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Há algum tempo, acreditava-se que nosso cérebro nã o se alterava depois do

indivíduo se tornar adulto, que era uma fó rmula imutá vel, e que lesõ es neurais
seriam permanentes. Porém, estudos recentes provam o contrá rio: por mais grave
que seja a lesã o cerebral, o sistema nervoso mostra como nosso cérebro pode ser
adaptá vel à s mudanças! Nosso cérebro pode ser entendido como uma série de
caminhos e passagens que nossas sinapses fazem ao longo do neurô nio, e ele está
acostumado a fazer certo caminho todo tempo. Entretanto, o ser humano é
propenso a mudanças ao longo da vida, a partir do meio em que está inserido. Para
entender melhor, podemos comparar o cérebro com outras partes do corpo.
Exercitamos nosso corpo para poder ter um bom condicionamento físico. Com o
cérebro, acontece a mesma coisa: podemos treinar nosso cérebro para pensar, agir
e refletir sobre o que bem entendemos.

Asalteraçõescelularesque

acompanhamasteorias:

Brotamento ou Sprouting:

Ocorre um novo crescimento a partir de axô nios.

Envolve a participaçã o de vá rios fatores celulares e químicos;

Resposta do corpo celular e a formaçã o de novos brotos;

Alongamento dos novos brotos;

Cessaçã o do alongamento axonal e sinaptogênese (processo de formaçã o de


sinapses

entre neurô nios)

Depois que os axô nios foram danificados, as células que anteriormente recebiam
sua entrada siná ptica começam a secretar neurotrofinas que induzem os axô nios
pró ximos a formar novos ramos (brotos) que se conectam à s sinapses vagas.

3. Supersensitividade de Desnervaçã o

1.Os nociceptores sã o neurô nios sensoriais encontrados por todo o corpo humano
capazes de enviar sinais que causam a percepçã o da dor por meio de axô nios, que
se extendem na direçã o do sistema nervoso periférico em resposta a um estímulo
potencial ou real de dano tecidual.

2 Mecanoreceptor- respondem a estímulos mecâ nicos, como a pressã o

De acordo com um 1992 estudo da Universidade da Califó rnia, San Francisco,


supersensitvity devido a denervaçã o é parcialmente provocada por uma reduçã o
na atividade da acetilcolinesterase na sinapse nervo. Esta enzima normalmente
atua para quebra da acetilcolina, uma vez que é liberado na fenda siná ptica entre as
células nervosas.

4. Outro mecanismo ainda em fase de testes é o de transplante de células.

O uso do transplante, combinado com um treinamento adequado, demonstra que


pode haver recuperaçã o através deste associado com programas de reabilitaçã o,
com melhora na habilidade motora.

Síndrome do Membro Fantasma

Em um primeiro momento acreditou-se que a dor fantasma era provocada por um


conjunto de nervos destruídos no momento da amputaçã o. Por isso, a experiência
era explicada como uma irritaçã o nos términos do nervo que enervavam o coto.

No entanto, sabe-se atualmente, graças à s técnicas avançadas de imagem, que a


estimulaçã o do membro amputado se dá exatamente da mesma maneira que a de
uma perna ou braço realmente presentes.

Através da ressonâ ncia magnética e da tomografia, foi possível visualizar a


ativaçã o cerebral de uma pessoa que tenta mover um membro ausente.

Ao que tudo indica, a dor fantasma acontece porque, apesar da amputaçã o, o


cérebro continua recebendo sinais dos terminais nervosos, inclusive daqueles que
agora levam ao membro faltante.

Mesmo com tantos casos relatados e com todas as pesquisas realizadas, a causa do
distú rbio nã o é clara.

Ao amputar um membro, persiste no cérebro a estrutura corporal assimilada antes


da amputaçã o. Para o cérebro, os membros continuam estando no mesmo lugar,
até que ele consiga elaborar um novo esquema mental.

A elaboraçã o do novo esquema é lenta, e os sinais sã o confusos para os


neurô nios. Toda a informaçã o nova sobrecarrega o cérebro, que precisa aprender
novamente em que corpo se encontra.

Em termos neuroló gicos, estamos falando da memó ria somatossensorial. Esta


memó ria do sistema nervoso se alimenta das sensaçõ es que vamos percebendo.

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