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Apresentagao de Robert L. alg Questionamento socratico para yeh ehh ek) PTAC M ma M Raed Mayas aE ORCL ARAL LIL Scott H. Waltman R. Trent Codd III event ries Bret A. Moore PS 2 Por que a aprendizage,, corretiva nao ACOntec, automaticamenty Scott H. Wat O QUE VOCE VERA NESTE CAPITULO ‘eaeb ‘ Vieses cognitivos da psicologia social 4 © modelo cognitivo geral da TCC ’ 1 Conceitualizando uma crenga t Crencas fundamentais 1 Estratégias compensatorias a Regras e suposicées 4 Filtros cognitivos Planejando e usando a conceitualizaca Q ualizacao da TCC para compo! Otratamento ene 4 Di itualizaga i “grama de conceitualizacio de ¢rencas funcionais : Ferramentas e estratégias durante asessao : Exemplo de caso; Trisha 1 Resume do Capitulo 10 n n 2 2 4 | i Tis relatos das midias pode se perguntar se ost 9 (questionamento socritico para terapeutas retiva nem sempre acontece automa- Uma revisa isaoern om sao dos motivos por que a aprendizag eee ticamente é pertinente a uma discussao sobre o uso de estratégias socraticas pala pl mudancas cognitivas, Por que pessoas com familiares que as amam persistem na crenga de que nao sao amaveis? Por que um jovem profissional comegando um novo emprego que trabalhou duro para conseguir acredita ser um impostor ou um incompetente? Por que um erfeccionista que supera expectativas, com uma série de sucessos, pensa ser um fracasso? Grcmarenis ossas expectativas tendem a orientar o que pensamos, como nos sentimos, ‘© que fazemos e até como percebemos a realidade — tudo é mediado cognitivamente (ver Lorenzo-Luaces, German, & DeRubeis, 2015). ) op ~? Quehinnc® = Esse principio foi demonstrado com humor na midia popular em um programa de televi- sao que apresentou um teste de sabor entre frutas cultivadas organicamente e de modo nao organico (Jillette et al., 2009). Os participantes receberam dois pedacos de fruta e disseram qual foi cultivado organicamente. Consequentemente, eles descreveram a qualidade, o sabor © a textura das duas frutas como substancialmente diferentes. O apresentador entdo Ihes Mostrou que os dois pedagos haviam sido cortados da mesma fruta; por exemplo, uma tinica banana, cortada ao meio e apresentada como partes de duas bananas. Os participantes nao conseguiram explicar por que as duas metades da mesma fruta tinham um sabor diferente para eles, mas sustentaram que suas experiéncias sensoriais foram distintas. H4 uma série de principios da psicologia social que ajudam a explicar esses resultados. Este capitulo for- neceré uma répida revisio de conceitos relevantes da psicologia social, uma visio geral do modelo cognitivo atualizado, uma descrigao da conceitualizagao cognitiva de casos, dicas répidas para clinicos, um exemplo estendido de conceitualizagao cognitiva de casos e um exemplo de conceitualizagao colaborativa de casos em sesso. VIESES COGNITIVOS DA PSICOLOGIA SOCIAL Esses processos mentais incluem percepcao seletiva, viés de confirmacao, vieses de memé- riae profecias autorrealizadoras (Plous, 1993). A percepgio seletiva é nossa tendéncia de ver (0 que esperamos ver e ignorar 0 que nao esperamos ver. Esse construto se sobrepée ao viés de confirmagao (Nickerson, 1998), em que as pessoas (intencionalmente ou nao) prestam seletivamente atencao a evidéncias que confirmam suas expectativas, reconhecem um peso excessivo nelas e podem até interpretar erroneamente algumras evidéncias para confirmar seus vieses (Nickerson, 1998). atest ; Bhi Esses processos cognitivos sao ilustrados por uma citagéo do influente livro Opinio publica, de Walter Lippman (2017): “Na maior parte dos casos nés nao vemos em zalnien lugar para ento definir, nés definimos primeiro e entio vemos’. aut Re tas pessoas] vivem no mesmo mundo, mas pensam e sentem em mundos diferentes. Varios experiment i i i esse principio (Plous, 1993) e, de forma tos de psicologia social demonstraram @ deform: jeti es é amen ‘observavel no ambiente gecpolitico atual. Se vocé refletir ea cout ‘a cla qual for), certemente constatard que houve sobre a iltima cont ia politica (se} a ¥ cobertu ee : Se alanect diferentes da situagdo. Uma pessoa lendo va- Ree ee ode eporteres estio cobrindo 0 mesmo evento. —_ 7 | do vieses cognitivos leva ® diferentes realida reno comum quai a de confiabilidade da meméria humana ‘um computador, onde um arquivo raragiio excessivamente generos, dificil encontrar um ter des de consenso. Outros fatores complicadores B No passado, as pessoas comparava) ificado, armazenado e recuper é uma €0 See cn é ee stan, pois muita vezes aqullo que € FECNPAT nn iat ie Peete armazenado (Plous, 1993). Um modelo 1 eee ee a nap tagem (Randall, 2007), as semelhante a uma pilha de compos! a" : Seren se degradam e se misturam. Embora wn metfora ae pra. a mens. vinida esteja sendo buscada|a descoberta de que 257 nem sempre ig ere : 1993}, Isso talvez seja mais bem de- Confidveis ests bem estabelecida (Foley, 2015; Plous, 19°S% ee ‘monstrado pelo fendmeno das mem« sm que s orias impossiveis, €! : tom base em eventos que nao poderiam ter acontecido (Foley, 2015). Além ee actenga ‘em falsas memérias pode persistir mesmo diante de evidéncias contraditorias (Foley, 2015), ‘Outro conceito da psicologia social que é importante revisar € algo chamado profecia qutorrealizadora. A dela éa de que as expectativas moldam o comportamento, que, Por sua tex, pode moldar o resultado — possivelmente fazendo com que as expectativas se reali- Jem (Plous, 1993). 1ss0 é bem demonstrado por um estudo seminal em que os professores foram levados a acreditar que uma amostra aleatéria de seus alunos era de fato superdotada ou tinha um potencial maior do que o de seus colegas. Em um acompanhamento de oito ‘meses, esses alunos melhoraram a uma taxa maior do que a de seus pares. Essa descoberta foi explicada pelas expectativas do professor em relagao aos alunos, levando ao aumento da ‘tenga, dos clogios e do encorajamento aos alunos selecionados aleatoriamente (Rosenthal Jacobson, 1968). Assim, a “profecia” se autorrealizou, e podemos ver que nossas expecta tivas impactam nao apenas o modo como percebemos, mas também aquilo que fazemos, ¢ ambas as coisas podem nos levar a moldar arealidade factual e percebida para confirmarss ‘expectativas preexistentes. Esses achados da psicologia social so consistentes com 0 mode- o cognitivo-comportamental, também chamado de modelo cogniti igh, 2014; Waltman & Sokol, 2017). ace ae incluem a falt m nossa memoria & ado, Essa é uma comp: O MODELO COGNITIVO GERAL DA TCC Eee, = Principio basico do modelo cognitivo geral ¢ que a percepgao de uma situagéo influencit diretamente ac i i 2 emosao, a fisiologia e o comportamento (Beck, 1963 ¢ 1964), Essa ideia no € exclusiva da terapia cogniti \gnitivo-comy Tea flésofoestoca Epic cee ge oamental (TCC) Elis fo rapido em apontar ue? oe 2 ess0as nao sei : opinides que tém a respeit Rae #e incomodam com as coisas, mas coms 6 sustentado pela ae (Epieteto, 125, citado em Ellis & Harper, 1961)- 8° German, & DeRubeis, 2015). Pesquisa de resultados clinicos (ver Lorenzo-Luaces> © modelo cognitivo e peli Questionamento soerético para terapeutas 11 | i | crengas subjacente e influenciam o modo como nos sentimos ¢ o que fazemos. Enquan- to os terapeutas da TCC podem visar diretamente a mudanga de comportamentos (Bar- Jow etal., 2010; Meichenbaum & Goodman, 1971) usando estratégias focadas na emocao (Leahy, 2018), as estratégias de mudanga cognitiva sao ferramentas clinicas valiosas que podem mudar os sistemas de crengas e as crengas e respostas emocionais correspondentes (Waltman & Sokol, 2017). Como a TCC possui uma tradigao robusta de pesquisa e inves- tigacio cientifica, o modelo cognitivo geral da TCC foi revisado e refinado ao longo dos ‘anos (Beck & Haigh, 2014). ‘Um avango no modelo cognitivo ¢ a inclustio de algo chamado modos (Beck & Haigh, 2014). Os modos podem ser entendidos como a ativacdo do esquema (um padrao de pensa- mento) ¢ as estratégias de enfrentamento/compensagao associadas. A ativacao modal des- reve o estado emocional, cognitivo e comportamental atua! de uma pessoa (Fassbinder, ‘Schweiger, Martius, Brand-de Wilde, & Artz, 2016). Oconceito de modos foi introduzido pela primeira vez na literatura da terapia do esque- ma para explicar as rapidas mudancas na apresentacdo de clientes com transtorno da per- sonalidade borderline. Os terapeutas do esquema observaram que, quando se desregulam, esses clientes tém padrdes de pensamento extremos, alta ativacdo emocional ¢ se envolvem em comportamentos impulsivos (ver Fassbinder et al., 2015). Alternativamente, quando regulados, seu pensamento no é extremo, suas emogGes nac sao elevadas € seu comporta- mento nao é impulsivo. Essas diferentes apresentagoes representam estados modais distin- scoberta | _ tos (Fassbinder et al., 2016). A medida que o modelo cognitivo geral foi revisto ao longo dos nento da ‘anos, outros modos foram identificados (p. ex., o modo depressivo; Beck & Haigh, 2014). osenthal " Clinicamente, esse conceito é bastante util quando seu cliente apresenta grande variabi expecta- em suas apresentagdes. Quando uma apresentacao clinica inclui modos em extremos zemos, ¢ (p. ex., supercontrole e subcontrole), o objetivo do tratamento pode ser promover firmar as maisequilibrado. ee omode- 0 no modelo cognitivo geral é a continuidade entre a funcdo adaptativa e va (Beck & Haigh, 2014); ou seja, as pessoas nao tém apenas crengas cen- aay rai 4s ou mal-adaptativas, mas também crengas positives eadaptativas.Portanto, -esforgamos nao apenas para atingir as crercas que estao associadas a0 so- snedo, mas também para construir crencas saudaveis previamente existen- jem demonstrada por meio da TCC baseada em pontos fortes, em que hi direcionamento dos alvos tradicionais do tratamento (ou seja, crengas sdaptativos) e uma promocao de portos fortes e crencas adaptativas yrendizagem, ¢ as crencas centrais sao as ideias que formulamos ,e sobre nés mesmos ao longo do tempo, por meio de nos- aes denossas experiéncias.ssasideias podem ser positivas , independentem; izagdes ex: perigoso. Suposi¢des sao declaragSes condicionais que ligam. acrencas centrais. Blas sao enquadradas em um formato "se do” e normalmente sdo uma maneira de conectar 0 que tega e 0 que ela esté fazendo para evitar esse prejuizo per eee Filtros cognitivos * 8) sizado enfaiza o papel dos processos de atenga0 € dos filtro, Latualiza ck & Haigh, 2014), embora tex. ode eau 011; Padesky, 1994). Judy Book delo de processamento de informacia, formagées negativas que confirmam mneamente informacGes positivas que m a metéfora de um “triturador O modelo cognitivo gera mentais na manutencao de um conjunts ( tos seminais sobre o tema também abordem iss (2011) refere-se a esse processo mental como 0 te no qual as pessoas atentam seletivamente para ie suas crencas centrais e ignoram ou interpretam err na Bap ecm eee con Dae Riad ae elmore incre discre- mental’, imperceptivel 4 nossa consciéncia, que *tritw i stentes (Butler, Fennell, & Hackmann, pantes para serem consistentes com crengas preexisten ree 2010). Considere o exemplo de um homem que acreditava ser uma Bei 0a € que, no inicio da sessao, contou como se sentia mal por ter mandado o veterinario fazer a eutand. sia de seu cachorro mais cedo naquele dia. Para esse homem, isso era mais uma evidéncia do sujeito miserével que ele era; no entanto, havia muito contexto que ele estava deixandy de lado. Ao discutir a situagdo com ele, o terapeuta descobriu que o cachorro havia sido lum cao resgatado e que esse cliente tinha uma propensio a receber esses animais, geral- mente focando aqueles que ninguém mais aceitaria. O cao em questo sofria de uma con- dicdo neurolégica degenerativa que o tornava violento e imprevisivel. Esse homem havia exaurido todas as opgdes médicas e nao tinha mais condigdes de abrigar o cdo de forma segura em sua casa. 0 mplo nao evidencia que entao por que ele via essa situacdo como uma 0 ocorria porque ele estava atentando seletiva- le eram consistent © cliente é uma pessoa completamente ma, evidéncia de que ele era uma ma pessoa? Iss mente apenas aos elementos da historia qui Odiagrama de conceitu; (ver Beck, 2011), Outros nitiva (Deo), a 3 i mé » de Judy B i (2012), que é semelhante aobee ene Sit iochemce ae Pa alizacao co, 012, luem 0 Ceitualizagao de casos col ae me irae bora atetky © Moone i C010) desenvolven um formar Peta ieee sign eres ia, @ MS a °F viciosa’, usado para desedl 'S€ Outros. : E fatores envolvidos na manute ee re mee OS ey nd ge BEER e uma con- mem havia 0 de forma eria levaro fortemente idencia que como ume Questionamento socritico para terapeutas 15 das dificuldades de um cliente, Vale destacar que mesmo as melhores conceitualizagoes de caso sito hipdteses (suposigdes informadas), e os terapeutas estdio propensos aos mesmos ertos de julgamento ¢ de percepgio que todos os outros (ver Ruscio, 2007). Portanto, 6 im- portante tratar sua conceitualizagio de caso comoluma hipdtesé ue trabalho em que voce esti procurando informagSes confirmatérias e nao confirmatérias para ajudar a refinar sua formulagio ao longo do tempo. Independentemente do formato especifico usado para ajudar a construir uma con- ceitualizagio cognitiva de caso, hé uma série de elementos comuns, que compreendem as situagdes problemiticas atuais do individuo, seus pensamentos, sentimentos e com- portamentos correspondentes e as crencas subjacentes que os estdo conduzindo. 0 tera- peuta da TCC emprega uma abordagem estratégica e est mais interessado no que esta mantendo esses conjuntos de crengas; portanto, um objetivo principal da conceituali- zagao de caso é verificar como as crengas subjacentes estao impactando os pensamentos e comportamentos atuais ¢ como 05 estilos cognitivos atuais fortalecem e reafirmam erengas centrais ativamente sustentadas e suposicdes subjacentes. Por exemplo, con- sidere a suposi¢ao mencionada anteriormente: “Se eu tentar, ento vou falhar; mas, se nao tentar, entao nao posso falhar”, Esse tipo de suposigao provavelmente corresponde- ria a crengas centrais de incompeténcia e estratégias comportamentais de evitar tarefas dificeis e de desistir ao primeiro sinal de fracasso. Esse tipo de padrao tende a ficar cada vez mais forte ao longo do tempo. Esses individuos provavelmente sentem vergonha e tristeza ao ter pensamentos sobre sua inadequacao: “Eu sou um fracasso”; “Nao consigo fazer nada direito”; “Nao tenho nada de que me orgulhar em minha vida’. Consequen- temente, eles nao correm muitos riscos — por que tentar se vocé tem certeza de que vai falhar? Portanto, eles tém um baixo nivel de realizagao em sua vida, o que interpretam ‘como evidéncia de que sao incompetentes. “Claro, sou um fracasso; ndio consegui nada na minha vida.” Isso leva a mais pensamentos sobre sua inadequacdo e mais evitagao comportamental. E um ciclo. E um terapeuta cognitivo buscaria romper esse padrao usando estratégias ‘cognitivas e experimentos comportamentais. De forma correspondente, ha uma série de po- tenciais alvos de intervengio e oportunidades para estratégias socraticas. As vezes, o padrao é menos dbvio. Imagine uma profissional altamente bem-sucedida com um medo constante de falhas. Ela tem diversas realizages tanto em sua vida pessoal quanto em sua vida profissional; ainda assim, por que ela vive atormentada com pensa- mentos ¢ previsbes de fracasso? E porque seu estilo de processamento de informacdes nio permite que ela forme crencas mais equilibradas sobre sua competéncia e seu sucesso. -Enquanto crescia, grandes expectativas foram colocadas sobre sie ela aprendeu que mes- ‘Mo pequenos erros podem gerar criticas. Isso a levou a desenvolver uma suposigio rigi- da: “Se eu cometer um erro, entdo os outros verdo como sou incompetente. Mas, se eu _ trabalhar o maximo que puder, mais do que qualquer outra pessoa, talvez nao percebam que sou incompetente e me mantenham por perto por enquanto’. Esse processo de pensa- Tevou a uma grande produtividade e a diversas realizagoes, nenhuma das quais ela foi capaz de desfrutar, pois estava constantemente preocupada em ser descoberta como 0 (0 que ela tinha certeza de ser. Esse viés de aten¢io a levou a se fixar em pequenos dizagens e man. Reavaliaci? cognitive Questionamento socratico para terapeutas 17 DIAGRAMA DE CONCEITUALIZACAO DE CRENCAS FUNCIONAIS Na discussao anterior, revisamos como as crengas de uma pessoa influenciam o modo como ela pensa e 0 que ela faz; e isso, por sua vez, influencia 0 que acontece e como ela percebe ‘que acontece. Todos esses fatores podem criar um ciclo de feedback que, em iiltima andli- se, fortalece a crenga preexistente. Tragar esse ciclo pode ajudar o clinico a entender como a crenga est4 sendo mantida e identificar pontos estratégicos de intervencao. Se esse ciclo for concluido de forma colaborativa (e flexivel), também pode servir como intervencao na sesso que ajuda o cliente a mentalmente dar um passo atrds para ver o ciclo no qual esta preso e criar motivagao para fazer algo novo. Ja existe uma série de diagramas e formatos de conceitualizacao de caso de alta qualidade (p. ex., Beck, 2011; Morey, 2010; Padesky & Mooney, 2012; Persons, 2012), todos reconhecidos por sia exceléncia e sua utilidade clini- ca. Apresentamos um novo formato baseado nos diagramas existentes e na literatura revi- sada até aqui. O propésito especifico do novo diagrama de conceitualizagao de caso é tragar o padrao que leva ao reforgo da crenea preexistente — 0 que est mantendo o problema? Este é um formato simplificado e nao pretende ser um substituto para diagramas de conceitualizacao mais extensos. Em compensacao, o diagrama simplificado de conceitualizacao de crencas funcionais que apresentamos pode ser usado colaborativemente na sessao. Historicamente, tem havido cautela com o uso de formulérios alternativose mais complicados de conceitua- lizagao de caso na sesso, pois o cliente pode sentir que voré esta tentando coloca-lo em uma caixa (Beck, 2011); inversamente, essa nova forma simplificada é uma andlise funcional da crenca e do seu impacto. Ela implica uma tarefa mais simples (e menos cansativa) do que a de tentar encaixar plenamente uma pessoa em um tinico formulario durante a sessao. Apresentamos também um diagrama aprofundado para ajudar o clinico a pensar sobre o caso fora da sesso. FERRAMENTAS E ESTRATEGIAS DURANTE A SESSAO H4 uma série de perguntas que os terapeutas podem se fazer para orientar esse processo, incluindo: + Qual éa crenca subjacente? + Que tipos de situagdes podem ativar essa crenca? + Qual 60 resultado previsto? / Se essa crenca fosse verdadeira, 0 que o cliente prevé que aconteceria nessas situagoes? + Como alguém se comportaria se essas previsdes fossem verdadeiras? + Como as pessoas podem tentar compensar essa crenga? + Como as pessoas podem evitar situagdes que ativam a crenga? + Quais sao as consequéncias do comportamento observado? + Quais so as consequéncias a curto prazo? eS ae tA Tank. 20__waltman, cod tM : care jou a ancias a1ons Fe intencions?” quais sto as conseguir enc Pin ais sd0 a8 COTE conseauene neial tivo ou profecia autortealizador,, scons + Bxistem pote! moradas? 1m filtros de ate” a ° + Existe os Exist evidencia do vie, sei 7 pxistem explicasoes a 1 xiste contexto para as ¢7 a i = Peletem fatores ainda S27 cao d ae ? + Quefatores témlevado 3178 : 3 + Como tudo isso se encaina? aes ora jodemos far | * Objetivamente, como P' sso pode se dar na pratica. A seguir, EXEMPLO DE CAS 6nimo) é uma mulher 0: TRISHA ise xual de 50 anos de idace Jatina cisgeneto heterosse: : : i de depressao e ansiedade,f pea avespe to Ge eLDUaIIEn ceca ansiedade, th fdas e vindas no uso da sua medicagl ™ Sua principal preo sigo tomar jeito. Teno estado Uma bagunga dedi 4 o que ha de errado comigo” ls ma década. Nao sei sido sem problemas e percebendo sua vids Trisha (pseudt Apresentou-se a tera] tem histérico de trans de forma intermitente e tinh: cupagio era: “Eu simplesmente nao cons que meu pai faleceu, hd mais ou menos yelatou que sua educagdo foi normal, tendo cre : ‘como bem organizada, Foi observado em sesséo que ‘Trisha se desculpava e parecia enver- gonhada sempre que manifestava emogoes negativas, como a tristeza que sentia em relagio ao falecimento do pai. Isso levou a uma discussdo a respeito da maneira como as pessdas tidavam eom emogdes e com a tristeza na sua infancia, e ela compartilhou a ‘visio de que ninguém nunca estava triste. Depois de mais algumas perguntas minuciosas, ela esclareceu: “ao erescer, nao era OK nao estar OK”, apontando algumas regras familiares tacitas sobre emogoes. . Suas dificuldades atuais eram tipificadas por sua rotina matinal. Ela acordava, petc bia-se ansiosa e deprimida e ficava desanimada pelo resto do dia. Seus processos de pe samento foram esclarecidos como uma série de auto} “e previsoes pessim Ela se castigava por ser tao fraca e emotiva, e “si Ee eee ee pi dinaa atin Rea a , €“simplesmente sabia” que o dia seria tenrvele ’ He densa aniedide cuilp. = heat deri 1961). Consequentemente, ela tina um aut Por estar deprimida (ver Ellis & Harpe ee scunee nt eres a improdutivo em que ruminava prinel q do conseguia fazer nada certo. No final do dit refletia sobre 0 quao “horrivel” azendo ivel” havia sido, dizia a si do que estava fazend oe ue 4 forgat wet sma que deve sair da rotina. El fentava usar uma conversacio j a NURAAT Agee \¢do interna repreensiva para se apreciadas e su: eee dese ciclo que a See fa depressao 86 piorou. Isso pro: que se afastou de atividades anteriorm= ipeuta fez a si mesmo estas Prosseguiu por alguns anos a zacao dé 5 per; = cdo da apresentaczo edas erencas de a Para ajudar a desenvolver uma cone! cebendo suavii ae parecia ene sentia em rei como as pes ua visio a s, ela esclare res tacit’ Questionamento socratico para terapeutas 21 Qual 6a crenga subjacente? No inicio, ainda estamos identificando a crenca precisa, mas ‘crengas sobre incompeténcia sao pronunciadas. Ela também parece ter uma regra ou uma su- posigdo sobre as emogdes em geral. * Que tipos de situages podem ativar essa crenga? Esse pensamento é ativado pela manha quando ela pensa em seu dia eno final de seu dia quando ela reflete sobre tudo o que ndo reali zou. Esse padriio vem ocorrendo hd anos e pode haver outras situacées evitadas que ainda ndo ‘foram identificadas. Qual o resultado previsto? / Se essa crenca fosse verdadeira, o que o cliente prevé que aconteceria nessas situagdes? De manha, ela prevé que teré um dia terrivel e ndo rea- lizaré nada. Como alguém se comportaria se essas previsdes fossem verdadeiras? Assim como ela. Presume-se o fracasso e a incompeténcia e, como resultado, tem-se baixa produtividade. Ela também passa horas ruminando sobre essa crenca. Como as pessoas podem tentar compensar essa crenga? As pessoas podem exagerar ¢ {rabalhar em ritmos insustentavets ou estabelecer metas inatingiveis. No inicio da vida, ela fez um pouco disso, mas depois da morte de seu pai houve menos supercompensacao. Como as pessoas podem evitar situagdes que ativam a crenga? Evitando situacaes em ue possam falhar ou provar que sao incompetentes. Quais sao as consequéncias do comportamento observado? Ela fica dispersa e exausta da ruminagao, 0 quea torna menos produtiva e menos eficaz. Quais so as consequéncias a curto prazo? Exaustdo, desanimo, aumento da angista, evitagio de tarefas dificeis. Quais sao as consequéncias a longo prazo? Baixo nivel de realizagao, depressdo cronica, ‘rengas arraigadas sobre si mesma. Existem potenciais consequéncias nao intencionais? Ela esté ta0 cansada de ruminar sobre ser incompetente que mal tem energia para fazer qualquer coisa. As veces, ela é capaz dese repreender para fazer algo, mas o efeito cumulativo ce sua autodepreciacto é que seu ensamento sobve si mesma se torna cada vez mais extremo. Existem filtros de aten¢do em jogo? Sim, la ignora por completo todas as coisas que faz corretamente, Existe evidéncia de viés de confirmacao, filtro seletivo ou profecia autorrealizével? Acredito que todos podem estar em jogo, exemplificados por sua previséo pela manha de que 27d um dia terrivel epor sua conclusdo no final do dia de que ela estava certa, Existem explicacées alternativas que estao sendo ignoradas? Problemas de luto nao ve- ‘solvidos? Ela se comporta como se, 2 fosse incompetente e, portanto, acredita que é. Existe contexto para as evidéncias que esteja sendo ignorado? Sim, suas relasdes com ‘suas emogbes parecem ser importantes, Se ela acha que nao § certo se sentir triste, isso 56 vai _levar a emogbes mais angustiantes. Essencialmente, parece sr uma. armadilha. Existem fatores ainda a serem identificados? Certamente, Dada sua evitagao de emocies, tenho certeza de que hé fatores que nao estamos percebendo eque esperamos que surjam con- forme tratamento progride. Que fatores tém levado a manutengao dessa crenca? Comportamento de Yuminacdo e Crencas sobre emocées, (ee uma rstexanatura pela morte de seu go, late meee vergonhe de seus senting ™ lent ix! tudo isso seen" es como sarerolera o8 enomjoiande arama Ela internalizou meng, identement tin, . eque aifculdadee OF" i F cangiis : zum que acaba sera mais ns OR pond aac f OK nae pee i. lege iniciaissobre "2? : com izoinaceitavel el : vasobread i greincompetenci ob i peamento? Eitilmapearvistaing teed. is SC mado isso efor crenses vn objetivamente, com? ppodemnos fa pois verifiarcomoclente esentar e testar a formulacio, peuta pode apr conversando sobre pensamentos Eu queria saber se poderiamos As! as. seguir umexemplo d& ‘como um tera -TERAPEUTA (1): Trisha passamos algum tempo wocé tem sobreser incompetent’ fraca e preguicos?. saralgum tempo vendo come tudo se encai CLIENTE (O: Hum, sim, eu acho (parecen Fu sb quero conversar com voce SODIe O qui ‘compartilhou comigo- certeza de que & quero verse podemos aprender alguma coisa que P ‘Tudo bem por voce? ‘voeé parece estar presa. ee acha’ oe ‘vai ajudar, Sinto que sou uma grande bagunga. sr oe que voc® tem muitos pensamentos sobre a bagunga di é le VC é ae ‘com acabega.) eee ee ae que vocé compartilhou comigo, parece qu a ee go, parece que ha um padrdo comum que acontersom es momento especialmente dificil pars é. io! Odeio as manhas. Sinto-me pés: 6 sei Pes Bees ais terre péssima. $6 sei que o dia vai ser terrivel, e nao hénala : Eparece que voce ti i passa muito tem| S Sin, i * 7 po pensando em ia vai “ sina colt as ee Bs como 0 dia vai ser terrivel também oes is idl que no vou fazer nada a te penso no quanto eu tenho que fazereem oe cna , Porque sou uma bagunga tao fraca quem panes ee Primelro, parece uma manei: ‘vocé comeca a ter Sea ida, tem pensamentos sob are terrve Ge eae oR. © ae Gees mmoeaaire een? re como o dia vai ser tertivel me esomo,ntn at ee culpa que o dia vai ser t isa. ia ta i s cf oe fo ruim, Mas eu sou errivel, penso que, se eu pudes® Meso apr, oso ver quod muito incapaz. para fazer queue . Quando voce luros sa tem e Sao esses voe8 se sentir? sie Pendamenins sie dicen ea et sobre si i mesma pel: 2 manha, como iss co confusa)- t estou ouvindo e entendendo do que voce .stou entendendo vocé concen ‘ossa ajuda-la com esse padraoem que do um pou' sense 2 C: Com raiva.. + Com raiva... rst ee comes COMO se eu fosse um; c ee Para onde? “pensar que é uma a causa perdida, : Para mim, fico mui causa perdi 6 T: Oquevoc’ fez parapets com da. Sente tristeza eraiva. Ba Pata justificar eee Test 4 Bee ‘Questionamento socrético para terapeutas 23 Qual a crenca subjacente? Crengas sobre incompeténcia sito pronunciadas. Ela também parece ter uma regra ou uma suposicéo sobre as emogoes em geral. Ndo do cé Corrtan SS athngs yg sa que é, Jue aconteae . ! el, endobit® Existem filtros de atencao em jogo? Sim, ela ignora por completo todas as coisas que faz corretamente. Existem explicagdes alternativas que esto sendo ignoradas? Problemas de luto ndo resolvidos € profecia autorrealizavel. Que tipos de situag6es podem ativar essa crenca? Ao planejar ou se preparar para o dia. Qual é 0 resultado previsto? De manha, ela prevé que terd um dia tervivel ¢ nao vealizard nada. Quais sao as consequéncias do comportamento observado? Dispersa, exausta, menos produtiva ¢ menos efetiva. Quais sao as consequéncias a curto prazo?. Exaustdo, desanimo, aumento da angiistia, evitacao de tarefas dificels. Quais sao as consequéncias a longo prazo? Baixo nivel de realizagdo, depresstio erénica, ereneas arraigadas sobre si mesma, Existem potenciais consequéncias nao intencionais? Aumento da exaustio, i Como alguém se comportaria se essas previsGes fossem verdadeiras? Presume-se 0 fracasso ea incompeténcia e, como resultado, tem-se baira produtividade. Ela também passa horas ruminando sobre essa crenca. Como as pessoas podem tentar compensar essa crenca? Histérico de exagero. Como as pessoas podem evitar situagdes que ativam a crenca? Evitando situagdes enn que possam falhar ou provar que so incorapetentes. PLANILHA 2,3 Exemplo de um diagrama aprofundado de conceitualizacao de caso: Trisha. “© Waltman, SH; Codd, Rl; MeFar, LM Moore, 8.A, Socratic Questioning for Therapists and Counselors: Learn How to “Think and Intervene like a Cognitive Behavior Therapist. New York, NY: Routledge, 2021. a fie Je melhor do que isso. Fu, ¢ i if fago 002 edeveria farer mS Y 0 fa ki : 6 rena, e0™ goave & yoce nao & pessoa que foi ciaya, [6 @ & hor q . nfo ser me | a Pee si pee egronOnet L 4 ” ot rivel e como devo mel cc: sim. ito tempo voc’ pass pens: on ando em ‘como sou J | We ‘T; Quanto Pas epee Pe ners ae c; Horas: talve? i aut tae ge oe 2 eae Sone oe = gim, € muito, mas ; : & ho, voce meio que se molda. oe : Sim. : ‘T; Todos 0S dias. é sim. a : 4 ; Como é isso para yooe? muito grande para que as coisas sejam dif ‘ oe "muito cansativo, S04 UT agua ms cade He = m= os jor g nao sera Cal fare ual que sera um. dia rum, de que voc® Ee a ty a or estar deprimida & Por nao re z fraca D' a. do triste, C01 varece uma manhi tipic tr: Isso deixa voce se sent i m raiva e exausta- ando sobre o quao terrivel c: Sim. : “Te Voce costuma responder 2iss0 pasando horas rumin: vextando se forgar Figurativament a fazer alguma colsa- ¢: (Acena comacabeca.) rT As veres isso funciona ev sempre exaustivo. : Muito cansativo. T: Quais sdo os efeitos a curto alongo prazo desse padrao de comportament : Bstou cansada e minha vida esté uma bagun¢a. T; Isso parece exaustivo. Vamos tentar analisar um pouco mais. 0 efeito ime prazo da dureza com que vocé se trata 6? C: Asveres, eu fago coisas. 1 Sim, e? E Eu es sinto terrivel e exaust + Voeé tem todo 0 peso da depr i Pee deenie ata Ee fey RE eae : Porquefagissocomigomesma? deprimida. TT; Tenho certeza de que voce adotox pode ter havido algumas mens; esse comportamento de tudo bem se sentir triste, agens que voce recebeu pi c Com eerteza, Nao era algo tranquil, T: Entho, vooé dizasi Ci Acho que si, nao gosto aera ee ceo Se ‘océ consegue fazer alguma coisa e outras vezes, 0 ‘Sn int Questionamento socrético para terapeutas 25 T: Eudefinitivamente quero lhe dar algum alfvio. Eu s6 me preocupo que se sentir mal por estar se sentindo mal nao vai fazer vocé parar de se sentir assim. C: (Leve expiragao e quase uma risada,) T: Nao podemos resolver o problema com mais do problema. C: Certo. T: Entéo, vamos continuar olhando para isso. O efeito a curto prazo de ser dura consigo mesma é que vocé pode fazer algo e se sentir exausta; quais sao 0s efeitos a longo prazo? C: Em algum momento, comecei a acreditar em todas as coisas terriveis que digo a mim mesma a meu respeito. T: Bum prego alto; mais alguma coisa? C: Acho que nao. ‘T: Entao, fico me perguntando sobre uma possivel consequéncia nao intencional desse comportamento. Posso conduzi-la nesse raciocinio? C: Isso seria bom. T: Voce acorda de manha sentindo-se deprimida e é muito dura consigo mesma por se sen- tirassim e por supor que nao faré nada. Isso. *: Ento vocé se sente horrivel e isso é muito exaustivo. sim. + Entao, dia ap6s dia, isso afeta muito vocé. Vocé comega a ecreditar cada vez mais nessas coisas que diz a simesma ¢ se sente mais cansada e mais esgotada. : Tao cansada de tudo isso. = Parece muito exaustivo. Aqui € onde fico me perguntando. Essa exaustio nao é parte do ___ motivo pelo qual é dificil para vocé fazer as coisas? C: Sim, me sinto cansada 0 tempo todo. : Voeé se cansa dizendo a si mesma que é uma pessoa horrivel por nao fazer nada e fica cansada demais para fazer qualquer coisa. Bunto se parte do motivo pelo qual vocé esta tio cansada, a ponto de nao con- fazer nada, 6 esse comportamento de autocensura em que vocé se envolve. jue nunca coisas de uma maneira que fortaleceria nossa crenga preexis- dita ser incompetente, faz todo o sentido vocé interpretar esse -conclusao. Deixe-me desenhar no quadro como nao sabe fazer nada corretamente e que é in- uma perspectiva . Isso leva a menos Questionamento socratico para terapeutas_27 coisas sendo feitas, 0 que, por meio de seus filtros mentais, vocé interpreta como mais uma evidéncia de que vocé ¢ incompetente. E 0 ciclo segue com vocé cansada ¢ exausta aprendendo a realmente acreditar nessa crenca sobre ser incompetente. C: Sim. Nossa! OK, hum, sim, é isso que acontece comigo. T: OK, se isso parece razoavelmente preciso, a boa noticia $ que temos muitos pontos de intervengiio. Podemos mirar essa crenga sobre ser incompetente. Podemos mirar essas previsdes que vocé faz de que terd um dia terrivel e esses pensamentos de que voce é fraca. Podemos mirar esse dialogo interno contundente e ruminante que é tao corrosivo para vocé. Ao abordar esses elementos, podemos mudar oresultado e ajudé-la a comegar a ter alguns dias mais produtivos. E também queremos analisar seu processo de filtra- gem, como vocé esta pegando todas essas informacées complexas e reduzindo-as para confirmarem a pessoa terrivel que voeé é. que vocé acha? C; Acho que preciso disso. T; Otimo, vamos escolher um alvo e ver quais estratégias podemos comecar a usar hoje para desmontar o padrao de crenga e comportamento. ‘Ao repassar isso com Trisha, aprendi algo sobre o padrac que eu nao conhecia anterior- mente, e foi o quao dura era sua ruminagao. Percorrer 0 ciclo juntos nos ajudou a atentar as informag6es que estavamos perdendo e a criar uma compreenséo compartilhada do proble- ma para que pudéssemos trabalhar conjuntamente em suas dificuldades e em diregio a seus objetivos. RESUMO DO CAPITULO Neste capitulo, nos concentramos em revisar por que a aprendizagem corretiva pode nao acontecer de forma implicita. Isso incluiu uma breve revisio de itens relevantes do cam- po da psicologia social, uma visdo geral do modelo cognitivo genérico, uma introdugio a conceitualizacao de caso e um exemplo estendido de caso que demonstrou os elementos anteriores e indicou como abordar os conceitos na sessao. Incluimos um diagrama de con- ceitualizagao de crencas funcionais simplificado e um aprofundado para seu uso na pratica clinica. REFERENCIAS Barlow, D. H., Farchione, T. J., Fairholme, C. P., Ellard, K. K., Boisseau, C. L., Allen, L. B., & May, J. T. E. (2010). Unified prevocol for ransdiagnostc treatment of emotional disorders: Therapist guide, New York: Oxford University Beck, A. T. (1963). Thinking and depression I, Idiosyncratic content and cognitive distortions. Archives of General -__ Paychiatry, 9, 324-383, doi10.1001/ archpsye,1968,01720160014002 AL ‘Thinking and depression Il, Theory and therapy. “Archives of General Psychiatry, 10(6), 561-571. farchpsye.1964,01720240015003 ; sigh, E, A. 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