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Política Educacional E Organização Dos Sistemas de Ensino: Curso Normal 4° Bimestre
Política Educacional E Organização Dos Sistemas de Ensino: Curso Normal 4° Bimestre
POLÍTICA EDUCACIONAL E
ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS
DE ENSINO
CURSO NORMAL
4° BIMESTRE
AULA 1 - OS MECANISMOS DE FINANCIAMENTO DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
As preocupações com os recursos financeiros para a Educação Brasileira não são recentes. Há,
pelo menos, cinquenta anos o assunto é debatido nos meios políticos e acadêmicos. É claro que
esse investimento, hoje, como também naquela época, é insuficiente, “muito menos pelo valor
monetário e muito mais pela administração irregular, incompetente e não comprometida com os
ideais de transformar efetivamente a nação”.
As Constituições brasileiras têm determinado percentuais mínimos de recursos para
financiamento do ensino. A Constituição de 1934, em pleno período Varguista, já definia para a
União e os municípios cerca de 10% das fontes de recursos e para os Estados e o Distrito Federal,
20%. As Constituições de 1946, 1969 e 1988 determinaram para os Estados, Municípios e Distrito
Federal o mesmo percentual: 25%. Com relação aos mínimos previstos para a União, as diferentes
constituições têm aumentado os índices dos 10% previstos em 1934 e em 1946 para 13%, na
Constituição de 1969, e, finalmente, para 18%, na Constituição Federal de 1988. Embora
nossos instrumentos legais venham determinando, já há muito tempo, percentuais de renda
tributária para a manutenção do ensino, foi somente com a Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB) – que se definiu legalmente, nos artigos 70 e 71, o que
se deve e o que não se deve considerar como despesas na manutenção e no desenvolvimento
do ensino (MDE).
LEI 9.394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB) - DOS
RECURSOS FINANCEIROS (ARTIGOS 68 E 69)
O detalhamento dos artigos 70 e 71,
procuram evitar as interpretações
inadequadas, uma vez que se
encontram explicitadas as ações
entendidas como manutenção e
desenvolvimento do ensino
procurando impedir o uso incorreto dos
recursos da Educação. No entanto,
mesmo diante de todos os cuidados
contemplados nos artigos da LDB, se
faz necessário chamar a atenção de
todos para o fato de que neste país nem
sempre as leis vem sendo cumpridas.
Não basta o texto da lei, há de se ter organização para que busque os caminhos indicadores de
ações concretas, considerando o compromisso assumido pelo país quanto à erradicação do
analfabetismo, a universalização do Ensino Básico e mais recentemente o processo de inclusão.
DO FUNDEF AO FUNDEB
Em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) para atender o ensino
fundamental. Os recursos para o Fundef vinham das receitas dos impostos e das transferências
dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação. O Fundef vigorou até 2006,
quando FOI SUBSTITUÍDO pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). De tal modo, toda a
educação básica, educandos da educação infantil, do ensino fundamental e médio e da educação
de jovens e adultos, passa a ser beneficiada com recursos Federais. Um compromisso da União
com a educação básica, que se estenderia até 2020. Tendo o objetivo de aumentar os recursos
aplicados pela União, estados e municípios na educação básica pública e melhorar a formação e
o salário dos profissionais da educação.
Os recursos do Fundeb devem ser aplicados na manutenção e desenvolvimento da educação
básica pública, observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária dos Estados e
Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição (os Municípios
devem utilizar recursos do Fundeb na educação infantil e no ensino fundamental e os
Estados no ensino fundamental e médio), sendo que o mínimo de 60% desses recursos deve ser
destinado anualmente à remuneração dos profissionais do magistério (professores e profissionais
que exercem atividades de suporte pedagógico, tais como: direção ou administração escolar,
planejamento, inspeção, supervisão, coordenação pedagógica e orientação educacional) em
efetivo exercício na educação básica pública (regular, especial, indígena, supletivo), e a parcela
restante (de no máximo 40%), seja aplicada nas demais ações de manutenção e desenvolvimento,
também da educação básica pública. É oportuno destacar que, se a parcela de recursos para
remuneração é de no mínimo 60% do valor anual, não há impedimento para que se utilize até
100% dos recursos do Fundeb na remuneração dos profissionais do magistério.
(Conselho Nacional dos Secretários da Educação – CONSED / União Nacional dos Dirigentes Municipais – UNDIME)
VÍDEO SUPORTE: Arrecadação e investimento dos recursos da educação - Como funciona o FUNDEB?
https://www.youtube.com/watch?v=IVhkU_gW5OY
ATIVIDADES
1) O FUNDEB, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação é de natureza: A) pedagógica B) legislativa C) contábil D) estrutural
2) O título VII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9394/96) trata dos Recursos
financeiros. O art. 68 determina que “serão recursos públicos destinados à educação os originários de”:
I- receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
II- receita de transferências de impostos previstos nos estatutos municipais e outras transferências.
III- receita do salário-educação e de outras contribuições sociais.
A alternativa que responde CORRETAMENTE é:
Alternativas- A) I, II e III B) I e III apenas C) I apenas D) III apenas E) II e III apenas.
3) De acordo com o artigo 14 da LDB (Lei 9394/96), “Os sistemas de ensino definirão as normas da
gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”.
Em relação aos princípios que norteiam a gestão escolar democrática, avalie as afirmações a seguir e
assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Transparência nas ações.
( ) Respeito aos direitos humanos.
( ) Incentivo à individualidade dos alunos.
( ) Cultivo da afetividade, da tolerância, do respeito e do convívio com as diferenças.
( ) Criação de espaços que favoreçam a efetiva participação da comunidade escolar.
( ) Centralização das decisões e das ações que devem ser elaboradas e executadas de forma hierarquizada.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo.
A) V, V, V, F, V, F B) V, V, V, V, V, F C) V, V, F, V, V, V D) V, V, F, V, V, F E) V, V, F, V, F, F
ATIVIDADES
1) Sobre o Projeto Pedagógico, ou Projeto Político-Pedagógico e/ou também chamado de Proposta
Pedagógica da Escola e aspectos a ele relacionado, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Se relaciona à organização do trabalho pedagógico da escola.
B) O plano de ensino está ligado à organização da sala de aula e a outras atividades pedagógicas e
administrativas.
C) O plano de trabalho é o detalhamento ou projeto, portanto compete aos docentes, à equipe técnica
(supervisor, coordenador pedagógico, diretor, orientador educacional) e aos funcionários elaborar e
cumprir o seu plano de trabalho, também conhecido por plano de ensino e/ou plano de atividades
D) O projeto é nada mais do que o conjunto de normas e regras da escola no qual, em um só
documento, organiza a rotina de atividades administrativas e pedagógicas
2) A escola possui diversos instrumentos de participação e de informação que têm a finalidade de
divulgar o trabalho pedagógico que será realizado, facilitando o entrosamento com as famílias das
crianças matriculadas. O coletivo escolar precisa conhecer esses instrumentos, pois eles serão temas
do diálogo que irá se estabelecer entre as famílias e a escola, sendo que a essência dos princípios e da
prática pedagógica estão presentes:
A) no Plano de Estudo Semestral B) nas avaliações da gestão escolar
C) nas datas festivas do calendário escolar D) no Projeto Político-Pedagógico da escola.