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VAL DUSEK ul ll ‘009 Mulheres, feminismo e tecnologia ‘Teabao de mulher nunca acabe ‘Outro dia vi um homem, F dizia que ela nto trabalava.. le disse: folgad, desvergonhada! ‘oot tem mesmo que confess; Pots estou farto de sustentila [Nessa via de no fazer nada, A mulher, ea respondent ‘Trabalho tanto quanto voc, E vou sd dizer alinta De do o que uma mulher tem de faze Entde, homens, se quetem etfs, [Nip resmanguem asim coms a mle; Poieneahum homem pode imaginar “0 que una mort de fae Lesley Nelson-Burs (1850) (lugar da mulher esté errado, James Thurber (c 1950) Fem, re filosofiafeminita da tecnologia é parte do movimento e projeto | |! a0 ‘maiores da filosofia feminista em geral. A filosofiafeminista comegou na ética aplicada (Alcoff ¢ Potter 1993), na qual questdes de género referentes a aborto, criagio dos filhos, linguagem sexista ¢ questSes gerais do poder e dominio masculinos so as mais evidentes. Contudo, A medica que a filosofia feminista se desenvolveu, as filésofas feministas passaram a lidar com questées fundacionais na teoria do conhecimento € na metafisica, Durante a década de 1970,.como parte da chamada segunda onda do feminismo (a primeira onda foi a luta pelo sufragio feminino), surgiu a filosofia feminista da cigneia ¢ da tec Floste da teen autoras como Evelyn Fox Keller, Donna Haraway ¢ Sandra Harding ‘As abordagens feministas da teoria do conhecimento muitas vezes sao feitas em contraste e em oposigao as al sens-padrao positivistas, objetivistas ¢ tecnocraticas (ver capitulos 1 e 3). ‘Algumas tendéncias filoséficas da parte final do século XX foram exploradas, desenvolvidas e ampliadas por epistemologistas (tedricas do conhecimento) ¢ fildsofas feministas da ciéncia e tecnologia. A critica do positivismo juridico e as filosofias pés-positivistas de orientagio psicologica ou social, como as de Thomas Kuhn (assim como de Ste- phen Toulmin, Paul Feyerabend ¢ Michael Polanyi), abriram questdes ¢ topicos referentes a vieses sociais ¢ psicoligicos na ciéncia para as “Fildsofas feministas (Tuana 1996). Da mesma maneira, as abordagens 3 2 fenomenoldgicas ¢ hermenéuticas da filosofia continental que acabaram __ Contudo, o que por ser assimiladas na filosofia dos EUA deram abertura para que as, viciado 0 relato de feministas introduzissem o papel do contexto, dos sentimentos pessoais i buicdes femininasd € da situagao social na filosofia da ciéncia. A critica da celebragio acri- americano dos sists tica do progresso tecnolégico e de fantasias futurologicas de co role Jevantamento total da natureza, suscitada pelo movimento ecoldgico, assim como « x ue POF. roménticos alemaes e ingleses na filosofia (ver ‘0 caminho para que as femini em aspectos masculinos da a. Criticas pragmaticas e exis- de observador distanciado, com a “vista ¢ lugar nenhum”, para usar a expressio de Thomas Nagel, f por algumas feminists para que critcassem anogao de objetividade A critica pragmatice de W. de teorias e de uma ales ,cobecinantzan apreens ui ” conhecedores individuais (Nelson 1990). Ae nw ie HA varias dreas de investigagao da tecnologia na relagdo com as, mulheres. Entre clas estio: (a) contribuicio geralmente menosprezada das mulheres para a tecnologia e a invengao; (b) efeito da teenologia as ely ed paras eecuolog|ale'ainvengso; () en enc’ 182 uleres, feminism e teowingia nas mulheres, incluindo a tecnologia doméstica ¢ a tecnologia repro dutiva; (c) descrigdes caleadas no retéforas de género da tecnologia € da niatureza e seu papel na socie : {BR Fimo wucepa CCONTRIBUICOES DAS MULHERES PARA) p= ye) rj eon aT EAS Eat LTE 1 OTTO waa Fee STM SMa, Uma drea de pesquisa éa que mostra as contribuigdes muitas vezes subeltimadas das mulheres para a tecnologia e a invens30, Da coleta gem de alimentos da pré-historia ao desenvolvimento computadores de neg mulheres tm contribufdo substancialmente para a tecnologia (Stanley 1995). Contudo, 0 que é classificado como tecnologia tem freqitentemente viciado o relato de modo que se excluam ou subestimem as contri- buigdes femininas. Mesmo o mais cloqitente ¢ influente historiador americano dos sistemas tecnoldgicos inclui poucas mulheres em seu evantamento recente (Hughes 2004). Por exemplo, a antropologia da década de 1960 descobriu uma teoria unificadora do desenvolvimento do moderno Homo sapiens nna teoria do “homem cagador”. A caca de grandes animais foi vista” como central para o desenvolvimento da inteligéncia humana ¢ da _cvoperasio socal. Como os homens foram predominantes na caga de ‘grandes animais, is ‘cou que foram responsaveis pelo avango social da humanidade. Como Ruth Hubbard perguntou retoricamen- te vutro cont S voluiram?” (Hubbard 1983). Em fins da década de 1970, sob a influéncia do feminismo, algum: antropdlogas desenvolveram a teoria ou relato da “mulher coletora” para enfatizar as contribuigdes das mulheres para 0 fornecimento de nento. Alguns desses relat que a coleta de plantas, 27: CSREES + ne ee ie (es para_a nutrisio geral que a caga ocasional de grandes animals. Lewis Mumford havia observado anteriormente como a identificagson da tecnologia com maquinas e armas havia papel masculino na invengao € que a agia de recipientes ¢ arma- Fis da teen zenagem era muitas vezes menosprezada (obser vamos isto em nossa ‘A teenologia damést discussio da tecnologia animal no capitulo 8). Mumford observou que Durante 0 =! ‘embora a extensio da perna nos dispositivos de transporte e a extensio natureza do traball do brago nos projéteis houvesse sido enfatizada, um tipo de pudor levou os fornos a gas, = 3 historiadores da tenologia a ignorarem a extensio do ventre e do sio exemplos. 0 == seio como dispositivos de armazenagem ou incubagio (Mumford 1966, grandes efeitos sob pp. 140-142; Rothschild 1983, pp. xx). Durante a Idade Média, a invengio Surpreenident= do moedor ou moinho de cereais movido 4 mao, uma parte do trabalho ticos nio dimin= das mulheres, introduziu a manivela na mecanica (White 1978). 1983). Para as mall Em séculos mais recentes, a suposi¢ao de que as mulheres nio contrabalangou 2 = 6) foram inventoras, como afirmou Voltaire (Stanley em Rothschild 1983, de pé e do forne ™ T\,, .-P- 5), levou as historias de mulheres inventoras a serem ignoradas, maior desses dispo™ “cocultadas ou interpretadas erroneamente. Supd¢-se muitas vezes que, diminuiu o trabale “Y CA*“se as mulheres fizeram quaisquer invengdes, elas diziam respeito a0 go em comparac Y “trabalho de mulher’, isto é, o trabalho doméstico. A inventora de contratadas ¢ Lava Vvex—am projeto para uma represa em um rio teve o pedido de patente da maquina de lew T\ “A. erroneamente interpretado como um projeto para “represa” em uma __ portanto, lavé-las = pia de cozinha! Como em outras areas, como a literatura, a produ- as casas muito m= Go ou invengio das mulheres foi atribulda a seus maridos. © caso. © boom dos subsist freqiientemente controvertido da contribui¢ao de Catherine Green Assim, roupas © <= para a invengo da descarocadeira de algodio por Eli Whitney é um a lavagem das ross exemplo famoso. Green provayelmente sugeriu 0 uso de uma escova * -Os novos fornos = para remover as fibras de algodao que ficavam presas nos dentes do o témpo de prep cilindro (Stanley 1995, p. 546). Emily Davenport fez contribuigées Além disso, 0 ds $050 cruciais para o motor elétrico pequeno de Thomas Davenport. Ann cansativas € eviGSSs ¢- Harned Manning inventou conjuntamente com o marido, William alimentos ¢ na las Manning, uma colhedeira mecinica, antes que McCormick inventasse dos maridos pels = a sua, mas ¢ 0 marido William quem geralmente recebe o crédito, mente difundido gs eae donas de casa pra A disponib™ A TECNOLOGIA E SEUS EFETTOS, PARTICULARMENTE de casa, Antes, I ‘SOBRE AS MULHERES entregues na pore Duas dreas que mais evidentemente tiveram efeitos especificamente mével, as viagenss sobre as mulheres so as tecnologias doméstica e reprodutiva. Os efeitos indir 184 ‘A tecnologia doméstica Durante 0 século XX, algumas invengdes mecinicas mudaram a ) FeC-4- natureza do trabalho doméstico. A maquina de lavar, o aspirador de pd, 7 0s fornos a gis, elétricos e de microondas ¢ 0s alimentos congelados sio exemplos. O encanamento interno ¢ 0 automével também tiveram grandes efeitos sobre o trabalho doméstico ¢ a alocagio de tempo. Surpreendentemente, a introdugio desses dispositivos domés") \ ticos nao diminuiu as horas gastas por domésticas ¢ mies (Cowan) <> 1983). Para as mulheres de classe alta, o declinio no uso de criados | contrabalangow a maior eficécia da maquina de lavar, do aspirador de p6 ¢ do forno. Para as donas de casa menos afluentes, a eficiéncia, maior desses dispositivos domésticos aumentou o resultado, mas néo diminuiu o trabalho, A maquina de lavar economizava tempo e esfor-| | 0 em compara¢io com a lavagem manual, mas o uso de lavadeiras contratadas ¢ lavanderias profissionais declinou. A eficiéncia maior | da maquina de lavar também levou as pessoas a trocar de roupas e, portanto, lavé-las com maior freqiiéncia. O aspirador de pé deixou |" as casas muito mais limpas, mas o tamanho das casas cresceu durante » 0 boom dos subirbios da década de 1950. Havia mais areas a limpar. | Assim, roupas ¢ casas ficaram mais limpas, mas a limpoza das casas ¢ | a lavagem das roupas tornaram-se mais freqiientes ¢ mais extensas. -Osnovos fornos e alimentos preparados e congelados diminuiram | = © témpo de preparagao, mas outras atividades tomaram seu lugar. 1/1 Além disso, o desaparecimento de muitas das atividades fisicamente || cansativas e evidentemente especializadas envolvidas no preparo dos alimentos e na limpeza muitas vezes levou a um declinio no respeito, dos maridos pelo trabalho doméstico de suas esposas. O mito ampla- mente difundi relo menos a década de 1950 foi o de que-as donas de casa praticamente nao tinham trabalho para fazer. = 40To A disponibilidade do automével mudou as atividades das donas \ >. de casa, Antes, leite, pao, gelo ¢ a maior parte dos mantimentos eram | = entregues na porta de casa e os médicos faziam visitas. Com 0 auto- |... mével, as viagens & loja e ao médico tornaram-se mais freqiientes. | > Os efeitos indiretos do desenvolvimento do sistema automobilistico Floofia da teenoaga Jevaram 4 expansio dos suburbios, ao desenvolvimento de centros de ‘compra e supermercados ¢ ao dectinio das Jojas de familia locais, tudo isto aumentando a quantidade de viagens necessérias para.a compra de alimentos. O declinio do transporte piiblico, em parte devido a dominincia do automovel, também significa procura maior pelo automével para o transporte. Gasta-se muito tempo transportando e buscando as criangas em suas varias atividades. Apesar dos progressos na tecnologia doméstica ao longo de trés décadas nos paises (como se costumava dizer) “socialistas efetivamente existentes” ou de estilo sovitico, a resposta & pergunta “O socialismo liberta as mulheres?” parecia ser um “nao” com ressalvas, Na Unio Soviética, embora as mulheres logo trabalhassem em periodo integral, seus mars também experavam que elas fizessem o trabalho doméstico. Houve ex nentos iniciais com avanderia € MeSH preparo de sslgaes as.nao foram enem foram dlradouros pars alviarofardo das mulheres Scott 1974). No desenvolvimento da tecnologia doméstica, ha grande ciséo de _género entre os planejadores (quase todos homens) ¢ 0s consumidores (a maioria mulheres). The central house vacuum & vendido na Suécia atraindo principalmente a usuéria, mas também o homem como aquele que com- pra, joga fora a sujeira e faz os consertos (Smeds et al. 1994). O forno de microondas na Gra-Bretanha comegou como um brinquedinho “gee whiz” vendido em lojas de som e eletrénica. S6 depois passou a s como um eletrodoméstico e a ser vendilo em lojas de eletrodomésticns. Nesta iltima situago, as técnicas de venda concentram-se nos temores femininos quanto & tecnologia e ao risco paraa satid or artigos insuficientemente cozidos (Ormrod 1994). ‘tecnologia reprodutiva Uma segunda area da tecnologia que evidentemente influenciou a vida das mulheres é a tecnologia reprodutiva. Durante os primeiros anos da segunda onda do feminismo, no inicio da década-de-1970, The Dialectics of Sex (1970), de Shulamith Firestone, propé efeitos colaterss Uma camp Terceiro Mund Muihees,feminismoe een Firestone, propds que apenas separando as mulheres da gravidez e do parto por meio de ventres artificiais seria possivel a igualdade lena das mulheres, Esta abordagem de conserto tecnoldgico foi logo ses pela mations ay feminine tend = eulticr o mnie yento € o con Scone da joan i ssteras tenclopine reprovdutivas referem-ce a comsegui'a ae zs feminists mse interessado em amplar a disponbilidade de conrs- Cepcio e aborto para que as mulheres tenham o controle sobre se ¢ quando engravidar, As criticasfeministas concentraram-se na alegada fla de intrese pla sai das mulheres pesquis en descivol Ey de uma injecio contraceptiva que atua por trés me de usar um contraceptivo fisico C7), FAL Ry - fandos para que a International Planned Parenthood Federation dis- @y tribuisse o Depo por todo 0 mundo. Dados de estudos feitos pelo fabricante na Nova Zelindia, a Upjohn, foram enviados § sede da companhia para anliseestatistca ¢ néo foram publicados. Os eft afirmaram que as afirmagSes publicadas sobre a droga menosprezam cfeitos colaterais como cincer ¢ hemorragia (Bunkle 1984), _ Uma campanha aparentemente sub-repticia de esterilizagio ma~ Ru +m Porto Rico durante as dads ~! 2, = informado das pacientes, lo eto das mulheres do ‘Terceiro Mundo. Flosoia 6 teenoigt tecnologias reprodutivas ofere- ceram is mulheres, A contracep¢io, a fertilizacSo in vitro, o implante de embrides ¢ 0 mapeamento genético estio entre tais tecnologias. A capacidade de impedir a gravidez, de conceber filhos de mulheres anteriormente inférteis e de mapear c abortar fetos com defeitos genéticos é apresentada em termos de capacidade aumentada e livre escolha, As crticasfeministas das novas teenologias reproduitivas, por oatro lado mulheres. Espera-se que 17 inférteis fagam uso das novas tecnologias reprodutivas para s capazes de se reprodurir. Espera-se que as mulheres fagain mapea- mento e abortem fetos “defeituosos”, Uma mulher que nao faz uso do mapeamento genético ou que escolhe dar & luz uma crianga com deficiéncia genética é considerada moralmente negligente pelos que aceitam 0 aborto ¢ a nova tecnologia (Rothman 1986). Os criticos no movimento pelos direitos dos incapacitados também eee lez por eliminar embrides “defeituosos” demonstra a postura negativa da sociedade para com os incapacitados. Questdes raciais, &tnicas ¢ de classe também entram na avidez por abortar os poten- pp do conhecimento da gravidez que ¢ superior ao da mie. Ela também muda o tipo de conhecimento envolvido. Tradicionalmente, a sensagio materna de movimento ¢ chutes no ventre cra 0 meio de perceber 0 feto, Este foi substituido pela imagem visual do ultra-som. Muitos }, autores desde Friedrich Nietzsche (1844-1900) observaram que a < __ percepeio visual ¢ um tipo mais afastado, “distanciado” de percepsao +. que 0s dos outros sentidos (Jay 1993). Durainte os iltimos séculos, a ‘OLA percepgio visual recebeu prioridade diante de outros sentidos, como o tato € 0 olfato, O visual esti ligado a descrigdo geométrica e objetiva D do mundo da ciéncia moderna. A sensagio do feto é parte das sensa- Ses corpéreas da mae, ao passo que a imagem visual é uma imagem de “fora”. A atencio esté na tela, nfo no corpo da mie. As imagens de

Pois tens apenas de seguir e, por assim dizer, perseguranatureza mas peramn- Dulagdes dela e serds capar, quando te aprouver, de conduzi-lae dirigi-la em seguida a0 mesmo lugar outra vez. Tampouco deve um homem ter escrapulo de entrar e penetrar cavidades ¢ recdnditos quando a inguiricio da verdade “for todo ‘0 seu objeto (Harding 1991, p. 43). _Autorasfeministas associaram essa passagem ao fato de que Bacon dedicou seu trabalho ao rei Jaime I, ativo na investigasio e perseguicio dle bruxas, Essa passagem é notéria, mas hi muitos outros tratamen- tos da natureza como escrava ¢ objeto de captura calcados no género (Farrington 1964, pp. 62, 93, 96, 99, 129, 130). “pr Ascritiasfeministas de Bacon viram a relagio do experimen- tador masculino com a natureza como um tipo de sedugio forcosa, proxima do estupro durante um encontro, Allen Soble (1995), em sua dlefesa de Bacon, identifica a relacio de investigador e natureza com 0 casamento e argumenta que o estupro marital era legal no tempo de 2 Bacon (e continuow a ser muito tempo depois). Ele também afirma ©} que nio podemos.encontrar uma “arma famegante”, com 0 que Bacon | tgou diretamente o experimento so stupr da maturera ov associon a investigacio da natureza com a tortura de feiticeiras. Contudo, a passagem citada acima ¢ muitas outras mostram que Bacon coloca sua consideracio da investigagao e manipulagdo da natureza em um contexto de género. Fr Podemos dizer conta eta andlise das metiforas do incto da cién- cia e da teenologia modernas que elas nao sio essenciais& natureza e 4 tecnologia. Experimentos, leis da natureza ¢ invengdes mecinicas 194 sio vilidos por s a imagética do onipresente, contin que tais imagens <= cia e da tecnol motivagoes de c Evelyn Fox Kel de objetos psico norma de distancam € associada a0 mou de objetos, os mess sua identidade de = Os esteredtipos mas ¢ objetividade com populares da ciénes estudantes nos com talentos para ac matérias técnic: engenheiro. Essas = essivo da nature de personalidade = desenvolver. As me ou 0 talento excoss dos meninos por David Nobl sacerdotes ¢ mo: relagdes sexuais om O mundo académs dievais, como Oxi origens clericais © mulheres nao for: XIX. Muitas emines Yale, nao se tornam mulheres no pude= aires, feminism e teeny 40 vilidos por si e a metifora é apenas decoragio exterior. Contudo, a imagética do género masculino na investigacio da natureza ¢ tio onipresente, continuando até nosso tempo, que podemos argumentar que tals imagens e metiforas tém um efeito sobre a imagem da cién- cia e da tecnologia que desempenha um papel no recrutamento © nas motivagdes de cientistas e engenheiros. x Evelyn Fox Keller (1985) e outros, usando a teoria das relagbes de objetos psicoldgicos (Chodorow 1978), afirmaram que a ro norma de distanciamento e objetividade na ciéncia e na tecnologia’ Gassociada a0 modelo masculino, Segundo @ teoria das relagoes* de objetos, os meninos tém de romper com as mies na formagio de sua identidade de uma maneira que as meninas nio tém de fazer. Os esteredtipos masculinos de auséncia de emogio, distanciament« ¢ objetividade correspondem & imagem da ciéncia. Essas imagen populares da cigncia e da tecnologia influenciam o recrutamento de estudantes nos campos. As meninas na escola média e superior com talentos para a ciéncia e a tecnologia so desencorajadas de buscar ‘matérias técnicas avangadas pelas imagens populares do cientista e do engenheiro, Essas imagens, de nerd, por um lado, ou de controlador x: agressivo da natureza, por outro lado, entram em conflito com tragos de personalidade “femininos” que a sociedade encoraja as meninas a \ desenvolver. As meninas também temem que mesmo a inteligéncia Guo talento excessivo para temas técnicos desencoraje 0 interesse | dos meninos por elas. x David Noble, em sew A world without women (1992), enfatizou que % sacerdotes e monges que no eram casados e supostamente nao tina relagSes sexuais com mulheres desenvolveram a erudigao medieval. © mundo académico desenvolveu-se a partir das universidades me- dievais, como Oxford, Cambridge, Paris, Padua e outras, que tinham origens clericais ¢ eram exclusivamente habitadas por homens. As mulheres nao foram admitidas as grandes universidades até século XIX, Muitas eminentes universidades masculinas americanas, como Yale, nio se tornaram co-educacionais até por volta de 1970. As mulheres ndo puderam dedicar-se ao trabalho avancado até 0 século 195 Flosofia da teeooga

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