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2022/2023

Atelier de Jornalismo II – Prof. Felisbela Lopes – 2º ano da Lic. em CC

Apontamentos – Escrita de notícias


Antetítulo
 Não pode antecipar informação importante para o lead;
 Um exemplo pode ser o nome, cargo, tema (partes independentes);
 O cargo deve estar escrito em 1º lugar, quando não se conhece a pessoa (ex: secretário
de Estado da saúde, Ricardo Mestre); o contrário aplica-se quando se conhece (ex:
António Costa, primeiro-ministro)
 Cargos em minúscula (exceto: Presidente da República Portugal);
 Instituições em maiúscula
Título
 O tempo verbal é o Presente;
 Não se coloca artigo definido (o, a, os, as);
 Não tem ponto final;
 Podemos colocar contexto antes da citação (título-citação) mas só com 1 ou 2 palavras
(ex: Covid-19: “…”)
Pós-título
Lead
 Iniciado com artigos definidos (o, a, os, as) Ex: “A ministra…”;
 Deve ter pelo menos 2 frases;
 Explorar o título, dar + informação;
 Se for o caso, deve explorar o que determinada pessoa acha sobre determinado
assunto;
 O contexto pode vir no final, 1º tem de estar aquilo que a torna uma notícia;
 A 1ª frase tem de acrescentar alguma informação para lá do título;
 Se fizer parágrafo, o lead terminou;
Corpo
 O tempo verbal é o Pretérito Perfeito (afirmou, alegou…)
Notas:
o Título-citação: “Isto é uma vergonha” – mau título, não dá informação sobre aquilo que
a notícia trata;
o Lead: é preferível dizer no início do parágrafo quem disse a citação; forma de citar a
fonte: Ana, responsável pelo E.A, … líder do E.A.;
o Não posso colocar a fonte “Ricardo Mestre” e depois citar na 3ª pessoa do singular (ele)
(Ex. Ricardo Mestre, secretário de…, alegou que…, ele acrescentou”
o Uma citação nunca fica sem uma âncora (ex: reitera, explica – após citação)
o Devemos utilizar sinónimos (ex: governante, ministra, titular do cargo/pasta, líder);

Gabriela Freitas A95512


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o Se não conseguir arranjar sinónimos para o sujeito: converter em gerúndio (Ex: Embora
negando, Ricardo…)
o Para manter a citação na 3ª pessoa: em primeiro, devo abrir com a citação
o Quando usamos “:” estamos a abrir para o discurso direto (que é a maneira de dizer de
forma exata a fala de alguém). (Ex: clarifica o seguinte: “”)
o Quando faço uma citação, tenho sempre de mencionar quem a disse;
o Fazer sempre referência à fonte das afirmações (ex: escreveu no Público);
o Nunca colocar a vírgula entre o sujeito e o predicado, ou seja, antes do verbo;
o Substituir o “ontem” por “este x dia da semana” (ex: sexta-feira);
o [ ] – significa que o jornalista acrescenta palavras suas no meio de uma citação, por
exemplo.
o Nome e cargo – Isolado entre vírgulas;
o Não usar a expressão “a entrevistada”;
o Nunca se usa (…) para cortar uma citação;
o “abordar que” -> não existe;
o Quando escrevemos “que afirma que”, a seguir tem de estar na 3ª pessoa do singular.
o O antetítulo ou pós-título não emparelham com o título. São partes independentes, mas
que devem ter continuidade;
o Não usar esta expressão: “de acordo com o próprio”.
Sinónimos de cargos:
Representante, dirigente, governante, ministra, titular do cargo/pasta, líder, responsável.
Verbos declarativos sem juízos de valor:
 A – afirmar, anunciar, alegar, apresentar, argumentar, acrescentar
 C - comemorar, clarificar, concluir, considerar, constatar, confirmar
 D - declarar, defender, dizer, divulgar, desculpar
 E – expressar, enunciar, emitir, explicar, exprimir
 F – falar, focar
 G – garantir
 H – hesitar (+ para reportagem)
 I – informar, interrogar
 L – lamentar, lembrar
 M – mencionar, manifestar
 N – notar
 O – observar
 P – partilhar, perspetivar, perguntar, pronunciar
 Q – questionar
 R – responder, referir, reiterar, reafirmar
 S – salientar
 T – transmitir
 V - verbalizar
Modos de citação:
“Não tive relação” – 1ª pessoa do singular

Gabriela Freitas A95512


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Declara que não teve “relação” – 3ª pessoa - aspas depois – altera a pessoa
“…”. Esta é a perspetiva de –> frase, aspas, ponnto e nome a seguir
Ministra clarificou no Público o seguinte: “não tive relação”
Tipos de título:
Título síntese
 Quem faz o quê;
 Sujeito – verbo – complemento;
Título citação
 É mais usado para entrevista;
 Só se deve usar se existir um interveniente (caso contrário, é um risco);
 Pode-se cortar a citação sem alterar o sentido da frase;
Título interrogativo
 Quando há acontecimentos ainda sem desfecho (ex: eleições);
Título exclamativo
 É mais indicado para a reportagem pois é mais subjetivo;
 sic – expressão utilizada para palavras inexistentes, entre parênteses a seguir à palavra;
 Não serve para notícia;
Título sugestivo
 Busca trocadilhos para músicas;
 Indicado para a reportagem
Exemplos de notícias:
1-
Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares
Vacinação covid-19: “Vamos conseguir baixar a idade dos elegíveis para os 50 anos”
A secretária de Estado da Promoção da Saúde declarou, ontem, o alargamento da faixa
etária de vacinação a partir dos 50 anos. Margarida Tavares garantiu que “a medida vai ser
anunciada pela Direção-Geral da Saúde em breve”.
Apesar da taxa de vacinação acima dos 80 anos ser de 68%, a titular do cargo assegurou
que a vacinação decorre na “velocidade prevista” com “quase dois milhões de vacinados”.
Margarida Tavares apelou aos cidadãos mais velhos: “não deixem de se vacinar”.
2-
Diretor nacional da PSP, Magina da Silva
"Os agentes de autoridade têm de ser neutros e apartidários"

Gabriela Freitas A95512


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Depois das denúncias de infiltração de movimentos de extrema-direita na PSP, o diretor


nacional da PSP, Magina da Silva, afirmou condenar todo o tipo de extremismo. Em entrevista à
Renascença, garantiu que todas os casos recebem o devido tratamento.
O diretor nacional esclareceu que os polícias "têm as suas convicções e são livres de as
terem mais à direita ou mais à esquerda". Apesar disso, estabeleceu que não é aceitável isso se
"traduzir em comportamentos, opiniões ou ações violadoras". Acrescentou que qualquer
manifestação discriminatória "deve ser "investigada e punida".
Anita Martins, a100260 e Inês Monteiro, a100268
3-
Diretor nacional da PSP, Magina da Silva
“Agentes de autoridade têm de ser neutros, apartidários, e quando não forem, têm de ser
responsabilizados por isso”
Em entrevista à Rádio Renascença, Magina da Silva, diretor nacional da PSP, explicou que,
apesar das acusações serem “pontuais”, “cada manifestação de racismo deve ser investigada e
punida”. O diretor pronunciou-se hoje em relação às constantes denúncias de alegados
movimentos de extrema-direita no seio da PSP.
O chefe nacional da PSP garantiu que “os policias são livres de terem as suas convicções”
desde que estas não se “traduzam em comportamentos, em opiniões, em ações violadoras”. Para
além disso, o diretor afirmou não existirem “sistemas de recrutamento” “perfeitos”, apesar do
persistente esforço para o controlo de “sinais exteriores, nomeadamente, tatuagens, que traduzam
algum comportamento xenófobo” ou “racista”.
Letícia Oliveira A100321, Luciana Matos A100280
4-
Diretor-nacional da PSP, Magina da Silva
“Cada manifestação de racismo deve ser investigada e punida”
Magina da Silva, diretor-nacional da PSP, esclareceu hoje, em entrevista à Rádio
Renascença, as várias denúncias extremistas de que a polícia tem sido alvo. O comandante referiu-
se às situações de racismo ou xenofobia como sendo pontuais e imediatamente tratadas.
O responsável máximo da polícia condenou qualquer tipo de extremismo: “seja ele de
direita, seja ele de esquerda”. Declarou ainda que os agentes de autoridade do Estado “têm de
ser neutros, apartidários e, quando não forem, têm de ser responsabilizados”. Quanto ao processo
de recrutamento, afirmou que “não há sistemas de recrutamento, nem para a polícia, nem para
lado nenhum, perfeitos”.
Eduarda Silva, Francisca Sousa, Clara de Sousa
5-
Secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto

Gabriela Freitas A95512


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«As empresas não conseguem acomodar mais endividamento»


A secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal
(AHRESP) revelou hoje, em entrevista, a sua preocupação em relação ao efeito da guerra no
turismo e no impacto da redução do poder de compra. Em antecipação ao congresso sobre o tema
“Sustentabilidade, Utopia e Sobrevivência”, Ana Jacinto destacou que "a responsabilidade de
todos é ainda maior, porque cruzar os braços não é opção".
Após a situação pandémica e perante a inflação causada pela atual guerra, a
representante da AHRESP afirmou ter receio “sobre o negócio das empresas nos próximos
tempos”, uma vez que considera que as medidas tomadas pelo governo “não respondem às reais
necessidades”. Em antevisão ao Congresso, que decorrerá este fim-de-semana, a responsável
sublinhou o desejo de “ver vertidas no OE2023” propostas como a redução de impostos sobre
rendimentos do trabalho e a criação de benefícios fiscais ao investimento, para que as corporações
não tenham o seu poder de compra diminuído. Para Ana Jacinto, apesar da atividade turística
estar “exposta a um elevado grau de incerteza”, este setor ainda produz “a maior parte da riqueza
e emprego à esmagadora maioria das pessoas”.
6-
Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa
“No desempenho das minhas funções agi sempre com legalidade”
Ana Abrunhosa posicionou-se hoje, num artigo no jornal Público, acerca do caso da
atribuição de fundos à empresa do marido. A responsável pelos fundos estruturais, tem sido alvo
de acusações. A Ministra garante ser imparcial no exercício das suas funções.
Ana Beatriz Rebelo Pinto, Carolina Damas Fernandes, Maria Inês dos Santos Araújo

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