Estamos seguindo o Senhor Jesus, que é a base de tudo que fazemos. Ele nos mantém juntos.
Sua respiração e seu sangue fluem através de nós, nutrindo-nos para que possamos crescer com
saúde no Pai, fortalecidos em amor. (Ef. 4:16 - “A Mensagem” / Pr. Luiz Ricardo)
Família CPO,
Meus queridos, falta pouco para o nosso encontro
em Julho. Já estamos em contagem regressiva (hoje,
escrevendo esta cartinha, faltam 83 dias) e nosso
pensamento está em todos os detalhes da nossa
temporada.
No mês de Março tradicionalmente celebra-se o Dia
Internacional da Mulher e vários eventos ocorrem
nessa época com essa temática, como a Conferência
Fiel para Mulheres e o Encontro para Esposas de
Missionários, e tenho louvado a Deus pelo interesse de
grande parte das mulheres cristãs em viver uma
feminilidade bíblica. Sem contar que louvamos a Deus
pelo zelo das nossas alunas do CPO no que diz respeito
à entrega das tarefas, tanto que, pela primeira vez,
vamos ter uma turma de formandos com maioria
feminina (homens, acordem!). Mas daremos enfoque no
trabalho de oração, até porque neste ano, em março,
celebram-se 29 anos do Ministério de Intercessão pelas
Nações, capitaneado pela nossa irmã Euza Lidório.
Orar é o que mais precisamos fazer até o início da
nossa temporada e durante ela. Vocês já convocaram
sua tropa de intercessores? O CPO está chegando…
Coordenação CPO Nordeste
Um Novo Ministério
Em Dezembro de 1993, os 36 anos de ministério do
Pr. Gedeon Lidório foi encerrado de forma trágica em
um acidente na cidade de Porteirinha, norte de Minas.
Sua auxiliadora idônea e companheira fiel de
ministério, Dª Euza Lidório, ficou muito abalada,
juntamente com seus quatro filhos já casados (Eudalva,
Gédson, Gedeon Jr. e Ronaldo). Ela entendeu que seu
ministério se encerrou ali e não aceitou insistentes
convites para ser evangelista em tempo integral, como a
igreja de Janaúba e outras igrejas queriam, mas passou
a se dedicar à oração,
principalmente pelo ministério de Ronaldo e Rossana
entre os Konkombas, em Gana. De acordo com o seu
relato “era como se Ele me levasse até a aldeia de Koni
e eu clamava pela salvação daquele povo, pedindo ao
Senhor que enviasse o Espírito Santo na frente,
quebrantando os corações, retirando todas as barreiras e
colocando fome e sede espiritual naqueles corações
para que, quando Ronaldo e Rossana lançassem a
semente, a terra já estivesse preparada para germinar,
crescer e dar muitos frutos para a glória de Deus”.
A partir dessa experiência, o Senhor foi chamando Dª
Euza para um novo ministério, dando-lhe uma visão de
todos os povos, línguas, tribos e nações que estão
presos pelos laços de satanás em verdadeira escravidão
e são levados para a perdição dia após dia, sem
esperança, sem salvação, longe de Deus e dos seus
caminhos. O Espírito Santo falou ao seu coração:
“Convoque verdadeiros guerreiros de oração, servos
fiéis e dedicados, desejosos de fazer a vontade de Deus,
que estejam dispostos a enfrentar toda a oposição do
inimigo, mesmo que tenham que pagar um alto preço…
Aliste servos e servas dispostos a se colocar na brecha
em favor desses povos, em intercessão, clamor e jejum,
até vê-los libertos, para a glória de Deus”.
O Espírito Santo foi orientando Dª Euza sobre o que
fazer e como fazer e em Março de 1994, ela iniciou o
Ministério de Intercessão pelas Nações. Os
intercessores são chamados de vigilantes. O
versículo-chave é Sl. 2:8: “Pede-me e eu te darei as
nações por herança”. Nada foi mudado até hoje, tendo a
mesma visão, os mesmos objetivos e o mesmo
propósito: alcançar os não alcançados entre todos os
povos, através das intercessões. A irmâ Euza escolheu
alguns nomes em oração e enviou-lhes uma cartinha
perguntando se queriam participar do grupo dos
Vigilantes. Assim que recebeu a resposta afirmativa, ela
enviou o primeiro calendário de oração para 12 pessoas,
com motivos para orar a cada dia do mês.
 Das 12 pessoas, apenas seis ficaram firmes, e esse
grupo dos sete começou a multiplicar em cada igreja e
congregação nas mais variadas denominações. Tanto
que há vigilantes em praticamente todos os estados do
país e até no exterior. E também grupos de vigilantes
entre os presidiários. Grandes desafios e provações
foram enfrentados, mas, pela graça de Deus, o inimigo
tem sido continuamente derrotado e vidas tem sido
libertadas e restauradas para a glória de Deus.
Um dos momentos mais emocionantes para Dª Euza
foi quando Pr. Ronaldo Lidório esteve na Coréia do Sul
em uma conferência da WEC International (Missão
AMEM), e o Ministério de Intercessão pelas Nações foi
apresentado como um dos ministérios envolvidos com a
obra missionária. Deixo aqui as palavras de Dª Euza em
2013: “Aquela sementinha que foi plantada há 19 anos
é hoje uma árvore frondosa e cheia de galhos
espalhados por uma grande extensão que produz frutos
e dá sombra e abrigo aos missionários que estão nos
campos, muitas vezes cansados e desanimados. Mas,
através das orações intercessórias do povo de Deus, eles
são revigorados e abençoados com uma nova unção,
vinda diretamente da sala do trono, como uma sombra
refrescante em um dia de sol causticante e calor
intenso”.
(Esse relato foi extraído e editado do livro “Ao Deus
de Toda Glória” de Dª Euza Lidório)
Primeiras Lições na Vida de Fé
Deixamos com vocês alguns relatos de Rosalind
Goforth, missionária na China entre os séculos 19 e 20,
com seu esposo Jonathan Goforth, extraídos do seu
livro “Deus Responde às Orações”. Como são preciosas
as nossas primeiras experiências de fé!
Amo ao Senhor, porque Ele ouve a minha voz e as
minhas súplicas. Salmo 116:1.
“Quando eu era bem pequena, tão pequena que não
me lembro de nada antes, sobreveio um forte temporal.
Como trovejava! Aterrada, corri para minha mãe. Ela
juntou minhas mãozinhas e apontando para cima
repetiu várias vezes uma única palavra: Jesus.
Passaram-se mais de cinquenta anos, mas a impressão
deixada por aquele dia em minha mente infantil, de um
Ser invisível, porém, capaz de ouvir e ajudar,
permaneceu indelével na memória.
As mais preciosas lembranças da minha primeira
infância são as que se associam às histórias, que nossa
mãe nos contava, muitas das quais ilustravam o poder
da oração. Uma, que me deixou impressão profunda
dizia respeito a meu avô, que ainda pequeno, foi visitar
os primos no sul da Inglaterra. Moravam perto de uma
densa floresta. Certo dia, atraídas pelas belas flores
silvestres, as crianças perderam-se completamente na
mata. Depois de buscar em vão a saída, a mais velha,
uma menina, chamou para junto de si os pequenos, que
choravam assustados, e disse-lhes: “Quando mamãe
morreu, ela nos pediu que sempre contássemos a Jesus,
se nos encontrássemos em dificuldades. Vamos ajoelhar
e pedir que Ele nos leve para casa.” Ajoelharam-se, e
enquanto ela orava, um dos pequenos abriu os olhos,
encontrando um passarinho tão perto de sua mão, que
ele tentou pegá-lo. O pássaro saiu saltitando, mas
sempre tão pertinho, que a criança foi levada a segui-lo.
Logo todos tomaram parte, procurando alcançar a
avezinha, que ora voava, ora pulava à frente ou pouco
acima deles, ora pousava no chão, onde quase a
apanhavam. Depois, de repente, alçou voo de uma vez e
foi-se embora. As crianças ergueram os olhos e
descobriram que estavam saindo da mata, à vista de
casa.
Tais foram às influências, que deixaram suas
impressões sobre mim desde a mais tenra idade, e por
isso não é de admirar que mesmo pequena, eu já
soubesse “contar a Jesus” as minhas dificuldades.
Através das névoas da lembrança, um acontecimento se
destaca claramente, ocorrido quando eu tinha seis ou
sete anos. Um dia, estava eu brincando no jardim, e fui
acometida de uma dor de dente, das que chamamos “de
pular”. Corri para mamãe em busca de alívio, mas
parecia que nada que ela fazia, minorava a dor. Com
certeza, o nervo estava exposto, pois a dor era aguda.
De repente, pensei: “Jesus pode ajudar-me”. E ali
mesmo, com o rosto junto ao seio de minha mãe, eu
disse de coração:
— Senhor Jesus, se tirares de mim esta dor de dente
agora, eu serei Tua menina por três anos.
Antes de bem completar a oração, a dor desapareceu
completamente. Eu creio que foi Jesus, quem a tirou; e
o resultado foi que durante anos, quando me sentia
tentada a fazer qualquer arte, qualquer coisa errada, eu
tinha medo de fazer o que sabia não estar direito,
porque se eu não mantivesse minha parte no trato,
segundo pensava, a dor de dente voltaria. Este pequeno
incidente influenciou minha vida naquela época;
deu-me um senso constante da realidade da presença de
Deus, e assim ajudou-me, preparando-me para
confessar publicamente a minha fé em Cristo, meu
Salvador, uns anos mais tarde, com a idade de onze
anos.” Continua…