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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM SAÚDE

WINNIE ISABELLE CORDEIRO CALDAS

SISTEMA IoT DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARA


DETECÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

CAMPINA GRANDE - PB
2021
WINNIE ISABELLE CORDEIRO CALDAS

SISTEMA IoT DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARA


DETECÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

Dissertação de mestrado apresentada ao


Programa de Pós-Graduação em Ciência e
Tecnologia em Saúde da Universidade
Estadual da Paraíba - UEPB, em
cumprimento às exigências para obtenção do
título Mestre pelo referido programa.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Eduardo e Silva
Barbosa

CAMPINA GRANDE - PB
2021
WINNIE ISABELLE CORDEIRO CALDAS

SISTEMA IoT DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARA


DETECÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

Dissertação de mestrado apresentada ao


Programa de Pós-Graduação em Ciência e
Tecnologia em Saúde da Universidade
Estadual da Paraíba - UEPB, em
cumprimento às exigências para obtenção do
título Mestre pelo referido programa.

Aprovada em:08/02/2021

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________
Prof. Dr. Paulo Eduardo e Silva Barbosa (Orientador)
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

______________________________________________________
Profª. Drª Sabrina Figueiredo Souto
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

______________________________________________________
Profª. Drª Daniela Pita de Melo
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Aos meus pais, Antônio e Benigna, pela
dedicação, incentivo, conselhos e amor
incondicional,

DEDICO
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por ser a luz da minha vida e por ter me dado forças para
vencer os desafios com coragem, determinação e sabedoria diante as adversidades.

Ao professor Paulo Eduardo e Silva Barbosa, pela paciência, compreensão,


credibilidade, disponibilidade e empenho com o Nutes e com todos os seus alunos.
Aproveito também para demonstrar minha completa admiração, carinho e
reconhecimento pelo seu empenho e competência profissional. Obrigada pelas
inúmeras vezes que você foi amigo ao invés de professor. Serei eternamente grata
por tudo que fez por mim ao longo do decorrer dessa jornada acadêmica. Obrigada!

Ao laboratório de Computação Biomédica, que fez esse projeto acontecer.


Alex, Douglas, Fabio Jr e Lucas, muito obrigado pelo suporte e pelo empenho no
desenvolvimento desse projeto;

Ao Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (NUTES) e a todos que


fazem parte dessa instituição acolhedora e por diversas vezes, uma família;

A professora Daniela Pita de Melo, que me acolheu no departamento de


odontologia, agradeço o suporte durante este trabalho;

Aos meus pais Antônio e Benigna pelo apoio, preocupação, incentivo, ajuda e
sabias palavras nos momentos de indecisões tanto de cunho pessoal quando
profissional. Por me ensinarem a sempre olhar em frente, buscar o melhor e nunca
reclamar;

A Eder, que tanto contribuiu para o meu amadurecimento, aprendizado,


parceria e incentivo até aqui, pelas caronas, lanches e fortalecimento de uma
amizade;

A Tiago, agradeço pelos anos compartilhados, por tudo que fez por mim,
muito mais do que qualquer outra pessoa. Pela construção de quem sou hoje. Sem
sua ajuda, isso e muitas outras coisas não teria sido possível;
Meus sinceros agradecimentos por caminharem ao meu lado na construção
dessa obra.
RESUMO

Obesidade é definida como excesso de adiposidade corporal, acima dos níveis


ideais para uma boa saúde. Embora a obesidade seja um problema de saúde
pública que afeta vários grupos etários, é entre crianças e adolescentes que ela
desempenha um papel mais importante, devido à complexidade do tratamento, alta
probabilidade de persistência na idade adulta e associação com outras doenças não
transmissíveis, ainda em idade pediátrica. A crescente prevalência de sobrepeso e
obesidade em crianças em todo o mundo é um problema crítico de saúde pública
que tem incentivado os governos a considerar diferentes estratégias para reduzir a
obesidade na população. Embora os avanços tecnológicos possam causar alguns
efeitos negativos na saúde, a nova tecnologia também tem o potencial de melhorar a
saúde. A Internet das Coisas (loT) pode fornecer uma ferramenta útil para alcançar
essa necessidade. O objetivo desta pesquisa se deu na criação e validação de um
modelo de sistema desenvolvido para intervenção nutricional com utilização de rede
IoT, para avaliar sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes e promover
comportamentos alimentares saudáveis. Este estudo possuiu como população alvo
crianças e adolescentes em risco nutricional de sobrepeso e obesidade. O estudo
possuiu caráter tecnológico, experimental, qualitativo, descritivo, analítico e
exploratório, sendo dividido em cinco etapas. A primeira etapa consistiu no
desenvolvimento da plataforma HANIoT. A segunda etapa se deu pelo estudo
técnico científico das variáveis da pesquisa. Durante a terceira etapa, houve o
desenvolvimento do sistema APP Android e APP WEB (DASHBOARD). A quarta
etapa compreendeu o desenvolvimento do estudo piloto e intervenção. Por fim, na
quinta etapa, realizou-se a aplicação de questionário para análise descritiva da
pesquisa. Com a análise dos resultados, foi identificado que o sistema tem grande
potencial enquanto instrumento de prevenção e intervenção à obesidade infantil,
além de ter sido considerado uma estratégia diferenciada com os recursos
tecnológicos para a avaliação da patologia envolvida, monitoramento em tempo real,
armazenamento dos dados, privacidade e segurança para o paciente.

Palavras chaves: Obesidade infantil. Internet das Coisas. Monitoramento


ABSTRACT

Obesity is defined as excess body fat, above the ideal levels for good health.
Although obesity is a public health problem that affects several age groups, it is
among children and adolescents that it plays a more important role, due to the
complexity of the treatment, high probability of persistence in adulthood and
association with other non-communicable diseases, yet in age pediatric. The
increasing prevalence of overweight and obesity in children worldwide is a critical
public health problem that has encouraged governments to consider different
strategies to reduce obesity in the population. While technological advances can
have some negative health effects, the new technology also has the potential to
improve health. The Internet of Things (loT) can provide a useful tool to achieve this
need. The objective of this research was to create and validate a system model
developed for nutritional intervention using the IoT network, to assess overweight and
obesity in children and adolescents and promote healthy eating behaviors. This study
had as target population children and adolescents at nutritional risk of overweight and
obesity. The study had a technological, experimental, qualitative, descriptive,
analytical and exploratory character, being divided into five stages. The first step was
the development of the HANIoT platform. The second step was the technical
scientific study of the research variables. During the third stage, there was the
development of the Android APP and APP WEB (DASHBOARD) system. The fourth
stage comprised the development of the pilot study and intervention. Finally, in the
fifth stage, a questionnaire was applied for descriptive analysis of the research. With
the analysis of the results, it was identified that the system has great potential as an
instrument for the prevention and intervention of childhood obesity, in addition to
being considered a different strategy with the technological resources for the
evaluation of the pathology involved, real-time monitoring, storage of data, privacy
and patient safety.

Keywords: Childhood obesity. Internet of Things. Monitoring


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Microsserviços HANIoT ........................................................................... 33


Figura 2 - Tela inicial do questionário. Tela de coleta da variável de peso corporal. 37
Figura 3 - Tela inicial do Dashboard ........................................................................ 38
Figura 4 - Fluxo de uso da aplicação do sistema proposto da pesquisa. ................. 47
Figura 5 - Tela de Cadastro do Paciente ................................................................. 48
Figura 6 - Tela inicial medições das variáveis de saúde da aplicação em Android
desenvolvida e tela de monitoramento das medições. ............................................. 49
Figura 7 - Tela da variável Peso Corporal da aplicação em Android desenvolvida. . 50
Figura 8 - Tela inicial do questionário da aplicação em Android desenvolvida e parte
do questionário sobre os hábitos de sono. ............................................................... 51
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classes de dispositivos que foram utilizados pela solução para coleta de
dados importantes para o acompanhamento e tratamento do paciente ................... 34
Tabela 2 - Frequências inerentes às variáveis categóricas ...................................... 52
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Tendências na prevalência de sobrepeso e obesidade infantil nos EUA e


oito países em desenvolvimento. ............................................................................. 25
Gráfico 2 - Gráfico de barras quanto a rapidez na realização de tarefas ao utilizar a
Tecnologia IoT ......................................................................................................... 53
Gráfico 3 - Gráfico de barras quanto a utilização da tecnologia IoT na melhora do
atendimento ao paciente .......................................................................................... 54
Gráfico 4 - Gráfico de barras quanto a ameaça a privacidade dos pacientes .......... 54
Gráfico 5 - Gráfico de barras quanto a maior utilidade do monitoramento de dados
dos pacientes em tempo real ................................................................................... 55
Gráfico 6 - Gráfico de barras quanto a vantagem do monitoramento em tempo real
com relação ao tratamento tradicional ..................................................................... 55
Gráfico 7 - Gráfico de barras quanto a utilidade do armazenamento de dados ....... 56
Gráfico 8 - Gráfico de barras quanto a utilidade da integração de dados dos
pacientes ao atendimento ........................................................................................ 57
Gráfico 9 - Gráfico de barras quanto a segurança do sistema no tratamento do
paciente ................................................................................................................... 57
Gráfico 10 - Gráfico de barras quanto a barreira encontrada na utilização do sistema
de monitoramento remoto dos pacientes ................................................................. 58
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Requisitos funcionais sistema APP Android e APP WEB


(DASHBOARD)..........................................................................................................39
Quadro 2 – Aconselhamentos nutricionais de acordo com a avaliação do perfil da
criança........................................................................................................................79
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AF Atividade Física
BLE Bluetooth Low Energy
CDC Centers for Disease Control and Prevention
DCNT Doença Crônica Não Transmissível
DCT Dobra Cutânea Triciptal
DPS Dispositivos Pessoais de Saúde
HAnIoT Health Analytics Internet of Things
HDL High Density Lipoprotein
HTTP HyperText Transfer Protocol
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ID Identity
IMC Índice de Massa Corporal
IOS iPhone Operating System
IoT Internet das Coisas
IOTF International Obesity Task Force
LDL Low Density Lipoprotein
NCHS National Center for Health Statistic
NUTES Núcleo de Tecnologia em Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
PC Perímetro da Cintura
PDF Portable Document Format
POF Pesquisa de Orçamentos Familiares
PNDS Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde
RCE Relação Cintura-Estatura
SBP Sociedade Brasileira de Pediatria
TCLE Consentimento Livre e Esclarecido
TDAH Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
UEPB Universidade Estadual da Paraíba
UFPB Universidade Federal da Paraíba
US User story
WHO World Health Organization
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15

2 OBJETIVOS ................................................................................................... 18
2.1 Objetivo Geral.............................................................................................18

2.2 Objetivos Específicos ................................................................................18

3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 19


3.1 Definição e Diagnóstico da obesidade infantil .........................................19

3.2 Etiologia e mecanismos relacionados à obesidade infantil ....................20

3.3 Consequências da obesidade em idade pediátrica .................................22

3.4 Prevalência de sobrepeso e obesidade infantil .......................................24

3.5 Tecnologias IoT ..........................................................................................26

3.6 Tecnologias IoT desenvolvidas para tratamento da obesidade infantil .28

4 PERCURSO METODOLÓGICO ..................................................................... 30


4.1 Aspectos Éticos .........................................................................................30

4.2 Tipo de pesquisa ........................................................................................30

4.3 Local da Pesquisa ......................................................................................30

4.4 População e Amostra .................................................................................31

4.5 Critérios para Seleção ...............................................................................31

4.5.1 Critérios de Inclusão..................................................................................31

4.5.2 Critérios de Exclusão ................................................................................31

4.6 Etapas do Estudo .......................................................................................31

4.6.1 Etapa I: Desenvolvimento da Plataforma HANIoT .....................................32

4.6.2 Etapa II: Estudo Técnico Científico das Variáveis da Pesquisa .................34

4.6.3 Etapa III: Desenvolvimento do sistema APP Android e APP WEB


(DASHBOARD) ..................................................................................................36

4.6.4 Etapa IV: Desenvolvimento do Estudo Piloto e Intervenção ......................43

4.6.5 Etapa V: Aplicação de Questionário Para Análise Descritiva da Pesquisa 43


4.7 Análise de Dados .......................................................................................45

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 46


5.1 Resultados do sistema ..............................................................................46

5.1 Análise Descritiva ......................................................................................51

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 60

APÊNDICES ...................................................................................................... 68

ANEXOS ............................................................................................................ 79
15

1 INTRODUÇÃO

Os panoramas mundiais e brasileiro da obesidade têm se revelado como um


novo desafio para a saúde pública, uma vez que sua incidência e prevalência têm
crescido de forma alarmante nos últimos 30 anos (REIS et al., 2011).
Obesidade é definida como excesso de adiposidade corporal, acima dos
níveis ideais para uma boa saúde. Ela se desenvolve a partir de um balanço
energético positivo e crônico, sob a influência de múltiplos fatores de origem social,
comportamental e ambiental (SWINBURN et al., 2011). Embora a obesidade seja um
problema de saúde pública que afeta vários grupos etários, é entre crianças e
adolescentes que ela desempenha um papel mais importante, devido à
complexidade do tratamento, alta probabilidade de persistência na idade adulta e
associação com outras doenças não transmissíveis, começando jovem (SBP, 2012;
DANIELS; HASSINK, 2015).
A crescente prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças em todo o
mundo é um problema crítico de saúde pública que tem incentivado os governos a
considerar diferentes estratégias para reduzir a obesidade na população (NG et al.,
2014). A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (2010) relatou que 33,5% das
crianças brasileiras tinham sobrepeso e 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas
eram obesos (IBGE, 2010).
Um fator importante para prevenção de obesidade é o diagnóstico de
obesidade durante a etapa infantil e pré-escolar, visto que, durante a infância e no
período escolar, há substancial aumento das prevalências de obesidade bem como
dos seus fatores associados (KAIN et al., 2007). Os pilares do tratamento da
obesidade baseiam-se nas modificações de comportamento e hábitos de vida, que
incluem mudanças no plano alimentar e na atividade física (GAMBA; JÚNIOR,
1999). Todavia, o diagnóstico precoce e as intervenções no período crítico do
desenvolvimento da obesidade (infância e adolescência) têm sido recomendados
para evitarem-se desfechos desfavoráveis na idade adulta (TRICHES; GIUGLIANI,
2005)
A nutrição adequada na infância é importante para o crescimento e o
desenvolvimento da criança, sendo necessária a monitorização nutricional,
principalmente de pré-escolares, que são considerados biologicamente vulneráveis
16

(LAMOUNIER; LEÃO, 1998) Segundo Rodríguez et al. (2008) durante os primeiros


anos de vida ocorrem mudanças quantitativas e qualitativas na composição química
corporal. Alterações na composição corporal ao longo do tempo podem atrair
consequências diretas nas funções do corpo, levando ao aumento da prevalência de
várias doenças associadas à obesidade.
A ocorrente importância de sobrepeso e obesidade em idades cada vez mais
precoces tem despertado a preocupação de pesquisadores e profissionais da área
de saúde, em razão dos danos e agravos à saúde provocados pelo excesso de
peso, tais como hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, hiperlipidemias, dentre
outras (JOHNSON et al., 2009; LEE, 2009). Além disso, uma relação bidirecional
entre obesidade e diagnósticos psiquiátricos tem sido observado em crianças
(JANICKE et al., 2008)
Embora os avanços na nova tecnologia tenham tido alguns efeitos negativos
na saúde, a nova tecnologia também tem o potencial de melhorar a saúde
(THOMAS; BOND, 2014). O uso de eHealth (que é o conjunto de soluções digitais
que, aplicados à medicina, podem melhorar a saúde e a qualidade de vida das
pessoas) ou intervenções baseadas em tecnologia tem várias vantagens
potenciais. Por exemplo, dá a oportunidade de adaptar as informações às
necessidades específicas dos indivíduos. Além disso, melhora a capacidade de
combinar uma variedade de mídias para abordar os propósitos específicos da
intervenção e aumenta a possibilidade de os usuários permanecerem anônimos e
receberem apoio de colegas ou especialistas sobre questões de saúde sensíveis
(ATKINSON; GOLD, 2002).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tecnologia em
saúde é a aplicação de conhecimentos e habilidades organizados na forma de
dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para
combater um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida. De forma
simplificada, tecnologia em saúde pode ser entendida com um conjunto de aparatos
com o objetivo de promover a saúde, prevenir e tratar doenças e reabilitar pessoas
(OMS, 2015).
A Internet das Coisas (loT) pode fornecer uma ferramenta útil para alcançar
essa necessidade. Nesse contexto de eHealth, a loT é uma abordagem recém-
desenvolvida que é o principal objetivo para alcançar e facilitar as comunicações
17

entre objetos inteligentes, como dispositivos, sensores, veículos, aplicativos e


permitir que esses objetos coletem e troquem dados (UCKELMANN et al., 2011).
Nesse sentido, a Internet das Coisas (IoT) é o resultado dos esforços para fornecer
conectividade e inteligência para converter pequenos dispositivos e coisas comuns
em objetos inteligentes. Esses objetos inteligentes apresentam altas capacidades
para integrar e transferir dados enriquecidos de sensores ambientais,
estacionamentos, atividades, comportamentos e dispositivos clínicos a partir de
ambientes móveis de saúde (ISTEPANIAN et al., 2010).
18

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Apoiar o desenvolvimento e validar um modelo de sistema para intervenção


nutricional com utilização de rede IoT, para avaliar sobrepeso e obesidade em
crianças e adolescentes e promover comportamentos alimentares saudáveis.

2.2 Objetivos Específicos

 Analisar a eficácia da internet das coisas no planejamento e decisão de


tratamento da obesidade infantil;
 Verificar os fatores de dificuldade na implantação desse sistema de
intervenção;
 Elaborar planos de intervenção personalizados àqueles que estão em risco
nutricional.
19

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Definição e Diagnóstico da obesidade infantil

A obesidade na infância e adolescência é um dos mais sérios problemas de


saúde pública global do século 21, afetando todos os países do mundo. Em 2016,
estimou-se que nos últimos 40 anos, o número de crianças e adolescentes em idade
escolar com obesidade subiu mais de 10 vezes, de 11 milhões para 124 milhões.
Além disso, nesse mesmo ano, estimou-se que 216 milhões estavam em sobrepeso
(NCD Risk Factor Collaboration, 2017).
Caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que muitas vezes
pode acarretar prejuízos a saúde dos indivíduos, tais como problemas
cardiovasculares, dermatológicos, renais, hipertensão, aterosclerose, digestivas,
diabetes, problemas hepáticos, ortopédicos, entre outros (SEGAL; FANDIÑO, 2002).
Também pode ser definida por um acúmulo excessivo de massa corporal em relação
à massa magra (WHO, 1998). Para Daniels et al. (2005) a obesidade pode ser vista
ainda como um desequilíbrio entre a quantidade de energia consumida e a
quantidade de energia gasta.
É considerada uma doença crônica não transmissível (DCNT), multifatorial,
multissistêmica e epidêmica (FONSECA, 2008; GÓMEZ-AMBROSI et al., 2012),
uma vez que vem apresentando um crescimento exponencial em sua prevalência
afetando todas as faixas etárias, grupos sociais e associando-se a altas taxas de
morbidade e mortalidade na fase adulta (LESSA, 2004).
Para a avaliação do estado nutricional é preconizado pelo Ministério da Saúde
o uso da antropometria, método baseado na medição das variações físicas e na
composição corporal de um indivíduo (PEDRAZA, 2017). Através da aferição e do
acompanhamento das variações de peso, estatura e das medidas de circunferências
e pregas cutâneas têm-se um indicador de saúde altamente sensível, de baixo custo
e de fácil aquisição. Em se tratando da infância, fase caracterizada por importante
desenvolvimento, o monitoramento do crescimento permite que se detecte de forma
precoce agravos à saúde e situações de risco nutricional, como o excesso de peso e
a obesidade (SPERANDIO et al., 2011)
O mesmo autor, menciona que a partir da aferição do peso e da estatura são
calculados os índices antropométricos que são então comparados com as curvas de
20

crescimento de referência conforme a idade e o sexo da criança. A classificação a


partir desses parâmetros reflete a presença do excesso de peso ou da obesidade,
mas não permite a avaliação da quantidade de tecido adiposo e/ou de massa
muscular, ou seja, da composição corporal.
Assim, recentemente, outras medidas e índices, como o perímetro da cintura
(PC) e a relação cintura-estatura (RCE), também têm sido utilizados para avaliar a
localização da gordura corporal. São medidas fáceis, inócuas e de baixo custo, e
têm sido associadas ao risco cardiometabólico em estudos (SO et al., 2016;
BURGOS et al., 2015).

3.2 Etiologia e mecanismos relacionados à obesidade infantil

A etiologia da obesidade infantil envolve fatores externos socioambientais


caracterizando a obesidade exógena e fatores neuroendócrinos ou genéticos
quando a obesidade é endógena (ESCRIVÃO et al., 2000). Apesar de ambas
acarretarem problemas de saúde a obesidade exógena é mais comumente
desenvolvida principalmente na infância, uma vez que está associada a inúmeros
fatores como a propensão genética, fatores psicológicos, etnia, condição
socioeconômica e estilo de vida familiar (SALBE; RAVUSSIN, 2000), Apenas 5%
aproximadamente dos casos de obesidade em crianças e adolescentes são
decorrentes de fatores endógenos. Os 95% restantes correspondem à obesidade
exógena (ESCRIVÃO et al., 2000).
A obesidade exógena é distúrbio nutricional multifatorial. O desmame
precoce, a existência de sobrepeso na família, a alimentação excessiva e distúrbio
na dinâmica familiar, além da redução da prática de atividades físicas, são fatores
comumente associados à sua etiologia (GLANZ et al., 2005).
A prevalência de excesso de peso em crianças é reflexo de um conjunto de
mudanças como a urbanização, aumento da renda, aumento da variedade de
produtos alimentícios e alimentos assim como maior facilidade de acesso,
disponibilidade de fast foods, aumento do transporte motorizado, visualização de
televisão e jogos que, direta ou indiretamente, levaram a um aumento no consumo
de alimentos não saudáveis e a níveis mais baixos de atividade física, cenário esse
que demanda uma adaptação quanto às abordagens educativas em relação à saúde
com enfoque para a infância (WHO, 2017).
21

A população brasileira vivenciou nas últimas décadas mudanças com o


aumento da renda e melhoria no acesso à saúde e educação, que influenciaram os
hábitos de vida e colaboraram com a inserção da população no processo de
transição nutricional (JAIME et al., 2013).
Vem ocorrendo um aumento da variedade de alimentos e bebidas com alta
palatabilidade, custo acessível e, em geral, pré-preparados ou prontos para o
consumo (BYRA; WILDING, 2017) além de frequentemente apresentados em
porções maiores do que as usuais (SABIN et al., 2015). Em decorrência disso, as
refeições tradicionais, usualmente compostas por alimentos como carne, grãos,
feijão, leite/laticínios, legumes e frutas, estão sendo substituídas por esse novo
padrão de consumo, em que prevalecem os alimentos ultraprocessados. Estes, são
caracterizados pelo alto grau de processamento e adição de substâncias de uso
exclusivo da indústria de alimentos. São formulados com substâncias derivadas ou
extraídas de alimentos, com um uso extensivo de aditivos e podem ser considerados
alimentos com um perfil nutricional obesogênico (AGUAYO-PATRÓN; LA BARCA,
2017; MAIS et al., 2017).
O consumo desses alimentos na infância é reflexo da busca de praticidade
pelos pais, que tem importante carga de trabalho, falta de tempo e priorizam
facilidade no acesso e custo, uma vez que esses alimentos possuem preços
atrativos ao consumidor (AGUAYO-PATRÓN; LA BARCA, 2017). A refeição em
família representa um momento importante de interação e controle e a presença de
pelo menos um dos pais durante a refeição está associada a um menor risco de
consumo deficiente de alimentos saudáveis (LANIGAN, 2017). Sabe-se que o
ambiente no qual a criança encontra-se inserida associado com os hábitos de vida
dos pais, principalmente da mãe, contribuem positivamente para o aumento de peso
na infância. Os pais exercem uma influência fundamental no microambiente das
crianças (LARSEN et al., 2015).
O excesso de peso é um agravo multifatorial, no entanto a alimentação é tida
como o principal fator ambiental, seguido do nível de atividade física, dentre os que
favorecem o balanço energético positivo e consequentemente o aumento do peso
corporal. Ainda, destaca-se que o aumento expressivo da exposição de crianças às
telas tem relação com a redução da atividade física, considerado o segundo fator
ambiental mais importante que se relaciona ao aumento da prevalência de excesso
de peso na infância (BYRA; WILDING, 2017). Há uma associação positiva entre o
22

tempo de exposição a televisão e computadores/telas e a quantidade de gordura


corporal em crianças (MONASTA et al., 2010).

3.3 Consequências da obesidade em idade pediátrica

A obesidade infantil traz repercussões clínicas que levam à morbidade leve a


moderada ou mesmo a condições potencialmente letais, em longo prazo. Pode-se
afirmar que as consequências da obesidade têm implicações de caráter metabólico,
anatômico, psicológico e comportamental (SPB, 2012; AMAG et al.; 2005).
A associação da obesidade com alterações metabólicas, como dislipidemia,
hipertensão e intolerância à glicose, considerados fatores de risco para a diabetes
do tipo 2 e para doenças cardiovasculares, até alguns anos atrás, era mais evidente
em adultos. No entanto, hoje, já pode ser observada frequentemente na faixa etária
mais jovem (ORNELAS et al., 2014).
As consequências da obesidade na população infanto-juvenil incluem desde
puberdade precoce a distúrbios psicossociais, além de dislipidemia, hipertensão
arterial, diabetes do tipo 2, esteatose hepática, doenças cardiovasculares,
respiratórias, entre outras (BALDRIDGE et al., 1995; FRANCISCHI et al., 2000;
SOARES; PETROSKI, 2003; OLIVEIRA et al., 2004; BATCH; BAUR, 2005; SINHA;
KLING, 2009).
Cerca de 20 a 30% dos obesos pediátricos têm elevados níveis de pressão
arterial sistêmica e risco 2,4 vezes mais alto do que as eutróficas de desenvolver
hipertensão arterial sistêmica (OLIVEIRA, 2004). A hipertensão arterial sistêmica
secundária tem incidência significativa em crianças, entretanto, na última década,
houve aumento da incidência da forma essencial, principalmente na adolescência. O
fator mais importante implicado na sua gênese na infância é a obesidade, portanto,
torna-se fundamental a investigação sistemática dessa doença em todos os
pacientes obesos (LIMA, 2004).
A resistência à insulina, aparentemente, deve-se a alterações nos receptores
celulares periféricos desse hormônio e tem sua hipótese baseada no achado de
hiperinsulinemia (ESCRIVÃO et al., 2000). Segundo a Associação Americana de
Diabetes, 20 a 25% dos pacientes obesos pediátricos apresentam alguma alteração
no metabolismo de glicose (SPB, 2012). Apesar da elevação compensatória dos
23

níveis insulínicos, a glicemia pode permanecer elevada e o paciente desenvolver o


diabetes mellitus tipo 2 (ROMALDINI, 2004).
O perfil lipídico apresenta, como alterações, o aumento dos triglicerídeos,
redução dos níveis de HDL e alteração na estrutura do LDL e é importante fator de
risco para a aterosclerose e todos os distúrbios cardiovasculares associados (SPB,
2012; ROMALDINI, 2004). Em adolescentes obesos, é observado importante
aumento de LDL bem como dos triglicerídeos e níveis de HDL reduzidos (OLIVEIRA,
2004). A dislipidemia na infância e adolescência é dos principais fatores de risco
comprovados para desenvolvimento de doença cardiovascular na idade adulta
(ROMALDINI, 2004).
Crianças e adolescentes obesos possuem grande risco de desenvolverem
problemas psicológicos, como depressão, ansiedade (CARPENTER et al., 2000;
CSABI et al., 2000; ERICKSON et al., 2000). Os sintomas depressivos podem
interferir na vida da criança, prejudicando seu rendimento escolar e seu
relacionamento familiar e social (EPSTEIN et al., 1996; STRADMEIJER et al., 2000).
Na adolescência, a preocupação com a imagem corporal e a adoção de dietas para
perda de peso podem ser fatores de risco para desenvolvimento de transtornos de
ansiedade ou mesmo anorexia (AMAG et al., 2005).
Juonala et al. (2010) mostraram em seus dados que a cada cinco crianças
obesas, quatro continuam obesos quando adultos. Dessa forma, é essencial que
seja instituído medidas de prevenção à obesidade na infância (CARVALHO et al.,
2013).
O objetivo primário da abordagem da obesidade infantil consiste na adoção de
estilos de vida mais saudáveis, nomeadamente no que concerne à alimentação e
atividade física, pelas crianças e pelos adolescentes assim como por toda a família
(BARLOW, 2007; SPEAR et al., 2007). É igualmente importante melhorar ou reverter
as comorbidades associadas. A pressão arterial e o perfil lipídico tendem a melhorar
com o controle do peso e por isso, segundo alguns autores, a monitorização destes
parâmetros durante as consultas de seguimento é essencial, pois permitirá
demonstrar à família que a melhoria do bem-estar geral ocorre independentemente
da perda de peso corporal (DIETZ; ROBINSON, 2005; BARLOW, 2007).
24

3.4 Prevalência de sobrepeso e obesidade infantil

Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento relevante do número de


indivíduos obesos pelo mundo todo (SPEISER et al., 2005). A obesidade, aos
poucos, passou a ser tratada como doença e caracteriza uma nova epidemia
mundial. Acompanhando este cenário, a obesidade também cresceu entre as
crianças (TERRES et al., 2006)
A obesidade infantil tem sido vista como uma epidemia, ainda em
crescimento, contribuindo para a significativa mudança no perfil de saúde no mundo,
desde o início do século XXI. A Organização Mundial da Saúde estima que
aproximadamente 42 milhões de crianças apresentam sobrepeso, em todo o mundo,
destas, 35 milhões vivem nos países desenvolvidos (WHO, 2015).
Presentemente, a elevada prevalência em idade pediátrica de sobrepeso e
obesidade (presumindo excessiva adiposidade corporal) e os limitados recursos
disponíveis para gerir esse problema realçam a importância de identificar subgrupos
de crianças com sobrepeso/obesidade que estejam sujeitas a um maior risco
cardiometabólico, ainda durante o seu desenvolvimento, mas também mais tarde, já
na vida adulta. De fato, nem todas essas crianças manifestam o mesmo grau de
desregulação metabólico nem tão pouco essa é estritamente proporcional ao grau
de excesso de adiposidade (CAPRIO et al., 2017).
Um vasto número de estudos de revisão, com crianças em idade escolar, tem
identificado aumentos notórios de taxas de obesidade, tanto em países
desenvolvidos como nos em desenvolvimento, nas últimas três décadas (ONIS;
BLÖSSNER; BORGHI, 2010; WANG; LOBSTEIN, 2006)
De acordo com o levantamento realizado pelo International Obesity Task
Force (IOTF, 2005), estimou-se que atualmente haveria 155 milhões de crianças no
mundo com excesso de peso, cuja estimativa foi alcançada, corroborando os dados
da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2012) que indicam que o índice de
pessoas com idade inferior a 18 anos e com excesso de peso é de 170 milhões.
Além disso, o índice mundial de sobrepeso e obesidade infantil aumentou de 4,2%
em 1990 para 6,7% em 2010, tais fatores sugerem que em 2020 este índice seja de
9,1% ou 60 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade (ONIS; BLOSSNER;
BORGHI, 2010).
25

A respeito do excesso de peso, observa-se que mundialmente ocorre uma


epidemia de sobrepeso/obesidade e embora tal quadro para crianças venha
aumentado significativamente em países de baixa renda e renda média, sobretudo
para as maiores de cinco anos de idade e adolescentes, as pesquisas tendem a ser
menos comuns e com amostras pequenas (LOBSTEIN et al., 2015). As prevalências
de sobrepeso e obesidade para oito países podem ser encontradas no Gráfico 1,
traduzida de Lobstein et al. (2015). Nesta observa-se para o Brasil uma reta
crescente com picos maiores de 2002 a 2007, surgindo para este último ano com um
valor de 32% e perdendo apenas para os Estados Unidos que, embora com valor
superior, estava declinando. Os menores valores foram observados para os países
asiáticos China e Hong Kong, além da ilha africana de Seichele.

Fonte: World Obesity Federation apud LOBSTEIN (2015).

Gráfico 1 - Tendências na prevalência de sobrepeso e obesidade infantil nos EUA e


oito países em desenvolvimento.

Ao se tratar do Brasil a obesidade vem aumentando exponencialmente,


principalmente por conta do estilo de vida adotado pela maior parte da população,
essa por sua vez considerada inadequada ao comparar com padrão alimentar de
alguns anos atrás (TARDIDO; FALCÃO, 2006). Levantamento realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009) apresentou que o nível de
obesidade de crianças entre 5 a 9 anos nas regiões Norte e Nordeste se
aproximavam aos 30%, enquanto nas regiões Sudeste, Sul e Centro Oeste
ultrapassavam os 35%.
26

Wang et al. (2002) em estudo realizado comparando prevalência de


obesidade de acordo com renda familiar entre vários países, dentre eles o Brasil,
nas décadas de 70 e 90, constataram um aumento na prevalência de sobrepeso e
obesidade de 4,1% para 13,9% em crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18
anos.
Em outro estudo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009)
analisou características nutricionais e antropométricas cujos resultados evidenciaram
altos índices de prevalência de excesso de peso em crianças entre 5 e 9 anos, com
51,4% em meninos e 43,8% em meninas, sendo que 32% delas apresentaram
sobrepeso, e 11,8% já eram obesas, enquanto que para os meninos, os valores
foram de 34,8% e 16,6% de sobrepeso e obesidade, respectivamente. Corroborando
os dados, a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) realizada ao longo
dos últimos anos pelo Ministério da Saúde constatou que cerca de 7,3% das
crianças com idade inferior a 5 anos estão com excesso de peso e entre 5 a 9 anos
esse índice chega a 33,5%, assim, a obesidade infantil passa a ser um problema de
saúde pública abrangendo todas as classes econômicas, etnias e sexo (TENÓRIO;
COBAYASHI, 2011).
Perante verdadeira epidemia de obesidade e seu quadro complexo, o
tratamento deve ser instituído a partir do momento do diagnóstico e a cooperação da
família é de fundamental importância, ainda que não haja total conhecimento de
seus mecanismos (DAMIANI; CARVALHO; OLIVEIRA, 2000; LORENTE et al.,
1997). Três aspectos que estão diretamente associados devem ser abordados com
ênfase durante o tratamento: a orientação alimentar, o incentivo à prática de AF e os
aspectos psicossociais da obesidade (DAMIANI; CARVALHO; OLIVEIRA, 2000).

3.5 Tecnologias IoT

O termo Internet das Coisas foi usado pela primeira vez em 1999 pelo
pesquisador Kevin Ashton (LEE; LIN; HUANG, 2014). Ao longo dos anos este termo
tem incorporado várias aplicações em diversas áreas como, por exemplo,
segurança, transporte, saúde, agricultura e utilitários.
A Internet das Coisas (do inglês Internet of Things – IoT) (ATZORI et al.,
2010) é um paradigma que preconiza um mundo de objetos físicos embarcados com
sensores e atuadores, conectados por redes sem fio e que se comunicam usando a
27

Internet, moldando uma rede de objetos inteligentes capazes de realizar variados


processamentos, capturar variáveis ambientais e reagir a estímulos externos. Esses
objetos interconectam-se entre si e com outros recursos (físicos ou virtuais) e podem
ser controlados através da Internet, permitindo o surgimento de uma miríade de
aplicações que poderão se beneficiar dos novos tipos de dados, serviços e
operações disponíveis (ZANELLA et al., 2014).
A Internet das Coisas está alicerçada na presença de um conjunto de objetos,
tais como sensores, atuadores e telefones celulares, que por meio de mecanismos
de endereçamento único como a Internet são capazes de interagir e cooperar uns
com os outros. A comunicação e a troca de informações entre estes diferentes
objetos constituem um cenário de uso clássico deste paradigma (TOMAS, 2014).
Segundo Lacerda (2015) a Internet das Coisas provê vários benefícios para a
sociedade, observando-se efeitos significativos nas áreas de meio ambiente, saúde,
comunicação, segurança, comodidade e urbanismo, uma vez que as aplicações são
tantas quantas forem possíveis de se imaginar ao associar objetos com informações.
Com o surgimento das aplicações móveis e sua maior aceitação pelos usuários,
surgiram diversas aplicações voltadas para a saúde e que estão ganhando cada vez
mais espaço. As principais plataformas de desenvolvimento são para o Sistema
operacional móvel da Apple (IOS) e o Android da Google. Atualmente temos
aplicações voltadas para diversas condições, como depressão, obesidade, controle
de estresse, controle cardiovascular, TDAH, dentre outras (PANDRIA; SPACHOS;
BAMIDIS, 2015).
Para Learner (2015), a área de saúde é uma das que mais se destaca neste
avanço, atualmente temos aplicações como, por exemplo, geração de notificação a
atualização de um prontuário de um paciente, alerta de ajuste na posição do leito de
um paciente, inúmeras são as aplicações que estão por vir. Soluções IoT serão
capazes de fornecer serviços de saúde para pessoas nas regiões mais remotas do
nosso país, de diagnosticar doenças em estágio inicial e junto a tudo isso, conseguir
reduzir o custo destes serviços.
Segundo Atzori et al. (2010), na área da saúde, as aplicações da IoT podem
passar por um monitoramento constante de sinais do corpo, como batimento
cardíaco, nível de glicose etc, assim como o monitoramento de pessoas idosas que,
por exemplo, estão expostas a quedas e outros males. Permitir uma ação mais
28

rápida a doenças ou problemas com a saúde em geral pode reduzir os riscos e


melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A IoT está a cada dia mais próxima da nossa realidade, já temos alguns
dispositivos ao nosso alcance, como por exemplo os relógios inteligentes e os
sensores de automação residencial (EVANGELATOS; SAMARASINGHE; ROLIM,
2012). Para que o desenvolvimento da IoT possa avançar em passos largos e assim
ter uma integração completa das “coisas”, existem algumas questões relacionadas à
privacidade, segurança, consumo e fornecimento de energia, capacidade de
processamento e interoperabilidade dos dispositivos que precisam ser tratadas
(ATZORI; IERA; MORABITO, 2010).

3.6 Tecnologias IoT desenvolvidas para tratamento da obesidade infantil

A tecnologia móvel é uma oportunidade para ajudar a prevenir problemas de


saúde em todo o mundo (GUINARD; TRIFA, 2009). Nos últimos anos, muitas
soluções eHealth e mHealth foram apresentadas e implementadas com sucesso,
aproveitando as vantagens das tecnologias de computação recentes e dos
poderosos avanços móveis. Tais soluções oferecem muitos níveis de serviços aos
usuários e grande intensidade de interação, incluindo a troca de dados, a
recuperação de informações e os detalhes de feedback do usuário. Melhorar os
resultados de cuidados de saúde requer a adoção de uma solução adequada que
facilite a melhoria dos resultados dos cuidados médicos (SHUMAKER; OCKENE;
RIEKERT, 2009).
Na pesquisa desenvolvida por Hill et al. (2011), os pesquisadores
desenvolveram um jogo chamado Health Attack. É um jogo direcionado para
crianças afro-americanas, com idades entre sete e 11 anos. Foi projetado para
a plataforma do iPhone e o foco principal é ajudar as crianças a se tornarem
nutricionalmente conscientes dos alimentos que consomem diariamente.
Nos estudos realizados por Arteaga et al. (2009) e Cheok et al. (2004)
também utilizaram jogos em dispositivos móveis para promover atividades físicas de
crianças e adolescentes.
Para Vazquez-Briseno et al. (2012) consideraram que os aplicativos
independentes são insuficientes para melhorar a conscientização sobre a saúde das
crianças. Outra questão que pode ser melhorada nos trabalhos anteriores é facilitar
29

a captura de dados em dispositivos móveis, o que é alcançado em nossa proposta


usando o conceito de Internet das Coisas.
O autor supracitado e seus colaboradores desenvolveram uma plataforma
com ideia principal ajudar os usuários finais (crianças) a melhorar seus hábitos
alimentares, especialmente quando comem na escola ou restaurantes de fast-food
longe de seus pais. Nesta plataforma, as crianças usam um dispositivo móvel para
rastrear alimentos e receber mensagens e notificações apropriadas do seu médico,
professor e/ou pais.
Na pesquisa desenvolvida por Vazquez et al. (2015) tiveram como objetivo em
seu estudo, a realização de uma arquitetura, e fornecer ferramentas para permitir
que as crianças recebam informações relevantes sobre os alimentos que comem,
para que possam tomar decisões apropriadas sobre este tópico. A arquitetura
também foi concebida com o objetivo de motivar as crianças a realizar atividade
física. Então, com uma dieta saudável e atividade física adequada, pode se prevenir
problemas de obesidade no futuro ou perder peso, se eles exigem isso.
A maior parte dos sistemas desenvolvidos relatados pela literatura mostram
que as aplicações móveis podem ser úteis para gerenciamento da saúde. No
entanto, grande parte dessas aplicações são voltadas para os adultos. Como
podemos observar, existem diversas aplicações voltadas para crianças. Em sua
maioria, são jogos baseados em gamificação. No entanto, nenhuma propõe uma
solução envolvendo IoT e uma aplicação móvel, interagindo junto ao usuário e que
permita com o auxílio do profissional de saúde a avaliação de obesidade em idade
pediátrica e posteriormente o aconselhamento nutricional de acordo com seus
hábitos alimentares e estilo de vida.
30

4 PERCURSO METODOLÓGICO

4.1 Aspectos Éticos

Este estudo está inserido dentro da pesquisa intitulada “Criar e validar modelo
de sistema de avaliação e intervenção nutricional para detecção de sobrepeso e
obesidade em crianças e adolescentes por meio de internet das coisas”, registrado
na Plataforma Brasil, aprovado através do Certificado de Apresentação para
Apreciação Ética (CAAE) sob o número de processo 92225018.9.0000.8069
(ANEXO II).
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB). O responsável pelo paciente assinará o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), vide modelo anexo (ANEXO I). No termo
consta resumidamente os objetivos e justificativas da pesquisa. Além disso, será
explicitado claramente aos responsáveis a sua liberdade de recusar ou retirar o
consentimento sem nenhum tipo de prejuízo ou penalização para o mesmo.
Ressalta-se ainda a garantia de sigilo das informações coletadas e da não
identificação dos pacientes, estando assim de acordo com a Resolução n° 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde que rege sobre a ética da pesquisa envolvendo seres
humanos direta ou indiretamente, assegurando a garantia de que a privacidade do
sujeito da pesquisa sendo preservada como todos os direitos sobre os princípios
éticos como: Beneficência, Respeito e Justiça.

4.2 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa tecnológica, experimental, qualitativa, descritiva,


analítica e exploratória.

4.3 Local da Pesquisa

O local do estudo foi no departamento de odontologia da Universidade


Estadual de Campina Grande – PB. Esse é conhecido como um dos que mais se
destaca na UEPB, sua clínica recebe um grande público anualmente.
31

4.4 População e Amostra

A amostra do estudo consistiu em crianças e adolescentes encaminhados ao


departamento de Odontologia da UEPB no período de Julho a Agosto de 2019.
Foi fornecido um termo de consentimento e livre esclarecimento em conjunto com
uma explicação escrita e verbal para o paciente e seu responsável legal. Aqueles
que concordaram com a participação no estudo, foram inseridos na pesquisa. O
estudo piloto obteve uma amostra por conveniência de 6 participantes para a
validação do sistema.

4.5 Critérios para Seleção

4.5.1 Critérios de Inclusão

Os critérios de inclusão da pesquisa foram crianças e adolescentes ente oito a


12 (doze) anos; Os pacientes avaliados foram os referidos às clínicas de Radiologia
Odontológica e Odontopediatria; Crianças cujos pais autorizaram sua participação
mediante termo de consentimento.

4.5.2 Critérios de Exclusão

Adotou-se como critério de exclusão a existência de doenças crônicas ou


específicas do crescimento que pudessem dificultar a avaliação do estado nutricional
ou prejudicar a evolução do crescimento da criança. Pacientes menores de oito anos
e maiores de 12 (doze) anos. Ainda, foram excluídas aquelas que os responsáveis
não aceitarem participar da pesquisa.

4.6 Etapas do Estudo

O trabalho propõe-se a estabelecer um método válido que sirva de referência


para avaliação, intervenção e detecção de sobrepeso e obesidade em crianças e
adolescentes.
O desenvolvimento da pesquisa foi realizado em 5 etapas distintas:
Desenvolvimento da Plataforma HANIoT (etapa I), Estudo Técnico Científico das
32

Variáveis da Pesquisa (etapa II), Desenvolvimento do sistema APP Android e APP


WEB (DASHBOARD) (etapa III), Desenvolvimento do Estudo Piloto e Intervenção
(etapa IV) e Aplicação de Questionário Para Análise Descritiva da Pesquisa (etapa
V).

4.6.1 Etapa I: Desenvolvimento da Plataforma HANIoT

A plataforma utilizada nesse estudo para a coleta dos dados por meio de IoT
foi a plataforma HAnIoT (Health Analytics IoT) (Figura 1) desenvolvida pelo NUTES -
UEPB, a qual foi implementada na pesquisa.
Todos os dados foram captados de forma não invasiva, personalizado de internet
das coisas (IoT). Através das informações combinadas, este sistema é capaz de
detectar os comportamentos que podem colocar a criança e/ou adolescente em risco
de desenvolver obesidade ou desordens alimentares e de saúde geral.
A plataforma HAnIoT é um projeto aberto do NUTES (Núcleo de Tecnologias
Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba), podendo ser utilizado
por diversos centros de saúde. A plataforma HAnIoT pode ser utilizada para realizar
estudos piloto fazendo uso das tecnologias de internet das coisas nas diferentes
áreas e especialidades da saúde. Este trabalho contribui na disponibilização de
funcionalidades dessa plataforma que gerenciam e integram diversos tipos de
tecnologias, tais como dispositivos de uso pessoal, dispositivos vestíveis que
utilizam tecnologia via bluetooth. Além do mais, estão disponíveis diversas
ferramentas para análise de grandes volumes de dados utilizando computação em
nuvem, criando uma rede de internet das coisas de forma fácil e transparente para
que, então, seja enriquecida com informações que sejam processadas por
algoritmos inteligentes.
A utilização de algoritmos inteligentes é uma ferramenta para entender a
informação obtida, tomar decisões e personalizar de forma dinâmica e adaptar o
tratamento e treinamento da criança para seu caso específico, de sobrepeso ou
obesidade, e propensão ao desenvolvimento patologias associadas.
33

Figura 1 - Microsserviços HANIoT

Fonte: Acervo da pesquisa.


34

4.6.2 Etapa II: Estudo Técnico Científico das Variáveis da Pesquisa

4.6.2.1 Variáveis

Tabela 1 - Classes de dispositivos que foram utilizados pela solução para coleta de
dados importantes para o acompanhamento e tratamento do paciente
Variáveis Descrição/Dados Resultados
Validado como indicador de
gordura corporal total nos
percentis superiores, além de
proporcionar continuidade
IMC em relação ao indicador
utilizado entre adultos.
Resultado deverá ser
relacionado com o Percentil
(curvas de crescimento)
De acordo com o IMC obtido, traçar em
linhas retas o IMC e a idade nas curvas de
crescimento.
Percentil < P3: baixo IMC para idade – Indica Identificar o estado
Curvas de
baixo peso nutricional da
Crescimento
Percentil ≥ P3 e < P85: Eutrófico ou Peso criança/adolescente.
ideal para a idade
Percentil ≥ P85 e < P97: Sobrepeso
Percentil ≥ P97: Obesidade

Medição manual. Fita métrica envolta na


cintura da criança acima do umbigo. Há uma
tabela com pontos de corte para cada faixa
etária e sexo.
Circunferência da Cintura (cm)
Circunferência da Idade Identificar se há elevação de
Meninas Meninos
Cintura gordura visceral
8 64,7 65,3
9 67,3 67,7
10 69,6 70,1
11 71,8 72,4
12 73,8 74,7
Relação Cintura x Indicador de sobrepeso e
Estatura obesidade em crianças e
adolescentes.
O resultado deve ser menor
que 0,5
Altura Medição realizada através de estadiômetro Medição da estatura
35

Continuação Tabela 1.
Dispositivos/ Resultados
Dispositivo Pessoal Descrição/Dados
de Saúde
Dispositivo utilizado no monitoramento da taxa de
glicemia no sangue
Em Jejum 65 a 100mg/dl
(ideal)
Em jejum 90 a 145 mg/dl
Identificar possível
Glicosímetro (ótimo)
resistência à insulina
Pós-prandial 80 a 126 mg/dl
(ideal)
Pós-prandial 90 a 180 mg/dl
(ótimo)
Aparelho digital Acuu-Chek Peforma Connect
Dispositivo utilizado no monitoramento da pressão
arterial
Classificação Percentil* para PAS e PAD
Normal PA < percentil 90
PA entre percentis 90 a 95 ou
se PA exceder 120/80 mmHg
Limítrofe
sempre < percentil 90 até <
Pressão arterial
percentil 95
sistólica e diastólica,
Esfigmomanômetro Hipertensão
Percentil 95 a 99 mais 5 mmHg taxa de batimentos
estágio 1
cardíacos
Hipertensão
PA > percentil 99 mais 5 mmHg
estágio 2
PA > percentil 95 em
Hipertensão do ambulatório ou consultório e PA
avental branco normal em ambientes não
relacionados à prática clínica
Aparelho digital HEM6221 OMRON
Dispositivo usado para monitoramento do peso e
Balança outras variáveis corporais. Peso Corporal
Aparelho Yunmai mini bluetooth 4.0

4.6.2.2 Questionário Via APP Android

As perguntas utilizadas no questionário é uma adaptação pelo grupo de


pesquisa do ERICA (APÊNDICE I), coordenado pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro com os alimentos e hábitos citados nos registros alimentares coletados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante a POF 2008 – 2009.
36

4.6.3 Etapa III: Desenvolvimento do sistema APP Android e APP WEB


(DASHBOARD)

App Android (Figura 2)


 Instrumento para coleta dos dados.
 Utilizado pelo Profissional de Saúde onde realiza as coletas para o seu
estudo associando-as ao paciente previamente selecionado. O
profissional de saúde cadastra o paciente, faz as coletas dos dados via
dispositivos de saúde pessoal e questionários. Desenvolvimento de
uma avaliação nutricional com base nos dados coletados.
 O paciente pode usar para coleta e visualização de dados, em uma
versão próxima poderá receber notificações e outras funcionalidades.
Pode ainda cadastrar dispositivos de saúde pessoal (Bluetooth Low
Energy). Cadastrar/coletar medições usando dispositivos de saúde
pessoal ou manualmente e visualizar seu histórico de medições e
gráficos.
 Usuário administrador pode utilizar no modo apenas de
leitura/visualização dos dados.
37

Figura 2 - Tela inicial do questionário. Tela de coleta da variável de peso corporal.

Fonte: Acervo da pesquisa.

Fonte: Acervo da pesquisa.

App Web (Dashboard) (Figura 3)

 Instrumento para visualização dos dados coletados.


 Normalmente é utilizado pelo Administrador e Profissional de Saúde.
 Possibilita a criação e gerenciamento de Estudos Pilotos e Usuários.
 Possibilita ao Profissional de Saúde (Nutricionista) visualizar as
avaliações nutricionais geradas, validar e exportar o aconselhamento
nutricional.
 Possibilita a exportação em .xls e .csv dos dados coletados em estudo
piloto, que pode ser útil para importação no SPSS.
38

Figura 3 - Tela inicial do Dashboard

Fonte: Acervo da pesquisa.


39

Quadro 1 – Requisitos funcionais sistema APP Android e APP WEB (DASHBOARD)


Título Descrição Critérios de Aceitação

[CA-01] - O usuário cadastrado deve possuir ID


único.
[CA-02] - O dashboard deve fornecer a interface
para cadastro de profissionais de saúde.
[CA-03] - A senha do profissional de saúde
cadastrado deve incluir pelo menos 1 caractere
O Usuário (profissional
especial, uma letra e um número. Sendo os
da saúde) deve ser
caracteres especiais válidos: @ # $ % & * ! ? . _
capaz de realizar o
+ - <space>.
US01 - cadastro de pacientes
[CA-04] – O profissional de saúde por meio do
Cadastro de usando o aplicativo
aplicativo móvel deve ser capaz de cadastrar
Usuário móvel. Sendo o
pacientes, associando-os a um estudo piloto.
cadastro do profissional
[CA-05] – O usuário deve ser capaz de modificar
de saúde realizado
seus dados cadastrais a qualquer momento.
pelo administrador da
[CA-06] - O usuário deve ser capaz de remover
plataforma
sua própria conta.
[CA-07] - O usuário, e apenas ele, deve ser
capaz de realizar a alteração da sua senha.
[CA-08] - O usuário deve ser capaz de recuperar
a senha de acesso a plataforma HANIoT, em
caso de esquecimento a partir do e-mail.

[CA-01] - O dashboard e aplicativo móvel deve


O acesso a plataforma
fornecer interface para autenticação do usuário.
US02 - HANIoT deve exigir a
[CA-02] – O token de acesso do usuário deve
Autenticaçã autenticação de
possuir validade máxima de 1 dia. Sendo
o de Usuário usuários previamente
redirecionado para tela de autenticação quando o
cadastrados
token for expirado, ou inválido.

O usuário cadastrado
40

US03 - na plataforma HANIoT [CA-01] - O usuário deve ser capaz de cadastrar


Cadastro de deve ser capaz de dispositivos pessoais de saúde desde que sejam
Dispositivos associar novos DPS a suportados.
Pessoais de sua conta [CA-02] - O usuário deve ser capaz de remover
Saúde dispositivos associados a sua conta.
(DPS) [CA-03] - Um dispositivo pode estar associado a
um ou mais usuários.

Os usuários [CA-01] - O Usuário autenticado no aplicativo


autenticados no móvel deve ser capaz de se conectar a
aplicativo móvel devem dispositivos Bluetooth Low Energy (BLE)
ser capazes de cadastrados na sua conta.
US04 -
conectar dispositivos [CA-02] - O Usuário autenticado no aplicativo
Aquisição
cadastrados na sua móvel deve ser capaz de receber medições de
de dados
conta e receber dispositivos BLE conectados.
dos DPS.
medições realizadas [CA-03] - O Usuário autenticado no aplicativo
por estes ou inserir móvel deve ser capaz de inserir medições
medições manualmente.
manualmente.

[CA-01] - O servidor deve salvar os dados de


Os dados de saúde dos
saúde do usuário permanentemente e com
usuários da plataforma
segurança até que o próprio usuário os remova.
HANIoT devem ser
[CA-02] - O aplicativo móvel ao receber dados de
US05 - armazenados
saúde deve enviar para o servidor, não deve
Armazenam permanentemente e
armazenar em memória não volátil.
ento de com segurança no
[CA-03] - O aplicativo móvel deve realizar o
dados de servidor. O aplicativo
armazenamento criptografado de dados de
saúde móvel deve salvar
configuração e token de acesso do usuário
apenas dados de
autenticado.
configuração e
[CA-04] – Ao sair do aplicativo móvel todos os
autenticação
dados de acesso armazenados devem ser
removidos.
US06 - O aplicativo móvel [CA-01] – As medições coletadas sejam por meio
41

Sincronizaç deve sincronizar com o dos DPS ou manualmente, se tiver conexão


ão de dados servidor os dados de devem ser sincronizadas com o servidor
de saúde saúde de forma imediatamente. Caso contrário, uma mensagem
automática de conexão com internet é necessária deverá ser
exibida.
[CA-02] - A sincronização dos dados deve ser
feita por meio de uma conexão segura e
criptografada.
[CA-03] - As medições enviadas pelo aplicativo
móvel devem ser validadas pelo servidor quanto
ao usuário, tipos de medição, e demais
informações obrigatórias.

[CA-01] – O dashboard deve fornecer a interface


O administrador da para cadastro/edição de estudo piloto.
US07 –
plataforma HANIoT [CA-02] – O dashboard deve fornecer a interface
Cadastro de
deve ser capaz de para associação/desassociação de profissionais
Estudo
cadastrar e gerenciar de saúde e pacientes a um estudo piloto.
Piloto
um estudo piloto [CA-03] – O usuário administrador poderá
remover um estudo piloto somente se não existir
profissionais e pacientes associados.
[CA-01] – O aplicativo móvel deve fornecer
O profissional de saúde questionário de nutrição com interface amigável.
por meio do aplicativo [CA-02] – As respostas de um questionário
móvel deve ser capaz devem ser associadas a um paciente.
US08 – de coletar dados por [CA-03] – As respostas do questionário devem
Coleta de meio de questionários ser salvas no servidor.
dados por com perguntas [CA-04] – O profissional de saúde poderá refazer
meio de relacionadas ao partes do questionário respondido ou remover
questionário interesse do seu todo ele quando desejar.
s estudo, associando as [CA-05] – O mesmo questionário poderá ser
respostas a um respondido e associado a um mesmo paciente
paciente selecionado quantas vezes o profissional de saúde desejar,
previamente ficando assim, todo o histórico das respostas
disponíveis para acesso.
US09 – O profissional de saúde
42

Avaliação deve ser capaz de [CA-01] – O aplicativo móvel deve fornecer a


Nutricional. gerar avaliação interface para o profissional de saúde gerar
nutricional de seus avaliação nutricional do paciente selecionado.
pacientes com base [CA-02] – O dashboard deve fornecer a interface
nos dados coletadas. para que o profissional de saúde possa ver as
avaliações nutricional geradas por meio aplicativo
móvel.
[CA-03] – O profissional de saúde por meio do
dashboard deve ser capaz de visualizar todos os
dados coletados e usados na geração da
avaliação nutricional.
[CA-04] – O profissional de saúde por meio do
dashboard deve ser capaz de adicionar para uma
avaliação nutricional um aconselhamento
personalizado.
[CA-05] – O profissional de saúde por meio do
dashboard deve ser capaz de compartilhar a
avaliação nutricional de um paciente para o e-
mail do paciente ou seu dependente, como
também, fazer download de um arquivo no
formato PDF.
[CA-01] - O usuário deve ser capaz de visualizar
o histórico de suas medições coletadas em forma
de lista.
[CA-02] - O usuário deve ser capaz de visualizar
O usuário cadastrado
por meio de gráficos as medições coletadas e
na plataforma HANIoT
realizar filtragens por data.
US10 - deve ser capaz de
[CA-03] – O usuário deve ser capaz de visualizar
Histórico de visualizar os dados
o histórico das respostas coletadas por meio dos
dados coletados por meio do
questionários.
aplicativo móvel e
[CA-04] – O usuário deve ser capaz de visualizar
dashboard
o histórico de suas avaliações nutricional.
[CA-05] – Por meio do dashboard, o profissional
de saúde poderá consultar o histórico de dados
que exportou de um estudo piloto.
US11 – O profissional de saúde [CA-01] - O dashboard deve fornecer a interface
43

Exportação deve ser capaz de para o profissional de saúde a qualquer momento


de dados exportar os dados fazer o download dos arquivos no formato .csv ou
coletados em piloto .xls contendo os dados coletados no estudo
estudo piloto.
[CA-02] – No ato da exportação dos dados de um
estudo, o profissional de saúde deve ser capaz
de escolher quais os tipos de dados, como
medições e questionários ele deseja, assim como
selecionar os pacientes.
Fonte: Acervo da pesquisa.

4.6.4 Etapa IV: Desenvolvimento do Estudo Piloto e Intervenção

Após caracterização da prevalência de sobrepeso e obesidade na população


diante as informações combinadas, o sistema classificou o nível de sobrepeso e
obesidade e direcionou um plano de intervenção sugerido por um profissional de
saúde para que as crianças e adolescentes adotem comportamentos saudáveis de
alimentação e atividade física (APÊNDICE II). A avaliação foi realizada através do
APP Android e do APP WEB direcionado para crianças e adolescentes, utilizando a
rede IoT, que nos permitiu observar os padrões de atividade da vida cotidiana, dados
de saúde, os parâmetros fisiológicos e comportamentais e os dados ambientais.

4.6.5 Etapa V: Aplicação de Questionário Para Análise Descritiva da Pesquisa

Nesta fase, foi aplicado um questionário adaptado (APÊNDICE II), contendo


10 questões objetivas. A avaliação do impacto da implantação do sistema foi
realizada através de dados qualitativos e quantitativos, verificados pelos aspectos
levantados no questionário para percepção de utilização de tecnologia aos
profissionais de saúde e desenvolvedores. A base de análise desses componentes
passa pela utilização do questionário de percepção de implantação de tecnologia,
observações diretas e tratamento estatístico posterior à aplicação do mesmo.
44

As variáveis que foram adicionadas ao estudo são:

1) Rapidez com o uso da Tecnologia:


Obtendo-se maior agilidade nas tarefas inerentes para execução dos
trabalhos a serem realizados na avaliação e diagnóstico em relação a avaliação
convencional;

2) Atendimento ao Paciente:
No tocante ao acesso remoto e suas facilitações na execução dos trabalhos a
serem realizados pelo profissional de saúde;

3) Privacidade:
Indicador de segurança e avaliação para apresentação de qualquer tipo de
ameaça para o sistema.

4) Monitoramento em Tempo Real:


O uso da tecnologia no monitoramento em tempo real pode ser um indicador
para minimizar as eventualidades que decorrem do processamento de dados;

5) Vantagens em Relação ao Tratamento Tradicional:


Verificar se o Sistema tem primazia frente ao tratamento usual para uso
concomitante ou primário para possíveis avaliações;

6) Armazenamento de Dados:
Consiste na ideia de ter um banco de dados particular, que pode fortalecer
condutas e a elaboração de protocolos e estudos clínicos para as avaliações e
diagnósticos de sobrepeso e obesidade infantil;

7) Integração de Dados:
No que concerne correlacionar os parâmetros clínicos, facilitando tomada de
decisões em tempo hábil, bem como utilização dos dados em outros estudos;
45

8) Segurança do Sistema:
Em relação a segurança, o quesito visa afirmar, que o Sistema permite maior
segurança no tratamento do paciente para todos os participantes da pesquisa;

9) Barreiras Encontradas:
Refere-se às barreiras de execução do estudo. Possibilitando a resolução de
problemas que podem ser atribuídos a fatores externos ou internos do sistema.

4.7 Análise de Dados

Os aspectos estatísticos desse trabalho contam inicialmente com uma análise


descritiva com a utilização de percentuais simples referente a criação desse sistema,
além de tabela de frequência para as variáveis categóricas aplicadas em
questionário, que tem como finalidade a busca pelos dados qualitativos e
quantitativos de resposta aos questionamentos de pesquisa. Dessa forma, a análise
do impacto de implantação de uma tecnologia inovadora através da utilização da
metodologia proposta. Os dados do estudo devem ser analisados por listagem de
frequência das características e respostas combinadas aplicados em questionário.
Para manipulação e análise dos dados foram usadas tabelas do Microsoft office
Excel® e Word® 2010, transformando assim, dados obtidos com a coleta em
informações importantes para validação e relevância da pesquisa.
Em se demonstrando o benefício do uso destas ferramentas de
monitoramento, espera-se alcançar melhores resultados clínicos, em termos de
menores complicações relacionadas à obesidade, e melhor efetividade do
tratamento, incluindo eficácia em termos econômicos.
46

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para que o Sistema de Avaliação e Intervenção Nutricional Para Detecção de


Sobrepeso e Obesidade em Crianças e Adolescentes desempenhasse suas funções
necessárias, foi realizada previamente o estudo dos requisitos, condição
fundamental para obtenção do objetivo proposto pelo projeto e realização do piloto.
Alguns requisitos funcionais para o aplicativo móvel e para o dashboard foram
definidos para viabilização e desenvolvimento do sistema de acordo com as
principais funcionalidades necessárias para a operacionalização da pesquisa. Esses
requisitos são parte integrante dos resultados obtidos para início do projeto.
O levantamento de requisitos foi realizado pelos profissionais da área de
saúde que estão envolvidos no projeto. Dessa forma, foi discutido entre os
profissionais da área sobre: a finalidade do sistema que será desenvolvido, a
importância do desenvolvimento do piloto, os aparelhos utilizados para
desenvolvimento do piloto, dados de saúde que foram coletados, o número de
participantes para participação do piloto, a população escolhida que adequada de
acordo com a operacionalização do sistema, as partes envolvidas em todo o
processo, verificou-se quais os requisitos funcionais e, por fim, a identificação se os
requisitos solicitados foi inteiramente compreendido pelos desenvolvedores. Estes
ficaram responsáveis pela implementação dos métodos para coleta de informações
e dados da saúde, criação do aplicativo móvel e do dashboard.
Realizado o estudo técnico para o desenvolvimento do sistema, todo o
procedimento metodológico foi colocado em prática de acordo com os parâmetros
estabelecidos.

5.1 Resultados do sistema

A arquitetura (Figura 5) foi projetada para atender ao objetivo da presente


pesquisa, que criou e validou um sistema para detecção de sobrepeso e obesidade
em idade pediátrica. O projeto envolve a comunicação em IoT com a aplicação Web
em Android para execução de um aplicativo móvel e de uma plataforma (Dashboard)
que recebe e armazena as informações captadas.
47

Essa comunicação é realizada via bluetooth pelo aplicativo móvel e enviada


para o dashboard para armazenamento e visualização das informações obtidas.
Nessa arquitetura os dados ficam em um servidor na nuvem e são recuperados
através de requisições utilizando o protocolo HTTP, basicamente requisições do tipo,
get, post, put, delete, etc. Esses dados são consumidos por diversos clientes, no
nosso caso o aplicativo e o dashboard (Figura 4).

Figura 4 - Fluxo de uso da aplicação do sistema proposto da pesquisa.

Fonte: Acervo da pesquisa.

O profissional de saúde ao entrar no APP Android encontra a tela inicial do


Sistema HANIoT para que possa fazer login. O Sistema IoT de Avaliação e
Intervenção Nutricional para Detecção de Sobrepeso e Obesidade em Crianças e
Adolescentes possui vários autores nos quais cada um pode realizar diferentes
atividades. Existe um cadastramento previamente realizado. Qualquer administrador
pode criar usuários do tipo Administrador, Profissional de Saúde ou Paciente. O
Profissional de Saúde só pode criar Paciente, e o Paciente, até o momento não tem
privilégios para criar sua própria conta. No aplicativo Android para o paciente, existe
a possibilidade que este pode cadastrar seus próprios dispositivos e realizar a coleta
dos dados via BLE ou inserir manualmente, assim como o Profissional de Saúde.
48

Na tela principal do Sistema o profissional (Figura 5) de saúde deve realizar o


cadastro do paciente. Os campos de preenchimento de dados são: Nome, Data de
Nascimento, Email do responsável, Número de Telefone do responsável e Gênero
da criança.

Figura 5 - Tela de Cadastro do Paciente

Fonte: Acervo da pesquisa.

Após realizado o cadastro do paciente, o profissional de saúde encontra a tela


(Figura 6) para realizar a coleta dos dados via BLE ou inserir manualmente. Os tipos
de medições suportadas, que podem ser coletadas ou inseridas são: Temperatura,
49

Peso Corporal, Glicose Sanguínea, Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e


Medidas Antropométricas.

Figura 6 - Tela inicial medições das variáveis de saúde da aplicação em Android


desenvolvida e tela de monitoramento das medições.

Fonte: Acervo da pesquisa.

Ao selecionar a variável que deseja realizar a coleta, tanto o sistema APP


Android e APP WEB (DASHBOARD) (Figura 7) recebem a medição, o sistema
contabiliza a informação recebida, o APP WEB armazena e processa o resultado da
variável de acordo com os parâmetros estabelecidos para cada variável. Nenhuma
medição pré-estabelecida pode deixar de ser realizada. Caso haja mais de uma
medição da mesma variável, o sistema guarda a entrada numérica para
posteriormente o profissional de saúde checar os resultados encontrados, salvar ou
excluir qualquer entrada que esteja repetida e finalmente finalizar a avaliação. Esses
50

resultados têm referências previamente estipuladas de acordo com a literatura,


envolve idade, sexo, altura, peso que resulta no percentil de cada criança.

Figura 7 - Tela da variável Peso Corporal da aplicação em Android desenvolvida.

Fonte: Acervo da pesquisa.

Posterior coleta das medições das variáveis de saúde, encontramos a tela


(Figura 8) de início do questionário acerca de dados de saúde e hábitos alimentares.
As questões têm entrada para múltipla escolha, numeral e entrada ambivalente de
sim e não. Essas informações foram respondidas pelos próprios usuários do
sistema.
51

Figura 8 - Tela inicial do questionário da aplicação em Android desenvolvida e parte


do questionário sobre os hábitos de sono.

Fonte: Acervo da pesquisa.

5.1 Análise Descritiva

A partir desta seção, iremos considerar a análise estatística feita com base
nos dados obtidos através do questionário sobre as funcionalidades desenvolvidas
no Sistema sob as perspectivas dos desenvolvedores e profissionais de saúde de tal
forma que foram calculadas medidas estatísticas de descrição e percentuais. Os
resultados são apresentados nas Tabela 2.
52

Tabela 2 - Frequências inerentes às variáveis categóricas

PERGUNTAS RESPOSTAS n %
Profissionais de Saúde 8 61,5%
Categoria
Desenvolvedores 5 38,5%
Concordo plenamente 6 46,1%
Usando a Tecnologia IoT me permite realizar
Concordo 6 46,1%
as demais tarefas mais rapidamente?
Incerto 1 7,8%
Concordo plenamente 6 46,1%
O uso da tecnologia IoT melhora o
Concordo 6 46,1%
atendimento ao paciente?
Incerto 1 7,8%
Esses sistemas com tecnologia IoT fornecem Concordo plenamente 6 46,1%
uma oportunidade de melhorar o atendimento
ao paciente? Concordo 7 53,90%
Concordo plenamente 1 7,7%
Concordo 1 7,7%
Incerto 1 7,7%
A privacidade do paciente foi ameaçada?
Discordo 7 53,8%
Discordo fortemente 3 23,1%
Armazenamentos de dados 9 69,20%
Em relação ao monitoramento de dados em Interação com outros
1 7,7%
tempo real, qual a maior utilidade? profissionais
Diagnóstico Preciso 3 23,1%
Maior Segurança 1 7,7%

Armazenamentoindividualizado 3 de dados
23,1%

Possibilidade de resolução de
Qual a principal vantagem em relação ao problemas simples à distância 4 30,8%
tratamento tradicional?
Agilidade no processo de
diagnóstico das variáveis 5 38,4%
coletadas
Realização de trabalhos
2 15,3%
científicos
Armazenamento do perfil
Em relação ao armazenamento de dados, 10 77,0%
clínico do paciente
qual a maior utilidade?
Agilidade das informações no
1 7,7%
possível diagnóstico
Concordo plenamente 5 38,4%
A integração de dados pessoais do paciente
Concordo 7 53,9%
foi útil na integração do atendimento?
Incerto 1 7,7%
Concordo plenamente 6 46,2%
Concordo 5 38,4%
O sistema permite maior segurança no
tratamento do paciente? Incerto 1 7,7%
Discordo 1 7,7%
Quais barreiras foram encontradas na melhor
Internet oscilando 13 100%
utilização do sistema remoto?
53

O questionário foi respondido por treze (13) profissionais. Destes, oito (8) são
profissionais de saúde e cinco (5) desenvolvedores. É uma amostra por
conveniência e contêm significância por apresentar a totalidade de profissionais que
tiveram acesso e conhecimento a pesquisa desenvolvida. Sobre a rapidez na
realização de tarefas com a utilização da Tecnologia IoT, com resultados
concordantes de 46,1%, e com apenas um (1) resultado com resposta incerta para
essa perspectiva (Gráfico 2).

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 2 - Gráfico de barras quanto a rapidez na realização de tarefas ao utilizar a
Tecnologia IoT

No quesito utilização da tecnologia IoT na melhora do atendimento ao


paciente (Gráfico 3) é possível perceber que, de acordo com as respostas obtidas,
os profissionais de saúde têm a opinião de que o acesso remoto trouxe melhorias e
facilitações na execução dos trabalhos a serem realizados por eles. Os
desenvolvedores reforçam em concordância em sua maioria.
54

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 3 - Gráfico de barras quanto a utilização da tecnologia IoT na melhora do
atendimento ao paciente

Em relação à uma possível ameaça a privacidade dos pacientes (Gráfico 4) a


maioria discorda, ou seja, o Sistema tende a não apresentar qualquer tipo de
ameaça, o que pode fortalecer a ideia de segurança no sistema.

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 4 - Gráfico de barras quanto a ameaça a privacidade dos pacientes
55

No item acerca da maior utilidade sobre o monitoramento de dados em tempo


real (Gráfico 5), foram verificadas as seguintes respostas: armazenamentos de
dados (69,20%), interação com outros profissionais (7,7%), diagnóstico preciso
(23,1%).

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 5 - Gráfico de barras quanto a maior utilidade do monitoramento de dados
dos pacientes em tempo real

Em relação às vantagens frente ao tratamento tradicional (Gráfico 6), os


participantes relataram possibilidade de resolução de problemas simples à distância
(30,8%), armazenamento individualizado de dados (23,1%), agilidade no processo
de diagnóstico das variáveis coletadas (38,4%) como as mais importantes e maior
segurança (7,7%) também citada.

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 6 -Gráfico de barras quanto a vantagem do monitoramento em
tempo real com relação ao tratamento tradicional
56

No tocante ao armazenamento de dados (Gráfico 7), a maior utilidade referida


por maioria significativa dos participantes (77,0%) é o armazenamento do perfil
clínico do paciente. A realização de trabalhos científicos (15,3%) também é citada
como vantagem e ainda, a agilidade das informações no possível diagnóstico
(7,7%).

Fonte: Dados da pesquisa

Gráfico 7 - Gráfico de barras quanto a utilidade do armazenamento de dados

A integração de dados pessoais do paciente (Gráfico 8) foi útil na integração


do atendimento com uma força estatística considerável de concordância de 92,3%.
Uma vez que em uma única plataforma esses dados podem ser correlacionados
com os parâmetros clínicos, facilitando tomada de decisões em tempo hábil.
57

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 8 - Gráfico de barras quanto a utilidade da integração de dados dos
pacientes ao atendimento

No quesito segurança (Gráfico 9), o sistema permite maior segurança no


tratamento do paciente, houve um resultado de 84,6% de concordância. Acredita-se
que a utilização do sistema pode acelerar decisões que possam atingir
positivamente a vida do paciente.

Fonte: Dados da pesquisa


Gráfico 9 - Gráfico de barras quanto a segurança do sistema no tratamento do
paciente

Em relação às barreiras encontradas na implantação e utilização do sistema


de monitoramento remoto (Gráfico 10), houve concordância uníssona em relação a
problemas com a internet oscilando (100%). Pôde-se verificar alguns problemas
técnicos com referência ao acesso contínuo a Internet. Quando a conexão com a
Internet é perdida, seja via desconexão da rede sem fio ou outro problema, o
Sistema sinaliza a falha na captura do dado perdido na hora de enviar o relatório
nutricional e encerrar o cadastro do paciente da vez, é necessário reiniciar a coleta
daquela variável perdida. Foi realizada a implementação de um modem para melhor
segurança na transferência de dados, mitigando-se a falha na oscilação da rede.
58

Fonte: Dados da pesquisa

Gráfico 10 - Gráfico de barras quanto a barreira encontrada na utilização do sistema


de monitoramento remoto dos pacientes
59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto foi elaborado para ser executado dentro dos padrões já existentes
na pós-graduação em Ciência e Tecnologia em Saúde, não demandando, dessa
forma, de problemas de execução de ordem técnica. Considerando que o projeto foi
desenvolvido em forma de piloto, respeitando todos os passos técnicos para o
desenvolvimento da plataforma de avaliação, e posteriormente de aplicação, não foi
identificado, pelos esforços desta pesquisa, trabalhos acadêmicos similares no Brasil
investigando o custo-efetividade do uso de ferramentas tecnológicas para o
monitoramento remoto de pacientes com obesidade, no contexto da Internet da
Coisas.
A estratégia de conectar remotamente o paciente com a equipe de saúde, por
meio do monitoramento em tempo real, possibilita a tomada de decisões em
momentos precoces e críticos, prevenindo-se complicações da obesidade infantil.
Além disso, a pesquisa contribui cientificamente e tecnologicamente para o NUTES
(Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde), na linha de pesquisas em
Tecnologias IoT em saúde. A combinação de recursos tecnológicos aliados à
prevenção e intervenção da obesidade infantil pode ser considerada uma estratégia
inovadora a fim de compor como mais uma ferramenta ao enfrentamento à
obesidade infantil.
Contudo, a principal lacuna encontrada neste estudo foi a testagem numa
amostra por conveniência para a validação do sistema. Um número maior de
participantes do público-alvo seria de grande valia para uma maior efetivação dos
resultados e maior validação da intervenção.
Através das avaliações dos desenvolvedores e profissionais de saúde, foi
possível verificar que o Sistema tem grande potencial enquanto instrumento de
prevenção e intervenção à obesidade infantil, além de ter sido considerado uma
estratégia diferenciada com os recursos tecnológicos para avaliação da patologia
envolvida, monitoramento em tempo real, armazenamento dos dados, privacidade e
segurança para o paciente
Espera-se embasar futuros estudos na mesma temática, explorando novas
estratégias para o alcance de resultados inovadores utilizando-se da tecnologia
empregada na pesquisa.
60

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68

APÊNDICES
69

APÊNDICE I
Questionário Via APP Android

As próximas perguntas se referem a você

1)Nome co mpleto

2)Qual é o seu sexo?


 Feminino
 Masculino

3 ) Q u a l é a su a i d a d e ?
( T e l a n u mé r i ca p a r a r e s p o s t a )

As próximas perguntas referem-se a prática de atividade física. Leia com


atenção a lista de atividades físicas que se encontra abaixo e assinale aquelas que
você praticou na SEMANA PASSADA. Considere apenas atividades realizadas FORA
da educação física da escola. VOCÊ PODE MARCAR MAIS DE UMA ATIVIDADE.

4) Na SEMANA PASSADA você praticou: (Pode marcar mais que uma alternativa)
 Futebol (campo, de rua,clube)
 Futsal
 Handebol
 Basquete
 Andar de patins, skate
 Atletismo
 Natação
 Gisnática olímpica, rítmica,
 Judô, Karatê, Capoeira, outras lutas
 Ballet, outros tipos de danças
 Correr
 Andar de bicicleta
 Caminhar como exercício físico
 Caminhar como meio de transporte(ir a escola,casa de um amigo)
Considerar ida e volta
 Vôlei de quadra
 Musculação
 Exercícios abdominais
 Tênis de quadra, tênis de mesa
 Passear com o cachorro
 Ginástica de academia
 Nenhuma atividade

5) Você faz educação física da escola?


 Sim. Um tempo por semana
 Sim. Dois tempos por semana
 Sim. Três tempos por semana
 Não participo da educação física da escola

Agora você responderá perguntas sobre seus háb itos alimentares

6) Você come a merenda oferecida pela escola?


 Minha escola não oferece merenda
 Não como a merenda da escola
 Como merenda da escola as vezes
 Como merenda da escola quase todos os dias
70

 Como merenda da escola todos os dias

7) Você compra lanche na cantina (bar) da escola?


 Na minha escola não tem cantina
 Não compro lanche na cantina da escola
 Compro lanche na cantina da escola as vezes
 Compro lanche na cantina da escola quase todos os dias
 Compro lanche na cantina da escola todos os dias

8) Você toma o café da manhã?


 Não tomo café-da-manhã
 Tomo café-da-manha às vezes
 Tomo café-da-manha quase todos os dias
 Tomo café-da-manha todos os dias

9) Quantos copos de água você bebe em um dia?


 Nã o b e b o ág u a
 1 a 2 copos por dia
 3 a 4 copos por dia
 Pelo menos 5 ou mais copos por dia
10) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você tomou refrigerante?
 Não tomo refrigerante
 Não tomei refrigerante nos últimos 7 Dias
 Tomei refrigerante 1 ou 2 dias nos últimos 7 dias
 Tomei refrigerante 3 ou 4 dias nos últimos 7 dias
 Tomei refrigerante 5 ou 6 dias nos últimos 7 dias
 Tomei refrigerante todos os dias
 Não lembro

11) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você comeu salada crua,
legumes ou verduras?
 Não como salada crua
 Não comi salada crua nos últimos 7 Dias
 Comi salada crua 1 ou 2 dias nos últimos 7 dias
 Comi salada crua 3 ou 4 dias nos últimos 7 dias
 Comi salada crua 5 ou 6 dias nos últimos 7 dias
 Comi salada crua todos os dias
 Não lembro

12) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você tomou leite?
 Não tomo leite
 Não tomei leite nos últimos 7 Dias
 Tomei leite 1 ou 2 dias nos últimos 7 dias
 Tomei leite 3 ou 4 dias nos últimos 7 dias
 Tomei leite 5 ou 6 dias nos últimos 7 dias
 Tomei leite todos os dias
 Não lembro
13) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você comeu feijão?
 Não como feijão
 Não comi feijão nos últimos 7 Dias
 Comi feijão 1 ou 2 dias nos últimos 7 dias
 Comi feijão 3 ou 4 dias nos últimos 7 dias
 Comi feijão 5 ou 6 dias nos últimos 7 dias
71

 Comi feijão todos os dias


 Não lembro

14) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você comeu frutas?
 Não como frutas
 Não comi frutas nos últimos 7 Dias
 Comi frutas 1 ou 2 dias nos últimos 7 dias
 Comi frutas 3 ou 4 dias nos últimos 7 dias
 Comi frutas 5 ou 6 dias nos últimos 7 dias
 Comi frutas todos os dias
 Não lembro
15) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você comeu
guloseima/doces/bombons?
 Não como guloseimas
 Não comi guloseimas nos últimos 7 Dias
 Comi guloseimas1 ou 2 dias nos últimos 7 dias
 Comi guloseimas3 ou 4 dias nos últimos 7 dias
 Comi guloseimas 5 ou 6 dias nos últimos 7 dias
 Comi guloseimas todos os dias
 Não lembro

16) Nos ÚLTIMOS 7 DIAS (1 semana), quantos dias você comeu hamburgues,
salsicha, entre outros embutidos?

 Não como hamburgues, salsicha, entre outros embutidos


 Não comi hamburgues, salsicha, entre outros embutidos nos últimos 7 Dias
 Comi hamburgues, salsicha, entre outros embutidos 1 ou 2 dias nos últimos 7
dias
 Comi hamburgues, salsicha, entre outros embutidos 3 ou 4 dias nos últimos
7 dias
 Comi hamburgues, salsicha, entre outros embutidos 5 ou 6 dias nos últimos
7 dias
 Comi hamburgues, salsicha, entre outros embutidos todos os dias
 Não lembro

17) Até os 6 meses vida, sua amamentação foi:


 Exclusiva
 Complementar
 Fórmulas infantis
 Outros
 Não sei/ não lembro

18) Possui alguma alergia alimentar ou intolerância alimentar?


 Glúten
 APLV (Alergia a Proteína do Leite de Vaca)
 Lactose
 Corante
 Ovo
 Amendoim
 Outros
 Não sei/ não lembro

Agora você responderá questões sobre sua saúde de um modo geral


72

19) Algum médico ja lhe disse que você tem ou teve pressão alta (hipertensão)?
 Sim
 Não
 Não sei / não lembro

2 0 ) Al g u m mé d i co já d i s se que você te m açú car alto no sa n g u e ( di a b e te s) ?


 Sim
 Não
 Nã o se i/ n ã o l e mb r o

2 1 ) Alg u m mé d i co di sse qu e você tem ou teve gorduras aumentadas no sangue


( col ester ol ou triglicerídeos)?
 Sim
 Não
 Nã o se i/ n ã o l e mb r o

Ag o ra vo c ê re s p o nd e rá a pe rg unt a s s o b re so no .

22) A que horas você costuma dormir?


 6h da noite ● 6h da manhã
 7h da noite ● 7h da manhã
 8h da noite ● 8h da manhã
 9h da noite ● 9h da manha
 10 da noite ● 10h da manhã
 11h da noite ● 11h da manhã
 Meia noite ● Meio dia
 1h da manhã ● 1h da tarde
 2h da manhã ● 2h da tarde
 3h da manhã ● 3h da tarde
 4h da manhã ● 4h da tarde
 5h da manhã ● 5h da tarde

23) A que horas voce costuma acordar?


 6h da noite ● 6h da manhã
 7h da noite ● 7h da manhã
 8h da noite ● 8h da manhã
 9h da noite ● 9h da manha
 10 da noite ● 10h da manhã
 11h da noite ● 11h da manhã
 Meia noite ● Meio dia
 1h da manhã ● 1h da tarde
 2h da manhã ● 2h da tarde
 3h da manhã ● 3h da tarde
 4h da manhã ● 4h da tarde
 5h da manhã ● 5h da tarde
73

APÊNDICE II
PERCEPÇÃO DE USO DO SISTEMA IoT DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL PARA DETECÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

1. Usando a Tecnologia IoT me permite realizar as demais tarefas mais


rapidamente?
Concordo plenamente
Concordo
Incerto
Discordo
Discordo fortemente
2. O uso da tecnologia IoT melhora o atendimento ao paciente?
Concordo plenamente
Concordo

Incerto

Discordo
Discordo fortemente
3. Esses sistemas com tecnologia IoT fornecem uma oportunidade de melhorar
o atendimento ao paciente?
Concordo plenamente

Concordo

Incerto

Discordo

Discordo fortemente

4. A privacidade do paciente foi ameaçada?


Concordo plenamente
74

Concordo

Incerto

Discordo

Discordo fortemente

5. Em relação ao monitoramento de dados em tempo real, qual a maior


utilidade?

Maior Segurança

Armazenamentos de dados

Interação com outros profissionais

Diagnóstico Preciso

6. Qual a principal vantagem em relação ao tratamento tradicional?

Maior Segurança

Armazenamento individualizado de dados

Possibilidade de resolução de problemas simples à distância

Agilidade no processo de diagnóstico das variáveis coletadas

7. Em relação ao armazenamento de dados, qual a maior utilidade?

Realização de trabalhos científicos

Armazenamento do perfil clínico do paciente

Agilidade das informações no possível diagnóstico


75

8. A integração de dados pessoais do paciente foi útil na integração do


atendimento?

Concordo plenamente

Concordo

Incerto

Discordo

Discordo fortemente

9. O sistema permite maior segurança no tratamento do paciente?

Concordo plenamente

Concordo

Incerto

Discordo

Discordo fortemente

10. Quais barreiras foram encontradas na melhor utilização do sistema remoto?

Internet oscilando

Sistema complexo

Falhas na transmissão de dados


76

APÊNDICE III
ACONSELHAMENTOS NUTRICIONAIS DE ACORDO COM A AVALIAÇÃO DO PERFIL DA CRIANÇA
Resistência à
Baixo Peso Eutrofia Sobrepeso/Obesidade Hipertensão
Insulina/Diabetes
Realize de 5 a 6 refeições Alimentar-se 5 ou 6 vezes As refeições devem ser Alimentação balanceada, Cortar o consumo excessivo
por dia (café da manhã, ao dia. Comer no café da realizadas em ambientes utilizar carboidratos ricos em de sal. O ideal é usar no
lanche da manhã, almoço, manhã, almoço, jantar e tranquilos e sem distrações, fibras e que forneçam máximo uma colher rasa de
lanche da tarde, jantar e fazer lanches saudáveis nos com foco na alimentação. O energia lentamente como chá por pessoa/dia. Os pais
lanche da noite). Mastigar intervalos. momento da refeição NÃO raízes e cereais integrais em sempre devem dar o
bem os alimentos. deve estar associado a uso pequenas quantidades; exemplo.
Evitar o excesso de de aparelhos eletrônicos
Preparar pratos coloridos e salgadinho industrializados, (televisão, celular, tablete, Preferir água ao invés de A hidratação merece sempre
diversificados para estimular refrigerantes, biscoitos videogame). refrigerantes, que não tem
atenção especial. Crianças e
o apetite. recheados, lanches fast- valor nutritivo e aumenta a
food, alimentos de preparo concentração de açúcar no adolescentes devem
Evite ambientes de fast-
Ingerir vitaminas de frutas instantâneo, doces, sorvetes sangue.
foods. consumir cerca de um litro e
feitas com leite integral. e frituras.
Priorizar os vegetais meio de água ao longo do
Adicione uma colher de sopa Inclua mais frutas, verduras Evite porções gigantes e/ou (verduras e legumes) nas
dia.
de azeite de oliva extra e legumes nas refeições extragrandes. principais refeições.
virgem no almoço e no todos os dias.
jantar. Incluir oleaginosas por O refrigerante deve ser
Evite oferecer alimentos
Deixar a refeição de maneira serem ricas em vitaminas e substituído por sucos,
como achocolatados,
Consumir frutas a ter 5 cores no prato, por minerais. principalmente, os naturais
refrigerantes, sucos em pó e
enriquecidas com aveia, leite exemplo: o vermelho do de fruta.
sucos de caixinha. Estes
em pó, cereais, açaí, iogurte tomate, o branco do arroz, o Incluir frutas in natura no dia
alimentos contêm grandes
integral, mel. Consuma escuro da carne, o verde de a dia, de forma moderada. Oferecer e incentivar as
quantidades de açúcar
Massas, arroz, batata, pães, legumes e verduras, o crianças e adolescentes a
adicionado.
mandioca amarelo da laranja ou Incluir gengibre, abacate e provarem frutas, verduras e
mamão frutas vermelhas com poder legumes variados até
Não trocar as refeições por Dê preferência aos sucos antioxidante e anti- que encontrem os que
lanches rápidos. Comer arroz, massas e pães naturais, integrais ou de inflamatório. gostam e, assim, consumam
todos os dias é essencial. polpa quando houver o espontaneamente. Não se
Carboidratos de absorção consumo destes alimentos. Retire alimentos deve obrigá-los a comer
lenta são fontes ricas e Lembre-se que a melhor inadequados: Pães brancos, alimentos de que não
saudáveis de caloria, evite bebida para matar a sede é DOCES em geral, frituras, gostem.
os açucares. a água. açúcar e farinhas refinadas,
77

Ofereça alimentos ricos em alimentos ultraprocessados É preciso usar a criatividade


Consumir leite e/ou e refrigerantes. para introduzir alguns
fibras, como frutas, legumes,
derivados todos os dias, já Industrializados no geral. alimentos saudáveis à dieta.
que estão em fase de verduras e cereais integrais Adicionar pedacinhos de
crescimento e estes são beterrada no feijão ou de
(arroz integral, macarrão
alimentos ricos em cálcio, cenoura no arroz pode
essencial para esta fase da integral, pães integrais). A melhorar o consumo desses
vida deles. alimentos, por exemplo.
fibra dos alimentos auxilia na
Especificamente para as
Estimule-o a movimente-se! saciedade. crianças, vale montar
Não ficar horas em frente à carinhas ou outros desenhos
TV ou computador. O com os legumes e verduras
Legumes e verduras devem
exercício físico estimula a antes de servi-los.
estar presentes no almoço e
produção de hormônio do
no jantar. Bem como frutas
crescimento (assim como o Cortar o consumo de
devem estar presentes nos
sono), além de alimente-se produtos industrializados
lanches.
bem, dormir pelo menos de como mortadela, macarrão
Se as refeições principais
8 a 10 horas por dia e fazer instantâneo (cujo tempero
exercício físico. forem realizadas fora de tem excesso de sódio),
lanches e comidas
casa, opte por locais que
semiprontas.
ofereçam buffet a quilo, pois
Incentivar a atividade física
tendem a ter melhores
(brincadeiras, jogos,
opções de preparações. atividades esportivas), evitar
o sedentarismo.
Fique atento a montagem do
prato, pois a grande
variedade de alimentos pode
induzir a uma hiper
alimentação e/ou escolhas
não saudáveis.

Evite bolachas recheadas,


salgadinhos, bolinhos de
pacote, iogurtes com sabor,
78

queijo tipo petit suisse,


macarrão instantâneo, pães
tipo bisnaguinha (mesmo
que integral), cereal matinal,
balas de goma, gelatina,
nugget.
Evite congelados como
lasanha, pizza, hambúrguer.
Se eventualmente estes
alimentos forem oferecidos,
opte por opções caseiras.
A reeducação alimentar do
adolescente é algo que toda
a família deve estar
motivada a participar. Sendo
assim, o adolescente não
deve ser excluído da
alimentação da família, e
sim a família incluída na
alimentação dele.
79

ANEXOS
80

ANEXO I – TERMO DE COMPROMISSO


81

ANEXO II – TERMO DE ANUÊNCIA INSTITUCIONAL


82
83

ANEXO III: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

“SISTEMA IoT DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARA


DETECÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES”

Prezado(a) Senhor(a):

Gostaríamos de convidar a criança ou adolescente sob sua responsabilidade para


participar da pesquisa SISTEMA IoT DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL PARA DETECÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES, a ser realizada no Departamento de
Odontologia – UEPB, Campina Grande/PB. O objetivo da pesquisa é Criar e
validar um modelo de sistema desenvolvido para intervenção nutricional com
utilização de rede IoT, para avaliar sobrepeso e obesidade em crianças e
adolescentes e promover comportamentos alimentares saudáveis. A
participação da criança ou adolescente é muito importante e ela se daria da seguinte
forma: Aplicação de questionário via tecnologia e medição de dados de saúde.
Esclarecemos que a participação da criança ou do adolescente é totalmente
voluntária, podendo o(a) senhor(a) solicitar a recusa ou desistência de participação
da criança ou do adolescente a qualquer momento, sem que isto acarrete qualquer
ônus ou prejuízo à criança ou adolescente. Esclarecemos, também, que as
informações da criança ou do adolescente sob sua responsabilidade serão utilizadas
somente para os fins desta pesquisa (ou para esta e futuras pesquisas) e serão
tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a
identidade da criança ou do adolescente. Esclarecemos ainda, que nem o(a)
senhor(a) e nem a criança ou adolescente sob sua responsabilidade pagarão ou
serão remunerados (as) pela participação. Garantimos, no entanto, que todas as
despesas decorrentes da pesquisa serão ressarcidas, quando devidas e decorrentes
especificamente da participação. Os benefícios esperados são: Propiciar ao
paciente jovem a ter uma vida saudável, aumentando suas chances de se
tornar um adulto saudável; Proporcionar o acompanhamento do paciente e
oferecer uma reeducação quanto aos seus hábitos diários, com o propósito de
permitir uma melhor perspectiva de saúde geral; Possibilitar a criança e/ou
adolescente a participar do seu acompanhamento e associar o seu tratamento
84

a instrumentos tecnológicos além da oportunidade de realizar atividades


coletivas com outros pacientes que se encontram na mesma situação, leva a
inclusão social dessa criança. Quanto aos riscos, numa escala bastante
reduzida, haverá riscos mínimos de constrangimento aos participantes da
pesquisa e do local do estudo. Informamos que esta pesquisa atende e
respeita os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente-
ECA, Lei Federal nº 8069 de 13 de julho de 1990, sendo eles: à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Garantimos também que será atendido o Artigo 18 do ECA: “É dever de todos
velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”
Caso o(a) senhor(a) tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos poderá
nos contatar (Winnie Isabelle Cordeiro Caldas; Av. Juscelino Kubstchek, 274 –
Cruzeiro. (83) 99935-0611, isabellecordeiroc@gmail.com).
Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas
devidamente preenchida, assinada e entregue ao(à) senhor(a) .

Campina grande, ___ de ____________de 2018.


Pesquisador Responsável
RG::__________________________

____________________________________________ (NOME POR EXTENSO DO


RESPONSÁVEL PELO PARTICIPANTE DA PESQUISA), tendo sido devidamente
esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo com a participação
voluntária da criança ou do adolescente sob minha responsabilidade na pesquisa
descrita acima.
Assinatura (ou impressão dactiloscópica):____________________________
Data:__________________
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ANEXO IV: DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA


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ANEXO V
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