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PUBLICAÇÃO MENSAL - N 352 - SETEMBRO/OUTUBRO 1993 CRS 650,00

ESQUENTA A GUERRA
DOS PESADOS

Scania lança Volvo


a cabina importa o
"top line" FH 12 380

Editora TM Lh:a
INDÚSTRIA SEGREDO
Novidades das A nova linha
encarroçadoras e montadoras leve da Volks
LEIA O QUE O CARLOS "O pessoal vive me perguntando qual é o melhor
ALBERTO FALOU DO chassiprofrotista e pro passageiro. Olha que disso
CHASSI DE ÔNIBUS
FORD. DEPOIS VOCÊ eu entendo, modéstia à parte. Pra mim, chassi tem
DECIDE. que ser forte, mais comprido, com longarinas
retas. Tem que ter embreagem macia, câmbio robusto, mas com engate
suave. Diferencial que agüentefirme e seja de baixa manutenção. Freios
que a gente confie e durem bastante. Motor valente - sem ser gastador - e
que tenha vida longa. Epra terminar: uma suspensão que conheça o nosso
chão, a nossa realidade. Se um chassi com tudo isso tiver ainda baixo
ruído interno, der conforto ao motorista e aos passageiros e garantir uma
boa assistência técnica, ele é um forte. Ele é um Ford Acho que eu já
respondi qual é o melhor chassi. Ou você acha que todo esse elogio
épouco?" (Carlos Alberto de O. Medeiros - frotista da Taquatur
Taguatinga Transportes de Turismo Ltda. - São Luís, MA)

Novo chassi de ônibus Ford B-1618. Com tantas vantagens, a próxima parada vai ser na sua frota.

Conheça as vantagens do Consórcio Entrega Imediata Ford. Todos os consorciados são contemplados na primeira
assembléia. Veja também nossos planos especiai4,de financiamento sem juros e leasing para frotistas.

ÔNIBUS FORD ffi-.


ec
Pense mais Forte. Pense Ford.
trenworte
REDAÇÃO

Editor
Neuto Gonçalves dos Reis
Redatora-Chefe
Valdir dos Santos
Redator Principal
tran.WbrK41a,
Gilberto Penha de Araújo Ano 31 - n? 351 - Setembro/Outubro de 1993
Redator ISSN n? 0103-1058 - CR$ 650,00
Walter de Sousa
Colunista
José Luiz Vitú do Carmo
Fotógrafo
Paulo Igarashi
Serviços Editoriais
Freelance Comunicações Ltda.
ArtelProdução
Quatryx Produção Gráfica e Editorial Ltda.
Assistente de Arte(Produção
SUMÁRIO
LANÇAMENTOS DA INDUSTRIA AUTOMOBILISTICA
Lucy Midori Tanaka
Jornalista Responsável
Neuto Gonçalves dos Reis IMTb El 5381
Impressão e Acabamento
ABERTURA 19 Sem Brasil-Transpo, TM reúne as novidades
Cia. Lithographica Ypiranga
Rua Cadete, 209
Fone: 10111 825-3255 - São Paulo-SP SCAN IA 20 Cabina Topline com mais espaço e conforto

DEPARTAMENTO COMERCIAL
VOLVO 24 Cara-chata importado é novidade na Europa
Diretor
Ryniti Igarashi
Gerente
Marcos Antonio 8. Manhanelli
MERCEDES-BENZ 28 Extrapesado 2635 6x4 para mercado da cana
Representantes
Carlos A. B. Criscuolo, Viro Cardaci Neto
TOLLER 32 Frigosider, baú lonado para produtos resfriados
Representantes

Paraná e Santa Catarina


Spala Marketing e Representações
VOLKSWAGEN 34 Revelado o segredo das cabinas reestilizadas
Gilberto A. Paulin
Rua Conselheiro Laurindo, 825 - conjunto 704
CEP 80060-100 - Fone (0411 222-1766 ASIA MOTORS 36 Coréia manda mais vans e mais picapes ao Brasil
Curitiba-PO
Rio Grande do Sul
CasaGrande - Representações TRANSPORTES EM DEBATE
!sano CasaGrande
Rua Gonçalves Ledo, 118
Fone: 10511 224-9749 - Fone/Fax: (0511 224-5855
90610-250 - Porto Alegre-RS ABERTURA 37 Seminários técnicos, políticos e de negócios

DEPTO. ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO QUALIDADE 38 Evento da TM discute padrão de serviço


Gerente
Mitugi Oi
VII SIMEA 42 Motor Diesel completa cem anos em evolução
DEPARTAMENTO DE CIRCULAÇÃO

Gerente ENTRAM 46 Geipot dá assessoria à revisão constitucional


Cláudio Alves de Oliveira
Distribuição

Assinaa
LOBRA - Mala Direta, Informática e Distribuição Ltda. 30 ANOS DA NTC 48 Comemoração acaba em pleitos para o setor
Anual (doze edições) CRS 7200,00
Pedidos com cheque ou vale postal
em favor da Editora TM Ltda. Leia em TRANSPORTE MODERNO - PASSAGEIROS
Exemplar avulso CRS 650,00. Em
estoque apenas as últimas edições.
Dispensada de emissão de documentação fiscal, conforme Mikron, a nova carroçaria para microônibus
R.E. Proc. DRT. 1 n? 14 498/85 de 06/12/85. CIFERAL 5"Montada
"' sobre chassi VW 7-110, utiliza duralumínio
Circulação: 19 500 exemplares
Registrado no 2? Oficio de Registro de Títulos e
Documentos sob n? 705 em 23103/1963; última averbação
n? 26 394 em 2010711988. ETRANSPORT
57 Transportadores aumentam disputa por espaço
Estado quer interferir menos e aumentar a competição
As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são
necessariamente as mesmas de Transporte Moderno.
Uma publicação de
Mercedes-Benz mostra o chassi da Década 90
LANÇAMENTO 60
, OH 1635 Buggy incorpora inovações tecnológicas
%Editora TM Ltda.
Rua Vieira Fazenda, 72
CEP 04117-030 - Vila Mariana - São Paulo - SP
Condottieri recebeu novos itens de modernidade
Fone: 575=1304 (Linha seqüencial) REESTILIZAÇÃO 62 Comi) melhora as formas e o padrão de revestimento
Fax (011) 571-5059
Telex (011) 35247
C.G.C. 53 995 544/0001-05 Mercado recebe três microônibus coreanos
Inscrição Estadual n° 111 168 673 117 IMPORTAÇÃO 63 Asia Motors chega com idéia de se instalar no Brasil

Neuto Escreve - 4 Cartas - 8 Atualidades - 10 Produtos -


Filiada à ANATEC e à ABEMD
ire
SEÇÕES 50 Rumos e Rumores - 53 Última Parada - 64 Balcão - 66
Insbtuto
~Meada Capa: Foto Paulo lgarashi e Divulgação
do Greulação Circula em Novembro/1993
interurbano de passageiros, a exclusividade das
linhas e o tabelamento dos preços impedem a
oferta de melhores serviços ou de descontos nas
passagens. No setor urbano, então, onde o clien-
te é cativo, praticamente não sobra espaço pa-
ra a qualidade. No rodoviário de cargas, pelo
menos, o cliente não pode queixar-se da ausên-
cia de competição. Mas a qualidade acaba igual-
mente imolada em benefício de fretes cada vez
mais irrisórios.
O resultado de tudo isso é uma grandefrustra-
ção do usuário, que nem sempre é percebida a
tempo pelo prestador do serviço. Em média, so-
mente 5% dos clientes costumam reclamar. Os
outros 95% simplesmente trocam de fornecedor.
Desse modo, uma única reclamação é sinônimo
de vinte clientes insatisfeitos. Se cada um deles
transmitisse seu desapontamento a outros vinte
compradores em potencial, no final das contas
essa única reclamação significaria 2 400 comentá-
rios desfavoráveis.
As reclamações só serão evitadas com um ser-
viço cujo desempenho seja capaz de atender às
necessidades e às expectativas do consumidor.
Tradicionalmente, a indústria tenta atingir esse
objetivo controlando, por meio de testes estatísti-
cos, a percentagem de defeitos do produto final.
Nos dias de hoje, no entanto, até mesmo a indús-
tria tem substituído cada vez mais o controle do
produto pelo aprimoramento do processo de fa-
bricação. No caso particular do transporte, o con-

A busca trole do processo é o único caminho para a quali-


dade. Como o serviço é produzido ao mesmo tem-
po que é consumido, não é possível rejeitar um
lote de frete.
Devido a essa particularidade, se o treinamen-

da qualidade to de pessoal é importante para a indústria, tor-


na-se fundamental para o transporte. Vendendo
um produto intangível, uma transportadora só
consegue se diferenciar das concorrentes graças
a uma melhor qualidade de sua mão-de-obra e
graças à profissionalização, à especialização ou
Em sua maioria, as pessoas acham perfeita- à prestação de serviços logísticos adicionais.
mente naturalfalharem em 2% a 3% das tarefas Já foi o tempo em que havia empresas cuja
que realizam rotineiramente em seus trabalhos única arma consistia em transportar qualquer car-
— afinal, errar é humano. No entanto, ninguém ga para qualquer lugar do Brasil a qualquer pre-
calça um sapato preto e outro marrom durante ço. Hoje, o cliente exige que a transportadora,
2% a 3% do tempo, e nem entra por engano, além de especializada, atue como verdadeiro bra-
em sete noites por ano, na casa do vizinho. ço do seu departamento de Marketing.
Extraída do livro Zero Defects, de H. F. Hal- Para obter sucesso nessa parceria, algumas em-
pin, e utilizada por um dos apresentadores do presas estão descobrindo que precisam oferecer
Seminário TM sobre "Qualidade e Produtivida- prazos de entrega menores e mais confiáveis ou
de nos Transportes", realizado em setembro, a até mesmo suprir linhas de montagem em regi-
comparação evidencia a grande distância que se- me just-in-time, informatizar o acompanhamen-
para a cultura tradicional da busca da excelên- to de pedidos (EDI), agilizar o processamento
cia. A verdade é que tanto a família e a escola de reclamações e reduzir erros de endereçamen-
como a empresa'e o governo não estimulam a to e níveis de avarias.
perfeição. Pais, professores e dirigentes públi- Obviamente, nada disso se consegue sem pro-
cos ou privados contentam-se, na maioria das ve- fissionalização. Se o transporte rodoviário de car-
zes, com um desempenho apenas satisfatório — ga fez com sucesso a sua primeira transição — a
e até mesmo medíocre — de seus filhos, alunos do carreteiro bem-sucedido para a transportado-
ou subordinados. ra de hoje —, é chegada a hora da segunda tran-
Nas operadoras de transporte, em particular, sição — a da transportadora de hoje para a ver-
a situação não é diferente. Por exemplo, no dadeira empresa de transporte de amanhã.
Prepare-se para ver o maior
lançamento mundial do ano.
Novo Volvo Globetrotet
Novidade na Europa. 1
A distância entre a Europa espaço para um painel que

e o Brasil finalmente dei- permite maior visibilidade dos

xou de existir para quem instrumentos. O novo Volvo

viaja de caminhão. A FH 12 tem cabine com suspen-

Volvo está importando o são a ar, motor com injeção

transporte de carga do eletrônica que permite uma


grande economia de com-
futuro.

Novo Volvo FH 12 380. Novo


para os europeus, novo para
os brasileiros. Pela primeira
vez, você vai ver um importa-
do de peso circulando pelas bustível e o exclusivo sistema
estradas nacionais. Repare VEB,um sistema de frenagem
bem nos detalhes, porque vai do motor que reduz o desgaste
demorar muito tempo até que das lonas de freio. Com o no-
apareça outro igual. Dentro de vo Volvo FH 12, você vai levar
um Globetrotter, a tecnologia toda a tecnologia mundial da
e a segurança ultrapassaram
todas as fronteiras para chegar
4. •

ao máximo desempenho. Por


fora, ele é tudo o que você
gostaria de ter. Mais aerodi-
nâmico, muito mais arrojado.
Por dentro, não falta nada. A Volvo para dentro da sua em-
área interna da cabine dá presa. Você não sabia que o
lugar a todo o conforto dos futuro estava tão próximo.
seus sonhos e ainda sobra Aqui mesmo no Brasil.

VOLVO DO BRASIL ■
AV.JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA,2.600- CIC -812
er FH12 380.
Nlovidade no Brasil.

EÍCULOS LTDA.
0-000 - (041)271-8111 - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL VOLVO
Leitores cumprimentam ção relacionada à área de trans- porte Moderno, pela passa-
TM pelos trinta anos portes, mais precisamente à gem desta data de grande sig-
dos ônibus, nossa área de atua- nificado.
ção (Prêmio Mercedes-Benz
Em meu nome e em nome de Jornalismo — maio de HELOSIO LOPES
de toda a diretoria da Trans- 1983 e 1? Prêmio VOLVO de Cia. São Geraldo de Viação
brafi, bem como enquanto di- Segurança — agosto de 1987, Presidente
retor de Assuntos Técnicos Belo Horizonte-MG
entre outros).
do Sindicamp, gostaria de Também não podemos dei-
cumprimentar a toda a famí- xar de registrar as inúmeras Agradeço o amável convite
lia TM, que, nesses trinta reportagens sobre ônibus (des- para participar do júri do
anos de luta, muito tem fei- de frotas e empresários até fa- 26? Concurso de Pintura de
to pelo segmento dos trans- tos tristes, como acidentes co- Frotas. Desde há 25 anos par-
portes como um todo e, em letivos). ticipo, de alguma forma, des-
especial, pelo do transpor- Agradecemos por todas as te evento. Desta vez estarei
te rodoviário de cargas, on- coberturas do setor, e formula- participando novamente, co-
de o ilustre e eminente jor- mos votos de sucesso. mo designer.
nalista e editor, Neuto Gon- Vivenciamos um novo ci-
çalves dos Reis, se destaca HÉLIO LUIZ DE OLIVEIRA clo de identidades visuais, de
pelas brilhantes reportagens COO — Clube do Design de Ônibus revitalização das frotas de
e editoriais levados aos lei- Presidente
transporte.
São Paulo-SP
tores desta conceituada re- A ociosidade do mercado
vista. Foi também um mili- obriga as empresas a competi-
tante em nosso meio, quan- Parabéns pela brilhante mar- rem com todos os recursos, e
do participou como secretá- ca de trinta anos da revista sabemos que o apelo visual é
rio técnico da NTC, e o fez Transporte Moderno. O núme- fundamental.
com muita galhardia e com ro de prêmios de jornalismo Um forte abraço ao editor
muito talento. Parabéns a es- acumulados em três décadas de TM pelo empenho e pela
ta grandiosa equipe, e que demonstra o empenho e a dis- dedicação que tem dispensa-
seus componentes continuem posição de tentar fazer sempre do à revista, nestes trinta anos.
a fazer com que esta casa o melhor. Parabéns, Neuto, e incansável
fique cada vez mais próspe- equipe.
ra e mais rica de informa- NEWTON GIBSON
ções, embasadas na realida- Fetracan — Federação das Empresas de Trans- JOÃO DE DEUS CARDOSO
de e na verdade dos fatos. porte de Cargas do Nordeste João de Deus Cardoso Arquitetura e Planeja-
Presidente mento Visual Ltda.
Recife-PE Arquiteto
MIGUEL BRANCO
Transbrafi Ltda. São Paulo-SP
Diretor O setor de transporte neste
Campinas-SP
país tem, nas páginas de Trans- Recebemos,com satisfação,
porte Moderno, ao longo dos a edição de TM n? 350, onde
Nós do CDO — Clube do últimos trinta anos, sua histó- foi publicada matéria sobre lim-
Design de 'ónibus desejamos ria registrada e comentada, peza de ônibus.
parabenizar TM pela passagem sempre com muita fidelidade Nós, diretores, e toda a equi-
do trigésimo ano desde seu lan- e profundo conhecimento de pe da Limpool, agradecemos
çamento na Editora Abril. causa. Por isso, tornou-se leitu- a honrosa menção e aprovei-
Acompanhamos número a ra obrigatória por parte daque- tamos a oportunidade para
número as edições desde os les que, como nós, fazem do parabenizá-los pelos trinta
idos de 1979(por volta da edi- transporte de bens e de pesso- anos de formidável trabalho,
ção n? 180); portanto, cami- as o seu ofício. e para lhes desejar ainda mais
nhamos juntos desde há qua- Gokaríamos de registrar a sucesso.
torze anos. nossa admiração pelo traba-
Lembramos a todos as bri- lho realizado, e de cumpri- CLÁUDIA REZENDE
lhantes passagens e reporta- mentar, em nome das empre- Limpool
gens de TM que contribuíram sas que compõem o Grupo Diretora
para o alto grau de informa- São Geraldo,a equipe de Trans- São Paulo-SP

8 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Formalizamos nossa admira- CL & C elogia fez e pela garantia de um futu-
ção pelos trinta anos da revis- edição de agosto ro brilhante para o setor, o
ta. Parabéns. É uma forma presidente da Confederação
de ajudar a construir o país. Comunico minha satisfação Nacional dos Transportes, Clé-
ao receber mais um exemplar sio Andrade, deveria ser elei-
ANTÔNIO CELSO DE QUEIROZ E SOUZA da revista Transporte Moder- to o 'Homem do Transporte
'franslog Consultoria e Engenharia de Sistemas no. Agradeço a atenção e para- da Década'.
Diretor benizo a todos da redação pe- Seria a homenagem digna
Rio de Janeiro-RJ
las matérias excelentes, desta- de um bravo e brilhante jovem
cando uma reportagem de agos- presidente.
Recebi a edição TM 30 to, que descreve a nova políti-
anos e gostaria de parabenizá- ca de parceria da Mercedes- CARLOS ALBERTO MIRA
los pelo trabalho contínuo até Benz com seus clientes. Espe- Comitê Nacional de Jovens Empresários em
hoje desenvolvido. Afinal, não ro que continuem com o pres- Transporte
Presidente
são todos os dias em que se tígio de sempre. São Paulo-SP
comemora uma data como es-
sa. Portanto, deixo registra- FERNANDA G. MEYER
do meu respeito pelo trabalho CL & C Assessoria de Comunicação
Reserva eletrônica
dessa perseverante equipe, in- São Paulo-SP de passagens
clusive nos momentos mais frá-
geis de nossa economia. Homem de Transporte Nos dirigimos a Uds. con
da década de 90 relación al nota publicada en
ROBERTO R. MARINHO
la Revista Num. 349/junho
SETCESP — Sindicato das Empresas de Trans- Gostaria de exaltar a alegria 1993, bajo la denominación:
portes de Carga do Estado de São Paulo dos jovens do setor de trans- "Tecnologia põe o pé na es-
São Paulo-SP portes pela aprovação da Lei trada".
n? 8 706, de 14 de setembro A tal efecto solicitamos,ten-
de 1993, criando o SEST e o gan a bien, remitirnos una
Reembolso do SENAT. mayor información; pués en-
quilômetro rodado Reconhecemos que isto só contramos elementos que re-
foi possível graças à obstina- sultan de nuestro interés; a sa-
Solicito o exemplar TM n? ção,à perseverança e à serieda- ber, empresa y/o sistemas pa-
305, a respeito dos critérios de de um homem chamado ra emisión de reserva electróni-
de cálculo do reembolso do Clésio Andrade. ca o SEP.
quilômetro rodado por auto- Navegar entre os monstros Sin otro particular, y a la
móvel de funcionário, no con- da indústria e as insinuantes espera de vuestra pronta res-
trole do desempenho da frota propostas feitas pelos indus- puesta, saludamos a Uds.
e na formação e na negociação triais não foi tarefa fácil. Mas Muy atentamente.
de fretes. temos certeza de que apenas
encorajaram ainda mais o jo- JUAN JOSE RAMON ANTON
VALDEMAR COSTA vem presidente da CNT. Empresa Anton de Transportes S.A.C.
terra Presidente
Usina Roçadinho Chegando agora em
São Miguel dos Campos-AL firme, há necessidade de um Buenos Aires-Argentina
reconhecimento à altura de
111 Sua solicitaçãofoi atendida. sua conquista. Por tudo o que LISua solicitaçãofoi atendida.

Embreagens
Para Caminhões e Ônibus
Premiadas as oito
melhores pinturas de frota
O 26? Concurso de Pintura
de Frota, promovido anualmen-
te pela Editora TM Ltda., pre-
miou neste ano três empresas de
transporte rodoviário de cargas
e cinco de transporte de passagei-
ros, em evento que reuniu deze-
nove concorrentes. A melhor pin-
tura de caminhão ficou com a
Transportadora Cometa S.A.,
de Recife, executada pela Staff
Comunicação & Marketing, tam- Cidade do Aço e Cometa: melhores pinturas na opinião de cinco especialistas
bém de Recife; e a melhor de pas-
sageiros foi a da Viação Cidade para o Rodoviário Atlântico S.A. co especialistas na área de Comu-
do Aço, de Barra Mansa (RJ), , de São Paulo, com pintura cria- nicação Visual: o professor Ge-
com trabalho de reestilização da da pelo arquiteto Carlos Antônio rhard Wilda, da Escola Superior
pintura feito há vinte anos pelo Ferro; para a Bracintur Empresa de Propaganda e Marketing, o
mesmo autor, o arquiteto João de Turismo Ltda., de Belo Hori- arquiteto Roberto Rondino, da
de Deus Cardoso. zonte, em trabalho de Paulo Ge- Roberto Rondino Arquitetura,
As menções honrosas para a raldo Guedes Machado, da Com- os jornalistas Ernesto Klotzel,
categoria de Cargas ficaram com pugrafic Projetos e Design; para da JMJ Consultoria e Promoções,
a Transportadora Rápido Paulis- a Transportadora Turística Arca, Michael Karson, da Trenco-frius,
ta Ltda., de Londrina (PR), e de São Paulo; e para a Agência de Bruxelas, Bélgica, e Thomas
com a Cesa Transportes, de Belo de Viagens e Turismo Aritana, Timm, diretor do Departamento
Horizonte. Na categoria Passagei- também de São Paulo. de Marketing de Repintura Auto-
ros, as menções honrosas foram O concurso foi julgado por cin- motiva da Glasurit do Brasil.

SEST-SENAT COMEÇA SUAS ATIVIDADES EM JANEIRO


Uma estrutura mínima e o máxi- seis para as de cargas. Embora haja ao máximo, os recursos de terceiros,
mo cie terceirização de serviços resu- maior número de conselhos dirigidos e de evitar o inchaço", concluiu.
mem a filosofia que norteará o fun- porfederações de passageiros, as enti- A expectativa da CNT é a de con-
cionamento, a partir de janeiro de dades de cargasficaram com osestados tar com recursos da ordem de US$
1994, do Sest — Serviço Nacional de maior desenvolvimento econômico. 200 milhões por ano (10% dos US$
do Transporte e do Senat — Serviço Da mesma maneira que o Conse- 2 bilhões que a CNI tem arrecadado
Nacional de Aprendizagem do Trans- lho Nacional, os regionais também anualmente). "Com uma quantia as-
porte, criados no dia 14 de setembro terão representantes do Ministério sim, poderíamos construir cinqüenta
pela Lei n? 8 706. da Previdência e dasfederações dos escolas por ano", exemplifica Sebas-
A CNT — Confederação Nacio- trabalhadores. Fontes da CNT infor- tião Ubson Ribeiro, presidente da
nal dos Transportes, que sediará e mam que, apesar de alguns desenten- NTC e diretor de Cargas da CNT.
empreenderá as operações das entida- dimentos, não foi difícil montar as
des,já aprovou o estatuto, que servi- direções dos conselhos regionais. "A-
rá de regulamento à lei. gora, a CNT consultará o Ministério QUEM PRESIDE OS CONSELHOS
O estatuto criou o Conselho Na- da Previdência para apurar os valo- Estados - ' Entidade Categoria
cional, presidido por Clésio Soares de res que deverão ser repassados às no- AM,.PA e AP (NI' , Fetranorte Passageiros
Andrade,presidente da CNT,que tem vas entidades a partir de janeiro pró- CE, Pi e MA 04E11 Coimar - ' Pcssageires
como membros os presidentes dasfe- ximo, antes de pensar em investimen- /114 e PR NUL 'fetronor Passageiros
derações e das associações a ela filia- ' PE e AL INE3f.i,''' ' Fetrácse Cargas
tos", explica uma fonte. BA e SE 111E41 - :.Fetrabaie- , Passageiros
das, além de um representante do Mi- A CNT deverá abrigar em suas GD, DF e.111, ICOli , Fenatac---,: ., Cargas -
nistério da Previdência e outro da instalaOes, em Brasília, a sede das MS, MT e RO iCO2} Feiram ' Passageiros:
-,
CNTTT — Confederação Nacional duas entidades, e os conselhos regio- MG .., Entram Passageiros
-FetransOroft Cargas
dos Trabalhadores em Transportes nais deverãofazer o mesmo para evi- Feuenspott Passageiros
Terrestres. Também foram criados tar custos. "Não será possível manter F!- 'Fetcesp Cargas
quatorze conselhos regionais(ver Qua- essas entidadessem contratar algumas PR <Ripam Passageiros
dro), sob o comando dasfederações, pessoas, mas a orientação que a CNT SC Fetrancese Cargas
: RS .- ...„Fetransul Cargas
sendo oito para as de passageiros e vem dando é no sentido de utilizar,

10 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Abasteça sua frota com
a tecnologia do futura

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CATEG3A
' filitSPORTADORA SUCESSO
PLACA
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Shell Card é um sistema totalmente computa- Com Shell Card você terá em mãos,semanal-
dorizado, criado pela Shell para atender às neces- mente, sem burocracia e de forma segura, um
sidades da sua empresa. único documento: o Relatório Gerencial. Ele es-
Agora os seus motoristas poderão abastecer pecifica cada despesa, detalhando — além do to-
os veículos utilizando apenas o cartão magnéti- tal gasto em diesel e/ou lubrificante — o nome do
co Shell Card nos postos Shell filiados. O sistema posto, o dia e a hora do abastecimento.
vai registrar eletronicamente todas as informa- Dirija sua frota para o futuro. Utilize Shell Card
ções necessárias para o controle adequado das na sua empresa e trabalhe com a tecnologia mais
despesas de abastecimento da sua frota. avançada ao seu alcance.

Na lugar de muitos
documentos, o Relatório
Gerencial, único, reunindo
todas as informações.

Ligue e marque a visita de um


representante Shell ao seu escritório.
Telefones: ShBH
Grande São Paulo - 277-2215
Outras localidades -[011]800-2215. Interurbano grátis.
usas •

Porto de Santos ainda


prepara regras do Cap
Ao contrário do que ocorre
no Porto de Paranaguá, onde em-
presas particulares já operam car-
gas de terceiros, nada havia muda-
do no Porto de Santos até outu- Empresas privadas já operam no porto de Paranaguá, o que não ocorre em Santos
bro. A Lei 8 630/93, em vigor
desde 25 de fevereiro, só mostrará terra?", pergunta Aldo Andrade "Houve discriminação, sim, mas
resultados práticos no porto san- Silva, secretário do Sindicato dos às licitantes estrangeiras", afir-
tista depois que forem definidas Conferentes de Santos. As federa- ma. "Elas não podiam usar ates-
as normas de pré-qualificação dos ções de portuários e os avulsos tados de seus profissionais, não
operadores pelo Cap — Conselho ajuizaram ação de inconstitucio- podiam liderar consórcios e, pa-
de Autoridade Portuária local. nalidade da Lei 8 630 perante ra participar da licitação, eram
Representantes do Poder Pú- do Supremo Tribunal Federal. obrigadas a comprovar uma expe-
bjico, dos usuários e dos trabalha- riência anterior na exploração
dores no Cap já concordaram Funcionário público das rodovias", alega.
com o fato de que as regras de- Segundo Almeida, o edital de
vem ser simples e mínimas, segun- nega negociata pré-qualificação da licitação pa-
do o presidente do Cap, João ra a concessão da Dutra foi pre-
Alberto Manaus Correa. Ele não Um economista do Ministério parado antes da sanção da nova
confirma, mas comenta-se que dos Transportes, Lycurgo do Re- lei das licitações. Por isso, teve
não haverá exigência de capital. go Barros de Almeida, julgou pe- de ser cancelado, "nunca pela
Cerca de 105 empresas com se- jorativa a afirmação de que "a denúncia de irregularidades",
de em Santos pretendem creden- sanção da nova lei de licitações que "eram vazias". Tanto é assim,
ciar-se como operadoras, núme- salvou o ministro dos Transpor- argumenta, que a licitação da
ro que ainda poderá aumentar. tes de envolvimento em denúncia ponte Rio—Niterói,concluída an-
As empresas menores, que, por de negociata", que consta da no- tes da nova lei, não foi anulada.
suas próprias características, não tícia "NTC denuncia privilégios "Nem a NTC nem o jornal Folha
podem fazer apólices de seguros em edital de concessões", publica- de S. Paulo reclamaram", ironi-
muito altos, trabalharão com car- da na seção Atualidades em TM zou. "Mas gritaram contra a ro-
gas menos valiosas, afirma José 350, de julho de 1993. "Que se dovia Rio—São Paulo."
Rodrigues, representante no Cap registre meu protesto e minha in- Almeida nega igualmente que
das prefeituras de Santos, de Cu- dignação, como _também as dos o edital limitava a participação
batão e de Guarujá. Caberá aos demais membros da equipe de tra- às grandes empreiteiras. "De fa-
clientes a tarefa de seleção do balho", afirmou o economista, to, o líder do consórcio teria de
operador de sua preferência. em quilométrica carta à redação apresentar registro de grande volu-
Este é um dos motivos que tor- de TM, onde fornece a versão me de obras no CREA", confir-
nam difícil para os trabalhadores oficial do episódio. ma. Mas as demais consorciadas
avulsos concorrerem com os ope- Almeida confirma que o veto poderiam ser qualquer tipo de em-
radores por meio de cooperativas, presidencial a um dos artigos da presa", esclarece.
como prevê a lei. "Mesmo que Lei 8 666/93 proibiu o Ministério Segundo o economista, ao con-
para as cooperativas as exigên- de exigir comprovação de experi- trário do que afirma a notícia, os
cias sejam menores, como vamos ência técnica da licitante quando empresários de transporte de car-
competir com empresários que se tratar de pessoa jurídica. ga afirmaram taxativamente, num
têm meios de cuidar da carga des- Mas nega a existência de dis- fax, que "gostariam de participar
de o navio até o transporte em criminação às empresas nacionais. do processo de privatização".

PISCA •A Transportadora Minuano Ltda., de desempenho e de qualidade de Executiva e o Conselho Fiscal da


de Porto Alegre (RS), recebeu o Top produ•9s, e também de serviços. entidade. Flávio Benatti, da
Empresarial 1993, prêmio concedido Transportes Benatti Ltda., de Santos,
anualmente pelo Inbradic — Instituto •A ABTTC — Associação Brasileira foi reeleito presidente da Mesa do
Brasileiro de Apoio ao das Empresas Transportadoras de Conselho Deliberativo; para presidir
Desenvolvimento Industrial, Contêineres e Terminais a Diretoria Executiva, também foi
Comercial e Cultural às empresas de Retroportuários elegeu a nova direção reeleito Felício Agostinho, da
maior destaque, segundo critérios do Conselho Deliberativo, a Diretoria Purificação Souza.

12 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Sebastião Ribeiro é o Retornou, neste ano, à presidên- go após a privatização, em 1990,
cia da NTC, apaziguando uma a Vasp teve de fazer a devolução
Homem do Transporte 1993 disputa que, segundo ele, "amea- de vários aviões no ano passa-
çava a unidade do setor". do. Mas agora começa a reestru-
O segundo empresário mais vo- turar a frota de cargas, incorpo-
tado foi Clésio Soares de Andra- rando aos seus três Boeings (dois
de, presidente da CNT — Confe- 707, de 35 t, e um 737-200, de
deração Nacional do Transporte, 11 t), outro 737-200, fabricado
com 20% dos votos, seguido por para operar com passageiros e
Camilo Cola, ex-presidente da agora adaptado para cargas. A
CNT,e por Moacir Ferro, diretor reforma foi iniciada em 1991 e o
da ITD Transportes, com 6,1% aparelho só começou a operar
o dos votos. Indicados com 4,3% neste ano na rede postal notur-
o
dos votos, vieram a seguir os em- na, atendendo à ECT. Segundo
presários Paulo Sérgio Pinheiro, seu diretor de Cargas, Tarcísio
,15 da Tora Transportes, Rolim Adolfo Gargioni, "a Vasp detém, atual-
Carneiro: eleito com 28,7% dos votos Amaro, da TAM, e Romeu Ner- mente, 21% dos negócios de car-
ci Luft, da Transportadora Luft. ga aérea no Brasil". Gargioni
Os leitores de Transporte Mo- acrescenta que a empresa estaria
derno elegeram, neste ano, o em- negociando a aquisição de mais
presário Sebastião Ubson Carnei- Vasp aumenta sua frota um cargueiro de grande capacida-
ro Ribeiro como o Homem do de aviões cargueiros de (um DC8-63, de 40 t), para,
Transporte 1993, com 28,7% das assim, atingir uma capacidade ins-
indicações válidas enviados à Edi- Depois de implementar um pro- talada de 132 t, contra as 22 t
tora TM Ltda., em cédula com grama de ampliação da frota, lo- da época da privatização.
porte pago distribuída na edição
de junho último. Na presença
dos jornalistas Marco Piquini,
do jornal O Estado de S. Paulo,
e Valdir dos Santos, da TM, e
sob a coordenação de Neuto Gon-
çalves dos Reis, editor da revista,
as cédulas foram abertas no dia
21 de setembro, na sede da editora.
O Homem do Transporte 1993
é diretor Geral da Ultra Rápido
Dom Vital, a sexta maior empre-
sa do setor de cargas, de acordo
com o anuário As Maiores do
Transporte deste ano, e presiden-
te, em segundo mandato,da NTC,
entidade que reúne as transporta-
doras rodoviárias de carga.
Aos 63 anos, Sebastião Ribei-
ro já faz parte da história das en-
tidades patronais do setor. Foi
presidente do Setcesp, o sindica-
to paulista, da NTC e da Fenatac. Vasp começa a reestruturar sua frota de carga e deverá adquirir DC8-63

•Líder do mercado mundial de constante afolga entre lona e tambor de Transporte de Cargas do Estado PISCA
ajustadores automáticos de freios, e para tornar a frenagem confiável, de São Paulo,foi escolhido pela
fornecedora, no Brasil, da dispensando a regulagem '7ff7raia! e revista Balanço Anual, pela quarta
Mercedes-Benz, da Scania e da Volvo, periódica. A Haldex do Brasilfica vez consecutiva, como Líder Setorial
a Haldex AB, da Suécia, instalou na Rua Carlos Pinto Alves, 29, do transporte rodoviário de cargas.
uma subsidiária em São Paulo para Jardim Aeroporto, CEP 04630-030. A revista, publicada anualmente pela
dar apoio de serviços e de distribuição Gazeta Mercantil, elege, por voto
ao mercado nacional. Os ajustadores •Adalberto Panzan, presidente da secreto, as lideranças empresariais
automáticos mantêm em equilíbrio Fetcesp — Federação das Empresas de diferentes setores da economia.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 13


sf - Qualidade de sério, modos próprios de pessoa séria.

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Seguro Assobrasc: veículo zero se sinistro ocorrer um ano após a compra
O elevado custo do prêmio, que
praticamente impede o seguro do ses após a compra. A apólice con- tê avaliou que 50% dos veículos
casco por frotistas e por transpor- vencional cobre apenas seis meses..
ouvidos eram furgões, 27% eram
tadores autônomos, pode mudar, "Também fizemos questão de aca- caminhões, 12% eram picapes e
pelo menos para os donos de ca- bar com a taxa diferencial cobra- 11% eram veículos particulares,
minhões Scania. Por meio de um da no seguro para veículos que dentre eles táxis. Somente 4% uti-
acordo entre três seguradoras — transportam carga perigosa", con- lizavam a Zona Marrom. Desse
Bamerindus, líder do consórcio, ta Battistella. associação acre- total, 42% eram furgões e 13%

A
Itaú Seguros e Brasil Seguros —, dita que os resultados dessa novi-eram caminhões. Cerca de 23%
a Assobrasc, associação que reú- dade só poderão ser medidos a das vagas estavam ocupadas por
ne os revendedores da marca, co- médio e a longo prazos. "No en- carros particulares.
locou à venda, na rede de conces- tanto, acreditamos que até dezem- Com base nesse estudo, o CDU
sionários, o 'Seguro Assobrasc', bro de 1994 chegaremos a duas encaminhou quatro propostas à
dirigido a frotistas e a autônomos. mil apólices vendidas", arrisca o CET com vistas a um melhor apro-
A principal característica pa- presidente da Assobrasc. veitamento do serviço. "Chega-
ra incentivar a compra é a apóli- mos à conclusão de que a Zona
ce diferenciada, "que evita qual- Marrom é um ótimo produto,
quer confusão na hora de se assi-
Comitê avalia Zona mas pouco divulgado", afirma
nar o contrato", afirma Eroides Marrom em São Paulo Pedro Francisco Moreira, diretor
Battistella, presidente da Asso- técnico da Vantine & Associados,
brasc. Ele garante que o acordo O CDU — Comitê de Distri- e um dos coordenadores da pes-
possibilitou, em primeiro lugar, buição Urbana, criado no início quisa. A sugestão é a de que a
a redução do custo do seguro, de 1992 por inspiração da Abras CET promova mais a Zona Mar-
que hoje está sendo vendido, em — Associação Brasileira dos Su- rom por meio de folhetos educati-
todos os 81 concessionários da permercados, que congrega vá- vos. Outro problema constatado
marca, com 20% de desconto rias associações de indústrias de foi a necessidade de remanejar
nos valores nominais cobrados bens de consumo e de transporte, algumas vagas, atualmente inade-
em apólices para garantia em ca- começa a mostrar os resultados quadas à entrega urbana. O CDU
so de roubo, de incêndio, de coli- de seus planos de curto prazo. registrou, além disso, uma defici-
são e de responsabilidade civil Especificados num programa de ência na venda de volantes, que
por danos causados por terceiros. ação aprovado pelo secretário deveriam ser colocados em novos
A Assobrasc promoveu o lan- municipal dos Transportes, Getú- pontos, como, por exemplo, ban-
çamento em várias regiões do pa- lio Hanashiro, os planos dizem cas de jornais e bares. Por últi-
ís e treinou o pessoal que procede- respeito à avaliação do uso da mo, foi sugerido um aprimora-
rá à venda. Como a associação Zona Marrom, à viabilização da mento da efetividade da fiscaliza-
não pode vender diretamente as entrega noturna, à ampliação dos ção, o que implica até mesmo na
apólices, ela conta com a parceria horários de recebimento e ao de- aplicação de multas ministradas
da Tarraf Seguros, corretora pau- senvolvimento de uma linha de àqueles que se utilizam da Zona
lista que mantém coordenadores veículos urbanos. Azul como maneira de pagar uma
regionais prestando serviço jun- Uma pesquisa feita pelo CDU, menor taxa de estacionamento.
to aos concessionários. que trabalha em parceria com o O CDU também deverá implan-
Outra novidade dessa exclusivi- CET, consultou 7 122 veículos tar, nos próximos meses, um tes-
dade para a marca está na substi- que estacionaram nas regiões da te piloto com alguns fornecedores,
tuição imediata do veículo sinis- Praça da República e do Largo destinado a testar a ampliação
trado por outro,zero-quilômetro, do Arouche, no centro de São do horário de recebimento de car-
desde que o acidente tenha ocor- Paulo. Ao longo dos treze dias gas em períodos anteriores às 7h
rido dentro do prazo de doze me- de duração da pesquisa, o comi- da manhã e posteriores às 18h.

PISCA •Interessado em ampliar o engenheiros, a arquitetos, a Informações para Transportes,


número de alunos na Área de economistas e a administradores: Impactos Ambientais dos Transportes,
Concentração de Mestrado em Linhas de Pesquisa — Qualidade em Transportes e em
Transportes, o Instituto Militar de Planejamento em Transportes e Logística e Distribuição. Outras
Engenharia divulga seu programa Operação de Transportes; e Áreas informações pelo telefone
de pós-graduação, destinado a de Interesse —, Sistemas de (021)295-3232, ramais 439, 435 e 418.

16 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Prejuízos levam TNT a
pôr filial à venda
'A TNT Brasil está à venda por
US$ 50 milhões.' Esta notícia cir-
cula em meio ao setor dos trans-
portes há, pelo menos, três meses,
sem que a direção da empresa no
Brasil a confirme. Grandes empre-
sários do setor dizem ter sido pro-
curados por um corretor e confir-
mam que houve contatos entre dois Empresária é presa no do o governador do Rio de inimi-
deles para se fazer um consórcio go dos transportadores. Foram es-
visando a utilização da TNT-Sa- Rio por fazer protesto cassas as manifestações de solida-
va no transporte de passageiros. riedade aos líderes presos. O pre-
A agência internacional de no- Tânia Drummond, presidente sidente da NTC,Sebastião Ubson
tícias AP/Dow Jones, em despa- do Sindicarga, o sindicato dos Ribeiro, disse que nada fez por
cho do dia 28 de setembro, divul- transportadores de cargas do Rio recomendação da própria vítima,
gou que a TNT Ltd., da Austrá- de Janeiro, ficou detida e incomu- "para não piorar as coisas".
lia, pretende abrir mão de alguns nicável durante treze dias, desde Baldomero Tacques Filho, pre-
ativos, entre eles a filial brasilei- o dia 22 de setembro, e foi enqua- sidente da Fetranscarga, do Rio
ra, visando levantar 280 milhões drada na Lei de Segurança Nacio- de Janeiro, disse que discordou
de dólares australianos(US$ 179,2 nal, como responsável pelo blo- da manifestação, mas deu razão
milhões) até 1996. A notícia, pu- queio da Avenida Brasil, princi- à presidente do Sindicarga por-
blicada na Gazeta Mercantil no pal via de acesso à cidade na ma- que a transportadora de proprie-
dia seguinte, acrescenta que as nhã desse dia. Com ela, foi deti- dade de Tânia Drummond,a Con-
vendas dos ativos foram iniciadas do o presidente do Sindicato dos tinental, tem sido vítima constan-
em 1992, com o objetivo de redu- Transportadores Autônomos do te de assaltos no Rio. Segundo
zir o endividamento do grupo. Rio, Nélio Botelho. Para deixa- Tacques Filho, os roubos de car-
Talito Endler, presidente da rem a prisão, o advogado Clóvis ga, que vinham diminuindo no
TNT Brasil S.A., desmentiu a in- Sabioni conseguiu converter o ano passado, voltaram a crescer
formação da agência AP/Dow Jo- processo num caso de perturba- neste ano. "De janeiro a agosto
nes, afirmando à Gazeta Mercantil ção do trânsito, a ser respondi- foram registrados 483 roubos,
que a política do grupo australia- do pela justiça estadual. contra 462 em todo o ano passa-
no consiste em vender participa- O motivo da prisão foi uma do", exemplificou.
ções minoritárias ou ativos que es- `camionhonata' de protesto con-
tiverem fora da área básica de tra o aumento do número de rou-
atuação da empresa, de transporte bos de cargas, que se transfor-
rodoviário e de entregas rápidas. mou em bloqueio da Avenida Bra-
As operações no Brasil, além de sil, causando transtornos por qua-
básicas, estão sob controle da TNT se dez horas no trânsito do muni-
Ltd., que detém 8407o das ações. cípio e das redondezas.
Procurada insistentemente, des- Convocado pelos manifestan-
de agosto, a TNT Brasil não deu tes para comparecer ao local, o
qualquer retorno. No dia 30 de governador Leonel Brizola enviou
setembro, seu diretor jurídico, a polícia, com reforço do Exérci-
Jaime Jacomucci, justificou a re- to, para liberar o tráfego.
cusa: "A revista faltou com ele- Valmor Weiss, coordenador do
gância para com a empresa ao Grupo de Segurança da NTC con-
publicar notícia sobre a demissão siderou a prisão de Tânia Drum-
de seu assessor de imprensa (ver mond uma arbitrariedade, critican-
TM 348, de maio deste ano)." do a ação da polícia e classifican- Tânia: detida por liderar caminhonata

•A Rede Ferroviária Federal quer selecionar a melhor proposta. O inscrições poderão ser solicitados à
mudar o leiaute de suas locomotivas.
PISCA
prêmio é de CRS 200 mil e uma Gerência de Comunicação Empresarial
Para isso, instituiu um concurso em viagem de trem pelos trechos turísticos da SR-4, na Praça da Luz, I, CEP
nível nacional com o objetivo de da empresa. O regulamento e as 01120-010, São Paulo, SP.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 17


Os novos Scania 94 tornam mais eficiente o trabalho de um
caminhão pesado. Desde o consumo menor de combustível,
Produtividade. Desempenho. baixa manutenção, grande resistência
mecânica, maior vida útil, até as suas
C onsumo. Manutencão. inúmeras vantagens operacionais, tudo
se soma nos caminhões Scania para
Vida útil. Valor de revenda, que eles sejam os preferidos do mercado
brasileiro. Assim, na análise da relação custo/benefício, você
verá que sua alta produtividade é conseqüência do grande avanço
tecnológico e da especialização da Scania. Vá ao
É por isso, Concessionário Scania conhecer o novo caminhão 94.
que Scania e' o caminhão pesado Você irá comprovar que os caminhões
Scania lhe garantem os melhores
mais vendido do Brasil. resultados. Que eles estão anos e anos
na dianteira de qualquer caminhão. Na qualidade. Na economia.
No valor de revenda. No retorno do capital investido.

Compare.

NOVO
SCANIA
94
Pesados em renovação
M arcados pela Brasil Transpo, os anos ím-
pares costumam ser ricos em lançamen-
tos de veículos comerciais. É sintomáti-
co, porém, o fato de que, neste ano, apenas o seg-
mento de caminhões pesados oferece novidades: as
A Feira Náutica, que tem dividido o Anhembi com
os veículos, teve poucos expositores inscritos. O res-
tante do espaço foi ocupado por indústrias de autope-
ças e por estandes de serviços.
A ausência da Transpo não inibiu os lançamentos
vendas nessa categoria cresceram 60% até setembro dos pesados e a exibição de alguns importados no
e podem colocá-la, até dezembro, na liderança de to- Anhembi. Para atualizar sua linha de caminhões, a
do o mercado, com uma participação recorde de 40%, Scania trouxe da Europa a cabina Topline, 22,5 cm
com 12 mil unidades vendidas durante o ano. A Sca- mais alta do que a atual.
nia lança a cabina Topline; a Volvo importa da Sué- A Volvo, após registrar aumento recorde nas ven-
cia o recém-lançado FH 12, com cabina cara-chata; das com o lançamento da linha NL, alega ter ficado
e a Mercedes-Benz prepara o extrapesado 6x4 2635, atrás da Scania apenas por não dispor de cabina avan-
nas versões caminhão e cavalo-mecânico. çada. A partir de novembro, começa a competir em
A Autolatina promete avançar seus modelos Car- condições de igualdade, pois importará da Suécia o
go e Volkswagen caminhão pesado
para o segmento FH12 380 Globe-
de pesados, em- trotter, de tercei-
bora não informe ra geração e cabi-
em que prazo, e na avançada, lan-
a Paccar, dos Esta- çado na Europa
dos Unidos, vem em agosto.
sondando com in- A Mercedes-
sistência o merca- Benz, que vem
do brasileiro na perdendo espaço
busca de parceiros no mercado de
para trazer seu pe- pesados, está in-
sado Kenworth troduzindo uma
com motor N, da nova versão, o
Cummins.
Apesar do cres-
cimento dos pesa-
dos, o mercado
de caminhões,co-
mo um todo, se-
LANCAMENTOS extrapesado 6x4
L 2635, para o
mercado canaviei-
ro e madeireiro,
destinado a ser
utilizado como tre-
gundo as monta- minhão. Seu lan-
doras, ainda não çamento está pre-
recuperou os ní- visto para janeiro.
veis de 1991. As facilidades de financiamento, alia- Para o ano que vem, a Volkswagen prepara a re-
das às necessidades de renovação da frota nacional, modelação da cabina em toda a linha de caminhões.
justificam esse crescimento. Os leves terão o novo motor da série 10, da MWM
A VII Brasil Transpo, que seria pretexto ideal pa- turbinado, e passarão a se chamar 8-120, em substi-
ra as montadoras exibirem as novidades, acabou não tuição ao atual 7-110. Só a Ford não anuncia novida-
se realizando. Fabricantes de veículos comerciais de- des. "Queremos firmar a imagem do Cargo com mo-
sistiram de participar e, em seu lugar, a Guazzelli, pro- tor Cummins primeiro", informou Vicente Goduto,
motora da feira, criou o Brasil Motor Show para reu- gerente de Marketing.
nir os filiados da Abeiva, associação dos importado- A Asia Motors, subsidiária da Kia na Coréia, che-
res, que reuniu, em 23 estandes, as novidades em ga ao mercado brasileiro em novembro. Utilizando
automóveis estrangeiros. tecnologia da Daihatsu (do Japão), traz três picapes
A Anfavea, que tradicionalmente patrocina o even- Towner: o minicaminhão Truck, com capacidade de
to, ficou na condição de apoiadora, com apenas dois 680 kg, o furgão Van, para 580 kg de carga, e outra
associados presentes, a General Motors e a Toyota. van, denominada Coach, para sete passageiros, to-
Além dos veículos comerciais dessas duas, o salão dos eles com motor Otto. Além disso, terá dois microô-
mostrou picapes, caminhões leves e microônibus das nibus a dísel: o Hi-Topic, para quinze pessoas, e o
coreanas Kia e Asia Motors. A Scania, embora ausen- AM-815, para 25 passageiros.
te, conseguiu colocar um exemplar da linha 1994 Na área de implementos, a grande novidade é o
no estande da Hidroplás, fornecedora dos defletores Frigosider, baú lonado especial para cargas resfriadas,
em fibra de vidro, produzido pela Toller (veja matérias na seqüência).
opline, a
cabina que cresceu
Linha 1994 melhora a ergonomia e
facilita o acesso
aos comandos, mas mantém o
trem de força

•"Dá de dez trônica (ver TM 323, de janeiro


a zero no meu." de 1991) não tem prazo definido pa-
Foi esta a res- ra chegar.
posta que a Sca- "A nova cabin a tem alguns com-
nia escolheu co- ponentes do 'conceito' Streamline",
LANCAMENTOS mo a melhor garante Perrone. O tom de azul e
na avaliação as faixas decorativas em rosa, o pá-
da nova cabina, submetida a testes ra-choque envolvente e o defletor
com motoristas de caminhões pesa- (todos opcionais) são alguns deles.
dos em algumas rodovias do país Internamente, as modificações são
entre julho e setembro, embora não as mesmas da linha Topline européia,
tenha revelado a marca nem o ano como, por exemplo, o painel de ins-
de fabricação do caminhão daquele trumentos em formato côncavo e Para aumentar a vida útil das
motorista. O fato é que "agradou envolvente, inspirado em cabina de lonas de freio, a Scania reduziu seu
em cheio", disse Renê Perrone, ge- avião, e os mesmos comandos, que tamanho e o das sapatas, o que
rente de Marketing da Scania, ao facilitam o acesso e o controle vi- permite diminuir a área de conta-
mostrar um vídeo com depoimentos sual pelo operador, além de dispor to com o tambor, uniformizando a
de motoristas que deram uma volta de um novo console. distribuição das pressões. "Além
com o novo Scania com cabina To- Dessa maneira, a nova linha se de ganhar mais segurança, evita-
pune, concorrendo a televisores, pa- iguala às européias 113 e 143, pois se o envidramento das lonas, pro-
ra avaliar o consumo. as mudanças no trem de força já longando a vida útil e alongando
A nova cabina, 22,5 cm mais al- haviam sido mostradas na última os prazos de manutenção", expli-
ta que as atuais, chega ao merca- Brasil Transpo (ver TM 331, de se- ca Perrone.
do nacional em outubro, quase seis tembro/outubro de 1991). Na entrevista coletiva de lança-
anos depois de ter sido lançada na Apesar de manter a mesma no- mento, Perrone descartou a introdu-
Europa (ver TM 289, de feverei- menclatura dos modelos atuais, a ção de itens avançados, tais como
ro de 1988). Até o fechamento des- Scania introduziu nos novos cami- turbocomposto e injeção eletrônica
ta edição, seu preço ainda não es- nhões 113 e 143 H 4x2 e E 6x4, com (EDC), alegando que o mercado na-
tava definido, mas deve ser pelo cabinas R e T, e dos tipos 320, 360 cional ainda compra preço. Por is-
menos 5% maior do que os atuais, e 450, uma ova redução do diferen- so, os freios ABS, retarder (freio
informa Ake Brãnstrom, presiden- cial (R 780), mais robusta que a R Telma)e ar condicionado continuam
te da empresa. 770. A R 780 possibilita reduções sendo oferecidos como componen-
Por sua vez, o Streamline, apre- 3,409:1 e 3,80:1, que se sincronizam tes opcionais. "Não vamos correr
sentado ao mercado europeu em melhor com o regime de rotações, o risco do concorrente, que vendeu
novembro de 1990, com sistema contribuindo para reduzir o consu- seis caminhões com ABS e depois
turbocomposto e com injeção ele- mo de combustível. teve de substituí-los."

20 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Com a nova cabina, os caminhões
Scania ganham maior imponência
na estrada. Com os defletores e o
pára-choque envolvente (só no TI,
a aerodinâmica foi melhorada.
Internamente, o espaço foi ampliado
para oferecer mais conforto
permitindo ao motorista ficar em pé.

Perrone utiliza o mesmo raciocí-


nio para enfrentar a concorrência
dos novos FH 12, que a Volvo im-
portará da Suécia (ver matéria nes-
ta edição). "Continuamos na fren-
te, pois temos a cabina R (cara-cha-
ta) já consolidada há duas décadas
como um produto nacional, com
serviço de pós-venda e assistência
técnica resolvidos e um valor de re-
venda que estimula a compra."
Segundo Perrone, o Streamline
está sendo vendido em pequena esca-
la na Europa, para determinadas
aplicações em linhas de longa distân-
cia, que exigem alta velocidade.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 21


dupla acima do pára-brisas e mais
dois compartimentos com tampa para
objetos de uso de dois motoristas.
A linha Topline oferece alguns
itens opcionais de conforto, como,
por exemplo, coluna de direção ajus-
tável, que permite ajustamento do
volante em altura e inclinação, aten-
dendo às necessidades de diferen-
tes motoristas. O aparelho de ar con-
dicionado,também opcional,impor-
tado da Suécia, utiliza hidrofluor-
carbono, gás inofensivo à camada
de ozônio.
A suspensão a ar, que antes era
opcional para as cabinas R, agora
é normal de linha e opcional para
as cabinas T. Sustentada por molas
pneumáticas e ajustada por válvulas
niveladoras, a suspensão conta ain-

A cabina, que era a mais larga entre


os pesados, ficou agora mais alta,
aumentando e melhorando o ambiente
de trabalho dos motoristas. O painel
de instrumentos, em formato
cóncavo, inspirado na construção de
avião, facilita a visualização
e o acesso aos comandos.

Motorista em pé —A Scania garante


que a cabina Topline é a que oferece
maior espaço interno entre os mode-
los de caminhões pesados produzidos
no país. a aumento da altura em
22,5 cm, que criou um cocuruto aci-
ma do pára-sol, permite que um mo-
torista com até 1,74 m de altura fique
de pé no seu interior. "Poderíamos isolamento térmico; colocou válvu- da com amortecedores hidráulicos.
ter aumentado ainda mais, mas con- las de drenagem em todos os furos Visualmente, os caminhões Sca-
sideramos importante que o motoris- para facilitar o escoamento da água nia, que já ostentavam a imponên-
ta ao volante não perca a referência e para reduzir o barulho interno; cia como marca registrada, ficaram
de altura do teto", explica Alessan- substituiu as maçanetas internas pa- ainda mais altos e, segundo a fábri-
dro Pace, chefe de Planejamento ra abertura das portas e acionamen- ca, 'mais bonitos': a grade diantei-
de Vendas e Produto e especialista to dos vidros e revestiu de tecido a ra tem agora quatro travessas largas
em cabinas. O teto mais alto é com- face interna das portas. A ventila- (65 mm), e pára-choque envolvente
ponente opcional da nova cabina. ção dos vidros das portas para evi- (opcional), com função de spoiler,
O aumento da altura do teto, se- tar embaçamento é obtida por meio dotado de quatro faróis retangula-
gundo Perrone, não diminuiu o Cx de dutos nos painéis de revestimen- res auxiliares (dois de neblina e dois
(coeficiente de penetração aerodinâ- to, e o apóia-braços foi redesenha- de longo alcance), combinados com
mica), que, segundo ele, é de 0,6. do de maneira a oferecer maior con- os faróis principais instalados na ca-
Do piso ao teto, a cabina passou a forto. O ,yidro da janela à direita bina. Esse pára-choque só é ofereci-
ter 2,85 m, com espaço interno de do motorista pode ser acionado ele- do para o modelo T.
1,74 m, sendo a largura a mesma, tricamente por meio de um interrup- Além do 'azul-Streamline', com
continuando a maior entre os pesados. tor instalado no painel e de outro, faixas laterais em diferentes tons
A Scania introduziu fibras natu- no painel da própria porta. de rosa ou de azul em degradé, a
rais prensadas a quente e revestidas A maior altura da cabina possibili- Scania oferece a cabina nas cores
em tecido no teto para melhorar o tou à Scania instalar uma prateleira branca e vermelha.

22 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Não havia mais cidade onde antes era cidade.

Apenas um grande e tenebroso lago, cercando algumas

ilhotas de telha. A antiga escola pública, o único

prédio não encoberto pelas

águas, após a inundação foi


"Todas as linhas transformado em hospital e
cortadas. As casas
estavam sob a abrigo. Isolado do mundo
água. A escola e repleto de gente precisando
virou hospital e
abrigo. Mesmo de ajuda. Foi este o cenário
assim, foi possível que o helicóptero de resgate
se comunicar com
as autoridades. encontrou. Ao pousar, um

membro da equipe de

salvamento salta imediatamente, levando em

suas mãos um terminal portátil Movsat C. Em

questão de segundos, foi possível enviar e receber

mensagens das autoridades, via satélite, dando

conhecimento daquela situação. Pedindo os medica-

mentos necessários, alimentos e coordenação de

uma campanha de ajuda. Em pouco tempo, novos

terminais Movsat C chegaram, junto com os socorros

mais imediatos e na bagagem dos

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m cara-chata
que veio do frio
Volvo traz lançamento da
Europa para o
Brasil e promete preços
competitivos

•No momento montagem das partes(CKD)e subs-


em que o mer- tituir alguns componentes por simila-
cado de cami- res nacionais. "Precisamos, antes,
nhões no Brasil sentir o mercado", afirma Schmitt,
cóm.eça a dar acrescentando ter confiança em que
LANCAMENTOS sinais de recu- o novo veículo ganhará participação
peração — en- crescente logo nos primeiros meses.
tre janeiro e agosto deste ano, as "Temos um produto de primeiríssi-
vendas dos pesados cresceram em ma linha, o mais moderno cami-
59,4% em relação ao mesmo período nhão do mundo", afirma.
do ano passado —, a Volvo ousa
uma cartada para acentuar a linha Tendência atual — Os primeiros ca-
ascendente do gráfico da comerciali- valos a chegar no Brasil fazem par-
zação de seus produtos. Com 44,5% te da versão Globetrotter, introduzi-
de crescimento na linha de cargas, da no mercado em 1979, como pre-
contra 32,96% negativos em ônibus cursores em características de ergo-
no primeiro semestre deste ano, a nomia e em segurança, hoje estendi-
montadora aposta alto com jogo fei- das a todos os cara-chatas.
to, prometendo esquentar uma dispu- A linha lançada agora na Euro-
ta na qual o usuário só tem a ganhar. pa é a terceira geração de caminhões
Com muito charme, e com ares e pesados Volvo de cabina avançada,
tecnologia do tão cobiçado Primeiro criada em 1964. O primeiro mode-
Mundo, o coringa de reforço é o fi- lo, batizado de L4951 Titan TipTop,
lho mais novo da família Volvo mun- seria substituído, no ano seguinte,
dial, o cara-chata FH12 380, lançado pelo F88. A partir daí, foram suces-
há menos de dois meses na Europa sivas as versões de cabina avança-
com todos os recursos disponíveis da da fabricadas pela Volvo. A monta-
vanguarda tecnológica. Esse veículo dora já comercializou mais de 260
chega ao mercado brasileiro importa- mil unidades de cara-chata, atenden-
do completo e montado na Suécia, do principalmente o mercado euro- da Volvo, a tendência no Brasil é
sem um item sequer nacionalizado. peu, cuja èomposição atual é de 90% também no sentido de ingressar nu-
Oswaldo Schmitt, diretor de Mar- de cabinas avançadas e de 10% de ma fase de ampliação do uso dos
keting, afirma que, gradualmente, convencionais, enquanto que nos cara-chatas. Ele acredita que, com
de acordo com a aceitação do produ- EUA o cara-chata participa com a industrialização cada vez mais avan-
to, a Volvo poderá substituir a im- 40% do total de unidades vendidas. çada, as cargas ganharão volume e
portação do veículo pronto pela Segundo o diretor de Marketing perderão peso. O espaço maior da

24 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Considerado o caminhão mais moderno
disponível no mercado mundial, o
Volvo FH 12 380 estará à
venda no Brasil em novembro. Sua
cabina tem espaço interno de 1,95 m
de altura e painel envolvente
que reúne todos os comandos,
com fácil acesso pelo motorista.

A linha de produção também con-


ta com robôs e com sistemas de su-
pervisão informatizados.

Trem de força — Além da novida-


de da cabina avançada na linha bra-
sileira, composta pelos modelos
NL 10 310, NL10 340, NL12 360 e
NL12 410 (todos com intercooler),
o FH 12 380 inaugura, no Brasil, a
comercialização de um caminhão
equipado com injeção eletrônica.
Sem temer os argumentos segun-
do os quais os profissionais da mecâ-
nica não saberão como lidar com
essa tecnologia, Schmitt enumera
as vantagens do motor D12A 380,
que equipa o FH12 380. "A unida-
de eletrônica permite um aútocontro-
plataforma com cabina avançada gundo a Volvo. O projeto levou no- le do motor para trabalho em condi-
adapta-se perfeitamente a esse per- ve anos para ficar pronto, e consu- ções ideais, sem forçar rotações",
fil de transporte, acredita Schmitt. miu recursos da ordem de US$ 1 diz ele. Além disso, segundo a Vol-
Embora a linha F seja quase bal- bilhão. O desenvolvimento do proje- vo, há um aumento automático do
zaquiana no mercado exterior, o no- to e a passagem para a fabricação regime de rotações para se obter a
vo veículo recém-lançado traz uma foram auxiliados por alta tecnologia temperatura correta; uma limitação
concepção totalmente inovadora, se- computadorizada, afirma a Volvo. do número de rpm no arranque a

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 25


frio, até ser obtida a completa lubri- xas rotações. Um regulador de pres-
ficação do motor; uma redução da são de escape, trabalhando junto
tomada de potência quando a tempe- com um freio de compressão inédi-
ratura do motor é excessivamente to, eleva a compressão dos cilindros
elevada; e, ainda, uma regulagem e aumenta o efeito de frenagem.
das rpm durante o funcionamento O motorista dispõe de um inter-
de equipamentos suplementares. ruptor no painel de instrumentos
Com 380 cv a 1 700/1 800 rpm, que possibilita a seleção de três fa-
turbinado e intercoolado, o D12A ses de potência do freio motor: má-
tem 12 litros de cilindrada, com seis xima potência, 60% da frenagem e
cilindros em linha, e bicos injetores desligado. É automaticamente ativa-
individuais posicionados verticalmen- do quando o motorista levanta o
te no centro dos cabeçotes. O dispo- pé do acelerador.
sitivo eletrônico comanda a quantida- Tanto a suspensão traseira como
de de combustível que deve ser inje- a dianteira são compostas de molas
tada nos pistões e o momento certo parabólicas. Na dianteira, duas mo-
para isso, graças à ajuda de senso- las são fixadas com parafuso na par-
res que registram constantemente o te anterior e com jumelo na poste-
regime das rotações, a mudança de rior. O amortecedor tem dupla ação
velocidades, a temperatura do líquido e vem com a barra estabilizadora.
de refrigeração, a temperatura do ar A suspensão traseira utiliza mo-
de admissão e a pressão de carga do las do tipo S, em três folhas, exclu-
turbo. O D12A alcança um torque sivas da Volvo, fixadas em apoios
máximo de 1 700 Nm a 1 100/1 300 deslizantes e montadas em mancais
rpm,com a rotação máxima chegan- de borracha. A barra estabilizado-
do a 1 900. As emissões de gases ra, nesse caso, é opcional. A direção
de escape obedecem às normas em hidráulica tem relação progressiva,
vigor na Europa e, com ligeiras alte- e o volante de direção é ajustável,
rações, o motor estará apto para o com trava de segurança.
teste de emissões parametrizado por
normas previstas para o final deste Espaço e conforto — A outra gran-
século. Tudo isso permite ao motor de vedete do novo lançamento da
do FH12 380 atingir o rendimento Volvo no mercado nacional, além
térmico máximo de 45%. Na faixa da injeção eletrônica, é a cabina
econômica, o rendimento médio ul- Globetrotter. As características de
trapassa 42%, afirma Schmitt. ergonomia e de segurança seguem
A caixa de mudanças é Volvo, as já utilizadas em outros modelos
modelo SR1100, sincronizada com cara-chata, diz Schmitt. Porém, a
quatorze velocidades, incluindo cabina FH traz aperfeiçoamentos
duas relações reduzidas. O eixo tra- mais avançados.
seiro é o que equipa outros modelos A matéria-prima na qual foi mol- altura de 1,95 m, comprimento de
da marca, o EV 90, com bloqueio dada a cabina FH Globetrotter é a 2,23 m e largura de 2,43 m, a cabi-
do diferencial, e capacidade máxi- mesma utilizada em aeronaves no na acomoda duas camas, no estilo
ma de tração de 55 t. A embreagem, mundo todo, inclusive no Brasil. 'beliche'. A parte inferior tem 2 000
CL43S-0, é composta de disco sim- Trata-se do aço HSS — High Strength mm x 700 mm x 125 mm, a superior
ples de fricção a seco. Steel, que conseguiu livrar 30% do tem 1 900 mm x 650 mm x 80 mm,
O sistema de freios não inclui o peso do componente, em compara- e o conjunto, além disso, é acompa-
ABS nem o retarder no modelo stan- ção com as cabinas de linha cara- nhado por uma rede de proteção.
dard. Com circuito duplo de freio chata anteriores a essa. O formato Os estofamentos são feitos em teci-
a ar comprimido com cilindros do cônico e de ângulos suaves também do. Há um painel de controle no
tipo mola, o sistema de frenagem é resultado de aperfeiçoamento aero- compartimento da cama para luz in-
do FH12 pode ter um efeito idênti- dinâmico. Segundo a Volvo, as pes- terna, rádio e ar condicionado, e ou-
co ao de um motor de 16 litros, des- quisas realizadas com esse modelo, tros comutadores na parede traseira.
de que utilize o opcional freio mo- com parâmetros da própria monta- A suspensão da cabina é a ar,
tor VEB — Volvo Engine Brake, dora sueci;- registraram um índice com alternativa de controle de altu-
de potência máxima 240 kW/326 de arrasto de 0,55, "um dos mais ra. A versão standard vem acompa-
cv. Segundo a montadora, o siste- baixos do mundo", afirma Schmitt. nhada com ar condicionado, e os
ma faz, às vezes, o papel de um re- As dimensões internas garantem vidros do motorista e do passagei-
tardador elétrico ou hidráulico, oti- muito espaço tanto para o motoris- ro têm controle elétrico. As travas
mizando a frenagem mesmo em bai- ta como para o acompanhante. Com das portas também são comandadas

26 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


-----

Internamente, a cabina oferece duas /


camas com comutadores para luz
e para ar condicionado e o volante á
/".
regulável. O motor de 12,1!e seis
cilindros em linha, tem injeção
eletrônica e atende às exigências
do Euro 1, para controle ambiental.


O nível de ruído externo do ,
0"
--4-
FH12 380 ficou em 84 dB, e o de
ruído interno diminuiu ainda mais,
/•^-"•■
em relação aos 77 dB da linha NL, \
I I
lançada no início do ano, situando- ■ /

se entre 67 dB e 70 dB. O ângulo


de abertura da cabina, quando incli-
nada, é de 70 graus.

Preço bom — Apesar dos itens de


sofisticação, da tecnologia eletrôni-
ca e dos avanços em termos de maté-
ria-prima, o FH12 380 será "perfei-
tamente acessível ao usuário brasilei- A INFORMAÇÃO
ro". Oswaldo Schmitt garante isso.
"Trouxemos produto e preço para ÉO MELHOR
o Brasil", sintetiza.
Com relação ao NL 410, o mais
CAMINHO
caro da linha brasileira Volvo, de
cabina semi-avançada, o preço do
FH12 380 será, "no máximo", de
1507o a 20% maior. Os impostos de

TM. HÁ MANOS
importação não conseguiram invia-
bilizar o preço, conta Schmitt, res-
saltando o fato de que a Volvo bra-
sileira aceitou margens bem reduzi-
das para poder oferecer ao merca-
PONDO A INFORMAÇÃO
do a última palavra em tecnologia NO SEU CAMINHO
no transporte rodoviário de cargas.
"O mercado estava exigindo di-
versificação de pesados de cabina Desejo assinar a revista TRANSPORTE
avançada", afirma Schmitt, referin- MODERNO por um ano Sei que receberei
12 exemplares por apenas CR$ 7.200,00.
por uma central elétrica. A entrada do-se à concorrência direta da Sca-
de ar está localizada no teto da cabi- nia, que acaba de lançar a cabina NOME
na,do lado esquerdo da parte traseira. Topline (ver matéria nesta edição).
O painel da cabina FH Globetrot- Com relação à assistência técni- ENDEREÇO
ter é de formato côncavo, e contém ca e à obtenção de peças de reposi- CIDADE
instrumentos como, por exemplo, ção, Oswaldo Schmitt também se
manômetro da pressão do óleo, ter- mostra confiante na eficiência da CEP ESTADO FONE
mômetro para medir a temperatura rede atual de 54 revendas. A monta-
EMPRESA
do líquido de arrefecimento, medi- dora estimou ter em estoque um nú-
dor de volume do combustível, vol- mero suficiente dos principais com- RAMO DE ATIVIDADE
tímetro, velocímetro com tacógrafo ponentes, para que o usuário não
CGC INSC EST
e tacômetro e, ainda, lugar para ins- fique na mão. "Vamos nos cercar
talação de instrumento de pressão de todas as precauções para um per- DATA ASSINATURA
do turbo, como opcional. feito atendimento", afirma. Por is-
O vidro do pára-brisas é degra- so, 40010 do estoque que a Volvo NÃO MANDE DINHEIRO AGORA
dé, equipado com um pára-sol com do Brasil oferece estão voltados pa-
perfil aerodinâmico. Os espelhos re-
trovisores são de lentes de larga am-
ra as peças do novo lançamento.
"Não vamos nos descuidar desse traff.W0/7"Z'
plitude, podendo ter sistema de aque- item essencial da assistência técnica
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TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Ouhibro, 1993 27
s novos
extrapesados 6x4
Produzida inicialmente para
exportação, a
nova família busca mercado de
treminhão e de rodotrem

•Antes que a do VII Simea, Simpósio de Enge-


concorrência nharia Automotiva, em São Paulo,
conquiste mais em setembro, com cabina simples.
espaço no mer- "É um veículo que nada fica a de-
LANCAMENTOS cado de pesa- ver aos produzidos na Europa, e
dos, a Merce- que tem condições de ser exporta-
4 des-Benz deci- do para os mercados mais exigen-
diu reformular sua estrutura de ven- tes", destacou Luso Ventura, dire-
das, criando uma gerência especial tor de Desenvolvimento da Merce-
para o produto, e reforçar a gama des e presidente da AEA — Associa-
de ofertas. O primeiro resultado da ção Brasileira de Engenharia Au-
nova estratégia é uma família intei- tomotiva, promotora da feira ane-
ra de superpesados com tração 6x4, xa ao simpósio.
constituída pelo caminhão L-2635 Sérgio Simões, o novo gerente diu não mais produzir os veículos
e pelo cavalo-mecânico LS-2635, ca- de Caminhões Pesados e Semipesa- com cabina AGL (semi-avançada),
pazes de tracionar até 123 t nas con- dos da Mercedes, conta que, mes- transferindo para o Brasil todo o
figurações treminhão (uma carroça- mo antes do lançamento, dezesseis seu mercado externo", diz Simões.
ria mais dois reboques) ou rodotrem unidades já estavam em operação, "Agora, ampliamos nossa gama de
(com dois semi-reboques) em opera- desde junho, em usinas de açúcar e pesados, oferecendo, pela primeira
ções fora-de-estrada. de álcool em Jaú (SP). Outros 36 vez no mercado brasileiro, o Merce-
Com a nova família, a Mercedes, serão entregues até o final do ano, des 6x4, com componentes de tração
que já oferece quatro modelos de e um exemplar(L 2641)já foi vendi- importados", completa Simões.
pesados (1625, 1630, 1935 e 1941, do à Shell, que o colocou para trans- A Feltre Empreendimentos Agrí-
com potências que variam de 252 portar combustíveis, na configura- colas, de Mineiros do Tietê (SP),
cv a 408 cv), amplia ainda mais es- ção de treminhão, na Colesul, no que fornece cana para a Usina da
sa gama, para atender às operações Rio Grande do Sul. Além disso, 253 Barra, em Jaú (SP), e que começou
mais rudes e mais pesadas. Os 2635, exemplares foram exportados des- a testar os dois primeiros exempla-
que serão lançados em janeiro de montados(CKD),desde o ano passa- res no dia 23 de junho, recebeu o
1994, terão versões 6x2, para utiliza- do, para a Arábia Saudita e para a terceiro em julho e o quarto em agos-
ção em serviços menos pesados,e 4x2. Argentina, onde a Mercedes-Benz to. "Até agora, os resultados foram
Mostrado pela primeira vez em mantém filiais. Na Argentina, on- muito bons", diz Luiz Feltre, dire-
agosto, na Tecnocana, feira de ca- de tracionam dois reboques, os veí- tor da empresa, para quem o me-
na-de-açúcar, realizada em Araras culos receberam a nomenclatura 1938. lhor veículo é o novo. Consideran-
(SP), na versão cabina dupla, o "O mercado externo era o princi- do que ainda muito cedo para uma
L-2635, ainda com placa de protó- pal objetivo dessa nova família, de- avaliação de desempenho,Feltre afir-
tipo, foi exibido aos participantes pois que a matriz da Alemanha deci- mou que "esse caminhão promete

28 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


O primeiro
treminhão com
moderno sistema
de tração 6x4 da
Mercedes-Benz
está obtendo boas
notas na avaliação
de usinas do
interior paulista

A versão
cavalo-mecânico
fui do extra-pesado
411(11Ir LS 2635 6x4, com
dois semi-reboques
de dois e três eixos
está sendo testada
no transporte de
madeira

bastante para o serviço a que se pro- DADOS TÉCNICOS COMPARATIVOS


põe". Segundo ele, a Mercedes vi-
nha testando os treminhões desde Características L-2635 LS-2635
há dois anos. Por isso, depois que Motor Diesel MB OM-447 LA idem
chegou à sua empresa, as alterações Cilindros em linha 6 idem
Potência (cv/rpm) 354/2100 idem
sugeridas foram irrelevantes. Embo- Torque (mkgf/rpm) 158/1600 idem
ra possa tracionar até 123 t, com re- Caixa de mudanças ZF 16S 160 idem
dução opcional, os treminhões da Redução 5,933 5,217
Feltre têm puxado 50 t líquidas, o Redução opcional 5,217 5,933
Velocidade máxima (km/h) 73' 83*
que dá um PBTC máximo de 90/95 Velocidade máxima (km/h) 83" 73".
t. "Além de superar os limites da Direção hidráulica idem
lei da balança, pois exige três julie- Eixo dianteiro de 6 t VL-411013-7 idem
Eixos traseiros HD-7/0l6DG(S)-13 idem
tas, essa capacidade máxima só po- Distância entreeixos(mm) 5 350 + 1 450 3 950 + 1 450
de ser utilizada em rodovias onde Comprimento total (mm) 10 577 7 435
não haja fiscalização, o que não é Largura (mm) 2 439 idem
o nosso caso." Altura 2 955 idem
Balanço dianteiro (mm) 1 375 idem
A frota de trinta treminhões (24 Balanço traseiro(mm) 2 402 660
Scania), incluindo os da Lista, outra Círculo de viragem (m0) s2" 24,0 19,3
empresa do grupo, faz rotas médias PBT (autorizado/indicado)(kg) 23 000/32 000 idem
PBTC (autorizado) 45 000 idem
de 30 km, e oito viagens diárias, PBTC com redução 5,217 95 000 idem
no regime de 24 horas. A empresa CMT autorizada 73 000 idem
já encomendou mais três da Merce- CMT com redução 5,933 123 000 idem
des para janeiro de 1994. 'Com redução normal. '
• Com redução opcional.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 29


Os dois eixos traseiros de tração
têm suspensão com feixes de
molas em tandem e as longarinas
em 'U'são de dupla face

gate dos reboques, com 9,5 mm de


espessura, contra 7 mm dos demais
modelos pesados.
A suspensão dianteira é a mes-
ma dos demais modelos, com feixes
de molas e amortecedores telescópi-
cos, e a traseira, em tandem, tam-
bém é dotada de feixes de molas.
O cardã e os dois diferenciais de tra-
Reforços no chassi — Dotado de Para proteger os componentes ção nos eixos traseiros são importa-
motor 447 LA (turbocooler) com354 mais expostos à ação da poeira, de dos da Alemanha.
cv de potência máxima alcançada folhas e de galhos, e para evitar a A cabina simples é revestida inter-
em 2 100 giros, e torque de 158 entrada de insetos nas aletas do in- namente com material lavável, em
mkgf a 1 600 rpm, os novos pesa- tercooler, a Mercedes instalou uma substituição aos revestimentos em
dos incorporaram uma série de ino- grade protetora nos faróis, uma te- tecido dos modelos estradeiros.
vações destinadas a responder satisfa- la na frente do radiador e uma pro- Dotado de dois tanques de com-
toriamente à severidade do serviço teção em chapa do motor, coloca- bustível para trezentos litros cada
de transporte fora-de-estrada. Com da sob o radiador. um, o extrapesado oferece autono-
cabina simples — eventualmente po- As longarinas em U têm duplo mia para o trabalho durante um
derá ser dupla —, oferece quatro perfil com travessas reforçadas, em dia inteiro sem necessidade de no-
versões de entreeixos (ver Quadro). especial a última, que sustenta o en- vo abastecimento.

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Tran
.Suo Rf9.cle Nercional de Pneus
1014 leve
quase médio ou
médio leve

Antes do lançamento, o novo


trucado já
entusiasma frotistas de entrega
urbana de bebidas

Quando a Mercedes-Benz lançou


o caminhão leve 912, em 1989, para
uso em áreas urbanas e interurbanas
de pequena distância, houve quem
dissesse que o mercado dificilmente
o absorveria, pois, com um pouco
mais de recursos, o frotista adquiri-
ria o caminhão médio, que oferece Com cabina do médio e trem-de-força do leve, o 1014 oferece maior capacidade de carga
mais espaço para carga. Contrarian-
do essa tese, a fábrica avança mais ículo, que reduzem o raio de giro, passado, não quis fornecer informa-
e faz um leve ainda mais próximo e também pela facilidade de vencer ções, alegando ser política interna
do médio L 1214. Trata-se de um rampas na montanhosa Belo Hori- da empresa não dar entrevistas. De
912 com terceiro eixo de rodado sim- zonte, devido ao turbo no motor, qualquer forma,esse modelo,segun-
ples, capaz de transportar quase 7 t, que aumenta o torque e a potência. do o gerente de frota, que pediu pa-
com o mesmo motor de quatro cilin- O novo Mercedinho teve uma ra não ser identificado, "não serve
dros (OM 364) turbinado, com a boa receptividade entre os frotistas para a empresa, que só trabalha com
mesma potência de 140 cv do Merce- que o testam desde o ano passado: caminhões médios e semipesados,
dinho, e que recebeu a denominação a Coca-Cola de Santos, de Belo Ho- distribuindo bebidas por todo o lito-
1014. A cabina é a mesma dos mé- rizonte e de Uberlândia. A fábrica ral paulista, a maioria deles com
dios cara-chata (FPN), mas o trem evita fazer comentários sobre o no- dez paletes quadrados". "Não te-
de força é o do leve. A carroçaria é vo produto devido ao fato de ele mos caminhões leves na nossa fro-
em alumínio com laterais elevadiças, ainda estar em fase de testes, embo- ta", encerrou.
que, quando fechadas, protegem a ra não descarte o seu lançamento Quanto a Cleyton Augusto da
carga do sol e servem de espaço pu- para breve, em duas versões, uma Silva, chefe de oficina da Uberlân-
blicitário para o frotista. delas mais 'pesada', o trucado com dia Refrescos, de Uberlândia (MG),
O chassi e a suspensão foram re- rodado duplo, com capacidade pa- diz ele que ainda é cedo para uma
baixados e os pneus são menores, ra transportar oito paletes, contra avaliação desse veículo, que havia
para permitir a instalação da nova seis do 1014. entrado na frota três semanas antes.
carroçaria Raridon-Hesse de alumí- "Esse veículo responde às nossas "O truque foi colocado para permi-
nio, especial para transporte de pale- necessidades de distribuição urbana tir o transporte de seis paletes sem
tes de bebida engarrafada. Esse re- de bebida engarrafada e, com tercei- ultrapassar o limite da lei da balan-
baixamento, que reduz para 50 cm ro-eixo de rodado duplo,seria o subs- ça", esclareceu. Ao contrário de
a distância do solo, facilita e acele- tituto ideal para os médios Chevro- Ângela Ferreira, que testou o veícu-
ra as operações de carga e de descar- let 12000 e 14000, e para os Volkswa- lo nas rotas urbanas, Cleyton Silva
ga. Apelidado de baby pelos frotis- gen 13-130 e 14-130, qug.,utilizamos está colocando o 1014 em todas as
tas da Coca-cola, segundo a revista na distribuição urbana em Belo Ho- rotas, inclusive em trechos rodoviá-
Nossa Marca, da Mercedes-Benz, rizonte", afirma Ângela Martino rios, pelo triângulo mineiro. "Va-
esse veículo também recebeu elogios Ferreira, gerente de Transportes da mos avaliar seu desempenho não
dos motoristas, pela manobrabilida- Refrigerantes Minas Gerais. apenas no tráfego urbano mas tam-
de no trânsito urbano, graças à dire- Por sua vez, a Coca-Cola de San- bém nas estradas, a pedido da fábri-
ção hidráulica e às dimensões do ve- tos, a primeira a testá-lo no verão ca", acrescentou.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 31


aú lonado
para refrigerados
Quatro toneladas mais leve
que o convencional,
o baú Frigosider transporta
dois paletes a mais

Ni A Toller não ta esse otimismo na boa aceitação


está desperdi- da linha Sider no mercado brasilei-
çando as opor- ro. Desde seu lançamento, em 1990,
tunidades para os baús lonados para carga seca e
LANCAMENTOS exibir o Frigosi--
der, nome c com
paletizada vêm agradando aos fro-
tistas em razão do fato de completa-
o qual batizou rem uma carga em apenas vinte mi-
sua nova carreta-baú frigorificada. nutos, em média, contra as duas ho-
O produto foi lançado no dia 19 ras exigidas por carretas convencio- quando se troca um caminhão euro-
de setembro, durante a Feira e Con- nais. "Por exemplo, numa rota de peu tradicional por um Sider, o di-
venção Nacional dos Supermerca- 100 km, enquanto o convencional nheiro investido só retorna depois
dos (ABRAS'93), no Rio de Janei- só faz duas viagens por dia, o baú de passado um ano. Porém, no ca-
ro. Em seguida, a empresa promo- Sider realiza quatro viagens", van- so da Frigosider, a previsão de retor-
veu um evento em Atibaia (veja Bo- gloria-se Toueg. no do investimento é de quatro meses.
xe) antes de exibi-Ia na Feira Moto Sucessora do Sider, a nova carre- O novo modelo dispensa paredes
Show, no Anhembi. ta-baú Frigosider terá custo 20% rígidas nas laterais da carroçaria, o
Com tecnologia e com insumos menor que o da convencional, de que o torna 4 t mais leve que a car-
para a produção de cortinas termoi- alumínio. "Além da maior velocida- reta-baú convencional. Sua largura
solantes, importadas da Itália e do de operacional, do menor peso e útil oferece 20 cm a mais, em com-
Canadá, essa carreta-baú lonada po- de uma melhor distribuição física paração com a de outros baús.
de movimentar produtos resfriados da carga, o equipamento terá um
até temperaturas baixas, mas positi- preço muito competitivo", insiste Sanduíche duplo — A nova carreta
vas, no mínimo iguais a zero grau Toueg. No preço final (US$ 70 mil) diferencia-se de outras versões por-
centígrado. Frutas, sucos, legumes, estão embutidos US$ 25 mil da má- que permite o transporte de carga
laticínios, gorduras, fermentos e flo- quina refrigeradora Thermo King, resfriada num sentido e de carga ge-
res, que correspondem a 60% do to- US$ 15 mil da base rodante e US$ ral no outro. "Isto é impensável num
tal de cargas refrigeradas, adaptam- 30 mil das cortinas termoisolantes equipamento convencional, sob pe-
se com absoluta segurança a essa e das estruturas metálicas (carroça- na de grandes danos",observa Toueg.
faixa de temperatura. "O produto ria). O preço da convencional osci- A idéia de projetar uma carreta-
só não serve para o transporte de la entre U.§$ 80 mil e US$ 100 mil. baú desse tipo partiu do empresário
cargas altamente congeladas, como, Embora os baús lonados para re- Ladair Michelon, presidente da Ro-
por exemplo, sorvetes, peixes e car- frigerados, do tipo Sider, responsá- doviário Michelon, que tomou por
nes", adverte André Toueg, sócio- veis pela movimentação de 80% da base um protótipo de alumínio de
gerente da Toller. carga paletizada, tenham deixado sua empresa — uma carreta com vá-
Com a expectativa de vender 120 de ser novidade na Europa desde rias portas laterais e capacidade de
unidades em 1994, Toueg fundamen- há vinte anos, Toueg calcula que, transportar até 28 paletes suge-

32 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


A nova carreta-baú tem um custo
20% mais barato do que a
convencional. Segundo André
Toueg, a previsão de retorno
do investimento (US$ 70 mil)
é de apenas quatro meses.

tida é de 2,60 m. Desse modo, res-


tam internamente 2,46 m,o que pos-
sibilita a redistribuição dos paletes
e a acomodação de mais duas unida-
des, isto é, de trinta no total.
Suas características isotérmicas
estão presentes nas portas, no teto
e na parte frontal (com ou sem má-
quina frigorífica). As cortinas isolan-
tes também permitem o acesso da
carga pelas laterais. "Devido à faci-
lidade de acesso, a velocidade opera-
cional é muito grande", diz Toueg,
observando que, em relação ao baú
frigorífico convencional, a Frigosi-
der reduz o tempo de carga e descar-
ga de uma hora para vinte minutos.
No projeto, foram incorporados
três sistemas de proteção e de blo-
queio de carga. A lona long life, ar-
mada com correias e com fivelas pa-
ra 1 500 kg de tração cada, é do ti-
po load bearing, dimensionada pa-
ra suportar toda a carga transportada.
As correias, em fitas de poliéster,
armam verticalmente a cortina, des-
rindo à Toller o desenvolvimento dispostos com o lado menor no sen- de o piso até o teto, e possibilitam,
de um modelo exclusivo para refrige- tido da largura e com o lado maior por meio de fivelas(em aço inoxidá-
rados que atendesse às necessidades no sentido do comprimento da carre- vel), suportar uma tensão de 1 500
de seus clientes Nestlé e Gessy Lever. ta. Essa disposição foi invertida na kg para o arrimo da carga, tanto
A carreta convencional tem 2,36 carreta da Michelon. Conforme a em condições normais como em si-
m de largura interna. Os paletes são legislação, a largura máxima permi- tuações de emergência, e até mes-
mo de acidentes (como, por exem-
plo, tombamentos). As correias es-
tão afastadas 60 cm umas das ou-
Baú para distribuição urbana tras, em faixas verticais, correndo
dentro de bainhas internas às cortinas.
No evento promocional da linha 94 seca e paletizada, movimentadas por As cortinas formam um 'sanduíche
da Toller, em Atibaia (SP), no dia 17 empilhadeiras. "E o mercado brasileiro
de outubro, será apresentado ao público, se mostrou receptivo", conta Toueg,
duplo', com uma lona externa, um
pela primeira vez, o modelo Localsider, frisando que, em 1991, as vendas subiram isolante interno e, finalmente, uma
um baú lonado para distribuição urbana. para setenta unidades e, no ano passado, lona interna do tipo sanitária, que
Esse lançamento, e também a exibição para 120 baús lonados. Para este ano, permite contato direto com alimen-
de novos materiais, acabamentos e design estima-se a comercialização de trezentas tos. Elas têm 8 mm de espessura e
de produtosfazem parte de uma estratégia unidades e o dobro etn 1994. largura útil de 2,54 m, e são fabrica-
de marketing da empresa, que, assim, Toueg atribui o sucesso de vendas à das com PVC reforçado, dispondo
pretende bloquear o avanço dos grande utilização do produto por diversos ainda de estrutura isolante flexível.
concorrentes, principalmente da Guerra, setores, desde redes de supermercados, Para cargas específicas, é possí-
de Caxias do Sul(RS). e indústrias de autopeças e de vel o emprego de outro sistema, com
No momento, segundo André Toueg, componentes automotivo, até
a Toller detém 95% de participação no transportadoras de bobinas de papel e
travas de contenção, redes de com-
mercado de baús lonados no Brasil. de embalagens em geral. "O produto é partimentação e cintos de amarra-
Em 1990, com a venda de apenas trinta novo, mas responde às necessidades de ção que dispensam modificações re-
unidades Sider, a Toller buscou consolidar embarcadores e de transportadores na alizadas no equipamento-padrão.
seus produtos no transporte de cargas redução de seus custos."
Gilberto Penha

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 33


,

Inha
tem cara nova
Até meados do ano que vem,
a fábrica muda
a frente, o painel e os
nomes dos veículos

•Há doze anos Mas o que vai provocar mais im-


no mercado, a pacto no mercado serão, sem dúvi-
Volkswagen da, as novas cabinas, que ganham
Caminhões es- inclusive um interior mais confortá-
tá se preparan- vel. A nova linha começou a ser pre-
LANÇAMENTOS do para efetuar parada há mais de dois anos, e es-
uma profunda tá em plena fase de desenvolvimen-
transformação visual nos seus produ- to, a qual inclui testes de durabilida-
lhoramento um paralama maior, pa-
tos. O novo design, encomendado de avançada realizados em estradas ra comportar a bitola dianteira, que
à Autolatina, é mais moderno, dan- brasileiras. Os caminhões estão ro- também é mais larga. Outro ponto
do uma nova personalidade aos ca- dando totalmente disfarçados por diferenciador são os faróis, que tam-
minhões da marca. Depois de al- fitas adesivas, que escondem as mo- bém passam a ser quadrados, mas
guns meses de intensas investigações, dificações no desenho. Apesar dos que são instalados no pára-choque,
TM flagrou um comboio dos mode- disfarces, é possivel ver a profundi- como no atual modelo. A caracteri-
los médios durante uma viagem de dade das mudanças no estilo. zação do visual dos pesados se com-
avaliação, e mostra, com absoluta pleta com faixas escuras, que 'alon-
exclusividade, as primeiras fotos Nova frente —A estrutura básica gam' o pára-brisa e o defletor, colo-
dos novos caminhões Volkswagen, permanece a mesma da carroçaria cado sobre o pára-brisa e também
que só serão lançados no mercado atual, ou seja, mantém as mesmas redesenhado.
em meados do próximo ano. dimensões. A reestilização mais pro- Outro detalhe que chama a aten-
A reestilização da cabina vai atin- funda ocorreu na parte frontal, que ção na nova linha da Volkswagen
gir todos os modelos da linha, des- ganhou uma grade bem maior e ale- Caminhões é uma preocupação ex-
de o caminhão leve até o pesado. tas mais largas, compondo um con- plícita com o conforto do motoris-
Além da nova cabina, a Volkswagen junto bem mais imponente. Na par- ta e o do acompanhante. O novo
está desenvolvendo um novo modelo, te dianteira, as cabinas dos cami- desenho dos estribos facilita o aces-
com capacidade para oito toneladas, nhões leves e médios são praticamen- so à cabina, principalmente nos pesa-
que será tracionado pelo novo mo- te iguais. Os faróis, antes redondos, dos, bem mais altos. A Volkswagem
tor MWM Série 10 de quatro cilin- agora têm formato quadrado e con- também instalou novos suportes de
dros. Outra novidade que a VW Ca- tinuam no centro da cabina, como apoio para quem sobe no caminhão.
minhões vem guardando a sete cha- parte inteigante da grade. No entanto, o melhor no item
ves é o desenvolvimento de um mo- Nos caminhões semipesados, que conforto vem dos arranjos que a en-
tor Cummins mais potente para o ainda não foram fotografados, a ca- genharia efetuou no interior da cabi-
cavalo mecânico VW 35 300. Tam- bina é ligeiramente maior, mas man- na. Para substituir o pouco eficiente
bém estaria incluído neste pacote tém o mesmo efeito visual, com des- painel de instrumentos utilizado nos
um eixo traseiro com capacidade taque para a grade dianteira. Nesse modelos atuais, a engenharia da Au-
para tracionar até 40 toneladas. modelo, faz parte do pacote de me- tolatina fez valer suas ligações com a

34 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Mais força e
mais economia para a sua frota.
A estrada leva gente e traz longa ao motor. Tem também agente antiespu-
gente. Leva carga e traz carga. ma, que proporciona um abastecimento mais com-
Traz lucro. Mas também pode pleto e muito mais rápido.
levar. E só quem tem frota sabe o Menos Liberando a mão-de-obra para
espuma no
quanto. abastecimento. outras tarefas.
Caminhão ou ônibus parado é prejuízo certo. Proporciona combustão
E uma simples sujeira ou ferrugem pode compli- mais rápida e mais eficiente, dando mais força e
car todo o funcionamento do motor. A qualquer muito mais desempenho ao motor.
momento. E tem mais: limpo, protegido e com uma com-
Por isso, a Shell foi muito mais longe para bustão eficiente, o motor produz menos fumaça e dá
trazer para você o que existe de melhor em diesel uma economia de combustível de até 5%.
no mundo. A estrada agora tem um novo caminho.
Shell Fórmula Diesel. O caminho dos
Menos
Uma fórmula especial, fumaça. lucros. O caminho
exclusiva, superior. Que já foi da eficiência.
aprovada em mais de 40 milhões O caminho da economia na manutenção, na mão-
de quilômetros em testes de estrada. O que repre- de-obra e no consumo de combustível.
senta mais de 1.000 voltas ao redor do mundo. Shell Fórmula Diesel.
E em mais 2 milhões e 500 mil quilômetros em O caminho certo para a sua frota.
testes no Brasil.
Shell Fórmula Diesel tem detergente e anti- ATENÇÃO: antes de lançar Shell Fórmula Diesel, a
Shell fez uma completa limpeza nos tanques dos seus
corrosivo em sua fórmula, postos, para que nenhuma impureza se misture neste
novo combustível. Mas a ação detergente de Shell
que limpam e protegem as Fórmula Diesel vai limpar o tanque de seus veículos.
retirando as impurezas nele contidas. Estas
peças contra a ferrugem, evi- impurezas serão jogadas para os filtros, que deverão
ser verificados com maior freqüência no início do uso.
tando inúmeros problemas Em pouco tempo. a sua frota estará limpa e protegida.
mecânicos e dando uma vida útil muito mais

El■ 1111111~111.1~111~~
1
I'141
L ■ffill

Só Shell tem a fórmula.


O QUE É SHELL
SFD
POR QUE SHELL
FÓRMULA DIESEL? • FÓRMULA DIESEL
Shell Fórmula Diesel é um novo conceito ECONOMIZA
em combustível. É uma fórmula especial, COMBUSTÍVEL?
exclusiva, superior. E é da Shell. Seus Porque o motor funciona mais limpo e a
componentes garantem melhor fun- combustão é muito mais completa.
cionamento do motor, com melhor. Testes de estrada comprovam uma
desempenho e muito mais economia. Menor consumo de combustível. economia de até 5%.
Você roda mais e gasta menos.

COMO É QUE EU POR QUE O MOTOR,


PERCEBO A DIFERENÇA? TANQUE E BICOS
A primeira coisa que você vai perceber, INJETORES FICAM
já no primeiro abastecimento, é que Shell MAIS LIMPOS E
PROTEGIDOS COM SHELL
Fórmula Diesel quase não faz espuma.
FÓRMULA DIESEL?
Você pode encher mais o tanque.
Em sua fórmula, Shell Fórmula Diesel
A seguir, você vai notar que seus veícu-
Melhor desempenho. Combustão tem componentes detergente e =icor-
los desenvolvem muito mais. Fazem mais rápida e eficiente dentro da câmara. rosivo, que agem em todas as partes por
menos fumaça. Consomem menos. E
onde passa o combustível. O detergente
por fim, que as peças alcançam maior
remove a sujeira acumulada. E o anticor-
durabilidade, com muito mais economia
rosivo inibe a ferrugem.
na manutenção.

POSSO MISTURAR É VERDADE QUE NO


SHELL FÓRMULA INÍCIO DO USO É
DIESEL COM OUTROS PRECISO VERIFICAR OS
TIPOS DE DIESEL? Limpeza e proteção contra a ferrugem.
FILTROS COM MAIOR
Não há problema. Porém, os benefícios FREQÜÊNCIA?
de Shell Fórmula Diesel estarão sendo É aconselhável. Porque no início do uso,
diluídos. Quanto mais você usar Shell Shell Fórmula Diesel estará limpando a
Fórmula Diesel, melhores resultados sujeira acumulada e jogando-a para o -fil-
você vai ter em sua frota. tro. Mas em pouco tempo os seus veícu-
los estarão limpos e protegidos, para
POR QUE ÔNIBUS E você economizar no abastecimento, na
CAMINHÕES Menos fumaça. manutenção, nos bicos injetores e, até
DESENVOLVEM MAIS mesmo, nas trocas dos filtros, que serão
COM SHELL menos freqüentes.
FÓRMULA DIESEL?
Em primeiro lugar, porque Shell Fórmula
Diesel tem componentes que propor-
cionam uma combustão mais rápida e
muito mais eficiente. O que melhora tam-
bém as partidas a frio. Em segundo lugar,
porque o motor trabalha mais limpo e
Menos espuma no abastecimento.
mais protegido.

POR QUE SHELL


FÓRMULA DIESEL
DIMINUI A EMISSÃO DE
FUMAÇA?
Porque o combustível que estaria saindo IM •• ••■i ••• • Iffl
1%■1~J
l■-
pela descarga, sob a forma de fumaça,

Só Shell tem a fórmula.


está sendo aproveitado no motor. Está
sendo transformado em desempenho.
Shell Fórmula Diesel esuira inicialmente disponível em áreas de SP, RJ e MG.
deverá entrar no segmento de cami-
nhões pesados. São dois os motivos
básicos. Primeiro, o caminhão pesa-
do exige uma estrutura operacional
diferenciada das dos outros segmen-
tos, que levaria tempo para ser cria-
da. Segundo, a rede está passando
por um processo de recuperação fi-
nanceira, depois de dois anos de
marés baixas. Iniciar um novo negó-
cio sem que a rede esteja prepara-
da seria um verdadeiro suicídio.
Mas isso não significa que a Volk-
swagen está de braços cruzados.
Mesmo porque o único segmento
em que a empresa não está conse-
guindo aumentar sua participação
no mercado é a faixa de entrada
dos pesados, disputada pelos cami-
A parte frontal foi totalmente linha de produtos. Os modelos leves nhões com capacidade entre 30 t e
modificada: a grade é maior e ganharão o novo motor MWM Série 35 t. E quem vem levando a melhor
mais larga com faróis quadrados
embutidos; a porta teve a parte 10 de quatro cilindros. O modelo nessa disputa é a Mercedes-Benz,
envidraçada aumentada, os estribos equipado com o motor aspirado pas- que possui dois caminhões, o MB
são mais largos para facilitar o sará a denominar-se VW 7 100. Por 16.25 e o MB 16.30, e domina 70%
acesso ã cabina que, internamente sua vez, o leve de oito toneladas, desse sub-segmento.
recebeu melhorias.
que inaugura um novo segmento, O motivo do sucesso das vendas é
sairá de fábrica com o mesmo mo- simples. Apesar de estarem na mes-
tor, mas com o precioso auxílio do ma faixa de potência dos VW 35 300,
turbocompressor, que elevará a po- os Mercedes podem tracionar carre-
tência para 140 cv. Este receberá a tas de três eixos, enquanto que o
denominação de VW 8 140. VW 35 300, e até mesmo o Cargo
matriz da Volkswagen. Desse contato Com essa investida, a Volkswagen 35.30, estão autorizados a puxar, no
ficou acertado que o painel utiliza- Caminhões dá sinais de que preten- máximo, uma carreta de dois eixos.
do nos modelos da linha LT, os co- de expandir sua participação no seg- Para amenizar essa vantagem, a
merciais leves da Volkswagen na Ale- mento dos leves, atualmente na ca- Volkswagen está homologando seu
manha, será importado completo e sa dos 25,7% (janeiro/agosto). Des- caminhão para tracionar carretas
passará a equipar a novalinha Volk- de que lançou no mercado o primei- de três eixos em algumas rotas espe-
swagen no Brasil. A Autolatina Ca- ro leve com motor turbo, o VW cíficas. Depois do conhecimento pré-
minhões já fez um acordo semelhan- 7.110 S, a Volkswagen vem regis- vio da rota, de análise da velocida-
te com a Ford Motor Company ao trando um crescimento na procu- de média e do tipo de topografia,
importar o painel completo da pica- ra por esse tipo de caminhão. Ho- entre outras particularidades,a Volk-
pe F-150 para equipar a F-1000. je, metade das vendas da empresa swagen fornece uma autorização es-
Além do desenho mais moderno, no segmento dos leves é do mode- pecial, classificando seu pesado de
o painel da linha LT oferece amplos lo com motor turbo. VW 35 300 H. A transportadora
recursos e tem, inclusive, melhor er- TVR, que opera na rota do Merco-
gonomia. Outra vantagem está no Pesados — A Volkswagen Cami- sul, foi a primeira empresa a ser be-
fato de que oferece um número bem nhões tem outros projetos em fase neficiada por essa homologação.
maior de informações a quem diri- de definições. Entre eles, está o estu- Mas a direção da empresa sabe
ge, uma falha grave nos caminhões do de lançamento de um caminhão que essa é uma solução paliativa.
Volkswagen de hoje. O acabamen- de seis toneladas (6.90) com roda- Por isso, encomendou à Cummins
to interno também está bem melhor. do simples na traseira, para operar um motor da Série C um pouco
O interior tem mais requinte e uma exclusivamente nos grandes centros mais potente que o atual, que tem
aparência mais luxuosa. A parte in- urbanos. A empresa acredita que 296 cv de potência. là1 motor está
ferior do painel ganhou um revesti- chegará o momento em que os cami- em fase de desenvolvimento. Parale-
mento que cobre toda a fiação, a nhões serão definitivamente proibi- lamente, a Autolatina Caminhões te-
qual fica à vista nos caminhões atuais. dos de trafegarem nos grandes cen- rá de desenvolver eixos traseiros com
tros, restando aos 'pesos-pena' a ta- especificações adequadas para pode-
Mais potentes —Juntamente com a refa de abastecerem essas regiões. rem suportar carretas de três eixos.
nova cabina, a Volkswagen fará um Apesar da grande expectativa, a
reposicionamento na potência da sua VW, pelo menos por enquanto, não André Gomide

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 35


eves coreanos
movimentam cargas
abaixo de I t

A partir de outubro, os modelos


Truck e Van irão
disputar mercado com as picapes
Saveiro e Fiorino

•Por acreditar
no Brasil como
um dos poucos z .=
grandes merca- o
dos disponíveis
LANCAMENTOS no mundo, a o
montadora co-
reana Asia Motors, do grupo Kia O Truck (caminhão leve) e a Van (furgão) fazem 20 km/litro e custam US$ 12 mil cada
Motors, está investindo US$ 12 mi-
lhões para se firmar no segmento No mercado de importados, a li- nologia japonesa nesse setor.
de veículos comerciais leves, de uso nha Towner situa-se num nível abai- Com a implantação de dois cen-
misto (cargas e passageiros), ofere- xo do da capacidade de transporte tros de operação no país, em Vitó-
cendo produtos de última geração das marcas Mazda (B2200, de 1 t), ria (ES), sede da empresa, onde per-
(incorporando tecnologia japonesa Peugeot (picape, de 1,3 t) e Kia (fur- manecem estocados os veículos im-
Daihatsu) a preços competitivos. gão Kia Besta, de 1,2 t, e Kia Ceres, portados, e em Alphaville, Barueri
Para tanto, lançou, em outubro, caminhão leve, de 1,5 t) e deve com- (SP), a diretoria articulou uma estra-
a linha Towner, com três versões dis- petir com picapes pequenas, tipos tégia de vendas junto a uma rede
tintas, para frotistas urbanos. A pri- Fiorino e Saveiro, da Fiat e da Volk- de 21 concessionários já nomeados
meira dessas versões é o modelo swagen, respectivamente. e espalhados por todo o país.
Truck, um 'caminhão leve', com ca- Os veículos Towner são equipa- Em setembro, desembarcou no
bina para duas pessoas, carroçaria dos com motores CD800, de quatro Porto de Vitória um lote de 820 uni-
aberta e capacidade de 680 kg, e cus- tempos, três cilindros e oitocentas dades, constituído por seiscentos ve-
tando US$ 11,5 mil. A segunda é cilindradas. Produzidos na fábrica ículos Towner, duzentos Hi-Topic,
um furgão, batizado de Van, que tem de Hanam, em Seul, esses motores dez AM 815 e dez jipes Rocsta. A
compartimento fechado para carga, apresentam potência de 40 cv a diretoria estima a comercialização,
pode movimentar 580 kg de merca- 5 600 rpm,e seu torque máximo atin- até o fim do ano, de mil veículos
dorias(tem 3 m'de capacidade volu- ge 6,0 mkgf a 3 600 rpm. (valendo-se da expectativa de remes-
métrica) e custa US$ 12,5 mil. A em- sa do segundo lote, com quinhentas
presa também oferece uma van pa- Porto de Vitória — "A vantagem unidades). Para 1994, a Asia Mo-
ra uso misto, denominada Coach, desse tipo de veículo", explica Hud- tors do Brasil pretende comerciali-
para sete passageiros, sem concorren- son Lopes, diretor técnico de Pós- zar 5 mil veículos no país.
te no mercado brasileiro. Dispõe de Venda, "é a de proporcionar um Sem dúvida, não foi por acaso
bancos com encostos reversíveis e transporte de carga com baixo con- que a Asia escolheu o Porto de Vitó-
será vendida por US$ 14,5 mil. sumo de combustível". Em média, ria (ES) para receber seus produtos
Na Feira Moto Show, a Asia tam- o Van e 'o Truck conseguem fazer da Coréia do Sul. É que esse porto
bém exibiu dois novos microônibus, 20 km/litro a uma velocidade cons- oferece facilidade para a importação
ambos movidos a dísel: o Hi-Topic, tante de 60 km/h. "Isto é possível de componentes, e seus custos são,
para quinze pessoas, e o AM-815, porque se trata de um motor de por exemplo, 10% menores, em mé-
para 25 passageiros (veja, nesta edi- última geração", enfatiza Lopes, dia, que os de Santos.
ção, informações sobre eles em admitindo que a Asia absorveu e
TM Passageiros). aprimorou, nos últimos anos, a tec- Gilberto Penha

36 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


transp e debate seus
M ês repleto de eventos téc-
nicos, setembro levou
TM a programar este ca-
derno especial para cobrir os
mais importantes deles. A prolife-
grandes problemas
cutidos dias antes, entre 17 e 19 suas experiências sobre o assunto.
ração de encontros provou que de setembro, no prédio da NTC, Uma vez que a qualidade está inti-
o setor se preocupa, cada vez em São Paulo, enquanto esta co- mamente vinculada com o desen-
mais, em debater seus problemas memorava seus trinta anos de vida. volvimento de recursos humanos,
e em promover soluções racio- Em termos de conteúdo técni- grande parte dos casos apresenta-
nais. Foi isso o que aconteceu co, o exemplo inigualável do VII dos revelou um resultado final em
durante o Entran — Encontro Na- Simea — Simpósio de Engenha- que o nível de satisfação interna da
cional de Transportes, promovi- ria Automotiva, realizado entre empresa refletia-se facilmente na
do pela Comissão de Viação e 1? e 3 de setembro, no Museu satisfação do cliente. Na ocasião,
Transportes da Câmara dos Depu- de Tecnologia da USP, polarizou foi anunciada a intenção da NTC
tados. O encontro demonstrou as discussões na gpmemoração de instituir um Certificado de Quali-
maturidade técnica, prontamen- dos cem anos do motor Diesel. dade do TRC e o conseqüente lan-
te absorvida pelos deputados in- Por fim, o evento "Qualidade e çamento de um Prêmio Nacional
cumbidos de traduzir os anseios Produtividade nos Transportes", de Qualidade, voltado para as em-
do setor na discussão e na refor- promovido pela Editora TM, con- presas do setor. Uma notícia aus-
mulação da Carta Magna. verteu-se numa oportunidade para piciosa, que só faz o setor avan-
Alguns tópicos, aliás,foram dis- transportadores apresentarem çar, rumo a um mercado global.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 37


rato pela preferên-
cliente quer mais
cia." A frase de arma-
zém, que poderia es-
tar igualmente pintada no pára-
choque de um caminhão, não sa-
qualidade nosserviços
tisfaz mais o cliente de transporte,
hoje muito mais exigente. Nem ser-
ve mais para nortear a empresa de
Seminário TM coloca em discussão o padrão
transporte no sentido de prestar necessário para o transporte eficiente
seus serviços. Aliás, de tão preocu-
pada com suas rotinas internas, a
transportadora acabou se esque- portes no país, que, na sua opi- ral em exigir o certificado IS0-9000
cendo do objeto principal de sua nião, vive um período de redefini- das empresas de transporte con-
atividade: o próprio cliente. Novas ção de um novo ciclo produtivo. tratadas para serviços públicos.
técnicas administrativas estão Caberia ao setor a tarefa de se
apontando para a qualidade como preparar para um tríplice desafio:
um conceito irmão siamês do de recuperar o parque instalado — Vestindo qualidade
produtividade, este último sim, bus- que inclui frotas e estrutura viária
cado ansiosamente pelo empresá- redirecionar a atividade de ma-
rio de transporte. A questão tomou neira que os desperdícios sejam Em sua maioria, os palestran-
um tal vulto que a NTC, órgão má- contidos, e preparar o setor para tes que marcaram presença no
ximo do TRC,já dispõe de estudos uma futura e inevitável expansão. seminário "Qualidade e Produtivi-
avançados que servirão de base A contribuição do governo fede- dade nos Transportes" são unâni-
para a criação de um certificado ral nesse sentido consistiu na cria- mes em dirigir o enfoque de qua-
de qualidade, e até mesmo, nu- ção de uma secretaria de OU — lidade para o cliente. As opiniões
ma fase posterior, de um Prêmio Qualidade Total nos Transportes, convergem mais ainda quando o
Nacional de Qualidade(veja Boxe). subordinada ao Departamento conceito é ligado ao aprimora-
Reunindo cerca de 180 pessoas de Desenvolvimento do Ministério mento dos recursos humanos.
em torno desse tema, o departa- dos Transportes. "Estamos orga- "Os efeitos negativos da fal-
mento TM Operacional — Cursos nizando um documento básico ta de qualidade são desastro-
e Seminários, da Editora TM, pôs •de qualidade, que deverá dar o sos", avalia Hugo Yoshizaki, da
o tema em discussão, e deu aos norte à gestão de qualidade to- Fundação Vanzolini, entidade li-
participantes a oportunidade de tal", afirma Wellington de Aqui- gada à Escola Politécnica da USP
conhecerem experiências positi- no Sarmento, responsável pela e com habilitação para avaliar
vas com programas de qualidade. secretaria. Ele garante que o se- empresas e para conceder o cer-
"O maior desafio, neste mo- tor terá a oportunidade de opinar tificado IS0-9000. Uma vez que
mento, está no fato de se perce- sobre o documento antes de ele apenas 5% dos clientes insa-
ber que a busca pela qualidade ser oficializado. A notícia mais tisfeitos reclamam efetivamente
não é uma moda passageira, co- polêmica dada por Sarmento refe- da falha, pode-se chegar a uma
rno o foram cerca de quinze ou- re-se à intenção do governo fede- média de vinte clientes insatis-
tras tendências administrativas",
alerta Frederico Bussinger,secre-
tário executivo do Ministério dos
Transportes. Abrindo o evento, ele O desafio maior
alertou para a necessidade de é perceber que
as empresas não somente adota- a busca pela
rem métodos específicos, mas
também de ponderarem a respei- qualidade não é
to dos fins a que se prestam os mais um modismo
mecanismos utilizados. passageiro. 9
O empenho pela excelência,
segundo Bussinger, converte-se
numa importante tática de redire- Frederico Bussinger, Ministério dos
cionamento do contexto dos trans- Transportes

38 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


feitos/mês no caso de apenas uma Tora Transportes,com uma frota de
reclamação."Levando-se em con-
A falta
447 veículos, além de outros 150
sideração o efeito boca-a-boca, de qualidade agregados. Ao completar vinte
uma reclamação gera um total de pode trazer anos de atividades, a empresa re-
2 400 comentários desfavoráveis efeitos solveu, além disso, criar o seu Uri-
por ano", contabiliza Yoshizaki. desas- como forma de consolidar suas
O transportador Carlos Mira, tro- parcerias com clientes. O progra-
da empresa Expresso Mira, que sos. ma partiu de uma carta de princí-
é também presidente da comis- pios e avançou na forma de semi-
são de jovens empresários da nários e de encontros de emprega-
NTC, advertiu que "não existe dos, que ajudaram na detecção
consultoria em qualidade se o em- Hugo Yoshizaki, Fundação Vanzolini dos principais problemas da em-
presário não 'comprar' o concei- presa. No final dessa fase, foi apli-
to de qualidade". As experiências, de serviços passaram a ser avalia- cado um plano de ação. O resulta-
tanto do lado do embarcador co- das e premiadas pelo bom desem- do mais evidente, segundo o dire-
mo do frotista, comprovam isso. penho, o que inclui um certifica- tor Paulo Sérgio Ribeiro, foi um
Com um elaborado plano de do de qualidade aos três primei- aumento do faturamento. A empre-
qualidade em desenvolvimento ros colocados, divulgação em re- sa havia totalizado, no ano passa-
desde 1988, o conglomerado Bel- vistas especializadas e indicação do, US$ 31,2 milhões, ao passo
go-Mineira, que reúne 36 empre- para transportar novas cargas. que, no presente ano,já conseguiu
sas e tem como base a siderúrgi- Dentre as empresas que pres- alcançar o total de US$ 43 milhões,
ca localizada em Contagem (MG), tam serviço à Belgo-Mineira está a quatro meses antes do término do
conseguiu reduzir expressivamen-
te seus custos e aumentar o pa-
drão de seus serviços, resultado Prêmio de Qualidade será criado em 1995
que contou com a colaboração
de várias empresas de transpor- Duas pesquisas,feitas pela comis- estão no mercado há mais de trinta
te. José Márcio Braga,do departa- são de qualidade da NTC, revelam anos, e 53% têm menos de cinco
mento de Transportes da siderúr- que poucas empresas de transporte anos de atividades. "Entretanto,68%
gica, conta que, graças ao fato levam em consideração a importân- delas se acham ótimas prestadoras
de ter focalizado seu OU no siste- cia da conquista da excelência. Os de serviços, enquanto que 10% reco-
ma de distribuição, conseguiu re- números revelam um panorama ári- nhecem que seu máximo é regular",
duzir o volume de material expe- do nesse assunto: mais de 50% das afirma Parreiras. Mais uma vez, os
dido fora do tempo, de 55%, por- empresas nem sequer treinam seu0 números revelam a falta de iniciati-
pessoal; mais de 70% não avaliam va do setor: dentre os 30% de em-
centagem registrada em 1988, pa- o desempenho de seus funcionários, presas de transporte que garantiram
ra a taxa atual de 2,9%. Da mes- e apenas 30% mantêm conversas administrar programas de qualidade,
ma maneira, o tempo de carrega- com cliente sobre à-qualidade. Entre- somente 11% estão, de acordo com
mento foi reduzido das seis horas tanto, quase a totalidade(90%) não a comissão, levando realmente a sé-
e meia de antigamente para as conta com a participação dos empre- rio esses programas.
atuais duas horas e meia. A pro- gados para a realização de um obje- A comissão da NTC espera que,
gramação de expedição sofreu tivo comum, número que apenas re- até 1994, fique pronto o CQTRC —
um remanejamento, sendo que a flete a falta de padrões estabelecidos Certificado de Qualidade do TRC,que
maior parte das viagens (63%) de qualidade, inexistentes em meta- deverá ser outorgado a empresas
destinava-se a uma só entrega, de das empresas de TRC. "O mais com padrão de qualidade comprova-
incrível de tudo isso é que 87% dos do em auditorias internas. O passo
e que apenas 12% delas tinham embarcadores pretendem, em curto seguinte será a instituição do Prêmio
por objetivo realizar mais de três e em médio prazos, envolver seus Nacional de Qualidade do TRC, em
entregas,o contrário do que acon- transportadores em programas de 1995, destinado a premiar a melhor
tecia antes. O sistema recebeu qualidade", revela Reinaido Parreiras, dentre as deteptoras do CQTRC.
ajuda de um software roteirizador, da Minas Goiás, e também membro "De urna coisa, no entanto, temos
e o embarcador assumiu toda a da comissão de qualidade da NTC. certeza: quem certificará e avaliará
responsabilidade pela expedição, A segunda pesquisa, mais auto- as empresas não será a NTC'", finali-
uma vez que era um item estraté- crítica, compara os conceitos de qua- za Parreiras, que estuda a possibilida-
gico de atendimento ao cliente. lidade desejada e de qualidade pres- de de os órgãos certificadores do
As transportadoras prestadoras tada. Somente 6% das empresas 130-9000 assumirem essa função.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 39


ano. Isso também possibilitou à Aos poucos, a iniciativa conta- como, por exemplo, o just-in-time,
transportadora incluir em seus giou os funcionários que, indepen- que, além de garantir o ritmo pro-
planos a distribuição de 10% de dentemente de programas, passa- dutivó do fabricante, exige uma for-
seus lucros a todos os seus fun- ram a criar e a sugerir novas ges- te parceria com a empresa de
cionários. tões voltadas para a qualidade. transporte. A Pebra, fornecedora
Foram criados o projeto Coesa de peças plásticas da Autolatina,
Verde, para o plantio de árvores mantém o processo de just-in-time
Espírito de equipe e de plantas ornamentais na sede com o auxílio da Transcessi, em-
da empresa,e programas destina- presa vencedora de uma licitação
dos aos funcionários, como, por que lhe outorgava "não só o servi-
Programas semelhantes foram exemplo, criação de um curso na ço, mas também o desafio de en-
igualmente adotados em duas em- escola de formação de motoristas, carar uma iniciativa inédita", como
presas de transporte urbano de destinação de um ônibus para trei- define Wagner Bella, gerente co-
passageiros, na Metrobus, que namento, implantação de coope- mercial da Pebra. Em janeiro de
opera trolebus no corredor de rativa de crédito mútuo, curso bá- 1992, o fornecedor foi convida-
ônibus entre o terminal Jabaqua- sico de português e de matemáti- do a fazer a experiência pionei-
ra e a região do ABC, em São ca, e treinamento de chefias. ra, que seria implantada dez me-
Paulo, e na Coesa, sediada em Outro programa bem-sucedido ses depois. O sistema, em pleno
São Gonçaló, no Rio de Janeiro. foi o encampado pela Transpains, funcionamento e que já colabo-
Na primeira, maiores exigências transportadora subsidiária da Si- rou na montagem de 606 mil veí-
para a admissão de motoristas derúrgica Pains, de Divinópolis culos desde a sua implantação,
— experiência mínima de cinco (MG), e responsável pela movi- funciona com um computador ins-
anos em transporte pesado — e mentação de 72 mil t/mês(em fro- talado na linha de produção da
o treinamento dos motoristas por ta própria e agregada). A empresa, Autolatina, o qual emite informa-
meio de cursos dirigidos e de pa- que opera 54 veículos, iniciou um ções, diretamente à sede da Pe-
lestras aumentaram a confiabilida- programa de produtividade em bra, sobre a cor e o tipo de pe-
de da empresa em seu quadro 1992, buscando a melhoria de ça a ser entregue em 32 horas.
funcional. Um plano de controle seu desempenho e o aumento da "Estando pronta dentro desse
de manutenção conseguiu redu- tonelagem transportada. Foram prazo, a peça tem vinte minutos
zir a quilometragem perdida de adotados tacógrafos eletrônicos, para chegar à fábrica e dez minu-
10 500 km/mês (em 1991) para e um mapeamento detalhado de tos para ser descarregada", afir-
os atuais 672 km/mês, além de rotas foi efetivado, o que resultou ma Bella. A Transcessi teve de ade-
aumentar o rendimento médio num melhor aproveitamento dos quar sua frota, e adquiriu vários
de combustível por quilômetro, veículos e num aperfeiçoamento furgões lonados, além de abrir uma
passando dos antigos 1,82 km/li- do comportamento das operações. filial em Diadema (SP). Hoje, a
tro para 2,02 km/litro. transportadora mantém sete ca-
A mesma satisfação foi alcan- minhões exclusivos para a opera-
çada pela Coesa, que implantou' Desafio do ineditismo ção do just-in-time Pebra—Autola-
programas de gestão em recur- tina. "Todo o investimento foi ar-
sos humanos, de qualidade, de cado pela Transcessi, que apostou
informática e financeiro. "A idéia O conceito de qualidade reme-
foi criar, entre nossos funcioná- te, inevitavelmente, às técnicas
rios, uma nova maneira de pen- orientais de controle da produção,
sar, que permitisse a formação
de um verdadeiro espírito de equi-
pe", conta José Pereira Campos A melhor
Jr., diretor técnico da empresa.
Foi criado o LOP — Limpeza e
maneira de conseguir
Organização do Trabalho, um prê- um bom serviço de
mio mensal aos setores operacio- transporte é premiar o
nais que melhor primassem pela
limpeza. Numa segunda fase, o
melhor e não castigar
prêmio se voltou para os resulta- o pior. -
dos de produtividade. José Márcio Braga, Belgo-Mineira

40 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


RENJOS
no desafio", conta Roberto Bedo- Novaes, da Universidade Federal
ni, gerente operacional da empre-
Nos-
de Santa Catarina, que defendeu
sa. A experiência possibilitou à os funcio- a necessidade da retomada do
transportadora participar de no- nários sistema de aprendizagem pela
vos empreendimentos, como, por criaram convivência como forma eficien-
exemplo, a operação 'Hora Mar- um per- te de se aprender sobre a qualida-
cada', de transporte de peças feito de; lêda Maria de Oliveira Lima,
em longas distâncias, como tam- espíri- técnica do Instituto de Pesquisa
bém o faz atualmente, para a to de Econômica Aplicada, que salien-
mesma Autolatina, em sua plan- equi- tou a importância de não se ado-
ta de Taubaté. pe. tar pacotes fechados de progra-
O caso da Transcessi endossa mas de qualidade, 'vendidos' por
a afirmação de Bussinger, feita consultores; e o consultor Antônio
na abertura do seminário:"A qua- Carlos Alvarenga, especialista
lidade nos obriga a manter um José Pereira Campos, Coesa em Logística, que falou sobre o
comprometimento com a transfor- avanço interativo dos envolvidos
mação." Da mesma maneira, os engajados no ideal de melhor ser- na contratação de transporte. Tam-
resultados que se espera de um vir ao cliente. Um conceito que bém foram relatadas outras expe-
programa de qualidade, ou seja, vale tanto para o embarcador co- riências, principalmente sobre ter-
seus reflexos na produtividade, mo para o transportador. ceirização, como, por exemplo,
só serão visíveis se todos os par- Participaram ainda do seminá- as que foram feitas pela transpor-
ticipantes do processo estiverem rio TM o professor Antônio Gaivão tadora A&A, que movimenta os
produtos vendidos pela cadeia
McDonald's e pela transportado-
m breve,. ESQ- ra Campos Sales (verTM 350, se-
ção Atualidades). Também marca-
O diretor da Fundação Vanzolini, ro erro, cobiçada por várias indústrias ram presença o professor José
Pedro Luiz da Costa Neto, revelou, nacionais que aguardam na fila das Bernardo Felex, da USP de São
durante o seminário TM, que a en- entidades certificadoras. Carlos, e José Carlos Bruno, da
tidade estaria prestes a certificar Grande parte do dinheiro investi- DDF Assessoria em Distribuição,
uma empresa de transportes com o do está no parque informatizado da como debatedores.
IS0-9000, a primeira no país a rece- empresa, que conta com EDI e com
ber o certificado. Entretanto, não rede de computadores,ficando o res-
Embora técnicas e vantagens
quis revelar o nome da empresa. Esta tante empregado na compra de um de qualquer empenho em excelên-
preferiu sair na frente, mesmo sem prédio de cinco mil metros quadra- cia tivessem ficado evidentes aos
ter ainda o certificado. Trata-se da. dos, onde será instalada a filial de participantes do evento, um outro
transportadora Cometa, empresa do Fortaleza, além da compra de termi- aspecto foi apresentado por
Grupo Cometa, mais conhecida como nais de carga ern- Belém (PA). Ou- Thiers Fattori Costa, ex-presiden-
Rapidão Cometa, que já investiu US$ tros US$ 6 milhões foram gastos te da CNT:"É evidente que o cus-
8 milhões para se tornar uma ECI — na aquisição de 73 novos veículos, to da qualidade terá de constar
Empresa de Classe Internacional, pas- adquiridos no primeiro semestre de do custo do frete." Mas isso é
so decisivo em direção ao IS0-9000. 1993. Até o final do ano, a Rapidão assunto para outra discussão.
Seu programa de Qualidade Total es- Cometa quer estar marcando presen-
tá prestes a alcançar a meta de ze- ça no segmento da carga aérea.
Walter de Sousa

O BANCO DE QUEM TRANSPORTA


V SIMEA mostra

II
ecologia, prioridade núme-
ro um para a sociedade
moderna, nas palavras
de Wolfgang Bandel, coordena-
avanços do motor Diesel
dor do Departamento de Desen-
volvimento de Motores para Veícu-
los Comerciais da Mercedes-
Benz AG, tem exigido dos órgãos
Cem anos depois de patenteado, o motor
de controle ambiental a imposi- ainda pode se aperfeiçoar muito
ção de limites cada vez mais se- 9=0117•81.1.BEUNEiriZein.eiffilCi

veros à indústria automobilística. pela metade, de CO e de hidro- guns anos, busca a diminuição
No caso do motor Diesel, o VII carbonetos em 70%, e de mate- dos índices de emissões de ga-
SIMEA — Simpósio de Engenha- riais particulados em 30%. ses e de materiais particulados.
ria Automotiva, realizado no Mu- A Comunidade Européia, os O Simpósio, promovido pela
seu de Tecnologia, em São Pau- Estados Unidos, o Japão e o Bra- AEA — Associação de Engenha-
lo, de 1? a 3 de setembro, mos- sil estabeleceram cronogramas ria Automotiva (entidade que reú-
trou que muito já foi feito para para reduzir ainda mais os índi- ne engenheiros da indústria auto-
melhorar o nível das emissões ces de emissões (ver Quadro). O mobilística), comemorou os cem
nos últimos dez anos. Porém, não Brasil, que segue as orientações anos da aprovação da patente
bastou reduzir os índices de NOx européias, com defasagem de al- do motor e homenageou a Esco-
42 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993
la Politécnica da Universidade
de São Paulo, que também com-
pleta o primeiro centenário.
Ao historiar a evolução tecnoló-
gica do engenho de Rudolf Die-
sel, Wolfgang Bandel lembrou
que, no ciclo Diesel, a redução
da taxa de emissões está direta-
mente ligada à qualidade da quei-
ma e ao sistema de injeção. A
combustão será tanto mais per-
feita quanto maior for a pulveriza-
ção do combustível, o que só é
possível com altas pressões de
injeção. Para isso, os motores Trezentos engenheiros trocaram informações sobre as novidades do motor
passaram a ter bicos com muitos
orifícios de secção reduzida. MWM, embora os motores tives-
"O início da injeção, a quan- Novas tecnologias sem evoluído durante a última dé-
tidade injetada e seu decurso cada, não evoluíram, em medida
terão de ser variáveis, depen- equivalente, no que diz respeito
dendo da rotação, da carga, das Todas essas técnicas, diz Ban- à redução da taxa das emissões:
temperaturas e da altitude. Para del, só têm sentido diante da me- a potência aumentou enquanto
reduzir o ruído, será necessária lhoria da qualidade do combustí- que o peso diminuiu, e os novos
a pré-injeção. Mas isso só será vel, com elevado número de ceta- óleos lubrificantes conservam os
possível com o uso da eletrôni- no e baixos teores de aromáticos motores mais limpos, reduzem a
ca, pois os métodos mecânico- e de enxofre. freqüência da manutenção e fa-
hidráulicos já esgotaram seu po- Além do waste gate, do VNT zem aumentar os intervalos de
tencial", afirma. e do rotor de cerâmica, desenvol- tempo entre as trocas de óleo e de
Na opinião de Bandel, um dos vidos em 1989, e do turbo de ge- filtro. Conseqüentemente, a vida
meios para aumentar a pressão ometria variável (VAT), lançado útil do motor também aumentou.
da injeção consiste em utilizar neste ano, Nelson Higino, da Gar- Por sua vez, Jaime Queirós,
unidades injetoras modulares, ret (empresa que introduziu os diretor de Engenharia da Cummins
nas quais o bico e a bomba são turbos nos motores no Brasil), Brasil, destacou que o atendimen-
integrados num conjunto único anunciou algumas tecnologias to às necessidades do usuário re-
para cada cilindro, ou separa- que se acham em desenvolvimen- sultou em melhor rendimento tér-
dos por um tubo de injeção cur- to na empresa: Air Impingement mico, em aumento da potência
to. Outros sistemas são o com- (choque de ar), rotor com compres- e em redução do peso do motor.
mon-rail, que permite pressões sor de plástico, materiais resis- A Cummins apresentou o mo-
elevadas nas baixas rotações sem tentes a alta temperatura e VNT tor L-10, desenvolvido para utili-
que ela se eleve demais nas al- (turbo de extremidade variável) zar gás natural como combustí-
tas rotações, e o waste gate, tur- em peça única. vel, e cuja característica princi-
bo de geometria variável ou em Para Antônio Carlos Sabino, da pal é o lean fast bum(queima rá-
cascata. Para reduzir os níveis
das emissões será necessário o EVOLUÇÃO DO CONTROLE DOS ÍNDICES DE EMISSÜES
uso de tecnologias de pós-tra- "
tamento dos gases. Mas a re- idas de Emissões Ppm plkWld
circulação de gases de esca- • Pckientes Europa Estados Unidos Japie Brasil
pe graças ao uso de cataliza-
dores oxidantes só é recomen- 1992193 1995i6 1991 1994
=MIME
1994"
1998
dável se o teor de enxofre do • CO 4,5 4,0 20,8 20,8 20,8,' 7,4 4,5 4,0
óleo for muito reduzido. Caso con- NC 1,1 1,1 1,7 1,7 1,7 2,9 • 1,23 1,1
trário, forma sulfatos, ou seja, NOx 8,0 7,0 6,7 8,7 5,4 6,0 9,0 7,0
materiais particulados, argumen- MP 0,36 0,15 0,335 0,134 0,134 0,70 0,4 0,15
ta Bandel. Fonte: Ceies',

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 43


Ela
pida de mistura pobre), que au- do Proconve de resolver os pro-
menta a eficiência termodinâmi- blemas da qualidade do ar.
ca, reduz os níveis de NOx e os "O Proconve tem cumprido
níveis de carga térmica na câma- seus objetivos desde sua implan- "A adaptação às situações tem mar-
ra de combustão. tação, há sete anos, mas não bas- cado a nossa história. Para nós, is-
A busca de materiais não-tóxi- ta esse esforço isolado. São tam- so não é problema."
cos para satisfazer as exigências bém necessárias a inspeção e a Francisco Romeu Landi, diretor da Escola Poli-
técnica, no Museu de Tecnologia, que ficou às
da ecologia chegou ao bismuto, manutenção dos veículos em cir- escuras durante seu discurso de agradecimen-
metal que, em diferentes compo- culação, a melhoria da qualida- to às homenagens ao centenário da escola.
sições químicas e combinado com de do combustível e atenção es- "Para produzir plástico, consomem-
enxofre, constitui o melhor com- pecial ao tráfego", completou. se 1 140 kWh de energia, enquanto
ponente para a preparação de "Mudanças estruturais nos sis- que as fibras vegetais exigem 50
óleo lubrificante, além de ser op- temas de transporte": foi esta a kWh ou menos."
ção aos aditivos à base de enxo- sugestão de Gabriel Murgel Bran- Marcus Büneker, engenheiro de Cabinas-Aca-
bamento da Mercedes-Benz, ao defender a
fre-fósforo. Conhecido pelo seu co, da Cetesb, para a melhoria substituiçâo do material plástico, causando
uso na farmacologia e na cosmé- da qualidade ambiental nos cen- visível desconforto entre os representantes
tica, o bismuto começou a ser tros urbanos. Para ele, as medi- das indústrias, que haviam falado sobre o
crescimento do uso do plástico na indústria
pesquisado há dois anos como das tecnológicas devem ser prio- automobilística.
elemento de lubrificação por ser ritárias, apontando para alguns
"A Cummins se propõe a importar
considerado o menos tóxico dos resultados, como, por exemplo, o motor a gás L-10 desde que o mer-
metais. O estudo apresentado a adoção de veículos híbridos e cado pague o preço.".
no VII SIMEA foi feito por Otto a utilização de energia limpa e re- Ricardo Dei Nero, em resposta a uma pergun-
Rohr, da Universidade Técnica novável. "Mas a eficácia dessas ta do plenário.
de Graz, na Áustria. Encontrado soluções é limitada pelo cresci- "Agora, quero que todosse levantam,
em vários países — Peru, Bolívia, mento da população e pelo rápi- estiquem seus braços para cima. Po-
México, Austrália, Estados Uni- do e contínuo processo de urba- dem abaixar. Podem se sentar."
dos, Canadá e Alemanha —, ain- nização, que levam a um cresci- José Walter Gamba, da Rhodia, para evitar
da há uma barreira que dificulta mento substancial da frota em que sua palestra sobre o programa de segu-
rança da empresa provocasse sono no auditó-
o uso do bismuto: seu custo, que circulação." A isso, Branco adi- rio quase vazio.
é muito superior ao do chumbo. ciona o aumento da vida útil dos
"Agora vou mostrar unia porção de
Essa barreira será superada dian- veículos e um nível de manuten- fórmulas químicas, que eu sei que
te de suas Vantagens sobre o ção que deixa muito a desejar. ninguém gosta."
chumbo, entre as quais maior ve- Por isso, sugere proibições e Antônio M. Miguel, pós-doutorado em Quími-
locidade de deslizamento, menor restrições ao tráfego; incentivo ca da USP, ao colocar em discuss3o ques-
refugo, nenhuma toxidade e maio- ao uso do transporte coletivo e tOes criticas relativas à estratégia de contro-
le de oxidantes fotoquímicos atmosféricos
res valores de extrema pressão. medidas que possibilitem encurta- em grandes centros urbanos.
mento de distâncias e estabeleci-
"Para atender aos limites de emis-
mento de horários diferenciados sões a partir de 1996, a lochpe-Ma-
Futuro incerto para atividades que exijam gran- xion testa em campo motores S4T
de demanda de transporte. Para PLUS (com turbo waste-gate)."
facilitar a fluidez do tráfego e pa- Domingos A. Carapinha Filho e João Pereira
Apesar da introdução dessas ra aumentar a velocidade média, da Silva Jr., lochpe-Maxion S.A.
tecnologias, a qualidade do ar sugere melhorias na sinalização, "A Petrobrás tem contribuído para
nos grandes centros urbanos pou- nas regras de trânsito e nas infor- o controle ambiental, mas o consu-
co melhorou. "Hoje, quando vi- mações oferecidas à população. mo de óleo dísel metropolitano, ofere-
nha ao Simpósio, às 7h3Omin, Por sua vez, a contribuição cido desde janeiro deste ano, está
do transporte rodoviário de car- aquém do programado."
os indicadores da qualidade do
Milton Ferreira da Costa, da Petrobrás.
ar registravam estado de atenção gas poderia ser menor se o perfil
no centro de São Paulo, embora, dos modais fosse mais favorável "A utilidade do motor superará as re-
nessa hora, o tráfego pesado ain- ao meio ambiente. Enquanto que servas fósseis. Quando o petróleo
da nem tivesse começado." Com no Brasil 78% da carga são trans- acabar, serão buscados combustíveis
alternativos, mas o motor ainda se-
estas palavras, um professor da portados por caminhões, nos EUA rá o Diesel."
Poli, Eduardo Murgel, apresentou essa parcela é de apenas 25% Antônio Carlos Sabino, da MWM.
suas dúvidas quanto ao objetivo (ver Quadro).

44 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


Para acabar com essa história de você pedir lona,
a Mercedes-Benz desenvolveu o Top Brake.

O Top Brake é o novo de frenagem de um O Top Brake proporciona Mercedes-Benz e maior


e exclusivo sistema extrapesado Mercedes-Benz diminuição do consumo rentabilidade para o frotista.
Mercedes-Benz de equipado com o Top Brake específico de combustível e Vá conferir no seu
freio-motor, que proporciona é 50% maior. Em rotações mais as trocas de lonas e tambores concessionário Mercedes-Benz.
um aumento significativo na baixas, o rendimento chega de freio acontecem em
potência de frenagem e no a ser 100% maior. intervalos bem maiores,
desempenho de veículos O freio-motor Top Brake já que o freio de serviço é O caminhão que
extrapesados em percursos garante velocidades médias pouco acionado. Além disso, dá resultado.
de topografia variada. mais altas com maior é totalmente compatível com
Além disso, reduz o desgaste segurança, tanto em estradas o sistema ABS/ASR.
natural das lonas e dos outros com muitas curvas e declives O ganho no tempo
componentes do freio de quanto em áreas urbanas. de viagem e a redução de
serviço. Um teste realizado na Serra mudanças de marcha tornam
O Top Brake é um sistema do Mar, entre São Paulo o percurso menos cansativo
opcional para a linha de e Santos, mostrou que, e mais produtivo.
extrapesados Mercedes-Benz enquanto um extrapesado Top Brake é o exclusivo
que torna mais fácil e seguro sem Top Brake faz 3 viagens, freio-motor que dá mais
frear em declives. outro com Top Brake pode desempenho e segurança
Mercedes-Benz
A 2.350 rpm, a potência fazer 4 no mesmo tempo. para os extrapesados
o Entram — Encontro Na-
cional dos Transportes,
promovido pela Comissão
de Viação e Transportes da Câma-
F undo Nacional é consenso
na revisão constitucional
ra dos Deputados, em Brasília,
numa iniciativa inédita, compro-
vou que a revisão constitucional Deputados da Comissão de Transportes
está mais parecida com uma ma-
nutenção corretiva do que com sugerem emendas à Carta com apoio do Geipot
uma preventiva. Com exceção
do modal marítimo (cujas lideran-
ças firmaram posição contrária
a qualquer mudança na Carta
Magna, no que diz respeito aos O erro maior está
portos e aos sistemas marítimos),
todas as outras modalidades de
na inadequação de
transporte têm sugestões para nossa matriz de
alterar a Constituição. transportes.
Entretanto, o ponto básico do
encontro, que reuniu mais de Ou-
zentas lideranças, foi a recriação
de um Fundo Nacional de Trans-
portes, como forma de recuperar
a vinculação de recursos a serem Arnaldo Mourthé, secretaria de Estado dos Transportes - RJ
destinados, conforme consenso,
à recuperação da malha viária (ro- ficas ao TRC:"O rodoviarismo in- para ser enviada ao Congresso.
doviária e ferroviária), bem co- viabiliza o desenvolvimento da O presidente da comissão de
mo ao desenvolvimento de tecno- economia nacional; por isso, o go- Viação e Transportes da Câmara
logias para o setor. verno federal deve promover uma dos Deputados, Francisco Rodri-
Mesmo sob esse objetivo co- melhor distribuição modal dos re- gues (PTB-RR), que contou com
mum, o debate entre os modais cursos oriundos do futuro Fundo a assessoria dos técnicos do Gei-
foi tenso. Foram relembradas an- Nacional de Transportes."0 argu- pot na realização do evento, fez
tigas mágoas, voltadas, em sua mento, que poderia incendiar um questão de designar alguns dos
maioria, para o setor rodoviário, bate-boca entre ferroviários e ro- deputados que compõem a comis-
aparentemente privilegiado pelos doviários de cargas, nem chegou são que preside para dirigir os
governos federais desde a déca- a alterar a temperatura do auditó- painéis de debates. "Minha preo-
da de 60, quando os governos rio do DNER/Geipot, em Brasília, cupação foi a de colocá-los nu-
eram seduzidos pelo binômio pro- sede do encontro."Concordamos ma situação que lhes permitisse
gresso-estradas. Desse modo, plenamente com essa divisão equi- vivenciar os problemas do setor,
os representantes ferroviários, tativa", assente Geraldo Vianna, que deverão ser resolvidos no
que se autodenominam 'quixotes- secretário executivo da CNT. processo de revisão da Constitui-
cos', aproveitaram a ocasião pa- ção", afirma.
ra vencer os moinhos de ventos Mesmo assim, oportunidades
que, em sua opinião, impedem a Pedágio não é panacéia de arroubo político não faltaram.
vinculação de recursos para o se- Por exemplo, o deputado Arman-
tor. Este, aliás, não dispõe de fon- do Viola(PMDB-ES), coordenador
te alternativa de arrecadação, Sobra, então, a discussão a do painel que discutiu os proble-
uma vez que não vive de tarifas. respeito dos mecanismos que de- mas de transporte da região Su-
"O erro está na inadequação verão ser utilizados na elaboração deste, não economizou elogios
de nossa matriz de transportes", do Fundo e a conseqüente partici- ao palestrante Paulo Augusto Vi-
ataca Arnaldo de Assis Mourthé, pação modal, assunto que, embo- vácqua, secretário de estado de
da Secretaria de Estado dos Trans- ra mencionado por quase todos os Desenvolvimento Econômico do
portes do Rio de Janeiro, defensor palestrantes e debatedores, não Espírito Santo, berço eleitoral do
da ferrovia e mordaz em suas crí- recebeu uma proposta definitiva deputado. Felizmente, a experiên-

46 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


RENIQS
cia apresentada pelo secretário tivesse sua atuação reestrutura-
era, de fato, um bom exemplo de O Geipot
da, atribuindo-lhe um caráter de
multimodalidade. Ele descreveu a poderá exer- órgão técnico consultor do Con-
maneira encontrada pelo estado cer as gresso, ou mesmo de um conse-
para equacionar o problema do funções lho de transporte nos moldes do
escoamento no corredor Centro- do Con- Contran. "O Geipot pode muito
Oeste de produção agrícola. A tran. bem polarizar as funções do Con-
iniciativa envolveu uma aliança tran, tornando-se um grande Con-
política entre dez estados (Espíri- selho Nacional dos Transportado-
to Santo, Minas Gerais, Mato Gros- res", garante Severo.
Cloraldino Severo, ex-ministro dos
so, Mato Grosso do Sul, Tocan- Transportes Outro defensor da vinculação
tins, Goiás e Bahia) e um acordo de recursos para a manutenção
multimodal entre a Companhia Va- dida de parceria e de planejamen- do sistema viário nacional foi o
le do Rio Doce, a Rede Ferroviá- to regional, houve quem discor- presidente da Aneor — Associa-
ria Federal e a Companhia Docas dasse dos mecanismos utilizados ção Nacional das Empresas de
do Espírito Santo. O projeto cul- nessa privatização. "Pedágio não Obras Rodoviárias, José Alberto
minou com a abertura de um es- é panacéia para o transporte; a Ribeiro. Sua proposta pede um
critório operacional do Corredor prova disso está nos EUA, país tratamento sistêmico dos proble-
Centro-Oeste, que caminha para campeão na cobrança de pedá- mas do transporte, com a criação
a criação de um consórcio entre gios, apesar de esses recursos de um Programa Plurienal.
os setores público e privado."Nos- contribuírem apenas com a discre- A idéia da recriação do impos-
sa experiência coincide com a ta parcela de 3°/0 no desenvolvi- to sobre combustíveis foi defendi-
proposta da criação de órgãos mento do transporte daquele pa- da por José de Menezes Senna,
de planejamento regional", salien- ís", garante Marcelo Perrupato, ex-presidente do Geipot, cuja pro-
ta Vivácqua, ao endossar uma su- ex-secretário geral do Ministério posta, segundo Geraldo Vianna,
gestão apresentada por Mourthé. dos Transportes. Segundo Luís é endossada pela CNT, que não
Outra experiência de parceria Gonzaga Lopes, presidente da formalizou sugestão. "Sem a vin-
entre o governo e a iniciativa pri- ABDER — Associação Brasileira culação de recursos, serão mais
vada foi apresentada pelo repre- das Estradas de Rodagem, as fon- vinte anos de perdas para o se-
sentante da Secretaria de Esta- tes de recursos nos EUA são pro- tor", sentenciou Senna.
do dos Transportes deão Paulo, venientes, por ordem de participa- Centralizando a discussão na
Francisco Luiz Batista da Costa. ção, de impostos específicos, da aquisição de recursos, o painel
Ele falou sobre as quatro rodo- taxa de renovação de licenças, que tratou dos sistemas urbanos
vias estaduais que deverão, em de receitas do orçamento federal, continuou batendo na tecla da
breve, ser operadas pelo setor da venda de bônus de transporte necessidade de criação de um
privado: sistema Anchieta-Imigran- e, por último, dos pedágios. Fundo Nacional. Com a diferen-
tes, cujo pedágio será revertido ça de que, na opinião das lideran-
para a construção da segunda ças do setor, este deve ser dife-
pista da Imigrantes; rodovia Ban- Sai Contran, entra Geipot? renciado dos demais modais,com
deirantes, que, de maneira seme- uma versão exclusiva para os
lhante, será estendida até Limei- transportes coletivos. "O proble-
ra; rodovia Castelo Branco, priva- Perrupato formalizou uma su- ma no setor é que qualquer inves-
tizada no trecho entre a capital gestão sobre a criação de uma timento em infra-estrutura impli-
paulista e Sorocaba; e o serviço taxa de manutenção rodoviária ca no aumento da tarifa paga pe-
de travessias litorâneas, que tam- baseada na cobrança de um adi- lo usuário", afirma Carlos Batin-
bém terá sua arrecadação de ta- cional sobre o preço dos combus- ga, superintendente de Transpor-
rifas voltada para a compra de tíveis. Sua participação no even- tes Públicos de João Pessoa. Com
equipamentos e de barcas. Os to, que considerou. uma "recaí- isso, ele justifica a necessidade
quatro projetos custarão US$ 1,2 da rodoviarista", pois sua tônica de o setor ter autonomia no uso
milhão ao governo do estado e sempre foi a ferrovia, acabou dos recursos do Fundo, seja o sis-
constam de contratos que estipu- atraindo o apoio do ex-Ministro tema operado pelo setor público
lam vinte anos de exploração. dos Transportes, Cloraldino Seve- ou pelo privado.
Embora também fosse apresen- ro. Este, aliás, um dos criadores
tada como experiência bem-suce- do Geipot, sugeriu que o órgão Walter de Sousa
TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 47
aniversaria e lamenta
a comemoração do trigé-
simo aniversário da NTC
-- Associação Nacional
o aumento da criminalidade
das Empresas de Transportes Ro-
doviários de Carga, que se esten-
deu de 14 a 17 de setembro, com
debates e seminários técnicos no
Em evento de quatro dias, transportadores
Palácio dos Transportes, a direto- criticam a falta de eficiência policial
ria da entidade manifestou preo-
cupação com o índice de crimina-
lidade registrado contra as empre-
sas de transporte em todo o país.
O secretário Michel Temer, da
Segurança Pública de São Paulo, O combate ao crime
convidado para participar do pai-
nel sobre "Segurança no Trans- é tarefa do Estado; a
porte", não compareceu. Foi re- iniciativa privada
presentado pelo assessor José
Peres Júnior, o que provocou
tem limitações
mal-estar entre as lideranças sin- éticas e
dicais, que aguardavam o anún- legais nesse
cio de medidas concretas, como,
por exemplo, o aumento do efeti- campo.
vo de policiais militares e de viatu-
ras, para conter o avanço das
ações criminosas de quadrilhas
organizadas nas estradas.
O assessor limitou-se a dizer
que hoje circulam em São Paulo
mais de 500 mil veículos trans-
portando cargas, montante impos-
sível de ser fiscalizado com o
atual efetivo policial. "Dentre os
62 casos de roubo de cargas ocor-
ridos em julho, treze foram recu-
perados", declarou,tentando pro-
var eficiência. No entanto, o pre-
sidente da NTC, Sebastião Ubson Sebastião Ubson Carneiro Ribeiro, presidente da NTC
Carneiro Ribeiro, retrucou, afir-
mando que os transportadores no Ministério sem deixar o PMDB, fundação da NTC, passou a ser
vêm claramente que o problema prestes a transformar-se em opo- o "Dia Nacional do Transporte
não será resolvido por meio de sição ao governo. Rodoviário de Cargas", confor-
leis e de decretos, "e nem mes- "Cada vez mais, vemos aumen- me decreto assinado pelo presi-
mo pela vontade política das auto- tara limitação do papel do Estado, dente ltamar Franco. Em seu dis-
ridades responsáveis pela Segu- e sua incapacidade gerencial e curso de encerramento, o presi-
rança Pública". de ordem econômico-financeira", dente da NTC retomou o proble-
O Ministro dos Transportes, Al- disse Goldman, referindo-se à es- ma do roubo de cargas, conside-
berto Goldman, presente à ceri- cassez de recursos para a execu- rando-o "intimamente associado
mônia de encerramento e home- ção de obras reclamadas pelo se- à crise maior do país, que, por
nageado em jantar festivo no Pal- tor, como, por exemplo, a recupe- um lado, alimenta a criminalida-
ladium, também se esquivou de ração das estradas federais. de, e por outro, reduz a capacida-
abordar o assunto, preferindo dis- Ribeiro aproveitou a ocasião de do Estado para combatê-la".
correr sobre o seu problema polí- para anunciar que o dia 17 de se- "O crime organizado cresceu
tico do momento, de permanecer tembro, data de aniversário da bastante", ressaltou João Ferrei-

48 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


RIES
ra Limia, assessor técnico do valor de CR$ 25 bilhões), no Rio autoridades policiais, dizendo-se
GST — Grupo de Segurança no de Janeiro. Segundo Limia, ocor- testemunha de sua luta contra
Transporte, da NTC, citando o fa- reram neste ano, somente no Rio, os bandidos e contra a falta de
to, há pouco tempo consumado, 640 assaltos a caminhões. recursos do setor público. Porém,
do roubo de duas carretas, da Procurando contemporizar, Ri- lembrou que o combate à crimina-
Philip Morris e da Souza Cruz(no beiro reconheceu o esforço das lidade está restrito à atuação do
Estado, e que a presença de par-
ticulares nesse campo sofre limi-
tações éticas e legais. "Não ali-
mentamos ilusões", desabafou,
frisando que "este não é um pro-
o Projeto de formação de técnicos, nanciamento direcionada a progra-
blema que pode ser eliminado,
de patrulheiros e de engenheiros mas para a redução do número mas que pode, quando muito, ser
de trânsito, com parceria do SEST de acidentes. Os fundos poderiam administrado em níveis toleráveis".
/SENAT e do MT; provir do FUNSET, e ser adminis-
LII Proibição de venda de bebidas trados pelo BNDES;
alcóolicas nas rodovias federais. o Mudança dos requisitos para a Massaroca de papéis
Gestão junto ao Contran para tor- aquisição da CNH — Carteira Na-
nar obrigatório o teste de teor al- cional de Habilitação, de modo
coólico em motoristas. Gestão jun- que a formação do motorista pro- Para Kazuo Sakamoto, diretor
to às transportadoras para progra- fissional implique num maior nú- geral do Denatran — Departa-
mas conjuntos com a PRF e com mero de horas/aula, teóricas ou
a Polícia Estadual para fiscaliza- mento Nacional de Trânsito, a im-
práticas, em veículos e em locais
ção do teor alcoólico em motoris- apropriados(caminhões/rodovias); plantação definitiva dos sistemas
tas de ônibus e de caminhão; . o Gestões junto ao Contran para Renavam — Registro Nacional
1:i Apresentação de resultados con- tornar obrigatória a fiscalização de Veículos Automotores e Re-
cretos e periódicos, a partir • de periódica de itens de segurança nach — Registro Nacional de
análise estatística, feita pelo MT, veicular por empresas privadas; Carteiras de Habilitação depen-
dos cem maiores pontos críticos o Proposição da criação de um gran- de de um trabalho de parceria
de acidentes (urbanos e rodoviá- de Conselho Nacional do PARE entre os governos federal e esta-
rios), sendo prioritária a identifica- -- Programa de Redução de Aci- duais e a iniciativa privada.
ção das travessias urbanas mais dentes nas tradas, com a parti- No momento, pode-se ter aces-
perigosas; cipação de todas as entidades go-
Obrigatoriedade do uso do cinto
so ao Renavam em treze estados,
vernamentais e não-governamen-
de segurança em todo o território tais interessadas na redução do que representam 80% da frota na-
nacional. Gestões junto à Anfavea, número de acidentes. Formação cional (1,3 milhão de caminhões).
à ABNT e ao INMETRO para a via- do Conselho Estadual do PARE-SP; Ele funciona com módulos opera-
-
bilização do uso de cintos de se- o Gestão junto ao Ministério da Edu- cionais de pré-cadastramento,
gurança nos novos ônibus rodo- cação para recomendação especí- de alteração de dados, de transfe-
viários; fica às Faculdades de Medicina rência de veículos para outros
1:3 Recomendação ao Fórum Nacio- para que incluam no currículo a estados e de alarme. "Temos 500
nal de Secretários de Transportes disciplina Medicina de Acidentes mil veículos roubados, com docu-
para implantação de programas pa- de Tráfego; mentação esquentada, circulan-
ra a redução do número de aciden- o Implantação de programas de
tes nas frotas de ônibus urbanos; mobilização de comunidades- lin-
do no país", revelou Sakamoto.
O Estímulo à adoção de programas deiras vizinhas às estradas para Entretanto, a principal dificulda-
do tipo Anjos do Asfalto em todas conscientização de técnicas de de do Renavam é a de se integrar
as rodovias federais e estaduais; primeiros socorros e para suges- com os departamentos estaduais
Cl Constituição de Grupo de Trabalho tões de melhorias de segurança de trânsito. Como exemplo, os
• específico para as cinco maiores ci- nas estradas; Detrans paulista e mineiro operam
dades do país, objetivando a cons- o Desenvolvimento de4projetos por com computadores Unisys e IBM,
trução de estacionamentos para artistas plásticos, que, associan- respectivamente, o que dificulta
caminhões e de alojamentos pa- do visão multidisciplinar e enge- a interligação dos módulos.
ra caminhoneiros, com infra-es- nharia de trânsito, sejam aplica- Por sua vez, as companhias
trutura para formação profissional; dos em trechos críticos de estra-
E Gestão junto ao BNDES para a das propensos a incidência de
seguradoras, em sua maioria in-
criação de linha específica de fi- acidentes. formatizadas, produzem extensas
listagens, que causam transtor-

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 49


REE
O papel do
Estado é cada vez
to sobre o preço de tabela na re-
mais limitado pela venda. As outras três opções (in-
incapacidade cluindo a básica) podem dispor
gerencial e pela falta de equipamentos opcionais do ti-
po top brake, novo sistema de
de recursos freio-motor (leia mais a respeito
financeiros. desse sistema na seção de produ-
tos). Porém,apesar de terem con-
Alberto Goldman, ministro dos Transportes
dições especiais de financiamen-
nos na abordagem dos veículos to e de seguro, o desconto ofere-
para apreensão de animais e 56
nas estradas."A cada carro fisca- cido é bem menor em relação à
guinchos) para melhorar as con-
lizado, o policial se vê obrigado opção standard.
dições de policiamento em seus
a consultar uma massaroca de Mercedes, NTC e Rodobens
335 postos espalhados pelo país.
papéis", criticou Sakamoto,suge- entraram num acordo para a reali-
Afora isso, a PRF abriu concur-
rindo a implantação de um siste- so público, em setembro, para a zação de três consórcios, em pla-
ma informativo e operacional nos nos de doze, dezoito ou 24 meses,
contratação de 4 500 patrulheiros.
postos da Polícia Rodoviária. ou, ainda, de três linhas de finan-
A questão da pesagem dos ciamento: Crédito Direto ao Con-
ônibus foi debatida por Mauro Lo- Desconto de 4% sumidor (trinta meses), Finame
pes, diretor geral da PRF, que re- (36 meses) e leasing(42 meses).
conheceu a pesagem em certas Equipados com motor OM-447
estradas, mas lamentou a falta da Para homenagear os transpor- LA, turbocooler, os veículos têm
obrigatoriedade de os passageiros tadores, a Mercedes-Benz lançou 354 cv NBR de potência e 158
transportarem, no máximo, 30 kg uma série especial do caminhão mkgf de torque. Na terceira op-
de bagagem. "A preferência pe- extrapesado LS-1935, denomina- ção,foram adicionados aerofólios
lo transporte de carga em ônibus da NTC Star. Trata-se de uma pro- laterais e sobre a cabina, além de
é acentuada porque grande par- moção exclusiva para associa- ar condicionado e de sistema de
te da mercadoria transportada dos da NTC. Parte das trezentas freios com dispositivos ABS/ASR.
não possui nota fiscal", explicou. unidades disponíveis, os cami- A quarta opção inclui os itens an-
Até o final do ano, a PRF ad- teriores e carenagem lateral.
nhões standard, com pintura cin-
quirirá 356 novas viaturas (duzen- za metálica em duas tonalidades,
tas ambulâncias, cem caminhões contam com até 4% de descon- Gilberto Penha

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defeitos em motores Semipesado 1715: movido a biogás, ele utiliza o mesmo motor do ônibus, o M-366 G

A Robert Bosch lançou no


mercado um equipamento de teste
para oficinas, o FSA 600, com
tecnologia de medição avançada e
IV[ercecies-Benz mostra caminhão movido a biogás
expansível que permite, por meio A Mercedes-Benz mostrou aos ca, o M-366 G, o veículo conse-
de software, sua adaptação a qual- engenheiros presentes no VII SI- gue obter 10% a mais de potên-
quer tipo de veículo automotor. MEA (veja matéria nesta edição) cia (110 kW)e 5% a mais de tor-
De manuseio simples, o FSA seu primeiro caminhão movido que (420 Nm a 1 300 rpm) do
600 pode ser operado por meio a biogás. Trata-se do semipe- que um 1715 com motor Diesel.
de controle remoto, informando sado 1715, equipado com um co- O abastecimento é feito por meio
com precisão os dados necessá- letor-compactador de lixo so- de oito cilindros para armazena-
rios para a regulagem e para a bre o chassi. mento de gás, com capacidade to-
verificação de defeitos nos moto- Utilizando o mesmo motor tal de 130 metros cúbicos.
res de até doze cilindros, a gasoli- dos ônibus urbanos a gás da mar-
na, a álcool ou a dísel.
Dispõe de monitor colorido
de vinte polegadas, de alta resolu-
ção, que propicia boa visualiza-
ção. Além do manual de instru-
ções, é fornecido com osciloscó-
pio digital, sete interfaces para
comunicação com outros equipa-
mentos, disco rígido de 105 MB
e identificação automática por ti-
po de veículo. Além disso, trans-
mite possíveis erros de ligação
dos cabos.

A novidade da Koni: vida útil de 210 mil km acaba barateando produto para o frotista

A mortecedores Koni para caminhões e ônibus


Ao lançar, em outubro, uma da 360 mil km. Os similares nacio-
linha completa de amortecedores nais exigem recondicionamento
da marca Koni, destinados a ca- a cada 60 mil km, devendo, de-
minhões e a ônibus brasileiros, a pois de 90 mil km, ser substituí-
Região Auto Peças espera partici- dos por novos. Os Koni, no en-
par, no próximo ano, com 0,5% tanto, só precisam ser recondicio-
do mercad9 brasileiro, que é dota- nados depois de 180 mil km e tro-
do de uma frota de um milhão cados depois de 210 mil km.
de caminhões e de 150 mil ônibus. Devido à sua maior vida útil,
Os amortecedores Koni preci- o amortecedor Koni acaba sain-
sam ser regulados somente a ca- do mais barato para o frotista,
da 60 mil km, e reparados a ca- assegura Teixeira.
FSA 600: fácil manuseio e alta precisão

52 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


RUMOS & RUMORES José Luiz Vitú do Carmo

Ligações perigosas
E nquanto ele tomava outro gole, eu
remoía a frase que vibrava no ar: "Não
— Lembra-se do 'choque do petróle-
o', nos anos 70? —, emendou o mes-
há fatos isolados na tragédia de um tre, como se não me ouvisse. — O com-
país." Seria uma crítica do velho mes- bustível subiu tanto que muita gente
tre à limitação de minhas abordagens? deixava o carro em casa. No entanto,
Mas, se um jornalista dispõe de uma na época, entrevistei uma grã-fina e ela
pesquisa sobre má conservação de veí- disse que estava adorando a crise, por-
culos e procura iluminá-la com uma que fazia sobrar mais espaço pro car-
boa análise... O fato é que minhas cer- rão dela na rua. Os congestionamentos
tezas fraquejavam. Como entender a chegaram mesmo a diminuir.
ligação sugerida por ele entre infortú- — A crise de uns pode ser a festa
nios tão diversos, entre a ferrugem da de outros, é isso?
frota e o cano azeitado dos revólveres — Podia, naquele tempo. Hoje,
das chacinas? Talvez fosse apenas mais não. Aliás, esse é um progresso: pelo
um de seus jogos intelectuais. Isso: menos não há mais privilegiados. De-
uma provocação de botequim. Não es- mocratizamos o desconforto. Um veícu-
távamos num botequim? lo em ruínas é uma ameaça não ape-
Tentei amarrar as asas do pássaro: nas para o seu próprio motorista, mas
— Tudo o que pretendo é discutir também para os demais. Nas estradas
a deterioração da frota. nos que moravam no Rio. Claro, pa- brasileiras, o fato de você dirigir bem
— Certo. Vê o sujeito de boné? Be- ra construir uma grande cidade, nada não garante sua vida.
bendo a esta hora da tarde, num bar, melhor que a mão-de-obra barata dos O mestre levou de novo o copo à
sem amigos. Haverá motivos para tu- ex-retirantes. O resultado é o que se boca. A coreografia dos goles parece
do isso. Se investigar as circunstâncias, vê hoje. Um caldeirão. Miséria e opu- destinada a acentuar o peso da argu-
você descobre não apenas por que ele lência não podem conviver num espa- mentação. Então perguntou:
está aqui: descobre quem ele é. Há to- ço restrito. Mas foi um longo proces- — E a tal pesquisa, o que é mesmo
da uma história por trás do fato de ele so: pontes, viadutos, avenidas, o metrô que ela diz?
estar aqui. — já que você quer falar sobre trans- Puxei as anotações:
— E do fato de usar boné —, ten- portes, e não sobre esportes... — Que 72 por cento dos carros vis-
tei brincar, mas o mestre se manteve — Devo acreditar que a ponte Rio- toriados tinham problemas no sistema
sério. -Niterói foi um mal, que o metrô foi de freios; que...
— Se você investigar a origem da um mal? — Isso basta —, cortou. — Já te-
deterioração da frota, descobre a ori- — Pense no que tem acontecido. mos aí um bom retrato. Se 72 por cen-
gem da deterioração do país. Essa mão-de-obra é muito útil em cer- to são relapsos com os freios... É me-
Apertou os olhos e pareceu buscar tas fases. Quando dispensado, o traba- lhor não gastar muito papel.
um registro distante. lhador não quer voltar para o lugar — Basta como? Depois do que vo-
— Você é um pouco jovem para se de onde veio, até mesmo porque a si- cê disse...
lembrar do dia em que o Santos, com tuação de lá não mudou. Ele se agüen- — Basta de fazer de conta que nós
Pelé e tudo, perdeu para o Bahia, na ta como pode. A cidade que o iludiu dois podemos corrigir essas coisas. Du-
decisão da primeira Taça Brasil. Foi tem de sustentá-lo. Daí a pobreza, a vido que um único leitor lhe escreva
em 1959. mendicância nos cruzamentos e tudo sobre esta nossa conversa.
Protestei: o mais. Um ambiente assim é um cam- — É muito pessimismo, mestre. Co-
— Era o que me faltava: falar de po fértil para o desajustamento social mo não? Sempre se pode ganhar um
futebol numa revista de transporte! e para o crime. aliado. Sempre se pode fazer alguma
Como sempre acontece quando se Fez uma pausa pira beber, o que coisa para amenizar o problema.
agarra ao fio de um raciocínio, o mes- me permitiu esboçar o elogio: — O máximo que podemos ameni-
tre ignorou minha intervenção. — Interessante, essa linha que você zar é este calor. Pegue um copo. Ou
— O jogo foi no Maracanã, e o Ba- estabelece entre o metrô e a favela, en- a gente ainda acaba achando que não
hia tinha mais torcida. Até mesmo na- tre a construção da ponte e a criança existe mesmo nada de agradável neste
quele tempo não eram poucos os baia- de rua. Mas... país, que diabo!

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 53


BONFIM —

Sistema de Transporte Coletivo B58.


Para cidades que não param no ponto.
Um dos pontos mais importantes para o necessidades da população,o sistema Volvo
crescimento ordenado de uma cidade é a B58 de transporte coletivo é a resposta certa.
implantação de um sistema de transporte Porque com o Volvo B58 é possível diminuir
coletivo eficiente para a população. Em o tempo de parada nos pontos e aumentar o
outras palavras, um sistema capaz de número de passageiros transportados.
transportar mais passageiros em menos Sistema Volvo B58 de transporte coletivo.
tempo e com menos veículos. Tudo isso Para cidades que não podem parar.
com economia e rentabilidade.
Para cidades que estão em sintonia com as

VOLVO DO BRASIL VEÍCULOS LTDA.


AV.JUSCELINO KUBITSCIIFK DE OLIVEIRA.2600 - CIC -TEL.:(041)271-811 -CURITIBA -PARANÁ - BRASIL.
NOVIDADES/CARROÇARIAS •Depois de 38 anos de existência Com o modelo
conturbada, marcada pelo pionei- intermunicipal
apelidado de
rismo na fabricação de carroça-
Ciferal lança microônibus rias em estrutura de duralumínio e
CUTCSA, a
Ciferal avança
intermunicipal e pela participação no projeto do mais um passo
trolebus, e pelo conseqüente nau- na ampliação da
não perde de vista o modelo frágio econômico-financeiro, a Ci- sua linha de
rodoviário feral quer readquirir o perfil in-
produtos

dustrial moderno e ousado que os-


tentava no passado, ampliando ho-

E
rizontes e conquistando mercados
e segmentos até agora inexplorados.
O primeiro passo dado nessa

m busca dos direção consistiu em investir na


diversificação de modelos em sua
linha de produção, que, até há
pouco tempo, estava praticamen-

horizontes perdidos te limitada ao urbano Padron


Rio, uma vez que o rodoviário
Pódium não conseguiu emplacar
no mercado."Também temos tra-
dição no rodoviário", ressalta o
diretor-presidente Lélis Teixeira,
lembrando dos antigos Dinossau-
ro, da Cometa, e Tribus, da Ita-
pemirim, saídos da Ciferal na dé-

Foto: Eny Miranda


cada de 70. Na verdade, Lélis Tei-
xeira frisa que o nascimento da
empresa se deu com predominân-
cia na fabricação do rodoviário,
substituída pelo urbano no final
da década de 70 e início da de Com design clean, o Mikron foi concebido com vistas à América Latina
80. Ele comenta que o pessoal téc-
nico, "altamente qualificado", tam muito bem esse tipo de veícu- Mercado rei — É também o mer-
que desenvolveu o Dinossauro e lo", analisa Lélis Teixeira. cado que está orientando a Cife-
o Tribus, já voltou à empresa, Montado em chassi Volkswa- ral no sentido de se voltar para
depois de migrar para fábricas gen 7-110, o Mikron tem carroça- a estrutura de aço-carbono. Co-
que, na época, eram mais promis- ria construída em duralumínio e nhecida pela oferta das estruturas
soras que a Ciferal. No entan- em fibra de vidro, com janelas de duralumínio, a empresa já ofe-
to, nega que o modelo rodoviá- em perfis de alumínio e guarni- rece o aço-carbono, com um dife-
rio esteja a caminho: "Estamos ções de borracha. O piso pode rencial de preço que varia de 7%
indo com calma." ser em chapa de alumínio lavra- a 10% a menos em relação ao alu-
Se uma carroçaria para as es- da ou em madeira forrada com mínio. "Nossa estratégia de ex-
tradas brasileiras, para longas dis- passadeira. O capô e o tabelier pandir mercados exigiu essa flexi-
tâncias, ainda não chegou, o mo- são de fibra texturada. bilidade", sintetiza Lélis Teixeira.
delo para as médias e curtas ex- Com comprimento total de No Rio de Janeiro, e em cidades
tensões já embarcou para o Uru- 8,12m,entreeixos de 4,10 m,altu- litorâneas em geral, a aceitação
guai, destinatário das .primeiras ra de 2,80 m e largura de 2,24 m, do alumínio é boa. Porém, Teixei-
unidades do ainda não totalmen- o Mikron comporta 26 passageiros ra lembra que em São Paulo, por
te batizado intermunicipal recém- sentados na versão de duas por- exemplo, não há tradição em alu-
saído da linha de produção. tas e roleta, e 31 passageiros sen- mínio. "Não deixamos de expor
Montado em chassis Mercedes tados na versão com apenas uma ao cliente as vantagens do alumí-
1318, em estrutura de duralumí- porta e sem roleta. As opções per- nio, com o respaldo de que a de-
nio, e apelidado de CUTCSA, ele mitem a utilização em linhas cir- fesa desse material não se deve
tem capacidade máxima para 42 culares, conexões em aeroportos mais apenas ao fato de não dis-
passageiros sentados e mais 25 e em metrôs,fretamento e turismo. pormos de alternativa", afirma.
em pé, considerando-se uma den- A dianteira jogada para trás, Essa estratégia de atendimen-
sidade de 5 passageiros/m2. Com com a grande área envidraçada to ao mercado, essência do mar-
comprimento total de 10,98 m, que já se tornou uma característi- keting moderno, já está trazen-
entreeixos de 5,17 m,balanço dian- ca da Ciferal, emprestam elegân- do resultados. De janeiro a agos-
teiro de 2,23 m e traseiro de 3,57 cia ao estilo limpo do veículo. to de 1993, em relação ao mes-
m,o novo intermunicipal da Cife- As laterais e a parte traseira man- mo período do ano anterior, a
ral guarda semelhanças com o têm o chapeamento liso e de fá- Anfavea registrou retração nas
Padron Rio, nas linhas leves e lim- cil limpeza. Espaçoso internamen- vendas internas na faixa de 56%
pas das laterais e nas grandes áre- te, o Mikron possui bancos esto- em chassis, e a Fabus, de 54%
as envidraçadas. fados em material sintético. em carroçarias. A produção caiu
Atualmente, a produção total um pouco menos, amparada pe-
Produto exportação — Não é da Ciferal é de dez carroçarias/ las exportações, com um nú-
por acaso que os primeiros clien- dia, em um mix variável, segundo mero médio de redução de 35,19%
tes para um lançamento da Cife- o presidente da empresa."A pro- das encarroçadoras. Em meio
ral sejam estrangeiros. Hoje, uma dução depende do momento do aos valores negativos, no en-
parcela de 25% do faturamento mercado", diz. Em setembro, o tanto, a Ciferal foi a que me-
da empresa vem da exportação, fechamento de contrato de forneci- nos perdeu. Seu patamar de pro-
afirma o presidente. Além disso, mento de duzentas carroçarias pa- dução ficou em menos 13% em
também não é por acaso que ou- ra empresas paulistanas, devido à relação ao ano passado. "Posso
tra novidade na linha de produ- privatização das linhas da CMTC, garantir que ganhamos mercado
tos seja um microônibus. "Os obrigará os funcionários a se vol- da concorrência", orgulha-se Lé-
mercados chileno e argentino acei- tarem para o urbano,Padron Rio. lis Teixeira.

56 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


50 ETRANSPOR '93 rentemente acomodados por re-
gras conhecidas, mesmo que não
totalmente satisfatórias. A quin-
ta edição do encontro de trans-
Encontro mostra conflito de portadores de passageiros da Fe-
transpor também se revelou um
opiniões entre importante fórum privado para
governo e empresas, e até mesmo entre discussão de polêmicas que, certa-
as próprias empresas mente, se refletirão nos caminhos
que se vislumbram neste final de
século e de milênio.
Reconhecendo a progressiva

Lteresses displicência do estado para com


o segmento dos transportes nos
últimos anos, coroada com o des-
baratamento de órgãos de gestão
e de assessoria no início do gover-
no Collor (junção dos Transpor-
tes com a Comunicação, extinção

divergentes da EBTU, reformulação do


DNER e do Geipot), Francisco
Magalhães, secretário adjunto
da Secretaria de Produção do
Ministério dos Transportes, garan-
•Contando com a presença maci- resses dos empresários que ope- tiu o interesse atual em resgatar
ça dos maiores nomes do transpor- ram o transporte por ônibus tan- papéis abandonados de gerencia-
te de passageiros do país, o 5? to em cidades como nas estradas. mento, de fiscalização e de asses-
Etranspor, realizado pela Fetrans- Foi um momento de questiona- soria técnica. Como prova dessa
por nos dias 29 e 30 de setembro mento da complexa relação do intenção, Magalhães citou as re-
e 1? de outubro na cidade do Rio empresário privado com seu po- centes criações do Conselho Na-
de Janeiro, conseguiu desenhar der concedente, no qual surgiram cional dos Transportes Urbanos
com traço firme o perfil dos inte- conflitos internos até então apa- e da Comissão para o Baratea-

Encontro consegue reunir importantes empresários e líderes classistas para debate de questões muitas vezes conflitantes

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 57


mento de Tarifas (leia notícia na sociedade brasileira. "Estamos
seção Última Parada). revisando processos em todas as
"O setor público mudará a áreas, procurando compatibilizar
forma de atuação que vinha ten- as diversas demandas do gover-
do até agora", sintetiza Maga- no", explicou.(No dia do fecha- Chieppe: falta de planejamento
lhães, ressaltando que a tendência mento desta edição, foi anuncia-
é de menor interferência, porém da a sanção do decreto de desre-
com monitoramento contínuo, gulamentação do transporte rodo-
para que o usuário seja preserva- viário de passageiros pelo presi-
do. "Devido ao fato de envolver dente Itamar Franco.)
passageiros, a atividade deve ter Aylmer Chieppe, presidente
regras claras para que o interes- da NTR, lembrou a necessidade
se coletivo seja mantido como de um planejamento para os trans-
prioridade", disse. portes rodoviários, seguindo parâ-
metros utilizados para o transporte
Busca do equilíbrio — Tranqüili- urbano em muitas cidades do Bra-
zando empresários como Heloísio sil. "O Plano de Transportes de
Lopes, presidente da São Geral- 1985 previa as linhas troncais e
do, e José Augusto Pinheiro, pre- alimentadoras", disse. Como o
sidente da Rodonal, que represen- plano não foi executado, as em- Correa: convite à busca da segurança
ta o setor das transportadoras in- presas que seriam as operadoras de
terestaduais, Magalhães adiantou linhas troncais passaram a buscar Transportes, quando lembrou a
que as novas regras do chamado passageiros nas pontas,"premidas "imagem ruim que o setor tem pe-
decreto de desregulamentação talvez pela retração da demanda", rante a opinião pública", princi-
não permitirão a degradação da atingindo o mercado das alimenta- palmente em relação à segurança
qualidade atual dos serviços. Res- doras, acredita Chieppe, registran- no trânsito. Segundo Correa, a
saltando a ênfase em avaliações do sua reclamação em favor das maioria das transportadoras não se
mais técnicas do que políticas, empresas intermunicipais. preocupa com a mudança da ima-
tanto para concessões de serviços gem, embora sejam constatadas
como para fixação de tarifas, ele Segurança e imagem — A tradi- melhorias operacionais nas empre-
justificou a necessidade de mudan- cional reclusão dos empresários sas. "Falta um trabalho em ter-
ça do atual regulamento, datado rodoviários e urbanos de passa- mos de comunicação",sentenciou.
de 1986, dentro de um contexto geiros foi ressaltada na palestra de J. Pedro Correa, primeiro co-
global de reestruturação geral da J. Pedro Correa, consultor em ordenador do Programa Volvo
de Segurança no Trânsito, propôs
às empresas programas de divul-
Estatísticas diferentes regiões(60%)do que en- gação de atividades que incenti-
tre essas mesmas regiões (40%). vem a melhoria da operação e
atrasadas As linhas intra-regionais também que, de alguma maneira, tenham
levavam o maior número de passa- reflexo positivo no sistema co-
Como nos casos de outros seg- geiros, 75% do total movimentado mo um todo. Além disso, defen-
mentos, o transporte de passageiros pelas rodovias. 40% das linhasfica- deu o envolvimento das empresas
carece de dados estatísticos que per- vam concentradas na região Sudes-
nas comunidades e em serviços
mitam uma visão global do sistema, te, 22% na região Sul, 38% nas re-
necessária a um planejamento ade- giões Centro-Oeste e Nordeste, e
voluntários de trabalho em hospi-
quado. Com essa afirmação, repre- apenas 1% na região Norte. O per- tais e em educação no trânsito.
sentantes do Ministério dos Trans- curso médio era de 290 km. A participação de motoristas
portes presentes no 5? Etranspor Em relação ao nível do serviço, em cursos de reciclagem periódi-
frisaram a ênfase atual na coleta de sabia-se que 90% das viagens rodo- cos, com premiação de bons pro-
informações recentes, quepermitam viárias de longa distância eram fei- fissionais, foram exemplos de
uma radiografia real do sistema. tas em ônibus convencionais, com medidas simples que trazem resul-
Todos os números existentes são de 9% de leitos e 1% de executivos. tados eficazes, segundo o consul-
1988, quando houve uma paralisa- Nas viagens internacionais, os lei- tor. "Uma vez que somos parte
ção completa das pesquisas. Naque- tos ocupavam 13% do total. Os re- do problema, por que também
le ano, eram operadas no Brasil cer- presentantes do governo afirmam
pouco mais de não ser parte da solução?", per-
ca de 1 600 linhas rodoviárias, com que em 1988 havia
uma movimentação de 111 milhões 250operadoras, que movimentavam guntou à platéia.
de passageiros/ano. Havia maior uma frota regular de aproximada- Num contraponto com o cha-
quantidade de linhas no limite das mente 15 mil veículos. mamento de Correa à participa-
ção ativa do empresariado de ôni-

58 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


po de que esses profissionais ne- namento com os sócios", avisa,
cessitarão para a reciclagem", lembrando que, nas empresas fa-
afirma Chimentão. miliares, os sócios não são esco-
Além disso, há um trabalho de lhidos por livre vontade, mas sim,
Magalhães:resgatando o gerenciamento marketing voltado para o pesso- que são impostos.
al, procurando valorizar o funcio- O consultor de empresas acre-
nário e integrá-lo à cultura da em- dita que os problemas comecem
presa. O próximo passo da Gar- na família e não, propriamente,
cia é a implantação de um progra- na gestão. As disputas familiares
ma de qualidade, que começou naturais tendem a ser transferi-
a ser desenvolvido neste ano. das para a empresa, e poderão
Chegando ao íntimo das em- acabar com um trabalho de anos
presas, o consultor Renato Ber- desenvolvido pelo fundador. No
nhoeft levantou os delicados as- entanto, ele compartilha a idéia
suntos da sucessão e da gestão de que é possível evitar muitos
nas empresas familiares. Falan- desastres, desde que os envolvi-
do para uma platéia que vivencia dos se convençam da complexida-
rotineiramente o permeio das rela- de do problema.
ções familiares nas relações admi-
Pinheiro: temendo pela qualidade nistrativas, Bernhoeft alertou pa-
ra a necessidade de se preparar Frases do
bus na questão da segurança, Ary as gerações sucessoras para enfren- 50 Etranspor
Chimentão, diretor da Viação tar os desafios que, certamente,
Garcia, apresentou o planejamen- serão inúmeros. Segundo ele, o "O transporte é o maior símbolo
to de Recursos Humanos da em- preparo de filhos não consiste so- do conhecimento humano."
presa, onde o treinamento de mo- mente em proporcionar estudos Pedro Valente, secretário de Transportes
toristas é tratado com rigor. "O no exterior afinados com a ativi- do Rio de Janeiro.
dimensionamento do número de dade gerencial. "Os herdeiros de-
funcionários considera o núme- vem ser conscientizados a toma- "A cultura humana espargiu-se
através do transporte." .
ro de cursos e os períodos de tem- rem cuidados especiais no relacio-
Idem.

"O transporte rodoviário é uma


Cargas X te da São Geraldo rebateu críticas das poucas coisas que funcionam
recentes do presidente da NTC so- bem neste país."
Passageiros bre faturamentos irregulares das
José Augusto Pinheiro, presidente da Ro-
transportadoras de ônibus em fun- donal.
O empresário Heloísio` Lopes, ção de carregamento de cargas nos
presidente da Rodonal, em sua defe- bagageiros. Para comprovar que o "O governo tem o dever de admi-
sa da manutenção do atual regula- transporte de cargas é muito mais nistrar o conflito de interesses."
mento dos transportes de passagei- lucrativo que o de pessoas, e que, Francisco Magalhães, secretário adjunto
ros, ou de mínimas mudanças nas re- apesar disso, as empresas investem da Secretaria de Produção, do Ministério
gras dojogo, comparou as empresas mais em qualidade, Heloísio Lopes dos Transportes.
de ônibus com as de caminhões, pa- fez um cálculo de receita com a ati- "O maior problema da empresa
ra atribuir às primeiras "um nível vidade, considerando pesquisasfei- familiar é a transferência dos con-
de excelência no serviço" não en- tas junto a cinco transportadoras flitos familiares para a gestão em-
contrado facilmente. "O transpor- de cargas. Para um percurso entre presarial."
te de passageiros não deve nada São Paulo e Recife (PE), um cami-
ao de cargas", atirou ele, ressaltan- Renato Bemhoef, consultor de empresas
nhão com capacidade para 60 volu-
do que, com a regulamentação, as mes de 250 kg (veículo trucado com "Desregulamentacão é como ca-
empresas evoluíram, partiram para baú)teria uma receita 98,08% maior na-de-açúcar: começa doce e
a alta administração e para o treina- que a de um ônibus com 46 passa- amarga no final."
mento de funcionários em níveis geiros, considerando-se cinco dias
Heloisio Lopes, presidente da Rodonál, cri-
não-comparáveis com os das trans- de atividade. Se o veículo de carga ticando a desregulamentação do TRP.
portadoras de cargas. A conseqüên- for uma carreta de três eixos (108
cia disso é a contribuição dos cami- volumes), a diferença maior-para "Precisamos evoluir na prestação
nhõespara o aumento da inseguran- o caminhão fica em 449,8% para de serviços ao usuário, atualmen-
ça nas estradas, diz. "Todo aciden- cinco dias de trabalho. "Isso tudo te um pouco esquecido pelas trans-
te de ônibus tem um caminhão en- sem considerar o preço dos veícu- portadoras."
volvido", exemplificou Lopes. los", frisou o presidente da São Éder Pinheiro, diretor-presidente da Real
Além desse aspecto, o presiden- Geraldo. Expresso.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 59


MERCEDES-BENZ

O chassi rodoviário OH-1635


é o primeiro de uma
família completa, que vai
substituir a atual

Lançada a Resultado de um novo conceito de ...

El melhoria da segurança;
El redução dos custos operacionais;

'Década 90' El atendimento das leis nacionais


e internacionais sobre emissões;
introdução de novas tecnolo-
gias; e
El oferta de combustíveis alter-
•Depois de tos, e recebeu certificação de acor- nativos.
se transfor- do com as especificações técnicas No transporte rodoviário, se-
mar em cen- e com os limites de - controle de gundo Agostinho, a pesquisa reve-
tro de com- emissões exigidos tanto pelo Eu- lou uma preferência por veículos
wouffitiros petênc ia ro I, para o mercado europeu, de maior PBT, mais particular-
mundial pa- como pela EPA — Environment mente por itens de conforto e de
E ra o desen- Protection Agency, dos Estados segurança, que incluem novas tec-
volvimento e para a produção de Unidos. Além disso, já atende nologias, como, por exemplo,
chassis destinados a ônibus da às normas brasileiras do Cona- freios ABS, câmbio de seis mar-
marca, a filial brasileira da Mer- ma para 1994, que são equivalen- chas, retardador e regulador auto-
cedes-Benz dá início à produção tes às do Euro I. mático de freios.
de ima família denominada 'Dé- O desenvolvimento dessa no- Por sua vez, no segmento urba-
cada 90', que se caracteriza pela va família começou ainda antes no,os clientes queriam um veículo
modernidade e pela diversificação que a matriz alemã atribuísse à com maior rentabilidade e baixo
de opções. Apresentado pela pri- filial brasileira a tarefa de desen- custo operacional, que fosse leve
meira vez no VII SIMEA — Sim- volver tecnologias para ônibus. para linhas alimentadoras e que ti-
pósio de Engenharia Automoti- É também anterior ao lançamen- vesse opção de pesado para linhas
va, em São Paulo, dei? a 3 de to dos chassis da Autolatina, que de tronco. O veículo ideal aponta-
setembro, como um novo concei- invadiram o espaço antes confor- do na pesquisa deveria ter motor
to de chassi, o exemplar modelo tavelmente ocupado pela Merce- dianteiro, câmbio de cinco mar-
rodoviário OH-1635 Buggy, com des-Benz no mercado brasileiro. chas — com uma certa tendência
motor traseiro, da série 400, ini- "Em 1989, fizemos uma pesqui- para o automático —,freios ABS
cia a renovação completa de sua sa com frotistas e com encarroça- e regulador automático de freios.
linha de plataformas rodoviárias dores, a qual resultou na defini- A partir daí, a Mercedes-Benz
e urbanas, destinadas não apenas ção de alguns parâmetros para a estabeleceu algumas metas: cons-
ao mercado interno mas também família'Década 90'",conta Antô- truir veículos mais baratos e, ao
à exportação para os seguintes nio Agostinho, coordenador do mesmo tempo, mais modernos,
países: Estados Unidos, Alema- projeto e chefe de Divisão da Ge- de maior comprimento e mais pe-
nha, França, Espanha e Portugal. rênel'a de Chassis de Caminhões. sados, dotados de motores mais
O veículo e o motor foram ho- Entre eles, enumera: econômicos e mais potentes, e
mologados, em junho, pela TÜV El ampliação da gama de opções; que exigissem baixa manutenção,
— Technischer Überwachungs-Ve- aumento da capacidade de carga; e também que atendessem às nor-
rein, entidade alemã de fiscaliza- El melhoria do conforto para o mas regulamentadoras de emis-
ção e de homologação de produ- motorista e para os passageiros; sões e de ruídos.

60 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


duas barras direcionais em for-
ma de Z, dois amortecedores,
uma barra direcional transversal
e um estabilizador em barra úni-
ca. O sistema de ar é controlado
por duas válvulas niveladoras,
uma para cada fole.
Atendendo às rígidas normas
européias (EWG), o sistema de
freios é, segundo Agostinho, o
primeiro sistema brasileiro já ho-

Foto: Divulgação
mologado. "É totalmente a ar,
com sistemas independentes de
serviço, de estacionamento e de
freio-motor, e dispõe de quatro
... chassi, o OH1635, com motor da série 400 será exportado até para a Alemanha tambores com volume de 140 1",
acrescenta. Maurício Damásio,
Todas as opções — Desse modo, a do o aço E 500 TM, com perfis diretor-adjunto da Engenharia
nova família em teste, e já encar- de 254 mm por 65 mm e traves- Experimental da Mercedes acres-
roçada pela Marcopolo, pela Co- sas tubulares. Para atender às di- centa, por outro lado, que o chas-
mil e pela Nielson, oferece duas ferentes exigências de entreeixos, si tem um nível de desaceleração
opções de motores: as séries 300 e a fábrica oferece seis medidas que atende às normas européias,
400,com cinco e seis cilindros, po- prontas para alongamento: 3 000 talvez um dos maiores entre os
tências que variam de 136 cv a mm,4 640 mm, 5 290 mm,5 640 chassis brasileiros. O sistema
350 cv, e torques de 600 Nm até mm,5 960 mm e 6 300 mm,com ABS/ASR, opcional, permite a
1 550 Nm, que atendem às nor- correspondentes balanços diantei- auto-regulagem das lonas à medi-
mas de emissões EPA 91 e 94, ro e traseiro para cada medida. da que se desgastam, reposicio-
EURO I e EURO II. As embrea- Isso permitiu o uso de um único nando-as na distância e na condi-
gens sem asbesto apresentam diâ- ferramental na linha de monta- ção de serviço adequadas.
metros que variam de 330 mm a gem, para veículos de 14 t até Na parte elétrica, os alternado-
430 mm, dependendo do torque. 27 t, o que também contribuiu res foram reforçados, e têm capa-
O veículo utiliza caixas de câmbio para baratear o custo. cidades variáveis, dependendo
automático, das marcas ZF ou A suspensão pode ser metáli- das necessidades: 28V-75A,
Allison, ou mecânico ZF,em qua- ca, com molas parabólicas ou tra- 20V-105A e 28V-120A; o siste-
tro modelos, e também a G3 da pezoidais, estas com nova dimen- ma de 24 V tem duas baterias e
própria Mercedes. Os novos chas- são e sem batentes de borracha, é equipado com chave eletromag-
sis têm, além disso, duas opções ou a ar. O projeto da suspensão nética. A central elétrica agrega
de eixo dianteiro, de 5 t e 6 t; a ar traz inúmeras inovações: no os componentes em uma só pla-
mais duas de traseiros, para 10 t eixo dianteiro, utiliza os mesmos ca, com diodos individuais ou fu-
e 11,5 t, além de terceiro eixo, re- foles do monobloco 0-371, duas síveis automáticos opcionais. Os
forçado com coroa de 410 mm. barras direcionais com mancais cabos elétricos resistem a tempera-
Para baratear o custo e facili- de borracha livres de manutenção turas de -40 graus centígrados a
tar o intercâmbio de componen- e quatro amortecedores. O siste- 105 graus centígrados.
tes, a Mercedes optou por um sis- ma pneumático é controlado por A família 'Década 90' traz ou-
tema de furação das longarinas válvula niveladora equipada com tras novidades. Entre elas, sis-
a cada 87,5 mm, que permite fu- filtro e por válvula anti-retorno. tema de câmbio Easy-Shift, in-
ro no módulo ou na sua metade. Quanto à traseira, dispõe de dois dicador eletrônico de quebra de
Para reduzir o peso, foi utiliza- foles e de um pistão cilíndrico, correia, e também do nível de
água, acelerador eletrônico, re-
tarder Telma ou Voith, secador
O NOVO 'VERSUS' O ATUAL de ar, sistema de freio de para-
Características Atual 'Década 90' da, sistema de segurança de freio
de estacionamento, rebaixamen-
PBT (t) dell a 15 de 14 a 27
Entreeixos (ml de 4,6 a 6 de 3 a 6,3
to lateral, dispositivo de partida
Motor (cv) de 130a 200 de 136 a 350 a frio com chama, acionamento
Suspensão mola mola e ar automático de faróis, controla-
Altura do piso (ca) de 850 a 950 de 500 a 950 dor de velocidade e alarme de su-
Fonte: Mercedes-Benz per-rotação do motor.

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 61


MODERNIZAÇÃO

Com modificações no
Condottiere, a
Comil quer reconquistar
o mercado

s versão
ova
Formas abauladas e traseira de chapas planas são as maiores inovações de design

arredondadas na parte inferior na


frente, com uma grade em mode-
lidade de manutenção e de limpe-
za foram lemas básicos da nova

para um antigo lo novo. A traseira externa deri-


va do Gallegiante, com tampa re-
ta e sinaleiras modulares verticais.
versão 94", afirma, justificando
a preferência por peças grandes
em detrimento de perfis pequenos.

modelo As formas abauladas também


aparecem na parte interna, no
painel e no capô do motor. O re-
Juntamente com as modifica-
ções no Condottiere, o diretor
da Comil divulgou as mudanças
vestimento da divisória da cabi- nas linhas de produção e na ad-
•Já com sete anos de idade, o na é em fibra de cor clara; o avan- ministração da empresa. Os pro-
modelo de carroçaria intermunici- ço para os pés e o banco auxiliar cessos foram adaptados de acor-
pal da Comil, batizado de Con- são fabricados com o mesmo ma- do com as técnicas japonesas, uti-
dottiere, ganhou algumas modifi- terial. Além disso, os revestimen- lizadas desde há alguns anos pe-
cações, para marcar um reinício tos de laterais, de poltronas e de la Marcopolo e também introdu-
de investimento no setor. Funda- cortinas têm novas padronagens zidas na Ciferal a partir do início
da em 1967 para explorar o seg- à escolha do cliente. No teto, a deste ano (ver matéria nesta edi-
mento de máquinas agrícolas, a fórmica também foi substituída ção), as quais também reavaliam
Comil somente se firmou como por fibra, com instalação de lan- conceitos de valorização da mão-
fabricante de carroçarias em 1986, ternas fluorescentes. de-obra. Informatização, criação
quando lançou o modelo urbano A Comil está utilizando um sis- de novas divisões para Processos,
Svelto e o intermunicipal Condot- tema não-aparente de fixação dos Engenharia de Produtos e Pós-
tiere. O Gallegiante, rodoviário, bancos, e portas pantográficas. O vendas são instrumentos que con-
veio apenas em 1991. "Estamos sistema de abertura das portas tribuem para este reinício no mer-
empenhados em fazer um produ- mudou de lugar, e está localizado cado. Segundo Kozak, a empre-
to de qualidade, a qualquer pre- na parte inferior, para maior faci- sa está conseguindo reconquistar
ço",afirma Fermino Kozak, dire- lidade do operador. Toda a cen- antigos clientes, e, embora não
tor da empresa, adiantando que tral elétrica fica concentrada em divulgue números, adianta que a
"o mercado faz o preço". compartimento lateral, na escada. empresa aumentou sua participa-
O Condottiere teve poucas mo- Segundo Fermino Kozak, as ção no mercado interno sem dei-
dificações aparentes. A 'cara' alterações obedeceram a anseios de xar de ampliar negócios em paí-
do ônibus não mudou muito. Po- clientes e de fornecedores, que fo- ses como o Paraguai, o Chile, a
rém, o cliente que adquiriu as pri- ram ouvidos em pesquisa. "Faci- Argentina e a Costa Rica.
meiras unidades, Luiz Antônio
Marques, sócio-diretor da Lua-
mar Turismo, de São Paulo, ates-
Momento de ras unidades zero-quilômetro que
adquiriu foram encarroçadas com
ta os melhoramentos na carroça- renovação o novo Condottiere. A idéia é subs-
ria. "O carro ficou mais bonito tituir grande parte da frota, e tam-
e mais bem-acabado, em versão Uma das reconquistas da Comil, bém ampliá-la, uma vez que o mer-
ideal para o fretamento,sem mui- a Luamar, está em fase de renova- cado de fretamento começa a dar
to nem pouco luxo", analisa. O ção de sua frota de 33 ônibus, de- uma reciclada, com novas concor-
arremate final que consolidou a pois de passar quatro anos investin- rências em grandes indústrias, até
escolha da Luamar foi o preço: do na sede própria, em São Miguel então dominadas por poucas trans-
Paulista (SP). "Tenho carros de até portadoras. Com 35 funcionários,
40% abaixo do da concorrência.
vinte anos", conta Marques, orgu- a Luamar atua apenas emfretamen-
Montado em chassi MBB OF lhoso da manutenção preventiva to, na região leste de São Paulo e
1318, para 48 lugares, o Condot- que observa com rigor. As primei- de Guarulhos.
tiere ganhou design com formas

62 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


ASIA MOTORS

Montadora mostra três novos O Hi-Topic


produtos e escolhe (acima) leva
quinze pessoas
Vitória para instalar futura e custa US$
fábrica de ônibus 26 mil. O
Coach, van
para sete

PaísImporta
pessoas, custa
US$ 14,5 mil.

microônibus'
da Coréia' ainda apresentou o novo microô- analisado", deixando entender
nibus AM 815, para 25 passagei- que estão vindo do exterior.
•No mo- ros, recomendado para o serviço No caso do microônibus Mi-
mento em de turismo e para o transporte Topic, é inevitável notar a sua se-
que as ven- escolar, ao custo de US$ 39,5 melhança com o Kia Besta, de
das da Asia mil, e o modelo Coach, da linha 1,2 t, de forma alongada (ver
LANcARENTos Motors do Towner, uma van para sete pesso- TM de novembro de 1992). Ade-
Brasil alcan-
as, ao custo de US$ 14,5 mil. quado para transportar conforta-
4 çarem o pa- Na Coréia, o microônibus velmente quinze pessoas, acomo-
tamar de 10 mil unidades/ano, AM 815 chama-se Combi. O mo- dadas em cinco fileiras de assen-
os alicerces de uma nova fábrica delo importado mantém as carac- tos, o Hi-Topic tem maior capaci-
de ônibus já estarão estabelecidosterísticas originais, com tipo de dade de carga (1,5 t) que o seu
nos arredores da capital capixa- assento estofado, e sonorizado, concorrente. Os bancos podem
ba. É provável que, em fins de com alto-falante para serviço de ser remanejados e retirados, pro-
1994, a empresa responsável pe- turismo e movimentação de fun- piciando novas combinações pa-
los negócios da montadora core- cionários de empresas. Do primei- ra a utilização de cargas e para
ana (pertencente ao grupo Kia ro lote de veículos vindos de Seul, o transporte de passageiros.
Motors) opte, inicialmente, ape- somente dez AM 815 aportaram O motor Diesel, modelo SSB,
nas pela produção do microôni- em Vitória, contra duzentas uni- é produzido pela Kia Motors, de
bus Hi-Topic, para quinze pesso- dades Hi-Topic. quatro tempos, com quatro cilin-
as, uma novidade exibida na Fei- O novo AM 815 não é turbina- dros e 2 700 cilindradas. Com po-
ra Moto Show, ao custo de US$ do, possui motor Diesel, modelo tência de 75 cv a 3 600 rpm, al-
26 mil a unidade. ZB, de seis cilindros em linha, cança torque máximo de 18 mkgf
A representação da marca per- com 4 052 cilindradas. Sua potên- a 2 200 rpm.
tence à Asia Motors do Brasil, cia é de 100 cv a 3 600 rpm, com Por sua vez, o modelo Coach
empresa controlada pela Rio Ne- torque máximo de 24 mkgf a é equipado com motor CD800,
gro Indústria, Comércio e Expor- 2 000 rpm. Porém, não dispõe de quatro tempos, três cilindros
tação Ltda. de injeção eletrônica, câmbio com e oitocentas cilindradas. Sua po-
Na visão de Washington Armê- transmissão eletrônica e freios tência é de 40 cv a 5 600 rpm, e
nio Lopes, presidente da Asia, a ABS. Sua transmissão é manual, o torque máximo atinge 6 mkgf
melhor opção atual reside, sem com cinco marchas e uma à ré. a 3 600 rpm.
dúvida, na produção em série As dimensões externas do Co-
do Hi-Topic e de veículos em Baixo consumo — A respeito da ach são idênticas às dos outros
CKD,unidades desmontadas,im- 'compatibilidade' de uso de peças dois modelos da linha Towner
portadas da Coréia do Sul e desti- nacionais em vez de originais, o em termos de comprimento (3,36
nadas à comercialização junto a engenheiro Hudson A. Lopes, m), de largura (1,40 m)e de altu-
países da América do Sul (ver diretor técnico de Pós-Venda, re- ra (1,87 m, exceto para o Truck).
matéria nesta edição). conheceu que "o problema da re-
Na Feira, o estande da Asia posição de peças ainda não foi Gilberto Penha

TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993 63


ba, J. Grimaldi, V. Madale- e V. Prudente); Consórcio
São Geraldo intensifica na e Pinheiros); Consórcio Transkuba (Sapopemba, J.
ABC(Edu Chaves,Tremem- Grimaldi, Água Rasa, Ipi-
gerenciamento e controle bé, V. Maria, Jaçanã e Ca- ranga, Cambuci, V. Maria-
tumbi);- Auto Viação Brasil na, Campo Limpo, Capão
Luxo (Imirim, Santana, Ja- Redondo e Sto. Amaro);
çanã, Túcuruvi, Água Fria Consórcio Alfa(Grajaú, In-
e Carandiru); Rápido Zefir terlagos e Socorro); Viação
Jr. (Penha, Aricanduva, Paratodos(Cidade Ademar,
Pque. Novo Mundo, V. J. Míriam, Cupecê, Pedrei-
Maria e V. Guilherme); Via- ra, Jurubatuba,Guarapiran-
ção São Paulo (V. Formo- ga, Capão Redondo e Cam-
sa, Itaquera, Pque. do Car- po Limpo); Consórcio Trans-
mo e Carrão); Primavera daotro(Capão Redondo, J.
Transp. Turística(J. Impera- 'Angela, Guarapiranga, Sto.
dor, Sapopemba, V. Ema Amaro e Moema).
Realidade de mercado derruba renovação da frota a 12% ao ano

Implantação de progra- Finame. Já da frota leve


Embraer porá EMB-145 no
mas de qualidade total, rígi- conseguiu renovar 30%, ar em 1995
do controle, direcionamen- ou seja 36 unidades, a um
to de recursos e enxugamen- custo de US$ 415 mil. Além Desde que deu início à pneumático de partida do
to administrativo foram as disso, Lopes informa que busca por parceiros para a motor e elétrico.
alternativas adotadas pela fez investimentos na ofici- fabricação do EMB-145, a Com cinqüenta lugares,
Viação São Geraldo, para na de recuperação de carro- Embraer já conseguiu atrair o EMB-145 voará numa alti-
driblar a crise econômica çarias, em área de 8 000 quinze nomes internacionais tude de 10 668 m e a uma
nestes últimos dois anos. m2,em Contagem(MG)."A da indústria aeronáutica da velocidade de 800 km/h,
Seu diretor-presidente recessão nos obrigou a um Europa, dos EUA e da com alcance, com carga ple-
Heloísio Lopes informa que constante aperfeiçoamento América Latina. Seus dois na, de 1 482 km.
em 1992 a renovação da fro- gerencial e a uma adequa- aliados mais recentes são a O protótipo deverá voar
ta não chegou a 12%, o que ção da operação à realida- Allied Signal Fluid Systems no início de 1995, e que a
representou a compra de de de mercado, por meio Division e a Lucas Power homologação venha um ano
oitenta Scania/Nielson,com do planejamento e do acom- Equipment Division, respon- depois. O EMB-145 será ven-
investimento de, US$ 9,6 panhamento ostensivos de sáveis pelo desenvolvimen- dido por US$ 13 milhões.
milhões, sendo 50% de re- linhas e de horários", finali- to e fabricação dos sistemas
cursos próprios e 50% da za o diretor da São Geraldo.

Escolhidas as primeiras
herdeiras da CMTC
Das dez empresas vence- operadoras regulares e de
doras da concorrência às turismo. São elas: Amafi
primeiras oitenta linhas do Com. e Construtora (V. à-§°
legado da CMTC, uma é Formosa, V. Prudente,
construtora,quatro são con- Água Rasa, Itaquera, São
sórcios, e as restantes são Mateus, V. Ema, Sapopem- Com parcerias para fabricação, aeronave custará US$ 13 milhões
CATRACA
•Oito empresas de ônibus Senhora da Glória, de de Valinhos (SP); Viação primeiro número, o boletim
ganharam, em setembro, o Blumenau (SC); Auto Viaão Ipatinga, de Governador conta toda a história da
troféu de fidelidade da Volvo, Chapecó, de Chapecó (RS); Valadares(MG);e Auto Viação associação e outras informações
parte do programa "Parceiros Eucatur, de Cascavel(PR); Camurujipe, de Salvador(BA). sobre o transporte por ônibus
de Negócios", pela Prjncesa do Ivaí, de Jandaia no país. O objetivo éfazer a
exclusividade à assistência do Sul(PR); Viação São •A Rodonal acaba de criar publicação circular entre os
técnica e à reposição de peças Francisco, de Campo Grande o boletim informativo usuários do sistema, para ser
que concedem à marca: Nossa (MS);Rápido Luxo Campinas, O Passageiro. Em seu lida durante as viagens.

64 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


por quatro carros de passa- mente do tipo a vapor. O


MT cria Conselho e Comissão geiros e por um de baga-
gens, tracionados por uma
contrato terá a duração de
24 meses, podendo ser pror-
de tarifas para urbano locomotiva, preferencial- rogado por igual período.

Atendendo a um compro- ral, além de representantes


misso firmado, há três me- de entidades de usuários e Governo do Piauí distribui
ses, no Congresso da ANTP, de outros segmentos envol-
o Ministério dos Transpor- vidos, em nível nacional. linhas de ônibus a prefeitos
tes oficializou a Comissão Por sua vez, na Comissão
Especial de estudos volta- Especial terão cadeiras os Um decreto do governa- empresas que operam regu-
dos para o barateamento ministérios dos Transportes, dor do Piauí, Antônio de A. larmente na região, Freitas
das tarifas no transporte ur- da Fazenda, da Indústria e Freitas Neto, do PFL, de Neto substituiu o antigo de-
bano, e também o CNTU Comércio,das Minas e Ener- setembro, autoriza todos creto pelo atual, que não
— Conselho Nacional de gia, a Secretaria do Planeja- os prefeitos do estado especifica a extensão do per-
Transportes Urbanos, am- mento, a Frente Nacional a operarem linhas de ônibus curso. Indignado com a me-
bos por intermédio de decre- de Prefeitos, o Fórum de de qualquer cidade para a dida, o presidente da NTU,
to de 31 de agosto. Secretários dos Transportes, capital, Teresina, cobrando Otávio Vieira Cunha, afir-
Os integrantes do Conse- a Confaz, a Fabus, a Anfa- pela tarifa o preço que acha- ma que os prefeitos estão
lho e da Comissão serão de- vea, a Ntu, a Anipe (pneu- rem melhor. Há três meses, operando as linhas para
signados pelo Ministro dos máticos) e a Simefre. Essa medida semelhante estabele- transportar gratuitamente
Transportes,e a organização Comissão fica responsabili- cia o limite de extensão pa- pessoas em geral e estudan-
e o funcionamento de am- zada pelo estabelecimento ra as linhas em 140 km.Dian- tes, numa concorrência des-
bos serão definidos pelo de medidas para a redução te do mandato de seguran- leal e predatória para com
Ministério, que prestará to- de preços dos insumos in- ça impetrado por algumas as transportadoras.
do o apoio técnico-adminis- dustriais nos serviços de
trativo necessário. O Conse- transporte coletivo. Ao Con-
lho será formado por repre- selho cabe a incumbência

ÔNIBUS
sentantes dos governos fede- de propor diretrizes para o
ral, estadual e municipal, e desenvolvimento dos trans- Na compra, troca ou venda
também do Distrito Fede- portes urbanos em geral. do seu ônibus ou micro-
ônibus, faça o melhor
negócio na BUS STOP.
E ponto final!
RFFSA oferece operação
turística a terceiros
Enquanto se discute a lizar viagens diárias partin-
privatização da RFFSA, o do, simultaneamente, às 22 É NA
BUS STOP.
Ministro dos Transportes, horas, do Rio e de São Pau-
Alberto Goldman, começa lo. O contrato deverá estabe-
a abrir concorrência públi- lecer um período de 96 me- DEZENAS DE OPÇÕES!
ca para a exploração, por ses para a exploração do • Micro-ônibus
parte da iniciativa privada, transporte. Quanto à manu- eseolareslurbanos
• Micro-ônibus rodoviários ou

E PONTO
de ramais da estatal, para tenção, à reparação e à lim-
ex os
passageiros e para cargas, peza dos trens, a Rede colo- • Mbus urbanos com motor
em alguns trechos de sua cará suas instalações à dispo- frontal ou traseiro
malha total de 40 mil km. sição, tanto em São Paulo ónibus rodoviários com
A primeira licitação recebeu como no Rio. motor frontal ou traseiro
propostas de empresas inte- O outro projeto para a
ressadas na exploração de exploração de ramais por
viagens noturnas entre São terceiros prevê viagens turís-
Paulo e Rio de Janeiro. Até ticas entre Mariana(MG)e
o final deste ano, terá sido Ouro Preto (MG). Os inte-
escolhida a vencedora da ressados terão até meados de
concorrência, que iniciará novembro para enviar pro-
a operação em março de postas para a prestação do
1994. Os trens poderão rea- serviço, que inclui viagens
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A certo de
garagens
A Tecnocenter está lançando o
Comanda 2001, um software espe-
cialmente desenvolvido para pro-
cessar o acerto de contas do moto-
rista e do cobrador com a trans-
portadora. Podendo ser utilizado
por empresa urbana ou intermuni-
cipal, o Comanda 2001 controla a
venda de passagens, de passes para O design do equipamento da Carrier facilita instalação em veículos usados
escolares ou para outros beneficiá-
rios, de vales-transportes, de re-
quisições e de talões de passagens
por meio de cadastros previamente A r condicionado para çarias que não foram projetadas
para uso do acessório", diz. Se-
elaborados contendo informações ônibus usados gundo Marques, esse equipamen-
sobre localidades, linhas, funcio- to é muito pouco utilizado no pa-
nários, horários e preços. Um sis- Diante das dificuldades para ís, não obstante a necessidade
tema de segurança impede qual- a instalação de aparelhos de ar de se proporcionar maior confor-
quer alteração nas informações condicionado em ônibus usados, to ao passageiro. "Um dos pou-
dos cadastros. Segundo o diretor a Carrier, agora em parceria com cos itens de qualidade que o usuá-
da empresa, Sérgio Paulo Deren- a Randon — a qual resultou na rio percebe é a melhoria do am-
ne,o software é de fácil operação, Carrier Transicold —,está ofere- biente interno." O ar condiciona-
pois foi idealizado para a utiliza- cendo ao mercado um aparelho do da Carrier terá o compressor
ção de motoristas e de cobradores. facilmente adaptável nesses veícu- e o motor, de seis cilindros, im-
Funcionando como uma espécie de los, além da adaptação convencio- portados. O restante do equipa-
fechamento de caixa, o programa nal nos zero quilômetros. Quem mento está sendo desenvolvido
evita o preenchimento de planilhas garante isso é Jorge Marques, ge- em unidade fabril própria.
no final do trabalho, processando rente de Marketing da Carrier A Carrier Transicold Brasil
os cálculos necessários para a pres- Transicold Brasil Ltda."O apare- Ltda. fica na Avenida Abramo
tação de contas. O Comanda 2001 lho da Carrier tem um design sim- Randon, 690, Caxias do Sul, RS,
tem a base tecnológica de um PC, plificado, que se adapta nas carro- telefone (054) 222-9653
adaptado com recursos específicos.
Tecnocenter, Rua Ermelinda
Gonçalves Vaders, 50, São Pau-
lo, SP, fone (011)511-0414 Pneus coreanos
Já estão rodando nas estradas versões 1000x20 e 1100x22, rodam
brasileiras pneus coreanos. Empre- mais que os nacionais, alcançando
sas de ônibus,como,por exemplo, até 40 mil km,a um preço bastan-
a Viação Flores, do Rio de Janei- te competitivo. Para se ter uma
ro, experimentaram e estão com- idéia, um lote de até vinte pneus
prando os pneus radiais Kumho Kuhmo coloca o preço da unidade
(lê-se câmo'), comercializados em US$ 450. Se o lote for de cin-
< aqui com exclusividade pela Pneu- qüenta a cem pneus, o preço cai
back Auto Center Ltda. A fabri- para US$ 390. A Pneuback co-
cante faz parte de um grande gru- mercializa o kit completo — pneu,
po industrial coreano, que atua câmara e protetor — e também
no segmento químico e da borra- a câmara e o protetor em separado.
cha em geral, utilizando alta tec- A Pneuback Auto Center Ltda.
nologia no processo de produção e fica na Rodovia Washington Luiz,
no controle de qualidade. O repre- 2 400, Km 2,5, Duque de Caxias,
sentante brasileiro garante que os RJ, telefones (021) 771-7999 e
pneus Kumho, à disposição nas (021) 289-4747
Promessa de maior durabilidade

66 TRANSPORTE MODERNO - Setembro/Outubro, 1993


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