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LETÍCIA TIMBÓ 1

Apostila Sistema Digestório


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Apostila Sistema Digestório

Desenvolvimento do Intestino Primitivo

No início da 4º semana, o Intestino Primitivo


(primordial) começa a se desenvolver – durante
os Dobramentos do Embrião:

Forma o Intestino
Dobramento Cranial Anterior
Forma o Intestino
Dobramento Caudal Posterior
Forma o Intestino
Dobramento Lateral Médio

A extremidade cranial do Intestino Primitivo esta


fechado pela – Membrana orofaríngea – que
se posiciona corretamente no início da 4ª
semana, mediante o dobramento cranial. Origina o tecido
Mesoderma muscular, o conjuntivo
Já a extremidade caudal é fechada pela – e as outras camadas
Esplâncnico do da parede do trato
Membrana cloacal – que se posiciona
digestivo.
corretamente com o dobramento caudal na
4ª semana.

O intestino primitivo se forma quando as pregas Cavidade oral origina- Estomodeu se forma
cefálica, caudal e lateral se incorporam a parte se do Estomodeu pelo dobramento
dorsal do saco vitelino dentro do embrião. cranial.

Canal anal origina-se Proctodeu se forma


Origina o epitélio do do Proctodeu pelo dobramento
Endoderma do Saco intestino e as caudal
Vitelínico glândulas.
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O intestino primitivo é dividido em 3 partes: A recanalização dele ocorre ao final da 8º


Esôfago semana
Estômago
Duodeno Deriva do
Fígado + Aparelho
Músculo mesênquima do Controlado
Intestino Anterior
Biliar Estriado 4º e 6º arcos pelo Nervo
Pâncreas faríngeos Vago =
Baço Deriva do Musculatura
Intestino Médio Intestino Médio Músculo Liso mesênquima Involuntária
Ceco e Apêndice esplâncnico.
Intestino Posterior Cloaca Desenvolvimento do Estômago
Canal Anal
No inicio da 4º semana, o Estômago aparece
Intestino Anterior como uma dilatação fusiforme da parte caudal
(distal) do intestino anterior, orientada pelo Plano
Derivados do Intestino Anterior Mediano..
Faringe primitiva Rapidamente o Estômago primitivo cresce
Sistema Respiratório Inferior dorsoventralmente. (para frente e para trás)
Esôfago e Estômago
Duodeno Durante a 6ª e 7ª semanas, a Margem dorsal
Fígado + Aparelho Biliar + Pâncreas + Baço do estômago cresce mais rápida que a
Margem ventral, demarcando a – Curvatura
Desenvolvimento do Esôfago
maior do estômago.

Rotação do Estômago

Ao crescer e adquirir a forma adulta, o


estômago faz um movimento lento de rotação
de 90º no sentido horário, em torno de seu
Desenvolve-se do Intestino Anterior, eixo longitudinal
caudal à faringe – a partir do
Septo Traqueoesofágico.

Inicialmente é curto, mas alonga-se


rapidamente, devido ao crescimento e ao
reposicionamento do coração e dos pulmões –
alcançando seu comprimento final por volta da
7º semana.

O Endoderma – origina os epitélios e as


glândulas do Esôfago – que proliferam e
obstruem o Esôfago.
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Os efeitos da rotação sobre o Estômago são: Porção cranial do .Forma a parte inferior
Margem Ventral Desloca-se para a Intestino Anterior do Duodeno.
(curvatura menor) direita.
Mesoderma Forma a musculatura
Margem Dorsal Desloca-se para a Esplâncnico do Duodeno.
(curvatura maior) esquerda.
Lado esquerdo Torna-se a Superfície
original ventral
Lado direito Torna-se a superfície
original dorsal.

Extremidades cefálica
Antes da rotação e caudal do Estômago
situavam-se no Plano
Mediano.
A junção das 2 porções do Duodeno ocorre
Região cranial do
Estômago desloca-se distal à origem do Ducto Biliar.
para a esquerda e
Durante a rotação para baixo
O desenvolvimento dele é rápido e forma uma
e crescimento alça em forma de “C” que se projeta
Região caudal do
Estômago desloca-se ventralmente..
para direita e para Com a rotação do Estômago – a alça do
cima.
duodeno gira para a direita e é pressionada
O estômago assume contra a parede posterior da Cavidade
sua posição final, com Abdominal, ou em uma porção retroperitoneal.
Após a rotação seu eixo maior quase
transverso ao maior Durante a 5ª e 6ª semana – a luz do duodeno
eixo do corpo.. diminui e fica temporariamente obstruída devido
à proliferação das suas células epiteliais.
Nervo Vago Inerva a parede
Esquerdo anterior do Estômago
Inerva a parede
Nervo Vago Direito posterior do
Estômago.

Desenvolvimento do Duodeno
Ocorre a Vacuolização (formação de vacúolos)
Inicia o desenvolvimento no início da 4º
à medida que as células epiteliais se degeneram
semana, a partir: – resultando na recanalização do duodeno.
Porção caudal do Forma a parte Nesse momento, a maior parte do mesentério
Intestino Anterior superior do Duodeno ventral do duodeno terá desaparecido.
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Desenvolvimento do Fígado e Aparelho Biliar

Da 5ª semanada a 10ª semana o Fígado cresce


rapidamente e preenche grande parte da
Cavidade Abdominal superior.

O que determina esse desenvolvimento e


segmentação funcional do Fígado é a –
quantidade de sangue oxigenado que flui da
Veia Umbilical para ele.

O Fígado + Vesícula Biliar + Sistema de ductos OBS: inicialmente os lobos (direito e esquerdo)
biliares surgem como um crescimento ventral – possuem o mesmo tamanho, mas logo o direito
o Divertículo Hepático. se torna maior.

Que se desenvolve a partir da porção distal do Hematopoiese é a formação de vários tipos de


Intestino anterior no início da 4ª semana. células sanguíneas – ela inicia no Fígado
durante a 6ª semana, conferindo a ele um
Esse Divertículo Hepático estende-se para o – aspecto avermelhado brilhante.
Septo Transverso (massa de mesoderma
esplâncnico que separa as Cavidades Durante a 9ª semana o Fígado já é responsável
Pericárdica e Peritoneal) – esse septo forma o por 10% do peso total do feto.
Mesogástrio Ventral dessa região

O Divertículo Hepático cresce rapidamente . Bile


entre as camadas do Mesogástrio Ventral e
divide-se em 2 partes: Na 12ª semana inicia ocorre a formação de
Bile pelas células hepáticas.
Porção Cranial
Primórdio do Fígado
maior Ela é transportada pela Vesícula Biliar e toda
Porção Caudal Primórdio da vida que ingerimos gorduras, ao alcançar o
menor Vesícula Biliar Duodeno – a vesícula se contrai e libera a
Pedúnculo do Primórdio do Ducto bile.
Divertículo Cístico.
Após a 13ª semanada ocorre a entrada da Bile
no Duodeno através do Ducto Biliar –
Originam os
Endoderma conferindo uma cor verde-escura ao
Hepatócitos e o
Epitélio Biliar. Mecônio (conteúdo Intestinal do Feto)
Origina os tecidos fibroso OBS: Agenesia da Vesícula biliar raramente
Mesênquima no e hematopoiético +
ocorre e geralmente esta associada à
células de Kupffer do
Septo Transverso ausência do Ducto Cístico.
Fígado.
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Desenvolvimento do Pâncreas Ducto do Broto


Ventral e da parte Originam o Ducto
Pancreático
distal do Ducto do
Broto dorsal
Persiste como um
Parte proximal do Ducto Pancreático
Acessório que abre-se
Ducto do Broto na Papila Duodenal
Menor.

O desenvolvimento do Pâncreas ocorre entre


as camadas do Mesentério e a partir dos –
Brotos Pancreáticos dorsal e ventral de células
endodérmicas que surgem da Porção Caudal
do intestino anterior.

A maior parte do Pâncreas deriva do –


Broto Pancreático Dorsal maior.

Já o Broto Pancreático Ventral menor OBS: Esses 2 ductos comunicam-se um com o


desenvolve-se próximo a entrada do Ducto outro.
Biliar no Duodeno e cresce entre as camadas
do Mesentério Ventral. No início do período fetal os – Ácino
Pancreáticos (porções secretoras de uma
À medida que ocorre a rotação do Duodeno Glândula Acinosa) começam a se desenvolver a
para a direita – o broto é carregado partir de aglomerados de células ao redor das
dorsalmente com o Ducto Biliar – este se extremidades desses túbulos
posiciona posteriormente ao Broto Pancreático (Ductos Pancreáticos primitivos)
dorsal e depois se funde com ele.
Durante a 10ª semana – inicia a
Broto pancreático secreção de Insulina.
Pâncreas
ventral + dorsal
Broto pancreático Processo uncinado e As células contendo Glucagon e Somatostatina
ventral parte da cabeça do desenvolvem-se antes da diferenciação das –
pâncreas Células beta secretoras de insulina.

OBS: O Glucagon foi detectado no plasma


fetal com 15 semanas.
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Diabetes mellitus materno Apostila Sistema Digestório

Quando há Diabetes mellitus materno – as


células beta que secretam insulina no Pâncreas
fetal estão cronicamente expostas a altos
níveis de glicose – como resultado essas
células sofrem hipertrofia para aumentar a taxa
de secreção de insulina.

. Pâncreas Anular
Defeito raro que afeta mais mulheres.

Consiste em uma fina e achatada banda de


tecido pancreático que envolve o Duodeno
descendente ou sua segunda porção.
O Baço fetal é lobulado, mas os lóbulos
Resulta do crescimento de um Broto desaparecem antes do nascimento.
Pancreático ventral bífido ao redor do
As depressões na margem superior do Baço
Duodeno.
do adulto são – remanescentes de sulcos que
Pode causar – Obstrução do Duodeno - se separavam os lóbulos fetais.
desenvolve caso ocorra Pancreatite
O Baço funciona como um –
(inflamação) no Pâncreas anular.
Centro Hematopoiético
Pode estar associado à Síndrome de Down (até a vida fetal tardia). – entretanto, ele retém
– Má rotação intestinal – Defeitos cardíacos. o potencial para formação de células
sanguíneas mesmo durante a vida adulta.

Desenvolvimento do Baço

O Baço é derivado de uma massa de células


. Baços acessórios (Polisplenia)
mesenquimais localizadas entre as camadas do Vários baços acessórios estão presentes em
– Mesogástrio Dorsal. uma criança sem o corpo principal do Baço –
Inicio do desenvolvimento ocorre na 5ª semana copromete a função imune sendo mais
– mas não adquire seu formato característico suscetíveis a infecções.
até o inicio do período fetal. Podem existir no corpo principal do baço +
nas dobras peritoneais + cauda do Pâncreas
Localiza-se atrás do Estômago, ou seja, é um
+ dentro do Ligamento Gastroesplênico.
órgão retroperitonial.
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Rotação da Alça do Intestino Médio


Intestino Médio
Enquanto a Alça do Intestino Médio está no
Derivados do Intestino Médio
Cordão Umbilical – ela gira 90º no sentindo anti-
Intestino Delgado (incluindo Duodeno distal à horário do eixo da Artéria Mesentérica
abertura do Ducto Biliar) Superior.
Ceco + Apêndice
Colo ascendente e metade direito a dois Essa rotação traz:
terços do Colo Transverso. Porção cranial
(intestino delgado) Para a direita.
Herniação da Alça do Intestino Médio
da Alça
Inicia entre a 6ª e 7ª semana – quando as Alças Porção caudal
do intestino Médio se projetam dentro do (intestino grosso) Para a esquerda.
Cordão Umbilical para formação do Intestino da Alça
Delgado..
OBS: Durante a rotação a Porção Cranial
Essa alça é uma – Herniação Umbilical alonga-se formando as Alças intestinais
Fisiológica que se comunica com a Vesícula (ex: Jejuno e o íleo primitivos).
Umbilical através do – Ducto Onfaloentérico até
a 10ª semana.

Esse herniação ocorre, pois não há espaço


suficiente na Cavidade Abdominal para o
Intestino Médio. – essa escassez de espaço é
causada pelo Fígado que é volumoso e pelos
rins.

A alça do Intestino Médio possui uma Porção


Cranial (proximal) e uma Caudal (distal) e é
suspensa a partir da parede abdominal dorsal
por um Mesentério alongado – Retração das Alças Intestinais
Mesogástrio Dorsal.
Durante a 10ª semanada – os intestinos
O Ducto Onfaloentérico – está ligado ao Ápice retornam ao Abdome – ocorre a redução da
da alça do intestino médio onde as 2 porções Hérnia do Intestino Médio.
se unem.
2 fatores importantes:
Porção cranial Forma as Alças do  Alargamento da Cavidade abdominal
Intestino Delgado  Diminuição no tamanho do Fígado e rins.
Porção caudal Forma o primórdio do
(divertículo cecal) Ceco e do Apêndice.
LETÍCIA TIMBÓ 10
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Ceco e Apêndice.
. Hérnia Umbilical
. Ocorre quando os intestinos retornam à
Cavidade Abdominal durante a 10ª semana
e posteriormente se herniam novamente
através de um umbigo fechado de maneira
imperfeita.

Difere do onfalocele, pois em hérnias


O Divertículo cecal (primórdio do Ceco e
umbilicais a massa protrusa é coberta por
Apêndice), aparece na 6ª semana como uma
tecido subcutâneo e pele.
elevação na margem antimesentérica do ramo
caudal da Alça do Intestino Médio. O defeito por meio do qual a hérnia
ocorre está na Linha Alba.
O Apêndice do divertículo cecal não cresce
rapidamente quanto o restante dele – Essa hérnia se protrai durante o choro,
consequentemente, o Apêndice inicial é uma esforço ou tosse.
pequena bolsa ou saco abrindo do ceco.

Intestino Posterior
. Onfalocele Congênita
Derivados do Intestino Posterior
. Resulta da – persistência da Herniação do
Colo Transverso – Descendente – Sigmoide
conteúdo abdominal na parte proximal do Reto e Canal Anal
Cordão Umbilical. – ocorre por volta da 10ª Epitélio da Bexiga urinária e parte da Uretra.
semana.
Cloaca
A Cavidade
abdominal é Ela forma a porção terminal expandida do
pequena, pois Intestino Posterior – e é revestida por
falta o estímulo Endoderma que fica em contato com o
para o seu Ectoderma superficial na Membrana Cloacal.
crescimento.
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elevações da superfície do Ectoderma em


torno do tampão anal epitelial.

A recanalização do canal anorretal ocorre por –


morte celular apoptótica do Tampão que forma
a – Fosseta Anal (Proctodeu)

Canal Anal

2/3 superiores do Derivado do Intestino


Canal anal Posterior
Essa membrana é constituída pelo –
Endoderma da Cloaca + Ectoderma da Fosseta
1/3 inferior do Derivado da Fosseta
Canal anal Anal
Anal.

A cloaca receve ventralmente o – Alantoide


(um divertículo digitiforme).

Divisão da Cloaca

É dividida em Parte Dorsal e Ventral pelo –


Septo Urorretal.

A medida que esse Septo cresce em direção à


Membrana Cloacal – ele desenvolve extensões A
bifurcadas que produzem invaginações das junção do epitélio derivado do Ectoderma da
paredes laterais da cloaca. Fosseta anal e do Endoderma do Intestino
posterior é indicada pela – Linha Pectínea.
Porção Ventral Forma o Seio
urogenital 2 cm acima do Ânus está a –
Porção dorsal Forma estruturas Linha Anocutânea (linha branca). – esse é o
digestivas. local onde a composição do epitélio anal muda
A Cloaca possui um papel fundamental no de Células Colunares para Pavimentosas
desenvolvimento anorretal – pois o Septo Estratificadas.
Urorretal não se funde com a Membrana
cloacal, portanto, não existe uma Membrana . Atrésia Membranosa
Anal.
.Membrana fina que fecha só o final do Ânus.
Após a ruptura da Membrana cloacal por
O epitélio do canal anal não sofreu apoptose
apoptose – a luz anorretal é temporariamente
totalmente na 10ª semana. – ficando um pouco
fechada por um Tampão Epitelial. –
de tecido, logo, quando a criança faz um
proliferações mesenquimais produzem
esforço como chorar, essa membrana de
tecido se projeta para fora.
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. Gastrosquise
. Defeito congênito da parede abdominal
.Ânus Imperfurado
que é mais comum em homens.

Resulta de um – defeito lateral ao Plano Mais comum no sexo masculino


Mediano da parede abdominal. É decorrente do
Esse defeito permite a extrusão das desenvolvimento
vísceras abdominais sem envolver o anormal do Septo
cordão umbilical Urorretal –
resultando na
. O termo “gastrosquise” significa estômago separação
divido ou aberto – é um equívoco, pois é a incompleta da
parede abdominal anterior que está dividida. cloaca em
Causas porções
urogenital e
 Ausência da Artéria anorretal.
onfalomesentérica direita
 Ruptura da parede abdominal Quando o ânus é fechado – o corpo cria
mecanismos para expulsão das fezes, logo,
 Debilidade da parede causada por
como a uretra é próxima ao ânus – forma-
involução anormal da Veia Umbilical
se uma Fístula Anuperonial (ligação entre o
direita
ânus e a uretra) e por isso que a criança
 Ruptura de uma Onfalocele. :
começa a eliminar mecônio pela uretra.

 Nas meninas – o canal anal se abre


para a Vagina.
 Nos meninos – o canal anal se abre
para a uretra.

Referências:

 Livro Embriologia Básica – Moore 8ªed


(Capítulo 12)
 Aula: Prof Jackson Costa – Uninta, dia
06/04/2021, das 08 às 12 horas.
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O Sistema digestivo consiste no trato digestivo


– cavidade oral + esôfago + estômago +
intestinos delgado e grosso + reto + ânus e
suas glândulas associadas
(salivares, fígado e pâncreas).

Funções
Camada mucosa ou Membrana
 Obter as moléculas necessárias para a
mucosa
manutenção energética das diferentes
funções orgânicas. Composta por:
 Quebra de moléculas maiores em menores  Revestimento epitelial
(absorção)  Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo
 Absorção de água, vitaminas e minerais. rico em vasos sanguíneos + linfáticos)
 Barreira protetora..  Muscular da mucosa
(separa a mucosa da submucosa).
Estrutura do trato digestório
Consiste em 2 camadas de finas células
Trata-se de um tubo oco composto por uma musculares lisas
luz – o lúmen – cujo diâmetro é variável, 1. Circular interna
circundado por uma parede formada por 4 2. Longitudinal externa
camadas:

 Mucosa
 Submucosa Camada Submucosa
 Muscular Composta por:
 Serosa  Tecido conjuntivo
(vasos sanguíneos + linfáticos)
 Plexo nervoso Submucoso ou Plexo
Meissner
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OBS: em suas Lâminas próprias, as camadas


Camada Muscular Mucosa e Submucosa possuem abundantes
nódulos linfáticos – que protegem o
Composta por: organismo.
 Células musculares lisas em espiral
 Divide em 2 subcamadas
1. Interna (próxima ao lúmen): circular Lâmina Própria
2. Externa: longitudinal
É uma zona rica em macrófagos e células
Entre as 2 subcamadas existe tecido linfoides – que produzem anticorpos do tipo
conjuntivo vascularizado e inervado pelo imunoglobulina A (IgA) que são secretados
Plexo Nervoso Mioentérico ou Plexo de no lúmen ligados a uma proteína.
Auerbach.
Esse complexo (SIgA) protege contra
OBS: as contrações dessa camada, geradas e invasões virais e bacteriana e é necessária
coordenas pelo Plexo Nervoso, impulsionam pois a o trato digestório inteiro, com
e misturam o alimento ingerido. exceção da cavidade oral + esôfago + canal
anal são revestidos por Epitélio simples
(bastante vulnerável).

Camada Serosa Funções do Revestimento Epitelial

Composta por:  Prover a permeabilidade seletiva


 Tecido Conjuntivo frouxo (rica em vasos  Facilitar o transporte e a digestão do
sanguíneos e linfáticos + tecido adiposo) alimento
 Revestida pelo Epitélio Pavimentoso  Promover a absorção de produtor desta
simples = Mesotélio digestão
 Produzir hormônios reguladores de sua
Peritônio Visceral – é a serosa que reveste
atividade
os órgãos da cavidade abdominal e está
 Produção de muco para lubrificação e
continua com o Mesentério e o Peritônio
proteção.
Parietal.

Peritônio Parietal – a serosa que reveste a Megacólon congênito ou


parede da cavidade abdominal.
Doença de Chagas
OBS: em locais em que o órgão está unido a
outros órgãos, a serosa é substituída pela Os plexos digestivos são prejudicados e
Adventícia. muitos dos seus neurônios são destruídos –
isso resulta em perturbações da motilidade do
trato digestivo, com dilatações frequentes em
algumas áreas.
LETÍCIA TIMBÓ 15
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Superfície Ventral
Cavidade Oral (inferior) da Língua É lisa
É irregular – coberta
Local onde inicia a digestão química.
por uma grande
Epitélio Pavimentoso estratificado sem queratina Superfície Dorsal quantidade de
(superior) da Língua eminências –
ou com queratina (dependendo
Papilas Linguais.
da região).
O terço posterior do dorso é separado dos dois
Proteção às
agressões mecânicas terços anteriores por uma região em forma de
(mastigação). V – posteriormente a esta região existem
Queratinizado Presente na – saliências compostas por:
Gengiva - Palato duro
– Superfície dorsal da  Nódulos linfoides (se agregam ao redor de
Língua. invaginações = Criptas)
Reveste o Palato mole  Tonsilas linguais.
Não queratinizado – Lábios – Assoalho
da boca. Papilas Linguais

OBS: nos lábios observa-se uma transição São elevações do Epitélio oral e Lâmina própria
entre o Epitélio oral não queratinizado e o e possuem forma e função variada
Epitélio queratinizado da pele.

Língua Papila Filiforme


(+ frequente)
 É uma massa de Músculo Estriado
esquelético Localiza-se em toda a superfície dorsal da
 Revestida por Camada Mucosa variável Língua.

Os músculos formam uma trama tridimensional  Forma afilada – cônica – alongada


em vários cortes, estão agrupados em feixes,  Epitélio queratinizado SEM botões
geralmente separadores por tecido conjuntivo. gustativos (sem função sensitiva)
 Apenas funções motoras = fricção

Papila Fungiforme
Encontrada no meio das Papilas Filiformes

 Base estreita e ápice dilatado


(semelhante a um cogumelo)
 Pode ou não ter corpúsculos gustativos,
quando tem, eles aparecem no ápice.
Papilas Foliáceas LETÍCIA TIMBÓ
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Encontrada na região lateral da língua Repousam sobre uma Lâmina basal e, em sua
porção apical, as células gustativas possuem
 Possui muitos botões gustativos
microvilosidades que se projetam para uma
(5 sabores)
abertura chamada de – Poro gustativo.
 Pouco desenvolvidas em humanos
Muitas de suas células são as próprias células
gustativas que executam função de suporte.
Papila Circunvalada Acredita-se que cada estímulo gustativo gere
um “padrão único” de atividade envolvendo um
Localiza-se na região V lingual
grande número de neurônios – o que explica a
(posterior da língua)
discriminação dos sabores..
 São em número de 7 a 12 estruturas Faringe
circulares grandes
 Circundada por uma vala ou sulco
profundo – Sulco lateral.
 No Sulco lateral encontramos a –
Glândula de von Ebner (produz a enzima
Lipase)
 SEMPRE tem corpúsculos na parede
lateral (eles parecem células caliciformes)
 4 percepções de sabor: salgado, azedo,
doce e amargo.

É a região de transição entre a cavidade oral e


Botões Gustativos
os sistemas digestivo e respiratório.

Área de comunicação entre a região nasal e a


laringe

Contém: tonsilas + glândulas salivares menores


+ músculos constritores e longitudinais da
faringe.

Revestimento

Região próxima ao esôfago é revestida por –


Epitélio Pavimentoso Estratificado NÃO
São estruturas em forma de cebola contendo
queratinizado.
50 a 100 células gustativas.
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Região próxima à cavidade nasal é revestida por Mais internamente, abaixo do esmalte e do
– Epitélio Pseudo-estratificado Cilíndrico ciliado cemento tem a – Dentina.
contendo células caliciformes
Dentina
Dentes Outro tecido mineralizado que compõe a maior
parte de um dente.

OBS: é mais duro que o osso (devido a maior


quantidade de sais de cálcio).

É comporto por: fibrilas de colágeno tipo I +


glicosaminoglicanos + fosfoproteínas +
fosfolipídios + sais de cálcio na forma de Cristais
de Hidroxiapatita.

Sua Matriz orgânica NÃO mineralizada, a Pré-


dentina é secretada pelos – odontoblastos

Odontoblastos
Função – Triturar + cortar + rasgar os
alimentos e ajudar na formação do bolo Células localizadas na periferia da
alimentar. polpa, junto á dentina. São alongadas e
depositam a matriz orgânica apenas
Tipos de dentição: sobre a superfície dentinária.
 Primária ou Decídua = 20 dentes Possuem uma extensão apical que
 Secundária ou Permanente = 32 dentes penetra na dentina e percorre toda sua
extensão –
Anatomicamente é dividido em:
Prolongamentos odontoblásticos.
Acima da gengiva
Recoberta por
Coroa Tecido mineralizado Mineralização inicia quando Vesículas da matriz
extremamente duro -
– são produzidas por Odontoblastos.
Esmalte
Abaixo da gengiva Essas vesículas são ricas em cálcio e fosfato,
Raízes Recoberta por um facilitando o aparecimento de Cristais de
Tecido mineralizado -
Hidroxiapatita que crescem e servem como
Cemento
locais para mineralização das fibrilas de
colágenos.
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Cemento
A Dentina circunda a cavidade pulpar, que é
preenchida por um tecido conjuntivo frouxo Recobre a dentina radicular – onde encontram
muito vasculariza e inervado chamado de – os cementócitos que ficam enclausurados em
Polpa dental (que dá a vitalidade ao dente). lacunas.

OBS: quem da a cor ao dente é a dentina – Sua nutrição vem do Lig. Periodontal.
por isso o clareamento age nela.

A dentina é sensível a estímulos como: calor +


Osso Alveolar
frio + trauma + pH ácido + dor.

Cavidade Pulpar Está em contato direto com o Ligamento


Periodontal.
Possui uma:
É constituído de Osso Imaturo (primário) – fibras
 Porção coronária (câmara pulpar) desorganizadas.
 Porção na raiz (canal radicular)

Estendendo-se até o ápice do dente, onde


Gengiva
um orifício – Forame apical permite a entrada
e a saída de vasos sanguíneos, linfáticos e Epitélio Pavimentoso Estratificado
nervos da polpa.
É dividida em 2 partes:
Periodonto
 Gengiva Marginal livre – que forma um
Compreende as estruturas responsáveis por colar ao redor do dente.
manter o dente nos ossos maxilar e mandibular.  Gengiva Inserida – no osso e no dente.
Ele consiste em cemento + ligamento
periodontal + osso alveolar + gengiva. Entre a gengiva marginal e o dente, existe o
Sulco gengival – onde se passa o fio dental.

Ligamento Periodontal
Esmalte
É um tecido conjuntivo com feixes grossos de
fibras colágenas – fibras de Sharpey inseridas É o componente mais duro do corpo humano.
no cemento e no osso alveolar, fixando o dente É composto principalmente por
firmemente ao alvéolo. Cristais de hidroxipatita.
Nutri o Cemento O esmalte é produzido apenas durante o
desenvolvimento do dente, por células de
origem ectodérmica – os Ameloblastos
LETÍCIA TIMBÓ 19
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OBS: quando o dente erupciona na cavidade  Fibrilas de colágeno


oral, esses ameloblastos degeneram e  Diversos glicosaminoglicanos
desaparecem – por isso o esmalte não tem
mais como se reparar. É um tecido altamente vascularizado e inervado.

A matriz orgânica do esmalte é composta por As fibras pulpares são sensíveis à dor
duas classes heterogênicas de proteínas –
amelogeninas + enamelinas.
Esôfago
O esmalte consiste em colunas alongadas –
prismas do esmalte – que se unem formando
esmalte interprismático.
(ambos diferem apenas na orientação
dos cristais).

O esmalte é bastante quebradiço, mas não


quebra facilmente, pois a dentina dá
sustentação.

Avascularizado e insensível

Permeável – por isso a utilização de flúor, que


entra na composição química do esmalte e na Tubo muscular com a função de transportar o
composição inorgânica = mais resistência à alimento da boca para o estômago.
ação bacteriana. Epitélio Pavimentoso Estratificado NÃO
queratinizado.
Ordem de mineralização
Órgão longo que contém 4 camadas.
1. Esmalte Glândulas esofágicas
2. Dentina da cárdia (secretoras
3. Osso Mucosa de muco)
4. Cemento Nódulos linfáticos
(MALT)
Glândulas esofágicas
Polpa Dental (secretam MUITO
Consistem em: muco, facilitando o
Submucosa transporte do
Tecido conjuntivo frouxo
alimento e
Composta por: protegendo a
mucosa)
 Odontoblastos
 Fibroblastos
LETÍCIA TIMBÓ 20
Apostila Sistema Digestório

Músculo estriado A parede do estômago possui 4 camadas


Muscular esquelético
Diferem apenas na Epitélio + Lâmina
presença do Epitélio Mucosa própria + Muscular da
Adventícia ou Serosa Pavimentoso simples mucosa
(Mesotélio). Tecido Conjuntivo
Submucosa denso + Glândulas
OBS: Único órgão duodenais
com Camada Muscular Musculatura lisa
adventícia. Tecido conjuntivo
Serosa frouxo + Epitélio
Na transição do pavimentoso simples
esôfago para o (Mesotélio)
estômago
Camadas do Estômago
aparecem as –
Glândulas cárdicas
esofágicas. Camada Muscular

Estômago Fibras musculares lisas em 3 orientações:

 Camada externa – longitudinal


 Média – circular
 Interna – obliqua

OBS: no Piloro a camada média é mais


espessa formando o Esfíncter pilórico.

Região Cárdica
Função – formação do quimo (que é quando o
bolo alimentar sofre a ação do HCL) Transição entre o esôfago e o
Características do Estômago estômago

Órgão exócrino e endócrino – que digere o Epitélio Cilíndrico simples


alimento e secreta hormônios.. Sua Mucosa contém – Glândulas tubulares
Epitélio Simples Colunar simples ou ramificadas – Glândulas da
Cárdia.
Histologicamente – tem 3 regiões
(Cárdia + Fúndica (fundo e corpo) + Pilórica Secretam muco e lisozima
LETÍCIA TIMBÓ 21
Mucosa Gástrica Apostila Sistema Digestório

É revestida por um Epitélio que sofre


Região Fúndica
invaginação em direção à lâmina própria,
formando as Fossetas gástricas. (fundo e corpo)
Nestas fossetas desemboca a secreção de Epitélio Cilíndrico simples
glândulas tubulares ramificadas
Possui Glândulas Fúndicas na lâmina própria
características de cada região do
estômago. As glândulas possuem 3 regiões:
istmo – colo – base
OBS: A lâmina própria da mucosa é a
única que possui glândulas.  Istmo – possui células mucosas em
diferenciação que substituirão as células
O epitélio que recobre a superfície do
da fosseta e as superficiais, células-tronco
estômago e reveste as fossetas é –
indiferenciadas e células parietais..
Epitélio Colunar simples.
 Colo – contém células-tronco + mucosas
Entre a Camada Mucosa e Submucosa do colo + parietais.
existe a camada de músculo liso –  Base – contém células parietais +
Muscular da mucosa zimogênicas.

A camada de Glândulas Fúndicas tem 5


tipos de células específicas:
Região Pilórica ou Células Fonte ou Tronco – capacidade de
Antro pilórico se diferenciar em qualquer outra célula
dessa glândula.
Epitélio cilíndrico simples
Células Parientais ou Oxínticas – produz
Possui fossetas gástricas profundas, nas HCL e Fator gástrico intrínseco.
quais as Glândulas Pilóricas tubulosas
simples ou ramificadas se abrem. Células Mucosas do colo – produz muco
para proteger a superfície do estômago
A região pilórica possui fossetas mais contra a acidez
longas e glândulas mais curtas.
Células Zimogênicas ou Principais –
Possui muitas células G (produtoras de contêm os grânulos de zimogênio, onde
gastrina) intercaladas com células mucosas. ficam as enzimas pepsina e lípase.
Camada muscular dividida em 3 Células Enteroendócrinas – produzem
subcamadas: Longitudinal externa – hormônios do estômago (como a gastrina).
Circular média – Oblíqua interna.

A última camada do estômago é serosa.


LETÍCIA TIMBÓ 22
Apostila Sistema Digestório

apresentam formas de folhas, e à medida que


Intestino Delgado se aproximam do íleo assumem a forma de
dedos.

O epitélio dos Vilos é formado por – Células


Absortivas (Enterócitos) + Células Caliciformes.

Entre os Vilos existem pequenas aberturas de


glândulas tubulares simples chamadas de –
Glândulas Intestinais (Criptas) ou
Glândulas de Lieberkuhn.

O epitélio das Críptas contém – Células


Absortivas + Células Caliciformes + Células
Função – digestão final dos alimentos +
Enteroendócrinas + Células Tronco.
absorção de nutrientes + secreção endócrina.
A presença de pregas, vilosidade e
Epitélio Colunar simples com células caliciformes
microvilosidades aumenta a superfície de
Órgão longo para permitir a ação mais revestimento intestinal – uma característica
demorada das enzimas digestivas importante num órgão onde ocorre intensa
absorção.
Histologicamente – tem 2 regiões:
Duodeno + Jejuno-íleo Pregas = 3x
Camada Mucosa Vilosidades = 10x
Microvilosidades = 20x
Possui estruturas que aumentam sua superfície.

da superfície = da área de absorção OBS: Quando a mucosa evagina para fora =


vilosidades intestinais e quando é para dentro =
Possui pregas – que consistem em dobras da fossetas.
mucosa e submucosa são mais desenvolvidas
no Jejuno e aumentam a superfície de OBS: quando termina uma vilosidade, inicia uma
absorção Glândula Intestinal.

Possui vilosidades As Glândulas Intestinais são constituídas por


intestinais ou vilos – vários tipos de células –
são dobras do Epitélio  Prismáticas ou Absortivas
de revestimento +  Caliciformes
Lâmina própria.  Paneth
 Enteroendócrinas
OBS: no duodeno
 Células M
essas vilosidades
LETÍCIA TIMBÓ 23
Células Prismáticas ou Absortivas Apostila Sistema Digestório

Colunares altas com núcleo oval e basal Duodeno X Jejuno-íleo


No ápice apresente uma – borda em
Se for Duodeno vamos encontrar:
escova (camada de microvilosidades
agrupadas).  Glândulas Intestinais na mucosa
 Glândulas Duodenais na submucosa
Absorvem as moléculas nutrientes
produzidas durante a digestão. Se for Jejuno-íleo:

 NÃO tem glândulas na submucosa


Células Caliciformes  O final dele tem nódulos linfáticos
formando a Placa de Peyer.
São distribuídas entre as Cél. Absortivas.
(+frequentes no íleo)

Produzem ácidos do tipo mucina – cuja


função é proteger e lubrificar o Intestino Grosso
revestimento do intestino.

Células de Paneth
Localizadas na porção basal das Glândulas
Intestinais.

São células exócrinas com grandes grânulos


de secreção que possuem lisozimas –
enzimas capazes de digerir a parede de
algumas bactérias.
Função – absorção de água + formação da
massa fecal + produção de muco.

Células M É constituído por Ceco + Colon (ascendente,


transverso, descendente e sigmoide) + Reto +
São epiteliais especializadas que recobrem Ânus.
folículos linfoides das Placas de Peyer
(localizadas no íleo). Epitélio de revestimento simples cilíndrico com
células caliciformes.
Possuem inúmeras invaginações basais
contendo linfócitos e celulas com antígenos. Consiste em uma membrana mucosa sem
Apresentem uma função na defesa pregas e sem vilosidades
imunológica intestinal (exceto em sua porção distal – reto)
LETÍCIA TIMBÓ 24
Apostila Sistema Digestório

As criptas intestinais são longas, com células Possui um lúmen irregular, pequeno e estreito
caliciformes e absortivas, com poucas células devido à presença de nódulos linfoides
enteroendócrias. abundantes em sua parede
(Por isso se inflama bastante).
Possui Glândulas Intestinais que se caracterizam
pela grande quantidade de células caliciformes É um MALP
(por apresentar nódulos linfáticos)
Submucosa sem glândulas
OBS: se vem do intestino grosso,
Camada serosa é caracterizada por
histologicamente são iguais, só muda que da
protuberâncias formadas por tecido adiposo –
para ver a luz ou lúmen.
apêndices epiplóicos ou pedunculados.

Camada muscular é constituída pelas camadas


circular e longitudinal – as fibras da camada
Renovação Celular
longitudinal se unem para formar as Células epiteliais são repostas
Tênias do cólon constantemente por novas
OBS: É o órgão com camada muscular mais células formadas por meios da
desenvolvida. divisão de células tronco.

Reto

Epitélio de revestimento estratificado


pavimentoso sem queratina.

Origem embrionária do ânus e da boca é a


mesma.

Na região anal, a membrana mucosa forma


uma série de dobras longitudinais –
as Colunas retais (de Morgagni).

Nesta região, a lâmina própria contém um


plexo de veias grandes que, quando dilatadas e
varicosas, produzem as hemorroidas

Apêndice Cecal Referências:


Epitélio de revestimento simples cilíndrico com  Livro Histologia Básica – Junqueira e
células caliciformes. Carneiro 13ªed. (Capítulo 15).
O apêndice é uma evaginação do ceco.  Aula: Prof Auxiliadora – Uninta, dia
05/04/2021, das 14 às 18hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 25
Apostila Sistema Digestório

Os órgãos associados ao Trato digestivo:


Características das Glâ. Salivares.
 Glândulas salivares maiores e menores
 Pâncreas São Glândulas Exócrinas
 Fígado
São compostas – seu ducto se ramifica e
 Vesícula biliar
por isso nelas existem 3 tipos de ductos:
Glândulas Salivares  Ductos Intercalares
 Ductos Estriados
 Ductos Excretores

OBS: Intercalares se juntam para formar os


Estriados e os Estriados se juntam para formar
os Excretores.

Envolvendo a porção
secretora dessas
glândulas exócrinas
existe as – Células
 Umidifica e lubrifica a mucosa oral e o Mioepiteliais (ajudam
alimento. a expulsar a
 Inicia a digestão de carboidratos (amilase) secreção de dentro
+ lipídios (lípase) da célula).
 Mantém o pH neutro da boca
São revestidas por uma Cápsula de Tecido
 Forma uma película protetora sobre os
Conjuntivo denso que emite – septos – que
dentes.
dividem a glândula em vários lóbulos.
 Tem defesa imunológica (tem IgA).
 É bactericida (tem enzima Lisozina – Além das Glândulas pequenas dispersas pela
que quebra a parede bacteriana) cavidade oral, existem 3 pares de
LETÍCIA TIMBÓ 26
Apostila Sistema Digestório

Glândulas salivares Maiores:


Ducto Estriado
 Parótida
 Submandibular ou Submaxilar  Possui células transportadoras de íons –
 Sublingual quando a saliva passa por esse ducto, ela
muda de composição.
OBS: O maior volume de saliva é produzido
 Revestido por Epitélio Cilíndrico simples
por essas 3 glândulas salivares.
 Encontrado dentro dos lóbulos, no meio
O que muda entre essas 3 Glândulas é a dos ácinos.
forma da Porção secretora – (pode ser
ácino serosa, mucos ou mista) e os seus Une-se com outros Ductos Estriados para
ductos. originar o – Ducto Excretor

Sistema de Ductos Ducto Excretor ou Interlobular

 Maior ducto
 Revestido inicialmente por Epitélio
Cuboide Estratificado – mas nas suas
porções mais distais são revestidos por
Epitélio Colunar Estratificado.
 Encontrado entre os lóbulos - no meio
dos septos conjuntivos que separa os
lóbulos.

Os ductos principais de cada glândula salivar


maior desembocam na cavidade oral e, no final,
são revestidos por Epitélio Pavimentoso
Ducto Intercalar Estratificado NÃO queratinizado.
 Menor ducto Características das Glâ. Salivares Maiores
 Pouco desenvolvido
Revestidas por Tecido Conjuntivo
 Revestido por Epitélio Cúbico simples
(rico em colágeno)
 Encontrado entre os ácinos e os ductos
estriados Parênquima – terminações secretoras + ducto
ramificados que se arranjam em lóbulos,
Une-se com outro Ducto Intercalar para
separados entre si por septos que se originam
originar o – Ducto Estriado.
da cápsula.
OBS: Ductos Intercalares + Estriados são
chamados de – Ductos Intralobulares.
LETÍCIA TIMBÓ 27
Apostila Sistema Digestório

Temos 2 tipos de células secretoras: Por esta localizada próxima ao conxim adiposo
Serosas e Mucosas. da face – sua lamina sempre vai ter Tecido
Adiposo entre os ácinos.

OBS: Os plasmócitos secretam IgA que em


associação com o produto se secreção das
células acinosas, é liberado na saliva – sendo
resistente à digestão enzimática e constituindo-
se num mecanismo de defesa imunológico
contra patógenos da cavidade oral.

Glândula Submandibular (Submaxilar)


 É uma glândula tubuloacinosa composta
Piramidal – base larga  Porção secretora contendo células
e ápice com pequenos serosas e
e irregulares microvilos mucosas.
Características de Cél.
Serosas secretoras de OBS: predomínio de
proteínas ácinos serosos.
Mantém-se unidas por
Complexos juncionais Células serosas são
e formam o ácino. responsáveis por uma fraca atividade de
Cuboide ou colunar amilase presente nesta glândula e em sua saliva.
Características de Cél.
secretoras de muco  90% das terminações secretoras desta
Mucosas contendo glândula são – acinosas serosas.
glicoproteínas  10% são túbulos mucosas – com semiluas
Organizam-se
serosas que secretam a lisozima.
formando túbulos.
Observam-se ductos estriados, porém os
Glândula Parótida ductos intercalares são muito curtos.
 É uma glândula Acinosa composta Glândula Sublingual
 Porção secretora
é formada por  Glândula
células serosas. tubuloacinosa
 Possui tecido composta.
conjuntivo rico  Porção secretora
em Plasmócitos contendo células
e Linfócitos. serosas e
mucosas.
LETÍCIA TIMBÓ 28
Apostila Sistema Digestório

OBS: predomínio de células mucosas. Glândulas Salivares Menores


OBS: No homem, as glândulas submandibulares
Produzem:
e sublinguais apresentam células mucosas e
Do volume total da
serosas arranjadas em um padrão característico. 10% saliva
As mucosas formam túbulos, mas no término Do muco que é
deles existe um grupo de células serosas que 70% secretado
constituem as Semiluas serosas.
Distribuídas em toda a mucosa oral e
submucosa.
Células Mioepiteliais NÃO apresentam capsula conjuntiva
Encontrada junto à lâmina basal de A saliva é produzida por pequenas unidades
terminações secretoras e Ductos secretoras e conduzida à cavidade oral em
Intercalares. curtos ductos, com pouca modificação de seu
Células mioepiteliais envolvendo as conteúdo.
terminações secretoras são bem Produzem mucos e podemos encontrar nelas
desenvolvidas e ramificadas. agregados de linfócitos associados à secreção
Celulas mioepiteliais envolvendo os de IgA.
ductos intercalares são mais alongadas e
fusiformes. Pâncreas
Embora a sua contração acelere a Glândula
secreção de saliva, sua principal função Mista
é a – prevenção da distensão excessiva (endócrina e
da terminação secretora durante a exócrina) que
secreção. produz
enzimas
digestivas e
hormônios.
(insulina e
glucagon)

Porção exócrina Secreta e armazena as


(Glândula acinosa enzimas arranjadas em
composta) ácinos
Porção endócrina Armazena e secreta
(ilhotas de Langerhans) hormônios
LETÍCIA TIMBÓ 29
Apostila Sistema Digestório

OBS: A distinção entre a Glândula acinosa O controle da


composta e a Glândula Parótida pode ser feita liberação dessas
com base na ausência de ductos estriados e na enzimas depende
presença das Ilhotas de Langerhans no de 2 hormônios
pâncreas. que são
produzidos por
NÃO possuem Ductos Estriados – pois quando
Células
as células do Ducto Intercalar penetram na luz
Enteroendócrinas
do ácino seroso, elas se tornam claras e
da mucosa
arredondadas passando a se chamar de –
intestinal: Secretina e Colecistoquinina.
Células Centroacinosas (constituem a porção
intra-acinosa dos Ductos Intercalares) – essas Diminui a acidez do
células são encontrada apenas nos quimo e estimula a
Secretina liberação dessas
Ácinos Pancreáticos.
enzimas
OBS: Os ductos intercalares são tributários de Aumenta a
ductos interlobulares maiores que são Colecistequinina concentração das
revestidos por Epitélio Colunar. enzimas dentro dos
ácinos
O Ácino Pancreático exócrino é constituído por
A ação integrada da secretina e colecistoquinina
várias células serosas que circundam um lúmen
provê uma secreção abundante de suco
– são típicas células produtoras e secretoras de
pancreático alcalino, rico em enzimas.
proteínas.
OBS: O estímulo do nervo vago
O pâncreas é envolto por delgada cápsula de
(parassimpático) também aumenta a secreção
tecido conjuntivo que envia septos para o seu
pancreática.
interior separando-os em lóbulos.

Os ácinos são circundados por uma lamina basal


que é sustentada por bainha delicada de Ilhotas de Langerhans
fibras reticulares.
No meio dos ácinos temos as Ilhotas de
Além disso, o pâncreas possui uma rede de Langerhans – uma glândula endócrina
capilar extensa, essencial para o processo de cordonal em que os vasos sanguíneos
secreção. passam no meio do seus cordões. – por
O pâncreas exócrino secreta diversas enzimas isso ela produz hormônios e os joga no
que ficam armazenadas na forma inativa nos sangue.
grânulos de secreção das células acinosas – São constituídas por 4 tipos de células: A
sendo ativadas no lúmen do intestino delgado – B – D – F (cada uma produz um
após a secreção – o que protege o pâncreas hormônio diferente).
contra a atividade destas enzimas.
LETÍCIA TIMBÓ 30
Apostila Sistema Digestório

Lóbulo hepático
Fígado

 Produz bile (digestão de gorduras)


 Importante no metabolismo de lipídios +
carboidratos + proteínas O componente estrutural básico do fígado é o
 Inativa e metaboliza substâncias tóxicas e – Hepatócito ou Célula Hepática.
drogas Estas células epiteliais são agrupadas em
 Sintetiza a proteína do plasma sanguíneo Placas
(albumina e outras proteínas interconectadas.
carreadoras).
 Sintetiza fatores de coagulação. OBS: Em cortes
histológicos,
É o segundo maior órgão do corpo e a maior unidades estruturais
glândula. denominadas –
Lóbulos Hepáticos
É revestido por uma cápsula delgada de tecido
podem ser
conjuntivo (cápsula de Glisson) rica em
observados.
Colágeno que se torna mais espessa no Hilo –
por onde a veia porta e artéria hepática O Lóbulo Hepático é formado por uma massa
penetram no fígado e por onde saem os poligonal de tecido.
ductos hepáticos direito e esquerdo e os
linfáticos. Em algumas regiões da periferia dos lóbulos
existe tecido conjuntivo contendo –
Estes vasos e ductos são circundados por Ductos biliares + vasos linfáticos + nervos +
tecido conjuntivo ao logo de toda a sua vasos sanguíneos.
extensão, até o término nos espaços porta
entre os lóbulos hepáticos. Essas regiões são chamadas de –
Espaços Porta
Nesse ponto, forma-se uma delicada rede de (estão presentes nos cantos dos lóbulos).
fibras reticulares que suporta os hepatócitos e
células endoteliais dos capilares sinusóides.
LETÍCIA TIMBÓ 31
Apostila Sistema Digestório

O ducto revestido por Epitélio Cúbico – Célula de Kupffer


transporta bile sintetizada pelos hepatócitos, a
São encontrados na superfície luminal das
qual eventualmente desemboca no
células epiteliais.
Ducto Hepático.
Além de funções imunológicas, ainda:
Uma ou mais vasos linfáticos transportam linfa
que entra na circulação sanguínea.  Fagocitam hemácias
Todas essas estruturas são envolvidas numa  Digerem hemoglobina
Bainha de tecido conjuntivo.  Secretam proteínas
 Digerem bactérias
Os hepatócitos estão radialmente dispostos no
lóbulo hepático em placas celulares que estão OBS: Cemitério de hemácia é no Baço
dispostas da periferia do lóbulo para o centro (principal) e no Fígado.
lobular e anastomosam-se livremente – Ao digerir a hemoglobina, ele a joga no fígado
formando um labirinto semelhante a uma onda vai ocorre a conjugação da bilirrubina –
esponja pigmento extraído a partir da fagocitose da
Os espaços entre as placas contêm capilares os hemoglobina.
– Sinusóides hepáticos. Essas células constituem cerca de 15% da
população celular no fígado – e estão
Sinusóides localizadas na região portal (periferia) do lóbulo
hepático.
 Possuem parede descontinuas
Espaço de Disse
 Espaços amplos
 Células endoteliais fenestradas Fica entre os sinusóides e as placas de
 Possui Macrófagos – são chamados hepatócitos.
de Célula de Kupffer. É Virtual – NÃO pode ser visto facilmente, pois
 O sinusóide é circundado e é muito pequeno.
sustentado por uma delicada bainha
de fibras reticulares. Nesse espaço encontramos as células
 armazenadores de lipídios – Células de Ito.
Em fígado saudável estas células desempenham
As células endoteliais estão separadas dos
várias funções como:
hepatócitos adjacentes por lâmina basal
descontinua e um espaço subendotelial  Captação
conhecido como – Espaço de Disse – que  Armazenamento
contém microvilos dos hepatócitos.  Liberação de retinóides

Síntese e secreção de proteínas da matriz


extracelular e proteoglicanos
LETÍCIA TIMBÓ 32
Apostila Sistema Digestório

Hepatócitos progressivamente ao longo das placas do lóbulo


hepático, terminando na região do espaço
 Células poliédricas
porta.
 Possui 6 ou mais superfícies.
 Citoplasma eosinofílico - devido ao Trato Biliar
grande número de mitocôndrias e algum
reticulo endoplasmático liso. A bile produzida pelos hepatócitos flui através
 O hepatócito possui 1 ou 2 núcleos dos Canalículos biliares – Dúctulos biliares –
arredondados contendo 1 ou 2 nucléolos Ductos Biliares.
além de abundante retículo
Estas estruturas se fundem formando uma
endoplasmático(liso e rugoso)
rede que converge para formar os –
 Contém glicogênio
Ductos Hepáticos direito e esquerdo.
A superfície de cada hepatócito está em
Estes se fundem para formar o Ducto Hepático
contato com a parede do Capilar Sinusóide –
que, após receber o Ducto Cístico proveniente
através do Espaço de Disse, e com a superfície
da vesícula biliar, continua até o duodeno como
de outro hepatócito.
Ducto colédoco ou Ducto Biliar comum.
Sempre que 2 hepatócitos se encontram, eles
OBS: O ducto hepático + cístico + biliar comum
delimitam um espaço tubular entre si –
são revestidos por uma Camada mucosa com
Canalículo Biliar.
Epitélio Colunar simples.
OBS: Esses canalículos constituem a primeira
A lâmina própria é delgada e circundada por
porção do sistema de ductos biliares.
uma camada de músculo liso – esta camada
Esses Canalículos são delimitados apenas pela torna-se mais espessa próximo do duodeno e
membrana plasmática de 2 hepatócitos e finalmente, na porção intramural, forma um
possuem um pequeno número de microvilos esfíncter que regula o fluxo de bile –
em seu interior. Esfíncter de Oddi.

As membranas celulares próximas destes


canalículos estão unidas firmemente por
Vesícula Biliar
Junções de Oclusão.

OBS: Junções comunicantes do tipo gap são


frequentes entre os hepatócitos e são
importantes na – comunicação intercelular,
participando do processo de coordenação das
atividades fisiológicas dessas células.

Os canalículos biliares formam uma rede


complexa que se anastomosa ARMAZENA a bile, NÃO produz..
LETÍCIA TIMBÓ 33
Apostila Sistema Digestório

 Órgão oco
 Formato de pêra
 Aderido à superfície inferior do fígado
 Armazena de 30 a 50ml de bile.

A parede da vesícula consiste em uma


membrana mucosa composta de:

 Epitélio Colunar simples


 Lâmina própria
 Uma camada de músculo liso
 Tecido conjuntivo perimuscular
 Membrana serosa.

A camada mucosa possui pregas que são


evidentes quando a vesícula está vazia.

Glândulas mucosas tubuloacinosas estão


presente próximo ao Ducto Cístico – sendo
responsáveis pela secreção da maior parte do
muco presente na bile.

A principal função da vesícula é armazenar a


bile, concentra-la através da absorção de água
e secretá-la no trato digestivo quando
necessário. – Este processo depende de um
mecanismo de transporte ativo de sódio no
Epitélio de revestimento da vesícula.

A contração da musculatura lisa da vesícula é


induzida pela Colecistoquinina – hormônio
produzido por células enteroendócrias do
intestino delgado.

Referências:

 Livro Histologia Básica – Junqueira e


Carneiro 13ªed. (Capítulo 16).
 Aula: Prof Auxiliadora – Uninta, dia
13/04/2021, das 08 às 10hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 34
Apostila Sistema Digestório

É o espaço entre as
Cavidade própria da arcadas ou arcos
boca dentais maxilares e
mandibulares.

OBS: O tamanho da Rima da boca é controlado


pelos músculos – periorais + orbicular da boca
+ bucinador + risório + depressores +
elevadores dos lábios.

Limites da boca
A região oral compreende:
Anterior Lábios
 Cavidade oral Palato mole + Istmo
Posterior das fauces
 Dentes
 Gengiva Superior Palato duro
Laterais Bochechas
 Língua
Inferior Região Sublingual
 Palato
 Tonsilas palatinas
Lábios
Realiza processos mecânicos (mastigação –
apreensão – insalivação e inicio da deglutição) e São pregas musculofibrosas móveis que
químicos (ação da Amilase salivar no alimento). circundam a boca

Dividida em 2 partes:

Espaço em forma de
fenda entre os
dentes, a gengiva, os
Vestíbulo da boca lábios e as bochechas.
Comunica-se com o
exterior através da –
Rima da boca.
LETÍCIA TIMBÓ 35
Apostila Sistema Digestório

Estendem-se

Dos Sulcos nasolabiais e Narinas (lateral e Lábios Inferiores


superior) até o Sulco mentolabial Irrigação Artéria Labial Inferior
(inferiormente). Drenagem Veia Labial Inferior
Inervação Nervo Mentual
Estrutura dos Lábios
Inervação dos Lábios
 Pele
 Muscular (Músculo Orbicular da boca) Nervos Infraorbitais
 Submucosa (Glândulas labiais) Sensitiva superiores
Nervos Mentuais
 Mucosa (Epitélio escamoso estratificado)
inferiores
Atuam como as Válvulas da Rima da boca – Ramos bucais do
contendo o Esfíncter que controla a entrada e
Motora Nervo Facial
saída da boca e dos sistemas digestores
superiores e respiratório. Bochechas
Comissura Labial – é o ponto de união dos São as paredes móveis da Cavidade Oral.
lábios no canto da boca.
Limites da bochecha
Os Frênulos dos lábios – são pregas de
margem livre na linha mediana, que se Anterior Região Oral e Mentual
estendem da gengiva vestibular até a túnica Região
Posterior Paratideomassetérica
mucosa dos lábios superior e inferior
Superior Região Zigomática
(o Frênulo que se estende até o Lábio superior Margem inferior da
é maior) Inferior Mandíbula
Vascularização do Lábio Estrutura da bochecha
Anastomosam-
Artérias  Pele (rica em pelos + glândulas
Ramo das se entre si nos
Labiais Artérias lábios para sudoríparas e sebáceas)
Superiores e Faciais formar um –  Tela subcutânea (corpo adiposo)
Inferiores Anel Arterial.  Muscular com os músculos – Bucinador
+ Masseter + Risório + Zigomático +
Plastima.
Lábios Superiores
Irrigação Artéria Labial Superior OBS: os principais músculos das bochechas são
Drenagem Veia Labial Superior os Bucinadores.
Inervação Nervo Infraorbital
LETÍCIA TIMBÓ 36
Apostila Sistema Digestório

Vascularização É uma depressão por


Fossa Incisiva onde passa o Nervo
As Bochechas são supridas por Ramos bucais Nasopalatino.
da Artéria Maxilar e inervadas por Ramos bucais Perfura a Margem
do Nervo Mandibular. lateral do palato ósseo
– os vasos e nervosa
Palato Forame Palatino Maior palatinos emergem
desse forame e
seguem
anteriormente sobre
o Palato.
Perfura o Processo
Forame Palatino piramidal do palatino –
Menor os vasos e nervos
(posterior ao Forame palatinos menores
Palatino Maior) emergem desse
forame até o Palato
Mole.

Palato Mole (Posterior)


Forma o teto curvo da boca e o assoalho das
Cavidades Nasais. É o terço posterior móvel do Palato e fica
suspenso na Margem posterior do Palato duro.
Separa a cavidade oral das cavidades nasais e
da parte nasal da Faringe. NÃO tem esqueleto ósseo – mas sua parte
aponeurótica anterior é reforçada pela
Face Superior É coberta por túnica
Aponeurose Palatina.
(Nasal) mucosa respiratória.
Face Inferior É coberta por túnica Tem Margem livre da
(Oral) mucosa oral. Parte Posteroinferior qual pende a – Úvula.
É continua com a
O palato tem 2 regiões parede da Faringe e
Parte Lateral única à Língua e à
Palato Duro (Anterior)
Faringe pelos – Arcos
Palatoglosso e
Possui forma de abóboda (côncavo)
Palatofaríngeo.
Seu espaço é ocupado pela Língua.
Musculatura do Palato Mole
Os 2/3 anteriores tem um esqueleto ósseo
formado pelos – Processos palatinos da maxila  Levantador do Véu Palatino
+ Lâminas horizontais dos palatinos.  Tensor do Véu Palatino
 Palatofaríngeo
 Palatoglosso
 Músculo da Úvula.
LETÍCIA TIMBÓ 37
Apostila Sistema Digestório

As Fauces – são espaços entre a cavidade e a Funções


Faringe

OBS: Fecha o Istmo Faríngeo durante a


 Gustação
deglutição.
 Fonação
OBS: A Tonsila Palatina é delimitada pelas  Deglutição
Pregas Palatoglosso (anterior) e Palatofaríngeo  Mastigação.
(posterior).

Vascularização do Palato

Artéria Palatina Maior


Artéria Palatina Ramos da Artéria É dividida em
Menor Maxilar
Apoia-se sobre os
Artéria Esfenopalatina Ápice Dentes Incisivos.
Bordas -
Veia Palatina Maior Sulco terminal e
Veia Palatina Menor Gengiva + Glândula do
Forame Cego
palato duro
Veia Esfenopalatina Dorso  Parte Oral (corpo)
 Parte Faríngea
Inervação do Palato (base)
Superfícies inferiores Frênulo lingual
Nervo Palatino Gengiva + Glândula do
palato duro Estende-se entre a
Maior
Mandíbula, o Hióide e
Nervo Palatino Menor Palato Mole Raiz (posterior) a face posterior da
Parte anterior do
Nervo Nasopalatino Língua.
Palato Duro
OBS: O corpo e o ápice da língua são muito
OBS: Com exceção do músculo Tensor do
moveis.
Véu palatino (suprido pelo Nervo Mandibular) –
todos os outros músculos do Palato mole são A Língua possui 2 faces
supridos pelo Plexo Faríngeo de nervo
Face externa,
superior e posterior Dorso da Língua
Língua Face que descansa
Face inferior sobre o assoalho.
Órgão muscular e móvel
O Dorso da Língua é caracterizado pelo –
Ocupa toda a cavidade da boca e parte da Sulco terminal da Língua.
Faringe.
Esse sulco divide o Dorso transversalmente em
uma parte Pré-sulcal (Cavidade própria) e uma
Pós-sucal (parte oral da Faringe).
LETÍCIA TIMBÓ 38
Apostila Sistema Digestório

Papilas Linguais Acompanham a


Veias Dorsais da Artéria Lingual
 Circunvaladas Língua (ramo da Veia Lingual)
 Filiformes (+ comuns) Iniciam no Ápice da
 Fungiformes Língua, seguem
posteriormente ao
 Folhadas. Veias Profundas da Frênulo lingual para
Língua unirem-se à Veia
Músculos da Língua
Sublingual
Intrínsecos (ramo da Veia
Sublingual)
Longitudinal Superior
Longitudinal Inferior OBS: A língua comunica-se com a Laringe
Nervo Hipoglosso
Transverso através das – Pregas Glossoepiglóticas.
Vertical
Inervação da Língua
Extrínseco Sensibilidade geral dos
Nervo Depressão e Nervo Trigêmeo 2/3 anteriores da
Genioglosso Hipoglosso Protrusão Língua.
Nervo Depressão e Sensibilidade gustativa
Hioglosso Hipoglosso Retração Nervo Facial dos 2/3 anteriores da
Nervo Retração e Língua.
Estiloglosso Hipoglosso Elevação Sensibilidade geral e
Elevação e Nervo Glossofaríngeo gustativa do 1/3
Palatoglosso Nervo Vago Protrusão posterior da Língua.
Condroglosso - - Nervo Hipoglosso Motricidade.
OBS: TODOS os músculos da Língua (exceção
do Palatoglosso) são inervados pelo Nervo Dentes
Hipoglosso.
Funções
Vascularização da Língua
 Cortar, reduzir e misturar o alimento à
As artérias da língua são derivadas da – saliva.
Artéria Lingual  Ajudar sua própria sustentação nos
(originada da Art. Carótida Externa). alvéolos dentais.
 Participar da articulação.
Ao penetrar na língua – a Art. Lingual segue
profundamente ao Músculo Hioglosso. Os dentes são inseridos nos Alvéolos dentais.
Artérias Dorsais da OBS: Antes da erupção, os dentes em
Língua Raiz. Da Língua
desenvolvimento situam nos Arcos alveolares
Artérias Profundas da como – Brotos dentais
Língua Corpo da Língua
LETÍCIA TIMBÓ 39
Apostila Sistema Digestório

Estrutura do Dente Alvéolos Dentais

Estão nos Processos alveolares da Maxila e


Mandíbula.

São os elementos ósseos que mais se


modificam durante a vida.

Alvéolos adjacentes são separados por –


Septos interalveolares.

As raízes dos dentes são unidas ao osso do


alvéolo pela articulação fibrosa –
Sindesmose dentoalveolar ou Gonfose.

Periodonto – membrana formada por fibras


Projeta-se da Gengiva colágenas que se estendem entre o Cemento
Coroa e é a parte do dente da raiz e o Periósteo do alvéolo. – contém
coberta por Esmalte. terminações nervosas táteis, pressorreceptoras,
Esta situado entre a capilares linfáticos e vasos sanguíneos
Colo Coroa e a Raiz. glomerulares que atuam como amortecimento
Esta fixada no Alvéolo hidráulico para controlar a Pressão mastigatória
dental pelo –
Raiz axial.
Ligamento Periodonto
e é a parte do dente Face Vestibular Esta voltada
coberta por Cemento. (labial ou bucal) externamente.
Forma a maior parte Esta voltada
Dentina do dente. Face Lingual internamente. .
Esmalte Cobre a Dentina na Voltada em direção
(+ duro) Coroa Face Medial ao Plano Mediano da
Cobre a Dentina na parte facial do Crânio
Cemento Raiz. Voltada em direção
Contem tecido Face Distal oposta ao Plano
Cavidade Pulpar conectivo + vasos Mediano.
sanguíneos +
Da passagem a OBS: Tanto a Face Medial e a Distal são –
Canal da Raiz nervos e vasos que Superfícies de contato (elas tocam dentes
(canal pulpar) entram e saem da adjacentes).
Cavidade Pulpar
através do Foram do OBS: A superfície mastigatória é a –
Ápice do dente.
Face Oclusal
LETÍCIA TIMBÓ 40
Apostila Sistema Digestório

Tipos de dentes

Decídua – 20 dentes
Incisivos 8 dentes
Caninos 4 dentes
Molares 8 dentes
Permanente – 32 dentes
Incisivos 8 dentes
Caninos 4 dentes
Pré-molares 8 dentes
Molares 12 dentes
Glândulas Salivares acessórias (menores) são –
Vascularização dos dentes Palatinas + Labiais + Bucais + Linguais +
Artérias Suprem os Molares.
Alveolares Ramos da dentes
Superiores e Artéria maxilares e Absorção Sublingual de Fármacos
Maxilar mandibulares
Inferiores
Para a rápida absorção de um fármaco
(Nitroglicerina) administra-se sob a língua o
Veias Alveolares
Superiores e Ramos da Acompanham comprimido ou spray, que se dissolve e
Inferiores Veia Maxilar as Artérias. chega ás veias profundas da língua em
menos de 1 minuto.
Inervação dos Dentes

Nervo Alveolar Ramo do Nervo Parótidas


Superior Maxilar – Trigêmeo
Função – secreta 25% da saliva do
. .Ramo do Nervo
Nervo Alveolar Mandibular – tipo Serosa.
Inferior Trigêmeo. Lateralmente à face
Anteroinferior ao
Glândula Salivares Localiza-se Pavilhão auricular
Posterior ao Mús.
Masseter.
Glândulas Salivares maiores são as Parótidas –
Submandibulares – Sublinguais. É atravessa pelo – Nervo Facial + Artéria
Carótida Externo + Veia retro-mandibular.
A Saliva secretada por essas glândulas:
Porção secretora -
 Mantém a túnica mucosa úmida Corpo
 Lubrifica o alimento Estrutura Porção excretora –
 Inicia a digestão de Amidos Ducto Parotídico
Papila parótidica
 Atua como “colutório” intrínseco
 É importante na prevenção das cáries
dentarias.
LETÍCIA TIMBÓ 41
Apostila Sistema Digestório

Art. Temporal Sublinguais


superficial
Vascularização Veia Retromandibular Função – secreta 5% de saliva do
Linfonodos cervicais tipo Mucosa
superficiais e
profundos Porção anterior da
Sensitiva – Nervo Região Sublingual
Localiza-se Superiormente ao
Auricolotemporal +
Auricular Magno Músculo Milohióideo
Inervação Parassimpática – Porção secretora –
Nervo Glossofaríngeo Corpo
Simpático – Plexo Estrutura Porção excretora –
Carotídeo Externo Ductos sublinguais
menores e maiores
OBS: Ducto Parotídico – cruza o músculo Artéria Sublingual e
masseter e perfura o bucinador Submental
Vascularização Veia Sublingual e
Submandibulares Submental
Linfonodos cervicais
Função – secreta 70% as saliva do profundos
tipo Mista. Parassimpática –
Nervo Lingual
Medialmente ao Corpo da Inervação
Localiza-se Simpática – Plexo
Mandíbula.
carotídeo externo
Está relacionada com o – Músculo Miohióideo.

Porção secretora –
Corpo + Processo
Carcinoma da Língua
profundo
Estrutura O Carcinoma da parte posterior da língua
Porção excretora –
Ducto Submandibular metastatiza para os Linfonodos cervicais
Papila sublingual profundos superiores nos 2 lados.
Artéria Submental
Enquanto o tumor na parte anterior, só
Veia Submental
Vascularização metastatiza para os Linfonodos cervicais
Linfonodos cervicais
profundos profundos inferiores na fase avançada da
Parassimpática – doença.
Nervo Lingual
Inervação OBS: As metástases podem ser
Simpática – Plexo
carotídeo externo distribuídas para as regiões Submental e
Submandibular.
OBS: Nervo Lingual cruza inferiormente o
Ducto Submandibular.
LETÍCIA TIMBÓ 42
Apostila Sistema Digestório

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
06/04/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 43
Apostila Sistema Digestório

Faringe é a parte expandida superior do


Sistema Digestório.
Parte Nasal da Faringe
(Nasofaringe)
Situa-se posterior ás cavidades nasal e oral, que
se estende inferiormente além da Laringe. É a extensão posterior das Cavidades Nasais
com função – Respiratória.
Estende-se da Base do crânio até a margem
inferior da Cartilagem Cricóidea (anteriormente) O Nariz abre-se nessa parte da Faringe –
e margem inferior da Vértebra C6 através de 2 cóanos.
(posteriormente) A Faringe possui abundancia de Tecido Linfoide
que é agregado formando a – Tonsila
Divisão da Faringe
Faríngea – situada na túnica mucosa do teto e
na parede posterior da Nasofaringe.

OBS: Essa tonsila é chamada de Adenoide


quando está inchada.

A Prega Salpingofaríngea cobre o Músculo


Salpingofaríngeo, que abre o Óstio faríngeo da
tuba auditiva durante a deglutição.

A coleção de tecido linfoide na tela submucosa


da faringe perto deste óstio é a – Tonsila
Tubária.

Base do crânio até o Posteriormente ao Toro Tubário e à Prega


Nasofaringe Palato Mole Salpingofaríngea há uma projeção lateral da
Orofaringe Posterior à boca Faringe – o Recesso Faríngeo.
Da Epiglote até o Istmo faríngeo – separa a nasofaringe da
Laringofaringe início do Esôfago orofaringe.
LETÍCIA TIMBÓ 44
Apostila Sistema Digestório

OBS: Na Faringe existe uma abertura


de passagem da Faringe para a
Cavidade do Ouvido Médio – o Óstio
faríngeo da tuba auditiva. Ele possui a
função de regular a variação de
pressão quando estamos subindo uma
serra a medida que você mastiga algo,
os Músculos Salpingofaríngeos entram
em movimento e abrem o óstio.

Parte Oral da Faringe


(Orofaringe)
A Orofaringe estende-se do palato mole
até a margem superior da Epiglote e OBS: As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas
possui função – Digestória. formam o anel linfático da faringe – uma faixa
Seus limites são circular de tecido linfoide ao redor da parte
superior da faringe. Tonsila Palatina
(lateralmente) - Tonsila Faríngea
Superior Palato mole
(superiormente) - Tonsila Lingual
(inferiormente)
Inferior Base da língua

Arcos Palatoglosso
Parte Laríngea da Faringe
Laterais e Palatofaríngeo (Laringofaringe)
Estende-se da margem superior da epiglote e
As tonsilas palatinas são coleções de tecido
das Pregas Faringoepiglóticas até a margem
linfoide de cada lado da Orofaringe.
inferior da Cartilagem Cricóidea, onde se
Essas tonsilas não ocupam toda a estreita e se torna continua com o Esôfago.
Fossa tonsilar entre os – Arcos Palatoglosso Formadas pelos
(anterior) e Palatofaríngeo (posterior) Parede Posterior e Músculos
Lateral Constritores Médio e
Essa fossa tonsilar é formada pelo – Inferior da Faringe
Músculo constritor superior da Faringe + Formada pelos
Lâmina fibrosa da fáscia faringobasilar. Parede Interna Músculos
Palatofaríngeo e
Estilofaríngeo
LETÍCIA TIMBÓ 45
Apostila Sistema Digestório

.A Laringofaringe comunica-se com a Laringe Cama longitudinal Interna


através do – Ádito da Laringe.
 Palatofaríngeo
O Recesso Piriforme é uma depressão da parte  Salpingofaríngeo
laríngea de cada lado do adito da laringe.  Estilofaríngeo
OBS: O Recesso piriforme é o local de engasgo. Função: Elevar (encurta e alarga) a Faringe e a
Laringe – durante a deglutição e fala.
Esse recesso é separado do Ádito da Laringe
pela – Prega Ariepiglótica.
Vascularização
Músculos da Faringe Artérias da Faringe
Camada Circular Externa Atravessa o
Mús. Constritor
 Constrictor Superior Ramo da Superior da
Artéria
 Constrictor Médio Tonsilar Artéria Faringe e entra
 Constrictor Inferior Facial no polo inferior
da Tonsila
Inervados pelo Plexo Faríngeo – formado por Palatina.
ramos faríngeo dos Nervos Vago e Artéria Ramo da
Glossofaríngeo. Faríngea Carótida -
Ascendente Externa
Função: Contrair as paredes da faringe na Artéria Ramo da
deglutição Tireóidea Carótida -
Superior Externa

OBS: A Tonsila Palatina recebe brotos arteriais


das Artérias: Lingual + Palatina ascendente +
Palatina descendente + Faríngea ascendente.

Veias da Faringe

Veia Palatina Desce do palato mole e passa


Externa perto da face lateral da
(Paratonsilar) Tonsilar antes de entrar no
Plexo Venoso Faríngeo

Drenagem Linfática da Faringe

Linfonodo Jugulodigástrico – denominado de


Linfonodo Tonsilar.
LETÍCIA TIMBÓ 46
Apostila Sistema Digestório

Inervação
Adenoidites e
Deriva do Plexo Nervoso Faríngeo Hipertrofia de Adenoide
Derivadas do Nervo Aumentam de volume nos primeiros anos
Vago
de vida, mas começam a regredir por volta
Suprem todos os
músculos da Faringe dos 6 e 7 anos de idade.
e do Palato Mole Como o nariz, a faringe e o ouvido se
Fibras Motoras (exceto Músculo
comunicam internamente, as Adenoidites de
Estilofaríngeo que é
suprido pelo NC IX e repetição ou Hipertrofia das adenoides,
Músculo Tensor do além de prejudicar a respiração, pode
Véu Palatino que é obstruir a abertura da Tuba Auditiva (canal
suprido pelo NC V) de comunicação entre o nariz e a orelha
Derivadas do Nervo média) e gerar complicações como Otites e
Fibras sensitivas Glossofaríngeo Perda auditiva.

Tonsilas Palatinas
São coleções de tecido linfoide de cada
lado da parte oral da Faringe no intervalo
entre os Arcos Palatinos.

A tonsila NÃO ocupa toda a fossa tonsilar


entre os Arcos Palatoglosso e
Palatofaríngeo.

A fossa tonsilar é formada pelo –


Músculos Constritor superior da Faringe +
Lâmina da fáscia faringobasilar. Reflexo faríngeo (do Vômito)
OBS: As tonsilar palatinas, linguais e É possível tocar a parte anterior da língua
faríngeas formam o anel linfático da sem sentir desconforto, porém, ao tocar a
faringe – uma faixa circular de tecido parte posterior, o indivíduo tem ânsia de
linfoide ao redor da parte superior da vômito.
faringe.
Os nervos vago e glossofaríngeo são
responsáveis pela contração muscular de
cada lado da Faringe.
LETÍCIA TIMBÓ 47
Apostila Sistema Digestório

Concreções amigdalianas
Entre a Tonsila e o Arco palatoglosso
existe um espaço onde ocorre o –
acúmulo de restos de alimentos +
bactérias, resultando na formação de
concreções.

Essas
concreções
podem
gerar faringite
– causando
mau hálito.

Tonsilectomia
Dissecação da Tonsila palatina.

Retira-se a tonsila e a lâmina fascial ao


redor do Tecido conjuntivo.

A Tonsila tem rica vascularização –


podendo gerar sangramento na Veia
Palatina externa ou na Artéria Tonsilar.

OBS: O Nervo Glossofaríngeo é


vulnerável a lesão.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
06/04/2021, das 14 às 16hrs
LETÍCIA TIMBÓ 48
Apostila Sistema Digestório

É um tubo fibromuscular que conduz o


Ocorre no local onde
alimento da Faringe ao Estômago. Constrição atravessa o Hiato
. Diafragmática Esofágico do
diafragma.

O Esôfago segue a curva da Coluna Vertebral


ao descer através do Pescoço e Mediastino.

Possui Lâminas musculares circulares internas e


longitudinais externas.

Músculo Estriado
Terço superior Voluntário
Mistura de liso e
Terço médio estriado.
Terço inferior Músculo Liso

Atravessa o Hiato Esofágico no pilar muscular


direito do diafragma – logo à esquerda do plano
mediano – no nível da vértebra TX

Possui 3 constrições na radiografia: Termina entrando no Estômago no Óstio


Inicia na Junção Cárdico do Estômago – à esquerda da Linha
Faringoesofágica Mediana – no nível da 7ª cartilagem costal
Constrição Cervical Causada pela parte
(Esfíncter superior do
esquerda e da vértebra T XI
Cricofaríngea do
Esôfago)
Músculo Constritor É circundado pelo Plexo Nervoso Esofágico
inferior da Faringe. distalmente. .
Ocorre 1º no
cruzamento do Arco Parte Abdominal do Esôfago
Constrição da Aorta e depois no
Broncoaórtica cruzamento pelo Vai do Hiato Esofágico no pilar direito do
(Torácica) Brônquio principal Diafragma até o Óstio Cárdico do Estômago
Esquerdo.
LETÍCIA TIMBÓ 49
Apostila Sistema Digestório

Está fixado às margens do hiato esofágico no Drenagem Linfática


diafragma pelo – Ligamento Frenicoesofágico.
Linfonodos Gástricos Esquerdos.
É esse ligamento que permite o movimento
independente do diafragma e do esôfago Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos
durante a respiração e deglutição. drenam para os – Linfonodos Celíacos.

Continua com a Inervação do Esôfago


Margem direita do Curvatura menor do
Esôfago É inervado pelo Plexo Esofágico – formado
Estômago
É separada do Fundo pelos Troncos Vagais e Troncos Simpáticos
Margem esquerda do Gástrico pela Incisura torácicos.
Esôfago cárdica
Ramos gástricos
Junção Esofagogástrica Troncos Vagais anterior e posterior
Nervos Esplâncnicos
Situa-se à esquerda da Vértebra T XI no plano (abdominopélvicos)
horizontal que atravessa a extremidade do Troncos Simpáticos maiores e Plexo
Processo Xifoide. Torácicos Periarteriais ao redor
das Artérias Gástrica
Linha Z – linha irregular em que há mudança esquerda e Frênica
abrupta da mucosa esofágica para mucosa inferior.
gástrica.

Superior a essa junção, a musculatura Divertículo de Zenker


diafragmática que forma o Hiato Esofágico
funciona como um Esfíncter Inferior do Esôfago É uma bolsa falsa no tubo do Esôfago.
fisiológico que contrai e relaxa. – eficiente para
Ocorre uma falha na musculatura da
evitar o Refluxo do conteúdo gástrico para o
parte Cricofaríngea com as demais
Esôfago.
partes do Músculo Constrictor inferior da
Irrigação do Esôfago Faringe – formando uma herniação da
mucosa hipofaríngea.
Artéria Gástrica
esquerda Parte abdominal do
Artéria Frênica inferior Esôfago
esquerda

Drenagem Venosa das Veias Submucosas

Veia Gástrica Sistema Venoso


esquerda Porta
Veias Esofágicas que Sistema Venoso
entram na Veia Ázigo Sistêmico
LETÍCIA TIMBÓ 50
Apostila Sistema Digestório

Varizes Esofágicas Pirose ou Azia


São formadas em consequência da É o tipo mais comum de desconforto
Hipertensão Portal (complicação esofágico ou dor subesternal.
progressiva da Cirrose).
A sensação de queimação na parte
A ruptura e o sangramento dessas abdominal do Esôfago é causada pelo –
varizes são complicações graves da regurgitamento de pequenas quantidades
Hipertensão portal e caso não sejam de alimentos ou líquidos gástricos para a
tratadas podem apresentar alta taxa de parte inferior do Esôfago.
mortalidade.
A Pirose pode estar associada à –
Em pacientes com cirrose entre 30% e Hérnia de Hiato.
70% apresentam varizes no Esôfago, e
entre 9% e 36% têm o que se conhece
como varizes de “alto risco”.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
06/04/2021, das 16 às 18hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 51
Apostila Sistema Digestório

É a parte expandida do sistema digestório entre


o esôfago e o intestino delgado. – localizado na Morfologia Externa
parte mais alta da cavidade abdominal =
Óstios – Aberturas
Epigástrio.
É a Junção
O Estômago Cárdico Esofago-gástrica
mistura os É a Junção
alimentos e atua Pilórico Gastro-duodenal.
como reservatório:
sua função No estômago vamos ter a Face anterior e
principal: é a posterior que serão delimitadas por bordas que
Digestão enzimática são chamadas de – Curvatura Menor e
Curvatura Maior
O suco gástrico
converte a massa Cada borda possui uma dobra acentuada
de alimento em uma mistura semilíquida – chamada de Incisura.
o quimo – que passa para o duodeno. Forma a margem
convexa mais longa
O tamanho, o formato e a posição do Curvatura Maior do estômago.
estômago podem variar com: Possui a Incisura
 Biótipo Cárdica
 Postura Forma a margem
 Movimentos respiratórios direita côncava mais
curta do estômago.
 Estado de enchimento
Curvatura Menor A Incisura Angular
Estomago esta nos parte inferior da
quadrantes superiores curvatura, indica a
Posição de decíbuto direito e esquerdo ou junção do Corpo
dorsal no Epigástrico, região gástrico com a parte
umbilical, hipocôndrio e Pilórica.
flanco esquerdo.
Estomago desloca-se
Posição ereta para baixo.
LETÍCIA TIMBÓ 52
Apostila Sistema Digestório

O estômago tem 4 partes: Corpo gástrico

Vai desde o óstio cárdico até a incisura angular


– maior parte do estômago

Parte principal do estômago, entre o fundo


gástrico e o antro pilórico.

Parte pilórica

Região afunilada de saída do estômago

 Parte mais larga = Antro pilórico


 Parte mais estreita = Canal pilórico

É um espessamento acentuado da cama


circular de músculo liso que controla a saída do
conteúdo gástrico através do óstio pilórico para
Cárdia o duodeno.
Circunda o óstio cárdico (abertura superior que Ramo da Art.
comunica o esôfago com o estomago) Artéria Gástrica Hepática
Irrigado Direita Comum.
Ramo do Artérias
Artéria Gástrica pela
Irrigada pela Tronco Gastroepiploica Ramo da Art.
Esquerda Cefálico Gastroduodenal.
Direita
Fundo Gástrico
Relações do Estômago
Parte superior dilatada que esta relacionada com
a Cúpula esquerda do diafragma. O estômago é coberto por Peritônio
(exceto nos locais em que há vasos sanguíneos
A Incisura cárdica esta situada entre o esôfago ao longo de suas curvaturas e em uma
e o fundo gástrico. pequena área posterior ao óstio cárdico).
Artérias Lobo Esquerdo do
Gástricas Ramo da Fígado
Irrigado pela Curtas Art.
Anteriormente Diafragma
Artérias Esplênica.
Parede anterior do
Gastroepiploica
Abdome
Esquerda
Diafragma
OBS: No fundo ficam os gases Baço
Posteriormente Suprarrenal Esquerda
(por isso na radiografia fica escuro) (Leito do Estômago) Rim Esquerdo
Pâncreas
LETÍCIA TIMBÓ 53
Apostila Sistema Digestório

Colo transverso Próximo a Curvatura Menor do estômago


Artéria Esplênica possui uma área menos pregueada chamada de
– Canal Gástrico que é por onde o alimento
Relações Peritoneais
líquido passa
O Estômago fica preso aos 2 omentos:
Irrigação
Vai da curvatura maior
do Estômago e início
Omento Maior do Duodeno até o
Colo transverso
Vai do Fígado até a
Omento Menor Curvatura menor do
Estômago.

Morfologia Interna
Estômago é formado por algumas camadas:
Irrigado por artérias que provém do
Revestido externamente pelo Peritônio –
Troco Celíaco
Membrana Serosa

Abaixo da Membrana Serosa possui a Tronco Celíaco


Membrana Subserosa e abaixo dessa possui a Parte abdominal da
Origem aorta
Camada Muscular
Após curto trajeto
Camada Muscular é formada por 3 camadas: Trajeto anteroinferior, bifurca-
se na Artéria Esplênica
Longitudinal Externa Fibras periféricas
e Hepática comum.
Circular Média Fibras médias
 Esôfago
Obliqua Interna Fibras profundas
 Estômago
Após a Camada Muscular existe a Submucosa  Parte proximal do
Distribuição duodeno
– que é rica em Folículos linfáticos
 Fígado
E por fim tem a Mucosa que é toda pregueada  Vias biliares
e estrias longitudinais chamam-se de – Pregas  Pâncreas.
gástricas (aumentam a área de contato do
estomago) Curvatura Maior
Artéria
OBS: Essa Mucosa gástrica é castanho- Gastroepiplóica Ramo da Artéria
avermelhada no indivíduo vivo esquerda Esplênica
(exceto na Parte Pilórica). Artéria Ramo da Artéria
Gastroepiplóica direita Gastroduodenal.
LETÍCIA TIMBÓ 54
Apostila Sistema Digestório

Curvatura Menor Se forem da Curvatura Maior são chamados de


Artéria Gástrica Ramo do Tronco – Linfonodos Gastroepiplóicos
Esquerda Celíaco
Ambos drenam para o Linfonodos Celíacos
Artéria Gástrica Ramo da Artéria
Direita Hepática Comum.
Fundo do Estômago
Artérias Gástricas Ramo da Artéria Tronco Intestinal
Curtas. Esplênica.

Drenagem Cisterna do Quilo

Ducto Torácico

Inervação
Parassimpática Simpática
Tronco Simpático que
Nervo Vago forma o Nervo
esquerdo e direito Esplâncnico Maior
Aumenta a atividade Diminui a atividade
Drenagem por veias que vão para a Veia Porta
peristáltica e abre os peristáltica e fecha os
esfíncteres. esfíncteres.
Veia Gástrica Esquerda Tributárias da Veia
Porta
Veia Gástrica Direita Pilorospasmos ou Alojo
Veias Gástricas Curtas
Tributárias da Veia Essa contração espasmódica do Piloso
Veia Gastroepiplóica
Esquerda Esplênica ocorre às vezes em lactantes – entre 2 a
Veia Gatroepiplóica Tributária da Veia 12 semanas de idade.
Direita Mesentérica Superior
É caracterizado pela incapacidade de
A Veia Pré-pilórica ascende sobre o piloro até a relaxamento normal das fibras musculares
Veia Gástrica Direito – como essa veia é lisas que circundam o Canal Pilórico
facilmente visível em pessoas vivas, os Consequência =
cirurgiões a utilizam para identificação do piloro. dificuldade na
Drenagem Linfática passagem de
alimento do
Se forem da Curvatura Menor são chamados Estômago para o
de – Linfonodos Gástricos Duodeno, deixando o
Estômago cheio demais.
LETÍCIA TIMBÓ 55
Úlceras Apostila Sistema Digestório

Úlceras Gástricas – são lesões abertas da


mucosa gástrica. Dor Visceral referida
Ulceras Pépticas – são lesões da mucosa A dor é uma sensação desagradável
do canal pilórico ou do duodeno. associada à lesão tecidual real ou
As ulceras estão associadas à infecção potencial.
por bactéria – Helicobacter pylori. A dor orgânica originada de um órgão
Essas pessoas possuem taxas de como o Estômago varia de difusa a
secreção de acido gástrico muito acima intensa, porém, a dor é mal localizada.
do normal entre as refeições. Irradia-se até o nível do dermátomo –
Acredita-se que o elevado conteúdo de que recebe fibras aferentes viscerais do
acido no estomago, e no duodeno órgão relacionado.
supere o bicarbonato normalmente Exemplo: a dor referida visceral de uma
produzido pelo duodeno e reduza a úlcera gástrica é referida na região
eficiência do revestimento mucoso, Epigástrica.
deixando-o vulnerável a bactéria.

As bactérias causam erosão do muco


protetor que reveste o estomago,
inflamando a túnica mucosa e tornando-a
vulnerável aos efeitos do ácido gástrico e
das enzimas digestivas produzidas no
estomago.

OBS: se a úlcera causar erosão das


artérias gástricas, pode ocorrer
sangramento com risco à vida.

Como a secreção de ácido pelas células


parietais do estomago é controlada pelo
Nervo Vago, é realizado a vagotomia
(secção cirúrgica dos nervos vagos) para
reduzir a produção de ácido.
Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
06/04/2021, das 16 às 18hrs
LETÍCIA TIMBÓ 56
Apostila Sistema Digestório

Maior glândula do corpo. Com exceção da gordura, todos os nutrientes


Localiza-se absorvidos pelo sistema digestório são levados
primeiro ao fígado pelo Sistema Venoso Porta.

Funções

Fígado armazena glicogênio e secreta Bile


(ajuda na emulsificação das gorduras)

 Absorção de nutrientes
 Atividade metabólica (quebra de
substâncias)
 Mecanismo de desintoxicação
 Forma células sanguíneas (feto)
 Coagulação sanguínea (protrombina e
fibrinogênio)
No Quadrante Superior Direito – OBS: além de armazenar bile, a vesícula biliar
Hipocôndrio direito concentra a bile absorvendo água e sais.
É protegido pela Caixa Torácica e o Diafragma. Quando o alimento chega ao duodeno, a
vesícula biliar envia a bile concentrada através
Situa-se profundamente da 7ª a 9ª costelas no dos Ductos Cístico e Colédoco para o Duodeno.
lado direito e cruza a linha mediana em direção
à papila mamária esquerda. Faces do Fígado
OBS: Ocupa grande parte do Hipocôndrio Possui Face Diafragmática e Face Visceral –
direito e Epigástrio superior, indo até o separadas anteriormente pela margem inferior
Hipocôndrio esquerdo. aguda do Fígado.
Características Face Diafragmática
Possui pouco tecido conjuntivo, por isso se  Anterossuperior
torna um órgão mole e friável (se desfaz com
 Convexa
facilidade, se tornando difícil de ser suturado)
 Lisa
LETÍCIA TIMBÓ 57
Apostila Sistema Digestório

 É coberta por Peritônio visceral das regiões onde mais se acumula sangue
(exceto na Área nua do Fígado). quando paciente está em decúbito dorsal.

Está em contato com a – Face Visceral


Concavidade inferior do Diafragma.
 Posteroinferior
Está fixado a parede abdominal por Ligamentos  Côncava
Peritoneais.  Acidentada (Fissuras e Impressões)
 Coberta por Peritônio (exceto na Fossa da
Face Diafragmática
vesícula e na Porta do Fígado.).
Extensões superiores
da Cavidade Peritoneal. Esta em contato com as – Vísceras abdominais.
Recessos Subfrênicos São separados em
direito e esquerdo É dividida em 4 lobos: Direito – Esquerdo –
pelo – Ligamento Quadrado – Caudado
Falciforme
Conecta o Fígado a Formada
parede anterior do anteriormente –
Abdome Fissura sagital direita Fossa da vesícula biliar
Ligamento Falciforme Divide o Fígado em Formada
tamanhos desiguais – posteriormente –
Lobo esquerdo Sulco da veia cava
(menor) e Lobo .Formada
direito (maior) anteriormente –
Compartimento Fissura do Ligamento
Recesso Fissura Umbilical
supracólico da redondo.
Sub-hepático (sagital esquerda)
Cavidade Peritoneal, Formada
inferior ao Fígado. posteriormente –
Extensão Fissura do Ligamento
posterossuperior do venoso
Recesso Sub-hepático
Recesso Hepatorrenal Situado entre a parte Impressões da Face Visceral
(Bolsa de Morison) direita da Face Lobo Esquerdo Lobo Direito
Visceral do Fígado, o Gástrica Glândula Suprarrenal
Rim e a Glândula Esofágica Renal
suprarrenal direitos Cólica
Omento Menor (Flexura cólica direita)
OBS: O Recesso Hepatorrenal é importante,
Duodenal
pois quando ocorre algum sangramento é
Veia Cava Inferior
comum que o mesmo se acumule nos - Vesícula Biliar
Recessos Peritoneais – tornado-se um ponto de Pilórica
análise para o Trauma abdominal, pois é uma
LETÍCIA TIMBÓ 58
Apostila Sistema Digestório

Omento Menor Remanescente fibroso


Ligamento Venoso do Ducto Venoso fetal
Encerra a Tríade Portal (Ducto colédoco –
Artéria Hepática – Veia Porta)
Segue do Fígado até a Curvatura menor do Área Nua
Estômago. É demarcada pela reflexão do Peritônio do
Conecta o Fígado Diafragma para o Fígado, com as lâminas do
com a parte superior Ligamento Ligamento Coronário.
do Duodeno. Hepatoduodenal Essas lâminas
Conecta o Fígado encontram-se à Ligamento Triangular
com a Curvatura Ligamento direita formando o direito
menor do Estômago Hepatogástrico Próximo do Ápice do
Fígado, as lâminas
OBS: Dentro do Ligamento Hepatoduodenal encontram-se a Ligamento Triangular
passam as estruturas do pedículo hepático – a esquerda formando esquerdo
Triada Hepática ou Portal: Artéria Hepática + o.
Veia Porta + Dúctulos Biliares.
Lobos Hepáticos
Ligamentos do Fígado
Lobo Hepático direito Divididos pelo
Conecta o Fígado a (Grande) Ligamento Falciforme
parede anterior do Lobo Hepático esquerdo e Fissura sagital
Abdome (Pequeno) esquerda
Ligamento Falciforme Divide o Fígado em Lobo Quadrado Anterior e inferior
tamanhos desiguais – Lobo Caudado Posterior e superior
Lobo esquerdo
(menor) e Lobo
direito (maior)
Conecta o Fígado ao
Ligamento Coronário Diafragma
Reveste a Área nua
(não possui Peritônio)
Formado pela lâmina
Ligamento Triangular anterior e posterior
direito e esquerdo do Ligamento
Coronário
Estende-se do Fígado
até a cicatriz umbilical
É um remanescente
Ligamento Redondo fibroso da Veia
Umbilical
Passa pela Incisura para o
Ligamento Redondo – na
borda anterior do Fígado.
LETÍCIA TIMBÓ 59
Apostila Sistema Digestório

OBS: Lobo Caudado foi denominado assim, pois Vascularização do Fígado


as vezes dá origem a uma “cauda” na forma de
– Processo papilar. O fígado tem irrigação dupla (vasos aferentes)
– uma Venosa dominante e uma Arterial
Separação dos Lobos
menor.
Ocupa a Fissura para o
Ligamento Venoso Irrigação do Fígado
Entre o Lobo esquerdo Veia Porta Hepática
Ligamento Venoso e Caudado Irrigação Funcional (70%)
É um remanescente Tronco Celíaco
fibroso do Ducto Irrigação Nutricional (20 a 25%)
Venoso Fetal
Ocupa a Fissura para o Tronco Celíaco
Ligamento Redondo
Ligamento Redondo Entre o Lobo esquerdo
e Quadrado
Ocupa o Sulco para a Artéria Hepática
Veia Cava Inferior VCI Comum
Entre o Lobo Caudado
e Direito
Ocupa a Fossa para a Artéria Artéria Hepática
Vesícula Biliar Vesícula Biliar Gastroduodenal
própria
Entre o Lobo
Quadrado e Direito
Artéria Artéria Artéria
Segmentação do Fígado Hepática Hepática Hepática
direita Intermédia esquerda
Há 8 segmentos hepáticos e cada um é
funcional – eles tem uma Artéria Hepática + Artéria
Veia Porta + Nervo + Ducto Hepático – o que Cística
os torna independentes.
Drenagem do Fígado
OBS: Possibilita a doação de uma parte do
fígado de pessoas vivas – tem uma Veia Porta traz – 75% a 80% do sangue para
regeneração muito boa. o Fígado.

OBS: Lobo Caudado é considerado um terceiro Ela conduz todos os nutrientes absorvidos pelo
fígado – sua vascularização é independente da Sistema Digestório para os Sinusoides Hepáticos
bifurcação da Tríade Portal. (exceção dos Lipídios)

Veia Porta Hepática é formada pela união da =


Veia Mesentérica Superior + Esplênica
LETÍCIA TIMBÓ 60
Apostila Sistema Digestório

Drenagem Linfática Veia Porta é a união das –


Veia Mesentérica superior + Veia Esplênica.
O fígado é o principal órgão produtor de linfa:
entre ¼ e metade da linfa recebida no Ducto Essa veia segue um trajeto curto – a maior
Torácico vem do fígado. parte está contido no Ligamento
Hepatoduodenal.
Os vasos linfáticos do fígado ocorrem como
Vasos Linfáticos Superficiais e como Vasos A Veia Porta recebe sangue com oxigenação
Linfáticos Profundos reduzida, mas rico em nutrientes da parte
abdominal do Sistema Digestório.
Linfonodos Hepáticos
Anastomoses Portossistêmicos – são sistemas
na qual o Sistema Venoso Porta comunica-se
Linfonodos Celíacos com o Sistema Venoso Sistêmico

Essas anastomoses forma-se na – tela


submucosa da parte inferior do Esôfago, na tela
Cisterna do quilo
submucosa do Canal anal, na região periumbilical
Inervação e nas faces posteriores de vísceras
retroperitoneais.
Nervos derivados do = Plexo Hepático.
Quando a circulação porta através do Fígado é
Esse Plexo acompanha os ramos da Artéria reduzida ou obstruída por doença hepática ou
Hepática e da Veia Porta do Fígado. compressão física por tumor – o sangue do
Sistema digestório ainda pode chegar ao
É formado por inervação Motora:
coração pela VCI por intermédio dessas vias
Simpático Parassimpático
colaterais
Plexo Celíaco Troncos Vagais
Aumenta a mobilidade OBS: Essas vias alternativas estão disponíveis,
Inibe a mobilidade das das Vias Biliares +
Vias Biliares pois a Veia Porta e suas tributárias NÃO têm
Relaxa os Esfíncteres.
válvulas, dessa maneira, o sangue pode fluir em
Inervação Sensitiva – Nervo Vago. sentido inverso para a VCI.

Porém, esse volume de sangue forçado pelas


Veia Porta do Fígado vias colaterais pode acarretar em Varizes
É o principal canal do Sistema Venoso Porta. (dilatação anormal das veias) com risco á vida –
caso não haja construção cirúrgica de uma
Forma-se derivação da obstrução.
Anteriormente À VCI
Posteriormente Ao colo do Pâncreas
LETÍCIA TIMBÓ 61
Apostila Sistema Digestório
Hepatomegalia
Hepatomegalia é o aumento do Fígado. Lobectomias e Segmentectomia
Quando ele está bem aumentado, sua Processo de ressecamento apenas do
margem inferior é facilmente palpada segmento que sofreu lesão grave ou está
abaixo da margem costal direita e pode afetado por tumores.
alcançar a margem pélvica no quadrante
inferior direito do abdome. Toda a ressecção hepática é empírica e
exige ultrassonografia, injeção de contraste
O fígado é um local ou oclusão por cateter com balão para
comum de definir o padrão segmentar do paciente.
carcinoma
metastático
(cânceres
secundários que
Vesícula Biliar
disseminam-se de
órgãos drenados
pelo Sistema Nervoso Porta)

Pode ser causado por:

 Ingurgitamento hepático
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Doenças bacterianas e virais
(hepatite)

Ascite ou Barriga d’água


É uma bolsa que armazena a Bile antes dela
É o acúmulo anormal de líquido rico em ser lançada no Duodeno.
proteínas no interior do Abdômen.
Localiza-se: na Fossa para a Vesícula Biliar –
Ocorre pois a drenagem do Esôfago e na face visceral do Fígado.
Estômago é direcionada para o Fígado –
Função: Armazena (50mL) e concentra a Bile
por meio da Veia Porta Hepática e
quando o Fígado não consegue drenar Partes da Vesícula
as substâncias (Hepatomegalia) – causa
Extremidade larga e
acumulo de sangue, causando uma Fundo arredondando do
osmose inversa e o líquido começa a sair órgão
da circulação para o meio intersticial, Corpo Parte principal
causando o – Edema abdominal (Ascite). Extremidade estreita e
Colo afilada
LETÍCIA TIMBÓ 62
Apostila Sistema Digestório

A Ampola Hepatopancreática desemboca na


Papila Duodenal Maior – que vai para o
Duodeno

Irrigação da Vesícula Biliar

Artéria Cística (Ramo da Art. Hepática direita) e


Veia Cística (Tributária da Veia Porta).
O Ducto Cístico une o Colo da Vesícula ao A drenagem linfática se faz para os –
Ducto Hepático Comum. Linfonodos hepáticos
No Colo da Vesícula existe a – Prega espiral – Inervação
que ajuda a manter o Ducto Cístico aberto,
facilitando que a bile seja desviada para a Simpático Parassimpático
Vesícula Bliar quando o Ducto Colédoco é Plexo Celíaco Nervo Vago
fechado pelo Músculo Esfíncter do Ducto Aumenta a mobilidade
Inibe a mobilidade das da Vesícula + Relaxa
Colédoco ou Musculo Esfíncter da Ampola Vias Biliares os Esfíncteres na
Hepatopancreática.
Ampola
Além disso, é essa prega que oferece Hepatopancreática.
resistência ao esvaziamento súbito de Bile
 Nervo Frênico direito (Somático)
quando os esfíncteres estão fechados e há um
aumento da pressão intra-abdominal OBS: As respostas são estimuladas pelo
(espirro e tosse). Hormônio Colecistocinina (CCK).

Bile

É produzida pelos Hepatócitos e entra nos Colangiopancreatografia


Ductos que iram formas as Vias Biliares
retrógada endoscópica
Vias Biliares Vias Biliares
Intra-hepáticas Extra-hepáticas Procedimento padrão para o diagnóstico
de doença pancreática e biliar.
Ducto Hepática
Canalículos Biliares
Direito + Esquerdo = É introduzido um endoscópio através da
Ducto Hepático
Comum boca, esôfago e estômago – ao chegar
até o Duodeno é introduzido uma cânula
Ducto Hepático
Comum + Ducto na Papila maior do Duodeno e avançada
Dúctulos Biliares
Cístico =
Ducto Colédoco sob controle fluroscópicos até o Ducto
de interesse (Colédoco ou Pancreático)
Ducto Colédoco +
Ducto Pancreático = para injeção de contraste radiológico.
Ampola
Hepatopancreática
LETÍCIA TIMBÓ 63
Apostila Sistema Digestório

Cálculo Biliar (Colelitíase)


. É uma concreção da Vesícula Biliar –
Ducto cístico ou outro ducto biliar.

É formada por cristais de colesterol.

OBS: mais comum em mulheres, e a


incidência aumenta com a idade.

São “silenciosos” (assintomáticos) em


cerca de 50% das pessoas.

A dor causada
pela impactação da
Vesícula Biliar
acomete a região
epigástrica e depois
deslocasse par ao
hipocôndrio direito.

Remoção da
Vesícula Biliar
É chamada de
Colecistectomia

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
20/04/2021, das 14 às 16hrs
LETÍCIA TIMBÓ 64
Apostila Sistema Digestório

O Pâncreas é uma Glândula acessória da


digestão.

Esta Retroperitonealmente.

Situada: sobrejacente e transversalmente aos


corpos das vértebras L 1 e L 2
(nível do Plano Transpilórico) na parede
posterior do Abdome.

Localiza-se atrás do – Estômago, entre o


Duodeno á direita e o Baço à esquerda.
Cabeça do Pâncreas
O Mesocolo transverso está fixado à margem
anterior. É a parte expandida da Glândula e circundada
pela curvatura do Duodeno.
O Pâncreas produz
Está fixada à face medial das partes Descentes
Liberada pelos e Horizontal do Duodeno.
Secreção Suco pancreático Ductos
Exócrina produzido pelas pancreáticos A cabeça está apoiada posteriormente:
Células Acinares principal e
acessório  Veia cava inferior
Glucagon e  Artéria e Veia renais direitas
Secreção insulina Vai para o
 Veia renal esquerda.
Endócrina produzidos pelas sangue
Ilhotas de
O Ducto Colédoco situa-se em um sulco na
Langerhans
face posteriossuperior da Cabeça ou está
Divisão do Pâncreas inserido em sua substancia.

 Cabeça O Processo Uncinado – é uma projeção da


 Colo parte inferior da cabeça do pâncreas –
 Corpo estende-se medialmente para a esquerda,
 Cauda posteriormente à AMS.
LETÍCIA TIMBÓ 65
Apostila Sistema Digestório

Colo do Pâncreas Ducto Pancreático Principal + Colédoco =


Ampola Hepatopancreática
É curto e está situado sobre os Vasos
Mesentéricos Superiores.
Ao redor da parte
Músculo Esfíncter do terminal do Ducto
Sua face anterior é coberta por Peritônio – e
Ducto Pancreático pancreático
está situada adjacente ao Piloro do Estômago.
Ao redor da
Músculo Esfíncter do extremidade do Ducto
A VMS une-se á Veia Esplênica posterior ao
Ducto Colédoco Colédoco
Colo para formar a Veia Porta.
Músculo Esfíncter da
Corpo do Pâncreas Ampola Ao redor da Ampola
Hepatopancreática ou Hepatopancreática
Situa-se a esquerda dos Vasos Mesentéricos de Oddi
Superiores – passando sobre a Aorta e
São Esfíncteres de músculo liso que controla o
Vértebra L 2.
fluxo de Bile e de Suco pancreático para a
Face anterior Face posterior Ampola e impedem o refluxo do conteúdo
Coberta por Peritônio Não tem Peritônio duodenal para a Ampola Hepatopancreática.
Esta em contato com:
 Aorta Ducto Pancreático Acessório – abre-se no
Está situada no  AMS cume da Papila menor do Duodeno.
assoalho da Bolsa  Glândula
Omental formando suprarrenal OBS: Esse ducto comunica-se com o Ducto
parte do Leito do esquerda Pancreático Principal
Estômago  Rim esquerdo
 Vasos renais Irrigação do Pâncreas
esquerdos
Irrigação provém principalmente dos ramos da
Cauda do Pâncreas Artéria Esplênica

Situa-se anteriormente ao Rim esquerdo – Artéria


onde está intimamente relacionado ao Hilo Pancreaticoduodenais
Esplênico e à Flexura esquerda do colo. superior anterior e
posterior
É relativamente móvel e junto com os Vasos Ramos da Art.
Cabeça do Pâncreas Gastroduodenal
Esplênicos – passa entre as camadas do
Artérias
Ligamento Esplenorrenal.
Pancreaticoduodenais
O Ducto Pancreático Principal – inicia na Cauda inferiores anterior e
posterior
e vai até a Cabeça do Pâncreas. – se voltando
Ramos da AMS.
inferiormente e tendo íntima relação com o
Ducto Colédoco.
LETÍCIA TIMBÓ 66
Apostila Sistema Digestório

Corpo e cauda do Até 10 ramos da


Pâncreas Artéria Esplênica Obstrução da Ampola
Drenagem Venosa do Pâncreas Hepatopancreática e Pancreatite

Veias Pancreáticas correspondentes – Um cálculo biliar que siga pelas vias


tributárias das partes esplênica e mesentérica biliares extra-hepáticas pode alojar-se na
superior da Veia Porta. extremidade distal mais estreita da
Ampola Hepatopancreática.
A maioria drena para a Veia Esplênica.
Ocorrendo obstrução dos sistemas de
Drenagem Linfática Ductos Colédoco e Pancreático e não há
entrada de Bile nem suco pancreático no
Acompanham os Vasos Sanguíneos,
Duodeno.
terminando nos Linfonodos
Pancreaticoesplênicos (situados ao longo da Porém, a Bile pode refluir e entrar no
Artéria Esplênica). Ducto Pancreático, gerando a –
Pancreatite.
Alguns vasos terminam nos –
Linfonodos Pilóricos.

. os Vasos eferentes desses Linfonodos drenam


para os – Linfonodos Mesentéricos Superiores
ou para Linfonodos Celíacos através dos
Linfonodos Hepáticos.

Inervação do Pâncreas

Simpático Nervos Esplâncnicos


Parassimpático Nervos Vagos

Secreção regulada por via endócrina –


Secretina e Colecistocinina.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
20/04/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 67
Apostila Sistema Digestório

É o maior e o ultimo segmento do tracto


gastrointestinal
Duodeno
Localiza-se: na cavidade abdominal e pélvica

É dividido em:

Mais longo e fino


Absorção de
Intestino Delgado nutrientes
Dividido em: Duodeno
– Jejuno - Íleo
Mais curto e calibroso Porção inicial do Intestino Delgado
Intestino Grosso Absorção de água
Dividido em: Colóns Mais curto – Mais largo – Mais fixo

Segue um trajeto em formato de C ao redor


Intestino Delgado da cabeça do Pâncreas

Inicia no lado direito do Piloro e termina na


Flexura duodenojejunal no lado esquerdo.

A maior parte do duodeno esta fixada pelo


peritônio na parede posterior do abdome e é
considerado parcialmente retroperitoneal.
(com exceção da parte superior – pois tem o
Ligamento Hepatoduodenal que da mobilidade)

Divisão do Duodeno
Estende-se do Piloro até a Junção Ileocecal Situada
(onde o íleo une-se ao ceco) Parte Superior anterolateralmente ao
corpo da vértebra L 1
É dividido em 3 partes
Desce ao longo das
 Duodeno Parte Descendente faces direitas das
 Jejuno vértebras L1 a L3
 Íleo Parte Inferior Cruza a vértebra L3
LETÍCIA TIMBÓ 68
Apostila Sistema Digestório

Começa à esquerda Segue inferiormente, curvando-se ao redor da


da Vértebra L3 e cabeça do pâncreas.
segue superiormente
Parte Ascendente Possui as Papilas Duodenais – é o local onde
até a margem
superior da Vértebra desembocam os Ductos do fígado e pâncreas.
L2.
Os Ductos Colédoco e Ducto Pancreático
Papilas Duodenais principal entram na sua parede posteromedial.
Leva o sulco Esses ductos se unem e formam – a
Papila Superior pancreático do Ducto Ampola Hepatopancreática.
(Menor) Pancreático Acessório
Localizada na parte Ampola Abre-se na Papila
descendente do Hepatopancreática maior do Duodeno
Papila Inferior Duodeno Ducto Pancreático Abre-se na Papila
(Maior) Leva o sulco Acessório menor do Duodeno
pancreático do Ducto
Pancreático Principal. Fixado na sua face inferior esta o
Mesocolo transverso
Parte Superior ou Bulbo Duodenal
Relações da parte Descendente:
Possui mesentério e é móvel (parte + livre) –
 Fígado
chamada de Ampola
 Vesícula biliar
Ascende a partir do Piloro e é superposta pelo  Cólon Transverso (Mesocólon)
Fígado e pela Vesícula biliar  Alças intestinais
A parte proximal tem o Ligamento OBS: Nessa parte que ocorre os banhos
Hepatoduodenal e a distal o Omento maior. enzimáticos para a digestão.
Relações da parte superior: Parte Inferior ou Horizontal
Superior Colo da Vesícula Biliar
Inferior Colo do Pâncreas Segue transversalmente para a esquerda,
Ducto Colédoco passando sobre a VCI + Aorta + Vértebra L3.
Posterior Veia Porta
É cruzada anteriormente pela Artéria e Veia
Art. Gastroduodenal
Veia Cava inferior Mesentéricas Superiores e pela Raiz do
Anterior Fígado Mesentério do jejuno e íleo
Medial Piloro Posteriormente, é separada da coluna vertebral
Parte Descendente pelo Músculo Psoas Maior direito + Veia Cava
Inferior + Artéria Aorta. + Vasos testiculares ou
OBS: Parte principal do Duodeno ováricos direitos.
Essa parte é totalmente Retroperitoneal
LETÍCIA TIMBÓ 69
Apostila Sistema Digestório

Parte Ascendente Drenagem linfática do Duodeno

Segue superiormente e ao longo do lado Drenam para os


esquerdo da Artéria Aorta para alcança a Vasos linfáticos Linfonodos
margem inferior do corpo do pâncreas anteriores pancreaticoduodenais
e pilóricos
É sustentado pela fixação do Músculo Drenam para os
Suspensor do duodeno (Ligamento de Treitz) Vasos linfáticos linfonodos
posteriores mesentéricos
A contração desse músculo alarga o Ângulo da superiores
flexura duodenojejunal – facilitando o Vasos linfáticos Drenam para os
movimento do conteúdo intestinal eferentes linfonodos celíacos
(influenciando no esvaziamento Duodenal)
Inervação do Duodeno
Termina na Flexura Duodenojejunal
Parassimpática Nervo Vago
Irrigação do Duodeno Nervos Esplâncnicos
Simpática maior e menor
Artéria
Tronco Celíado Mesentérica Jejuno e Íleo
Superior
Formam Alças Intestinais

Artéria
Artéria
Pancreaticoduodenal Inicia na Flexura
Gastroduodenal
inferior
Duodenojejunal
Jejuno 2/5 do intestino
delgado
Artéria
Pancreaticoduodenal
Supre a parte distal do
Duodeno
Situado no Quadrante
superior
Superior Esquerdo
Termina na Junção
Suprem a parte Ileocecal
proximal do Duodeno
à entrada do Ducto Íleo 3/5 do intestino
colédoco
delgado
Situado no Quadrante
OBS: NÃO recebe sangue da Artéria Esplênica. Inferior Direito

Drenagem venosa do Duodeno OBS: Não existe um marco separando


Jejuno e íleo
Veias do Duodeno acompanham as Artérias e
drenam direto para a Veia Porta e outras O Mesentério é uma prega de peritônio que
drenam indiretamente pelas Veias Mesentéricas fixa o Jejuno e íleo à parede posterior do
superior e esplênica. Abdome
LETÍCIA TIMBÓ 70
Apostila Sistema Digestório

Linfonodos
Justaintestinais

Linfonodos
Mesentéricos

A raiz do mesentério – tem direção Linfonodos


oblíqua, inferior e para a direita. Centrais Superiores

Ele estende-se da Flexura Duodenojejunal até a


Drenam para os
Junção Ileocólica e a Articulação Sacroilíaca Vasos linfáticos Linfonodos
direita. eferentes Mesentéricos
superiores
A raiz do mesentério cruza – partes
Vasos linfáticos da Drenam para os
ascendente e horizontal do Duodeno + parte parte terminal do íleo Linfonodos ileocólicos
abdominal da aorta + VCI + ureter direito +
Músculo psoas maior direito + vasos testiculares Inervação do Jejuno e Íleo
ou ováricos direitos.
Parassimpática Simpática
OBS: Mesentério é considerado um órgão Tronco Vagal Plexo Mesentérico
posterior superior
Irrigação do Jejuno e Íleo Aumento do Redução do
peristaltismo e peristaltismo e
Artéria Mesentérica Superior (AMS) – irriga o secreção do intestino. secreção do intestino.
jejuno e íleo via Artérias jejunais e ileais.

OBS: A formação de Arcos arteriais da origem


aos Vasos retos – importantes para evitar Jejuno X Íleo
Isquemia do Intestino
Jejuno Íleo
Drenagem venosa do Jejuno e Íleo Cor vermelha Cor rosa claro
2/5 proximais 3/5 distais
É a Veia Mesentérica Superior que drena o
Mais calibroso Menos calibroso
jejuno e íleo. Mais vascularizado Menos vascularizado
Parede mais Parede mais fina e
Drenagem linfática do Jejuno e Íleo
espessa e mais lisa
Lactíferos – são vasos linfáticos especializados pregueada.
Pregas circulares Pregas circulares
nas vilosidades intestinais que absorvem gordura.
grandes – altas e baixas – esparsas e
Esses vasos drenam para os vasos linfáticos próximas ausentes na porção
distal
entre as camadas do Mesentério – e seguem
uma sequência:
LETÍCIA TIMBÓ 71
Apostila Sistema Digestório

Intestino Grosso Esta ligado a parede lateral do abdome por uma


ou mais Pregas Cecais de peritônio
Local de absorção da água e sais minerais dos A desembocadura do íleo no Intestino Grosso –
resíduos indigeríveis do quimo – é chamada de Óstio Ileal
convertendo-os em fezes.
Contorno elevado próximo ao Óstio Ileal é a –
É formado pelo Papila Ileal que possui um Lábio Superior
(Íleocólico) e um Lábio Inferior (Ileocecal) –
esses lábios se encontram lateralmente e
formam a prega – Frênulo do Óstio ileal.

Essa Papila Ileal atua como uma válvula


unidirecional relativamente passiva, que impede
o refluxo do ceco para o íleo quando houver
contrações para impulsionar o conteúdo para o
colo ascendente e colo transverso.

Vascularização do Ceco
Artéria Ileocólica
 Ceco Irrigação (ramo terminal da
 Apêndice Vermiforme AMS)
 Colón Ascendente Veia Ileocólica
Drenagem Venosa (tributária da VMS)
 Colón Transverso
 Cólon Descendente Drenagem Linfática Linfonodos Ileocólicos
Parassimpática –
 Cólon Sigmoide
Nervos Vagos
 Reto e Canal Anal Inervação Simpática – parte
torácica inferior da
Ceco
medula espinhal
1º parte do Intestino Grosso é continuo com o
Apêndice Vermiforme
Colo Ascendente
É um divertículo intestinal cego, que possui
Situa-se na Fossa Ilíaca do Quadrante Inferior
massas de tecido linfoide.
direito do abdome
Origina-se na face posteromedial do ceco,
Pode ser palpável através da parede
inferiormente à Junção Ileocecal.
Anterolateral do abdome. – quando é distendido
por fezes ou gases. Situa-se na Fossa Ilíaca do Quadrante Inferior
Direito do abdome
É quase totalmente revestido por Peritônio e
pode ser levantado livremente. – entretanto, Localiza-se na junção das 3 tênias
NÃO possui mesentério.
LETÍCIA TIMBÓ 72
Apostila Sistema Digestório

Possui o Mesoapêndice – que fixa o Vascularização do Colo Ascendente


Apêndice ao Íleo. Artéria Ileocólica
Irrigação Artéria Cólica Ramos da
A posição do Apêndice vermiforme é variável, Direita AMS
mas geralmente é Retrocecal. Veia Cólica
Drenagem Direita Tributárias
Vascularização do Apêndice Venosa Veia Ileocólica da VMS
Artéria Apendicular Linfonodos
Irrigação (ramo da Art. Drenagem epicólicos e Tributários
Ileocólica) Linfática paracólicos do LMS
Drenagem Venosa Veia Ileocólica Inervação Plexo Mesentérico Superior
(tributária da VMS)
Drenagem Linfática Linfonodos Ileocólicos Colo Transverso
Parassimpática –
Nervos Vagos Mais longo e mais móvel
Inervação Simpática – parte
Situa-se: anteriormente à parte inferior do rim
torácica inferior da
medula espinhal esquerdo e fixa-se ao Diafragma através do
Ligamento Frenocólico
Colo Ascendente
Estende-se da Flexura cólica direita até a
Situa-se: Retroperitonealmente ao longo do lado Flexura cólica esquerda – onde se curva para
direito da parede abdominal posterior baixo e da origem ao Colo Descendente
Segue para cima na margem direita da Mesocólon Transverso – permite muita
Cavidade abdominal, do Ceco até o Lobo mobilidade ao Colo Transverso e fixa o colo a
hepático direito – onde vira para a esquerda na parede posterior do abdome
Flexura direita do colo.
Relações
É coberto anteriormente e nos seus lados Omento maior e
por Peritônio. Anteriormente parede abdominal
anterior
É separado da parede anterolateral do Abdome Porção descendente
pelo Omento Maior do Duodeno, cabeça
Posteriormente do pâncreas e alças
O Sulco Paracólico direito – situa-se entre a
intestinais
face lateral do Colo ascendente e a parede
adjacente do abdome.
Vascularização do Colo Transverso
OBS: Mesentério curto em 25% dos indivíduos Artéria Cólica Ramos da
Irrigação Média AMS
– gerando pouca motilidade.
Drenagem
Venosa Veia Mesentérica Superior
LETÍCIA TIMBÓ 73
Apostila Sistema Digestório

Drenagem Posteriormente músculos transverso do


Linfática Linfonodos cólicos médios abdome, quadrado lombar, psoas maior, e
Inervação Plexo Mesentérico Superior músculo ilíaco

Vascularização do Colo Descendente


Flexuras Artéria Cólica
Esquerda Ramos da
Flexura cólica direita ou Hepática Irrigação Artéria AMI
(+ inferior) – esta em contato com o Sigmóide
Fígado Drenagem
Venosa Veia Mesentérica Inferior
Flexura cólica esquerda ou Esplênica
Drenagem Linfonodos cólicos
(+ superior) – entre o colo transverso e Linfática intermediários
descendente
Parassimpática Simpática –
Inervação – Nervos Nervos
Colo Descendente Esplâncnicos Esplâncnicos
pélvicos lombares
Ocupa a posição secundariamente
retroperitoneal entre a Flexura esquerda do Colo Sigmóide
colo e a Fossa ilíaca esquerda – onde é Caracteriza-se por sua alça em forma de S
contínuo com o Colo Sigmoide com comprimento variável – une o colo
O Peritônio cobre o colo anterior e lateralmente descendente ao reto
e o liga à parede posterior do Abdome. Estende-se da Fossa Ilíaca esquerda até o 3
OBS: tem Mesentério curto em 33% das segmento sacral – onde se une ao reto.
pessoas. – mais casos de constipação O fim das tênias do colo indica a
Ao descer, o colo passa anteriormente à Junção Retossigmoide.
margem lateral do rim esquerdo. Tem um Mesentério longo – o Mesocolo
O colo descendente possui um Sulco Paracólico Sigmoide – tem grande liberdade de
em sua face lateral. movimento

Termina na altura da Crista Ilíaca As tênias começam a desaparecer quando o


Músculo Longitudinal alarga para formar uma
Anteriormente se relaciona com as alças camada completa no reto.
intestinas + omento maior + parede abdominal
anterior Flexura reto sigmoide é a curvatura que marca
o final do colo sigmoide
Posteriormente margem lateral se relaciona
com o rim esquerdo
LETÍCIA TIMBÓ 74
Apostila Sistema Digestório

Vascularização do Colo Sigmóide Reto e Canal Anal


Artéria Cólica
Irrigação Esquerda Ramos da
Artéria AMI
Sigmóide
Drenagem
Venosa Veia Mesentérica Inferior
Drenagem Linfonodos cólicos
Linfática intermediários
Inervação Parassimpática Simpática –
– Nervos Nervos
Esplâncnicos Esplâncnicos É a parte terminal do Intestino Grosso e de
pélvicos lombares todo o Sistema digestório.

Estende-se da – face superior do Diafragma da


Tênia Livre
pelve até o Ânus.
 Anterior – colo ascendente e
Inicia onde a ampola do reto se estreita, no
descendente
nível da alça em formato de U formada pelo
 Posteroinferior – colo transverso
Músculo Puborretal e termina no Ânus.
Tênia Omental É circundado pelos Músculos esfíncteres
 Anterior – colo transverso interno e externo do Ânus.
 Posteroinferior – colo ascendente e Esse canal apresenta-se colapsado
descendente (exceto durante a passagem de fezes) –
As Tênias do colo iniciam na base do ocorre relaxamento dos 2 esfíncteres para que
Apêndice vermiforme e terminam na haja defecação.
Flexura Retossigmoide. Músculo Esfíncter Músculo Esfíncter
Tênias NÃO estão presentes no: interno do Ânus externo do Ânus
Involuntário Voluntário
Apêndice vermiforme – Canal anal –
2/3 superiores do 2/3 inferiores do
Reto. Canal anal Canal anal
Tônus estimulado Fixado ao corpo do
por via Simpática e Períneo e ao Cóccix –
Possuem MESO inibida por via pelo Ligamento
Parassimpática. Anococcígeo.
 Apêndice vermiforme Esfíncter contraído Divide-o em partes
 Colo Transverso evitando a perda de subcutânea –
 Colo Sigmóide líquido ou flatos superficial – profunda
- Controle da defecação
Essas três áreas são móveis
LETÍCIA TIMBÓ 75
Apostila Sistema Digestório

Vascularização do Canal Anal


Irriga acima Intestino Delgado X Intestino Grosso
Artéria retal da Linha
superior Pectinada Projeções adiposas
Apêndices Omentais revestidas por
Irrigação 2 Artérias Irriga abaixo do colo Peritônio
retais da Linha
Tênia Mesocólica –
inferiores Pectinada
fixa os mesocólons
Artérias retais Auxiliam na
transverso e
médias vascularização
sigmoide
Drena acima Tênias do colo
Veia renal Tênia Omental –
da linha
superior fixa o omento maior
Pectinada.
Tênia Livre – não
Drena abaixo
Veias retais estão fixados
Drenagem da linha
inferiores mesocólons e nem
Venosa Pectinada
apêndices omentais.
Drenam a
Forma-se na parede
túnica Saculações do colo entre as
Veias retais muscular
Tênias
médias externa da
ampola do Intestino Grosso
Calibre possui maior calibre
reto
Plexo Superior à
hipogástrico linha
inferior pectinada
Nervos anais Colonoscopia
Inervação inferiores
(ramos do Inferior à linha Nesse exame usa-se um endoscópio de
Nervo pectinada
fibra óptica longo e flexível através do
Pudendo) Ânus e do reto.

Por meio desse exame é possível


detectar pólipos, que podem sofrer
Dor visceral referida
transformação para malignidade ou
cânceres nos diversos estágios.
LETÍCIA TIMBÓ 76
Apostila Sistema Digestório

Isquemia do Intestino
Ocorre quando tem oclusão de vasos por
êmbolos. Síndrome do Intestino Irritável
Caso a isquemia seja grave – causa Afeta mais de 10% da população mundial.
necrose do segmento acometido e
Mais comum entre mulheres jovens e de
desenvolvimento de Íleo paralítico.
meia-idade.
O Íleo paralítico é acompanhado por dor
Sintomas
intensa em caráter de cólica + distensão
abdominal + vômito + febre +  Alterações nos movimentos
desidratação. intestinais
O diagnóstico precoce desse distúrbio por  Dor abdominal
meio da Arteriografia mesentérica Não há um exame específico para
superior – permite desobstruir diagnosticar esta síndrome.
cirurgicamente o vaso afetado.

Diverticulose do Intestino Grosso


Aparecimento de falsas bolsas no Cólon
Sigmoide – gerando o acumulo do
Megacólon conteúdo fecal.

Complicação = Diverticulite e Hemorragia


gastrointestinal.
LETÍCIA TIMBÓ 77
Apostila Sistema Digestório

Doença de Crohn Hemorroidas


Doença inflamatória crônica que pode Hemorroidas internas são prolapsos da
afetar todo o Sistema digestivo, mas Túnica mucosa retal (Coxins anais) – que
acomete principalmente o Íleo terminal e contém as Veias dilatadas do Plexo
p cólon. Venoso retal interno.

Sintomas mais comuns: Resultam de ruptura da muscular da


mucosa.
 Dor abdominal associada à diarreia
(com ou sem sinais de muco e A conduta é tratar apenas as hemorroidas
sangue) internas ulceradas e com prolapso.
 Febre
Os fatores predisponentes para
 Perda de peso hemorroidas incluem:
 Enfraquecimento por dificuldade
para absorver nutrientes.  Gravidez
 Constipação intestinal crônica
Não tem cura para doença de Crohn.
 Permanência prolongada sentado
OBS: Quem tem essa doença é no banheiro
intolerante a glúten.  Esforço
 Distúrbio que impede o retorno
venoso (incluindo o aumento da
pressão intra-abdominal)
LETÍCIA TIMBÓ 78
Colite – Colectomia – Ileostomia – Apostila Sistema Digestório
Colostomia
Apendicite
A inflamação crônica
do colo é É a inflamação aguda do Apêndice
caracterizada por vermiforme.
inflamação intensa
e ulceração do A compressão digital sobre o ponto de
colo e do reto. McBurney vai provocar uma dor
abdominal máxima.
Em alguns casos
realiza-se Colectomia A apendicite em jovens, geralmente é
– no qual são removidos a parte terminal causada por Hiperplasia dos folículos
do Íleo e do Colo, além do Reto e canal linfáticos – o que oclui o lúmen.
anal. Em pessoas idosas, ocorre a obstrução
Após isso, será construído uma Ileostomia por um fecálito.
(abertura entre o Íleo e a pele da parede A extensão da coxa na articulação do
do abdome). quadril causa dor.
Depois da colectomia parcial, é feita uma Caso ocorra a ruptura do apêndice
Colostomia ou Sigmoidostomia para criar vermiforme – resulta em infecção do
uma abertura cutânea artificial para a peritônio (Peritonite).
parte terminal do colo.
Ocorre a retirada do apêndice por –
Apendicectomia normal ou laparoscópica

Fecalomas ou Fecalito
Corresponde à uma massa de fezes
endurecida e seca que pode ficar
acumulada no reto ou na porção final do
intestino.

Ela impede a saída das fezes e resulta em


inchaço abdominal – dor – obstrução
crônica do intestino.

É mais comum Referências:


em pessoas
 Livro Anatomia orientada para clínica –
acamadas e idosos
Moore 7ªed.
– devido á
 Aula: Prof Janderson Rodrigues – Uninta, dia
diminuição dos
19/04/2021, das 16 às 18hrs.
movimentos intestinais.
LETÍCIA TIMBÓ 79
Apostila Sistema Digestório

É separada da Cavidade Torácica pelo


Diafragma

Cavidade Abdominal + Cavidade Pélvica =


Cavidade abdominopélvica
(os órgãos podem migrar de uma cavidade
para a outra)

Delimitação entre a Cavidade Abdominal e


Pélvica = Limite superior da pelve Planos Abdominais
Não tem assoalho – pois é continua Cavidade abdominal possui 9 regiões
inferiormente com a Cavidade Pélvica
Essas regiões são delimitadas por 4 planos:
Não tem proteção óssea, possui apenas as 5
Vértebras Lombares posteriormente.
 2 Verticais (sagitais)
Esta protegida pela Caixa Torácica
 2 Horizontais (transversos)
superiormente
(Baço – Fígado – Rins – Estômago) Verticais (Sagitais)
É sustentada e parcialmente protegida pela Planos Parte do ponto médio
Pelve maior (Íleo – Ceco – Apêndice Medioclaviculares das clavículas até os
Pontos Medioinguinais.
vermiforme – Colo sigmoide)
Pontos Metade do Ligamento
Medioinguinais Inguinal
OBS: Retirada das costelas flutuantes é
contraindicado, pois elas protegem órgãos da Horizontal Superior (Transversos)
cavidade abdominal. Atravessa a margem
Plano Subcostal inferior da 10ª
Funções (Palpável) cartilagem costal e fica
na vertebral L3.
 Sustentação forte para a parede Margem superior do
 Fixam e protegem vísceras Plano Transpilórico manúbrio do esterno
 Comprimem o conteúdo abdominal (Não palpável) e da sínfise púbica–
 Movem e ajudam a manter a postura cruza o Piloro.
LETÍCIA TIMBÓ 80
Apostila Sistema Digestório

Horizontal Inferior (Transversos)  Quadrante Inferior Direito


Plano Atravessa os  Quadrante Inferior Esquerdo
Intertubercular tubérculos da crista
ilíaca e o corpo da 5º Os 4 Quadrantes da cavidade abdominal são
(Não palpável)
vértebra lombar delimitados por 2 planos:
Plano Interespinhal Atravessa as Espinhas Atravessa o Umbigo e
(Palpável) ilíaca antero-superior. o Disco intervertebral
Regiões da Cavidade Abdominal Plano Transumbilical entre as Vértebras L3
(horizontal) e L4
Divide as metades
1º - Hipocôndrio direito superior e inferior
Atravessa o corpo
2º - Epigástrica longitudinalmente
Plano Mediano
3º - Hipocôndrio esquerdo (vertical) Divide as metades
direita e esquerda.
4º - Região Lombar direita

5º - Mesogástrico

6º - Região Lombar esquerda

7º - Região Inguinal direita

8º - Hipogástrico

9º - Região Inguinal esquerda

Hipocôndrio Direito Fígado


Região Lombar direita Cólon ascendente
Apêndice vermiforme Quadrante Superior Quadrante Superior
Região Inguinal direita + Ceco Esquerdo (QSE) Direito (QSD)
Hipocôndrio Esquerdo Baço Fígado Fígado
Região Lombar Cólon descendente (lobo esquerdo) (lobo direito)
esquerda Baço Vesícula biliar
Região Inguinal Cólon sigmoide Estomago Estômago
Jejuno e íleo
esquerda Duodeno
proximal
Epigástrio Estômago
Pâncreas Pâncreas
Mesogástrica Alças Intestinais =
Glândula suprarrenal Glândula suprarrenal
Hipogástrica Jejuno + Íleo
esquerda direita
Quadrantes da Cavidade Abdominal Rim esquerdo Rim direito
Flexura cólica Flexura cólica
 Quadrante Superior Direito esquerda direita
Colo descendente Colo ascendente
 Quadrante Superior Esquerdo
Colo transverso Colo transverso
LETÍCIA TIMBÓ 81
Apostila Sistema Digestório

Quadrante Inferior Quadrante Inferior


Esquerdo (QIE) Direito (QID)
Colo sigmoide Ceco
Colo descendente Colo ascendente
Ovário esquerdo Ovário direito
Tuba uterina Tuba uterina
esquerda direita
Ureter esquerdo Ureter direito
Funículo espermático Funículo espermático
esquerdo direito
Útero Útero
Bexiga Bexiga

OBS: Jejuno = Quadrante Sup. Esquerdo e Íleo


= Quadrante Inf. Direito.
OBS: A pele está frouxamente fixada à Tela
Parede anterolateral do abdome Subcutânea (exceto no Umbigo, onde está
firmemente aderida).
Estende-se da Caixa torácica até a Pelve
A maior parte dessa Parede Anterolateral tem Transv
Cartilagem das 7º a 3 camadas musculotendíneas – com fibras que do abd
Limite Superior 10º costelas + seguem em direções diferentes. Oblíquo int
Processo Xifoide do do abdom
esterno. A tela Subcutânea contém quantidade variável
Ligamento inguinal + de gordura – os homens são mais suscetíveis
Margens superiores ao acúmulo subcutâneo de gordura nessa
Limite Inferior das faces
parede.
anterolaterais do
Cíngulo do membro Tela subcutânea é
inferior. Superior ao Umbigo igual à encontrada na
maioria das regiões.
Parede anterolateral do Abdome Parte mais profunda
. da tela é reforçada
 Pele por fibras elásticas +
 Tela Subcutânea colágenas
Inferior ao Umbigo 2 camadas:
 Músculos
Panículo adiposo do
 Aponeuroses e fáscia muscular abdome (Fáscia de
 Gordura Extraperitonial Camper) e Estrato
 Peritônio Parietal membranáceo (Fáscia
de Scarpa)
LETÍCIA TIMBÓ 82
Apostila Sistema Digestório

Musculos da Parede anterolateral Mús. Transverso do Abdome


Mais interno
Reto do abdome Faces internas das
Piramidal Verticais
cartilagens costais +
Oblíquo externo do Aponeurose
abdome Origem toracolombar + Crista
Oblíquo interno do Planos ilíaca + Ligamento
abdome inguinal
Transverso do abdome Linha Alba com
aponeurose do Mús.
Mús. Oblíquo externo do abdome Inserção Oblíquo interno do
Maior e mais superficial Abdome + Crista
Faces externas das púbica + Linha
Origem costelas 5 a 12 pectínea do Púbis.
Linha Alba + Nervos
Inervação Toracoabdominais e
Tubérculo púbico +
Inserção Metade anterior da Lombares
Crista Ilíaca. Comprime e sustenta
Ação as vísceras abdominais.
Nervos
Inervação Toracoabdominais +
Subcostal Mús. Reto do Abdome
Comprime e sustenta Longo, largo e semelhante a uma tira.
as vísceras abdominais Sínfise púbica e Crista
Ação e flexiona e roda o Origem Ilíaca
tronco. Processo xifoide e 5ª
Inserção a 7ª Cartilagens costais
Mús. Oblíquo Interno do Abdome Nervos
Inervação Toracoabdominais
Músculo intermediário
Fáscia toracolombar + Flexiona o tronco e
Crista Ilíaca + Tecido comprime as vísceras
Origem Ação abdominais – estabiliza
conjuntivo do
Ligamento Inguinal e controla a inclinação
Margens inferiores das da pelve.
Inserção costelas 10 a 12 +
Linha Alba + Linha Mús. Piramidal
Pectínea do púbis. Músculo triangular insignificante – não é
Inervação Nervos Toracoabdominais encontrado em cerca de 20% das pessoas.
e Lombares Anterior à parte inferior
Comprime e sustenta Origem do Músculo Reto do
Ação as vísceras abdominais Abdome.
– flexiona o tronco. Face anterior do púbis
Inserção e ao Ligamento
Púbico anterior.
Inervação Nervo Subcostal
LETÍCIA TIMBÓ 83
Apostila Sistema Digestório

Ação Tenciona a Linha Alba Inervação Nervo Femoral


Flete a coxa e
OBS: Linha Alba – entrelaçamento das estabiliza a articulação
aponeuroses com as companheiras do lado Ação do quadril – atua com
oposto – estende-se do Processo Xifoide até a o Mús. Psoas maior.
Sínfise púbica.
Mús. Quadrado do Lombo
Parede Posterior do Abdome Metade medial da
margem inferior das
Mús. Psoas maior Origem costelas 12 e
Processos transversos extremidades dos
das vértebras processos transversos
lombares – laterais lombares
Origem dos corpos das Ligamento Ileolombar
vértebras L12 a S5 e Inserção e lábio interno da
discos intervertebrais crista ilíaca.
interpostos. Nervo Subcostal e
Tendão forte no Inervação ramos do Plexo
Inserção Trocanter menor do Lombar
Fêmur .estende e flete
Inervação Plexo Lombar lateralmente a coluna
Ação vertebral – fixa a
Agindo inferiormente
com o Músculo Ilíaco costela 12 durante a
– flete a coxa inspiração.
Agindo superiormente
Ação – flete a coluna Peritônio
vertebral lateralmente
Usado para equilibrar o É uma membrana serosa, lisa e deslizante, que
tronco forra a Parede e as Vísceras abdominais.
Na posição sentada,
atua inferiormente Dividida em:
com o Músculo Iliaco Peritônio Parietal Parede do Abdome
para fletir o tronco.
Peritônio Visceral Vísceras do Abdome

Mús. Ilíaco Entre os peritônios temos uma cavidade com


Dois terços superiores um líquido que permite que as vísceras se
Origem da fossa ilíaca – asa movimentem sem atrito e adesão.
do sacro e ligamentos
sacroilíacos anteriores Funções:
Trocanter menor do
Inserção fêmur e corpo inferior  Diminuir o atrito entre as vísceras
a ele, e ao tendão do  Opor resistência às infecções
Mús. Psoas maior  Armazenar gordura
LETÍCIA TIMBÓ 84
Apostila Sistema Digestório

Tipos de Revestimento: Ligamento

Envolvidos por Usado para designar conexões do peritônio


Peritônio com a parede anterior ou com vísceras
Órgãos Peritonizados Estômago – Baço –
(Móveis) Fígado – Jejuno – Lig. Coronário Fígado + Diafragma
Íleo – Apêndice Fígado + Parede
Vermiforme Lig. Falciforme anterior do abdome
Não envolvidos por Lig. Gastrolienal ou Curvatura maior do
Órgãos peritônio e fora da Gastroesplênico Estômago + Baço
Extraperitonizados Cavidade Peritoneal Lig. Lienorenal ou
(Imóveis) Rim e Bexiga Esplenorenal Baço + Rim
Colo transverso +
Órgão Retroperitonial – fora da cavidade Lig. Frenicocólico Diafragma
peritoneal e colado à parede posterior
(rim – glândula suprarrenal – duodeno – artéria
aorta – veia cava inferior - pâncreas)
Proeminência do abdome e
OBS: todo órgão Retroperitonial é
Extraperitonial, mas nem todo órgão diástase
Extraperitonial vai ser Retroperitonial. É normal em lactantes e crianças
Formações Peritoneais (Conexões) pequenas – pois nessa idade o sistema
digestório contém muito ar.
Meso
Além disso, as cavidades abdominais
Prega de peritônio que prende a víscera anterolaterais estão aumentada e os
(órgão) à parede posterior do abdome. músculos abdominais estão ganhando
força.
 Mesocólon (intestino grosso)
 Mesentério (intestino delgado) As 6 causas comuns de protrusão
 Meso-apêndice (apêndice vermiforme) abdominal são alimento, liquido, gordura.,
 Meso-ovário (ovário) fezes, flatos e feto.

Omento ou Epiplon

Lâmina de peritônio que une duas vísceras


Conecta a curvatura
Omento Maior maior do Estômago +
início do Duodeno +
Cólon transverso
Conecta o Fígado +
Omento Menor Curvatura menor do
estômago + inicio do
Duodeno
Fáscia Abdominal LETÍCIA TIMBÓ 85
Apostila Sistema Digestório
Lipoaspiração é uma cirurgia para retirada
de gordura subcutânea indesejada.
Incisões cirúrgicas abdominais
A fáscia parietal do Abdome é importante
na cirurgia – pois ela proporciona um Os cirurgiões utilizam várias incisões
plano que pode ser aberto e permite que cirúrgicas abdominais para ter acesso à
o cirurgião aproxime-se de estruturas cavidade abdominal.
situadas sobre ou dentro da face anterior
É escolhida uma incisão que permita
da parede posterior do abdome, como os
exposição adequada e, o melhor efeito
rins ou corpos das vértebras lombares
estético possível.
(sem entrar no Saco Peritoneal).
A localização da incisão depende do tipo
de cirurgia, da localização do órgão, dos
limites ósseos ou cartilaginosos, do
Hérnias Abdominais afastamento dos nervos, da manutenção
da irrigação e da minimização da lesão
As hérnias podem aparecer na parede dos músculos e da fáscia da parede
anterolateral do abdome. enquanto se busca cicatrização favorável.
A maioria ocorre nas regiões:
inguinal – umbilical – epigástrica.

Hérnias umbilicais são comuns em


neonatos, pois a parede anterior do
abdome é relativamente fraca no anel
umbilical.

As linhas ao longo das quais se


entrelaçam as fibras da aponeuroses
abdominais também são locais de
herniação.

Essas hérnias podem ser congênitas,


resultantes do estresse, obesidade e
envelhecimento ou consequência de
feridas cirúrgicas ou traumáticas.

Referências:

 Livro Anatomia orientada para clínica –


Moore 7ªed.
 Aula: Prof José Carlos Fontenele – Uninta,
dia 20/04/2021, das 16 às 18hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 86
Apostila Sistema Digestório

O Sistema
Gastrointestinal é
Esses 2 mecanismos são sistemas reguladores
a porta onde
automáticos – importante para manter o
substâncias
suprimento nutricional adequado para o corpo..
nutritivas entram
no corpo. Mastigação

O tempo que Os dentes são adaptados para a Mastigação.


cada alimento Anteriores (Incisivos) Ação de cortar
permanece no Posteriores
(Pré- Molares e Molares) Ação de trituração
trato alimentar é Caninos Ação de rasgar
importante para
que possam ser A maioria dos músculos da mastigação são
processados inervados pelo –
adequadamente. Ramo motor do 5º nervo craniano.(Trigêmeo)

Como as exigências de mistura e de propulsão O processo de mastigação é controlado por –


são diferentes – em cada estágio do processo, Núcleos no Tronco encefálico.
múltiplos mecanismos de feedback automáticos,
OBS: O número ideal de mastigações varia de
nervosos e hormonais – controlam a duração
20 a 25.
de cada um deles.
A estimulação de áreas reticulares específicas,
Ingestão de alimentos nos centros do paladar do Tronco Cerebral, –
causa movimentos de mastigação rítmicos.
A quantidade de alimento ingerido por uma
Além disso – estimulação de áreas no
pessoa é determinado pelo desejo por alimento
hipotálamo + amígdala + córtex cerebral
– Fome.
podem causas mastigação.
O tipo de alimento que a pessoa prefere é
determinado pelo seu – Apetite A maior parte do processo de mastigação é
causada pelo – Reflexo de Mastigação.
LETÍCIA TIMBÓ 87
Apostila Sistema Digestório

Reflexo de Mastigação
Passo a passa dos estágios:
A presença do bolo de alimento na boca –
O alimento é comprimido e
desencadeia o relaxamento dos Músculos empurrado para trás, em
Levantadores da Mandíbula e a contração dos Estágio Voluntário direção à Faringe e para
Músculos Abaixadores. cima e para trás pela
pressão da Língua contra o
A Mastigação é importante para a digestão de palato.
todos os alimentos (principalmente vegetais e O bolo alimentar estimula
frutas) – as enzimas digestivas só agem nas as Áreas de receptores
superfícies das partículas de alimentos, portanto, epiteliais da deglutição e
Estágio Faríngeo seus impulsos passam para
a intensidade da digestão depende da área de
o Tronco encefálico –
superfície total, exposta às secreções digestivas..
iniciando contrações
Deglutição musculares automáticas
A principal função desse estágio
é a de conduzir rapidamente o
alimento da Faringe para o
Estágio Esofágico Estômago – e seus
movimentos são organizados de
modo específico para essa
função..

Passo a passo do Estágio Faríngeo


.A deglutição é uma resposta reflexa O Palato mole é empurrado para cima
desencadeada por impulsos aferentes nos – 1º fechando a parte posterior da Cavidade
Nervos Trigêmeo + Glossofaríngeo + Vago. Nasal – evitando o Refluxo
As Pregas Palatofaríngeas (de cada lado
Pode ser dividida em 3 fases: da Faringe) são empurradas medialmente
É voluntária - inicia o 2º aproximando-se para formar a – Fenda
Fase Oral processo de deglutição Sagital (por onde o alimento passa para a
É involuntário – ocorre parte posterior da Faringe)
Fase Faríngea quando o alimento passa As Cordas Vocais da Laringe se
pela Faringe até o aproximam e a Laringe é puxada para
Esôfago. cima e para frente pelos Mús. do
É involuntário – transporta 3º Pescoço. Palatofaríngeos – essas ações
Fase Esofágica o alimento da Faringe ao impedem o movimento para cima da
Estômago. Epiglote – evitando a passagem do
alimento para o Nariz e a Traqueia.
LETÍCIA TIMBÓ 88
Apostila Sistema Digestório

Quando a Laringe é elevada e o Esfíncter Resumindo o Estágio Faríngeo da


Faringoesofágico é relaxado – toda a Deglutição
parede muscular da faringe se contrai,
4º 1º Traqueia se fecha
iniciando na parte superior e, então a
2º Esôfago se abre
contração progride para baixo, nas áreas
medial e inferior da Faringe – o que Onda peristáltica rápida iniciada pelo
3º Sistema Nervoso.
impulsiona o alimento por peristaltismo
para o Esôfago. 4º Bolo alimentar é forçado para a parte
superior do Esôfago.
 Entre as deglutições – o esfíncter permanece Processo dura menos de 2 segundos.
contraído evitando a entrada de ar para o
Esôfago quando contraído. Iniciação nervosa do Estágio Faríngeo
 O Esfíncter Esofágico superior relaxa
enquanto a Epiglote fecha – para manter o O bolo alimentar estimula as Áreas Táteis da
material deglutido fora das vias aéreas. parede posterior da boca e da Faringe – são
Quando isso ocorre – toda a parede
áreas mais sensíveis para o inicio do Estágio
5º muscular da Faringe se contrai
Faríngeo
impulsionando o alimento por peristaltismo
para o Esôfago.
Os impulsos são transmitidos dessas áreas –
OBS: A Fenda Sagital desempenha ação pelas porções sensórias dos Nervos Trigêmeo
seletiva – permitindo que o alimento e Glossofaríngeo para o Bulbo – pelo
suficientemente mastigado passe com facilidade. Trato Solitário.
(esse trato recebe impulsos sensoriais da boca).

Efeito do Estágio Faríngeo da Logo, o Estágio Faríngeo da deglutição é,


deglutição sobre a respiração essencialmente, Ato Reflexo, quase sempre
iniciado pelo Movimento voluntário (Fase oral)
Todo o Estágio Faríngeo ocorre em do alimento – para a parte posterior da boca,
menos de 6 segundos – interrompendo a que excita os receptores sensoriais faríngeos
respiração. para iniciar a parte involuntária do reflexo da
deglutição.
O Centro da Deglutição inibe o Centro
Respiratório do Bulbo – durante esse Os estágios sucessivos da Deglutição são
tempo, interrompendo a respiração em automaticamente desencadeados em sequência
qualquer ponto do ciclo para permitir a ordenada por áreas neuronais da substância
deglutição. reticular do Bulbo e das porções inferiores da
Ponte.
OBS: mesmo quando a pessoa está
falando, a deglutição interrompe a As áreas no Bulbo e na Ponte inferior que
respiração por tempo tão curto que mal controla a deglutição são chamadas de –
se percebe. Deglutição ou Centro da deglutição.
LETÍCIA TIMBÓ 89
Apostila Sistema Digestório

Os impulsos Terço Nervos


motores do superior do Músculo Glossofaríngeos
Esôfago Estriado e Vagos
Centro da
Deglutição Nervos Vagos
– que atuam
para a
Terço por meio de
Faringe e inferior do Músculo Liso conexões com
parte superior Esôfago o Sist. Nervoso
do Esôfago Mioentérico
são Esofágico.
transmitidos
Relaxamento receptivo do Estômago.
pelos –
Nervos Quando a onda peristáltica esofágica se
Trigêmeo + Glossofaríngeo + Vago + aproxima do estômago – onda de relaxamento
Hipoglosso. transmitida por neurônios inibidores
mioentéricos, precede o peristaltismo –
Movimentos no Estágio Esofágico preparando o Estômago para receber o
É a continuação da onda
alimento.
Peristaltismo peristáltica que inicia na
Primário Faringe e se prolonga para .Esfíncter Esofágico Inferior (Gastroesofágico)
o Esôfago
(8 a 10 segundos) O músculo circular
Se essa onde Primária não esofágico funciona como
consegue mover o
um largo – Esfíncter
alimento para o Estômago
– as Ondas Peristálticas Esofágico Inferior ou
Peristaltismo
Secundário Secundárias resultam da Gastroesofágico..
distensão do Esôfago pelo
alimento retido – essas Esse esfíncter em
ondas continuam até o condições normais –
Complexo esvaziamento do permanece tonicamente
Esôfago contraído – gerando
pressão intraluminal no Esôfago de 30 mmHg –
Caso a Onda peristáltica primária não consiga
em contraste com a porção medial do esôfago,
move o alimento para o estômago – ocorrem
que permanece relaxada
as Ondas peristálticas secundárias.
Esse esfíncter tonicamente ativo (fechado) –
Essas ondas são deflagradas – por circuitos
previne o Refluxo de conteúdo gástrico para o
neurais intrínsecos do Sistema Nervoso
Esôfago
mioentérico e por reflexos iniciados na Faringe
e transmitidos por Fibras Vagais aferentes para Fibras da porção crural do Diafragma – são um
o Bulbo retornando ao Esôfago por Fibras Músculo Esquelético que circunda o Esôfago,
Nervosas eferentes vagais e glossofaríngeas.
LETÍCIA TIMBÓ 90
Apostila Sistema Digestório

exercendo ação do tipo chave-de-pinça sobre


o Esôfago. Acalasia
Liberação de
Contração do É uma condição na qual o alimento
Acetilcolina por
terminações Vagais esfíncter intrínseco acumula-se no Esôfago – tornando o
Liberação de NO e órgão bem dilatado
VIP (Peptídeo Relaxamento do
Deve-se ao Tônus aumentado do
vasoativo intestinal) a esfíncter intrínseco
partir de Esfíncter Esofágico inferior durante a
interneurônios deglutição – aumento da liberação de
Acetilcolina.
Quando a onda peristáltica da deglutição desce
pelo Esôfago – ocorre o “relaxamento O Plexo mioentérico é deficiente e a
receptivo” do Esfíncter Esofágico Inferior – à liberação de NO e VIO é defeituosa.
frente da onda peristáltica, permitindo a fácil
Sintomas:
propulsão do alimento deglutido para o
 Azia
Estômago.
 Esofagite
Raramente o esfíncter não se relaxa, de forma
 Ulceração
satisfatória – resultando na Acalasia.
 Estenose (estreitamento) do
esôfago devido à retração.
Doença do Refluxo
Tratamento:
Contrária da Acalasia – pois o esfíncter
 Dilatação pneumática do esfíncter
está sempre aberto, logo, o conteúdo
gástrico volta para o Esôfago.  Injeção de toxina botulínica no
esfíncter inibindo a ação da
Causa azia – esofagite – atrésias Acetilcolina
 Cirurgia. – colocando um balão
Prevenção do Refluxo Esofágico:
para abrir esse esfíncter.
É um mecanismo semelhante á Válvula.

O aumento da pressão intra-abdominal


projeta nesse ponto do Esôfago para o
Estômago.

Assim, esse fechamento do esôfago como


se fosse uma válvula – contribui para
evitar que a elevação da pressão intra-
abdominal force os conteúdos gástricos de
volta ao esôfago.
Aerofagia e Gases Intestinais LETÍCIA TIMBÓ 91
Apostila Sistema Digestório

Quando ocorre Deglutição do ar - parte fixa, a contração aumenta a pressão intra-


dele é regurgitado abdominal.
O resto é absorvido ou passa para o Colo O Esfíncter esofágico inferior e o Esôfago
relaxam – e o conteúdo gástrico é ejetado.
São adicionados a ele hidrogênio + sulfeto
de hidrogênio + CO² + metano, formandos Área postrema – receptora de gatilho
pelas bactérias.

É expelido como flatos – 500 a 1.500ml 1º Nas paredes do 4º


diariamente. Estrutura em forma ventrículo – é um dos
de “V” órgãos
circunventriculares
Vômito
Injeção de
apomorfina e

fármacos eméticos
(Ex: quimioterápicos São áreas receptoras
e pílula do dia fora do BH
seguinte)

Liberadas pelas células


3º Heterocromafins via
Serotonina receptor 5-HIT³
desencadeiam vômito

Clorpromazina e
Haloperidol, que são Agente anfieméticos
É regulado pelo SNC. antagonistas 5-HIT³ e efetivos
D².
Processo contrário do peristaltismo..

Inicia com salivação, sensação de náusea – em 5º Corticosteroides +


seguida um peristaltismo invertido, que esvazia Outros tratamentos Canabinídes +
o material da parte superior do Intestino Benzodiazepínicos.
Delgado para dentro do Estômago.
Provavelmente 6º
A glote se fecha – prevenindo a aspiração do diminuindo a Atuam por mecanismos
vômito para dentro da Traqueia. ansiedade desconhecidos
Os Músculos da parede abdominal se contraem
– e como o Tórax é mantido em uma posição
LETÍCIA TIMBÓ 92
Apostila Sistema Digestório
Síndrome de Dumping
Em casos de redução de Estômago – o
estômago é grampeado e perde sua
função de armazenamento.

A Hipoglicemia – é muito comum após


2h de ingestão de alimentos em grandes
quantidades pelo aumento abrupto de
insulina. – em seguida essa hiperglicemia
causa a Hipoglicemia – gerando fraqueza,
tontura, sudorese.

Outras causas – entrada rápida de


refeições hipertônicas no intestino: - isso
provoca o movimento de tanta água para
dentro do intestino que causam:
Hipovolemia (baixo sangue) e Hipotensão.

Não há tratamento.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 64)
 Aula: Prof Luis Antonio de Oliveira – Uninta,
dia 12/04/2021, das 08 às 10hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 93
Apostila Sistema Digestório

Função de armazenamento

À medida que o alimento entra no Estômago


– formam-se círculos concêntricos de
alimento na porção oral do estômago.

Fica próximo da
Alimento mais recente abertura Esofágica
Fica próximo à
Alimento mais antigo parede externa do
Estômago.
Fisiologicamente o Estômago é dividido em: Quando o alimento distende o Estômago – o
“reflexo vagovagal” – do estômago para o
Região Primeiro 2/3 do Menos
corpo. espessa Tronco encefálico e de volta para o estômago
oral
Região Restante do corpo Mais - reduz o tônus da parede muscular do corpo
caudal + antro. espessa do estômago de modo que a parede se
distende, acomodando mais e mais o alimento
Funções motoras do Estômago: até o limite.
Armazenamento – OBS: Limite de 0,8 a 1,5 litros no Estômago
até que o alimento Região do fundo e
relaxado.
possa ser proximal do corpo. .
processado
Misturar esse
Mistura e Propulsão do alimento.
alimento com Região média e distal do
corpo. Os sucos digestivos do Estômago são
secreções
gástricas secretados pelas – Glândulas gástricas. – que
Região distal do corpo e estão presentes em quase toda a parede do
Trituração antral. estomago (exceto na pequena curvatura)

Essas secreções entram em contato com o


alimento nas proximidades da Mucosa do
Estômago.
LETÍCIA TIMBÓ 94
Apostila Sistema Digestório

Quimo

Depois que o alimento no estômago é bem


Enquanto o alimento estiver no estômago – as misturado com as secreções gástricas, a
ondas constritivas peristálticas fracas ou ondas mistura que passa para o Intestino é chamada
de mistura se iniciam nas porções media e de – Quimo. .
superior da parede gástrica e se deslocam na
O grau de fluidez dele depende: dos alimentos
direção do antro.
+ água + secreções gástricas e do grau de
Essas ondas são desencadeadas pelo – digestão que ocorreu.
Ritmo elétrico básico da parede e ocorrem a
Contrações de Fome
cada 15 a 20 segundos.
Ocorre quando o estômago fica vazio por
À medida que essas ondas progridem do corpo
várias horas.
para o antro, elas ganham intensidade –
gerando potencial de ação peristáltico. São contrações peristálticas rítmicas no corpo
do estômago extremamente fortes que podem
Consequência: = formação de anéis constritivos
durar de 2 a 3 minutos.
que forçam o conteúdo antral, sob pressão
cada vez maior, na direção do Piloro. OBS: São mais intensas em indivíduos jovens,
sadios, com tônus gastrointestinal elevado e em
Esses anéis constritivos – são importantes na
pessoas com níveis sanguíneos de açúcar
mistura dos conteúdos gástricos. Pois, a
abaixo do normal.
abertura do Piloro é pequena e a cada onda
peristáltica – pouco conteúdo é jogado para o Caracterizado por dor epigástrica branda que
Duodeno. atingem um grau máximo de intensidade em
3 a 4 dias.
À medida que cada onda peristáltica se
aproxima do Piloro – o próprio Músculo Pilórico
Esvaziamento Gástrico
se contrai – consequentemente isso impede
ainda mais o esvaziamento pelo Piloro. É promovido por intensas contrações
Grade parte do conteúdo antral (que é peristálticas na região do Antro gástrico.
comprimido pelo anel peristáltico) é lançada de Esse esvaziamento é reduzido por graus
volta à direção do corpo do estômago e não variados de resistências – à medida que o
pelo piloro. quimo passa pelo Piloro.
O movimento do anel constritivo peristáltico + A velocidade com que o Estômago se esvazia
ação de ejeção retrógrada (retropulsão) – é no Duodeno depende do tipo de alimento
mecanismo de mistura. ingerido.
LETÍCIA TIMBÓ 95
Apostila Sistema Digestório

Deixa o estômago em O Músculo Circular Pilórico – é denominado de


Carboidratos poucas horas.
Esfíncter Pilórico, pois ele permanece em leve
Proteínas Saem mais lentamente
Lipídeos Esvaziamento bem lento. contração tônica quase o tempo inteiro.

Outros sinais regulatórios – são os do Esse Esfíncter abre-se o suficiente para passar
Estômago e Duodeno – os sinais do Duodeno água e outros líquidos do Estômago para o
são bem mais potentes, controlando o Duodeno.
esvaziamento do quimo para o duodeno com
E sua constrição evita a passagem de partículas
intensidade não superior à que o quimo pode
de alimentos até terem sido misturadas no
ser diferido e absorvido no Intestino Delgado..
Quimo para consistência quase liquida.
Bomba Pilórica.
O grau de constrição desse esfíncter pode
Na maior parte do tempo as contrações aumentar ou diminuir – sob influencia de Sinais
rítmicas do estômago são fracas e servem para reflexos nervosos e humorais do Estômago ou
misturar o alimento com as secreções gástricas. do Duodeno.

Durante 20% do tempo em que o alimento Fatores Gástricos que promovem o


está no Estômago – as contrações ficam mais Esvaziamento
intensas – começando na porção media do
órgão e avançando no sentido caudal como Efeito do volume alimentar gástrico
constrições peristálticas fortes –
consequentemente, formando anéis de O maior volume de alimentos promove
constrição que causam o esvaziamento maior esvaziamento gástrico.
estomacal.
O que ocorre é que: a dilatação da parede
As contrações intensas provocam pressões gástrica desencadeia Reflexos Mioentéricos
6 vezes maiores que os valores atingidos nas locais que acentuam a atividade da Bomba
ondas peristálticas de mistura. Pilórica e inibem o Piloro.

Quando o tônus pilórico é normal – cada


intensa onda peristáltica força vários milímetros
Efeito do Hormônio Gastrina
de quimo para o duodeno.
Tem efeitos potentes sobre a secreção de
Dessa maneira, as ondas peristálticas causam a
suco gástrico muito ácido pelas Glândulas
mistura no Estômago e promovem a ação de
Gástricas
bombeamento – conhecida “Bomba Pilórica”
Tem efeito estimulante sobre as funções
Papel do Piloro no controle do esvaziamento
motoras do corpo do Estômago.
O Piloro é a abertura distal do Estômago.
Ela intensifica a atividade da Bomba Pilórica.
LETÍCIA TIMBÓ 96
Apostila Sistema Digestório

Fatores Duodenais que inibem o Esvaziamento  Grau de acidez do quimo duodenal


Gástrico  Grau de osmolalidade do quimo
 Presença de produtos de degradação
Efeito inibitório dos Reflexos nervosos
química no quimo.
enterogástricos de Origem Duodenal.
 Produtos da digestão de Proteínas.
Reflexos nervosos Enterogástricos – retardem  Líquidos hipotônicos e hipertônicos.
ou interrompem o esvaziamento gástrico, se o
Os reflexos inibidores enterogástricos são
volume de quimo, no duodeno, for excessivo.
especialmente sensíveis à presença de
Os reflexos são mediados por 3 vias: irritantes e de ácidos no quimo duodenal..
Diretamente do Sistema Nervoso
Entérico da parede OBS: Esses reflexos são intensamente ativos
Duodeno para o
Estômago intestinal. em tempos inferiores a 30 segundos.
Vão aos gânglios
Feedback hormonal do Duodeno
simpáticos pré-
vertebrais e, então, Hormônios liberados pelo trato Intestinal
Nervos Extrínsecos retornam pelas fibras
superior – inibem o Esvaziamento
nervosas simpáticas
inibidoras que inervam
O estímulo para a liberação desses hormônios
o estômago.
inibidores é à entrada de gorduras no duodeno.
Vão ao tronco
encefálico, onde Quando essa gordura entra no Duodeno – ela
inibem os sinais
provoca a liberação de diversos hormônios pelo
Nervos Vagos excitatórios normais,
transmitidos ao Epitélio Duodenal e Jejunal – através de ligação
Estômago pelos a “receptores” nas Células Epiteliais.
ramos eferentes dos
vagos. Os hormônios inibem a Bomba pilórica, ao
mesmo tempo em que aumentam a força da
Esses reflexos paralelos tem 2 efeitos sobre o contração do Esfíncter pilórico.
esvaziamento do Estômago:
Hormônio mais
 Inibem fortemente as contrações potente no feedback
propulsivas da “bomba pilórica” inibitório do Estômago.
 Aumentam o tônus do Esfíncter pilórico. Colecistocinina (CCK) Age bloqueando o
aumento da motilidade
O fatores do Duodeno que desencadeiam gástrica causado pela
inibidores enterogástricos: Gastrina.
Liberada pela Mucosa
 Grau de distensão do Duodeno Duodenal em reposta
Secretina ao Ácido Gástrico que
 Irritação da mucosa duodenal em graus
sai do Estomago.
variáveis
LETÍCIA TIMBÓ 97
Apostila Sistema Digestório

Peptídeo inibidor Embora ele iniba a Mecanismo de Secreção do Ácido Clorídrico


gástrico (GIP)ou motilidade gástrica,
Peptídeo seu principal efeito é As Células Parietais quando são estimuladas –
insulinotrópico de – estimular a secretam solução ácida contendo Ácido
dependente de glicose secreção de insulina Clorídrico.
pelo Pâncreas.
A principal força motriz para a secreção desses
Secreção Gástrica ácidos é a – Bomba de Hidrogênio Potássio.

O Estômago é revestido por Glândulas Esse ácido é formado nas projeções em forma
secretoras e além delas tem 2 tipos de de vilos que estão nos canalículos e é enviada a
Glândulas: extremidade secretora da célula.
Secretoras de:
O mecanismo de produção ocorre nos
 Ácido Clorídrico
 Pepsinogênio seguintes passos:
 Fator intrínseco
 A maior parte de K+ e Na+, nos canalículos
Glândulas Oxínticas ou  Muco
é reabsorvia para o Citoplasma Celular – e
Gástricas Localizam-se: nas
os íons Hidrogênio tomam seus lugares nos
superfícies internas do
corpo e fundo do canalículos.
Estômago.  O Ácido Hidroclorídrico é secretado para
Constituindo 80% do fora da extremidade aberta do canalículo no
Estômago proximal Lúmen da glândula.
Secretam Muco e
Hormônio Gastrina. A secreção final do canalículo é = água +
Localizam-se: na cloreto de potássio + cloreto se sódio.
Glândulas Pilóricas porção antral do
Estômago. Para produzir a concentração de íons
Constituindo 20% hidrogênio tão alta quanto a encontrada no
distais do Estômago. suco gástrico – é necessário o mínimo de
Glândulas Oxínticas ou Gástricas vazamento de volta para a mucosa do ácido
secretado.
É composta por 3 tipos de células:
Barreira Gástrica – tem a capacidade de
Células Mucosas do
Cólon Secretam muco. prevenir o vazamento de ácido de volta para o
Células Pépticas ou Secretam Estômago.
Principais Pepsinogênio
Caso essa barreira seja danificada – o ácido
Secreta Ácido
Células Parietais ou Clorídrico e Fator secretado vaza para a mucosa, lesando essa
Oxínticas Intrínseco. mucosa gástrica.
LETÍCIA TIMBÓ 98
Apostila Sistema Digestório

Fatores que estimula a Secreção Gástrica


Secreção do Fator Intrínseco
Liberada pela
estimulação O fator intrínseco (essencial para absorção
Parassimpática de Vitamina B12, no íleo) é secretado pelas
Excita a secreção de: – Celulas Parietais, juntamente com o Ácido
Acetilcolina  Pepsinogênio Clorídrico.
(Células Pépticas)
 Ácido clorídrico Quando essas Células Parietais são
(Células Parietais) destruídas (Gastrite Crônica) – a pessoa
 Muco (Células da desenvolve Acloridria (ausência de
Mucosa) secreção de Ácido clorídrico) e Anemia
Gastrina .Estimulam a secreção
Perniciosa – pois a maturação das
Histamina de ácido pelas Células
Parietais. hemácias não ocorre na ausência de
estimulação da medula óssea pela vitamina
B12
Secreção e ativação de Pepsinogênio

As Células Mucosas e Pépticas produzem Glândulas Pilóricas


vários tipos de Pepsinogênio..
São semelhantes às Glândulas Oxínticas, porém,
OBS: São diferentes, mas realizam as contêm poucas Células Pépticas e quase
mesmas funções. nenhuma Célula Parietal.

Quando ele é secretado, não possui Elas contem células mucosas idênticas às células
atividade digestiva. Então, assim que o mucosas do colo das Glândulas Oxínticas.
Pepsinogênio entra em contato com o
Essas células secretam pequena quantidade de
Ácido Clorídrico – ele é clivado e forma –
Pepsinogênio e uma grande quantidade de
Pepsina Ativa.
muco..
A Pepsina atua como enzima proteolítica –
Liberam o Hormônio Gastrina – que tem papel
ativa em meio muito ácido, mas no pH
crucial no controle da Secreção Gástrica.
acima de 5, não tem quase nenhuma
propriedade proteolítica e é Células Mucosas Superfícies
completamente inativa em pouco tempo.
Essas células estão em toda a superfície da
OBS: O Ácido Clorídrico é tão necessário mucosa gástrica, entre as glândulas.
quanto a Pepsina para a digestão de
proteínas no Estômago. Elas secretam grande quantidade de muco
(viscoso) que recobre a mucosa gástrica com
camada gelatinosa de muco.
LETÍCIA TIMBÓ 99
Apostila Sistema Digestório

Esse muco é alcalino – assim, a parede gástrica


não é exposta à secreção proteolítica muito
ácida do Estômago. causando liberação de Gastrina no sangue para
ser transportada para as Células ECL do
Estimulação da Secreção de Ácido Estômago.

pelo Estômago A mistura dos sucos gástricos transporta a


gastrina, rapidamente, para as células ECL no
As Células Parietais das Glândulas Oxínticas são corpo do Estômago – causando a liberação de
as únicas que secretam Ácido Clorídrico. Histamina que age diretamente nas glândulas
oxínticas profundas.
Essas células são controladas pelas – Células
semelhantes às enterocromafins (Células ECL) OBS: A ação da histamina é rápida, estimulando
– cuja função primária é de secretar Histamina. a secreção de Ácido Clorídrico Gástrico.
A intensidade de secreção do Ácido Clorídrico
Regulação da secreção de
pelas Células Parietais – esta diretamente
relacionada à quantidade de Histamina secretada Pepsinogênio
pelas Células ECL.
Ocorre em 2 principais tipos de sinais:
As células ECL secretam histamina quando são
estimuladas pelo – Hormônio Gastrina.  Estimulação das Células Pépticas por
Acetilcolina
Estimulação da Secreção de Ácido  Estimulação da secreção das Células
Pépticas, pelo ácido do Estômago.
pela Gastrina
Esse ácido não estimula as células pépticas
A gastrina é secretada pelas – diretamente – mas provoca outros reflexos
Células da Gastrina ou Células G. nervosos entéricos que amplificam os sinais
Essas células localizam-se nas Glândulas Pilóricas nervosos para as células pépticas.
no Estômago. OBS: Pepsinogênio é influenciado pela
A gastrina é secretada de 2 formas: quantidade de ácido no Estômago.
 G-34 (grande) – contém 34 Fases da Secreção Gástrica
aminoácidos
 G-17 (pequena) – contem 17 aminoácidos. A secreção gástrica possui 3 fases:
 Fase Cefálica
OBS: A menor é mais abundante.  Fase Gástrica
Quando carne e alimentos proteicos atingem a  Fase Intestinal
região antral do Estômago, algumas proteínas
tem efeito estimulador das Células da Gastrina –
LETÍCIA TIMBÓ 100
Fase Cefálica Apostila Sistema Digestório

Ocorre antes de o alimento entrar no


Estômago (quando está sendo ingerido). Fase Intestinal

Resulta da visão, do odor, da lembrança ou A presença do alimento na porção superior


sabor do alimento. do Intestino Delgado (Duodeno) – continuará
causando secreções gástricas, devido a
Essa fase é causada por – Sinais pequenas quantidades de Gastrina liberadas
neurogênicos que se originam no córtex pela mucosa duodenal.
cerebral e nos centros do apetite na
amígdala e no hipotálamo. Representa 10% da resposta de ácido à
refeição.
São transmitidos pelos núcleos motores
dorsais dos Vagos e pelos nervos Vagos
até o Estômago. Inibição da Secreção Gástrica

Essa fase contribui com 30% da secreção A presença de alimento no Intestino delgado
gástrica – associada à ingestão da refeição inicia o – Reflexo enterogástrico reverso –
transmitido pelo Sistema Nervoso Mioentéricos
e pelos Nervos Extrínsecos Vagos e Simpáticos
– inibindo a secreção gástrica.
Fase Gástrica
Esse reflexo é iniciado pela:
O alimento que entra no Estômago excita:
 Distensão da parede do Intestino delgado
 Reflexos longos vasovagais do  Presença de ácido no Intestino superior
Estômago para o Cérebro e de  Presença de produtos da hidrólise de
volta ao Estômago. proteínas
 Reflexos entéricos locais  Pela irritação da mucosa.
 Mecanismo da gastrina.
A presença de ácidos, gorduras, produtos da
Todos eles levam à secreção de suco degradação das proteínas, líquidos
gástrico durante várias horas, enquanto o hiperosmóticos ou hiposmóticos ou qualquer
alimento permanece no estomago. fatos irritante no Intestino Delgado superior
causa à liberação dos vários hormônios
Essa fase contribui com 60% da secreção
intestinais.
gástrica total associada à ingestão das
refeição. Um desses hormônios é a Secretina –
importante para o controla da secreção
OBS: Responsável pela maior parte da
pancreática.
secreção gástrica diária.
OBS: A Secretina inibe a secreção gástrica.
LETÍCIA TIMBÓ 101
Apostila Sistema Digestório

3 outros hormônios – Peptídeo inibidor gástrico


+ Polipeptídeo intestinal vasoativo +
Somatostatina – tem efeitos de leves a
moderados na inibição da secreção gástrica.

Secreção Gástrica durante o Período


Interdigestivo

O estômago secreta poucos mililitros de suco


gástrico por hora – durante o “período
interdigestivo”, quando pouca ou nenhuma
digestão esta ocorrendo no tubo digestivo.

A secreção que ocorre é quase total do tipo


não oxíntico, composta por muco, pouca
pepsina e quase nenhum ácido.

Estímulos emocionais com frequência


aumentam a secreção gástrica interdigestiva.
Acredita-se que esse aumento, seja um dos
fatores responsáveis pelo desenvolvimento de
úlceras pépticas.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 64)
 Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
12/04/2021, das 14 às 18hrs
LETÍCIA TIMBÓ 102
Apostila Sistema Digestório

Bilirrubina – é um produto final da degradação


do grupo Heme das hemoglobinas e OBS: A Protoporfirina (grupamento da
mioglobinas e é excretada na Bile. Hemoglobina) – não consegue ser degradada
para reaproveitamento, logo ela é excretada..
Provêm do
85% da Bilirrubina Metabolismo da Por conta dessa não degradação – temos o
Hemoglobina. Metabolismo da Bilirrubina – que tem o objetivo
Provêm da Mioglobina de transformar a Protoporfirina em uma
15% da Bilirrubina no fígado e eritrócitos
substância solúvel, a qual será excretada
imaturos.
prioritariamente no TGI, fezes e urina.
OBS: A bilirrubina é um instrumento valioso
Captação Hepática Bb
para diagnosticar as doenças hemolíticas e
Fase Hepática Conjugação Hepática
hepáticas
Bb
Excreção Hepática Bb
Degradação da Hemoglobina
Desconjugação Bb
Quando as hemácias completam seu tempo de Fase Intestinal Eliminação Intestinal
vida (em média, 120 dias), elas ficam frágeis – Bb
suas membranas se rompe e a Hemoglobina é Eliminação Renal Bb
liberada e fagocitada pelos Macrófagos teciduais Como ocorre esse processo:
(Sistema Reticuloendotelial – no Fígado e Baço)
Sintetização da Bilirrubina
Essa Hemoglobina é primeiro cindida em –
Globina e Heme. Transporte até o Fígado
É desmanchada e Início da fase Hepática do
Globina seus aminoácidos são metabolismo - ocorre a captação
reaproveitados. pelo Hepatócito e conjugação da
O ferro será bilirrubina transformado-a em um
reaproveitado. produto mais solúvel.
Liberação de uma
Heme cadeia reta de 4
núcleos pirrólicos – do
qual a Bilirrubina será Excreção na bile
formada.
LETÍCIA TIMBÓ 103
Apostila Sistema Digestório

Quando a Bilirrubina cai no Intestino – inicia a


Fase Intestinal – que são as transformações das 80% são Formando Enzima
conjugadas pelo Diglicuronato utilizada é
bactérias intestinais na Bilirrubina.
de Bilirrubina Uridina
Ácido
(Substância difosfato-
Formação da Bilirrubina Glicurônico
Hidrossolúvel) glicuronil
transferase
1ª – Síntese de Bilirrubina
Formando
10% se unirão ao Sulfato de -
A Enzima Hemeoxigenase – utiliza o Oxigênio
Sulfato Bilirrubina
para abrir o grupamento Heme, retirando o
10% associam-se A outras
ferro e doando ele para Transferina. -
substâncias
A Transferina – irá transportar/reaproveitar ou
Sob essas formas, a Bilirrubina será excretada
armazenar o ferro no Fígado.
dos Hepatócitos para os canalículos biliares,
A Protoporfirina que sobrou – vai ser quebrada deles para a Vesícula, formando a Bile e sendo
pela Hemeoxinegase, dando inicio a secretado quando tiver em períodos digestivos.
transformação da Protoporfirina em um
Fase Intestinal
composto mais solúvel, porém, ainda é insolúvel
em compostos tóxicos, que é a Biliverdina. A Bilirrubina após ser conjugada cai no Intestino
(composto verde) – local cheio de bactérias da flora intestinal que
A Biliverdina é transformada em Bilirrubina livre modificam a Bilirrubina.
ou Não conjugada (composto amarelado A principal modificação causada pelas Bactérias
exclusivo dos mamíferos). – que é no íleo terminal é a – desconjugação da
gradualmente liberada dos Macrófagos para o Bilirrubina. (transformando em não conjugada
Plasma. novamente) – pela enzima Beta-glicoronidade
A Bilirrubina liga-se fortemente à Albumina bacteriano.
plasmática sendo transportada por todo o Formação e Destino do Urobilinogênio
sangue e fluidos intersticiais e absorvida pelas
membranas celulares dos hepatócitos. Após essa desconjugação, a Bilirrubina é
convertida por ação bacteriana – na substância
Fase Hepática Urobilinogênio (que é solúvel).
No interior da membrana do Hepatócito – a Esse Urobilinogênio ainda vai ser transformado
Bilirrubina é liberada da Albumina plasmática e é por 2 meios
ligada e carreada até o Sistema de Conjugação
Microssomal, mediamente a Ligandina. É o que da coloração
Oxidação de Bactérias marrom das fezes.
A qual se liga a Bilirrubina e carrega até o produzindo
Sistema para ser conjugada. Estercobilina Maior parte segue
esse caminho
LETÍCIA TIMBÓ 104
Apostila Sistema Digestório

Cai no sangue e volta


para o Fígado pela
Cerca de 18% do Circulação OBS: Bilirrubina não conjugada – pode
Urobilinogênio é Enterohepática depositar-se em tecidos e alterar o
reabsorvido E uma pequena parte metabolismo desses tecidos.
dele vai para os rins –
que são oxidados até Concentração de Bilirrubina no Plasma
Urobilina (dando a cor (não conjugada) – 0,5 mg/dL de plasma.
amarela da urina).
Em algumas condições ela pode se elevar a
Icterícia níveis tão altos quanto 40 mg/dL e grande
parte dela pode ser do tipo conjugado.
NÃO é patologia – é um sintoma de alguma
OBS: A pele começa a parecer ictérica quando
patologia relacionada ao Metabolismo de
a concentração se eleva 3x o normal –
Bilirrubina.
1,5 mg/dL.

Tipos de Bilirrubina
Insolúvel – Tóxica
Não conjugada Carregada pela
Albumina
Conjugada -

Ambas podem está no sangue, por isso


deve-se determinar a concentração de
Bilirrubina e saber qual tipo que está
presente, causando a Icterícia.
A Icterícia é uma Hiperbilirrubinemia – o OBS: Diferença importante entre a
excesso de Bilirrubina no Liquido Extracelular, bilirrubina não conjugada e a conjugada –
podendo se depositar na pele – leito ungueal – é que os rins podem excretar pequenas
esclera dos olhos. quantidades da muito solúvel bilirrubina
conjugada, mas não da bilirrubina não
População Normal Bb até 1,0 mg%
conjugada liga à albumina.
Hiperbilirrubinemia Bb acima de 1,0mg%
Icterícia Bb acima de 3,0mg%

Icterícia difere de Hipercarotenemia


(dieta rica em cenoura e tomate)
LETÍCIA TIMBÓ 105
Apostila Sistema Digestório

Causas da icterícia Se pega outra alíquota


de plasma do paciente
 Destruição aumentada de hemácias – com Solubiliza em Metanol
Segundo
rápida liberação da Bilirrubina no sangue Solubilizando tanto a
(Método Indireto)
 Obstrução dos ductos biliares ou lesão das Bilirrubina não
células hepáticas – fazendo com que a conjugada, como a
Bilirrubina não possa ser excretada pelo conjugada. =
Bilirrubina Total.
Trato Gastrointestinal.
Conclusão = como já temos a concentração
Diagnóstico
de Bilirrubina Total e a de Bilirrubina conjugada
O Diagnóstico é feito pela = – para conseguir a Bilirrubina não conjugada,
reação de van den Bergh. basta subtrair a total da conjugada.

Nessa reação cora-se a Bilirrubina com Ácido OBS A depender da fração alterada, tem um
Sulfanílico – gerando um composto vermelho – padrão de Patologia diferente.
o Azodipirol. (consegue-se saber a
concentração). Tipos de Icterícia

Tem um problema – pois a Bilirrubina não Bilirrubina não Bilirrubina não


conjugada tem um truque para saber quais conjugada (indireta) conjugada (indireta)
Pré-hepática Hepática
frações.
Defeito no
Se pega uma alíquota Aumento da produção transporte +
de plasma do paciente de Bb captação +
Faz a reação de van conjugação de Bb
den Bergh em Contraste radiológico
Hemolíticas + Sín Gilbert + Ict
ambiente aquoso
Somente a Fração recém-nascido
conjugada é que vai Bilirrubina conjugada Bilirrubina conjugada
Primeiro reagir com o Ácido (direta) (direta)
Sulfanílico Hepática Pós-hepática
Caso tenha bilirrubina  Lesão hepatocelular
não conjugada ela não  Defeito da excreção
se dilui nesse Bb Colestase Extra-
ambiente, portanto, só Colestase Intra- Hepática
conseguimos hepática (Lesão
determinar a fração Hetocanalicular)
de Bilirrubina Cirrose/Hepatite +
conjugada. Sín Dubin-Johnson + Litíase + Carcinoma
Gravidez/Álcool
LETÍCIA TIMBÓ 106
Apostila Sistema Digestório

Icterícia Pré-Hepática Essa Bilirrubina é altamente tóxica e precipita


em Sistema Nervoso.
Ocorre aumento da produção de
Bilirrubina não conjugada. Esses recém-nascidos são tratados com
Luz Azul – converte a Bilirrubina em isômeros
O Fígado não da conta de tanta Bilirrubina que
mais polares e solúveis em água.
chega para ser conjugada.
OBS: A frequência da luz azul faz com que a
OBS: Está relacionada com a Icterícia
Bilirrubina seja excretada.
Hemolítica.
Icterícia Hepática – Fração Direta
No 1º momento – o Fígado consegue receber
essa demanda de Bilirrubina, porém, tem uma Um exemplo são as – Lesões Hepatocelulares
velocidade máxima de conjugação. (ocasionada pela Cirrose, hepatite)

Quando chega muita bilirrubina não conjugada Na gravidez e uso de álcool pode-se ter a –
até ele, essa Bilirrubina acaba extravasando para Lesão Hepatocanalicular – onde o Hepatócito
o sangue, não conseguindo ser metabolizada, não consegue transformar a Bilirrubina
pois a oferta é muito grande. corretamente. Além disso, tem a não
excreção da Bilirrubina.
Consequência: aumento da quantidade de
Bilirrubina no sangue – gerando Icterícia Exemplo – Hepatite

OBS É um padrão Pré-Hepática, pois o Causa 2 problemas:


problema não é no Fígado e sim na oferta de
Bilirrubina. Lesão no Hepatócito –afeta a Excreção
canalicular.
Icterícia Hepática- fração indireta
A fração + aumentada é a Conjugada – mas
Nessa Icterícia – a Fração indireta aumenta.
também, tem o aumento da Bilirrubina não
No caso da indireta (não conjugada) – o conjugada, pois como o Hepatócito está
problema está nos Hepatócitos, na parte de doente, ele não consegue fazer a conjugação
transporte, captação ou conjugação total da Bilirrubina que chega – então aumenta
(Ex: Icterícia do recém-nascidos – problema na o extravasamento de Bilirrubina não conjugada.
conjugação)
E já a Bilirrubina que é conjugada, não
O recém-nascido não tem a enzima Bilirrubina- consegue ser excretada (apenas uma parte
glicuronil-transferase, que faz a conjugação em consegue) – então essa Bilirrubina conjugada
grande quantidade. – não fazendo a conjugação acaba extravasando.
corretamente e tendo uma queda na produção
O maior prejuízo é na excreção de Bilirrubina
de Bilirrubina conjugada.
conjugada, que é a fração que mais aumenta.
LETÍCIA TIMBÓ 107
Apostila Sistema Digestório

Oque acontece é que a Bilirrubina passa para o não ocorrendo a formação de Urobilinogênio e
Intestino, sendo transformada em Urobilinogênio, nem Estercobilina – gerando a Acolia Fecal.
porém, 80% do Urobilinogênio seria
transformado em Estercobilina e 20% ia para a
circulação enteropática – mas, essa circulação
está diminuída pois temos uma lesão no Fígado..

Então, esse Urobilinogênio extravasa – indo


para o sangue e sendo eliminado pela urina.

Logo, na Icterícia Hepatocelular ocorre a


diminuição da secreção total de Bilirrubina,
fazendo com que as fezes produzam menos
Estercobilina (fezes claras) e como a circulação
está prejudicada, o Urobilinogênio que sai do
Intestino e chega no Fígado – não consegue
ser absorvido e acaba sendo eliminado pela
urina (urina escura).

OBS: Quem tem Hepatite normalmente tem


Acolia Fecal – fezes com cor clara e urina com
cor de coca cola/escura.

Icterícia Pós-Hepática

É provocada pelo extravasamento de Bilirrubina


Conjugada – pois ela não consegue ser
excretada na Bile.

OBS: Está associada à Litíase


(pedras na Vesícula).

A parte de excreção vai está prejudicada


(defeito no canalículo).

Oque acontece é que quando se tem um


Referências:
impedimento de excreção da Bilirrubina na Bile
– essa Bilirrubina não consegue ser excretada  Livro Tratado de Fisiologia Médica –
(apenas dos Hepatócitos estarem saudáveis). Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 71)
 Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
Logo, ela extravasa para o sangue,
16/04/2021, das 08 às 10hrs.
consequentemente, não entra para o TGE –
LETÍCIA TIMBÓ 108
Apostila Sistema Digestório

Uma das funções do Fígado é a – secreção da É secretada para os


Bile que varia normalmente entre 600 e Canalículos Biliares –
1000mL/dia. que originam-se entre
as Células Hepática.
Funções da Bile
Em seguida, a Bile flui através dos Canalículos,
Os Ácidos Biliares em direção aos Septos Interlobulares – para
contidos na Bile – desembocar nos Ductos Biliares Terminais.
ajudam a emulsificar
as grandes partículas Desse, fluindo para o Ducto Hepático e Ducto
de gordura – cujas Biliar Comum. Por esses 2 ductos, a Bile flui
Papel importante na superfícies serão diretamente para o Duodeno ou é armazenada
digestão e absorção atacadas por Lipases
por minutos ou horas na Vesícula Biliar – onde
de gorduras secretadas no Suco
Pancreático chega pelo Ducto Cístico.
Ajudam a absorção
Nesse percuto pelos Ductos Biliares – a 2ª
dos produtos finais da
digestão das gorduras porção da secreção hepática é acrescentada à
– através da Bile inicial. Essa secreção adicional é – solução
Membrana mucosa aquosa de íons sódio + bicarbonato, secretados
intestinal. pelas Células Epiteliais que revestem os
Bilirrubina (produto Canalículos e Ductos.
Serve como meio de final da destruição da
excreção de diversos Hemoglobina) e
produtos do sangue Colesterol em
excesso.

Anatomia Fisiológica da Secreção Biliar

A secreção da Bile pelo Fígado ocorre em 2


etapas:
Secretada pelos
Hepatócitos
Solução Inicial Contém = Ácidos
Biliares + Colesterol +
Constituintes orgânicos
LETÍCIA TIMBÓ 109
Apostila Sistema Digestório

A 2ª secreção aumenta a quantidade total de


bile por 100% ou mais – e ela é estimulada pela
– Secretina, que leva á secreção de íons
bicarbonato para suplementar a secreção
pancreática (neutralizando o ácido do Estômago
que chega ao Duodeno).

Armazenamento da Bile na Vesícula Biliar

A bile é secretada continuamente pelas Células


Hepáticas – porém, sua maior parte é
armazenada na Vesícula Biliar, até ser secretada
para o Duodeno. Mas, também são secretados ou excretados a
Bilirrubina, o Colesterol, a Lecitina e os
O volume máximo de armazenamento da
Eletrólitos usuais do plasma.
Vesícula é de – 30 a 60mL.
Esvaziamento da Vesícula Biliar
Até 12 horas de secreção de bile (cerca de
450mL) podem ser armazenados na Vesícula – Quando o alimento começa a ser digerido no
pois a água + sódio + cloreto + eletrólitos Trato Gastrointestinal superior – a Vesícula
menores, são continuamente absorvidos pela Biliar inicia o seu esvaziamento.
mucosa da vesícula – concentrando apenas os
outros constituintes da bile (sais biliares OBS: Especialmente quando alimentos
+colesterol + lecitina + bilirrubina.) gordurosos chegam ao Duodeno – cerca de 30
minutos após a ingestão.
Grande parte da absorção de Bile é causada
pelo – transporte ativo de sódio através do Esse esvaziamento se dá por – contrações
Epitélio da Vesícula Biliar., seguido pela absorção rítmicas da parede da Vesícula + o relaxamento
secundária de íon cloreto, água e outros simultâneo do Esfíncter de Oddi. (controla a
constituintes. entrada do Ducto Biliar Comum do Duodeno)

A bile é concentrada por cerca de 5X, mas Estimulo mais potente


pode atingir o máximo de 20X. para a contrações da
Vesícula
Composição da Bile É liberado no sangue,
Hormônio CCK pela mucosa duodenal
As substancias + abundantes são os Sais Biliares – quando alimentos
– responsáveis por cerca de metade dos gordurosos estão
solutos na Bile. presentes no
Duodeno.
LETÍCIA TIMBÓ 110
Apostila Sistema Digestório

Fibras nervosas Nervo Vago e Função de Absorção


secretoras de Sistema Nervoso
Acetilcolina Entérico Os Sais Biliares atuam na absorção de –
Ácidos Graxos + Monoglicerídeos +
Colesterol + outros Lipídeos, pelo Trato
OBS: Quando o alimento não contém gordura,
Intestinal.
o esvaziamento da Vesícula ocorre lentamente.,
mas, quando tem gordura, ela se esvazia em Fazem isso formando complexos físicos
cerca de 1 hora. bem pequenos com esses lipídeos – as
Micelas.
Funções dos Sais Biliares
São semissóluveis no Quimo – devido às
As Células Hepáticas sintetizam 6 gramas de
cargas elétricas dos Sais Biliares.
Sais Biliares diariamente.
OBS: Sem a presença dos Sais Biliares –
O precursor desses Sais Biliares é o –
até 40% das gorduras ingeridas são
Colesterol.
perdidas nas fezes, e a pessoa desenvolve
O colesterol é primeiramente convertido em – déficit metabólico – em decorrência da
Ácido Cólico ou Ácido Quenodesoxicólico. perda desse nutriente.

Esses ácidos combinam-se com Glicina e


Taurina – formando os – Circulação Êntero-hepática dos Sais Biliares
Ácidos Biliares glico e tauroconjugados.
Cerca de 94% dos Sais Biliares são
Os sais desses ácidos (especialmente sais de reabsorvidos para o sangue pelo Intestino
sódio) são secretados para a Bile. Delgado.
Os Sais Biliares desempenham 2 ações no Metade dessa absorção ocorre por Difusão
Trato Intestinal: através da mucosa (porções iniciais do Intestino
 Função de Emulsificante e ou Delgado) e o restante por Transporte ativo
detergente através da mucosa intestinal (no íleo distal).
 Função de Absorção Esses sais entram no sangue porta e retornam
ao Fígado – lá, em uma passagem pelos
Função Emulsificante ou detergente sinusóides, esses sais são quase completamente
absorvidos pelas Células Hepáticas e secretados,
Tem ação detergente – sobre as partículas
de novo, na Bile.
de gordura dos alimentos.
Esses sais passam cerca de 17 vezes pelo
Essa ação diminui a tensão superficial das circuito, antes de serem eliminados nas fezes
gostas de gordura, permitindo que a agitação
no Trato intestinal quebre em partículas
pequenas.
LETÍCIA TIMBÓ 111
Apostila Sistema Digestório

Essa recirculação é chamada de – Circulação pancreática, mas, por seus efeitos sobre a
Êntero-hepática dos sais biliares. secreção pelos dúctulos e ductos hepáticos.

Quanto maior a quantidade de sais biliares nessa Secreção de Colesterol


circulação Êntero-hepática – maior é a
Os Sais Biliares são formados nas Células
intensidade de secreção da bile.
Hepáticas, a partir do Colesterol no plasma
OBS: A ingestão de sais biliares suplementares sanguíneo.
pode aumentar a secreção de Bile por várias
No processo de secreção desses sais, cerca de
centenas de mililitros por dia.
1 a 2 gramas de Colesterol são removidos do
A intensidade diária de secreção de Sais Biliares plasma e secretados na Bile todos os dias.
é controlada pela disponibilidade desses na
Esse colesterol é insolúvel em água, mas os
circulação Êntero-hepática.
Sais biliares e a Lecitina na Bile se combinam
Caso a Fístula Biliar esvazie os Sais Biliares para com o Colesterol e formam – Micelas.
o exterior, durante dias ou semanas – isso
OBS: Quando a Bile está concentrada na
impossibilita sua reabsorção no íleo. O fígado,
Vesícula Biliar, os sais biliares e a lecitina
por sua vez, aumenta a produção Sais Biliares
concentram-se, proporcionalmente ao
por 6 a 10X – o que aumenta a secreção de
colesterol – o que mantém o colesterol em
Bile.
solução.
Secretina no controle da Secreção de Bile
Cálculos Biliares
O Hormônio Secretina – estimula a secreção
Esse Colesterol pode precipitar na Vesícula
pancreática, aumentando a secreção de bile
Biliar, resultando na formação de –
por horas após uma refeição.
Cálculos Biliares de colesterol.
Esse aumento é causado pela secreção de
A quantidade de colesterol na Bile é
solução aquosa rica em bicarbonato de sódio –
determinado pela quantidade de gorduras
pelas Células Epiteliais dos ductúlos e ductos
ingeridas – pois as Células Hepáticas sintetizam
biliares
colesterol, como um dos produtos do
OBS: SEM aumento da secreção pelas próprias metabolismo das gorduras no corpo.
células do parênquima Hepático.
É por essa razão que pessoas que tem uma
O Bicarbonato passa ao Intestino Delgado e se dieta rica em gorduras, durante vários períodos
soma ao Bicarbonato do Pâncreas – para do ano, tendem a desenvolver esses cálculos
neutralizar o Ácido Clorídrico do Estômago. biliares.

Assim, o mecanismo de feedback da secretina, A inflação do epitélio da Vesícula Biliar – em


para neutralizar os Ácido duodenal, opera, não consequência da infecção crônica de baixo
só através de seus efeitos sobre a secreção
LETÍCIA TIMBÓ 112
Apostila Sistema Digestório

grau, pode alterar características absortivas da


mucosa de Vesícula Biliar.

As vezes, permitindo excessiva absorção de


água e de sais biliares, mas NÃO de colesterol
– como consequência, o colesterol aumenta.

O colesterol primeiro forma pequenos cristais


na superfície da mucosa, e posteriormente
forma grandes cálculos biliares.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 64)
 Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
16/04/2021, das 10 às 12hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 113
Apostila Sistema Digestório

Veia Central

Veias Hepáticas
O Fígado desempenha muitas funções

 Filtração e armazenamento de sangue


 Metabolismo dos Carboidratos – Veia Cava
Proteínas – Gordura – Hormônio e
produtos químicos.
 Formação de Bile
 Armazenamento de Vitaminas e Ferro
 Formação de fatores de coagulação.

Anato-Fisiologia do Fígado

O lóbulo é composto por: diversas Placas


Hepáticas que se irradiam a partir da Veia
Central como raios de uma roda.

Entre cada Placa situam-se os – Canalículos


biliares que drenam para os Ductos Biliares.
É o maior órgão do corpo e contribui com 2%
do peso corporal total (em torno de 1,5Kg). Os Septos que separam os Lóbulos Hepáticos
possuem pequenas – Vênulas Portais que
Sua unidade funcional básica é o –
recebem o sangue por meio da Veia Porta.
Lóbulo Hepático.
É a partir dessas vênulas que o sangue flui para
Esse lóbulo é construído em torno de uma Veia
os Sinusóides Hepáticos, e deles para a Veia
Central que drena para as Veias Hepáticas e,
Central.
daí, para a Veia Cava.
LETÍCIA TIMBÓ 114
Apostila Sistema Digestório

Entre as células endoteliais e hepáticas existem


Veia Porta
os – Espaços de Disse ou Perissinusoidais.

Esses espaços se conectam aos Vasos linfáticos


Vênulas Portais nos Septos interlobulares – e o excesso de
líquido, nesses espaços é removido pelos
linfócitos.
Sinusóides Hepáticos
OBS Substancias do Plasma e proteínas
plasmáticas se difundem livremente para esses
Veia Central espaços.

OBS: As células hepáticas estão, Sistema Vascular do Fígado


continuamente, expostas ao fluxo venoso porta.

As Arteríolas Hepáticas estão igualmente


presentes no Septo Interlobular.

São essas arteríolas que fornecem sangue


arterial para os tecidos septais, entre os lóbulos
adjacentes.

Os Sinusóides Hepáticos Venosos são dotados


de numerosos e grandes poros e revestidos
por 3 tipos de células:

 Hepatócitos
 Células endoteliais típicas
 Células de Kupffer ou Reticuloendoteliais.
– que são Macrófagos que fagocitam
bactérias e corpos estranhos. O Fígado apresenta elevado Fluxo Sanguíneo e
Baixa Resistência Vascular.

Fluem da Veia Porta


1.050 mL de sangue para os Sinusóides
Hepáticos a cada
minuto
Fluem para os
300 mL adicionais Sinusóides da Artéria
Hepática
LETÍCIA TIMBÓ 115
Apostila Sistema Digestório

A média total é de = 1.350 mL/min. (equivalente hepática (Esteato-hepatite não alcoólica


a 27% do Débito Cardíaco de repouso). ou NASH).
 Ingestão de venenos
Pressão na Veia
9 mmHg (Tetracloreto de carbono)
Porta
Pressão na Veia  Doenças virais (Hepatite infecciosa)
Hepática para a Veia  Obstrução
Cava 0 mmHg  Processos infecciosos nos ductos
biliares.
Essa diferença de pressão mostra que a
resistência ao Fluxo sanguíneo pelos Sinusoides A forma menos grave de acúmulo de gordura
hepáticos é normalmente muito baixa. e inflamação do Fígado é a – doença hepática
gordurosa não alcoólica (NAFLD) – está
Cirrose Hepática associado à obesidade e ao diabetes tipo 2.

O sistema porta também é bloqueado por um


grande coágulo que se desenvolve na Veia
Porta ou em seus ramos principais. – quando
isso ocorre o retorno sanguíneo dos intestinos
e baço para a circulação sistêmica é impedido,
gerando – Hipertensão Porta e elevada pressão
capilar.

O paciente falece em poucas horas, devido à


excessiva perda de líquidos dos capilares para o
interior do lúmen e paredes dos Intestinos.
Essa doença aumenta bastante a resistência ao
Fluxo Sanguíneo. OBS: A Cirrose tende a desenvolver Estriatose.

Quando as células parenquimatosas hepáticas Funções metabólicas do Fígado


são destruídas – elas são substituídas por
tecido fibroso. O Fígado funciona como um reservatório de
sangue.
Esse tecido fibroso se contrai em torno dos
vasos sanguíneos – impedindo o fluxo de Seu volume sanguíneo normal (incluindo veias e
sangue porta pelo Fígado. sinusóides hepáticos) = 450 mL ou quase 10%
do volume sanguíneo corporal total.
Pode resultar de:
OBS: Quando alta pressão, no átrio, provoca
 Alcoolismo crônico.
pressão retrógada sobre o Fígado e ele se
 Por excesso de acúmulo de gordura no
expande com 0,5 a 1 litro de sangue extra. –
fígado e subsequente inflamação
LETÍCIA TIMBÓ 116
Apostila Sistema Digestório

isso ocorre na Insuficiência Cardíaca com – consequentemente, gerando liquido livre


congestão periférica. na Cavidade Abdominal.
 O bloqueio do fluxo porta pelo fígado,
Fluxo Linfático do Fígado
também provoca aumento das pressões
Possui Alto fluxo Linfático capilares em todo o Sistema Vascular Porta
do Trato Gastrointestinal – resultando em
Como sabemos, os sinusóides hepáticos são edema da parede do intestino e transudação
permeáveis, permitindo a passagem de líquidos de liquido, através da serosa intestinal para a
e proteínas para os Espaços de Disse. Cavidade Abdominal.

A drenagem linfática do fígado, normalmente, Regeneração Hepática


tem concentração proteica de – 6g/dL.
O Fígado possui a extraordinária capacidade de
Além disso, essa alta permeabilidade de se restaurar após uma perda significante de
sinusóides permite a formação de grande tecido hepático – tanto por Hepatectomia
quantidade de Linfa – cerca de metade de toda parcial, como por lesão hepática aguda.
a linfa formada no corpo é proveniente do
Fígado. OBS: Desde que a lesão não tenha infecções
virótica ou inflamatória.
Pressões Vasculares Hepáticas
70% do Fígado é
Essas pressões podem causar a Transudação removido
de líquidos para a Cavidade Abdominal dos Os lobos
Capilares Hepáticos e Porta – Ascite. remanescentes
Hepatectomia Parcial aumentam e
A Ascite pode ser causada de 3 formas restituem o Fígado a
diferentes: seu tamanho original
Regeneração rápida
 Quando a pressão nas Veias Hepática se (5 a 7 dias em ratos)
eleva para – 3 a 7 mmHg acima do normal Durante a regeneração hepática – os
– um volume excessivo de liquido começa a hepatócitos se replicam uma ou duas vezes e
transudar para a Linfa e a extravasar pela depois que o tamanho e volume hepáticos
superfície exterior da capsula hepática para a normais são atingidos – os hepatócitos voltam a
Cavidade Abdominal Esse liquido é plasma seu estado de repouso.
puro – contém cerca de 80% a 90% da
quantidade de proteínas do Plasma normal. O fator de crescimento dos hepatócitos (HGF)
 Pressões na Veia Cava de – 10 a 15 mmHg – é um importante causar da divisão e
aumentam o fluxo linfáticos hepático por até crescimento das células hepáticas.
20x o normal. Isso gera uma grande
quantidade de “suor” na superfície do fígado
LETÍCIA TIMBÓ 117
Apostila Sistema Digestório

OBS: O HGF é produzido pelas células Menos de 1% das bactérias que entram no
mesenquimais no Fígado e em outros tecidos – Sangue porta, vindo dos intestinos, conseguem
mas não pelos Hepatócitos. passa através do fígado para a circulação
sistêmica.
Os níveis de HGF se elevam mais de 20x –
após Hepatectomia parcial. Funções Metabólicas do Fígado
OBS: As respostas mitogênicas só são
O fígado é um grande grupamento celular
encontradas no Fígado após essas cirurgias,
quimicamente reativo e com elevado
sugerindo que o HGF só possa ser ativado no
metabolismos.
órgão afetado.
Ele compartilha substratos e energia com outro
Outros fatores podem estar envolvidos na
sistema metabólico – processando e
regeneração das células hepáticas:
sintetizando outras áreas do corpo e realizando
 Fator de crescimento epidérmico e as miríade de outras funções metabólica.
citocinas
Metabolismo dos Carboidratos
 Fator de necrose tumoral e a
interleucina-6. O fígado desempenha funções de:

Após o retorno do fígado ao tamanho original –  Armazenamento de grandes quantidades


o processo de divisão celular hepática é de Glicogênio.
finalizado.  Conversão da Galactose e Frutose em
Glicose.
OBS: O fator de crescimento transformante-
 Gliconeogênese.
Beta, citocina secretada pelas células hepáticas
 Formação de compostos químicos – a
é um potente inibidor da proliferação celular
partir de produtos intermediários do
hepática e terminador da regeneração hepática.
Metabolismo dos carboidratos.
Sistema Macrofágico Hepático
Ele é especialmente importante na –
Esse sistema cumpre uma função de – manutenção da concentração normal da
Depuração do sangue. Glicose sanguínea.

O sangue que flui pelos capilares intestinais Esse armazenamento de Glicogênio permite ao
recolhe muitas bactérias dos intestinos. Fígado remover o excesso de glicose do
sangue, armazená-la e devolvê-la ao sangue
Sangue das Veias Apresenta (quando a concentração da glicose nele estiver
Porta antes de crescimento de
baixa). – chamado de Função de tampão da
entrar no Fígado bacilos do cólon.
glicose do Fígado.
É extremamente
Sangue da circulação raro o crescimento
sistêmica de bacilos do cólon.
LETÍCIA TIMBÓ 118
Apostila Sistema Digestório

Em pessoas com função hepática precária – a OBS: A Beta-oxidação pode ocorrer em todas
concentração da glicose sanguínea (após as células do corpo, mas acontece com rapidez
refeição rica em carboidratos) – pode nas Células Hepáticas.
aumentar por 2 a 3 vezes a mais do que em
uma pessoa com a função hepática normal. O Fígado não pode utilizar toda a Acetil-CoA
que é formada – então, ela é convertida pela
A Gliconeogênese hepática é importante na condensação de 2 moléculas de Acetil-CoA,
manutenção da concentração normal da glicose em Ácido Acetoacético.
sanguínea – pois, ela só ocorre quando a
concentração de glicose cai abaixo do normal. Esse ácido é muito solúvel e passa pelas células
hepáticas para o Liquido Extracelular – sendo
Nesses casos, grande quantidade de transportado para o corpo e absorvido pelos
Aminoácidos e Glicerol dos Triglicerídeos é tecidos.
convertida em Glicose – auxiliando a manter a
concentração glicêmica normal. Esses tecidos vão reconverter o Ácido
Acetoacético a Acetil-CoA – e oxidar.
Metabolismo de Lipídios
OBS: O Fígado é responsável pela maior parte
O fígado desempenha funções de: do Metabolismo Lipídico.

 Oxidação dos Ácidos graxos –suprindo 80% do Colesterol


energia para outras funções corporais. sintetizado no Fígado
é convertido em –
 Síntese de grandes quantidades de
Sais Biliares.
Colesterol – Fosfolipídios – (secretados na Bile).
Lipoproteinas. Os 20% são
Colesterol
 Síntese de gordura – a partir das transportado nas
Proteínas e Carboidratos. Lipoproteinas e
carreado pelo
Para obtenção de energia dos Lipídios neutros sangue para as
– a gordura é dividida em células dos tecidos
Glicerol e Ácidos graxos. por todo o corpo

Os Fosfolipídios são sintetizados no Fígado e


Os Ácidos Graxos são divididos por Beta-
transportados nas Lipoproteínas.
oxidação em:
Tanto o Colesterol como os Fosfolipídios são
 Radicais acetil de 2 carbonos que formam a
utilizados pelas células para formar membranas
– Acetil coenzima A (acetil-CoA).
+ estruturas intracelulares e substâncias
Essa acetil-CoA pode entrar no Ciclo do Ácido químicas importantes para a função celular.
Cítrico e ser oxidada para liberar energia.
OBS: Quase tosa a síntese corporal de Lipídeos
dos Carboidratos e Proteínas ocorre no Fígado
LETÍCIA TIMBÓ 119
Apostila Sistema Digestório

– após a gordura ser sintetiza, ela é Essas Gamaglobulinas são anticorpos formados
transportada nas Lipoproteínas para o Tecido pelos – Plasmócitos no tecido linfático do corpo.
Adiposo – sendo armazenado.
O fígado forma proteínas plasmáticas na
Metabolismo Proteico intensidade de 15 a 50g/dia – mesmo que
metade das proteínas sejam perdidas pelo
O fígado desempenha funções de: organismo, elas podem ser repostas em 1 ou 2
 Desaminação dos Aminoácidos semanas.
 Formação de Ureia – para remoção da A Depleção das proteínas do Plasma provoca
Amônia dos líquidos corporais. rápida mitose dos Hepatócitos e crescimento
 Formação das Proteínas Plasmáticas do Fígado – esses efeitos estão associados à
 Interconversões entre os diversos rápida produção de proteínas plasmáticas.
aminoácidos e síntese de compostos a
partir deles. Na Doença Hepática Crônica (Cirrose) – as
proteínas do plasma podem cair a níveis bem
É necessário que ocorra a Desaminação dos baixos – produzindo Edema generaliza e Ascite.
Aminoácidos – antes que sejam usados como
energia ou convertidos em Carboidrato ou Dentre as funções mais importantes do Fígado
Lipídios. – podemos citar a Capacidade de sintetizar
Aminoácidos não essenciais.
A formação Hepática de Ureia – remove a
Amônia dos líquidos corporais. Para essa produção – um Cetoácido com a
mesma composição química (exceto pelo
Grande quantidade dessa Amônia é formada oxigênio ceto) dos Aminoácidos a ser formado
pelo processo de desaminação e quantidades é sintetizado.
adicionais são continuamente formadas nos
intestinos por bactérias. O radical Amina é transferido por meio de
estágios de – Transaminação – de aminoácidos
Caso o Fígado não forme a Ureia – a disponível ao cetoácido, para montar o lugar do
concentração plasmática de Amônia se elevará, oxigênio ceto.
resultando em – Coma hepático e morte.
Outras funções metabólicas do Fígado.
OBS: A grande diminuição de fluxo sanguíneo
pelo Fígado (Caso de Shunt entre as Veia Local de armazenamento de Vitaminas
porta e Cava) – pode provocar excesso de
O fígado possui propensão para armazenar
Amônia no sangue – condição tóxica.
vitaminas – sendo reconhecido como excelente
Todas as Proteínas Plasmáticas (exceção de fonte de determinadas proteínas no tratamento
parte das Gamaglobulinas) são formadas pelas de pacientes.
Células Hepáticas.
LETÍCIA TIMBÓ 120
Apostila Sistema Digestório

A Vitamina A é a mais armazenada pelo Fígado  Fator VII


– mas grandes quantidades de Vitaminas D e
B12 também são armazenadas. A Vitamina K – é exigida pelo processo
Metabólico Hepático para formação de algumas
Pode ser estocada e substancias (Protrombina e Fatores VII, IV e X).
Vitamina A durar até 10 meses. .
Pode durar de 3 a 4 OBS: Na ausência dessa vitamina – quase
Vitamina D meses. ocorre o impedimento da coagulação
Pode durar 1 ano ou sanguínea.
Vitamina B12 vários anos.
Metabolismo de Fármacos – Hormônios –
Armazenador de Ferro
Outras Substancias.
A maior proporção de Ferro no corpo é
O meio químico do Fígado é conhecido pela
armazenada no Fígado (exceto o ferro da
sua – capacidade de destoxificar ou excretar na
Hemoglobina sanguínea que é maior) sob forma
Bile diversos fármacos
de – Ferritina.
(Sulfonamidas – Penicilina – Ampicilina –
As Células Hepáticas possuem grande Eritromicina).
quantidade da proteína – Apoferritina.
Do mesmo modo, diversos Hormônios
Essa proteína é capaz de se combinar, secretados pelas Glândulas Endócrinas – são
reversivelmente, com o Ferro. – quimicamente alterados ou excretados pelo
consequentemente, quando Ferro se encontra Fígado (Tiroxina – Hormônios esteroides como
disponível em quantidades extras, ele se Estrogênio, Cortisol e Aldosterona).
combina com a Apoferritina para formar –
OBS: Lesão hepática pode levar ao acúmulo de
Ferritina armazenada nas células Hepáticas.
um ou mais hormônios nos líquidos corporais –
(utilizada quando necessária).
provocando Hiperatividade dos Sistemas
Quando o Ferro atinge nível baixo nos Liquido Hormonais.
corporais – a Ferritina libera o seu ferro.
Uma das principais vias de Excreção do Cálcio
Esse Sistema Hepático da Apoferritina funciona do corpo é a secreção da Bile (feita pelo
como um – Tampão do ferro sanguíneo.. Fígado) – que passa pelo Intestino e é perdido
nas fezes.
Formação de fatores da Coagulação
Referências:
As substancias do Fígado que são utilizadas
 Livro Tratado de Fisiologia Médica –
para processos de coagulação são:
Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 71)
 Fibrinogênio  Aula: Prof Fernando Luiz Oliveira – Uninta,
 Protrombina dia 12/04/2021, das 10 às 12hrs.
 Globulina aceleradora
LETÍCIA TIMBÓ 121
Apostila Sistema Digestório

É uma glândula composta. – pode ser


Endócrino ou Exócrino (82%)

Suco Pancreático

Os Ácinos pancreáticos secretam as Enzimas


digestivas pancreáticas e solução de
Bicarbonato de sódio. Enzimas digestivas pancreáticas
Essa junção de enzimas + bicarbonado de O suco pancreático possui enzimas que
sódio flui pelo Ducto pancreático, para o Ducto digerem: Proteínas, Carboidrato e Gordura.
Hepático e cai na Papila de Vater que é envolta
O íon bicarbonado contido nesse suco,
pelo Esfíncter de Oddi.
neutraliza a acidez do Quimo transportado do
O suco pancreático é mais abundante, em Estômago para o Duodeno.
resposta à presença de Quimo nas porções
As enzimas mais importantes nesse suco
superiores do Intestino Delgado.
pancreático são:
OBS: As características desse suco são
determinadas pelos tipos de alimento no Quimo. Tripsina Hidrolisam proteínas a
(+ abundante) peptídeos – sem
Inervação do Pâncreas liberar Aminoácidos
Quimiotripsina individuais.
Parassimpático Simpático Cliva peptídeo, até
Diretamente Indiretamente aminoácidos individuais
Acetilcolina e Nervo Colinérgico e Carboxipolipeptidase – completando a
Vago Muscarínico digestão de algumas
Estimula os Ácinos a Inibição indireta pela proteínas até
secretar enzimas Vasoconstrição. aminoácidos.
digestivas ricas em
proteínas. Digestão de
Carboidratos Amilase pancreática
Lípase pancreática
Digestão de Gorduras Coleste-rol esterase
Fos-folipase
LETÍCIA TIMBÓ 122
Apostila Sistema Digestório

Quando sintetizada nas células pancreáticas, as Secreções de íons Bicarbonato


enzimas digestivas proteolíticas estão em
formas inativas – Tripsinogênio, Componente importante do suco pancreático
que é secretado pelas – Células epiteliais do
Quimiotripsinogênio e Procarboxipolipepti-dase.
ducto que se originam nos Ácinos.
Essas enzimas são ativadas após serem
secretadas no Trato intestinal. A concentração dos íons bicarbonatos no suco
pancreático pode atingir até – 145 mEq/L –
Ativado pela Enzima
Enterocinase ou gerando uma alcalinidade no suco, que serve
Tripsinogênio Autocataliticamente para neutralizar o ácido clorídrico.
(pela própria tripsina já
formada). Mecanismo de secreção de íons bicarbonato
Quimiotripsinogênio Ativado pela Tripsina
1 – O Dióxido de carbono difunde-se nas células,
Procarboxipolipepti- Ativado de maneira
dase semelhante a partir do sangue. Sob influencia da – Anidrase
carbônica esse dióxido se combina com a Água.
OBS: As enzimas proteolíticas não podem se
manter ativas até depois que chegarem ao Essa combinação forma – Ácido Carbônico
Intestino – pois a Tripsina e as outras podem (H²CO³)
digerir o próprio Pâncreas.
Esse ácido dissocia-se em íons bicarbonato e
O Inibidor de Tripsina é formado no citoplasma íons hidrogênio – esses íons bicarbonato são
das células glandulares e inativa a Tripsina – nas associados aos íons sódio e transportados na
células secretoras, ácinos e ductos do Pâncreas. Membrana luminal da célula para o lúmen do
ducto.
OBS: Como é a Tripsina que ativa as outras
enzimas, inibindo ela conseguimos inibir as 2 – Os íons hidrogênio são trocados por íons
outras. sódio, na membrana sanguínea da célula, por
um processo de – Transporte ativo secundário.
Quando ocorre lesão do Pâncreas ou bloqueio
de ducto – grande parte da secreção Isso vai suprir os íons sódio que são
pancreática acumula-se nas áreas transportados através da borda do lúmen para
comprometidas. dentro do lúmen do ducto pancreático para
fornecer neutralidade elétrica para os íons
Dessa maneira, o efeito Inibidor de Tripsina é bicarbonatos secretados.
insuficiente – permitindo que as secreções
pancreáticas se mantenham ativas e digiram 3 – O movimento de íons sódio e bicarbonato
todo o Pâncreas em questão de horas, do sangue para o lúmen do ducto, vai criar um
causando a – Pancreatite aguda. – gradiente de pressão osmótica que causa
fluxo de água para dentro do ducto pancreático
– formando a solução bicarbonato quase
isosmótica
LETÍCIA TIMBÓ 123
Apostila Sistema Digestório

Regulação da Secreção Pancreática a soma das secreções causadas por cada um


deles, separadamente.
. 3 estímulos são importante na secreção
pancreática: Esses estímulos “multiplicam” ou “potencializam”
uns aos outros – dessa maneira, a secreção
Liberada pelas
pancreática resulta de efeitos combinados de
terminações do Nervo
Vago Parassimpático e múltiplos estímulos básicos, e não apenas de
Acetilcolina por nervos um só.
colinérgicos para o –
Sistema Nervoso Fases da Secreção Pancreática
Entérico
Sinais nervosos do
Secretada pela
cérebro causam a
mucosa duodenal e
liberação de
Colecistocinina jejuno superior –
Acetilcolina no
quando o alimento
Fase Cefálica e Pâncreas.
entra no Intestino
Gástrica Pouca secreção flui –
Delgado.
pois os ductos
Secretada pelas
pancreáticos possuem
mucosas duodenal e
pouca água e
Secretina jejunal – quando
eletrólitos.
alimentos muito ácidos
Após o Quimo deixar
entram no Intestino
o Estômago e entrar
Delgado.
no Intestino Delgado –
Acetilcolina + Colecistocinina – estimulam as Fase Intestinal a secreção
Células Acinares do Pâncreas a produzir grande pancreática fica
abundante em
quantidade de enzimas digestivas pancreáticas e
resposta a –
quantidade relativa de água e eletrólitos. Secretina. .
OBS: Sem água a maior parte das enzimas A presença de alimento no Intestino Delgado
permanece armazenada nos Ácinos e nos superior faz com que o segundo hormônio – a
Ductos até que uma secreção fluida apareça Colecistocinina seja liberado pelas Células I.
para lavá-las dentro do Duodeno.
Essa liberação é estimulada pela presença de –
Secretina – estimula a secreção de grandes Proteoses e Peptonas (produtos da digestão
quantidades de solução aquosa de bicarbonato parcial de proteínas) + Ácidos graxos de cadeia
de sódio (até 145mEq/L) pelo epitélio do Ducto longa no Quimo.
pancreático e concentração reduzida de íons
cloreto. A CCK estimula a secreção de mais enzimas
digestivas pancreáticas pelas Células Acinares –
Quando esses estímulos agem ao mesmo representa cerca de 70% a 80% da secreção
tempo – a secreção total é bem maior do que total das enzimas digestivas, após refeição).
LETÍCIA TIMBÓ 124
Apostila Sistema Digestório

Secretina
É um Polipeptídeo com 27 aminoácidos.

Está presente em forma inativa, pró-secretina,


nas Células S (mucosa do duodeno e jejuno).

Quando o Quimo ácido (pH menor que 4,5)


entra no Duodeno, causa a ativação e
liberação da secretina para o sangue.

OBS: Constituinte do Quimo que causa a


liberação de secretina – Ácido Clorídrico.

Importância da Secretina

Começa a ser liberada pela mucosa do Diferenças da CCK e Secretina


intestino delgado, apenas quando o pH do
conteúdo duodenal cai abaixo de 4,5 a 5,0 –  Intensa secreção de Bicarbonato de
e sua liberação aumenta quando o pH está 3. sódio, em resposta ao ácido no Duodeno
– estimulada pela Secretina.
Levando a secreção abundante de suco  Duplo efeito em resposta à gordura
pancreáticos contendo grande quantidade de  Secreção intensa de enzimas digestivas
Bicarbonato de sódio, resultando em: – estimulada pela CCK.
HCL + NaHCO = NaCl + HCO

Ácido Carbônico dissocia-se em Dióxido de


carbono e água.

Dióxido de carbono é transferido para o


sangue e expirado pelos pulmões, deixando a
solução de Cloreto de sódio no Duodeno.

O conteúdo ácido vindo do Estômago para o


Duodeno é neutralizado e ocorre o bloqueio
da atividade peptídica.
Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed.
 Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
20/04/2021, das 08 às 10hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 125
Apostila Sistema Digestório

Os Carboidratos, gorduras e proteínas são os


Quando ocorre a digestão de Carboidratos esse
principais alimentos que sustentam a vida do
processo é invertido – os Carboidratos são
corpo (exceção de vitaminas e sais minerais).
convertidos a Monossacarídeos.
Esses alimentos não podem ser absorvidos na
Nos sucos digestivos existem enzimas
sua forma natural, então, são inúteis como
específicas que catalisam a reintrodução dos
nutrientes, sem a digestão preliminar.
íons hidrogênio e hidroxila nos Polissacarídeos –
separando os Monossacarídeos.
Digestão por Hidrólise
A química da digestão de Carboidratos,
Gorduras e Proteínas é por Hidrólise. .

A única diferença é nos tipos de enzimas Hidrólise de Gorduras


necessárias para promover as reações para Todas as gorduras da dieta consistem em
cada tipo de alimento. Triglicerídeos (gorduras neutras) formadas por
OBS: Todas as enzimas digestivas são 3 moléculas de – Ácidos Graxos condensadas
proteínas. com um Glicerol.

Hidrolise de Carboidratos A digestão dos Triglicerídeos consiste no


processo inverso – as enzimas digestivas de
Todos os carboidratos da dieta são grandes – gorduras vão reinserir 3 moléculas de água no
Polissacarídeos ou Dissacarídeos (combinações Triglicerídeos e separar as moléculas de Ácidos
de Monossacarídeos – ligados por Graxos e Glicerol..
condensação)
Hidrolise de Proteínas
Essa ligação remove um íon hidrogênio (H+) de
um dos Monossacarídeos e um íon hidroxila As Proteínas são formadas por Aminoácidos
(--OH) do outro. ligações pela Ligação Peptídica.

Esses 2 Monossacarídeos se combinam nos Em cada ligação – o íon hidroxila foi removido
locais de remoção, e os íons hidrogênio e de um aminoácido e íon hidrogênio foi
hidroxila forma água (H²O) removido de outro.
LETÍCIA TIMBÓ 126
Apostila Sistema Digestório

A digestão das Proteínas se da por efeito Antes do alimento e saliva estarem


inverso – as enzimas proteolíticas inserem, completamente misturados com as secreções
novamente, íons hidrogênios e hidroxila, das gástricas – ate 30% a 40% dos Amidos terão
moléculas de água, nas moléculas de Proteínas sidos hidrolisados para formar – Maltose.
– para clivá-las em seus aminoácidos
Digestão no Intestino Delgado
constituintes.
A secreção pancreática contém grande
Digestão dos Carboidratos quantidade de alfa-amilase pancreática
(quase idêntica à alfa-amilase da saliva, mas mais
.Existem 3 tipos de Carboidratos na dieta:
potente).
Sacarose Açúcar de cana.
15 a 30 minutos após o quimo ser transferido
Lactose Leite.
do Estômago para o Duodeno e se misturar
Amidos Batatas e grãos.
com o suco pancreático – todos os
OBS: Não possuímos enzimas para a digestão Carboidratos terão sido digeridos.
da Celulose – não sendo considerada alimento.
Antes de passar além do Duodeno ou Jejuno
Digestão na Boca superior – os carboidratos são convertidos em
Maltose ou pequenos polímeros de Glicose.
Quando o alimento é mastigado, ele mistura-se
com saliva que contém a enzima digestiva – . Os enterócitos que forram a borda em escova
Ptialina. (secretada pelas Glândulas Parótidas). das Microvilosidades intestinais contêm 4
enzimas – Lactase – Sacarose – Maltase –
Essa enzima vai hidrolisar o Amido no
Alfa-dextrinase.
Dissacarídeo e Maltose e em outros polímeros
de glicose. Essas enzimas são capazes de clivar os
Dissacarídeos lactose, sacarose e maltose nos
5% do Amido é hidrolisado na Boca.
seus Monossacarídeos.
Digestão no Estômago
Lactose Galactose e Glicose
A digestão do Amido continua no corpo e Sacarose Frutose e Glicose
fundo do Estômago por até 1 hora, antes de o Maltose Glicose e Glicose
alimento ser misturado às secreções gástricas. Produtos finais da digestão dos Carboidratos
Quando ocorre essa mistura – a atividade da são todos Monossacarídeos hidrossolúveis.
Amilase salivar é bloqueada pelo ácido das
OBS: A Glicose representa mais de 80% dos
secreções.
produtos finais, enquanto a Galactose ou
OBS: Amilase é essencialmente inativa como Frutose raramente ultrapassa 10%.
enzima, quando o pH do meio cai abaixo de 4.
LETÍCIA TIMBÓ 127
Apostila Sistema Digestório

Legenda: digestão dos Carboidratos


Colágeno
Digestão de Proteínas
É um constituinte do Tecido Conjuntivo
As Proteínas da dieta são cadeias de celular das carnes.
Aminoácidos conectados por Ligações Para que outras enzimas do trato digestivo
Peptídicas.. digiram outras proteínas da carne, é
As características de cada Proteínas são necessário que as fibras de colágeno
determinadas pelos tipos de Aminoácidos que a sejam digeridas primeiramente.
compõem e pelas sequências desses OBS: Pessoas que não produzem Pepsina
Aminoácidos. nos sucos gástricos, a carne ingerida é
menos processadas por outras enzimas
Digestão no Estômago
digestivas, sendo mal digerida.
A Pepsina é uma enzima péptica do Estômago
– é ativa em pH 2 a 3 e inativa em Digestão no Intestino Delgado
pH acima de 5.
Grande parte da digestão das Proteínas ocorre
Para que essa enzima tenha ação digestiva no Intestino Delgado superior, Duodeno e
sobre a Proteína – os sucos gástricos precisam Jejuno – sob influência de enzimas proteolíticas
ser ácidos. da secreção pancreática.
A Pepsina possui capacidade de digerir a Imediatamente, ao entrar no Intestino Delgado –
proteína Colágeno (proteína de tipo os produtos da degradação parcial das
Albuminoide – pouco afetada por outras proteínas são atacados pelas enzimas:
enzimas digestivas).
Clivam as moléculas
A Pepsina só inicia o processo de digestão das Tripsina e de Proteínas em
Proteínas – promovendo 10% a 20% da Quimiotripsina pequenos
digestão total das Proteínas. Polipeptídeos.
Libera aminoácidos
Carboxipolipeptidase individuais dos
terminais Carboxila
dos Polipeptídeos.
LETÍCIA TIMBÓ 128
Apostila Sistema Digestório

É convertida em
Proelastase Elastase e digere as
fibras de elastina
(abundantes na carne).

O ultimo estágio da digestão de Proteínas


ocorre no – Lúmen intestinal e é feito pelos
Enterócitos. (especialmente no Duodeno e
Jejuno) Legenda: digestão de Proteínas

Nas microvilosidades de cada Enterócito Digestão de Gorduras


encontram-se múltiplas Peptidases.
As gorduras mais abundantes na dieta são os
As Peptidases mais importantes são –
Triglicerídeos.
Aminopolipeptidase e Dipeptidase.

Essas Peptidases continuam a Hidrólise dos


maiores Polipeptídeos remanescentes em
Tripeptídeos e Dipeptídeos e de alguns
Aminoácidos.

OBS: Aminoácidos, Dipeptídeo e Tripeptídeos


são facilmente transportados através da
membrana microvilar para o interior do
Enterócito.

No Citosol do Enterócito – existem várias


outras Peptidases específicas para os tipos de Legenda: Hidrólise da gordura catalisada por Lipase
aminoácidos que ainda não foram hidrolisados.
Essa gordura é um dos principais constituintes
Em alguns minutos – todos os últimos dos alimentos de origem animal
dipeptídeos e tripeptídeos são digeridos a (rara nos alimentos de origem vegetal).
Aminoácidos e são transferidos para o sangue.
Na dieta existem também pequenas
OBS: Mais de 99% dos produtos finais da quantidades de Fosfolipídios – Colesterol –
digestão das proteínas absorvidas são Ésteres de colesterol.
Aminoácidos – raramente, Peptídeos e
Proteínas inteiras. .Contêm
Fosfolipídios e Ácidos Graxos
Ésteres de colesterol (sendo considerados
gorduras).
LETÍCIA TIMBÓ 129
Apostila Sistema Digestório

É um composto A Lecitina e os Sais Biliares são extremamente


esterol que NÃO importantes para a emulsificação
contém Ácido Graxo, Solúveis em água.
mas tem Solúveis nos líquidos
características Porções polares da aquosos circundantes
Colesterol químicas e físicas de
Lecitina e Sais – o que diminui a
gordura. – é derivado tensão interfacial da
das gorduras e gordura e o torna
metabolizado como solúvel.
elas. Solúveis em gordura.
Poções Dissolvem-se na
Digestão no Estômago remanescentes camada superficial dos
glóbulos gordurosos

Quando a tensão interfacial do glóbulo do fluido


imiscível é baixa – esse fluido sob agitação
pode ser dividido em pequenas partículas muito
mais facilmente.
Uma pequena quantidade de Triglicerídeos é
digerida no Estômago pela – Lipase lingual A principal função dos Sais Biliares e Lecitina na
(secretada pelas Glândulas linguais na boca). Bile é – tornar os glóbulos gordurosos
rapidamente fragmentáveis, sob agitação com
Essa digestão é menor que 10% e sem
água, no Intestino Delgado. –
importância, pois toda a digestão das gorduras
Ação parecida com muitos detergentes.
ocorre no Intestino Delgado.
Após a redução do diâmetro desses glóbulos
Digestão no Intestino
de gordura, a área superficial total aumenta
A 1ª etapa da digestão é feita por – bastante.
Ácidos Biliares e Lecitina.
OBS: As enzimas Lipases são compostos
Ocorre a quebra física dos glóbulos de gorduras hidrossolúveis e só podem atacar os glóbulos de
em partículas pequenas – permitindo que as gordura na suas superfícies.
enzimas digestivas hidrossolúveis consigam agir
2ª etapa da digestão é feita pela –
nas superfícies das partículas. – processo
Lipase Pancreática
conhecido como Emulsificação da gordura..
A Lipase Pancreática é a enzima mais
A maior parte dessa emulsificação ocorre no
importante para a digestão dos Triglicerídeos
Duodeno – sob influencia da Bile (NÃO contém
no suco pancreático.
enzimas digestivas, mas tem Sais Biliares e
Fosfolipídio Lecitina). Sua quantidade no suco é suficiente para digerir
em 1 minuto todos os Triglicerídeos.
LETÍCIA TIMBÓ 130
Apostila Sistema Digestório

Essa enzima hidrolisa Triglicerídeos em – As Micelas de Sais Biliares são meios de


Ácidos Graxos livres e 2-monoglicerídeos. transporte carreando Monoglicerídeos e Ácidos
graxos.
OBS: Nos Enterócitos encontramos a Lipase
Entérica – mas ela não é necessária. Esses Monoglicerídeos e Ácidos graxos são
absorvidos pelo sangue e as Micelas livres
A hidrólise desses Triglicerídeos é uma reação retornam ao Quimo para serem usadas nesse
reversível – por conseguinte, o acúmulo de transporte.
Monoglicerídeos e Ácidos graxos livres na
vizinhança do que está sendo digerido impede Digestão dos Ésteres de Colesterol e
a continuação da digestão. Fosfolipídios.

Sais Biliares A maior parte do Colesterol está sob forma de


– Ésteres de colesterol
Os Sais Biliares por sua vez tem um papel (combinação de Colesterol livre + Ácido graxo).
importante – removendo esses
Monoglicerídeos e Ácidos graxos livres. Tanto os Ésteres de colesterol como os
Fosfolipídios são – Hidrolisados por 2 lipases na
Esses sais, quando estão em concentrações secreção pancreática.
elevadas na água – formam Micelas.
Enzima Hirolase de Hidrolisa o Éster de
(união de 20 a 40 moléculas de sais biliares)
éster de colesterol colesterol
Essas Micelas se desenvolvem, pois cada Enzima Fosfolipase A² Hidrolisa Fosfolipídios.
molécula de Sal biliar é composta por núcleo
As Micelas vão ter o mesmo papel no
esterol (muito lipossolúvel) e grupo polar
“carreamento” dos produtos da digestão de
(muito hidrossolúvel).
Ésteres de colesterol e Fosfolipídios.
Envolve os produtos
OBS: Nenhum Colesterol é absorvido sem as
da digestão das
gorduras – formando Micelas.
Núcleo Esterol
um glóbulo de
gordura no meio da Os produtos finais da digestão de gorduras são
Micela.. – Ácidos Graxos livres.
Possui carga negativa
– permitindo que todo Princípios da Absorção
o Glóbulo de micela
Grupo Polar se dissolva n água dos Gastrointestinal
líquidos digestivos e
permaneça em A quantidade total de líquido que deve ser
solução estável até a absorvida a cada dia pelo Intestino é –
absorção da gordura.
Volume ingerido (1,5 litros)
+ LETÍCIA TIMBÓ 131
Apostila Sistema Digestório
Volume secretado nas secreções
gastrointestinais (7 litros). OBS: O Intestino Grosso pode absorver mais
água e íons, só que poucos nutrientes.
Representa um total de – 8 a 9 Litros.
OBS: A principal proteção de todo o TGI é o
Todo esse montante, menos 1,5 Litros é muco alcalino – glândulas mucosas de Brunner.
absorvido no Intestino Delgado. – esse total
passa pela válvula ileocecal para o cólon todos OBS: Criptas de Liberkuhn – secreção do
os dias. fluido de NaCl para absorção

OBS: O Estômago é uma área de pouca Absorção de Água


absorção, pois não tem vilosidades da
membrana absortiva e suas junções estreitas A água é transportada, através da Membrana
têm baixa permeabilidade – então, apenas Intestinal – por Difusão.
substancias muito lipossolúveis (obedecendo as leis da Osmose)
(álcool e fármacos) são absorvidas. A maior parte dessa osmose ocorre através:
No Intestino Delgado temos: Junções entre bordos
apicais das células Via paracelular
Aumentam a área de
epiteliais
Pregas de Kerckring superfície da mucosa
cerca de 3X Células Via transcelular.
ou Válvulas coniventes
Bem desenvolvidas no Quando o Quimo está suficientemente diluído, a
Duodeno e Jejuno.
água é absorvida, através da mucosa intestinal –
Aumentam a área
absortiva cerca de 10X pelo sangue.
Vilosidades Entende-se do
A água pode também ser transportada na
Intestino Delgado até a
Válvula ileocecal. direção oposta – indo do Plasma para o Quimo
1000 microvilosidades transformando ele em isosmótico – isso ocorre
Aumenta a área quando soluções hiperosmóticas são lançadas
absortiva cerca de 20X do Estômago para o Duodeno.
Projetam-se para o
Borda em Escova Absorção de Íons
Lúmen intestinal
Possuem filamentos
de Actina – Sódio
movimentos contínuos
das microvilosidades. Cerca de 20 a 30 gramas de sódio são
secretados nas secreções intestinais a cada dia
Absorção diária do Intestino Delgado – além disso, a pessoa ainda ingere 5 a 8
Carboidratos Centenas de g/dia gramas de sódio por dia.
Gordura 100 g/dia.
Proteínas 50 a 100 g/dia Para prevenir a perda efetiva de sódio nas
Íons 50 a 100 g/dia fezes – os intestinos absorvem 25 a 35
gramas por dia. (1/7 de todo o sódio do corpo)
LETÍCIA TIMBÓ 132
Apostila Sistema Digestório

OBS: No caso de diarreia intensa, onde grandes


quantidades de secreções intestinais são Aldosterona na absorção de Sódio
perdidas para o meio exterior – as reservas de
Quando uma pessoa esta desidrata – ocorre
sódio do corpo são depletadas em níveis letais
a secreção de grande quantidade de
em questão de horas.
Aldosterona.
A força de absorção de sódio é dada pelo –
Dentro de 1 a 3 horas – essa aldosterona
Transporte Ativo do íon das células epiteliais,
provoca a ativação dos mecanismos de
através das Membranas Basolaterais para os
transporte e de enzimas associadas à
espaços paracelulares.
absorção de sódio pelo Epitélio intestinal.
Esse transporte requer energia – que é obtida OBS: o aumento da absorção de sódio –
da Hidrólise do ATP pela enzima Trisfofato de aumenta absorção de íons cloreto, água e
adenosina. outras substâncias.
OBS: Parte do sódio é absorvido em conjunto O efeito da Aldosterona é importante
com íons cloreto. principalmente no Cólon – já que na vigência
dele não ocorre, perda de cloreto de sódio
O Sódio é cotransportados através de proteínas
nas fezes e pouca perda hídrica.
específicas:
 Cotransportador se sódio-glicose Função da Aldosterona: conservação de
 Cotransportador de sódio-aminoácido cloreto de sódio e água no corpo – nos
 Trocador de sódio-hidrogênio. casos de desidratação.

Esses cotransportadores fornecem absorção


É uma absorção rápida e se dá por Difusão.
ativa secundária de glicose e aminoácidos –
energizada pela Bomba ativa de Na+ K- Essa absorção gera uma eletronegatividade no
ATPase na membrana basolateral. Quimo e eletropositividade nos Espaços
paracelulares.
OBS: A Aldosterona intensifica a absorção de
sódio. Os íons cloreto se movem pelo gradiente
elétrico, para “seguir” os íons sódio.
Íons Cloreto
O cloreto sai das células pela membrana
Ocorre na parte – superior do Intestino
basolateral – através dos canais de cloreto.
Delgado.
Íons Bicarbonato
Além disso, o cloreto é absorvido pela
Membrana da borda em escova de parte do Ocorre no – Duodeno e Jejuno.
Íleo e do Intestino Grosso – por trocador de
cloreto-bicarbonato Esse íon é absorvido de maneira indireta –
quando íons sódio são absorvidos, uma
LETÍCIA TIMBÓ 133
Apostila Sistema Digestório

quantidade moderada de íons hidrogênio é Ferro


secretada no lúmen intestinal, na troca por
parte do sódio. São absorvidos ativamente pelo –
Intestino Delgado.
Esses íons hidrogênio combinam-se com íons
bicarbonatos formando = Esse íon é absorvido e regulado dependendo
Ácido Carbônico (H²CO³) das necessidades do organismo, principalmente
para a formação de Hemoglobina.
Esse ácido se dissocia formando água e dióxido
de carbono. Potássio – Magnésio - Fosfato
Permanece como
Água Absorvidos ativamente através da –
parte do Quimo nos
intestinos Mucosa intestinal.
É absorvido para o São absorvidos com
Dióxido de carbono sangue e expirado Íons Monovalentes facilidade e em grande
pelos pulmões. quantidade
OBS: Absorção ativa de íons Bicarbonato. Íons Bivalentes Só são absorvidos em
pequena quantidade
Células epiteliais nas vilosidades do Íleo e no
Absorção de Carboidratos
Intestino Grosso podem secretar íons
bicarbonato, em troca de íons cloreto – Os Carboidratos são mais bem absorvidos na
importante, pois provê íons bicarbonato forma de Monossacarídeos – apenas uma
alcalinos que neutralizam os produtos ácidos, pequena fração é absorvida como
formandos pelas bactérias no Intestino Grosso. Dissacarídeos e quase nada como Carboidratos
maiores.
Cálcio
OBS: Todos os Monossacarídeos são
São absorvidos ativamente para o sangue e
absorvidos por Transporte Ativo.
parte do Duodeno.
Absorção de Glicose
É uma absorção bem controlada – supre
exatamente apenas a necessidade diária de Na ausência de transporte de Sódio – quase
cálcio no corpo. nenhuma Glicose é absorvida, pois a absorção
dela ocorre por processo de cotransporte com
Hormônio Paratireoide e a Vitamina D –
o Sódio.
controla a absorção de cálcio
O Transporte de Sódio possui 2 estágios:
OBS: esse hormônio ativa a Vitamina D – e
esta intensifica a absorção de cálcio. Através das membranas
Transporte ativo basolaterais das células
epiteliais intestinais – para
o sangue
LETÍCIA TIMBÓ 134
Apostila Sistema Digestório

Reduz a concentração causa da diversidade das propriedades químicas


do sódio nas células dos aminoácidos e peptídeos.
epiteliais.
Promove o fluxo de Absorção de Gorduras
sódio do lúmen
Diferença de intestinal (pela borda Os Monoglicerídeos e Ácidos graxos livres
concentração em escova) para o difundem-se das Micelas para as membranas
interior da célula. – das células epiteliais – possível, pois os Lipídios
Transporte ativo são solúveis na membrana da célula epitelial.
secundário
Essas Micelas dos sais biliares continuam no
Transporte ativo secundário – íon de sódio
Quimo – e são reutilizadas para incorporação
combina-se com Proteína transportadora (só
dos produtos da digestão de gorduras.
transporta o sódio caso tenha outras
substâncias = glicose). Elas realizam função “carreadora” importante
para absorção de gordura.
Absorção de outros Monossacarídeos
OBS: Na presença de micelas 97% da gordura
Mesmo mecanismo da
Galactose Glicose é absorvida, na ausência apenas 40 a 50%.
Difusa facilitada (NÃO
Após entrarem nas células – os ácidos graxos
acoplada ao sódio),
através do Epitélio e monoglicerídeos são captados pelo Retículo
Frutose intestinal. Endoplasmático liso e usados para formar novos
É convertida em triglicerídeos que vão ser – Quilomícrons
Glicose e levada para transferidos para os lactíferos das vilosidades.
o sangue.
A absorção de Ácidos Graxos é de forma
Absorção de Proteínas direta pelo sangue porta – pois eles são em
Energia suprida pelo mecanismo de – pequena quantidade e cadeias curta e media.
Cotransporte de sódio. OBS: A cadeia curta é mais hidrossolúvel e não
Ligam-se nas são convertidos a triglicerídeos pelo retículo
membranas da endoplasmático.
microvilosidade da
Peptídeos ou
Aminoácidos
célula com proteína Absorção no Intestino Grosso
transportadora
específica que requer Cerca de 1.500 mL de Quimo passam pela
ligação de sódio.
Válvula ileocecal para o Intestino Grosso a cada
5 proteínas transportadoras para o transporte dia.
de aminoácidos e peptídeos foram encontradas
na Membrana luminal – são necessárias por
LETÍCIA TIMBÓ 135
Apostila Sistema Digestório

A água e os eletrólitos desse Quimo são OBS: Absorção de íons sódio e cloreto ria um
absorvidos no Cólon – sobrando 100 mL de gradiente osmótico – levando a absorção de
liquido para serem excretados nas fezes. água.

OBS: Todos os íons são absorvidos e apenas Absorção no Intestino Grosso


1 a 5 mEq de íons sódio e cloreto são
Esse intestino absorve no máximo de 5 a 8
eliminados nas fezes.
litros de líquido e eletrólitos por dia.
É chamado de Cólon
Cólon proximal absortivo Quando esse volume é ultrapassado, o excesso
Onde ocorre maior aparece nas fezes como – Diarreia.
absorção.
Cólon de
Ação bacteriana no Cólon
armazenamento
Colón distal Armazena as fezes Numerosas bactérias (Bacilos colônicos) estão
até o momento para
presentes no cólon absortivo (proximal).
a sua excreção
Esses báculos digerem pequenas quantidades
Absorção e Secreção de Eletrólitos e Água
de celulose – proporcionando algumas calorias
O Intestino Grosso é bem menos impermeável. de nutrição extra no corpo..
– evitando a retrodifusão significativa de íons
Essas bactérias formam, além disso – Vitamina
através das Junções, permitindo que a mucosa
K – B12 – Tiamina – Riboflavina e gases que
absorva íons sódio (contra gradiente de
contribuem para flatulências.
concentração).

Isso é mais na presença de Aldosterona – pois


Composição das Fezes
o hormônio intensifica a capacidade de
transporte de sódio. 75% de água -
30% de bactérias
OBS: A mucosa do Intestino Grosso – possui mortas
alta capacidade de absorver, ativamente, sódio e 10 a 20% de gordura
cloreto. 25% de matéria sólida 10 a 20% de matéria
inorgânica
Além disso, a mucosa do Intestino Grosso 2 a 3% de proteínas
secreta íons bicarbonato enquanto absorve, 30% de restos
simultaneamente, número igual de íons cloreto. indigeridos.

Esse bicarbonato ajuda a neutralizar os A cor marrom das fezes é causada pelas –
produtos finais ácidos da ação bacteriano no Estercobilina e Urobilina (derivados da Bilirrubina).
Intestino Grosso.
LETÍCIA TIMBÓ 136
Apostila Sistema Digestório

O odor resulta de produção da ação bacteriana


– esses produtos variam de pessoa para
pessoa. (depende da flora bacteriana colônica)

Os produtos odoríferos incluem – idol, escatol,


mercaptana e sulfeto de hidrogênio.

Toxinas da Cólera
Essas toxinas fazem com que as Criptas no Íleo
terminal e no Intestino Grosso secretem 10 litros
ou mais de líquido por dia.

Levando à diarreia grave por vezes fatal.

Referências:

 Livro Tratado de Fisiologia Médica –


Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 66)
 Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
26/04/2021, das 14 às 18hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 137
Apostila Sistema Digestório

Movimentos do Intestino Delgado


O padrão dessas contrações é determinado
Possui Contrações de Mistura e pela – frequência das ondas elétricas lentas da
Contrações Propulsivas. parede intestinal.
Contrações de Mistura ou Segmentação Frequência das ondas
Duodeno e Jejuno 12 contrações por/min
Quando a porção do Intestino Delgado é
Íleo 8 contrações por/min
distendida pelo Quimo – ocorre o estiramento
da parede intestinal causando contrações OBS: Essas contrações ficam extremamente
concêntricas localizadas. fracas quando a atividade excitatória do Sistema
Nervoso Entérico é bloqueada pelo fármaco –
Essas contrações causa “segmentação” do
Atropina.
intestino – dividem ele em segmentos.
Movimentos Propulsivos

O Quimo é impulsionado pelo Intestino


Delgado através de – ondas peristálticas.

Função do Peristaltismo: progressão do


Quimo para a Válvula ileocecal e distribuição
dele ao longo da mucosa intestinal.

Ocorre em qualquer parte desse intestino e


movem-se na direção do ânus com
velocidade de – 0,5 a 2,0 cm/s.

Elas dividem o Quimo de 2 a 3 vezes por OBS: são fracas e cessam depois de percorrer
minuto – promovendo a mistura do alimento 3 a 5 centímetros.
com as secreções do Intestino Delgado.
O movimento resultante é em média apenas de
1 cm/s – sendo necessário 3 a 5 horas para a
passagem do Quimo do Piloro até a Válvula
ileocecal.
LETÍCIA TIMBÓ 138
Apostila Sistema Digestório

Quando o Quimo chega até a Válvula ileocecal


– ele fica retido por várias horas, até que a
pessoa faça outra refeição – quando isso
ocorre, o Reflexo Gastroileal intensifica o
peristaltismo no íleo e força esse quimo a
passar pela Válvula para o Ceco do Intestino
Grosso.

Válvula Ileocecal
Evita que o Refluxo do conteúdo fecal
do Cólon para o Intestino Delgado.

Possui o Esfíncter Ileocecal que se


mantém levemente contraído –
retardando o esvaziamento do conteúdo
íleo no Ceco. – esse retardo facilita a OBS: Quando a pessoa está com o Apêndice
absorção. inflamado, a irritação desse remanescente
vestigial do Ceco causa intensos espasmos do
Esfíncter ileocecal e paralisia parcial do Íleo –
bloqueando o esvaziamento do Íleo no Ceco.

Esse peristaltismo é bem intenso após a


refeição – pois a entrada de Quimo causa a
distensão de sua parede – gerando o
Reflexo Gastroentérico (Plexo Mioentérico).

Além disso, os hormônios como: Gastrina –


CCK – Insulina – Motilina e Serotonina também
intensificam a motilidade intestinal.

OBS: Secretina e Glucagon inibem a motilidade


do Intestino Delgado.

Legenda: Esvaziamento da Válvula Ileocecal


LETÍCIA TIMBÓ 139
Apostila Sistema Digestório

Movimentos do Cólon Movimentos de Mistura - Haustrações

Gera grandes constrições circulares no Intestino


Funções do Cólon Grosso.
Absorção de água e
Metade proximal eletrólitos do Quimo A cada constrição – o músculo circular se
para a formação das contrai, ao mesmo tempo, que os músculos
fezes sólidas.
longitudinais do cólon se reúnem e formam as
Armazenamento de
material fecal, até que – Tênias cólicas.
Metade distal
possa ser expelido.
Essa combinação de contrações faz com que a
OBS: não são necessários intensos movimentos porção não estimulada do Intestino Grosso se
da parede do cólon – por isso ele tem infle em sacos – Haustrações.
movimento lento.

Possui Movimentos de Mistura e Propulsivos.

Função das Haustrações: aumento da área


de absorção.

Cada Haustração dura 30 segundos e


desaparece durante 60 segundos.

Ela faz com que o material fecal no Intestino


Grosso seja lentamente revolvido – sendo
Haustrações Movimento de Massa exposto à superfície mucosa do intestino
LETÍCIA TIMBÓ 140
Apostila Sistema Digestório

para que ocorra absorção de líquido e


substancias.
Estimulação dos movimentos
O Quimo leva de 8 a 15 horas para mover-se
O surgimento desses movimentos após
da Válvula Ileocecal, pelo Cólon, transformando
refeições é facilitado por –
as fezes semilíquidas em material semissólido,
Reflexo Gastrocólico e Duodenocólico.
Cerca de 80 a 200 mililitros de fezes são
Gastrocólico Duodenocólico
expelidos por dia. Estomago encheu = Surge com o
Movimentos Propulsivos – de Massa movimento de massa preenchimento do
Duodeno
Os Movimentos de Massa ocorrem do Ocorre de 15 a 20 Ocorre 40 minutos
Ceco ao Cólon Sigmoide. minutos após a após a refeição
refeição.
Ocorrem por meio de “surtos” – 1 a 3 vezes Reflexo do bebê. -
por dia, durante 15 minutos.
São resultados da distensão do Estômago e
Esse movimento é um tipo de peristaltismo Duodeno e da irritação do Cólon
modificado – caracterizado por uma sequência (Ex: Pessoa com colite ulcerativa)
de eventos:
Defecação
Em resposta à distensão ou irritação –
ocorre a formação de um anel Na maior parte do tempo, o reto está vazio
constritivo em um ponto no Cólon
transverso. (sem fezes) – resultado de existe fraco
esfíncter funcional na junção entre o Cólon
sigmoide e o reto.
Nos 20 centímetros ou mais do Cólon distal ao
anel constritivo, as Haustrações desaparecem e o Quando ocorre o movimento de massa – as
segmento passa a se contrais como unidade –
impulsionando o material fecal em massa para
fezes vão em direção ao reto e ocorre a
regiões mais adiante no Cólon vontade de defecar, com a contração reflexa
do reto e o relaxamento do Esfíncter resanais.

A passagem do material fecal pelo ânus é


Essas contrações se desenvolvem por
cerca de 30 segundos e o relaxamento evitada pela:
ocorre nos próximos 2 a 3 minutos
 Constrição tônica dos Esfíncter anal
interno e Esfíncter anal externo.

OBS: Esfíncter anal externo é inervado pelo


Nervo Pudendo e possui controle voluntário.
Ocorrem outros movimentos de massa
LETÍCIA TIMBÓ 141
Apostila Sistema Digestório

Reflexo da Defecação

A defecação inicia por um reflexo intrínseco –


mediado pelo Sistema Nervoso Entérico local na
parede do reto.

Quando as fezes chegam ao reto –


desencadeiam sinais aferentes que se
propagam pelo Plexo mioentérico dando inicio
as ondas peristálticas no Cólon descendente,
sigmoide e no reto – empurrando as fezes na
direção do reto.

À medida que essa onda aproxima-se do ânus


Quando é oportuno para a pessoa defecar – os
– o Esfíncter anal interno se relaxa – por sinais
reflexos da defecação são ativados por
inibidores do Plexo mioentérico.
respiração profunda + movimento do diafragma
Caso o Esfíncter anal externo esteja relaxado para baixo + contração dos músculos
conscientemente – ocorre a defecação. abdominais – caso essa pessoa iniba, com muita
frequência, seus reflexos naturais, resulta em –
Esse reflexo intrínseco mioentérico não é
Constipação grave.
suficiente – existe a necessidade do Reflexo de
defecação parassimpático. Recém-nascidos e pessoas com transecção da
Medula espinhal – os reflexos da defecação
Quando ocorre a estimulação do reto – sinais
causam o esvaziamento automático do
são transmitidos para a medula espinhal e de
intestino, em movimento inconvenientes –
volta ao Cólon descendente, sigmoide, reto e
devido à ausência do controle consciente
ânus – por fibras parassimpáticas dos Nervos
exercido pela contração e relaxamento
Pélvicos.
voluntários do Esfíncter anal externo.
Esses sinais intensificam as ondas peristálticas e
relaxam o Esfíncter anal interno – convertendo
o Reflexo de defecação mioentérico intrínseco
de efeito fraco, a processo intenso de
defecação.

Os sinais que entram na Medula espinhal


desencadeiam outros efeitos: inspiração Referências:
profunda, fechamento da glote e contração dos
 Livro Tratado de Fisiologia Médica –
músculos da parede abdominal – forçando os
conteúdos fecais do Cólon para baixo e Guyton e Hall 13ªed. (Capítulo 64)
relaxando o assoalho pélvico.  Aula: Prof Ana Cristina Ribeiro – Uninta, dia
27/04/2021, das 14 às 16hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 142
Apostila Sistema Digestório

Desejo por comida


Efeitos fisiológicos –
Fome contrações rítmicas
do Estômago.
Desejo por alimento
Apetite específico.
Satisfação total do
Saciedade apetite

Regulação da ingestão de alimentos


Núcleos Ventromedial
O Hipotálamo – é o centro específico do
(Centro da Saciedade)
encéfalo que controla a fome e saciedade – Afagia e Saciedade
existe uma intensa comunicação entre os Estimulação desse completa
Núcleos Hipotalâmicos. núcleo (Mesmo sem
presença de comida)
Essa comunicação é influenciada por Hormônios Comer de modo
que regulam o balanço energético e metabólico. Destruição desse voraz e contínuo
núcleo (Obesidade)
Sinais que regulam a fome e saciedade –
enchimento gástrico, sinais químicos dos
Lesões nesse núcleo
nutrientes no sangue, hormônios gastrintestinais, Núcleo causam excesso de
hormônios do tecido adiposo e sinais do córtex Paraventrícular ingestão de alimentos
cerebral. Lesões nesse núcleo
Núcleo Dorsomedial deprimem o
Núcleos Laterais comportamento
(Centro da Fome) alimentar.
Estimulação desse Hiperfagia Sofre influência de
núcleo (comer vorazmente) múltiplos hormônios
Ausência de desejo do trato
Destruição desse por comida e inanição Núcleo Arqueado gastrointestinal e do
núcleo progressiva tecido adiposo –regula
(perda de peso) a ingestão de
alimentos e o gasto
energético.
LETÍCIA TIMBÓ 143
Apostila Sistema Digestório

Substâncias que alteram o comportamento


alimentar
Grelina
Cortisol
Endocanabinoides
Galanina (GAL)
Orexinas A e B
Substâncias Endorfinas
Hormônio concentrador
Orexígenas de melanina (MCH)
(estimulam a fome) Aminoácidos (glutamato e
ácido y-aminobutírico)
Proteína relacionada à
Agouti (AGRP)
Neuropeptídeo Y (NPY)
Os neurônios POMC liberam a-MSH que atua
Leptina nos Núcleos Paraventrículares sobre o MCR-3 e
Serotonina
MCR-4 – reduzindo a ingestão de alimento e
Norepinefrina
Insulina aumentando o gasto energético.
Colecistocinina
Hormônio liberador da Inversamente, a inibição do MCR-3 e MCR-4
Corticotropina aumenta o gasto energético.
Substâncias Hormônio estimulante do
Anorexígenas a-melanócito Os neurônios de substâncias orexígenas liberam
(inibe a fome) (a-MSH)
Peptídeo semelhante ao AGRP, que é antagonista natural do MCR-3 e
Glucagon (GLP) MCR-4, atua inibindo os efeitos do a-MSH na
Transcrito regulado pela estimulação dos receptores da melanocortina –
cocaína e anfetamina
(CART) elevando a ingestão de alimento e diminuindo o
Peptídeo YY (PYY) gasto energético.

Núcleo Arqueado
Mutações do MCR-4
Possui 2 tipos de Neurônios:
Secretam o hormônio Mutações no MCR-4 pode estar associado à
Neurônios pró- a-melanócito obesidade ou anorexia.
opiomelanocortina estimulante (a-MSH) +
(POMC) transcrito relacionado Quando o a-MSH não consegue se ligar ao
á cocaína e MCR-4 – não ocorre redução da ingestão
anfetamina (CART) de alimento, gerando obesidade.
Secretam
Neurônios que Neuropeptídeo Y Caso ocorre hiperativação da via
produzem as (NPY) e Proteína melanocortina (a-MSH) – ocorre anorexia
substâncias relacionada ao Agouti
orexígenas (AGRP)
LETÍCIA TIMBÓ 144
Apostila Sistema Digestório

OBS: O excesso de AGRP – pode causar Secretado em todo o


obesidade humana monogênica (gene único) – Trato Gastrointestinal
pois ele tem função de aumentar a ingestão de Peptídeo YY (PYY) (principalmente no Íleo
e Cólon) – após 1 a 2
alimentos, bloqueando o a-MSH.
horas da refeição. -
OBS: NPY vai estimular o apetite quando os suprime o apetite.
estoques energéticos estão baixos Secretado pelo
GLP Intestino e atua
Controle Mecânico da Fome (peptídeo semelhante estimulado a produção
à Glucagon) e secreção de insulina
pelo Pâncreas –
Os atos de salivar, lamber os lábios, mastigas e
suprindo o apetite.
deglutir – são controlados pelo Secretada pelas
Tronco Encefálico e encaminhados para o Células oxínticas do
Hipotálamo. Estômago, mas
também pelo intestino.
A Amígdala e o Córtex pré-frontal ajudam a Possui níveis elevados
Grelina
controlar o apetite. durante o jejum e é
reduzida após
Lesão na Amígdala levam a – “cegueira
refeições.
psíquica” na escolha dos alimentos – o paciente Aumenta a ingestão
perde o controle do apetite (que determina o de alimento
tipo e a qualidade do alimento que ingere).
OBS: CCK não desempenha papel significativo
Regulação da ingestão de na frequência das refeições ou no total de
energia consumida.
alimentos
OBS: Os picos de PYY são influenciados pelo
Curto prazo número de calorias ingeridas e pela composição
do alimento. (níveis + elevados em ingestão de
Enchimento Gastrointestinal
alimento gordurosos).
Quando ocorre a distensão do Trato
Gastrointestinal (Estômago e Duodeno) – OBS: Cortisol – indutor da fome (+ estresse =
sinais inibitórios de estiramentos são + cortisol = + fome = induzindo fome por
transmitidos por via Vagal até o centro da
fome – gerando saciedade. alimentos calóricos).

Receptores Orais
Hormônios Mastigação – salivação – deglutição e paladar
Liberada no sangue = medem a comida à medida que ela passa
via Vagal – quando pela boca e depois que certa quantidade tiver
Colecistocinina (CCK) gordura e proteína passado, o centro Hipotalâmico da fome fica
entram no Duodeno – inibido.
gera saciedade. Inibição menos intensa e de curta duração
(cerca de 20 a 40 minutos)
LETÍCIA TIMBÓ 145
Apostila Sistema Digestório

Longo Prazo Ações da Leptina

Concentração sanguínea de Glicose,  Redução na produção de NPY e AGRP


Aminoácidos e Lipídios  Ativação dos neurônios POMC, que
Teoria Glicostática da Diz que a redução de liberam a-MSH e ativação dos
regulação de fome e Glicose no sangue
receptores de melanocortina.
da alimentação promove fome.
 Aumento na produção do hormônio
Diz que a redução de
Teorias regulatórias Aminoácidos e liberador de corticotropina – que diminui
Aminostástica e Lipídeos no sangue a ingestão de alimento.
Lipostática promove fome.  Aumento da atividade nervosa simpática
Teoria Glicostática – gerando aumento do metabolismo e
Aumento do nível de glicose sanguínea gera gasto energético
– aumenta a frequência de disparos dos
 Redução na secreção de insulina – o
neurônios glicor-receptores no centro da
saciedade, no núcleos ventro-medial e que reduz o armazenamento energético.
paraventricular do hipotálamo. OBS: Mutações que gera incapacidade de
produção de Leptina ou que geram receptores
Esse mesmo aumento simultaneamente –
diminui os disparos de neurônios leptínicos defeituosos no Hipotálamo – pode
glicossensitivos no centro da fome do ocorre Hiperfagia e Obesidade mórbida.
hipotálamo lateral.
OBS: Acredita-se que a obesidade pode está
associada à resistência à Leptina – os
Temperatura
Aumento da ingestão receptores da Leptina ou as vias sinalizastes
Frio de alimentos. pós-receptor, normalmente ativadas pela
Redução da ingestão Leptina, podem ser deficientes entre os
Calor de alimentos. obesos, que continuam a comer a despeito dos
níveis muito elevados de Leptina.
OBS: O aumento da ingestão de alimento em
animal com frio = aumenta o metabolismo e Importância dos 2 sistemas regulatórios
fornece gordura para isolamento térmico.
O sistema em longo prazo – ajuda a manter os
Sinais de feedback do Tecido Adiposo estoques constantes de nutrientes nos tecidos,
O Hipotálamo pode utilizar a Leptina impedindo que fiquem excessivamente altos ou
(peptídeo liberado pelos adipócitos) para baixos.
avaliar o estoque de energia
Quando o tecido adiposo aumenta – ocorre a O sistema em curto prazo – tende a fazer com
liberação de leptina no sangue – ela atravessa que a pessoa coma quantidades menores (cada
a barreira hemoencefálica alcançando o vez que for se alimentar), permitindo que o
Hipotálamo e causando saciedade alimento passa pelo trato gastrointestinal em
ritmo mais uniforme – permitindo que os
mecanismos digestivos trabalhem em níveis
LETÍCIA TIMBÓ 146
Apostila Sistema Digestório

ideais, além disso, auxiliam a prevenir que a Genes desempenham importante papel na
pessoa ingira, a cada refeição, quantidades que programação dos mecanismos fisiológicos que
possam ser demasiadas para os sistemas regulam a ingestão de alimento e o
metabólicos de armazenamento – uma vez que metabolismo
toda a comida tenha sido absorvida. energético, além
disso, o estilo de vida
Patologias associadas à e fatores ambientais
são importantes.
alimentação
Os genes podem
Obesidade
contribuir para
Excesso de gordura corporal obesidade causando
anormalidade de uma
O marcador substituto para o conteúdo adiposo
ou mais vias que
do corpo é o índice de massa corporal (IMC)
regulam os centros da come ou do gasto
que é calculado:
energético e do armazenamento adiposo.
IMC = Peso em kg/ altura em m²
3 causas monogênicas (gene único) da
obesidade são:

 Mutações do MCR-4
 Deficiência congênita de leptina
 Mutações do receptor leptínico.

OBS: Fatores psicológicos podem contribuir


para a obesidade.
Quando entram no corpo quantidades de
energia (sob forma de alimento) maiores do Pessoas com tumores hipofisários que invadem
que o gasto – o peso corporal aumenta e a o hipotálamo podem desenvolver obesidade
maior parte do excesso de energia é progressiva.
armazenado como gordura. Fármacos mais usados para tratamento de
Esse gordura é armazenada no tecido obesidade são as anfetaminas – inibem
subcutâneo e na cavidade intraperitoneal diretamente os centros da fome no cérebro.

OBS: Novos adipócitos podem diferenciar-se A sibutramina – simpatomimético que reduz a


dos pré-adipócitos (células semelhantes aos ingestão e aumenta o gasto energético.
fibroblastos), em qualquer período da vida e a Orlistate (inibidor da lípase) – reduz a digestão
obesidade em adultos é acompanhada por intestinal da gordura, provocando a perda nas
aumento do número e do tamanho dos fezes e reduzindo a absorção de energia.
adipócitos.
LETÍCIA TIMBÓ 147
Apostila Sistema Digestório

Inanição consumptiva” observada em pacientes com


AIDS e em distúrbios inflamatórios crônicos.
Perda extrema de peso

Pode ser causada por:

 Inadequada
disponibilidade de
comida
 Condições
fisiopatológicas
que reduzem o
desejo por
alimento –
distúrbios
psicogênicos,
anormalidades hipotalâmicas, fatores
liberador pelos tecido periféricos e
câncer.

Anorexia é definida como a redução da


ingestão alimentar provocada por diminuição de
apetite.

Caquexia

Distúrbio metabólico de aumento do gasto


energético.

É acarretado pela perda ponderal maior do que Referências:


a provocada pela redução isolada da ingestão
alimentar.  Livro Tratado de Fisiologia Médica –
Guyton e Hall 13ªed..
OBS: Anorexia e Caquexia – acometem juntas  Aula: Prof Jackson Costa – Uninta, dia
em vários tipos de câncer ou na “síndrome 23/04/2021, das 10 às 12hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 148
Apostila Sistema Digestório

Fisiologia do Sistema Nervoso Entérico

É constituído por redes interconectadas de


Células ganglionares e fibras nervosas localizadas
na – Submucosa e entre as camadas
musculares circular e longitudinal.

Essas rede originam fibras nervosas que Procinéticos


conectam a mucosa e o músculo.

Esse sistema pode regular independentemente


Fármacos Colinomiméticos
da motilidade e da secreção gastrintestinais. São agonistas M3
As Células Enterocromafins liberam Serotonina Betanecol muscarínicos que
promovem a
(5-HT) estimulando os receptores de 5-HT:
motilidade.
Estimula a ocorrência Inibe a AChE,
Dos nervos aferentes de náusea, vômitos e aumentando o
extrínsecos Neostigmina esvaziamento gástrico
dor abdominal.
Contêm peptídeo do intestino delgado e
Dos nervos aferentes relacionado com o do cólon.
intrínsecos gene da calcitonina e Os efeitos colaterais da Neostigmina são –
acetilcolina.
salivação excessiva, náuseas, vômitos, diarreia e
Os interneurônios mioentéricos são importantes bradicardia.
no controle do reflexo peristálticos –
promovendo a liberação de mediadores Antagonistas dopaminérgicos
excitatórios proximalmente e de mediadores
inibitórios distalmente.  Metacoplamida
 Domperidona

São antagonistas dos receptores D²


LETÍCIA TIMBÓ 149
Apostila Sistema Digestório

Inibem a inibição Usos clínicos


dopaminérgica sobre a
ação da AChE.  Gastroparecia (via endovenosa)
 Esvaziamento gástrico de sangue em
 Aumenta a hemorragia gastrointestinal alta antes de
amplitude procedimento de endoscopia.
peristáltica do
Esôfago
 Aumento da
pressão do Esfíncter esofágico inferior
 Aumento do esvaziamento gástrico.

Bloqueiam os receptores D² na zona do gatilho


= antieméticos.

Usos clínicos

 Doença do Refluxo Gastroesofágico


(DRGE)
 Comprometimento do esvaziamento
gástrico Legenda: Vias neurologias envolvidas no vômito
 Dispepsia não ulcerosa Antieméticos
 Prevenção de vômitos
 Estimulação da lactação pós-parto Antagonistas dos receptores de
Efeitos colaterais Serotonina
A Metacoplamida possui efeitos extrapiramidais  Ondansetrona
(distonia, acatisia, manifestações parkinsonianas.)
 Granissetrona
Ambos os medicamentos causam galactorreia,  Dolassetrona
ginecomastia, impotências e distúrbios  Palonossetrona
menstruais.
OBS: Vonau (ondansetrona) causa lábio leporino
Macrolídeos Esses medicamentos bloqueiam os receptores
5-HT³ - nas centrais das zonas de gatilho e do
Classe de antimicrobianos. vômito.
Eritromicina – ela estimula os receptores de
motilina no músculo gastrointestinal.
LETÍCIA TIMBÓ 150
Apostila Sistema Digestório

Atuam também nas periferias dos nervos vagais Benzamidas substituídas


intestinais aferentes extrínsecos.
 Metoclopramida
Uso clínico
 Domperidona
Náuseas e vômitos induzidos por terapia e no
Bloqueiam os receptores
pós-operatório.
de dopamina.
Efeito colateral
Previnem as náuseas e
Constipação intestinal vômitos.

Efeitos colaterais
Antagonistas dos receptores de
Causam efeitos
neurocinina piramidais
(inquietação, distonia
Aprepitanto – bloqueia a central na área
sintomas
postrema.
parkinsonianos.)
Atua na prevenção de náuseas e vômitos
tardios e agudos em consequência de Canabinoides
esquemas quimioterápicos muito emetogênicos.
 Dronabinol
Efeitos colaterais  Nabilona

Causa fadiga, tontura e diarreia. Tratam o vômito induzido pela quimioterapia

São antieméticos análogos do


Anti-histamínicos tetra-hidrocanabinol (THC)
 Difenidramina Efeitos colaterais
 Dimenidrinato
Causa euforia, alucinações, boca seca, aumento
 Meclizina
do apetite e taquicardia.
Antagonistas de
receptores H¹

Prevenção e tratamento
da cinetose. Referências:

Efeitos colaterais  Livro Farmacologia Básica e Clínica –


Katzung 12ªed (Capítulo 62).
Causam tontura,  Aula: Prof Webertty Mayk – Uninta, dia
sedação, boca seca e retenção urinária. 30/04/2021, das 08 às 10hrs.
LETÍCIA TIMBÓ 151
Apostila Sistema Digestório

Fisiologia da secreção ácida


As doenças ácido-pépticas incluem: Na região do Antro gástrico do Estômago
temos 2 células principais:
 Refluxo gastresofágico
 Úlcera péptica (gástrica e duodenal) Produtoras de
Células G Gastrina
 Lesão da mucosa relacionada com
estresse. Produzem
Células D Somatostatina
Mais de 90% das úlceras pépticas decorrem da
A Gastrina é levada pela corrente sanguínea
infecção pela bactéria Helicobacter pylori ou o
até a região do Fundo Gástrico – onde
uso de fármacos anti-inflamatório não
encontra as Células Enterocromafins
esteroides.
semelhantes.
Os fármacos utilizados nessas doenças podem
Essas células possuem receptores de Gastrina e
ser classificados de 2 formas:
Acetilcolina (Muscarínico M3)
Fármacos que reduzem a acidez OBS: Acetilcolina é liberada por um Nervo Vago
intragástrica pós-ganglionar.
Antiácidos Bicarbonato de sódio
Antagonistas dos A produção do ácido depende de substancias
receptores H² Ranitidina produzidas no próprio estômago (gastrina) e de
Inibidores da Bomba substancias liberadas através de impulsos
de Prótons Omeprazol
nervosos (acetilcolina).

Fármacos protetores de mucosa A ligação entre Células Enterocromafins


Sucralfato - semelhantes + Gastrina + Acetilcolina – libera a
Análogos de Histamina armazenada.
prostaglandinas Cytotec
A Histamina liga-se ao receptor H² da Célula
Compostos de bismuto -
Parietal – estimulando a produção de ácido.

OBS: Essa produção de ácido pode ser feita


diretamente pela Gastrina ou pela Acetilcolina.
LETÍCIA TIMBÓ 152
Apostila Sistema Digestório

O ácido aumenta de quantidade e se dissipa até


chegar a uma concentração que a Célula D
Uso clínico
consiga perceber – liberando assim a
Somatostatina, um inibidor da Célula G Pirose(queimação,
azia)
A produção do ácido depende da ligação da Utilização de
Dispepsia intermitente
histamina e da ligação direta da célula parietal (dor na boca do Antiácidos
com a gastrina e a acetilcolina. estômago)

Antiácidos Efeitos Colaterais

 São de venda livre e possui ação de 2 Eructação (arroto) Causada pelo CO²
Excesso de
horas.
Alcalose metabólica Bicarbonato de sódio
 Utilizado quando paciente se alimentou gera acúmulo dele –
com algo que lhe causou Pirose ou alcalinizando o sangue.
Dispepsia intermitente. Paciente Hipertenso –
 Neutralizam o ácido por ser uma – Retenção de líquido Insuficiência renal
Base fraca
OBS: Antiácido é um veneno para pacientes
 Reagem com o Ácido Clorídrico (ácido Hipertensos – pois um de seus produtos é um
forte) e produz via de regra: Água + um “sal”, gerando o aumento da pressão e
sal + CO² consequentemente o aumento da pressão
Bicarbonato de sódio hidrostática, jogando o sangue contra a parede
– NaHCO³ Ambos têm Carbono e fazendo o plasma migrar para os tecidos =
Carbonato de cálcio – que produz o – CO² edema.
e causando eructação.
CaCO³
Hidróxido de magnésio Ambos não possuem Causado pelo
Diarreia osmótica Hidróxido de Magnésio
– Mg (OH)³ Carbono – não
Causado pelo
Hidróxido de alumínio gerando o CO² e não Constipação
causando eructação. Hidróxido de Alumínio.
– Al (OH)³
OBS: Todos os Antiácidos podem afetar a
absorção de outros medicações por conta de
sua ligação ao fármaco (reduzindo a absorção)
ou do aumento do pH intragástrico, com
consequente alteração na dissolução ou
solubilidade do fármaco.
LETÍCIA TIMBÓ 153
Apostila Sistema Digestório

Antagonistas dos receptores de H²


 Atuam bloqueando o receptor de H²
diminuindo a produção de ácido.
 Meia vida varia de 1,1 a 4 horas.
 Utilizado 2x ao dia.
 Utilizado quando o paciente possui
Refluxo e Ulceras.
 Inibição competitiva – entre o Os antagonistas H² são bem efetivos na inibição
medicamento e a Histamina. da secreção ácida noturna – porém, exercem
 São altamente seletivos e não afetam os impacto moderado sobre a secreção de ácido
receptores H¹ ou H³. estimulada pelo alimento.
Possui muitos efeitos Uso clínico
Cimetidina colaterais – NÃO
indicado.  Doença do Refluxo Gastroesofágico
Ranitidina -
 Doença ulcerosa péptica
Nizatidina -
 Dispepsia não ulcerosa
Famotidina Mais potente.
 Prevenção do sangramento da gastrite
Esses Antagonistas reduzem a secreção de relaciona com estresse
ácido estimulada pela Histamina, Gastrina ou por
Efeitos Colaterais
fármacos colinomiméticos através de 2
mecanismos: São muito seguros e em apenas 3%
promovem diarreia, cefaleia, fadiga, mialgias e
1. A Histamina liberada pelas células ECL, pela
constipação intestinal.
Gastrina ou por estimulação vagal tem sua
ligação ao receptor H² da Célula Parietal Exceção da Cimetidina – alteração do estado
bloqueada. mental (confusão, agitação, alucinações),
2. A estimulação direta da Célula Parietal pela ginecomastia (homens) e galactorréia
Gastrina ou pela Acetilcolina exerce ume (mulheres.)
feito diminuído sobre a secreção de ácido na
presença de bloqueio dos receptores H².
LETÍCIA TIMBÓ 154
Apostila Sistema Digestório

A Cimetidina inibe a ligação da


di-hidrotestosterona aos receptores de
androgênio, inibe o metabolismo do estradiol e
aumenta os níveis séricos de prolactina.

Além disso, ela interfere em diversas vias


hepáticas importantes do metabolismo de
fármacos pelo citocromo P450 – inclusive as
catalisadas por CYP1A2, CYP2C9, CYP2D6 e
CYP3A4.

CAI NA PROVA = Ela também compete com a  Deve ser ingerido 1 hora antes da
Procainamida (antiarrítmico) pela secreção refeição
tubular renal.  Apresenta meia vida de 1,5 hora.s –
todavia, a duração de inibição da
Inibem o metabolismo de 1ª passagem do
secreção de ácido alcança 24 horas, em
etanol, particularmente em mulheres – o álcool
virtude da inativação irreversível da
é degradado, potencializando esse álcool.
Bomba de Prótons.
(exceto a Famotidina)
 Inibem a secreção de ácido em jejum e
Inibidores da Bomba de Prótons estimulada por refeição.

(IBP) São Pró-fármacos – possuem uma capa


protetora, pois caso cheguem livres no
6 IBP estão disponíveis para uso clínico : Estômago, eles vão ser quebrados pelos ácidos.

Omeprazol Misturas racêmicas Essa capa permite que passem pelo Estômago
Lansoprazol dos isômeros R e S. e cheguem ilesos no Intestino – onde são
Esomeprazol Isômero S do absorvidos e levados pela corrente sanguínea
Omeprazol até o Estômago – bloqueando a Bomba de
Dexlasonprazol Isômero R do Prótons.
Lansoprazol
Rabeprazol - Por isso eles possuem uma rápida absorção e
Pantoprazol - difusão.
Os IBP inibem a secreção tanto em jejum CAI NA PROVA: Esses fármacos podem
como estimulada por uma refeição – pois, eles diminuir a absorção de Cetoconazol,
bloqueiam a via comum final de secreção de Intraconazol, Digoxina e Atazanavir
ácido– a Bomba de Prótons.
(inativação irreversível da Bomba) Uso Clínico

 Doenças do Refluxo gastresofágico


 Doença ulcerosa péptica
LETÍCIA TIMBÓ 155
Apostila Sistema Digestório

 Dispepsia não ulcerosa Esse


 Prevenção do sangramento da mucosa medicamento
relacionado com estresse. possui carga
 Gastrinoma e outros distúrbios de negativa e
hipersecreção. liga-se as
proteínas de
Efeitos colaterais carga positiva
São bem seguros e em apenas1 a 5% na base das
promovem diarreia, cefaleia e dor abdominal.. Úlceras ou das erosões – formando uma
barreira física que restringe lesão cáustica
Causa redução da absorção de Vitamina B12 e adicional e que estimula a secreção de
minerais ligados a alimentos (ferro, sais prostaglandinas e de bicarbonato pela mucosa.
insolúveis de cálcio, magnésio) – pois inibe a
secreção do Ácido. É utilizado em Estômago vazio – 1 hora antes
da refeição.
OBS: Agravamento da Osteoporose.
Efeitos colaterais
O ácido gástrico atua como uma importante
barreia à colonização e infecção do Estômago Ocorre constipação intestinal em 2% dos
e Intestino por bactérias ingeridas – por isso pacientes. – em razão do sal de alumínio.
são detectados aumentos nas concentrações
gástricas de bactérias em pacientes que usam Análogos das Prostaglandinas
IBP.
Misoprostol é um medicamento que possui
Os níveis de Gastrina são regulados pela acidez propriedades inibidoras da secreção de ácido e
intragástrica – a supressão desse ácido gera protetores da mucosa..
um aumento nos níveis séricos de gastrina e
Esse fármaco estimula a secreção de muco e
essa elevação estimula a hiperplasia das células
bicarbonato, além de aumentar o fluxo
ECL e das Parietais, causando Hipersecreção. =
sanguíneo da mucosa.
Hipergastrinemia.
Possui meia vida de menor de 30 minutos,
Sucralfato sendo administrado de 3 a 4 vezes ao dia.

É um sal de sacarose complexado com Efeitos colaterais


Hidróxido de alumínio sulfatado. Diarreia, dor
Em água ou soluções ácidas – forma uma abdominal e cólica.
pasta viscosa e de consistência firme, que se Aborto – estimula
liga ás ulceras e erosões por 6 horas. as contrações
uterinas.
LETÍCIA TIMBÓ 156
Apostila Sistema Digestório

Compostos de Bismuto
Subsalicilato de Bismuto é um medicamento
que recobre as ulceras e as erosões formando
uma camada protetora contra ácido e pepsina.

Além disso, ele estimula a secreção de


Prostaglandinas + Muco + Bicarbonato.

Diminui a frequências das evacuações em


episódios diarreicos – devido à inibição da
secreção intestinal de prostaglandinas e de
cloreto pelo salicilato.

O Bismuto exerce efeitos antimicrobianos


diretos contra H. pylori.

Efeitos colaterais

Escurecimento inócuo da língua e fezes.

Ataxia – cefaleia – confusão e crises


convulsivas.

Referências:

 Livro Farmacologia Básica e Clínica –


Katzing 12ªed.. (Capítulo 62)
 Aula: Prof Webertty Mayk – Uninta, dia
30/04/2021, das 10 às 12hrs..

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