x Hérnias abdominais
x Angina instável
x Glaucoma ou deslocamento da retina
x Aneurisma de aorta cerebral

x Problemas agudos do ouvido médio

x IAM
TÉCNICA CONVENCINAL

1. Explicar a técnica para o paciente;

2. Mesma posição para diferentes medidas;

3. Utilizar clipe nasal;

4. Boquilha bem adaptada ao paciente;

Pressão Inspiratória Máxima:

• Solicitar expiração até CRF (capacidade residual funcional), ocluir válvula de oclusão e solicitar inspiração máxima sustentada.

Pressão Expiratória Máxima:

• Solicitar inspiração até a CPT (capacidade pulmonar total) e realizar esforço expiratório sustentado até o VR (volume residual).
TÉCNICA CONVECIONAL

Registro dos valores obtidos:

- Intervalo de 1 minuto entre as medidas.

- Registrar pelo menos 3 medidas.

- Registrar o maior valor ou medida aritmética das medidas registradas.

- Interromper as medidas quando houve variação menor ou igual a 10% entre as medidas registradas.
TÉCNICA DE OCLUSÃO

1. Explicar técnica para o paciente

2. Mesma posição para diferentes medidas

3. Interface bem adaptada (TOT, TQT, máscara ou boquilha com uso de clipe nasal)

4. Utilizar válvula unidirecional

- A oclusão varia entre 20 a 50 segundos pra obtenção de valores máximos

- Atenção para critérios de interrupção em caso de pacientes graves!


CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO

- Bradicardia

- Tarquicardia

- Queda da saturação de oxigênio

- Instabilidade hemodinâmica
Equações de Referência para Normalidade
Sexo PImáx PEmáx
TODAS
143 – 0,55A 268- 1,03A
IDADES
HOMENS
20-54 129-0,13A 229+0,08A

55-80 120-0,25A 353-2,33A

TODAS AS
104-0,51A 170-0,53A
IDADES
MULHER
20-54 100-0,39A 158-0,18A

55-86 122 – 0,79A 210-1,14A

Fonte: Black FL, Hyatt RE. Maximal Respiratory Pressure: Normal values and relationships to age and sex. Am Rev Resp Dis
1969; 99: 696-702.
Equações de Referência para Normalidade

Sexo PImáx PEmáx

Masculino
142 – 1,03 x idade (anos) 180 – 0,91 x idade (anos)
Adulto

Feminino
-43 + 0,71 x altura (cm) 3,5 + 0,55 x altura (cm)

Masculino
44,5 + 0,75 x peso (kg) 35 + 5,5 x idade (anos)
Criança

Feminino
40 + 0,57 x peso (kg) 24 + 4,8 x idade (anos)

Fonte: Wilson SH, Cooke NT, Edwards RHT, Spiro SG. Predicted normal values for maximal respiratory pressures in caucasian adults and children.
Thorax 1984; 39:535-38

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