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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE ENFERMAGEM

Amanda de Jesus Mariano – RA N586DG3


Ana Carolina Fonseca Santos – RA F26HHE6
André Milan Correa – RA T111DG3
Augusto Henrique Martins – RA F19DFC1
Dannielly de Moura Lima – RA F325431
Elida Morgana Moreira – RA N648163
Geovana Dias da Silva – RA F198DC5
Gustavo dos Santos Silva – RA F198359
Nicolly Micaela A. Ferreira – RA F338380
Roberio Siqueira Silva – RA T991ID5

ESTUDO DE CASO: ENFRENTAMENTO INEFICAZ DEVIDO


CONHECIMENTO DEFICIENTE E ALIMENTAÇÃO DESEQUILIBRADA

SÃO PAULO
2022
Amanda de Jesus Mariano – RA N586DG3
Ana Carolina Fonseca Santos – RA F26HHE6
André Milan Correa – RA T111DG3
Augusto Henrique Martins – RA F19DFC1
Dannielly de Moura Lima – RA F325431
Elida Morgana Moreira – RA N648163
Geovana Dias da Silva – RA F198DC5
Gustavo dos Santos Silva – RA F198359
Nicolly Micaela A. Ferreira – RA F338380
Roberio Siqueira Silva – RA T991ID5

ESTUDO DE CASO: ENFRENTAMENTO INEFICAZ DEVIDO


CONHECIMENTO DEFICIENTE E ALIMENTAÇÃO DESEQUILIBRADA

Atividade Prática Supervisionada.


Docente Supervisor: Prof.ª Daniele
Carlin.

SÃO PAULO
2022
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO ..................................................................................................... 6


2. EXAME FÍSICO .............................................................................................................................................. 8
3. DIAGNÓSTICO CLÍNICO DO PACIENTE .......................................................................................................... 9
3.1 ALIMENTAÇÃO INEFICAZ: RISCO PARA DESIDRATAÇÃO, RISCO PARA CONSTIPAÇÃO. ............................... 9
3.2 CONHECIMENTO DEFICIENTE: AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES COGNITIVAS OU DE AQUISIÇÃO DE
INFORMAÇÕES RELATIVAS A UM TÓPICO ESPECÍFICO. ...................................................................................10
3.3 ENFRENTAMENTO INEFICAZ ......................................................................................................................11
3.4 PADRÃO DE SONO PERTURBADO ..............................................................................................................12
3.5 DENTIÇÃO PREJUDICADA ..........................................................................................................................12
4. EXAMES LABORATORIAIS E DE IMAGEM PARA O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA .............................................14
5. TRATAMENTO .............................................................................................................................................15
6. PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE .........................................................................................................18
7. PROCESSO DE ENFERMAGEM ......................................................................................................................19
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................................................21
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................22
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1. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO

LFFS, 10 anos, pardo, sexo masculino, reside atualmente em SP com sua mãe,
seu pai e dois irmãos: GF 16 anos e JV 19 anos, em uma casa com três cômodos,
informa que possui um bom relacionamento com seus pais, porém há muita
discussão e conflitos com seus irmãos, principalmente com GF, sendo o principal
motivo o celular de sua mãe. Relata que possui alguns jogos no celular de sua mãe
e que quando GF pega o celular dela, ele desinstala os jogos baixados por ele e
instala outros de sua preferência. Logo, quando LFFS pega o celular novamente, ele
desinstala os jogos baixados por GF e instala os dele, gerando desentendimento.
Relata que quando estão bem, sem brigas, sente a necessidade de provocar os
irmãos com o intuito de ter a atenção deles devido estar entediado.
Relata que atualmente está estudando em uma escola cursando 5º ano no
período da manhã das 07h às 12h, já sabe escrever, porém ainda não sabe ler, a
única matéria que te interessa é matemática, pois as demais não gosta e não
entende o que os professores falam, sempre é chamado atenção pelos mesmos,
possui dificuldade em se concentrar e apesar de ter bastante amigos na escola,
também tem bastante briga. Na escola ele gosta de jogar futebol com os meninos e
quanto as meninas, não se dá bem, relata que as meninas da escola são chatas,
folgadas e fofoqueiras, ficam falando dos outros alunos e que ele não gosta disso.
No período da tarde fica na ONG enquanto sua mãe está trabalhando, sua mãe
trabalha na mesma ONG e fica próximo dele durante a tarde. Relata que não se
alimenta muito bem. Não realiza o café da manhã e nem o lanche da manhã, pois
não sente apetite/fome, partindo diretamente para o almoço na qual costuma comer
arroz com carne vermelha, salada de alface, tomate e pepino. No lanche da tarde
come bolacha recheada geralmente de morango, balas, pirulito ou bolo. No jantar,
costuma comer arroz com ovo ou pão com ovo e suco, relata não gostar de feijão e
que come raramente no almoço enquanto está na ONG e não come o feijão de casa,
além disso relata que ingere pouca água e muito suco e refrigerante diariamente.
Aos finais de semana costuma comer chocolates, bolo, salgadinho, balas e
chicletes. Escova os dentes 1 vez ao dia as vezes, pois tem muita preguiça e
geralmente, só escova ao acordar. Dorme em torno de 6 horas por dia, indo dormir
aproximadamente às 23h e acordando em torno de 5/6h da manhã, não dorme no
período da tarde e não costuma acordar durante a noite. Sua urina tem coloração
escura sem odor e apresenta bastante episódios de diurese por dia, não sabendo
quantificar, consegue ter controle de esfíncter, nega escapes durante o dia ou a
noite. Quanto a evacuação, relata episódios aproximadamente 3 vezes por semana
com aspecto firme e ressecado com coloração marrom, sem dor, mas as vezes com
incomodo ao evacuar, sendo necessário fazer muita força. Aos finais de semana
costuma assistir na televisão animes como Goku e Naruto, as vezes brinca com os
irmãos, mas não com muita frequência. Nega fazer uso de medicamentos contínuos,
mas informou que quando está com dor toma dipirona.
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2. EXAME FÍSICO

Ao exame físico: Paciente comunicativo, consciente, orientado em tempo,


espaço e pessoa, hiperativo com episódios de falta de atenção, relata esquecimento,
inquieto, em ar ambiente, eupneico, apresenta-se sem queixas álgicas no momento,
sem face de dor, deambulando sem dificuldades. Pele integra sem edemas ou
machas, sem sinais de desidratação, apresenta cicatriz em dorso da mão direita,
paciente relata ser de uma queimadura com ferro de passar roupa há uns anos, mas
não soube informar a idade que tinha quando ocorrido. Crânio com ausência de
lesões, deformidades, cicatrizes, pediculoses e/ou sujidades. Olhos simétricos com
pupilas isocóricas foto reagentes sem sinais de processos inflamatórios. Acuidade
auditiva preservada com teste do sussurro sem alterações, sem queixas álgicas e
sem sinais de processos inflamatórios. Cavidade nasal integra sem sujidades e/ou
obstrução nasal. Cavidade oral sem sujidade ou hálito com odor característico,
apresenta presença de cárie visível entre primeiro e segundo pré-molar definitivo
inferior direito, ao questioná-lo se já foi realizado consulta com dentista, o mesmo
informa que foi em uma consulta com o seu irmão e logo após passou as
informações para a mãe que será necessário extrair o dente definitivo devido a
profundidade da cárie, mas a mãe disse que não será feita no momento devido ao
custo, mucosas coradas e hidratadas. Pescoço com pele integra e movimentação
preservada, ausência de grupos ganglionares. Tórax normal com expansibilidade
simétrica, movimentos regulares com ritmo respiratório normal – eupneico, FR = 19
rpm, ausência de uso de musculatura acessória. Ausculta cardíaca com ritmo sinusal
com bulhas rítmicas normofonéticas 2 tempos e sem sopro. Ausculta pulmonar com
murmúrios vesiculares presentes e ausência de ruídos adventícios. Abdome com
forma plana sem lesões na pele, percussão timpânica com presença de ruídos
hidroaéreos. Geniturinário relata ausência de alterações, micção espontânea com
controle de esfíncter preservado, sem queixas álgicas ao urinar. Membros
superiores com força motora preservada bilateral, pulsos periféricos palpáveis,
simétricos, rítmicos e sem anormalidades, FP = 98ppm, pele integra, porém com
cicatriz de queimadura em dorso da mão direita, boa perfusão periférica, unhas das
mãos grandes com presença de sujidade. Membros inferiores com força motora
preservada bilateral, pele integra, apresenta cicatriz em MID devido à queda, cicatriz
em MIE em dorso do pé também devido à queda, boa perfusão periférica e teste de
bandeira negativa.
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3. DIAGNÓSTICO CLÍNICO DO PACIENTE

3.1 Alimentação ineficaz: risco para desidratação, risco para constipação.

Definição:
 Nutrição desequilibrada
 Ingestão de nutrientes insuficiente para satisfazer as necessidades
metabólicas

Características definidoras:
 Constipação
 Hipotonia muscular
 Aumento na altura inadequado para idade e sexo
 Cicatrização de ferida atrasada
 Ingestão de alimentos menor que ingestão diária recomendada (IDR)
 Letargia
 Peso corpóreo abaixo da faixa de peso ideal para idade e sexo
 Ruídos intestinais hipoativos
 Volume de líquido menor que a necessidade diária

Fatores relacionados:
 Aversão a alimentos
 Conhecimento inadequado sobre a exigências nutricionais
 Interesse em alimentos inadequados
 Sintomas depressivos

Fatores de risco:
 Condições sócio econômica
 Hábitos alimentares inadequado
 Ingestão alimentar insuficiente, menor que a necessidade diária, com baixo
consumo de fibras
 Peso abaixo do ideal.

Etiologia Primária:
 Pobreza - Subemprego, educação precária, exclusão do sistema de saúde,
más condições ambientais.
 Infecções
 Baixa ingestão nutricional

Fisiopatologia:
Baixa ingestão calórica condicionadas adaptações a desnutrição: Diminuição
da atividade física, estagnação do crescimento (peso e altura) depleção proteica e
lipólise. Quando a restrição energética perdura, o organismo lança mão de vários
mecanismos: Glicogenólise e Lipólise.
Quanto a musculatura energética, o maior reservatório corporal de proteína e
a gordura corpórea a principal reserva energética, são consumidos gradativamente à
custa da manutenção da homeostase.
Há dois compartimentos de proteína no corpo: o somático e o visceral.
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→ Somática: Representado pelas proteínas dos músculos esqueléticos. Este


compartilhamento é mais afetado no marasmo (lactante e menores de um ano).

→ Visceral: Representadas pelas reservas dos órgãos viscerais (armazenados


principalmente no fígado). Este compartilhamento é afetado mais severamente no
Kwashiorkor (em crianças maiores de 2 anos), que é quando na dieta tem mais
carência proteica do que energética. Origina-se de quadros leves à moderados de
desnutrição por deficiência de proteínas adequada ingestão de energia.

3.2 Conhecimento Deficiente: Ausência de informações cognitivas ou de


aquisição de informações relativas a um tópico específico.

Definição:
 Conhecimento insuficiente
 Comportamento inapropriado

Características definidoras:
 Desempenho inadequado em um teste
 Seguimento de instruções inadequado
 Comportamentos exagerados

Fatores Relacionados:
● Conhecimento insuficiente sobre recursos
● Informações incorretas apresentadas por outros
● Informações insuficientes
● Interesse insuficiente em aprender
● Falta de capacidade de recordar

Etiologia Primária:
● Pobreza – Subemprego
● Educação precária
● Ambiente familiares conturbados
● Distúrbios cognitivos.
● Auxilio Familiar ineficaz

Fisiopatologia:
Ausência ou deficiência de informação cognitiva relacionada a um tópico
específico é possível identificar comportamentos que dificultam a adesão ou o
seguimento das recomendações terapêuticas, seja por falta de capacidade de
recordar ou de interesse pelo conteúdo divulgado, seja por limitação no acesso às
informações ou por interpretação errônea de informação ou, ainda, por limitação
cognitiva.
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Fatores de risco:
 Atraso escolar
 Problemas na memória
 Falta de táticas de captação
 Confusão nas exigências da tarefa ou desinteresse.

3.3 Enfrentamento Ineficaz

Definição:
 Dificuldade relacionamento familiar
 Risco no desenvolvimento
 Ciclo de Sono prejudicado

Características Definidoras:
 Brigas familiares
 Sono alterado
 Desenvolvimento escolar prejudicado
 Capacidade de resposta afetiva prejudicada
 Alteração na concentração

Fatores relacionados:
 Recursos de saúde inadequados
 Sentido de controle inadequado
 Liberação de tensão ineficaz
 Estratégias ineficazes para alívio de tensão

Etiologia Primária:
 Pobreza - Subemprego, educação precária, exclusão do sistema de saúde,
más condições ambientais.
 Auxílio Familiar Ineficaz
 Suporte emocional mínimo

Fisiopatologia:
Risco de Sociabilização inadequada correlacionada a ansiedade,
hiperatividade infantil, pode relacionar também a Depressão, Hiperatividade,
Irritabilidade, Impulsividade, dificuldade de aprendizado.

Fatores de Risco:
 Condição socioeconômica
 Apoio emocional inadequado
Aprendizado prejudicado
 Crises familiares
 Picos de estresse
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3.4 Padrão de sono perturbado

Definição:
 Despertar por tempo limitado devido a fatores externos.

Características Definidoras:
 Dificuldades no funcionamento diário
 Dificuldade para iniciar o sono
 Dificuldade em manter o estado de sono
 Expressa insatisfação com dormir
 Expressa cansaço
 Ciclo de sono não restaurador

Fatores relacionados:
 Interrupção causada pelo parceiro de sono
 Privacidade insuficiência
 Perturbações ambientais

Etiologia:
 Estresse
 Estilo de vida desregrado
 Transtorno mental, neurológico ou hormonal.
 Além disso, pode estar ligado a problemas respiratórios, gastrointestinais e
dores crônicas.

Fisiopatologia:
O ritmo circadiano é o responsável pelo controle desse ciclo de sono-vigília, o
distúrbio desse ciclo juntamente e relacionado com um estado hiper alerta (quase
sempre involuntário) acaba resultando a instabilidade do sono.

Fatores de risco:
 Estilo de vida irregular
 Hábitos inadequados
 Transtornos mentais e neurológicos ou hormonais.
 Ansiedade
 Dores crônicas
 Estresse

3.5 Dentição prejudicada

Definição:
 Ruptura nos padrões de desenvolvimento/erupção dentários ou na
integridade estrutural de cada dente

Características definidoras:
 Cáries dentais
 Dor de dente
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Fatores relacionados:
 Barreira ao autocuidado
 Conhecimento insuficiente sobre saúde dental
 Hábitos alimentares inadequados
 Higiene oral inadequada

Fatores de Risco:
 Alimentação inadequada
 Higiene ineficaz
 Conhecimento deficiente

Fisiopatologia:
Perturbação no desenvolvimento do dente / padrão de erupção ou
integridade estrutural de dentes individuais.

Etiologia:
Processos relacionados à ingestão, digestão, absorção, metabolização e
excreção dos alimentos, fatores genéticos, hábitos comportamentais, contexto sócio
econômicos, hábitos de higiene oral ao acordar, antes de dormir e após as refeições.
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4. EXAMES LABORATORIAIS E DE IMAGEM PARA O DIAGNÓSTICO DA


DOENÇA

De acordo com os dados levantados paciente necessita de exames


laboratoriais para identificação de possíveis alterações prejudiciais à saúde. Tendo
em vista que o mesmo necessita de acompanhamento com o psicólogo e equipe
odontológica fica designado as equipes direcionar os exames de acordo com suas
necessidades.

Para o diagnóstico de alimentação ineficaz com risco de desidratação e


constipação os exames variam e pode ser realizado desde um hemograma, que
podem ser detectado algumas doenças como anemia e leucemia que tem como
sintomas fraqueza, febre, perda de peso, etc., como também exames de imagem,
como uma radiografia abdominal. Outro exame comum é o teste de glicemia capilar,
na qual detecta o nível de glicose no sangue e analisa a eficácia do plano alimentar.
Além desses, podem ser feitos exames de urina e de fezes, para descartar infecções
e patologias.
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5. TRATAMENTO

5.1 Tratamento farmacológico

Em todos os diagnósticos identificados é necessário acompanhamento médico


para prescrição médica e administração de medicamentos, mas na maioria dos
casos são receitados:

→ Alimentação ineficaz: Risco para desidratação, risco para constipação.


Os medicamentos utilizados são com a base de sais ferrosos, suplementos a
base de vitaminas e minerais com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Para a
prevenção de possíveis enfermidades com ausência de ferro, indicasse o uso de
sulfato ferroso que é um suplemento por deficiência de ferro que resulta de uma
dieta inadequada, má absorção, possui a classe minerais. Já para aumento do
apetite um dos indicados é cobavita, ele aumenta a massa corpórea estimulando o
apetite, pois associa a ação anabolizante-proteica da cobamamida ao efeito
estimulante do apetite da ciproeptadina.

→ Conhecimento deficiente: Ausência de informações cognitivas ou de


aquisição de informações relativas ao um tópico especifico.
O tratamento medicamentoso mais usado é com base nos estimulantes, seja
de uso habitual ou prolongado, como o metilfenidato que ajuda na concentração da
criança, inibindo a hiperatividade e a desatenção. Possui a classe estimulante do
SNC.

→ Enfrentamento Ineficaz
Os fármacos indicados para disfunção social, são de uso contínuo ou
prolongado, são estimulantes como o venvanese. Possui a classe de sedativos,
ansiolíticos, hipnóticos e anticonvulsivantes, que com isso ajuda a diminuir a
impulsividade e hiperatividade. É indicado também a oferta de suco natural de
maracujá e chá de camomila, nas quais ajuda a manter o paciente mais calmo.
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→ Padrão de Sono Perturbado


Um dos fármacos que ajuda a regularizar o padrão de sono é a melatonina,
dando o suplemento próximo ao horário que a criança for deitar. A melatonina é da
classe hipnótico, a função da mesma é regular o ciclo de sono e vigília. Além da
melhora do sono ajuda na ação antioxidante e também na redução da acidez do
estômago.

→ Dentição Prejudicada
O que leva a um tratamento adequado é distinguir o processo, identificar o
problema. Na maioria dos casos, a dor dental é causada por cáries e para isso, é
utilizado anti-inflamatório/analgésico, um dos mais conhecidos é o paracetamol, ele
faz um bloqueio da produção de prostaglandina fazendo-se a sensação de dor ou
lesão menor.

5.2 Tratamento não farmacológico

→ Alimentação ineficaz: Risco para desidratação, risco para constipação.


1. Mudanças de hábitos alimentares
2. Realizar a ingestão de alimentos ricos e proteínas, ferro e fibras.
3. Montar um cardápio colorido
4. Aumentar a ingestão de água
5. Estabelecer horários para as refeições
6. Oferecer um local tranquilo
7. Promover a participação da criança no preparo dos alimentos
8. Evitar distrações
9. Evitar o consumo de doces e refrigerantes antes das refeições.

→ Conhecimento deficiente: Ausência de informações cognitivas ou de


aquisição de informações relativas ao um tópico especifico.
1. Realizar acompanhamento com equipe multidisciplinar
2. Envolver rede de apoio
3. Realizar atividades que estimule os cognitivos tais como: jogos de raciocínio
lógico, jogo da memória, incentivo à leitura e atividades ao ar livre.

→ Enfrentamento Ineficaz
1. Terapia familiar
2. Apoio ao cuidador da família
3. Apoio emocional
4. Promoção a normalização emocional da família.
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→ Padrão de Sono Perturbado


1. Evitar o excesso de telas no período da noite
2. Beber chá para ter uma noite mais tranquila tais como chá de Camomila, Erva
cidreira e outros.
3. Comer alimentos leves durante a noite e evitar o consumo de doces.
4. Adotar horários regulares de sono.
5. Evitar dormir durante a tarde

→ Dentição Prejudicada
1. Manutenção e restauração oral
2. Evitar o consumo de doces, balas, chicletes e refrigerantes.
3. Escovar os dentes no mínimo 3x ao dia ou após cada refeição.
4. Acompanhamento dos responsáveis na realização da tarefa

5.3 Tratamento clínico, cirúrgico ou outros tratamentos:

De acordo com os dados levantados, não há indicação para tratamento


cirúrgico no primeiro momento, devendo ser examinado pela equipe médica para
que posteriormente possa ser indicado algum procedimento, caso haja
necessidade.
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6. PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE


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7. PROCESSO DE ENFERMAGEM

NANDA: Enfrentamento Ineficaz.

CIPESC: Processamento de informação limitado

 NIC: ajudar a criança a como controlar mais esses impulsos de forma


didática, incentivá-lo a focar mais nas outras matérias escolares que ele está
tendo mais dificuldades, e conversar junto aos seus pais para ajudá-lo
também em casa com tais tarefas, demonstrar que mesmo ele tendo
diferenças com as outras crianças que ele pode tentar amizade além dos
meninos em sua escola.
 NOC: Controlar essa impulsividade que o leva a brigar com os irmãos,
conversar com seus pais para que ele tenha um apoio emocional maior neste
período, ter uma rede de apoio maior incluindo seus irmãos onde possui
intrigas.

Devemos avaliar todo o contexto da família, e como ela lida com o paciente,
mostrar a eles e ao paciente de forma didática como lidar com esses problemas
familiares junto do paciente e seus irmãos e como ele pode criar mais vínculos
escolares não apenas com os meninos, devemos manter um vínculo junto ao LFFS,
para que ele continue nos falando suas dúvidas e questionamentos, procurar
promover mais atividades no local como oficinas e grupos educativos para melhorar
também a sua interatividade com outros colegas.

NANDA: Alimentação inadequada.

CIPESC: Ingestão alimentar alterada.

 NIC: Acompanhar o desenvolvimento da criança peso/altura e massa


corporal, encaminhar para consulta médica se sobre peso baixo peso e casos
de desnutrição, esclarecer a importância de uma alimentação adequada para
família e criança, inclusive dizer a importância de evitar líquidos durante a
refeição, investigando hábitos alimentares individuais. Estimular a ingestão
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hídrica e evitar alimentar-se assistindo TV ou em uso de tablet e celular.


Evitar frituras, doces, massas em excesso, salgadinhos e embutidos.
 NOC: Manter horário para as principais refeições tais como: café manhã,
almoço e jantar, apresentar melhora da dieta alimentar em quantidade,
frequência e com qualidade, esclarecimento sobre hábitos alimentares
saudáveis. Manter peso e massa corporal de acordo com acompanhamento e
desenvolvimento da criança.

Devemos avaliar o crescimento da criança utilizando escalas como Denver.


Avaliar o crescimento altura e peso. Orientar a mãe e familiar responsável pela
criança sobre a importância dos alimentos e horários determinados para efetuar as
refeições. Evitar que as refeições sejam efetuadas em uso de computadores,
televisão e celulares. Evitar entrega de doces (balas, chocolates) antes das
refeições. Ofertar alimentos ricos em fibras e uma boa ingesta de líquidos sucos e
água.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos dados levantados na consulta, podemos identificar alguns


diagnósticos de enfermagem que podem ser corrigidos com ajuda da equipe de
saúde e também com o auxilio dos pais ou responsáveis.

A equipe de enfermagem é a porta de entrada para atendimento médico. É


possível diagnóstico, acompanhamento da evolução clínica e melhora dos sinais
apresentados, a equipe de enfermagem é a responsável por orientar a família de
maneira adequada. É quem possui maior contato com o paciente e pode identificar
problemas que outro profissional não conseguiria.

LFFS apresenta sinais que podem ser corrigidos com orientações, educação
sobre alguns temas e mudanças de hábitos. Foi feito orientações sobre melhora da
alimentação, melhora da saúde bucal e corpórea, orientamos a importância do bom
relacionamento para com os seus irmãos e a necessidade de serem companheiros.

Espera-se que haja melhora e evolução no autocuidado e nos outros


diagnósticos levantados. Paciente apresentou-se disposto a mudanças e orientamos
também que procurasse ajuda médica para auxílio na melhora comportamental.
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REFERÊNCIAS

ALGUNS dos principais diagnósticos de enfermagem do livro Nanda para


setores críticos. Sou enfermagem, 2018. Disponível em:
https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/diagnosticos-de-enfermagem-
nanda/. Acessado em: 30 de set. de 2022.

ARAÚJO, Alexandra Prufer de Queiroz Campos. Avaliação e manejo da criança


com dificuldade escolar e distúrbio de atenção. Scielo, 2002. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jped/a/qf7pYBWn4j4KMgtXLQCHmgc/?format=pdf&lang=pt.
Acessado em: 12 de out. de 2022.

CLASSIFICAÇÃO internacional das práticas de enfermagem em saúde coletiva.


Fmsc, 2012. Disponível em: http://www.fmsc.rs.gov.br/wp-
content/uploads/2020/11/CIPESC-Diagn%C3%B3sticos-de-Enfermagem.pdf.
Acesado em: 30 de set. de 2022.

CONHECIMENTO deficiente. De enfermagem, 2017. Disponível em:


https://deenfermagem.com/conhecimento-deficiente/. Acessado em: 30 de set. de
2022.

DENTIÇÃO prejudicada. De enfermagem, 2017. Disponível em:


https://deenfermagem.com/denticao-prejudicada/. Acessado em: 30 de set. de 2022.

ENFRENTAMENTO ineficaz. De enfermagem, 2017. Disponível em:


https://deenfermagem.com/enfrentamento-ineficaz/. Acessado em: 30 de set. de
2022.

GALVÃO, Elizabeth. Destruição energético- protéica (DEP). Multi saúde, 2022.


Disponível em: https://multisaude.com.br/artigos/desnutricao-energetico-proteica-
dep/. Acessado em: 30 de set. de 2022.

HERDMAN, T. H.; KAMITSURU, S. Diagnóstico de enfermagem da NANDA-I:


definições e classificação 2018-2020/ [NANDA internacional], 11 ed, Porto
Alegre, Ardmet, 2018, p 1996-1997.

HERDMAN, T.H. et al. Enfermagem diagnósticos: definições e classificação


2021-2023/ [NANDA internacional], 12 ed, Rio de janeiro, Ardmet, 2021.
23

NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: atualização. Revista


brasileira de neurologia, Rio de janeiro, Jan/ fev/ març de 2018. Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882451/artigo-5-revista541v4.pdf.
Acessado em: 12 de out. de 2022.

NUNES, Daviane. Higiene corporal: ensino fundamental l. Escola kids, 2022.


Disponível em: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/higiene-do-corpo.htm.
Acessado em: 13 de out. de 2022.

SILVA, Maria Isabel Gomes. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de


atenção à saúde da família, no município de Maracanaú. Ufc, 2003. Disponível
em: https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/4236/1/2003_dis_migsilva.pdf. Acessado
em: 12 de out. de 2022

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