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1 As mudancas no ciclo de vida familia uma estrutura para a terapia familiar Betty Carter, M.S.W. e Monica McGoldrick, M. S.W. ‘0 tempo presente e o tempo passado ‘Talver estejam, ambos, presentes no tempo futuro, Eo tempo futuro, contido no tempo passado. TS. Elliot mudangas no campo da terapia familiar em relagio a esse t6pico, e nos préprios padrées de ciclo de vida. Em primeiro lugar, existe uma florescente literatura dis- cutindo as familias, com relagdo & sua fase desenvolvimental, e referindo-se ao divércio, recasamento e doenca crénica em termos desenvolvimentais. Em segundo lugar, houve uma pequena revolugio na percepsao das diferengas no desenvolvimento masculino ¢ femining (cilligan, 1982; Miller, 1976; etc.) e em suas implicagdes com 0 ciclo de vida familiar. A posigdo conservadora, ou mesmo reaciondria, que o campo da terapia familiar assuriu com Felagao ao papel da mulher foi forremente crticada (Goldner, 1986; Taggert, 1986; Libow, 1984; Hare-Mustin, 1978, 1980 & 1987; The Women’s Project in Family Therapy, no prelos MeGoldrick, Anderson & Walsh, no prelo, etc.) e requer uma cuidadosa reconsideracto de nossas suposigdes acerca da “normalidade”, da noglo de “familia” - de quem & responsvel por sua manutengao ~e do papel do terapeuta ao responder as normas ¢ realidades socio- politcas em modificagdo. Também ficamos mais conscientes da importancia dos padroes Finicos e da variabilidade cultural nas definigdes da normalidade do ciclo de vida (McGol- drick, 1982). Nesta segunda edigao, tentamos reavaliare reformular nossa primeira edigio ‘luz dessas perspectivas em modificacao. Gostariamos de enfatizar dois cuidados que devemos ter em relagio & perspectiva de ciclo de vida. Uma aplicagio rigida das ideias psicol6gicas ao ciclo de vida “normal” pode ter tim efeito prejudicial, caso promova um ansioso autoescrutinio que desperte © medo de que qualquer desvio das normas seja patolégico. A armadilha oposta, superenfatizar a primazia do “admirdvel mundo novo” enfrentado por cada nova geragio, pode criar um sense de desconti- uidade historia ao desvalorizar o papel da paternidade etiraro significado do relacionamento ttre as geragbes, O nosso objetivo &o de ofrecer uma visio do ciclo de vida em termos do re- lacionamento intergeracional na familia, Acreditamos que este consttui um dos nossos maiores recursos hunanos, Nao queremos supersimplificar a complexidade das transigoes de vida nem N 0s poucos anos decorridos desde a primeira edicio deste livro, ocorreram multas encorajar a estereotipia, promovendo classificagoes de “normalidade” que limitem nossa visig da vida humana, Pelo contrério, nossa esperanga & a de que, ao sobrepormos a estrutura de Ciclo de vita familiar aos fendmenos naturais da vida ao longo do tempo, possamos aumentar a profundlidade com que os terapeutas consideram os problemas ¢ as forgas an = . A perspectiva do ciclo de vida familiar ve os sintomas ¢ as difungbes em tego 0 fan Gionamento normal ao longo do tempo, e vé a terapia como ajudando a restabelecer o momento desenvolvimental da familia, Ela formula problemas acerca do curso que a faiia sega em seu passado, sobre as tarefas que est tentando dominar ¢ do futuro para o ua est se iin do, Nossa opin &a de que a fami & mais do que a soma de suas partes. O ciclo de vida indi vidual acontece dentro do ciclo de vida familiar, que & 0 contexto primério do desenvolvimento hhumano. Consideramos crucial esta perspectiva pata o entendimento dos problemas emocion: que as pessoas desenvolvem na medida em que se movimentam juntas através da vida, 16 surpreendente como os terapeutas, até bem pouico tempo, prestaram pouca aten Gio & estrutura do ciclo de vida. un as mudangas draméticas nos padroes de ciclo de vida que estejam atraindo a nossa atengio para esta perspectiva, De qualquer forma, esta ficando cada vez mais dificil determinar quais sio os padro ', ¢ isso é muitas vezes causa de grande estresse para os membros da familia, que tem poucos modelos para as passagens que esto atravessando. Neste livro, consideramos o ciclo de vida familiar em relacao a trés aspectos: (1) os es- tagios prediziveis de desenvolvimento familiar “normal” na tradicional classe média america- 1a, conforme nos aproximamos do final do século XX, e as tipicas disputas clinicas quando as familias tém problemas para negociar essas transiges; (2) os padrées do ciclo de vida familiar que estZo se modificando em nossa época e as mudangas naquilo que é considerado “normal”; ¢ (3) uma perspectiva clinica que vé a terapia como ajudando as familias que descarrilaram no ciclo de vida familiar a voltarem a sua trilha desenvolvimental, e que convida vocé, terapcuta, a incluir-se, e a seu proprio estdgio de ciclo de vida, nesta equagio (Capitulo 5). ‘AFAMILIA COMO UM SISTEMA MOVENDO-SE ATRAVES DO TEMPO Em nossa opinio, o estresse familiar é geralmente maior nos pontos de transicio de um estagio para outro no processo desenvolvimental familiar, e os sintomas tendem a aparecer mais quando hé uma interrupgo ou deslocamento no ciclo de vida familiar em desdobramento. Muitas vezes, é necessério dirigir os esforgos terapéuticos para ajudar os membros da familia a se reorganizarem, de modo a poderem prosseguir desenvolvimental- mente. Michael Solomon (1973), um dos primeiros terapeutas a discutir a perspectiva do Ciclo de vida familiar, delineou tarefas para um ciclo de vida de cinco estigios, e sugeriu a utilizago desta estrutura como uma base diagnéstica sobre a qual planejar o tratamento. Outros autores dividiram 0 ciclo de vida familiar em diferentes niimeros de estagios. A anélise mais amplamente aceita é a do socidlogo Duvall (1977), que trabalhou muitos anos Para definir o desenvolvimento familiar normal. Duvall separou o ciclo de vida familiar em oto estagios, todos referentes aos eventos nodais relacionados as idas e vindas dos mem- bros da familia: casamento, o nascimento e a educagio dos filhos, a saida dos filhos do lan, aposentadoria e morte, A andlise mais complexa do ciclo de vida foi a proposta por Rodgers (1960), que expandiu seu esquema em 24 estdgios separados que incluem o progresso dos varios filhos através dos eventos nodais do ciclo de vida. Hill (1970) enfatizou trés aspectos seracionais do ciclo de vida, descrevendo os pais dos filhos casados como formando uma ‘As mudangas no ciclo de vida familar_9 “ome sero te a rags rs vets es mals ors da faa Sun opto membros da familia, uns em rela a eva existe um complexo de papéis distinto para os énfase nas oscilagdes entre periodos eee gnfase nas oss ene prides centres e centuos no desenvosimen ani, enfaendo expertise da, emo omatcimeno ou enema, qe ee fem um esetamento e primsia des reacionaments, e ouas experienc tas como ini a sol ou um nov emprego, que exigem un oon ndvdulade, Obvizmete a mits mandir como os menbras da fiadependem us dos ows dentro da “es: i o |, 1977, pagina 153), numa mitua interdependéncia, sio parte da riqueza do contexto familiar conforme as geragdes se mover através da vida __O desenvolvimento dle uma perspeetiva de cielo de vida para o individuo foi grandemen- te faciltado pelo criativo trabalho de Erikson (1950), Levinson (1978), Miller (1976), Gilligan (1982) e outros, a0 definirem as transigbes da vida adlulta, Estudos recentes sobre o casal 20 lon- go do ciclo de vida ajudaram-nos a obter uma perspectiva temporal do sistema de duas-pessoas (Campbell, 1975; Gould, 1972; Hany, 1976; Schram, 1979; Nadelson e colaboradores, 1984). modelo de trés pessoas, ou familia, foi cuidadosamente elaborado por Duvall, que focaliza a educagiio dos filhos como o elemento organizador da vida familar és gostariamos de considerar 0 movimento de todo o sistema geracional abrangendo trés ou quatro geragSes em seu movimento através do tempo. Os rlacionamentos com os pais, iimos (Cicirell, 1985) e outros membros da familia passam por estos, na medida em que a pessoa se move a0 longo do ciclo de vida, exatamente como acontece com os relacionamen- tos progenitor-flho e conjugal, Entretanto, é extremamente dificil pensar na familia como um todo, em virtude da complexidade envolvida. Como um sistema movendo-se através do tempo, a familia possui propriedades basicamente diferentes de todos os outros sistemas. Diferente- ‘mente de todas 2s outras organizagées, as familias incorporam novos membros apenas pelo nascimento, adoco ou casamento, ¢ 0s membros podem ir embora somente pela morte, se & que entio, Nenhum outro sistema esté sueito a estas limitagbes. Uma organizagdo comercial pode despedir aqueles membros que considera disfuncionais, ou, reciprocamente, os membros podem demitirse se a estrutura e os valores da organizagio néo forem de seu agrado. Se nao puder ser encontrada nenhuma maneira de funcionar dentro do sistema, as presses nos mem- bros da famifia sem nenhuma saida podem, em casos extremos,levar & psicose. Em sistemas do familiares, os papéis e fungSes do sistema sfo executados de uma maneira mais ou menos ttdvel, substituindo-se aqueles que partem por alguma razdo, ou entio o sistema se dissolve e fs pessoas vo para outas organizages. Embora a familias também tenham papélsefuncbes, 6 seu principal valor so os elacionamentos, que so insubstituveis. Se um progenitor vai em- bora ou morte, uma outra pessoa pode ser trazida para preencher uma fungao paterna, mas essa pessoa jamais substituiré o progenitor em seus aspectos emocionas. ‘Nossa opinido é a de que a “familia” compreende todo o sistema emocional de pelo menos trés, e agora frequentemente quatro, geragdes. Esse é o campo emocional operativo fem qualquer momento dado, Nao achamos que a influéncia da familia esteja restrita aos membros de uma determinada estrutura doméstica ou a um dado ramo familiar nuclear do sistema, Assim, embora reconhecamos o padrao americano dominante de familias nucleares separadamente domiciliadas, elas sao, em nossa opinio,subsistemas emocionais, reagindo aos relacionamentos passados, presentes e antecipando futuros, dentro do sistema familiar maior de trés geragées. Nés insstimos em que vocé inclua pelo menos essa parte do sistema sar, e 0 Capitulo 8 explica como utilizar efetivamente o genetograma em seu modo de pen: para esse mapeamento e investigacao clinica. 10 key Carter, onca MeGoldick Ol geragies no deve ser eonfandida com aquilo & que Gey sica nostalgia dt familia ocidental” — una época mitolgy, ntre Nossa perspectiva de t (1963) referi-se como a “c f ein que a familia ampliada remava suprema, com miituos respeito e satisfagiin 1984). 0 sexismo, classismo e racismo de tais arranjos patriancat, 3, pelo fato de a familia modey, goes (Hess & Waring, dovem ser subestimados, Entretanto, nés pagamos um preg ser caracterizada pela escolha nos relacionamentos interpessouis: com quem casar, onde y ver, quantos filhos ter e como dividlr as tarefas familiares. Como Hess ¢ Waring observarig, “Conforme nos movemos da familia de lagos obrigatérios para aquela de lacos voluntérig 60s relacionamentos fora da unidade nuclear perdem igualmente qualquer certeza ou eonsjy téncia normativa que os governavam em épocas anteriores. Por exemplo, 0s relacionamey, tos entre irmaos, hoje em dia, sio quase completamente voluntdrios, sujeitos a rompimeny, através da mobilidade ocupacional e geogrifica, como na verdade acontece com o préprig asamento” (pagina 303). No passado, 0 respeito pelos pais ¢ a obrigacao de cuidar dos mais velhos estavam baseados em seu controle dos recursos, reforcado pela tradicaio rel. giosa ¢ pela sangao normativa. Atualmente, com a crescente capacidade dos membros mais jovens da familia de determinar seus pr6prios destinos no casamento e no trabalho, o poder dos mais velhos de exigir a piedade filial esta reduzido. No passado, a manutengo dos relacionamentos familiares era compreendida como responsabilidade das mulheres: elas cuidavam das eriangas, cuidavam dos homens, e cuidavam dos idosos e doentes. Isso est mudando. Mas a nossa cultura ainda est dedicada ao “individualismo” fronteitigo e nio fez arranjos adequados para que a sociedade assuma essas responsabilidades, ¢ muitas pessoas, especialmente as pobres e as desamparadas, normalmente mulheres ¢ criancas, esto fra. cassando em suas tentativas. Nés nao estamos, todavia, tentando encorajar o retorno a uma rigida familia de trés geragées, injusta, patriarcal, mas, pelo contrério, queremos estimular o reconhecimento de nossa ligagao na vida ~ dentro de qualquer tipo de estrutura familiar = com aqueles que vieram antes de nés e com aqueles que vieram depois. Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que surgem muitos problemas quando as mudaneas no nivel social do sistema no acompanham as mudancas no nivel familiar, e, consequentemente, deixam de validar e apoiar as mudangas Um dos aspectos mais complexos do status dos membros da familia é a confusio que ‘corre sobre a pessoa poder ou no escolher sua qualidade de membro e consequente respon- sabilidade numa familia, Atualmente, as pessoas muitas vezes agem como se pudessem ter escolha nessa questio, quando de fato existe muito pouca. Os filhos, por exemplo, nio tém escolha quanto a nascer dentro de um sistema, nem os pais, depois que os filhos nasceram, po- cdem optar quanto a existéncia das responsabilidades da paternidade, mesmo que negligenciem essas responsabilidades. De fato, ndo se entra em nenhum relacionamento familiar por escolha, 4 naio ser no casamento, Mesmo no caso do casamento, a liberdade de casar com quem a pessoa deseja é uma opgio bastante recente, e a decisio de casar provavelmente & tomada com muito ‘menos liberdade do que as pessoas normalmente reconhecem na época (veja 0 Capitulo 10), Embora os parceiros possam escolher nao continuar um relacionamento conjugal, eles perma- em coprogenitores de seus filhos, ¢ 0 fato de terem sido casados continua a ser reconhecido com a designagdo de “ex-cOnjuge”. As pessoas nao podem alterar 0 fato de serem relacionadas a quem sio na complexa teia de lagos familiares ao longo de todas as geragdes. Obviamente, 0s membros da familia agem como se isso niio fosse assim - elas rompem relagoes em virtude de seus conflitos ou porque acham que “nao tém nada em comum” —, mas quando os membros da familia agem como se 0s relacionamentos familiares fossem opcionais, cles o fazem em dett- mento de seu proprio senso de identidade e da riqueza de seu contexto emocional e social. Embora 0 processo £ ar do tempo. Disso j is Ey pal nao seja, de modo algum, linear, ele existe na dimensio jamais poderemos escapar. Trab: capat. Trabalhos anteri bre o ciclo de vida 1 este complexo processo de modo adequado. Talvez isso acon- tega assim porque, de uma perspectiva multi t ia dora como aquelas que podem se do desenvolvime igeracional, nao existe nenhuma tarefa unifica- ¥ descritas se os ciclos de vida sio limitados a descricées mo individual ou das tarefas de paternidade, Mas é dificil superestimar 9 temendo impacto modelador de vida de uma geragio sobre aquelas que a seguem. Em Primeito lugar, as trés ou quatro diferentes geragées devem acomodar-se simultaneamente transigoes do cielo de vida, Enquanto uma geragao esta indo para uma idade mais avan- gada, a proxima esté hut a indo com o ninho vazio, a terceira com sua idade adulta jovem, estabe lecendo c teiras ¢ relacionamentos intimos adultos com seus iguais e tendo filhos, & auquarta esta sendo introduzida no sistema, Existe n aturalmente uma mistura das geragoes, © 6S eventos em um determinado nivel 1am um poderoso efeito nos relacionamentos em ‘ada um dos outros niveis. O importante impacto dos eventos na geragio de avés é rotinei- ‘Mente esquecido pelos terapeutas centrados na familia nuclear. Experiéneias dolor como doenga e morte s o particularmente dificeis de serem integradas pelas familias, assim, provavelmente tém um impacto de longo aleance nos relacionamentos das geracdes seguintes, como foi demonstrado no impressivo trabalho de Norman Paul (Paul & Grosser, 1965; Paull & Paul, 1974; veja também o Capitulo 19). Atualmente, existem muitas evidéncias de que os estresses familiares, que costumam ocotrer nos pontos de transi¢ao do ciclo de vida, frequentemente criam rompimentos neste ciclo e produzem sintomas e disfuncdo, Hadley e seus colegas (1974) descobriram que o inicio dos sintomas tinha uma significativa correlagio com as crises desenvolvimentais de acréscimo e perda de membros da familia, Walsh (1978) e Orfanidis (1977) descobriram que um evento significativo do ciclo de vida (morte de um av6), quando estreitamente relacionado temporalmente com um outro evento do ciclo de vida (nascimento de uma crianga), correlacionava-se com padrdes de desenvolvimento de sintomas em uma transi- Go bem mais tardia no ciclo de vida familiar ( langamento da geragio seguinte). Existem crescentes evidéncias de que os eventos de ciclo de vida possuem um efeito continuado sobre 0 desenvolvimento familiar durante um longo periodo de tempo. &, provavelmente, nossa propria perspectiva limitada, como terapeutas, que dificulta nossa percep¢ao desses padrdes. Uma pesquisa raramente é executada durante um perfodo maior do que alguns poucos anos, € assim pode-se perder facilmente as conexées longitudinais. Um grupo de pesquisa, dirigido por Thomas, estudou os padrées familiares de alunos de medicina da Johns Hopkins, e depois os acompanhou durante muitos anos. Eles encontraram numerosas conexdes de ciclo de vida entre padrées familiares iniciais e posterior desenvolvimento de sintomas (Thomas & Duszynski, 1974). Essa pesquisa apoia o método clinico de Bowen, que investiga os padrdes familiares através de seu ciclo de vida em varias geracées, focalizando especialmente os eventos nodais ¢ os pontos de transicao no desenvolvimento familiar, ten- tando compreender a disfuncio familiar no momento presente (Bowen, 1978). Conforme ilustrado na Figura 1.1, nés consideramos o fluxo de ansiedade em uma fa- milia como sendo tanto “vertical” quanto “horizontal” (Carter, 1978). O fluxo vertical em um sistema inclui padrées de relacionamento ¢ funcionamento que so transmitidos para as gera- Ges seguintes de uma familia principalmente através do mecanismo de triangulacdo emocional (Bowen, 1978). Ele inclui todas as atitudes, tabus, expectativas, rétulos e questoes opressivas familiares com os quais nés crescemos. Poderiamos dizer que esses aspectos de nossa vida sio como a mo que nos maneja: eles so os dados. O que fazemos com eles é problema nosso. 2 erty Carter, Monica MeGoldrck e cos — Estressores Verticals NIVEIS Do SISTEMA Pacrbes, mites, sogredos legac famiires 1. Social, cutural, politico, econémico 1 —— = Estressores Horizonte —p 1. DESENVOLIVENTAIS Transigdos o cio de vida 2. NPREDIZivEIS Moro precoce, doenga eniea,acdonto Figura 1.1 Estressores horizontais e verticais. O fluxo horizontal no sistema inclui a ansiedade produzida pelos estresses na famtig Conforme ela avanga no tempo, idando com as mudangas e transices do ciclo de vida tliat. Isso inclui tanto os estresses desenvolvimentais prediaiveis quanto os eventos impre. dizvels, “os golpes de um destino ultrajante” que podem romper o processo de ciclo de vida (uma morte prematura, 0 nascimento de uma crianga deficiente, uma enfermidade crinica, luma guerra, etc). Dado um estressesuficiente no eixo horizontal, qualquer familia parecer, extremamente disfuncional. Mesmo um pequeno estresse horizontal em uma familia em que 0 eixo vertical apresenta um estresse intenso ir criar um grande rompimento no sistema, Em nossa opinido, o grau de ansiedade gerada pelo estresse nos eixos vertical ¢ horizontal, nos pontos em que eles convergem, é 0 determinante-chave de quo bem a fa- mia iré manejar suas transigdes ao longo da vida, Torna-se imperativo, Consequentemente, avaliar nfo apenas as dimensdes do estresse do cielo de vida atual, como também nue conexGes com temas, tridngulos e rétulos familiares que acompanham a familia no tempo historico (Carter, 1978). Embora toda mudanga normativa sejaestressante até certo onto, ‘ds observamos que, quando o estresse horizontal (desenvolvimental) faz uma intersecéo com o vertical (transgeracional), existe um aumento importante da ansiedacle no sistema Se para dar um exemplo global, os pais a pessoa tiveram prazer em ser pais lidaram eam a tarefa sem uma ansiedade excessva, onascimento do primeira filho produsird somente os Teas os normals de um sistema expandindo suas fronteiras em nossa época. Se, por ou lado, a paternidade foi uma cause célebré de algum tipo na familia de origem de um ou de ambos os cOnjuges, e néo foi manejada, a transigéo para a paternidade pode provocar uma ansiedade aumentada no casal. Quanto maior a ansiedade gerada na famflia em qualquer Ponto de transicdo, mais dificil ou disfuncional seré a transigio. Além do estresse “herdado” de getacies anteriores e daquele experienciado enquan- f0 avangamos no cielo de vida familiar, existe, ¢ claro, o estresse de viver neste lugar, nest ‘momento, Néo podemos ignorar o contexto social, econdmico e politico e seu impacto sobre as familias movendo-se através de fases diferentes do ciclo de vida em cada momento 1 historia. Precisamos entender que existem discrepincias imensas nas circunstancias socias © econdmicas entre as familias na nossa cultura, e esta desigualdade tem aumentado. NO presente, os primeiros 10% da populacéo possuem 57% da riqueza liquida do pais, ou to os 50% inferiores da populacao dividem 4.5% da riqueza liquida total (Thurow, 198 As mudangas no ciclo de vida fariliar_13 Entre os homens que trabalham, somente 22% ganham $ 31.000, e, entre as mulheres que trabalham, somente 3% ganham esse valor, (O tratamento que a sociedade dé as mulheres que trabalham ainda ¢ gritantemente desigual, sendo que elas no ganham mais do que 65% daquilo que seus equivalentes masculinos ganham na forca de trabalho, e sendo que as mulheres e as criangas respondem por 17% dos que esto na miséria.) Nos estamos rapida- mente chegando ao ponto em que somente uma familia com ambos os pais trabalhando em tempo integral ser capaz de sustentar uma vida de classe média (Thurow, 1987) Os fatores culturais também desempenham um papel maior na maneira pela qual as fa mflias passam pelo ciclo de vida. Os grupos culturais no apenas variam imensamente em sua separagio dos estdgios de ciclo de vida e definigGes das tarefas de cada estagio (Capitulo 3), como também estd claro que mesmo apés varias geragies depois da imigracao, os padroes de ciclo de Vida familiar dos grupos diferem acentuadamente (Woehrer, 1982; Gelfand & Kutzik, 1979; Lie- berman, 1974). Também devemos reconhecer a tensio que o indice de mudanca imensamente acelerado coloca nas familias hoje em dia, quer as mudancas sejam para melhor, quer para pior. ‘Mesmo os estdgios do ciclo de vida sao avaliacées bastante arbitrérias. A nogdo de Infancia foi descrita como uma invengéo da sociedade ocidental do século dezoito e a de ado- lescéncia como uma invengao do século dezenove (Ariés, 1962), relacionadas aos contextos cultural, econémico e politico daquelas épocas. A nocio de idade adulta jovem como uma fase independente poderia facilmente ser reclamada como uma invencao do século vinte, e a das mulheres como pessoas independentes, como do final do século vinte, se € que isso ja é aceito atualmente. As fases do ninho vazio e da terceira idade também sdo desenvolvimentos prin- cipalmente deste século, desencadeadas pelo menor mimero de filhos e pelo periodo de vida mais prolongado de nossa época. Dados os atuais indices de divércio e recasamento, o século vinte e um pode vir a ser conhecido por desenvolver a norma do casamento serial como parte do processo do ciclo de vida. A tendéncia da psicologia desenvolvimental tem sido a de abor- dar historicamente o ciclo de vida. Em virtualmente todas as outras culturas contemporéineas ¢ durante virtualmente todas as outras épocas histéricas, a andlise dos estdgios de ciclo de vida so diferentes das nossas atuais definigées. Para aumentar essa complexidade, os grupos de pessoas que nasceram e viveram em perfodos diferentes diferem na fertilidade, mortalida- de, papéis de género aceitdveis, padres de migracio, educacio, necessidades e recursos, e atitudes em relacio & familia e ao envelhecimento, ‘As familias, caracteristicamente, néo possuem uma perspectiva temporal quando esto tendo problemas. Elas geralmente tendem a magnificar 0 momento presente, esmaga- das e imobilizadas por seus sentimentos imediatos; ou elas passam a fixar-se num momento futuro que temem ou pelo qual anseiam. Elas perdem a consciéncia de que a vida significa ‘um continuo movimento desde o passado e para o futuro, com uma continua transformacao dos relacionamentos familiares. Quando 0 senso de movimento é perdido ou distorcido, a terapia pode devolver o senso da vida como um processo e movimento desde e rumo a. ‘AS MUDANCAS NO CICLO DE VIDA FAMILIAR Na geraco passada, as mudangas nos padrées de ciclo de vida familiar aumentaram dramaticamente, especialmente por causa do indice de natalidade menor, da expectativa de vida mais longa, da mudanga do papel feminino e do crescente indice de divércio e recasa- mento. Enquanto antigamente a criagio dos filhos ocupava os adultos por todo o seu perio- do de vida ativa, ela agora ocupa menos da metade do perfodo de vida adulta que antecede 1, Monica McGoldrick ols. i mudando drasticamente, Uma ver que g a idade. O significado da familia est ¢ it .ssa atividade. 7 ada primariamente em torno dessa . do papel feminino nas familias € central nesses padres de cielo ge Ae ers sempre foram centrais no funcionamento da fn, aeeiamente por suas funcoes fam a ‘Suas identidades eram determinadas primaria! " ea eet Tigadas quase que exclUsivamente ays ¢ esposa. Suas fases de ciclo de vida estavam ig 05 ree nas atvid esos filhos, Para os homens, por outro lado, @ estagios nas atividades de criagao dos fins: letersi a é nas determinacoes do ciclo de vida. hnolégica era vista como uma varidvel-chave ag ida. Ma cit ‘ ve mulheres esto passando pelo ciclo de descricao nao se ajusta mais. Atualmente, 25 te as podem transfert o desenvolvimenta nidade mais rapidamente do que suas aV05; el o : j a JJém do campo familiar, mas nao podem mais ignorar esses objet. jetivos pessoais para além aaa ices de cam Se Mesmo as mulheres que escolhem um pape a 2am 1a fase de “ninho vazio” que iguala, em durac&o, OS anos dedicad, ee Fi cular dos filhos. Talvez. o moderno movimento Feminista fosse inevitéye rimariamen . ; e | aevmmedida em que as mulheres passaram a precisar de uma ientdade pessoal Tendo tig, ima i jos as criangas, as mule, sempre a responsabilidad priméria pela case» familia ecuidados ean as, as mulheres vecessariamente comecaram a debater-se sob suas cargas, con! ome i saram a term opgdes em suas proprias vidas. Dado seu papel fundamental na feria ¢ sua dificuldade para estabelecer fungGes concorrentes fora del2, talver.ndo surpreenda que a5 mulher, paryam sido as mais propensas a desenvolver sintomas nas TansisoS° de ciclo de vida. Pary ve homens, os objtivos de carrera e familia sao paralelos. Para 2s mulheres, esses objet. oo ntram em conto e apresentam um grande dilema. Embora as mulheres sejam mais positivas do que os homens em relagao a0 prospecto de casamento, geralmente elas ein eovnoseatisfetas do que eles com a relidade do casamento (Bernard, 1972). As mulheres, ee og homens, costumam ficar deprimidas no momento do nascimento; isso parece tt te a ver com o dilema que essa mudanga cria em suas vidas. As mulheres, mais do ques homens, buscam ajuda durante os anos em que educam os filhos, no momento em que seus filhos atingem a adolescéncia e saem de casa, e quando seus maridos se aposentam ou mot rem, E so as mulheres, néo os homens, que tém a principal responsabilidade pelos paren tes mais velhos. Certamente o fato de as mulheres buscarem ajuda quando tm problems tem muito a ver com a maneira diferente pela qual elas so socializadas, mas isso também reflete os estresses especiais de ciclo de vida sobre elas, cujo papel tem sido o de assumir2 responsabilidade emocional por todos os relacionamentos familiares (Capitulo 2). ‘Atualmente, num ritmo cada vez mais acelerado ao longo das décadas deste sé ‘as mulheres mudaram radicalmente ~ ¢ ainda esto mudando ~ a face do tradicional ciclo & vida familiar que exstiu durante séculos. De fato, a presente geragao de mulheres jovens €2 primeira na historia a insistir em seu direito & primeira fase do ciclo de vida familiar -a fase ¢® «que 0 jovem ado deixa a casa dos pais, estabelece objetivos de vida pessoas e comets um Bae Historicamente, esse passo extremamente crucial no desenvolvimento adulto foi neg ee = , em ver disso, elas eram passadas dos pais aos maridos. Na fase seguift* lo : . ; a recim casio, as mulheres esto estabelecendo casamentos com duas carreiras, ted? : aan tarde, tendo menos filhos, ou simplesmente escolhendo nao ter filhos. Na fase ela de pressio” do ciclo de vi a i aes Ee rs i, do ciclo de vida familiar ~ aquela das familias com filhos pequenos ~ corte oie adeleennes fc ios, muitos deles iniciados pelas mulheres; na fase seguinte, a das families ae pen a apresentam 0 mais rapido crescimento nos indices de divérci an Rina ie ees sa se que a “crise do meio da vida” envia as escolas e ao trabalho reced io precedente, Finalmente, quando os filhos se foram, um casal cS" atercei esta mais orgat ‘A mudan familiar em modificagao. As m Fares come, Bo 1 principal As mudangas na ciclo de vida familiar 15 saddo ~ pode esperar uma média de vinte anos sozinho, junto, a mais nova e mais longa fase do ciclo de vida familiar. Em épocas anteriores, um dos cénjuges, geralmente 0 marido, morria uns dois anos depois do casamento do filho mais jovem. A terceira idade, a fase do ciclo de vida familiar, quase tornou-se uma fase apenas para as mulheres, mais por elas sobreviverem aos homens que por viverem mais do que costumavam viver. Nas idades de 75-79 anos, somente 24% das mulheres tém maridos, a0 passo que 61% dos homens tém esposas. Nas idades de 80-84 anos, 14 % das mulheres tém maridos e 49% dos homens tém esposas. Na ida- de de 85 anos, 6% das mulheres tém maridos e 34% dos homens tém esposas (Bianchi & Spain, 1986; Glick, 1984b; U.S, Senate Special Committee Report, 1985). As recentes mudancas nesses padrdes tornam ainda mais dificil a nossa tarefa de definir o ciclo de vida familiar “normal”. Uma porcentagem sempre crescente da populagaio esta vivendo junto sem casar (3% dos casais em qualquer momento da vida) e um nimero rapidamente crescente est tendo filhos sem casar, No presente, 6% ou mais da populagdo ¢ homossexual. As estimativas atuais so de que 12% das mulheres jovens jamais casarao, trés vezes a porcentagem da geracao de seus pais; 25% jamais terdo filhos; 50% terminaro seus casamentos em divércio € 20% terdo dois divércios. Assim, as familias nao esto passando através das fases “normais” nos momentos “normais”, Se acrescentamos a isso o mtimero de familias que experienciam a morte de um membro antes da terceira idade e aquelas que tém um membro cronicamente doente, deficiente ou alcoolista, o que altera seu padriio de ciclo de vida, 0 mimero de familias “normais” é ainda menor. Um outro fator maior que afeta todas as familias numa época ou noutra é a migracdo (Sluzkki, 1979; McGoldrick, 1982). ‘A quebra na continuidade cultural e familiar criada pela migracdo afeta os padrdes de ciclo de vida por varias geragées. Dado o imenso ntimero de americanos que imigraram nas duas iiltimas geragées, a porcentagem de familias “normais” diminui ainda mais. Dessa forma, o nosso paradigma para as familias americanas de classe média é atual- ‘mente mais ou menos mitoldgico, embora estatisticamente exato, relacionando-se em parte com padrées existentes, e, em parte, com os padrées ideais do passado, com os quais a maio- ria das familias se compara. E imperativo que os terapeutas reconhecam, pelo menos, a extenséio da mudanga € as variagdes em relacao & norma, téo comuns, e que ajudem as familias a parar de compa- rar sua estrutura e curso de ciclo de vida com aqueles da familia da década de cinquenta. Embora os padrées de relacionamento e os temas familiares continuem a soar familiares, a estrutura, idades, estdgios e formas da famflia americana mudaram radicalmente. Chegou a hora de os profissionais desistirem do apego aos antigos ideais e colocarem uma moldura conceitual mais positiva em volta daquilo que existe: casamentos com dois sa- lérios; estruturas domésticas permanentes de “progenitor solteiro”; casais nfo casados e ca- sais recasados; adogées por progenitores solteiros; e mulheres sozinhas de todas as idades. Ja 6 hora de parar de pensar em crises transicionais como traumas permanentes, de tirar de nosso vocabulario palavras ¢ frases que nos vinculam 3s normas e preconceitos do passado: filhos do divércio, filho ilegitimo, lares sem pai, mae que trabalha, e assim por diante. 05 ESTAGIOS DO CICLO DE VIDA FAMILIAR DA CLASSE MEDIA AMERICANA INTACTA. Nossa classificagio dos estigios de ciclo de vida das familias americanas de clas- se média, nos tiltimos vinte e cinco anos do século vinte, realga nossa opinio de que 0 proceso subjacente central a ser negociado é a expansio, a contragio e o realinhamento -a MeGolirick e cols. carter, Mo 36 sett isema de relacionamentos, para suportar a entrada, a saida e 0 dese ae i da familia de maneira funcional. Nés oferecemos sugestoes a rem iat necessério nas familias em cada transicéo, assim como hips dem savencas clinicas em cada fase. _ VOlvimeny Peito dot Rese sob, se 6 lancamento do jovern adulto solteiro Ao delinarmas os estos do clo de vid fama, afastamo-nes da deg, gc waiciona do cco de vida fair como eomesando no namor ono cs . terminando na morte de um dos cénjuges. Ao contrétio, considerando a familia Como sen a uridade emocinal operative desde ergo atéotimulo, ns verosuim now ees fair comesando no eto de ovens adultos", euoencerament da taref pina cheat «um acordo com si fama de rgem infuencia profundamente quem ua camo ese eles vo casa, € como executar tods os outos estos sepuints do cin via familia Um encerameno adequado desta tarefarequer que ojovem adulo se sos” da fama de origem sem romper relagbes ou fugir eaivamente para um refigo enoan’ substitu (Capitulo 9). Consderada desta maneir,a fase de “Jovem adulto”éum mar fs momento deesabelecer objetivo de vida pessoas ede se tornar um “eu”, antes dentro, uma outra pessoa para formar um novo subsistema familar. Quanto mais adequadamene joven adultos puderem se iferencar do programa emocional da familia de origem neat, menos estressores vericais os acompanhardo no cclo de vida de sua nova familia. Essa as hance de escolherem emeocionalmenteaqulo que levardo da fama de oxgem, aun yu deiardo para tds e aquilo que irdocriarsozinhos. Como foi mencionado acima, ée inary significado ofato de que até a presente geracao esta fase crucial jamais foi considerada nes séria para as mulheres, que ndotinham nenhum satus individual nas familias, Obviamens « tradigdo de cuidar dos filhos teve um profundo impacto no funcionamento das mulheresc familias, como agora também esté tendo a atual tentativa de mudar a tradicdo, Nos consideramos proveitoso conceitualizar as transigSes do ciclo de vida cono Tequerendo uma mudanga de segunda ordem, ou uma mudanga do préprio sistema O Broblemas de cada fase muitas vezes podem ser esolvidos por uma mudanga de prime ordem, ou uma reorganizagéo do sistema, envolvendo uma mudanga incremental, Resi mos as mudangas no status necessérias para uma realizado bem-sucedida das transiges de ciclo de vida na coluna 2 da Tabela 1.1, que delineia os estégios tarefas do ciclo de vida Em nossa opiniao, é im iportante que o terapeuta néo fique atolado com uma familia em detalhes de primeira ordem, quando ainda néo se fizeram as mudangas de segunda orden necessérias, no status de relacionamento, para a realizagéo das tarefas da fase smmenn) is de jovem adulto, os problemas normalmente centram.se na falta de recon Gifento, seja do jovem adulto, seja dos pais, da necessidade de mudar para uma forma dé ‘elacionamento menos hierérquica, baseada no fato de agora todos serem adultos. Os probe fhe atta status podem assum a forma de os pais encorajarem a dependénca dese filhos adultos Jovens, ou de os jovens adultos permanecerem dependentes ou se rebelarem ® S¢ afastarem, num rompimento de relagdes pseudoindependente com seus pais ¢ familias. : is Para as mulheres, 0s problemas nesse estdgio estado mais frequentemente em de ado sua definicéo de si mesmas em favor de encontrar um companheiro. Os ee Con maior requénca, ‘ém dificuldade em comprometer-se nos relacionamentos, estab™! ®7 em ver disso, uma identidade pseudoindependente entrada no trabalho ‘As mudangas no ciclo de vida fariior 17 Tabela 1.1 Os estagios do ciclo de vida familiar Estilo aoe Proceso emocional de IMudangas de segunda ordem no transigdo:prnepioschave satus familiar necessarla para se rossogur desenvelvimantaimente Teds Hea hrecsiees Scolar + Rin vega 2. Anode falas Com ' - omatimenta com um Pcasarew:onm sve sta teatro com 2s falas ampaas es amigos para inca chnuge 3. Familias com fi Pera tt ect ows mens a. Alustaro sista conjugal para cir espago ara) ios) Unie nas tas de educarao ds fos, 1 teas nancsase dméstcas €. Realnhamento dos relcionamentos com a fama amplaa para incl os papéls de pis eavés 4. Familias com ‘Aumentar a fleibilidade das Modi acionamentos progenitor-flho ainesenes Yoreisteniaespra nur” pape sss omens a independéncia dos flhose as ara dentro e para fra do sistema fraglidades dos avos '. Novo foco nas questoes conjugals @ profssionas do men da vida .Comegar a mudanga no senid de cuidar a geragto mais veta 6, Langando os fhos ‘citar véras sldas e entradas no a, Renegociaro sistema conjugal como diade seguindo em frente sistema familar Desenvolvimento de elacionamentos. «de acuto para aduto entre 0s filo crescids e seus pais ©. Realinhamento das relacionamentos para inclu parents por afinidade e netos 4. Lidar com incapacidades e morte dos pai (avbs) 6. Familias no estégio Aceltar a mudanga dos papeis a. Mantero funcionamentoe 0 interesses taro da vida geracionas| ‘roprios e/ou do casal em face do Aeclno fisotoico ». Apolar um papel mais central da geragdo do meio €. Abr espago no sistema para a sabedoria & ‘experincia ds idosos, apoiando a geragao ‘mais velha sem supertuncionar por ela 4. Lidar com a perda do cdnjuge, aos € ‘outros iguals e preparar-se para a propria ‘morte, Revisdo e integragao da vida Nossa opiniio, seguindo Bowen (1978), é a de que os rompimentos de relagdo ja- mais resolvem relacionamentos emocionais e de que os jovens adultos que rompem relacdes com seus pais o fazem reativamente e, de fato, ainda esto vinculados emocionalmente a0 “programa” familiar, e nao independentes dele, A mudanca rumo ao status adulto-para- -adulto requer uma forma de relacionar-se mutuamente respeitosa e pessoal, em que 0s jo-

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