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MANUAL DE FORMAÇÃO
UFCD 10145
25 horas
Ana Isabel
1. HISTO) RIA E EVOLUÇA1 O DA FARMA) CIA
As doenças sã o parte integrante da luta do homem pela sobrevivê ncia e pela vida. O
Homem primitivo vivia como os animais, livre e sem vı́nculos, sem abrigo, exposto à s
intempé ries. A primeira tentativa do Homem se curar podem ser comparadas às dos
animais, que por instinto, procuram o ar fresco em caso de febre, lamber as feridas e
rolar-se na lama para as cicatrizar.
A histó ria e sociologia do setor farmacê utico iniciou há mais de 3000 a.C..
A origem da palavra “farmá cia” está normalmente associada ao é timo grego pharmakon
(“remé dio”).
Em muitas sociedades primitivas, a doença era tida como uma invasã o do corpo por
espı́ritos malé ficos. Os ritos orais e má gicos eram o principal mé todo de cura, exercidos
pelo curandeiro.
Desde o inı́cio da histó ria humana que o sacerdote, o médico e o farmacêutico eram
uma só pessoa. A separaçã o entre o primeiro e os segundos acontece ao longo da
Antiguidade, enquanto que a separaçã o entre o mé dico e o farmacê utico realiza-se apenas
na Idade Mé dia.
Cosme e Damiã o eram cristã os e viveram na Sı́ria, no sé culo III. Distinguiram-se pelo
exercı́cio da sua arte curativa com uma enorme perı́cia, sem receberem remuneraçã o.
Vı́timas das perseguiçõ es do imperador Diocleciano, sã o presos, torturados e executados.
Foram rapidamente alvo de um culto, devido à s suas curas miraculosas, em especial pelo
transplante de uma perna. Destacaram-se ainda pelo desenvolvimento de remé dios
contra a peste, crostas, escorbuto e cá lculos renais.
São Damião é considerado o patrono dos farmacêuticos e o seu irmã o gé meo Sã o
Cosme, o patrono dos mé dicos. Tê m como atributo para um, um pote contendo um
unguento ou uma caixa de medicamentos e uma espá tula e para o outro, o vaso para
observaçã o da urina.
A arte farmacêutica é:
Paleopatologia – é a “Ciê ncia das doenças que podem ser demonstradas em vestı́gios
humanos procedentes de é pocas remotas”
Investigaçã o feitas atravé s de ossos e sangue.
Medicina pré -té cnica de civilizaçõ es antigas
Mesopotâ mia, Antigo Egipto, Antiga Pé rsia, IXndia Antiga, Continente Americano
Prá ticas mé dico-farmacê uticas indissociá veis
O mesmo indivı́duo observava o doente, concluı́a sobre a sua doença e indicava o
tratamento mais adequado.
Conceções mágico-religiosas
Doença: castigo dos deuses, açã o dos demó nios e açã o dos espı́ritos do mal.
Os gregos criaram as bases da medicina cientı́fica, posto que para a medicina o mais
importante é conhecer o corpo, de que é feito, as suas reaçõ es perante os agentes
externos e, para a farmá cia, como e porque atuam sobre o organismo os minerais, as
plantas, i.e., as drogas que se empregam como medicamentos.
- Membro da Escola de Cos (destinada à formaçã o de mé dicos na Gré cia antiga; articulava
a observaçã o com a experiê ncia; valorizava mais o prognó stico do que o diagnó stico; o
prognó stico era o ponto crucial da arte mé dica).
- Negou as causas sobrenaturais e dedicou-se ao estudo do ser humano e da natureza.
- Um contributo da medicina hipocrá tica foi o conceito de “humor”.
- Aproximaçã o entre as componentes racional e empı́rica, opondo-se à abordagem
religiosa e má gica da medicina.
Existem no organismo quatro humores: sangue, pituı́ta ou fleuma, bı́lis amarela e bı́lis
negra.
Os fundamentos dos humores sã o articulados com os quatro elementos da natureza:
terra, água, ar e fogo.
E ainda com as suas qualidades: secura, calor, frio e humidade.
Os humores ocasionavam os temperamentos (sanguı́neo, fleumá tico ou pituitoso, bilioso e
melancó lico).
Saú de era resultado do equilı́brio dos humores (eucrasia).
Doença era resultado do desequilı́brio ou de alguma combinaçã o incorreta dos humores
(discrasia).
O equilíbrio corporal precisava de ar limpo, água e alimento, alé m das caracterı́sticas
geográficas, estilo de vida e higiene.
Em Roma nã o existia a separaçã o entre a atividade mé dica e a arte farmacê utica.
Na sua obra “De methodo Medendi” (A arte de Curar) abordou assuntos como as
propriedades e a composiçã o dos medicamentos simples e compostos.
Para Galeno todo o mé dico deveria ser filó sofo. Partidá rio da doutrina dos humores de
Hipó crates, criou um sistema anató mico e fisioló gico conducente a um adequado conceito
de doença e respetiva terapê utica.
- Todas as partes simples formadas pelos quatro elementos (Terra, AX gua, Ar e Fogo)
estivessem nas proporçõ es ideais.
- Os diferentes espı́ritos que norteavam os processos fisioló gicos exercessem o seu papel
adequadamente.
- Preconizava o recurso à cirurgia; estabeleceu uma adequada dieté tica; organizou uma
farmá cia e estabeleceu parâ metros farmacê uticos.
AX rea das Ciê ncias Farmacê uticas que diz respeito ao estudo dos medicamentos, desde a
sua conceçã o até à transformaçã o em forma farmacê utica.
Alquimia
Para a farmá cia á rabe os medicamentos só deveria ser utilizados quando as dietas e a
alimentaçã o nã o cumprissem a sua funçã o de restabelecimento do organismo.
Os á rabes dedicaram especial atençã o à açã o dos medicamentos, bem como à relaçã o
entre a açã o terapê uticadosmedicamentoseos grausdequalidade.
Origem vegetal: sene, câ nfora, sâ ndalo, ruibarbo, cá ssia, tamarindos, noz moscada, alhos,
cebolas, cedro, maná
Introduçã o de um novo gé nero de literatura profissional: os formulá rios, para uso dos
farmacê uticos ou outros preparadores de medicamentos. Tratava-se de compilaçõ es de
fó rmulas e receitas de medicamentos, com algumas instruçõ es de fabrico.
A civilizaçã o á rabe deixou ainda um importante legado à farmá cia: a introduçã o de novas
formas farmacê uticas.
A primeira farmácia surge em Bagdade, entre 775 – 785, com um responsá vel
farmacê utico, que assegurava toda uma sé rie de serviços inerentes a esta atividade
profissional. A medicina á rabe tornou-se numa medicina de alto nı́vel, desenvolvida nos
grandes centros da é poca.
Foi por causa das grandes cidades que os á rabes desenvolveram o conceito de hospital,
i.e., um lugar onde se reuniam especialistas empenhados no tratamento de doentes, na
prá tica e no ensino da medicina.
BOTICÁRIO
Nos sé culos XII e XIII surgem as boticas na Europa Ocidental (designaçã o dos
estabelecimentos em que se preparavam e vendiam medicamentos, antes do
aparecimento de farmá cias).
Os boticá rios estã o muitas vezes associados aos mé dicos e especieiros e tê m por funçã o
compreender e tratar as doenças. A farmá cia europeia medieval reflete a influê ncia á rabe.
O espaço em questã o precisava de cumprir uma sé rie de requisitos e tinha equipamentos
adequados para o fabrico e acondicionamento dos remé dios.
Promulgaçã o, em 1240, por Frederico II, rei da Sicı́lia, da famosa Magna Carta da
Farmá cia, que separa a Farmá cia da Medicina e, legalmente, reconhece a profissã o
farmacê utica. Sujeitou ainda a prá tica da farmá cia e o pró prio local a uma inspeçã o oficial,
para proteçã o da saú de pú blica.
RENASCIMENTO
BARROCO
Novum Organum - Observaçã o repetida dos fenó menos como fundamental para o
conhecimento das leis do mundo fı́sico e estabelecimento das leis gerais.
Discours de la méthode - Mé todo dedutivo da razã o era suficiente para o estabelecimento
das leis gerais da natureza “cogito ergo sum” (“penso, logo existo”).
• Um dos aspetos da ciê ncia do barroco com mais interesse para o campo da
farmá cia foi a modificaçã o significativa sofrida pela quı́mica. Neste perı́odo, a
• “Pílula perpétua”: O antimó nio (efeito laxante) foi a droga quı́mica mais utilizada
no Barroco cuja entrada na terapê utica levantou enorme polé mica.
ILUMINISMO
Século XVIII
FARMÁCIA EM PORTUGAL
• Universidade de Coimbra
- Dispensató rio farmacê utico (Botica do Hospital 1772) destinado à investigaçã o e
ensino farmacê utico, à produçã o de medicamentos.
ROMANTISMO
FARMÁCIA EM PORTUGAL
POSITIVISMO
Caracterizado:
FARMÁCIA EM PORTUGAL
O medicamento torna-se num produto cada vez mais complexo e essa complexidade
envolve també m um crescente grau de articulaçã o de diversos cientistas e té cnicos
provenientes de ramos diferente do saber.
MATÉRIA MÉDICA:
A eficá cia dos medicamentos é geralmente estabelecida empiricamente e em bases nã o
cientı́ficas, aceites pela tradiçã o.
FARMACOLOGIA:
A eficá cia é estudada pelo laborató rio e eventualmente por testes clı́nicos.
A Farmacologia fornece uma fundamentaçã o cientı́fica e racional da terapia
medicamentosa: é essencial para determinar a eficácia e segurança dos mú ltiplos
medicamentos quı́micos, bem como para o desenvolvimento de novos medicamentos
que vã o ao encontro das carê ncias e anseios da Medicina.
O quı́mico francê s Louis Pasteur (1822 - 1895) e o mé dico alemã o Robert Koch (1843 -
1910) tinham uma conceçã o microbiana da doença e graças à s suas descobertas
cientı́ficas passou a ser possı́vel identificar os agentes causais de determinadas doenças
contagiosas.
A teoria microbiana defende que a doença é causada por pequenos seres vivos que se
introduzem por contá gio no organismo saudá vel e que desenvolvem nele o seu processo
vital, desencadeando a doença.
A microbiologia mé dica, desenvolvida por Pasteur em França e por Koch na Alemanha,
consolida a ideia de que aliviar ou combater os sintomas é insuficiente: o importante é
diagnosticar a doença, identificar o gé rmen patogé nico e encontrar uma medicaçã o
especı́fica para lhe fazer face.
A terapia hormonal deu ainda à Medicina as primeiras armas para lutar contra a
infertilidade, complicaçõ es menstruais e da menopausa e disfunçõ es sexuais.
A quimioterapia foi uma arma muito importante na luta contra a doença infeciosa O
primeiro agente quimioterapê utico sinté tico surgiu em 1907 e tinha por objetivo destruir
ou limitar o crescimento do organismo infecioso no corpo, sem destruir a cé lula
hospedeira.
Na realidade, pela ampla cobertura geográ fica que as farmá cias tê m no territó rio nacional
e pela elevada competê ncia té cnico-cientı́fica dos seus recursos humanos, estas estruturas
tornaram-se aliados essenciais para a garantia dos pilares preconizados no Serviço
Nacional da Saú de (SNS):
- A acessibilidade ao medicamento;
- A equidade na prestaçã o de cuidados de saú de de qualidade a todos os cidadã os,
independentemente da sua localizaçã o geográ fica.
A qualidade dos serviços prestados pela farmá cia comunitá ria deve ser garantida - por
exemplo, atravé s de:
OU
Por meio de uma lei geral (sobre saú de ou medicamentos, por exemplo) complementada
por uma sé rie de especificaçõ es té cnica ou regulamentos definidos pelo ministé rio da
saú de.
A definiçã o de farmá cia comunitá ria de cada paı́s difere, embora a maioria a defina como
um tipo de estabelecimento de saú de que oferece serviços especı́ficos ou com uma
determinada missã o em relaçã o aos medicamentos.
Vá rios paı́ses usam crité rios geográ ficos para determinar se uma licença de farmá cia pode
ser emitida. O objetivo é evitar a concentraçã o de farmá cias comunitá rias na mesma á rea.
Alguns desses crité rios sã o combinados com os crité rios demográ ficos (por exemplo,
Portugal 3500 habitantes). O distanciamento entre farmá cias també m é considerado.
O espetro de atividades exercido pelo farmacê utico comunitá rio é amplo, podendo variar
de paı́s para paı́s. Portugal é frequentemente referido nos meios polı́ticos e cientı́ficos
como um dos paı́ses na Europa em que um maior leque de serviços é disponibilizado à
populaçã o.
Os requisitos para a garantia de qualidade dos serviços farmacê uticos sã o geralmente
incluı́dos nas diretrizes Good Pharmacy Practice (GPP) (quando aplicá vel) ou sã o parte
integrante do sistema de gestã o da qualidade exigido para todas as farmá cias.
Na ediçã o de 2001 houve convergê ncia do referencial das Boas Prá ticas de Farmá cia com
a NP EN ISO 9001:2000, de modo a serem complementares no suporte aos Sistemas de
Gestã o da Qualidade aplicados à s farmá cias comunitá rias.
As BPF:2001 tê m-se mantido como o referencial da Ordem dos Farmacê uticos de base
para as auditorias aos Sistemas de Gestã o da Qualidade implementados em farmá cias
comunitá rias.
O documento intitulado "Boas Prá ticas Farmacê uticas para a farmá cia comunitá ria
(BPF)", 3a ediçã o, 2009, apesar de ter sido aprovado em Junho de 2009 pela Direçã o
Nacional da Ordem dos Farmacê uticos, nunca chegou a constituir-se como um referencial
para efeitos de auditoria de certificaçã o, tendo-se optado por manter em vigor o
documento intitulado "Boas Prá ticas de Farmá cia”, 2a ediçã o, 2001, o qual, entretanto,
fruto da atividade desenvolvida pelo Conselho Nacional da Qualidade da Ordem dos
Farmacê uticos, foi em 2015 objeto de alteraçõ es, em particular nas seguintes normas
gerais: "Norma geral sobre as infraestruturas e equipamentos", "Norma geral sobre o
farmacê utico e pessoal de apoio" e "Norma Geral sobre o medicamento e produtos de
saú de".
A Direçã o Nacional da Ordem dos Farmacê uticos, em reuniã o realizada no dia 8 de Maio,
homologou a versã o portuguesa das Normas FIP/OMS para as Boas Prá ticas de Farmá cia,
O documento sobre Boas Prá ticas de Farmá cia, aprovado pelo Council Meeting da FIP, é o
culminar de um trabalho iniciado em 2007 por esta federaçã o, nomeadamente pelo seu
grupo de trabalho para a revisã o das Boas Prá ticas de Farmá cia (BPF), que teve como
objetivo avaliar a necessidade de proceder à atualizaçã o das Boas Prá ticas de Farmá cia de
forma a que estas pudessem corresponder à s exigê ncias da prá tica profissional atual.
Apó s um perı́odo de consulta a vá rios peritos, o referido grupo de trabalho empreendeu
uma exaustiva revisã o de todas as normas nacionais existentes para as BPF em, pelo
menos, 137 paı́ses.
Em Dezembro de 2008 surgiu assim a primeira versã o das BPF, tendo o documento final
das Normas, revistas pela FIP/OMS, sido analisado e aprovado pelo Council Meeting da
FIP, no â mbito do seu 70o Congresso, realizado em Lisboa em 2010.
A Direçã o Nacional da Ordem dos Farmacê uticos pretende disponibilizar aos seus
membros uma nova versã o do Manual de Boas Prá ticas de Farmá cia Comunitá ria de modo
a acolher a necessidade de atualizar este documento face à prá tica contemporâ nea desta
á rea de exercı́cio farmacê utico.
Com base nas orientaçõ es FIP/OMS para as Boas Prá ticas de Farmá cia (documento
publicado em 2011), nas ediçõ es anteriores das Boas Prá ticas de Farmá cia da Ordem dos
Farmacê uticos e na legislaçã o vigente, o Conselho Nacional da Qualidade elaborou as 3
primeiras Normas que irã o compor o Manual de Boas Prá ticas de Farmá cia Comunitá ria.
• Relató rio “Measuring Health Out comesin Community Pharmacy”, apresentado pelo
Grupo Farmacê utico da Uniã o:
• Apresenta os principais serviços farmacê uticos prestados nas farmá cias
comunitá rias no espaço europeu;
• 58% dos cidadã os europeus estã o a menos de 5 minutos de distâ ncia de uma
farmá cia;
• 98% dos cidadã os a menos de 30 minutos de distâ ncia de uma farmá cia.
• Em Portugal, existe mais farmá cias por habitante do que a mé dia europeia;
• Em Portugal, na grande maioria, cada farmá cia tem mais farmacê uticos por
farmá cia do que a mé dia europeia;
• A app das farmá cias portuguesas para a venda de produtos online foi um sucesso;
• As farmá cias portuguesas tê m qualidade e qualificaçã o de referê ncia superior à
mé dia europeia.
Indústria Farmacêutica:
- Investigaçã o e desenvolvimento (I&D);
- Introduçã o no mercado de novos fá rmacos;
- Fabrico;
- Comercializaçã o.
Distribuição farmacêutica:
- Armazenamento;
- Distribuiçã o;
- Responsá vel pelo acesso atempado dos medicamentos e produtos de saú de à s farmá cias
e a outras unidade de saú de.
Farmácia hospitalar:
- Aquisiçã o e gestã o dos medicamentos;
- Preparaçã o de injetá veis, alimentaçã o parenté rica, quimioterapia, etc.;
- Distribuiçã o pelos serviços;
- Avaliaçã o da inovaçã o terapê utica;
- Monitorizaçã o dos ensaios clı́nicos;
- Serviço localizado no hospital;
- O farmacê utico integra uma equipa multidisciplinar (e demais profissionais que
coadjuvam o seu trabalho) de saú de.
Assuntos regulamentares:
- Responsá vel pelos processos de desenvolvimento, registo, acesso ao mercado,
informaçã o e apoio aos profissionais de saú de e pela monitorizaçã o da utilizaçã o dos
medicamentos e dispositivos mé dicos.
Farmácia comunitária:
- Dispensa de medicamentos e outros produtos de saú de e de bem-estar;
- Aconselhamento sobre utilizaçã o dos mesmos;
- Realizaçã o de testes laboratoriais;
- Consultas de especialidade/outros serviços (como nutriçã o, podologia, tensã o arterial);
- Acompanhamento e monitorizaçã o de doenças cró nicas;
- Esclarecimento de questõ es de saú de;
- Papel importante no sistema de saú de;
- Integraçã o na rede de cuidados de saú de primá rios.
1. Diretor Técnico
2. (Farmacêutico ou Técnico de Farmácia)
3. Técnico de Farmácia
4. Técnico Auxiliar de Farmácia
- Fundada em 1975.
- Intervé m nas á reas polı́tica/associativa, profissional, empresarial, suporte ao
desenvolvimento do negó cio da farmá cia e nas á reas econó mica e financeira.
- Cerca de 95% das farmá cias portuguesas encontram-se filiadas.
- Missã o: fazer das farmá cias a rede de cuidados de saú de primá rios mais valorizada pelos
portugueses.
- A AFP foi constituı́da com um pequeno grupo de 6 farmá cias. Na base da constituiçã o da
AFP esteve a intençã o de se formar uma Associaçã o que se baseasse num espı́rito
comunitá rio e de serviço quer à s farmá cias, quer à comunidade. EX este o espı́rito que
ainda hoje prevalece na AFP.
- A Associaçã o de Farmá cias de Portugal (AFP) é uma instituiçã o sem fins lucrativos que,
desde 1991, tem criado uma plataforma de serviços essenciais para as farmá cias.
O atual RJF está dividido nos capı́tulos seguintes, estando destacados os capı́tulos que
serã o
considerados no presente tema:
- Capı́tulo I - Disposiçõ es gerais
- Capı́tulo II - Propriedade da farmá cia
- Capı́tulo III - Direçã o Té cnica
- Capitulo IV - Pessoal
- Capı́tulo V - Abertura da farmá cia ao pú blico
- Capı́tulo VI - Funcionamento da farmá cia
- Capı́tulo VII - Encerramento da farmá cia
- Capı́tulo VIII - Postos farmacê uticos
- Capı́tulo IX - Disposiçõ es complementares
- Capı́tulo X - Disposiçõ es transitó rias
- Capı́tulo XI - Disposiçõ es finais
- Esta lei alterou o regime de propriedade das farmá cias, anteriormente exclusiva a
farmacê uticos, e agora permitida a qualquer pessoa singular ou a sociedades comerciais,
nã o sendo permitida à mesma mais do que quatro farmá cias.
No caso das sociedades comerciais, o representante legal do proprietá rio da farmá cia
deve comunicar, para efeitos de averbamento:
- As situaçõ es de dissoluçã o, fusã o ou transformaçã o da sociedade, transmissã o das partes
sociais, quotas ou açõ es, incluindo os atos que alterem a sua titularidade;
- por meio eletró nico;
- no prazo de 30 dias a contar data da respetiva alteraçã o.
Requerer inventá rio ou Proceder à adjudicaçã o ou Proceder à venda da farmá cia a favor
de quem possa ser proprietá rio
Se nã o houver qualquer comunicaçã o dentro dos prazos legais estabelecidos, o alvará
caducará , dois anos apó s o decurso do prazo daquele ano, sem que tenha ocorrido a
transmissã o da farmá cia a favor de quem possa ser proprietá rio.
As farmá cias devem dispor de, pelo menos, um diretor té cnico e um farmacê utico.
Os farmacê uticos devem, tendencialmente, constituir a maioria dos trabalhadores da
farmá cia.
Estes podem ser coadjuvados por té cnicos de farmá cia ou por outro pessoal devidamente
habilitado.
As farmá cias que funcionem em regime excecional de atividade estã o dispensadas da
obrigatoriedade do segundo farmacê utico.
O profissional que tenha inscriçã o vá lida na Ordem dos Farmacê uticos como membro
efetivo.
Licenciados em farmá cia por uma instituiçã o de ensino superior portuguesa, na sequê ncia
de um ciclo de estudos anterior ao regime introduzido pelo Decreto n.o 111/78, de 19 de
outubro;
Licenciados em Ciê ncias Farmacê uticas (6 anos) conferido por uma instituiçã o superior
portuguesa;
Mestres em Ciê ncias Farmacê uticas (5 anos) conferido por instituiçã o de ensino superior
portuguesa;
O profissional que tenha inscriçã o vá lida na Ordem dos Farmacê uticos como membro
efetivo.
Titulares de um grau acadé mico superior estrangeiro, no domı́nio das Ciê ncias
Farmacê uticas, com equivalê ncia a um dos graus anteriores;
Quem pode ser Diretor Té cnico e quais as suas funçõ es/deveres?
O registo e a cessaçã o da funçã o de Diretor Té cnico deve ser comunicada ao INFARMED,
I.P., pelo proprietá rio da farmá cia, atravé s do Portal de Licenciamento +, em Pedidos
Gerais.
Diretor ou responsá vel té cnico, ou substituto deste, ao serviço de titular de autorizaçã o de
introduçã o de medicamentos no mercado;
Diretor ou responsá vel té cnico, ou substituto deste, ao serviço de estabelecimentos que se
dediquem ao fabrico, distribuiçã o por grosso ou importaçã o paralela de medicamentos;
Diretor ou responsá vel té cnico, ou substituto deste, ao serviço de serviços farmacê uticos
hospitalares, pú blicos ou privados;
• Diretor ou responsá vel té cnico, ou substituto deste, ao serviço de outra farmá cia
ou, quando nã o excecionado, de posto farmacê utico, ou de medicamentos, ou de
local de venda de medicamentos nã o sujeitos a receita mé dica.
O Decreto Lei n.o 307/2007, de 31 de agosto, estabeleceu que a farmá cia tem que ter, pelo
menos, dois farmacê uticos: um diretor té cnico e um farmacê utico adjunto.
- Curso ministrado nas extintas escolas té cnicas dos serviços de saú de e na Escola de
Reabilitaçã o de Alcoitã o; ou
- Outros cursos da á rea té cnica de diagnó stico e terapê utica, desde que reconhecidos por
despacho conjunto; ou
- Alé m do curso, este profissional deve obter uma cé dula profissional, emitida pelo
Departamento de Recursos Humanos da Saú de, na Administraçã o Central do Sistema de
Saú de (ACSS), mediante apresentaçã o de requerimento, onde constem os seguintes
elementos:
1. Identificaçã o pessoal;
2. Local ou locais de trabalho; e
3. Diploma de formaçã o.
Competências:
A componente tecnológica desta formaçã o deve ter a duraçã o mı́nima de 1000 horas e
unidade de formaçã o de curta duraçã o, que permitam a aquisiçã o das seguintes
competê ncias:
- Atividade associadas à dispensa de medicamentos;
- Compreensã o do medicamento, seus efeitos e riscos da sua utilizaçã o;
- Conhecimentos bá sicos do sistema de Farmacovigilâ ncia;
- Faturaçã o e conferê ncia do receituá rio, faturaçã o de fornecedores e gestã o da
documentaçã o;
- Noçõ es bá sicas de tecnologias de informaçã o e comunicaçã o, e utilizaçã o dos sistemas
informá ticos em uso nas farmá cias;
- Condiçõ es de conservaçã o dos medicamentos e outros produtos dispensados nas
farmá cias e especificidades do seu armazenamento.
Disposiçã o transitó ria:
- Consideram-se igualmente habilitados para o exercı́cio de funçõ es de coadjuvaçã o na
á rea farmacê utica, os profissionais que, se encontrem numa das seguintes situaçõ es:
- Detentores do 12.o ano de escolaridade e do curso de formaçã o de té cnico auxiliar de
farmá cia (TAF), ministrado por entidade oficialmente reconhecida e com os requisitos
expressos no Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), celebrado entre a ANF e o Sindicato
Nacional dos Profissionais de Farmá cia (SINPROFARM), publicado em 2010;
Disposição transitória:
• Que efetuaram o registo de prá tica farmacê utica, segundo os respetivos diplomas
legais:
• Anterior ao Decreto-Lei n.o 320/99, de 11 de Agosto (e nã o titulares de cé dula
profissional de Té cnico de Farmá cia); OU
• Posterior ao Decreto-Lei n.o 320/99, de 11 de Agosto e anterior ao Decreto- Lei n.o
307/2007 de 31 de Agosto.
Competências:
• Execuçã o dos atos inerentes ao exercı́cio farmacê utico, sob controlo e supervisã o
do farmacê utico;
• Aconselhamento sobre estilos de vida saudá veis;
• Dispensa de medicamentos e outros produtos de saú de, de acordo com
procedimentos legais;
• Realizaçã o de determinados parâ metros bioquı́micos e fisioló gico, de acordo com
os procedimentos implementados na farmá cia;
• Informaçã o sobre a indicaçã o terapê utica, correta utilizaçã o e conservaçã o e
promoçã o da adesã o à terapê utica;
• Realizaçã o de tarefas relativas a faturaçã o de receituá rio, controlo de stocks
existentes, manutençã o e controlo de equipamentos;
• Dispensa de MNSRM, de acordo com os procedimentos implementados na
farmá cia;
• Relacionamento adequado com os demais profissionais da farmá cia e do setor da
saú de.
• Estas sã o algumas das competê ncias dos TAF, de acordo com o Contrato Coletivo
de Trabalho celebrado entre a ANF e o SINPROFARM, publicado no Boletim do
Trabalho e Emprego-BTE.
As atividade especı́ficas que sã o exclusiva dos farmacêuticos devem estar claramente
definidas, concretamente (BPF, 2009):
Os estagiá rios podem constituir o quadro farmacê utico, desde que sejam parte de um
contrato de está gio profissional:
- Escrito e assinado;
- De duraçã o nã o superior a 12 meses;
- Com pagamento de uma bolsa de está gio (igual ao valor do Indexante dos Apoios
Sociais, IAS, estipulado para cada ano, acrescido de subsı́dio de alimentaçã o e
seguro de acidentes pessoais).
- A farmá cia pode candidatar-se aos incentivos aprovados anualmente pelo IEFP,
ao abrigo do regulamento por este publicado.
• Enganosos;
• Que constituam concorrê ncia desleal;
• Que possam criar confusã o com a designaçã o de outras farmá cias localizadas no
mesmo concelho;
• Que suscitem engano relativamente aos limites impostos a propriedade,
exploraçã o e gestã o da farmá cia.
• No exterior, a farmá cia deve exibir o vocá bulo “farmá cia” ou, em alternativa, o
sı́mbolo da “cruz verde”;
• A designaçã o da farmá cia depende de aprovaçã o do INFARMED, I.P. e deve ser
comunicada atravé s do Portal de Licenciamento +, em Pedidos Gerais.
No que diz respeito à utilizaçã o de sistemas de segurança, as farmá cias devem divulgar,
de forma visı́vel, no perı́metro exterior do local e na zona objeto de vigilâ ncia, informaçã o
relativa:
Exceto nos casos admitidos pelo estatuto da Ordem dos Farmacê uticos, as farmá cias nã o
podem recusar a dispensa de medicamento:
• Nã o sujeito a receita mé dica, que lhe seja solicitado durante o perı́odo de
funcionamento diá rio;
• Prescrito em receita vá lida que lhes seja apresentada durante o horá rio de
funcionamento.
• Salvo casos de força maior, devidamente justificados, os medicamentos sujeitos a
receita mé dica só podem ser dispensados ao utente nela indicado ou a quem o
represente.
• Na dispensa de medicamentos sujeitos a receita mé dica, as farmá cias devem
respeitar a prescriçã o mé dica, de acordo com a legislaçã o em vigor.
A atividade de entrega de medicamentos ao domicı́lio nos termos dos nú meros anteriores,
ou a utilizaçã o de pá gina eletró nica na Internet, depende de comunicaçã o pré via ao
INFARMED.
As farmá cias nã o podem dispensar medicamentos que constem de receitas que lhes
tenham sido reencaminhadas por locais de venda de medicamentos nã o sujeitos a receita
mé dica.
Identificaçã o
O pessoal que desempenha funçõ es de atendimento ao pú blico nas farmá cias deve estar
devidamente identificado, mediante o uso de um cartã o, contendo o nome e o tı́tulo
profissional.
Nestes casos, a farmá cia nã o poderá recolocar esses medicamentos no circuito de venda,
salvo se tiver garantia de bom estado de conservaçã o dos mesmos.
Referente a esta maté ria, considerar també m o Regulamento relativo à s boas prá ticas de
distribuiçã o de medicamentos para uso humano – ponto 6 – medicamentos devolvidos,
falsificados ou retirados.
• os bens dispensados sejam considerados nã o conformes com a descriçã o que deles
é feita pelo vendedor;
• os bens nã o possuam as qualidades que o vendedor tenha apresentado ao
consumidor, como amostra ou modelo.
• Nestas situaçõ es, o utente pode solicitar que seja reposta a conformidade, sem
encargos, no prazo de 30 dias, por meio de: reparaçã o OU substituiçã o OU reduçã o
adequada do preço OU resoluçã o do contrato (venda).
• Quando a venda é feita por sı́tio eletró nico da farmá cia?
• Neste caso, o utente tem direito ao arrependimento, ou seja, à resoluçã o do
contrato (venda), no prazo de 14 dias apó s a entrega do bem.
• Exceçã o: fornecimento de bens selados nã o suscetı́veis de devoluçã o, por motivos
de proteçã o da saú de ou de higiene, quando abertos apó s a entrega.
• Quando a venda é feita por sı́tio eletró nico da farmá cia?
No mesmo prazo de 14 dias a contar da data em que for informada da decisã o de
resoluçã o do contracto, a farmá cia deve reembolsar o utente de todos os
Elaborado por cada trabalhador, por dia e por semana, no qual fiquem registadas as horas
concretas de inı́cio e de termo da prestaçã o de trabalho, e os intervalos nã o
compreendidos no perı́odo normal de trabalho.
Este registo deve ser mantido no estabelecimento em local acessı́vel, por forma a permitir
a sua consulta imediata.
A elaborar anualmente, até ao dia 15 de abril, com indicaçã o do inı́cio e termo dos
perı́odos de fé rias de cada trabalhador, e deve ser mantido, afixado, no local de trabalho
entre 15 de abril e 31 de outubro.
As farmá cias que empreguem mais de 10 trabalhadores devem elaborar um plano anual
ou plurianual de formaçã o contı́nua.
O responsá vel pelo tratamento dos dados recolhidos, perante quem os direitos de acesso
e retificaçã o podem ser exercidos, que, no caso das farmá cias, é o proprietá rio.
O Decreto-Lei n.o 134/2005 autoriza a comercializaçã o fora das farmá cias dos
Medicamentos Nã o Sujeitos a Receita Mé dica Obrigató ria (e define as regras sobre a
mesma, das quais abordaremos alguns dos pontos principais:
O propó sito deste decreto incidiu sobre induzir a reduçã o dos preços dos MNSRMO e
promover uma concorrê ncia efetiva entre os vá rios canais de distribuiçã o e
comercializaçã o, enquanto, paralelamente, contribuir para o alargamento do mercado de
emprego para os jovens da á rea;
A venda de medicamentos fora das farmá cias só pode ser feita por farmacê utico ou por
té cnico de farmá cia ou sob a sua supervisã o;
No exercı́cio da supervisã o a que se refere o nú mero anterior, o farmacê utico ou o té cnico
de farmá cia asseguram o cumprimento adequado das regras aplicá veis à venda de
MNSRM fora das farmá cias, pelo qual sã o responsá veis;
A mesma pessoa pode ser responsá vel por mais de um local de venda mas nã o pode
acumular esta atividade com as funçõ es de diretor té cnico de uma farmá cia, de uma
empresa ou armazé m de distribuiçã o grossista ou de uma empresa de fabrico de
medicamentos;
A venda destes MNSRM fora das farmá cias nã o dispensa o cumprimento das obrigaçõ es
legais relativas ao Sistema Nacional de Farmacovigilâ ncia e ao principio do Uso Racional
do Medicamento, sendo, por exemplo, proibida a sua venda a menores de 16 anos;
Os locais de venda dos MNSRM estã o na mesma sujeitos a registo pré vio no INFARMED e
cumprimento dos requisitos lá estabelecidos, ficando també m sujeitos à sua fiscalizaçã o;
Os proprietá rios destes locais de venda estã o sujeitos aos mesmos deveres e obrigaçõ es
das restantes farmá cias no que diz respeito à fiscalizaçã o da atividade de venda de
medicamentos.
O SNS engloba o conjunto de instituiçõ es e serviços, dependentes do Ministé rio da Saú de,
que tê m como missã o garantir o acesso de todos os cidadã os aos cuidados de saú de, nos
limites dos recursos humanos, té cnicos e financeiros disponı́veis.
Importâ ncia estraté gica no sistema de saú de, com integraçã o e articulaçã o na rede de
cuidados de saú de primá rios.
O centro de saú de e a farmá cia sã o os locais mais procurados quando surge um problema
“menor” de saú de;
Determinaçã o:
• Prevençã o: Já há alguns anos, a farmá cia participa no programa de distribuiçã o de
kits de prevençã o de infeçã o por VIH e hepatites virais, dirigidos à s pessoas que
utilizam drogas por via injetá vel.
Rastreio: o Despacho n.o 2522/2018 deliberou que as Farmá cias Comunitá rias poderã o
realizar testes rá pidos de VIH.
No ano de 2017, entrou em vigor uma nova legislaçã o que permitiu criar um novo quadro
de referê ncia da atuaçã o das farmá cias:
Protocolos
- Valorizaçã o do papel das farmá cias e aproveitamento dos seus serviços, em articulaçã o
com as unidades do Serviço Nacional de Saú de.
- Divulgados aos utentes, de forma visı́vel, nas instalaçõ es da farmá cia, relativamente à
sua natureza e ao respetivo preço (e, se existente, deve ser feita a divulgaçã o dos preços
no sı́tio da Internet);
- Registados, em suporte pró prio, com referê ncia ao tipo e à quantidade (esta informaçã o
deve ser disponibilizada ao INFARMED, IP., sempre que solicitado).
É obrigatório uma pessoa habilitada, da responsabilidade do farmacê utico diretor té cnico
da farmá cia de oficina e, deve ser executada por farmacê uticos com formaçã o adequada
reconhecida pela OF ou por enfermeiros, especı́fica e exclusivamente contratados para
esse efeito.
- EX obrigató rio o registo dos dados correspondentes a cada administraçã o de injetá vel ou
vacina, incluindo:
O registo é de acesso livre ao utente, que tem sempre possibilidade de alterar os seus
dados pessoais.
- Consultas de nutriçã o;
- Programas de adesã o à terapê utica, de reconciliaçã o da terapê utica e de preparaçã o
individualizada de medicamentos, assim como programas de educaçã o sobre a utilizaçã o
de dispositivos mé dicos;
- Realizaçã o de testes rá pidos para o rastreio de infeçõ es por VIH, VHC e VHB (testes Point
of Care), incluindo o aconselhamento pré e pó s-teste e a orientaçã o para as instituiçõ es
hospitalares dos casos reativos;
- Serviços simples de enfermagem (tratamento de feridas e cuidados a doentes
ostomizados);
- Cuidados de nı́vel 1 na prevençã o e tratamento do pé diabé tico, de acordo com as
orientaçõ es estabelecidas pela Direçã o-Geral da Saú de;
- Promoçã o de campanhas e programas de literacia em saú de, prevençã o da doença e de
promoçã o de estilos de vida saudá veis.
Pode ser realizada na sequê ncia de um pedido do utente (via telefone, sı́tio e correio
eletró nicos e telefax);
Deve ser realizada por profissionais da farmá cia, devidamente habilitados para a dispensa
de medicamentos, sob a supervisã o de um farmacê utico;
Está limitada ao municı́pio onde está instalada a farmá cia e aos municı́pios limı́trofes;
Nã o pode ser realizada por entidades terceiras (por exemplo, estafetas ou outras
empresas de entregas);
Registo:
- (e disponibilizaçã o ao INFARMED, I.P., quando solicitado) dos pedidos de dispensa de
medicamentos, incluindo:
• Identificaçã o do medicamento;
• Quantidade dispensada;
• Municı́pio de entrega.
- Deve ser realizada por profissionais da farmá cia, devidamente habilitados para a
dispensa de medicamentos, sob a supervisã o de um farmacê utico;
- Nã o pode ser realizada por entidades terceiras (exemplo, estafetas ou outras empresas
de entregas);
E& tica
Bioé tica
Deontologia
Confusã o entre estes dois termos nas profissõ es ligadas à saú de.
Bioé tica (1971, Prof. Van Rennsselaer Potter, Universidade de Wisconsin).
“Estudo sistemá tico da conduta humana no â mbito das ciê ncias da vida e dos cuidados de
saú de examinada à luz dos valores e princı́pios morais”.
“Estudo sistemá tico dos diversos problemas de cará cter é tico que surgem, geralmente, na
prá tica sanitá ria, sempre que se encontram relacionados com a vida humana ou a saú de”.
- Este binó mio é um valor irrenunciá vel, ainda mais numa sociedade em que as
responsabilidades tendem a diluir-se.
Sigilo profissional
- O sigilo profissional é uma das garantias mais seguras que o utente espera do
profissional.
- Esta garantia adquire hoje um valor maior do que no passado por causa do caracter
impessoal e cada vez mais administrativo dos contactos sociais.
Ordem Profissional
- A Ordem dos Farmacê uticos foi formalmente criada pelo Decreto-Lei n.o 334/72, de 23
de agosto, que aprovou o seu Estatuto, sucedendo, nos direitos e nas obrigaçõ es
patrimoniais, ao Sindicato Nacional dos Farmacê uticos extinto por este diploma legal.
O Có digo Deontoló gico tem sido adaptado à s variaçõ es que, progressivamente, se
verificaram na relaçã o farmacê utico-doente.
O Có digo Deontoló gico Farmacê utico, enquanto instrumento legal, trata-se de uma
obrigaçã o e nã o apenas de uma questã o é tica (está na lei!).
- O Farmacê utico é um profissional de saú de com competê ncias para executar todas as
tarefas que respeitam ao medicamento e outras tecnologias de saú de, à s aná lises clı́nicas
e de gené tica humana ou aná lises de outra natureza e de idê ntico modo suscetı́veis de
contribuir para a salvaguarda da saú de pú blica e do equilı́brio ecoló gico, bem como todas
- O Farmacê utico deve em todas as circunstâ ncias, mesmo fora do exercı́cio da sua
atividade profissional, proceder de modo a prestigiar o bom nome e a dignidade da
profissã o farmacê utica, sem prejuı́zo dos seus direitos de cidadania e liberdade
individual.
- O Farmacê utico, enquanto prestador de serviços e cuidados de saú de, exerce uma
profissã o livre.
- O Farmacê utico, quer como profissional liberal, quer como trabalhador por conta de
outrem, exerce as suas funçõ es com inteira autonomia deontoló gica, cientı́fica e té cnica.
- O Farmacê utico deve recusar e denunciar à Ordem dos Farmacê uticos interferê ncias no
exercı́cio da sua atividade profissional sempre que sejam postos em causa aspetos
deontoló gicos ou té cnico-cientı́ficos desta, sejam quais forem as suas funçõ es e
dependê ncia hierá rquica ou o local em que aquela é exercida.
- Enquanto profissionais, os farmacê uticos sã o iguais entre si e sã o titulares dos mesmos
direitos e deveres.
- A reputaçã o do Farmacê utico deve assentar, sobretudo, na sua competê ncia, integridade
e dignidade profissional.
- O reconhecimento da competê ncia do Farmacê utico assenta no seu saber e experiê ncia
profissional, devendo acompanhar os progressos e a evidê ncia cientı́fica no plano das
Ciê ncias Farmacê uticas.
- O Farmacê utico, ao prestar cuidados à pessoa em contexto de saú de, nã o deve
ultrapassar os limites das suas qualificaçõ es e competê ncias, devendo as especialidades,
competê ncias e formaçõ es reconhecidas pela Ordem ser tidas em consideraçã o para o
efeito.
- Quando lhe pareça adequado, deve pedir a colaboraçã o de outro Farmacê utico ou
indicar à pessoa em contexto de saú de um colega que considere mais qualificado.
- Quando delegar competê ncias noutros profissionais de saú de farmacê uticos ou nã o
farmacê uticos devidamente habilitados, é dever do Farmacê utico nã o ultrapassar nesta
delegaçã o as competê ncias destes profissionais, sendo també m responsá vel pelos atos
delegados nos termos da alı́nea o) do artigo 11.o.
- Exceto em situaçõ es de emergê ncia em que nã o possa recorrer em tempo ú til a um
colega que considere mais qualificado, o Farmacê utico nã o pode, em caso algum, praticar
- O sigilo farmacê utico profissional pressupõ e e permite uma base de verdade e de mú tua
confiança e é condiçã o essencial no relacionamento farmacê utico-pessoa em contexto de
saú de, tendo em vista a proteçã o de dados pessoais e a reserva da intimidade da vida
privada.
- O Farmacê utico é obrigado ao sigilo profissional relativo a todos os factos de que tenha
conhecimento no exercı́cio da sua profissã o ou por causa dela, com exceçã o das situaçõ es
previstas na lei.
- O dever de sigilo quanto aos factos referidos no n.o 2 é extensı́vel a todos os
colaboradores sob a responsabilidade do Farmacê utico, no exercı́cio da sua atividade
profissional, devendo este exigir-lhes o seu cumprimento e subsiste apó s a cessaçã o da
atividade profissional ou alteraçã o do domicı́lio profissional.
- O uso do tı́tulo de farmacê utico e o exercı́cio da profissã o farmacê utica ou a prá tica de
atos pró prios desta profissã o dependem de inscriçã o na Ordem como membro efetivo.
- Para efeitos do nú mero anterior, considera-se exercı́cio da profissã o, ou a prá tica de atos
pró prios desta profissã o, o desempenho profissional, no setor pú blico, no setor privado
ou no setor social, de atividades que caibam na competê ncia profissional definida no
presente Estatuto.
- Só podem usar o tı́tulo de farmacê utico especialista os membros inscritos no quadro dos
especialistas organizados pela Ordem.
- O ato farmacê utico é da exclusiva competê ncia e responsabilidade dos farmacê uticos.
- O disposto no nú mero anterior nã o se aplica ao medicamento de uso veteriná rio.
- Podem ainda ser considerados atos farmacê uticos quaisquer outros que, pela sua
natureza, requeiram especializaçã o em qualquer das á reas de intervençã o farmacê utica,
enquanto atividades afins ou complementares.
Deontologia Profissional
- Os profissionais de farmá cia devem exercer a sua profissã o de acordo com princı́pio,
respeitando os valores é ticos e morais, cuja transgressã o poderá resultar em sansõ es
disciplinares;
- Deverá atuar sempre respeitando a vida, o meio ambiente e a liberdade de consciê ncia,
alé m de manter atualizados os seus conhecimentos té cnicos e cientı́ficos para aprimorar,
de forma contı́nua, o desempenho da sua atividade profissional.
- O farmacê utico responde pelos seus atos, tanto individualmente, quanto pelos atos de
terceiros que autorizar ou delegar!
- Há deveres que tê m que ser cumpridos e ainda proibiçõ es que nunca poderã o ser
ignoradas, mas é fundamental que tenhamos sempre presente que també m há direitos a
serem reclamados, quer perante a entidade patronal, quer perante o utente.
- Os direitos e deveres dos utentes no Serviço Nacional de Saú de (SNS) estã o consagrados
na Lei n.o 15/2014, de 21 de março, alterada pelo Decreto-Lei n.o 44/2017, de 20 de abril,
e na Portaria 153/2017, de 4 de maio.
Direitos do utente
Direito de escolha
- O utente dos serviços de saú de tem direito de escolha dos serviços e prestadores de
cuidados de saú de, na medida dos recursos existentes.
- O direito à proteçã o da saú de é exercido tomando em consideraçã o as regras de
organizaçã o dos serviços de saú de.
Consentimento ou recusa
Sigilo
- O utente dos serviços de saú de tem direito ao sigilo sobre os seus dados pessoais.
- Os profissionais de saú de estã o obrigados ao dever de sigilo relativamente aos factos de
que tenham conhecimento no exercı́cio das suas funçõ es, salvo lei que disponha em
contrá rio ou decisã o judicial que imponha a sua revelaçã o.
Direito à informaçã o
- O utente dos serviços de saú de tem o direito a ser informado pelo prestador dos
cuidados de saú de sobre a sua situaçã o, as alternativas possı́veis de tratamento e a
evoluçã o prová vel do seu estado.
- A informaçã o deve ser transmitida de forma acessı́vel, objetiva, completa e inteligı́vel.
Direitos do utente
Deveres do utente
Decreto Lei n.o 307/2007 de 31 de Agosto republicado pelo Decreto Lei n.o 75/2016 de 8
de Novembro (Regime Jurı́dico das Farmá cias).
Decreto Lei n.o 564/99 de 21 de Dezembro (Estatuto Legal da Carreira de Té cnico de
Diagnó stico e Terapê utica).
Circular n.o 0677/2017 de 30 de Maio (Té cnico Auxiliar de Farmá cia TAF Regulamento de
Acesso à Profissã o).
Decreto Lei n.o 307/2007 de 31 de Agosto republicado pelo Decreto Lei n.o 75/2016 de 8
de Novembro (Regime Jurı́dico das Farmá cias).
Circular Informativa n.o 172/2010 atualizada pela Circular Informativa n.o 178/2010.
Decreto Lei n.o 67/2003 de 8 de Abril (alterado e republicado pelo Decreto Lei n.o
84/2008 de 21 de Maio (Venda de bens de consumo e garantias a ela relativas).