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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

Bacteriologia e Virologia
Discentes: Evelyn Tamires Andrade; Giulia Andrade; Luanna Júlia Melo; Maria
Carla da Silva; Maria Eduarda da Silva e Myrella Vitória França.
PRÁTICA DE UROCULTURA
Datas: 04 de março e 11 de março

Março de 2020, Recife- PE

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1. INTRODUÇÃO

As infecções do trato urinário (ITU) constituem um dos quadros mais


frequentes entre as infecções humanas e compreendem várias síndromes,
caracterizadas pela presença de micro-organismos no trato urinário e por
serem frequentemente acompanhadas de resposta inflamatória aguda e
sintomática. As síndromes mais frequentes incluem: cistite, pielonefrite e
bacteriúria assintomática. Os principais agentes das ITU são geralmente
limitados aos componentes da própria microbiota intestinal do paciente. Entre
os bacilos Gram-negativos, a maioria é causada por Escherichia coli e, em
menor frequência, por Proteus mirabilis, Klebsiella pneumaniae, Enterobacter
spp e Pseudomonas aeruginosa.

2. OBJETIVOS
A cultura de urina ou urocultura, tem como objetivo diagnosticar uma possível
infecção do trato urinário (ITU).

3. MATERIAIS E MÉTODOS
PRIMEIRA ETAPA:
3.1 MATERIAIS

• Placa de Petri;
• Alça de Bunsen;
• Pipeta de plástico;
• Luva;
• Urina.

3.1.1 MÉTODOS

Abrimos a placa de Petri e com o auxílio de uma pipeta de plástico (figura 1)


inserimos a urina em toda a placa de CLED (Ágar Cistina Lactose Deficiente
em Eletrólitos) e EMB (Eosina Azul de Metileno), em seguida flambamos e
fazemos a técnica de semeadura.
Logo após, encubamos as placas semeadas por 18-24 horas a 35-37 °C.

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Placa de EMB (figura 1) Placa de CLED

SEGUNDA E TERCEIRA ETAPA:


3.2 MATERIAIS

• Água;
• Béquer;
• Bico de Bunsen;
• Contador de Colônias;
• Descorante;
• Fucsina Fenicadu;
• Lâmina;
• Lugol Fraco;
• Luva;
• Pipeta.

3.2.2 MÉTODOS

Iniciamos a contagem com o contador de colônias, CLED 1 foi encontrada com


214.000 UFC/ml colônias de bactérias (figura 2) e CLED 2 foi encontrada com
42.000 UFC/ml colônias de bactérias (figura 3), ocasionando assim a mudança
de coloração para amarelo e verde (positivo); já no EMB deu negativo pois não
houve mudança de cloração (figura 4).
Na amostra do CLED 1 com cerca de 214.000 UFC/ml, desta forma
ultrapassou o limite desejado, consequentemente tivemos que fazer a
coloração de Gram. Colocamos uma gota de água destilada, depois fizemos
uma raspagem para retirar uma amostra colônia (figura 5) em seguida secamos
a lâmina para fixar os microrganismos (figura 6). Após a secagem do
microrganismo, observamos o resultado da coloração de Gram.

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3.2.3 PROCEDIMENTO DA COLORAÇÃO DE GRAM
• Cobrimos a lâmina com a solução de violeta genciana e esperamos cerca
de 1 minuto para podermos retirar com água corrente (figura 7);
• Cobrimos a lâmina com lugol fraco e esperamos 1 minuto (figura 8);
• Removemos o lugol gotejando a solução descolorante em torno de 15
segundo;
• Lavamos em água corrente;
• Cobrimos a solução com fucsina para Gram por 60 segundos (figura 9);
• Lavamos em água corrente, e deixamos secar na posição vertical;
• Por último, observamos no microscópio usando a objetiva de imersão
(figura 10).

(figura 2) (figura 3)

(figura 4)

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(figura 5) (figura 6)

(figura 7) (figura8)

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(figura 9) (figura 10)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

“É considerado um resultado positivo quando se identifica mais de 100mil


UFC/ml colônias de bactérias. O resultado se apresenta como duvidoso
quando essas colônias estão abaixo de 100mil UFC/ml, mas na maioria dos
casos um resultado abaixo de 10mil UFC/ml colônias é desprezível.”
(PINHEIRO, Pedro 2019)

EXAME QUANTITATIVO (AGAR CLED):

No CLED 1 foi encontrada 214.000 UFC/ml de colônias de bactérias, entretanto


houve contaminação externa (figura 2).
No CLED 2 (figura 3) foram encontradas 42.000 UFC/ml colônias de bactérias,
sendo negativo o exame para infecção urinária, formando assim colônias com
coloração amarela, ou seja, Gram negativo.
De esgotamento AGAR LEVINE (EMB), não observamos mudança na
coloração, sendo assim, Gram positiva (figura 11).
Após a realização a técnica de coloração de Gram na urina estudada, a lâmina
foi levada ao microscópio para a visualização das bactérias coradas. Dessa
forma, observou-se na objetiva de 100x, a presença de Cocos Gram negativos
isolados.

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(figura11)

5. CONCLUSÕES

Concluiu-se que a técnica de semeadura por esgotamento e quantitativa para


amostra de urina no meio de cultura foi fundamental no processo de isolamento
e identificação das bactérias.
Houve desenvolvimento de uma ou duas espécies, cuja contagem individual foi
acima de 40.000 – 100.000 UFC/ml, realizando-se assim a coloração de Gram
e antibiograma. No CLED1 solicitamos nova amostra, devido a contaminação
externa. Já o CLED 2 obteve o resultado negativo, devido a amostra de EMB
ter sido determinada como Gram positiva.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PINHEIRO, Pedro. Exame urocultura para que serve e como recolher.


MDSAUDE, cidade de publicação, 11, outubro de 2019. Seção. Disponível em:
<https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura/>.

Urucutura, o que é? Para que serve? Como esse exame é feito ?


AbcMed,quinta feira, 9 de maio de 2013, url:https://www.abc.med.br/p/exames-
e-
procedimentos/352669/urocultura+o+que+e+para+que+serve+como+este+exa
me+e+feito.htm Acesso:24/03:2020

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