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Ensinamentos Do Mês de Janeiro - 2024
Ensinamentos Do Mês de Janeiro - 2024
Atualmente, creio que não existe uma pessoa tão feliz quanto eu, e minha
gratidão a Deus é constante e profunda. Qual será a causa da minha
felicidade? De fato, eu não sou uma pessoa comum, sobretudo porque Deus
me atribuiu uma grandiosa missão, e esforço-me dia e noite para cumpri-la.
Todos os membros da Igreja sabem que, através dela, um incontável número
de pessoas está sendo salvo. Todavia, existe um segredo da felicidade que é
fácil de ser praticado por qualquer pessoa, ou melhor, por quem não tem uma
missão especial como eu. Primeiramente, desejo abrir meu coração,
mostrando aquilo que é uma tônica em meu íntimo.
1- O Pragmatismo Religioso
O pragmatismo, apresentado inicialmente pelo conhecido filósofo norte-
americano Charles Sanders Peirce, tornou-se uma filosofia de âmbito mundial
propagada por William James que, hoje, chega a ser considerado seu criador.
No Japão, o termo pragmatismo é comumente traduzido como utilitarismo ou
praticismo; no entanto, parece-me mais adequado chamá-lo de "teoria em
ação".
Com essa explicação, creio que puderam entender, em linhas gerais, o que
vem a ser o pragmatismo religioso.
Alicerce do Paraíso Vol.4, 30 de maio de 1951
2- Sermão
Como é do conhecimento de todos, desde os tempos antigos, sem nenhuma
exceção, as religiões sempre se basearam em mandamentos, transmitindo-os
através de sermões. Na Igreja Messiânica, quase não se utiliza esse recurso,
e os nossos membros sabem disso. Vou explicar isso, levando em conta que
algumas pessoas têm dúvidas a esse respeito, e também, no caso de alguém
perguntar aos membros, estes poderem dar os devidos esclarecimentos.
Os sermões são meios de purificar a alma através da audição, uma vez que
os ensinamentos são ouvidos. Já a Bíblia, os sutras budistas e os
ensinamentos da Oomoto e de várias religiões evidentemente são meios de
purificação através da visão e do espírito da palavra. Nossa religião também
se utiliza desses meios, mas os considera secundários, tendo o Johrei como
seu principal meio de purificação.
Isso porque os métodos de purificação realizados por meio dos cinco sentidos
são indiretos e, naturalmente, seus efeitos são limitados já que se visa atingir
algo invisível, como a alma, através de meios materiais. O Johrei da nossa
religião projeta a Luz espiritual diretamente na alma, purificando-a, e seu
efeito, portanto, nem se compara ao dos métodos materiais, Isso também
pode ser visto no que se refere às doenças. Mesmo aquelas que não são
curadas após diversos tratamentos são debeladas com facilidade e em curto
espaço de tempo com o nosso método.
Dessa forma, como venho sempre dizendo, não somos uma religião, mas sim
uma ultrarreligião.
Como todos sabem, até agora viemos nos valendo do Johrei e das
publicações para divulgar nossa religião. Daqui em diante, vamos difundi-la
também em diversas localidades por meio de mesas-redondas, palestras etc.,
ou seja, por meio da audição. Até agora, tínhamos a difusão por meio da cura
de doenças e da visão. Daqui em diante, acrescentaremos a difusão por meio
da audição. Esperamos obter resultados significativos com esse método "três
em um".
Muitos dizem que não sabem falar bem e que são péssimos oradores.
Todavia, esse é um pensamento equivocado, pois não é com belas palavras
que conseguimos tocar o coração do próximo. Como sempre digo, o que
move as pessoas é o nosso makoto. É com ele que tocamos a alma do
ouvinte, ou seja, nós a despertamos e a movemos. É só isso. Logo, falar bem
ou não é uma questão de segunda ordem.
"Vou curá-lo, por isso tenha gratidão" ou "Se eu for curado, quero ter a
permissão de ingressar na fé" - dizer isso ainda é tolerável. Há também quem
diga: "Se eu sarar, farei o favor de ingressar na fé." Nesse caso, não se sabe
quem é superior.
Por outro lado, a oferta monetária não deve ser recomendada a quem não
tem sido muito agraciado. No passado, dentre os missionários de certa
religião, alguns costumavam dizer às pessoas que estavam sofrendo com
doenças que elas seriam salvas se oferecessem certa quantia. Houve casos
em que a pessoa ofertava a quantia pedida, não sarava e acabava morrendo.
Nessas ocasiões, eu dizia que aquilo não era obra de Deus, mas dos Seus
mensageiros, os quais estavam cometendo fraudes.
Então, outro membro começou a dizer que Deus está, atualmente, precisando
de muito dinheiro; logo, mesmo passando por um pouco de dificuldade,
devemos ofertá-lo. Diante disso, criou-se uma divergência entre esses dois
discursos. Não sei por que motivo, a primeira sempre ganhava da segunda.
Dado que a situação continuava confusa, chamei as partes e disse-lhes o
seguinte:
"A primeira afirmação de fazer com que o lar não passe por dificuldades está
certa. De fato, é isso mesmo. Também está correta a segunda afirmação que
Deus está precisando de muito dinheiro... e que é preciso ofertar dinheiro a
todo custo, por maior que seja o sofrimento, para construir, o quanto antes, o
Paraíso Terrestre e salvar o mundo. Ambas estão corretas. Só que uma é
daijo e a outra é shojo. A primeira é um pensamento shojo; a segunda, um
pensamento daijo. Então, no segundo caso, será que as pessoas passarão
por dificuldades por ofertarem dinheiro? Obviamente que não. Se for um
Deus que, embora Lhe ofereçam dinheiro, deixa a pessoa no estado de
sofrimento, é melhor deixar de adorá-Lo. Experimente doar em meio a algum
sofrimento. Ofereça com a deliberada intenção de passar por dificuldades. O
valor doado retornará multiplicado por dez. Longe de passar por dificuldades,
o dinheiro retornará a você abundantemente."
Falando-lhes dessa forma, ambas as partes entenderam. Principalmente as
pessoas de pensamento shojo compreenderam bem e, outro dia, vieram
pedir-me desculpas. Estamos sujeitos a esse tipo de acontecimento; por esse
motivo, achando que seria interessante que os senhores também soubessem
da existência de problemas dessa natureza, referi-me a eles aqui.