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Aula 19 - Somente em

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PETROBRAS (Técnico - Ênfase 11 -
Segurança do Trabalho) Conhecimentos
Específicos (Normas Regulamentadoras)
- 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Mara Queiroga Camisassa de
Assis

11 de Fevereiro de 2023

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AULA 4 – PCA e PPR

Veremos nesta aula o seguinte conteúdo:

1 – Programa de Conservação Auditiva – PCA


2 – Programa de Proteção Respiratória – PPR

PCA - PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

1 - INTRODUÇÃO

Tal como o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional


(NR7) e o PPRA – (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCA é
parte integrante de um conjunto de iniciativas da empresa no campo da
saúde dos trabalhadores.

Entretanto, apesar de não constar expressamente como obrigatório em


nenhuma das Normas Regulamentadoras o PCA - Programa de Conservação
Auditiva deve ser elaborado por todas as empresas que possuam
empregados expostos a ruído excessivo. Quando falamos em “empregados
expostos a ruído excessivo” é preciso ter em mente que a empresa já deve
ter adotado todos os meios para eliminação ou redução do ruído, e mesmo
após a implementação das medidas de controle, o ruído gerado ainda
permaneceu acima dos limites de tolerância conforme Anexo 1 (Ruído
contínuo e intermitente) e Anexo 2 (Ruído de impacto), da NR15 (Atividades
e Operações Insalubres).

Devemos lembrar também da hierarquia das medidas de controle, cuja


prioridade é a implantação de medidas de proteção coletiva, conforme o
disposto no item 9.3.5.4. da NR9:

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9.3.5.4. Quando comprovado pelo empregador ou instituição a


inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando
estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo,
planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à
seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

Vejam então que, ao contrário do que muitas empresas insistem em manter,


o fornecimento do EPI, no caso, o protetor auditivo, deve ser a última
opção do empregador. Isso ocorre pelo fato de a proteção coletiva ser um
sistema passivo, que cumpre sua função protetiva independente da ação
ou vontade do trabalhador e por este motivo deve ter prioridade de
implementação. Nesse sentido, considera-se o EPI um tipo de proteção
ativo, pois está associado a um fator comportamental, já que seu uso
depende de uma ação do empregado. A expressão “Equipamento de
Proteção Coletiva” tem o mesmo sentido de “Sistema de Proteção Coletiva”.

2 - OBJETIVO

O PCA deve ter como objetivo principal a prevenção das perdas auditivas
ocupacionais. Considerando seu alcance, deve ser elaborado por equipe
multidisciplinar integrada por pelo menos fonoaudiólogo, médico do trabalho
e engenheiro de segurança.

Considerando ainda seu objetivo de prevenção do adoecimento em função


da exposição de riscos ambientais (ruído) temos que o programa deve
integrar o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, previsto na
NR9. Desta forma, todos os registros que fizerem parte do PCA deverão ser

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mantidos por pelo menos 20 anos, contados a partir da data do registro, em


função da determinação do item 9.3.8. e alíneas, da NR9:

9.3.8. Do registro de dados.


9.3.8.1. Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de
dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e
administrativo do desenvolvimento do PPRA.
9.3.8.2. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20
(vinte) anos.

3 - PAIR - PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO

O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de


trabalho, e a exposição acima dos limites de tolerância, um dos mais
importantes problemas de saúde ocupacional existentes atualmente, em que
pese a notória subnotificação dos casos de doenças ocupacionais.

Os efeitos do ruído no nosso organismo dependem do tempo de exposição,


da intensidade sonora e da susceptibilidade individual. Sendo assim, e
possível que determinados ruídos, ainda que abaixo do limite de tolerância,
apresentem efeitos nocivos para alguns trabalhadores. Daí a importancia da
realização das audiometrias, conforme determinado na NR7 – PCMSO e da
implantação do Programa de Conservação Auditiva (PCA), quando aplicável.

A exposição prolongada ao ruído, ao longo de vários anos, pode provocar a


Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR). Também conhecida como “Perda
Auditiva por Exposição a Ruído no Trabalho”, “Perda Auditiva Ocupacional”,
“Surdez Profissional”, “Disacusia Ocupacional”, a Perda Auditiva Induzida por
Ruído Ocupacional - PAIR - constitui-se em doença profissional de enorme
prevalência em nosso meio, tendo se difundido a numerosos ramos de
atividades.

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A PAIR se caracteriza pela diminuição gradual da acuidade auditiva


decorrente da exposição continuada a níveis elevados de ruído, e tem como
características a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco e a
irreversibilidade. Isso significa que, uma vez instalada, mesmo que o
trabalhador seja retirado permanentemente do ambiente ruidoso, não
haverá regressão do dano auditivo. É comum durante as fiscalizações em
ambientes ruidosos que o trabalhador mencione que já “está acostumado”
ao ruído. Nestes casos, é possível que certo grau de perda auditiva já esteja
instalado.

3.1. Caracterização da PAIR

De acordo com o Comitê de Ruído e Conservação da Audição da American


College of Occupational Medicine, e segundo o Comitê Nacional de Ruído e
Conservação Auditiva, são características da PAIR:

a) Ser sempre neurossensorial, por comprometer as células de órgão de


Córti (sensorio-neural da cóclea, localizado no ouvido interno)
b) Ser quase sempre bilateral (ouvidos direito e esquerdo com perdas
similares) e, uma vez instalada, irreversível;
c) Muito raramente provoca perdas profundas, não ultrapassando
geralmente os 40 dB (NA) (decibéis Nível Auditivo) nas frequências
baixas e 75 dB (NA) nas altas;
d) A sua história natural mostra, inicialmente, o acometimento dos
limiares auditivos em uma ou mais frequências da faixa de 3.000 a
6.000 Hz. As frequências mais altas e mais baixas poderão levar mais
tempo para serem afetadas;
e) Uma vez cessada a exposição, não haverá progressão da redução
auditiva. Por atingir a cóclea, o trabalhador portador de PAIR pode

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desenvolver perda da capacidade de reconhecer palavras, zumbidos,


que se somando ao déficit auditivo propriamente dito prejudicarão o
processo de comunicação.

4 - ATIVIDADES PREVISTAS NO PCA

Tal como a NR9, o PCA deve ser um programa permanente que deve ser
implementado pelo menos enquanto houver, nos locais de trabalho, a
presença de níveis de pressão sonora acima dos limites de tolerância
conforme Anexos 1 e 2 da NR15. Desta forma, as seguintes ações devem
estar previstas, no mínimo:

4.1. Realização de exames audiométricos

Os exames audiométricos devem ser realizados de acordo com as


determinações da NR7, Quadro I, Anexo II, que estabelece diretrizes e
parâmetros mínimos para a avaliação e o acompanhamento da audição do
trabalhador através da realização de exames audiológicos de referência e
sequenciais. Devem ser submetidos a estes exames no mínimo, todos os
trabalhadores que exerçam ou exercerão suas atividades em ambientes
cujos níveis de pressão sonora ultrapassem os limites de tolerância
estabelecidos nos anexos 1 e 2 da NR 15, independentemente do uso de
protetor auditivo.

Entende-se por exames audiológicos de referência e sequenciais o conjunto


de procedimentos necessários para avaliação da audição do trabalhador ao
longo do tempo de exposição ao risco.

O exame audiométrico será realizado, no mínimo, no momento da admissão,


no 6º (sexto) mês após a mesma, anualmente a partir de então, e na

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demissão. O intervalo entre os exames poderá ser reduzido a critério do


médico coordenador do PCMSO, ou por notificação do médico agente de
inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.

4.2. Gestão de Equipamentos de Proteção Auditiva

Segundo o Anexo I da NR6, são equipamentos de proteção auditiva:

a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo


contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15,
anexos nº 1 e 2;
b) Protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, anexos
nº 1 e 2;
c) Protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo
contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15,
anexos nº 1 e 2.

Com relação aos protetores auditivos, devem estar previstos no PCA, no


mínimo:

• Recomendação dos protetores a serem utilizados, por função, com


indicação do CA
• Periodicidade de troca
• Possibilidade de higienização (segundo o item 6.6.1, “f” da NR6: Cabe
ao empregador quanto ao EPI: f) responsabilizar-se pela
higienização e manutenção periódica

No que se refere à escolha dos protetores auditivos, a NR6 determina que


compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em

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Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade. No caso de
empresas desobrigadas a constituir o SESMT, caberá ao empregador
selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional
tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuários.

A escolha do protetor auditivo deve considerar também a compatibilidade


com outros EPIs que sejam usados pelos empregados como capacetes,
protetores faciais ou máscaras de proteção respiratória.

4.3. Treinamento sobre Conservação Auditiva

Devem ser realizados treinamentos na admissão e também de forma


periódica, abrangendo no mínimo, todos os trabalhadores que ficarão
expostos a ruído excessivo.

4.4. Planejamento de realização de dosimetrias nos Grupos de Exposição


Similar

O grupo de exposição similar corresponde a um grupo de trabalhadores que


experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido
pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador do grupo seja
representativo da exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo.

Dessa forma, ao se identificar uma maior ocorrência de adoecimento em


determinado grupo, por exemplo, por meio de estudos da incidência e
prevalência de doenças profissionais, devem-se buscar as causas desse
adoecimento a partir da investigação dos agentes nocivos presentes no

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ambiente de trabalho. Nessa abordagem, devem ser usados instrumentos da


epidemiologia, como cálculo de taxas ou coeficientes para verificar se há
locais de trabalho, setores, atividades, funções, horários, ou grupos de
trabalhadores, com mais agravos a saúde do que outros.
4.5. Gestão de diagnóstico

São finalidades do diagnóstico: a identificação, qualificação e quantificação


da perda auditiva com vistas à prevenção do seu agravamento e tomadas as
medidas efetivas de proteção. ==16a8e==

O procedimento utilizado para subsidiar o diagnóstico da PAIR é a Avaliação


Audiológica que inclui:

1. Anamnese clínica e ocupacional: Tem por objetivo investigar


a história ocupacional do trabalhador para o estabelecimento do nexo
com o trabalho, bem como o de identificar outros fatores que possam
estar causando danos auditivos para possibilitar o diagnóstico
diferencial. Na anamnese devem ser investigados vários fatores,
como:
a. O tipo de profissão
b. A função exercida
c. Exposição a níveis elevados de pressão sonora atual e
pregressa
d. Exposição a produtos químicos potencialmente ototóxicos 1
tais como solventes, metais, asfixiantes e outros.

1
A exposição a ruídos excessivos não é a única causa das perdas auditivas. A presença, nos
ambientes de trabalho, de produtos ou substâncias químicas com propriedades ototóxicas
também pode comprometer a função da audição. Tais propriedades se referem à
possibilidade de dano às estruturas da orelha interna resultante de exposição a
determinadas substâncias químicas, que também podem levar à perda auditiva.
Atualmente, são reconhecidas as propriedades ototóxicas de vários agentes químicos como
solventes orgânicos ou suas misturas (tolueno, xileno, tetracloroetileno, entre outros).

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e. Exposição a vibração Uso de Equipamento de Proteção


Individual (EPI) no período
f. Uso de medicação ototóxica
g. História familiar de perda auditiva
h. Exposição extra laborativa a níveis elevados de pressão
sonora

2. Exame físico e otológico: Deve ser realizada otoscopia para


avaliação da orelha externa e outros achados por intermédio do
exame físico que possam ter correlação com a perda auditiva.

3. Exames audiométricos: O exame audiométrico é o principal


exame para a determinação dos limiares auditivos de trabalhadores
expostos a níveis elevados de pressão sonora e para a elucidação do
diagnóstico da perda auditiva. Devem ser tomados vários cuidados
para a realização deste exame, dentre eles, que o trabalhador
avaliado tenha tido repouso acústico de, no mínimo, 14 horas para
que os efeitos como mudança temporária de limiar não falseiem o
resultado.

4. Outros exames complementares solicitados a critério do


médico: No caso de dúvidas quanto ao diagnóstico, o médico deverá
solicitar exames complementares que julgue necessários para a
elucidação do diagnóstico.

Nos casos em que for diagnosticada perda auditiva ocupacional pelo médico
do trabalho, a empresa deverá emitir a CAT – Comunicação de Acidente do
Trabalho, conforme determina o item 7.4.8 “a” da NR7:

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7.4.8. Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças


profissionais, através de exames médicos que incluam os definidos nesta
NR; ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de
disfunção de órgão ou sistema biológico, através dos exames constantes
dos Quadros I (apenas aqueles com interpretação SC) e II, e do item
7.4.2.3 da presente NR, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico-
coordenador ou encarregado:
a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho
- CAT;

Nestes casos devem ser avaliadas as medidas de controle (se existentes) e


reavaliadas as alterações necessárias.

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO DE RESPIRATÓRIA - PPR

Equipamentos de proteção respiratória - EPR

Sabemos que o uso dos equipamentos de proteção respiratória enquanto


EPIS (Equipamento de Proteção Individual) deve ser a última opção a ser
utilizada pelo empregador como medida de controle da exposição. Conforme
determina o item 9.3.5.4. da NR9 apresentado a seguir, a empresa deve
observar a hierarquia das medidas de controle, dando prioridade para as
proteções coletivas, como substituição de substâncias por outras menos
tóxicas, enclausuramento ou segregação da operação, o ainda a instalação
de sistema de ventilação local ou geral. Devem ser consideradas também
medidas de controles administrativos, como rodízios e pausas de forma
visando a redução do tempo de exposição.

9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a


inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou
quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter
complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras
medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

Caso, mesmo após a adoção das medidas administrativas, a exposição ainda


não esteja controlada adequadamente, é que o EPR deve ser adotado; ou
ainda quando as medidas de controle necessárias estiverem sendo
implementadas e a exposição exceder o limite permitido ou quando a
exposição por inalação for de curta duração, tornando inviável a implantação

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de medidas de controle definitivas (trabalhos de manutenção, de


emergência, fuga e resgate).

O uso do respirador, entretanto, é condicionado à avaliação médica para


verificar se o trabalhador é apto a usá-lo.

O trabalhador apto a usar o respirador deverá ser submetido a treinamento


sobre o uso adequado, limitações que o protetor oferece, procedimentos de
higienização e guarda. Somente devem ser utilizados respiradores
adequados ao risco e com Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho (MTb).

Importante destacar que o usuário do respirador não deve possuir pelos


faciais que alterem a capacidade de vedação ou prejudiquem o
funcionamento das válvulas.

O PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Uma vez confirmada a necessidade da utilização do equipamento de


proteção respiratória, e antes do início do uso dos respiradores pelos
trabalhadores, a empresa deverá elaborar o Programa de Proteção
Respiratória, abordando os procedimentos específicos para o local de
trabalho. Caso ocorra a necessidade de elaboração de PPR em mais de um
estabelecimento da empresa, este programa deve ser elaborado para cada
um deles considerando suas especificidades ambientais.

A criação deste documento deve ser seguida por um plano de ação,


materiais de divulgação, treinamento, testes e agentes multiplicadores. O
PPR deve ser atualizado sempre que necessário de modo a englobar as

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mudanças de condições do ambiente de trabalho que possam interferir no


uso dos respiradores.

O programa deve apresentar o seguinte conteúdo, no MÍNIMO:


• política da empresa na área de proteção respiratória;
• abrangência;
• indicação do administrador do programa;
• regras e responsabilidades dos principais atores envolvidos;
• avaliação dos riscos respiratórios;
• seleção do respirador;
• avaliação das condições físicas, psicológicas e médicas dos usuários;
• treinamento;
• ensaio de vedação (também chamado de fit-test);
• uso do respirador e política da barba;
• manutenção, inspeção, limpeza e higienização dos respiradores;
• guarda e estocagem;
• uso de respirador para fuga, emergências e resgates;
• qualidade do ar/gás respirável;
• revisão do programa;
• arquivamento de registros.

A maior parte destes itens deverão ser detalhados na forma de


procedimentos operacionais escritos que abordem não somente o uso
rotineiro dos respiradores, mas também procedimentos operacionais para
uso em situações de emergência e salvamento.

Os procedimentos operacionais para uso rotineiro tratam da seleção dos


respiradores para cada operação em que seu uso seja considerado
necessário, avaliação da condição médica dos usuários, treinamento, ensaios

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de vedação, distribuição, limpeza, higienização, guarda e descarte, além do


monitoramento do uso e dos riscos.

Já os procedimentos para emergência e salvamento devem determinar os


respiradores a serem usados com base nas substâncias presentes no meio
ambiente de trabalho, grupo de trabalhadores expostos, área de trabalho e
processo produtivo, de forma a proporcionar a proteção adequada nas áreas
potencialmente perigosas.

Uma vez definidos os respiradores, a empresa deverá adquiri-los


observando, na hora da compra, a validade do CA (Certificado de
Aprovação). Deverão então ser distribuídos, com registro de entrega
conforme determina a NR6.

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