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MOTORES DE INDUCAO 1- INTRODUCAO AS MAQUINAS ELETRICAS As maquinas elétricas podem ser classificadas em dois grupos: a) geradores, que transformam energia mecdnica oriunda de uma fonte externa (como a energia potencial de uma queda d’agua ou a energia cinética dos ventos) em energia elétrica (tensdo); b) motores, que produzem energia mecGnica (rotagGo de um eixo) quando alimentados por uma tensdo (energia elétrica). Conforme Figura 1. Energia Energia elétrica mecanica Figura | — Fluxo de energia em motores elétricos. Os geradores e motores sé se diferenciam quanto ao sentido de transformacao da energia, possuindo ambos a mesma basica, formada por um elemento fixo, chamado estator, e outro movel, capaz de girar (o rotor). Nesses elementos sGo fixados enrolamentos onde a corrente circula: um desses enrolamentos é capaz de gerar os campos magnéticos necessdrios ao funcionamento da maquina e é chamado enrolamento de campo; o outro é chamado enrolamento de armadura (ou induzido, no caso de geradores). Em algumas maquinas, a armadura esta no estator e o enrolamento de campo no rotor; em outras ocorre 0 inverso. O tipo de corrente (CC ou CA) que circula nesses enrolamentos estabelece qual o tipo de maquina. A Figura 2 mostra os diversos tipos de maquinas disponiveis; dentre todas elas, destacam-se os motores assincronos (ou de induc¢ao), utilizado na maior parte dos equipamentos que requerem acionamento elétrico. De acordo com Filippo Filho (2002), aproximadamente 40% de toda a energia elétrica consumida no Brasil é usada para o acionamento de motores elétricos, sendo que no setor industrial cerca de 50% da energia consumida deve-se a este tipo de maquina elétrica. ce Figura 2 — A “arvore” das maquinas elétricas 2 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Na regido em torno de um ima acontecem alguns fendmenos especiais, como a atragdo de pedacinhos de ferro ou o desvio da agulha de uma bussola. Diz-se que nesta regido existe um campo magnético, o qual pode ser representado por linhas de inducGo (figura 3a). Também ao redor de um condutor percorrido por corrente elétrica existe um campo magnético, que pode ser intensificado se este condutor for enrolado, formando uma bobina ou enrolamento (Figura 3b). Nesses casos, a intensidade do campo magnético é diretamente proporcional a corrente. @) ) Figura 3 — Campo magnético: (a) de um ima; (b) de um enrolamento (bobina) percorrido por corrente. Campos magnéticos so mensurados através de uma grandeza chamada indu¢Go magnéetica (simbolizada pela letra B), cuja unidade no Si é o Tesla (T). O valor de Bé maior nas regides onde as linhas estéo mais concentradas. Denomina-se fluxo magnético (simbolo ©) ao numero de linhas de indu¢ao que atravessa a superficie delimitada por um condutor (uma espira, por exemplo). Esta grandeza é medida em Webbers (Wb), no SI. Em 1831, Michael Faraday descobriu que quando o fluxo magnético em um enrolamento varia com o tempo, uma tensdo u é induzida nos terminais da mesmo; o valor desta tensdo é diretamente proporcional a rapidez com que o fluxo varia. Entdo, a Lei de Faraday (ou Lei da Indugdo Eletromagnética) pode ser expressa por: not dt us onde N=mimero de espiras do enrolamento do/dt = velocidade de variagao do fluxo magnético Se os pdlos de um ima forem postos a girar ao redor de uma espira, como representado na Figura 4, o fluxo nesta varia com o tempo, induzindo uma tensdo entre seus terminais; se estes formarem um percurso fechado, havera neles a circulagdo de uma corrente induzida i. Rotagao dos pdlos Fora de interagao Campo magnético Corrente induzida Figura 4 — Acao de motor No estudo do Eletromagnetismo, aprende-se que se um condutor estiver imerso em um campo magnético e for percorrido por corrente elétrica, surge uma forca de interagdo dada por: F=1i(B onde F = forca de interago B = valor da indugao magnética € = comprimento dos lados da espira i= intensidade da corrente no condutor E esta forga que produz um conjugado nos lados da espira, fazendo-a girar (agao de motor) A Figura 5 mostra os campos magnéticos formados pela alimentacao trifasica em um motor, no qual os enrolamentos de campo estao localizados no estator. 0 campo magnético de cada fase é representado por um vetor e a soma vetorial dos mesmos dd o campo resultante. Observa-se que 0 efeito é o de um ima girando ao redor do rotor, produzindo a acdo de motor. A velocidade com que esse campo girante opera é chamada velocidade sincrona (ns), dada por: 120xf n= E onde f= freqiiéncia da rede de alimentagao (em Hz) P= numero de pélos do motor (pm) a B, B, O numero de polos do motor é obtido através da forma de execu¢do dos enrolamentos de campo; este numero sempre é inteiro e par. Assim, pode-se construir motores com qualquer numero de polos, embora no comércio estejam disponiveis apenas motores de 2, 4, 6 ou 8 pdlos. Avelocidade de um motor de indugao sempre sera menor que a sincrona, caso contrdrio ndo se conseguiria a variacdo de fluxo necessaria para induzir corrente no enrolamento de armadura. Denomina-se escorregamento (s) a relagdo: n,-n 0, s= «100 (%) onde n= velocidade sincrona (em rpm) n = velocidade do motor (em rpm) Frequéncia_do rotor: Frequéncia do rotor = fr = frequéncia de escarregamento = sf 3 ESTRUTURA E CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS A Figura 6 mostra a estrutura de motor de inducao: Nicleo do estator Placa de identficagio Enrolamento de campo Tampa traseira Tampa frontal Ressalto Ventilador Biase pecs Rolamento| Caixa de ligacdes haat Conexdes, konmanes) Nicieo do rotor (com enrolaments de armacura) Figura 6 — Estrutura de um motor de indugio fechado A estrutura de motor de inducao é composta de: + Estator E construido com chapas de material magnético e recebe o enrolamento de campo, cujas espiras so colocadas em ranhuras, como mostra a Figura 7. Aj se situa o enrolamento de campo, que pode ser mono ou trifdsico. A maneira como esse enrolamento é construido determina o numero de polos do motor, entre outras caracteristicas operacionais. Suas pontas (terminais) sdo estendidas até uma caixa de terminais, onde pode ser feita a conexdo com a rede elétrica de alimentagao. Nucleo do estator (a) (b) Figura 7 — Enrolamento de campo de um motor de indugdo: (a) execugaio dos enrolamentos: (b) micleo com enrolamento completo. * Rotor O enrolamento de armadura é montado no rotor. No caso mais comum, ele é constituido de condutores retilineos interligados nas duas extremidades por anéis de curto-circuito (Figura 8a), o que Ihe da a forma de uma gaiola. Existe um outro tipo de rotor, dito bobinado, onde os terminais das fases do enrolamento de armadura sao ligados a anéis deslizantes, permitindo a inser¢do de elementos que auxiliem na partida do motor. Na Figura 8b mostra-se o rotor completo, com 0 eixo posicionado, na ponta do qual ha uma flange. Rotor de aco lamnado Anéisde aurto-crouto Barras concaoras Anal de cuto- [86-| 82 [0,99 [0,89 [0.89] 100] 3.e00-[ 35,0 [1126 350_[2e0 | asst [3570] 00 [es | 709 [13 sr [92 [099 oso lo'st 100 se200 [340 [1300 300 [300 [ssa {s70| 930 [es | e990 [13 St T-92 Toss fosoT ost T1001 sse00 35.0 11390 $50 [330[ asst [3570] ioso |e] 900 a4 | 2s fst fet 32 Toso ]osr [ost i004 5800 [3001 510 * Sinmobier s.correntncem S00 madlliglicar por'0;577. fav 440i enatipiicar por 0:5. E interessante lembrar que nem sempre um motor estara operando com poténcia nominal. O percentual de plena carga (ix) expressa o quanto dessa poténcia nominal esta sendo utilizada pelo motor, isto é: onde P, = poténcia que esta sendo usada (ev, hp ou W) P, = poténcia nominal do motor (ev, hp ou W). O conhecimento de k é importante porque tanto o rendimento (n) como o fator de poténcia (cos) variam com esta grandeza: os fabricantes de motores costumam fornecerr estes valores para 3 situagdes de percentual de plena carga (50%, 75%e 100%), como se pode ver na Tabela 7.3. Observa-se ali que os maiores valores de e de cos ocorrem quando a maquina esta operando a plena carga. Chama-se fator de servico (FS) ao fator que, aplicado a poténcia nominal, indica a carga permissivel que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condicdes especificadas. Todo o motor é capaz de fornecer poténcia superior a nominal a fim de atender a picos de exigéncias das cargas, porém sé é capaz de fazé-lo por breves instantes sem correr o risco de danos. Este valor esta na faixa de 1,0 a 1,35 e, de maneira geral, pode-se dizer que motores menores tém maior FS, conforme pode se observar na Tabela 2. 4.2 Frequéncia Nominal Os motores so projetados para trabalhar com uma determinada freqiiéncia, referente a rede de alimentaco, admitida uma variagdo maxima de +5% (NBR 7094/96). No Brasil, a freqiiéncia padronizada é 60Hz; entretanto, existem muitos equipamentos importados de paises onde a freqiiéncia 6 SOHz. A Tabela 3 mostra as alteracdes que acontecem a motores de indugdo bobinados para 50Hz quando ligados em rede de 60Hz. Tabela 3. — Alteragdes das caracteristicas de motores de indugao enrolados para SOHz quando ligados em rede de 60Hz Motor — disesie | Rotacio Poténcia Conjugado Corrente Conjugado Conjugado Corrente rare nominal nominal nominal nominal de pertida méximo eq uv) U(v) 220 220 | 1,20 | 100 | 083 | 1,00 0,83 0,83 0.83 380 380 [1.20 | 1,00 0,83 1,00 0,83 0.83. 0,83 380 4401.20 | 1,35 0,96 1,00 0,96 0,96 0,96 440 440_| 1.20 | 1,00 0,83 2,00 0.83 0,83 0,83 500 500 | 1,20 | 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 500 550 | 1,20 | 4,10 0,91 1,00 0,91 0,91 0,91 660 60 [ 1,20 | 1,00 0,83 1,00 0,83 0,83 0,83 4.3 Velocidade Nominal E aquela desenvolvida pelo motor quando utilizando sua poténcia nominal, alimentado por tensao e freqiiéncia nominais. Nao deve ser confundida com a velocidade sincrona (ns). Jd se viu que a velocidade de um motor sempre seré menor que a sincrona; a diferenga entre a velocidade nominal e a sincrona é dada pelo escorregamento nominal: 7100 (%) n, onde n= velocidade sincrona (em rpm) n = velocidade do motor (em rpm) Para a maioria dos tipos de motores de inducdo, este escorregamento esté na faixa de 3-5%. 4.4 Tensao Nominal. Ligagdo de Motores Trifasicos E a tensdo ou grupo de tensées de alimentagao do motor, admitindo-se uma variagao maxima de 10%. Quase todos os motores, sejam mono ou trifasicos, sao fabricados para operagao em mais de uma tensao. Os motores trifasicos sempre sao ligados a tensdo de linha da rede e/étrica. Os valores de alimentagao mais comuns sao 220, 380, 440, 660 e 760V. Esses motores podem ser constituidos por 1 ou 2 grupos de enrolamentos trifasicos. No primeiro caso, como sao 3 enrolamentos, cada qual com um inicio e um fim, havera 6 terminais disponiveis (motor de 6 pontas); no outro caso, um dos grupos pode ou nao estar conectado internamente, configurando motores de 9 ou 12 pontas. A identificagao dos terminais nao € padronizada: alguns fabricantes usam numeros, enquanto outros usam letras. A menos que expresso em contrario, usar-se-a a identificagao de terminais mostrada na Figura 12. ql 2 i "1 12 10 3 Lots EGE Fly GEG fs : oF oF ca oF oF oy (a) (b) (©) @ G Figura 12 — Identifieagao de terminais de motores triftisicos: (a) de 6 pontas; (b) de 9 pontas, ligagto em Y; (c) de 12 pontas. a) Motor de 6 pontas Sao fabricados para operar com 2 tensdes relacionadas por V3, usualmente 220-380 V ou 380-660 V. Na tensdo mais baixa serao ligados em triangulo e na mais alta em estrela (Figura 13) R C4 %, O ° 220v \ s 24 35 Ee Rede 220/127 V Rede 380/220 V Tensio mais alta (b) (a) Tensio mais baixa ligagdo em A ligagio em Y Figura 13 — Motor de 6 pontas, tensdo nominal 220/380V: (a) conexto a rede 220/127 V (b) conexio a rede de 380/220 V. b) Motor de 9 pontas Podem ser ligados em tensées relacionadas por 2, como 220-440 V ou 230-460 V. Na tensao mais baixa os enrolamentos sao ligados em paralelo (em Y ou A, dependendo do tipo do motor) e na tensdo mais alta s4o conectados em série, como se mostra na Figura 14. = ntndal 4 95 of aon a t EEE RTE | ow 3 — 2 “Hy oz Cy gee ee, = 3 2 eae melee | Gea Wares J 1G fie cow f* “ Wannevien _) Figura 14— Motor de 9 pontas, tensto nominal 220-440V: (a) conexio tensio mais baixa, ligagdo Y paralelo: (b) conexdo 4 tensao mais alta, ligag’io Y série. c) Motor de 12 pontas Havendo 12 terminais disponiveis, é possivel a ligagto em 4 tensdes diferentes, usualmente 220-380-440-760 V. A configuracgao dos enrolamentos é, respectivamente, A paralelo, Y paralelo, A série e Y série, como mostra a Figura 15, OBS.: Para inverter o sentido de rotagao de um motor trifasico, basta que se troquem duas fases da alimentacao. Rede 380/220V 70 nov os, as = 3 J 2 Rede 760/440V Rede 440/254 Figura 15 - Motor de 12 pontas, tensaio nominal 220-380-440-760V: (a) conexao a rede de 220/127V, ligacao A paralelo; (b) conexao a rede de 380/220V, ligagao Y paralelo; (c) conexao a rede de 440/254V, ligagao A série; (d) conexao a tensaio mais alta, ligagdo A série 4.5 Corrente Nominal E acorrente solicitada pelo motor quando operando a plena carga, alimentado com tensio e freqiiéncia nominais. A corrente nominal de motores trifasicos é dada por: P, x 736 I, == vV3nU, cos@ onde P, = poténcia nominal (cv) 1) = rendimento do motor a plena carga (k = 100%) U, = tensao nominal (V) cos@ = fator de poténcia do motor a plena carga (K = 100%). Na Tabela 2 € dada a corrente nominal de motores trifasicos alimentados com a tensao de 220V; para alimentagéo com 380, divide-se o valor encontrado por 3 e em 440V divide-se este valor por 2. 4.6 Corrente de Partida Na partida dos motores de indu¢do é solicitada uma corrente muitas vezes maior que a nominal. A medida que o motor acelerada, a corrente vai diminuindo até atingir valor proximo ao de regime. Acorrente de partida é relacionada a corrente nominal (In) através dos valores de Ip/In dados na Tabela 4. Em certos motores, a corrente de partida 6 dada por uma letra codigo (COD), estabelecida pela relagao dada em kVA\/cv. Os valores das letras cddigo sao dados na Tabela 4. _ Poténcia aparente na partida (KVA) _ V3U;I, coD - 2 Poténcia nominal (cv) 1000 x P, Tabela 4 —Cédigo de partida de motores de indugao CoD | _kVA/cv_| COD kVA/cv, CoD kVA/cv A_|0,00-3,14| H_|6,30-7,09 R_|14,00-15,99 B_[3,15-3,54[ 3 1|7,10-7,99 S_[16,00-17,99 C_ | 3,55-3,99| K_|8,00-8,99 T_|18,00-19,99 D_|4,00-4,49| L_|9,00-9,99 U_| 20,00-22,39 E_ |4,50-4,99| M_|10,00-11,09| V_| 22,40 ou mais F {5,00-5,59| N | 11,10-12,49 G |5,60-6,29| P| 12,50-13,99 Alguns problemas decorrentes desta elevada corrente de partida sao: * queda de tensao na rede de alimentagao; * aumento da bitola dos condutores de alimentagao e * necessidade de transformadores de maior poténcia. As concessionarias de energia elétrica limitam a poténcia nominal de motores para os quais pode ser dada a partida direta: no caso da CEEE (RS), é exigido algum dispositivo que reduza a corrente de partida de motores com poténcia superior a 5cv (alimentagao em 220V) e 7,5cv (alimentagao em 380V). Os principais dispositivos de redugao da corrente de partida sao: + chave estrela-triangulo, para motores de 6 ou 12 pontas; * chave série paralelo, para motores de 9 ou 12 pontas; * chave compensadora, para qualquer tipo de motor; + soft-starter, que também pode ser utilizada em qualquer motor; + insergdo de resisténcias ou reatancias de partida. 5 - MOTORES MONOFASICOS. CARACTERISTICAS NOMINAIS Precisam de um dispositivo que os auxilie na partida, ja que uma s6 fase nao possibilita a formagao do campo girante discutido na segao 2; geralmente este dispositivo 6 desconectado do motor apéds sua aceleragao, através de uma chave centrifuga. E 0 dispositivo auxiliar que determina o tipo de motor, bem como muitas de suas Caracteristicas. Os principais tipos sao: a) motor com capacitor de partida; b) motor com capacitor permanente; Cc) motor com 2 capacitores; d) motor de fase dividida (split phase); e) motor de pdlos sombreados. Com a finalidade de permitir a ligagdo do motor em 2 tensdes, o enrolamento principal é dividido em duas partes. A Figura 16 mostra os enrolamentos principal e auxiliar) do motor de indugao monofasico com capacitor de partida e anumeragao dos terminais. 2 ei Chave i tit. og — ate 3 4 6 ee (a) Figura 16— Motor de indugao monofasico com capacitor de partida: (a) vista geral: (b) a numeragdo dos terminais (WEG Motores SA). 5.1 Poténcia Nominal Os motores de indugao monofasicos sao encontrados numa faixa tipica de 1/8 — 10 cv, embora as industrias de maquinas elétricas listem em catalogos poténcias bem superiores. A Tabela 5 mostra parte do cataélogo de motores monofasicos com capacitor de partida, os mais comuns entre os motores de indugao monofasicos, de um fabricante nacional. Os aspectos relativos a poténcia dos motores monofasicos sao os mesmos abordados nos motores trifasicos (Segao 4.1). Tabela 5 — Caracteristicas tipicas de motores de inducdo monofisicos, 2 pélos, 60Hz. alimentado em 220V (WEG Motores S. A.. catalogo parcial) CONVENCOES poténcia nominal Cy = conjugado nominal cos @ velocidade nominal Cp corrente nominal Ca, = conjugado maximo I, = corrente de partida n= rendimento fator de poténcia “onjugado de partida FS = fator de servico momento de inércia (GD*) t, = tempo com rotor bloqueado a quente P| carcaca 1 Gm a re 3 Peso rom % By Se Pa Fs | t (2) expe “eT (2) | tate | (kai) | Cala | Cad Cn Pore PR oe Ba (kom?) ce) Z polos - 220 v/G0Hz ois[oiz [es _[sasof os [57] 003 [38 [ 41 [43] 49 [53 [058 [067] 076[135 | 00003] 90 [60 0,25 [0,18 [63 3a50[ 11/59] 0,05 | 39 | 41 |4]s5| sa [0,60] 0,50| 075 | 1,35] 0,0003| 8.0 [6,5 0,33} 0.25 [63 | 3430 1.3. [ 5.0 | 0,07 [9.9 | 31 [5360] 65 [0,71] 074[ 075] 1.35 | 0,004 8.0 16.5 05 [0,37 [63 aar0] 18 [52 | 010 [28 | 29 [oo] 6s| 67 10,761 0,79/ 0,90 [2,25 | 0,004] 8.5 [65 0,75] 0,55 [72 3a00] 2.6 [54 | o1s [32 [30 [ooler| 7 [0.66] 0,76[ 0,78 [2,25 | 0,0005 | 7.5 [7,5 zo [ors pt 3420] 3.2 [68] 0,20 | 26 | 28 [57] 65] 68 [072] 0,52] 0,88] 1,25] 0,008] 6,0 [9,9 25 [ii [eo | 3400[ 408] 7,8 | 0,90 [3,5 [3,3 [63] 70] 72 [0,68 [0,78] 0,84 | 2,15 | 0,0016 | 6,0 [15 2.0 [15 [90 [3400 [60 [621 040 [2.9 | 31 [72176] 77 10,761 0,81 [083/115 10,0016] 6.0 [16 3,0 [22 [90s | 2460 0,0 [7,0 | 0,60 [33 | 33 [72] 76] 78 [0,75 | 0,80| 0,82 | 1,15 |0,0023| 6.0 [20 40 [3 [oot | 3490/12,0[ 8,1 [0.80 | 3,7 | 3.2 [72] 77 | 79 [0,70 [0,77] 0,81 | 1,15 | 0,026 | 6,0 [23 30 [37 | 100 [3500 [14.01 9.0 | 1,00 [2.7 | 3.4 [65 | 71] 75 [0,76] 0,85| 0.91 [115 [0.0068 | 6.5 | 32 6.0 [4.5 [112m | 3510/1600] 86 | 1.20 | 2.5 | 35 |75|e1] 63 [o78/0.84| 0.871115 | 0.0088] 60 [41 7,5 [55 [112M [3490[20.0[ 7,8] 150 [26 | 3.4 [74/80] 61 [0,78] 0,85| 089/115 |0,0104| 6.5 [45 10 [7,5 [132s [3480 [27,0] 7,2 | 2,00 | 2,0 | 3,2 [73] 76] 77 [0,861 0,90] 0,93 | 1,15 | 0,0179| 6,0 [39 325/92 [132m_[3s10 [33,0184 | 2,50 [24 | 2.7 [74178] 79 (0,841 0,891 093/115 | 0.02101 6.0 lor 35 [a1 [gam [3300 [38,0187 | 3,00 [2.6 |~3.7 [reer | 2 [0,88 | 0,91 [0,93 [1.15 [0,029 | 6.0 [73 20 [15 [160m [asco [52.01 ss] 400 [25 | 35 [74]e0] si [095] 0,99] 092/115|0,0530] 60 [11a 5.2 Freqiiéncia e Velocidade Nominais Conceitos idénticos aos de motores trifasicos (Segdes 4.2 e 4.3). 5.3 Tensao Nominal. Ligagao de Motores Monofasicos Os motores monofasicos devem ser ligados a tensdo de fase da rede elétrica (ou, excepcionalmente, entre duas fases), sendo mais comuns os valores de 110 (127) e 220V. Para tanto, o enrolamento principal é dividido em duas partes de forma que, contando com o enrolamento auxiliar de partida, existem 6 terminais disponiveis. Conforme mostra a Figura 17, para a tensao mais baixa, os enrolamentos sao ligados em paralelo e para a mais alta o enrolamento auxiliar é ligado em paralelo com uma das partes do enrolamento principal e o conjunto é ligado em série com a parte restante. (a) (b) Figura 17 — Ligagao de um motor de indugao monofisico com capacitor de partida em duas tensdes diferentes: (a) 127V; (b) 220V. 5.4 Corrente Nominal e Corrente de Partida Para 0 calculo da corrente nominal de motores monofasicos, fazendo Ps = Pnom, obtém: P, x 736 U, cos Com relacéo a corrente de partida, esta pode ser calculada a partir da relagao Ip/In. Considerando que a maioria dos motores monofasicos é de baixa poténcia, a corrente de partida usualmente nao traz maiores problemas.

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