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LEP - Lei nº 7.

210 de 11 de Julho de 1984


Institui a Lei de Execução Penal.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo
ou equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência)
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na
concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos
nas normas vigentes. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

A) Teoria absoluta
Como o próprio nome sugere, a teoria absoluta traz como ponto principal das penas a
retribuição, vale dizer, ao Estado caberá impor a pena como uma forma de retribuir
ao agente o mal praticado.
Ao que se vê, por essa teoria, a pena configura mais um instrumento de vingança do
que de justiça efetiva.

B) Teoria relativa
Diversamente da outra, a teoria relativa tem por escopo prevenir a ocorrência de
novas infrações penais. Para ela, pouco importa a punição (retribuição).

A prevenção opera-se de duas formas:

a) prevenção geral – destina-se ao controle da violência, buscando diminui-la ou


evitá-la (MASSON, 2009). Pode ser negativa ou positiva. A prevenção geral positiva
tem por objetivo demonstras que a lei penal é vigente e está pronta para incidir diante
de casos concretos. Já a prevenção geral negativa objetiva, no sentir de Feuerbach (o
pai do Direito penal moderno), cria no ânimo do agente uma espécie de “coação
psicológica”, desestimulando-o a delinqüir;

b) prevenção especial – destina-se diretamente ao condenado, diversamente da


prevenção geral, cujo destinatário é a coletividade. Pela chamada prevenção especial
negativa, busca-se intimidar o condenado a não mais praticar ilícitos penais (evitar-
se, assim, a reincidência). Já a prevenção especial positiva busca a ressocialização do
condenado, que, após o cumprimento da pena, deverá estar apto ao pleno convívio
social (utopia, segundo entendemos!).

C) Teoria mista, eclética ou unificadora


Trata-se de uma síntese das duas teorias anteriormente referidas. Busca, a um só
tempo, que a pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado
(retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais
(prevenção).

Assim, para a teoria em comento, há uma tríplice finalidade das penas: retribuição,
prevenção e ressocialização.

Não há dúvidas de que nossa legislação adotou essa posição intermediária (vide
art. 59, caput, do CP).* Trecho do Cap. 1, vol. 5 (Direito Penal – Parte Geral II – Penas
até extinção da punibilidade), da Coleção Saberes do Direito – Editora Saraiva. Autor:
Arthur da Motta Trigueiros Neto.

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