Fundamentos Históricos da Educação de Surdos (disciplina isolada)
Aluno(a): Hillary Lyn Soares Coelho
Tutor: Eva dos Reis
O surgimento do primeiro professor de surdos ocorreu em Madrid, Pedro
Léon, mas ele apenas lecionava pelo fato das crianças serem filhos de pessoas nobres, a educação foi necessária para repassar os bens familiares. Outro nome muito marcante que acabou sendo considerado o criador da língua de sinais, é L’Epée, por ter tido a humildade em aprender a linguagem e montar um sistema chamado de sinais metódicos, ele fundou uma escola exclusiva para os surdos-mudos em Paris.
De acordo com a região e tempo, os surdos eram vistos de diferentes
formas, de um lado como mensageiros dos deuses e outros como algo a ser exterminado, até validarem a existência das pessoas, o percurso foi longo, mas as datas mais recentes não significaram melhoria. O Congresso de Milão de 1880, ficou marcado como o maior retrocesso para educadores, foi decidido que seria usado a metodologia oral, excluindo a linguagem de sinal ou o método gestual, uma maneira totalmente excludente pois o surdo precisava aprender como o ouvinte, por desenvolvimento de fala, escrita e leitura labial. Apenas no Movimento dos Direitos dos Surdos em 1970 que começaram questionar a abordagem clínica e reconhecer a língua de sinais, anos depois é demonstrado pelas pesquisas e até mesmo o uso no dia a dia, que o ensino gestual é o correto e apropriado. A evolução ocorreu de forma gradual, após o congresso começou a surgir escolas exclusivas, como o Imperial Instituto dos Surdos- Mudos em 1857, sofre mudanças no nome e várias gerências diferentes, mas o marco histórico aconteceu apenas cem anos depois, quando é definido que o ensino de natureza visual-motora, ou seja a gestual.
Portanto, ao finalmente aceitarem a diversidade linguística e cultural dos
surdos, a sociedade cria um ambiente mais inclusivo, permitindo participarem plenamente em todos os aspectos da vida. Além do reconhecimento, é necessário uma nova legislação e alteração no modelo educacional do Brasil, para que todas as pessoas independentes de serem surdos ou não, aprenderem a linguagem de sinais.