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Perguntas de Orais – Direito das Obrigações I

● Características/Princípios do Direito das Obrigações

- Características do direito das obrigações.

- Princípios do direito das obrigações.

- Distinguir eficácia real de obrigacional.

- Quais são os requisitos do objeto da obrigação?

- Quais são as características das obrigações?

● Tipos de obrigações; prestações; contratos

- Distinguir contrato real quod constitutionem e quod effectum.

- Qual é a regra das obrigações plurais?

- O que é um contrato bilateral? E um contrato unilateral?

- No art. 411º, porque é que a lei só se preocupa com o contrato unilateral sem prazo e não se
preocupa com o bilateral sem prazo?

- Distinguir prestações fungíveis de infungíveis.

- O que é a infungibilidade? Que tipos de infungibilidade existem?

- Quais são as fontes da infungibilidade?

- Distinguir obrigações determinadas de indeterminadas.

- Quem é o proponente? E o predisponente?

- Como se classificam as obrigações em que o credor tem de se deslocar para obter a


prestação (prestações de coisa)?

- O que significa uma obrigação de prazo absoluto? Há mora quando esta não é realizada
dentro do prazo?

- A compra ao B um automóvel. Após a troca de declarações negociais de quem é o


automóvel?
● Contrato a favor de 3º; Relatividade; 3º cúmplice; eficácia externa das
obrigações

- Exemplo de contratos a favor de terceiro.

- O contrato a favor de terceiro faz exceções a que princípio?

- O que é o princípio da relatividade dos contratos?

- Distinguir contrato a favor de terceiro e contrato de pessoa a nomear.

- A relatividade é uma característica de obrigações?

- Caso CF: rompe a relação contratual que tinha com a primeira estação para passar para a
segunda. A nova estação tinha se prestado para suportar parte das consequências pelo
incumprimento. Será que a estação originária que vê a apresentadora ir-se embora pode ter
alguma pretensão contra a outra estação?

- Pode haver lesão de direito de crédito por terceiro que não o devedor?

● Alteração de circunstâncias; Negociação

- Existe uma obrigação de renegociar?

- Que problemas é que vem resolver a alteração de circunstâncias?

- Que circunstâncias é que se alteram? De que modo é que se alteram?

- O que é considerado uma alteração anormal? O que é que é a alteração das circunstâncias?

- Podemos simplesmente alterar os termos acordados?

- Quais os pressupostos para se aplicar o art. 437º?

- Quais são as consequências da aplicação do art. 437º?

- A compra ao B um determinado terreno. No momento em que tem de pagar o preço, vem a


descobrir que o terreno não é urbanizável. Há alteração de circunstancias, para efeitos do art.
437º?

- Porque se fala em parte lesada no art. 437º/1?

- Se aplicarmos o art. 437º, que providencias tem a parte lesada ao seu dispor?
- A renegociação e a modificação do contrato são a mesma coisa?

- As cláusulas de hardship têm ou não fonte na lei? Resultam da lei?

- Através do princípio da boa-fé, podemos impor a renegociação do contrato quando não


resulta de cláusulas do contrato ou quando o negócio a isso não se subsume?

- Porque é que se pode extrair um dever de renegociar do art. 762º/2? Para que serve a boa-fé
emergente deste artigo?

- Pode retirar-se do art. 437.º um dever de renegociar?

- Exemplo do caso de um contrato onde aplique o art. 437.º devido ao surgimento da


pandemia.

● Cumprimento (legitimidade; capacidade)


- Como é que o credor “solicita” o cumprimento da obrigação?

- A encomendou uma bomba de água para ser instalada em sua casa, e contratou a instalação
a B. B está de férias e é C que comparece para a entrega e instalação. C, como é inimigo de
A, faz com que este recuse a prestação. Quid iuris?

- Sucede que a obrigação não é só da entrega da coisa, mas também da sua instalação?

- O credor não está em casa para lhe abrir a porta. Quid iuris?

- Enquanto credor, devo facilitar a prestação da obrigação?

- Há alguma circunstância em que o credor se pode recusar que um terceiro apareça para
realizar a prestação?

- Há casos em que o credor esteja obrigado a recusar a prestação?

- Se recusar a entrega da prestação por um terceiro, o credor entrará em mora?

- Se o credor recusar, perante a insistência a do devedor em que não aceite não seria um
comportamento contraditório que o devedor viesse a invocar a mora do credor?

- Através de uma chamada telefónica compro um termómetro a uma farmácia e combina-se


que a entrega irá ser efetuada no mesmo dia às 20 horas. Todavia, ninguém aparece por parte
da farmácia. Assim, no dia seguinte, ligo para uma outra farmácia a qual prontamente me traz
o termómetro. Agora, a primeira farmácia aparece e diz que eu tenho de pagar o termómetro.
Quid iuris?
- O que é uma interpelação admonitória?

- A contratou com B a colocação de uma vedação num muro. Foi apalavrado que essa
vedação seria colocada nesse muro no dia 15 de fevereiro. Nesse dia, não aparece B, mas
aparece J. Sucede, porém, que J era um inimigo de A, pelo que quando o vê a entrar,
expulsa-o, e diz-lhe “nem pensar”.

- Neste caso, em que o credor fica irritado porque aquele que vai cumprir é seu inimigo, isso
não tem que ver com a satisfação do interesse do credor?

- A mãe de A é pianista e morre acidentalmente. A vizinha de A, B, é uma excelente pianista


e toca piano todo o dia, provocando uma enorme dor a A. Assim, A e B acordam que B nunca
mais poderá tocar piano, oferecendo-lhe uma enorme quantia de dinheiro. Quid iuris?

- Como se chama, em Direito das Obrigações, o momento da exigibilidade da prestação?

- A comprou num antiquário uma peça que ficou de ser entregue, em sua casa, no dia
seguinte. No dia seguinte, o dono do antiquário, chega a casa do A e quem abre a porta é a
sua prima, entregando-lhe a peça. A sua prima nada lhe diz e não lhe dá a peça. Quid iuris?

- O que é que se entende por representante nos termos do art. 769º? Tem de haver uma
procuração?

- Em vez de ser a prima era a empregada que estava lá em casa. Também era necessário
existir uma procuração?

- Diferença entre a legitimidade ativa vs legitimidade passiva.

- O carro tinha de ser entregue pelo credor ao devedor no dia 27 de janeiro. Nesse dia, não só
o carro não é entregue como não há notícias do vendedor. Quid iuris?

- Quais são as modalidades do não cumprimento das obrigações?

- Admitindo que existe uma declaração antecipada que preenchia todos os requisitos,
acontecendo antes do momento do vencimento da obrigação. Qual é a relevância que isto
tinha?

- Como é que sabemos que o devedor tem legitimidade para cumprir a obrigação?

- A contrata um canalizador para lhe fazer uma reparação na cozinha. B está com muitas
solicitações e então, como é uma reparação simples, manda o seu primo C, que não é
canalizador e apenas tem ideia de como aquilo se arranja. Acha que o A deve aceitar a
prestação oferecida por C?
- O credor tem de ter capacidade para aceitar a prestação?

- A deve ao B 500 euros a título de capital de um mútuo que celebraram há dois anos. Essa
dívida de capital venceu-se faz hoje um ano. A apresenta-se hoje a entregar os 500 euros ao B
com um cheque e este diz “Isto não é cumprimento. Mesmo que eu aceite este cheque vais
continuar em dívida”. Quid iuris?

- Perante o não cumprimento de uma prestação, que hipóteses se oferecerem ao credor?

● Tempo (prazos; benefício do prazo); lugar do cumprimento


- A vende ao B um candeeiro que tem na sala. Quando é que A tem de entregar o candeeiro?

- B, credor do candeeiro, solicita a entrega no prazo de uma hora. A não sabe se deve
deslocar-se à casa de B, e mesmo que tenha de o fazer, não consegue apresentar-se dentro do
tempo exigido, algo de que o credor tem conhecimento.

- Imagine que A compra a B um lustre. Que regras se aplicam ao lugar do cumprimento?

- Imagine que a entrega estava estipulada para o dia 15 de fevereiro. O devedor aparece dia
10 de fevereiro. Podia fazê-lo?

- Para a recusa ser legítima, o que deve demonstrar?

- A compra a B uma mobília de sala de jantar. B ficou de entregar essa mobília 1 de


fevereiro. No dia 28 de janeiro aparece para entregar essa mobília.

- Qual é a consequência perante um prazo a favor do devedor, se o credor não aceitar a


prestação?

- A compra ao B um cavalo e é combinado a entrega do cavalo ser feita no dia 15 de


fevereiro. No dia 7 de fevereiro, B aparece aos portões da quinta de A para lhe entregar o
cavalo. A diz que não lhe dá jeito nenhum receber o animal pois tinham combinando dia 15.

- O devedor pode livremente oferecer a prestação (note-se que o credor não tinha as
condições preparadas para receber o cavalo)?

- Recusando a prestação, quais são as consequências que daí se retiram?

- Quais são as hipóteses de perda do benefício do prazo da prestação?

- Existindo uma pluralidade de devedores qual é o regime da perda de benefício do prazo?

- O que é que significa a perda do benefício do prazo?


- E se a obrigação for solidária (o que significa)?

- Na solidariedade passiva qual é o regime aplicável à perda do benefício do prazo?

- Para que serve o prazo admonitório?

- Foi convencionado que entrega da coisa tinha de ser feito no domicílio do credor. Quando é
que a entrega do candeeiro devia ocorrer?

- Quando é que o devedor deve cumprir?

- E tratando-se de uma obrigação pura?

● Impossibilidade
- A até consegue estar em casa de B no espaço de 45 minutos. Sucede a seguinte desgraça:
cai sobre o candeeiro e este fica completamente danificado, em cacos.

- O que é uma impossibilidade objetiva? E subjetiva? Qual a diferença entre ambas?

- Se a impossibilidade não é culposa, o que é que acontece à obrigação?

- A compra um bilhete para um concerto dia 1 de fevereiro. Entretanto saiu uma lei a dizer
que dado o estado pandémico em que vivemos, ficam proibidos a realização de quaisquer
concertos. O que acontece a esta obrigação?

- No caso, é uma impossibilidade superveniente ou é uma ilegalidade superveniente?

- Era uma impossibilidade temporária ou definitiva?

- Imagine-se que o devedor guardou a bomba num armazém onde guarda material, mas há um
incêndio neste local que faz com que o objeto pereça. Pode, ainda assim, o credor exigir a
entrega da bomba?

- O carro estava guardado numa garagem, que sofre um assalto, sem qualquer culpa do
devedor, uma vez que a mesma estava totalmente alarmada e em segurança. Quid iuris?

● Consignação em depósito
- Que mecanismos tem o devedor ao seu alcance para cumprir a prestação, ainda que o credor
a tenha recusado?

- O que é a consignação em depósito? Posso deixar a coisa no meio da rua?


- O devedor chega a casa do credor para instalar a bomba. Bate à porta e abre a prima do
devedor. Ele coloca lá a bomba e a prima do devedor, que também precisava de uma,
levando-a para casa, sem dizer nada ao credor.

- Quais são os pressupostos da consignação em depósito?

- O credor está em mora aqui?

- Imagine que antes do devedor do candeeiro sair de casa, para o consignar em depósito, ter
tempo de o consignar, o cão do próprio devedor derruba a mesa onde este estava e o
candeeiro estatela-se no chão e fica em cacos (antes de haver tempo para a consignação).

- Se não houver por parte do devedor, o que é que acontece à contraprestação? Este devedor
que não tem culpa de não entregar o candeeiro, tem direito a receber os 500 euros?

- O terceiro pode fazer uma consignação em depósito?

- Quais são as condições que devem ser verificadas para a consignação em depósito ser lícita?
Ela tem de ser sempre uma resposta à mora do credor?

● Mora do credor e do devedor


- O que é a mora? O que é a mora do credor?

- B arranja o dinheiro e vai a correr entregar a A. O credor recusa, pois os 500 euros não
chegam.

- A, credor, já está farto de B não entregar o dinheiro (está em mora), já se passaram muitos
meses. o que aconselha a que o A faça, para se livrar do B?

- Como é o credor extingue a mora do devedor e a converte num regime diferente, mais
agravado?

- Como se converte a situação de mora em incumprimento definitivo? Qual a diferença entre


os dois?

- Imagine que o B é devedor de 500 euros porque comprou um candeeiro. Combina com o A
que tem de entrega os 500 euros certo dia e nesse mesmo dia, liga ao A e diz “eu não entrego
os 500 euros enquanto não me entregares o candeeiro”. Quid iuris?

- A tem o candeeiro para entregar ao B, mas este não aparece, fazendo aquele telefonema
esquisito. E agora?

- O credor só tem de aceitar a prestação?


- Se o credor não aceitar a prestação porque está doente, deixa de ser mora? Há censura?

- Aqueles casos que estão na esfera de risco do credor (doença, bem material destruído que
era objeto da obrigação) basta haver uma imputação à esfera do credor para haver mora ou é
também um juízo de censura?

- O credor negoceia a compra de uma tonelada de peras a um produtor. Ficou de ir lá buscar


as peras hoje, mas não apareceu por motivo justificado. Imagine-se que ásperas que estavam
preparadas para ser carregadas pelo devedor vão ser consumidas por um incêndio fortuito,
que não se aplica ao devedor. Aplica-se o art. 815.º?

- Quais são as consequências principais da mora do credor?

- O credor diz que não estava em casa, como poderia receber a prestação? Ele entra em mora?

- O que ocorre, à luz do art. 813.º, para dizer afinal que o credor não estava em mora?

- Qual é a natureza do juro moratório?

- A contratou com B, para este lhe pintar a casa, mas este não o faz. A pode lançar mão do
art. 817.º?

- Como é que o devedor é responsabilizado pelos prejuízos que o atraso na realização da


prestação causou ao credor?

- O carro estava guardado numa garagem, que sofre um assalto, sem qualquer culpa do
devedor, uma vez que a mesma estava totalmente alarmada e em segurança. Quid iuris?

- Vamos admitir que existia mora, sendo a recusa injustificada. Que meios existem ao
devedor para reagir à mora do credor?

● Interesse objetivo do credor


- Imagine-se que o bilhete tinha sido comprado para celebrar o aniversário. Agora não quer o
espetáculo, pois fora do dia 1 já não festeja.

- Onde está previsto que o interesse deve ser objetivamente considerado?

- O que significa a perda do interesse?

- A compra um porco para o espeto para a festa do seu aniversário. O porco ficou de ser
entregue no dia do seu aniversário, só que o devedor não entrega o porco nesse dia. Dois dias
depois pretende entregar o bicho morto para se proceder ao porco no espeto. O credor rejeita
a prestação “Agora não quero o porco para nada”. Mas o devedor diz “um porco é um porco,
carne de porco é sempre carne de porco”. Quid iuris?
- F compra um bilhete para um concerto para celebrar o seu aniversário dia 30 de janeiro,
mas dia 15 de janeiro dá-se o confinamento geral. A entidade que gere o espetáculo oferece-
se para reagendar o espetáculo para março, mas F entende que não, pois em março já não vai
celebrar o seu aniversário.

- Distinguir interesse objetivo do credor vs fim de emprego da prestação.

● Deveres acessórios; principais e secundários


- Que deveres é que se extraem da boa-fé, nos termos do art. 762º/2?

- Para além de instalar e entregar a bomba, o devedor deveria entregar um certificado


legalmente exigível. Que consequências tem este comportamento na relação contratual?

- Qual a diferença entre os deveres principais, secundários e acessórios?

● Dação; Novação; Remissão


- O que é uma dação em cumprimento?

- O que é uma dação pro solvendo?

- Como se distingue entre uma dação em cumprimento e uma novação objetiva?

- Quanto ao momento da exoneração do devedor, qual é a diferença entre a dação em


cumprimento e a dação pro solvendo?

- Uma dação pro solvendo não exige o assentimento do credor?

- Suponha que A emprestou ao B, 500 €. E o B tem que lhos devolver agora, mas não tem
dinheiro. Então, pergunta ao A se lhe pode entregar uma joia, com um documento de uma
avaliação objetiva de 600 €. Quid iuris se o A aceitar?

- Não há problema em a joia valer 600€ e a prestação inicial ser de 500 € apenas?

- A joia não é do B, mas sim da sua mãe. Há algum problema nisto?

- A obrigação primitiva repristina-se. O B não tem 500 € para entregar ao A. Quid iuris?

- Quando é que o devedor entrou em mora?

- Que efeitos estão associados a este devedor?

- Qual é a taxa de juro?


- A celebrou com B um contrato de mútuo. B obriga-se a restituir a A 10 mil euros. No dia
em que B tem de cumprir, transmite um crédito que tem com C de 12 mil euros.

- O facto de os créditos terem montantes diferentes impede a compensação ou não?

- Um credor pode perdoar uma dívida ao seu devedor?

- A remissão depende de um acordo de vontades ou pode ser feita unilateralmente?

- O que acontece às garantias que terceiros tenham prestados em novações?

- A encomenda a B, talhante, um cabrito para a Páscoa. Todavia, B entrega um carneiro.


Quid iuris?

- Se aceitar, havendo uma dação em cumprimento, há satisfação do interesse do credor?

- A aceita o carneiro e este custa 100 euros, mas não tem dinheiro à mão para pagar, então dá
uma lotaria ao talhante dizendo que sambe que tem prémio e que corresponde a 125 euros.
Ele aceita a lotaria e quando a vai levantar fica com a surpresa de que ela tem afinal 95 euros.
Pode ele exigir o remanescente ao adquirente do carneiro?

- A entrega da lotaria poderia ter sido uma dação em cumprimento?

- Se a entrega da cautela fosse uma dação em cumprimento, quando é que o devedor se tinha
exonerado?

- E o que acontece se eu verifico que fico a perder dinheiro?

- O talhante chegava à casa do credor e quem lá estava era a sua prima, que o leva para a sua
casa e o come. Pode agora o credor exigir outro cabrito?

- A resposta seria a mesma se o credor tivesse ido para o almoço de Páscoa e se se tivesse
banqueteado com um cabrito?

- D deve a A 10 mil euros. No momento em que D tem de cumprir a obrigação, não tem
dinheiro para lhe pagar e diz “em vez de lhe pagar isto, transmito-lho 10 meses de renda de
um imóvel que tenho arrendado no valor de 1000 euros”. Admitindo que é uma dação pro
solvendo, quando é que D se exonera da obrigação? Caso não seja uma dação pro solvendo,
quando se exonera?

- O meu inquilino morre 6 meses depois. Qual é o impacto da morte do meu inquilino numa
dação pro solvendo e numa dação em cumprimento?

● Exceção de não cumprimento


- O que é que é a exceção do não cumprimento?

- Imagine que o B é devedor de 500 euros porque comprou um candeeiro. Combina com o A
que tem de entregar os 500 euros certo dia e nesse mesmo dia, liga ao A e diz “eu não entrego
os 500 euros enquanto não me entregares o candeeiro”. Quid iuris?

- Imagine que existe um mandatário de um banco, que contratou um advogado para ir


representar o banco numa escritura, então negociaram um preço: por cada 10 escrituras,
aquele advogado recebe 1000 euros. O advogado fez as primeiras 10 escrituras, recebeu o
1000 euros, fez as segundas das 10 escrituras e ainda não recebeu o preço das escrituras
anteriores. Será que ele se pode recusar a representar o banco enquanto não receber o preço
das 10 escrituras anteriores?

- Imagine que eu tinha celebrado com A a compra de um carro antigo que tinha imenso
interesse em comprar e combinamos o preço de 20 mil euros. Além deste acordo,
combinamos que A, que é mecânico, iria reparar o carro integralmente, deixando-o
impecável, já tendo visto na sua oficina o bom cuidado que tem com os carros. Acontece que
lhe entreguei logo metade do preço e A nunca mais me disse nada. Passado um mês, ligo a A
e este responde que não irá começar a reparação do carro enquanto não tiver a totalidade do
valor. Eu recuso-me a pagar a totalidade já. Quid iuris?

- Quid iuris se eu invocar a exceção do não cumprimento, mas os seus requisitos não se
verificarem?

Prof. Francisco Mendes Correia


Imagine que o pai de duas irmãs, A e B, contrata um advogado para redigir um
testamento, através do qual pretende beneficiar A. Sucede que o advogado atrasa a redação
do testamento e o senhor morre e que, na inexistência do testamento, as duas filhas recebem
exatamente a mesma coisa, quando A consegue provar que caso houvesse testamento ela
seria beneficiada. Pode A ter alguma pretensão contra o advogado?

Imagine que A foi contratado para arranjar um piano, propriedade do CCB. O A está
ansioso porque arranjar aquele piano ainda demora uma semana. No entanto, o CCB nunca
mais deixa o A entrar na sala e concertar o piano. A pretende saber o que fazer.

Imagine que A é atropelado por B, de propósito, porque A é devedor de B. Será que A


pode dizer que ficam igualados, porque B está a dever-lhe uma indemnização e ele estava a
dever um empréstimo a A? Que instituto está em causa quando duas pessoas são
simultaneamente credor e devedor em duas obrigações distintas?

Imagine que o metro de Lisboa contratou a empresa A para reparar umas carruagens.
A empresa A invoca que o custo do materiais aumentou e não consegue assegurar já a
reparação. O metro de Lisboa envia uma carta à empresa a dizer que deviam ter começado a
15 de janeiro e, por isso, estão em mora, e que se não começarem a reparar até 30 de janeiro,
entram em incumprimento. Nessa data, a empresa não começa a obra e passado uma semana,
recebe uma notificação de ação de cumprimento, ao que a empesa contesta, dizendo que não
pode ser obrigada a realizar uma prestação que se extinguiu porque o metro já resolvera o
contrato.

Fazer tatuagens é uma prestação digna de proteção legal, à luz do art. 398º/2?

Pressupostos da consignação em depósito.

Há algum caso em que o credor é obrigado a receber a prestação de terceiro?

Os casos de impugnação pauliana são casos de eficácia externa das obrigações?

Qual a distinção entre retrovenda e venda a retro?

A comprou um carro usado no stand de B. Passado um ano e meio o carro não funciona. A
exige de B a sua reparação mas B responde que, nos termos acordados, a sua
responsabilidade era apenas por 12 meses. quid iuris?

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