Você está na página 1de 24
Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) NORMA ABNT NBR BRASILEIRA Iso 16528-1 Primeira edigao 26.05.2008 Valida a partir de 26.06.2008 Versio corrigida 26.08.2015 Caldeiras e vasos de pressao Parte 1: Requisitos de desempenho Boilers and pressure vessels Part 1: Performance requirements Palavras-chave: Vaso de pressio. Caldelras. Projeto. Fabricagéo. Fornecimento. Descriptors: Pressures vessels, Boilers. Manufacturing. Supply. ICS 23,020.30; 27,060.30 ISBN 978-85-07-00721-0 ht ASSOCIACAO men r agoueo Numero de referéncia DENORMAS ABNT NBR ISO 16528-1:2008 TECNICAS 18 paginas Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 © 180 2007 Todas os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagéo pode sor reproduzida ou uilizada por qualquer meio, eletrinico ou mecdnico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permissdo por escrito pela ABNT, Linico representante da ISO no territério brasileiro, © ABNT 2008 Todos os direitos reservados. A manos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicago pode ser reproduzida 04 uilizada por qualquer meio, eletrinico ou mecanico, incluindo fotocépia e microfilm, sem permisso por escrito pela ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 =28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 85 21 3974-2300 Fax: + 85 21 2220-1762 abnt@abni.org,br wow.abnt.org br Impresso no Brasil Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 Sumario Pagina Prefacio Nacional Introdugao Escopo. Termos e definigées. Unidades de medida. Class icago de caldeiras ¢ vasos de pressdo Deveres e responsabilidades .. 1 Generalidades.. 2 Usuarios e contratantes. 3 Fabricantes. 4 Organismo de inspecao de terceira parte. 2 3 4 5 5. 5. 5. 5. 6 —— Modos de fatha,, 6 6 6 7 7. 7. 7. 1 Generalidades 2 Modos comuns de falha. 3 Modos de falha a serem considerados ... Requisitos técnicos, 1 Generalidades 2 Materiais 3 Projeto.. 7.6 Inspegao final e en: 7.7 — Marcagaolidentificagao 1 1 8 ——_Avaliago de conformidade. Anexo A (informative) Des ‘Anexo B (infomativo) Guia para selegdo de normas.. j0 de alguns modos de falha comuns e condicées-limitos. BSF F280NNoe Bone Veda BOSE EE Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 Prefacio Nacional A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido € de responsabllidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizaca Selorial (ABNT/ONS) ¢ das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores € neutros (Universidade, laboratério e outros). (Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibiidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente, A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagdo de quaisquer direitos de patentes, A ABNT NBR ISO 16528-1 foi elaborada_no Comité Brasileiro de Maquinas © Equipamentos Mecanicos {ABNTICB-04), pela Comissio de Esludo de Caldeiras e Vasos de Presso (CE-04:011.07). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 04, de 09.04.2008 a 08,05.2008, com 0 niimero de Projeto 04:01 1,07-009/1 Esta Norma é uma adogao idéntica, em contetido técnico, estrutura e redagao, a ISO 16528-1:2007, que foi elaborada pelo Technical Committee Boilers and pressure vessels (ISO/TC 11), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005, Esta versdo corrigida da ABNT NBR ISO 16528-1 incorpora a Errata 1, de 26.08,2015. A ABNT NBR ISO 16528, sob 0 titulo geral "Caldeiras e vasos de presstio’, tem a previsdo de conter as seguintes partes: — Parte 1: Requisitos de desempenho; — Parle 2: Procedimentos para atendimento integral 4 ISO 16528-1 Conforme mencionado na Introdugdo, a conformidade com os requisitos desta parte da ABNT NBR ISO 16528 nao substitui a necessidade de atendimento as obrigages abaixo de leis ou regulamentagées locais, nacionais ou internacionais. Portanto, no Brasil, o fabricante deve obedecer a todos os itens obrigatérios da Norma Regulamentadora Brasileira NR 13 — Caldeiras e Vasos de Presséo estabelecida pelo Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Seguranca @ Satide no Trabalho, pela Portaria numero 23/94 e, quando adotada, da norma de construgao utilizada NOTA BRASILEIRA A Parte 2 da ABNT NBR ISO 16528, na sua Introdugao informa que podem existir diversas hormas nacionaisiregionals de uso consagrado. Assim’ sendo, para sfeltos de aplicagdo desta parte da ABNT NBR ISO 16528 no Brasil, a Norma Brasileira a ser utiizada é 2 ABNT NBR 16035 e suas respectivas partes, onde sdo estabelecidos os requisites técnicos especificos para os cédigos ou normas de consirugao de caldeiras @ vasos de prossao, Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- :2008 Introdugao Esta parte da ABNT NBR ISO 18528 especifica os requisilos de desempenho para caldeiras e vasos de press4o, ara garantir a integridade das paredes pressurizadas. Um importante requisito de seguranga é um apropriado fornecimento de requisites técnicos do cliente dos varios modos de falha que podem ocorrer em um equipamento pressurizado, Uma orientagao é dada destes modos, bem como o eritério para atender aos mesmos. Ha significativas diferengas entre paises na regulamentagdo de fomecimento @ operagao de equipamentos pressurizados, Estas diferengas incluem conformidade com norma(s) especifica(s), limitando _fontes ou especificago de material, uso de organismos especificos de inspeco, e sistemas de certilicagao distintos ou licengas importantes, Entretanto, estas normas tém comprovado um histérico de suporte de seguranga publica © boa experiéncia de operacao comercial Esta parte da ABNT NBR ISO 16528, que é baseada em desempenho, permitird que estas normas co-existam, fomecendo uma aproximagéo que pode promover inovagées técnicas, estruturas de regulamentagao existents fe necessidades de mercado. A conformidade com os requisitos desla parle da ABNT NBR ISO 16528 nao substitui a necessidade de atendimento as obrigagdes abaixo de leis ou regulamentagGes locais, nacionais ou internacionais', A ABNT NBR ISO 16528-2 fomece um procedimento para identificar normas prescritivas existentes que atendem totalmente aos requisitos desta parte da ABNT NBR ISO 16528. NOTA DA TRADUGAO: Esta Norma especifica os requisites de desempenho para caldeiras ¢ vasos de pressdo fabricados com destino ao mercado brasileiro, mesmo que sejam produzidos fora do Brasil, para garantir a integridade das partes pressurizadas. Quando tratarese de vaso produzido fora do terrtério nacional, o importador ou usuario do vaso de pressao, através de profissional habilitado, deve verificar © comprovar que o vaso atenda a esta Norma, incluindo todas as exigéncias da NR 13 @ 2 documentago do prontudrio do vaso de pressio no idioma portugués, antes de o vaso ser colocado para venda no ‘mercado intero ou em operacao. (610z/s0/90 :ossesdu} syaRoL opted) O9LZZPPOS'dNE SL-198'0L0'LOP ~ VUVIZIN OLYNER - on!snjoxe osn exed seIdWOXs Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) NORMA BRASILEIRA Caldeiras e vasos de pressao Parte 1: Requisitos de desempenho 1 Escopo Esta parte da ABNT NBR ISO 16528 define os requisitos minimos para construgao de caldeiras e vasos de pressao, Nao 6 intencao desta parte ABNT NBR ISO 16528 cobrir a operagdo, manutengao e inspecao em servico de caldeiras e vasos de pressao. Com relagdo a geometria de partes pressurizadas para vasos de pressdo, 0 escopo desta parte da ABNT NBR ISO 16528 incluio seguinte: a) a extremidade da conexéo para a primeira junta circunferencial, para as conexdes soldadas; b) a primeira junta roscada para conexées rosqueadas; ©) a face do primeiro flange para conexées flangeadas aparafusadas; d) a primeira superficie de vedacao para as ligagdes ou conexdes padronizadas por terceiros; ) _acessérios de seguranga onde necessario. Com relagao & geometria de partes pressurizadas para caldeiras, o escopo desta parte da ABNT NBR ISO 16528, cobre o seguinte: f) conexao de alimentagao de agua (incluindo a valvula de entrada) até a saida de vapor (incluindo a valvula de saida), incluindo todas as ramificagSes que podem ser expostas a risco de superaquecimento © nao podem ser isoladas do sistema principal, 9g) 0s acessérios de seguranga associados; h) tubulagdes auxiliares conectadas caldeira, tais como purgadores, respiros, dessuperaquecimento etc, Esta parte da ABNT NBR ISO 16528 néo se aplica a componentes nucleares, caldeiras ferrovidrias e maritimas, cilindros para gases, sistemas de tubulagéo © equipamentos mecanicos, por exemplo: carcagas de turbinas e maquinas. 2 Termos e definigdes Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR ISO 16528, aplicam-se os seguintes termos e definigées. 24 caldeira ‘equipamento destinado a geragdo de vapor ou agua quente acima da presstio atmosférica 22 vaso de pressio recipients projetado © construido para conter gases ou liquidos sob pressao Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 23 cortificagao procedimento através do qual uma terceira parte ou fabricante fornece uma garantia por escrito de que um produto, proceso ou servigo esl conforme requisilos especificados NOTA Adaptada da ISOMIEC 17000:2004, 24 conformidade completo atendimento de requisites especificados 25 construgao Processo que inclui projeto, especificagao de material, fabricagao, inspegao, exame, ensaio e avaliagao de conformidade de caldeiras e vasos de presstio 26 contratante individuo ou organizagao que adquire caldeiras ou vasos de pressdo para um usuério ou para revenda 27 projetista organizagao ou individuo que executa o projeto de caldeiras e vasos de pressdo em conformidade com uma norma 2.8 oxame atividade conduzida por pessoal qualificado usando procedimentos qualificados para avaliar que determinados produtos, processos ou servicos estao em conformidade com critérios aceitaveis especificados 29 inspecao atividade para verificar que resultados de ensaios requeridos ou exames cumprem com requisitos especificados 2.10 fabricante individuo ou entidade legal que é responsavel pela construgao de caldeiras ou vasos de presséo de acordo com — as especificagdes fornecidas pela parte contratante, — 08 requisitos de uma norma aplicavel para caldeiras e vasos de presséio em considerago NOTA 0 fabricante pode confiar aos cuidadas de um subcontratado parte ou todas as operagées ou trabalhos (incluindo projeto), apés informar (se aplicavel) 20 organismo de inspegao de terceira parte. O fabricante permanece totalmente responsavel pelas operagies ou trabalhos subcontratados. 241 pressdo maxima admissivel presséo maxima para o qual o equipamento & projetado 2.12 proprietario individuo ou organizagao possuidora do titulo legal das caldeiras ou vasos de pressao 2.13 qualificagao prova de conformidade de um individuo, proceso, procedimento ou servigo, para total cumprimento de requisitos especificados Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 214 regulamentagao normas promulgadas por uma autoridade governamental de acordo com estatutos ou diretivas leg 245 acessérios de seguranga dispositivos projetados para proteger e evitar que caldelras e vasos de pressdo excedam os limites admissiveis NOTA Estes dispositves incluem — dispositivos para limitagao direta de presso, tais como valvulas de seguranga, discos de ruptura, barras de flambagem, sistomas de seguranga controlados para alivio de pressao; — dispositivos lmitadores, os quals podem ativar formas de corregdo ou executar o desligamento ou travamento, tais como prassostatos ou termostates ou controle de nivel de fuido © seguranga: — dispositivos de medica, controle e aluste relacionados a seguranca, 216 cédigo!norma documento elaborado e aprovado por uma organizagao normaliva para 0 uso comum e repetido, estabelecendo requisitos mandatérios, guias ou caracteristicas para atividades ou seus resultados NOTA —_ Apalavra “norma” usada om todo o texto desta parte de ABNT NBR ISO 16528 dove sor considerada equivalonte a ‘cbdigo e vice-versa, 2417 ensaio atividade conduzida para delerminar, por procedimentos especificos, que uma ou mais caracteristicas de um produto, processo ou servico atende a um ou mais requisitos especificados 2.18 ‘organismo de inspecéo de terceira parte ‘organizagao independente do fabricante, parte contratante, proprietério ou usudtio, que executa inspegoes conforme estabelecido em normas, em caldeiras e vasos de presséo 219 usuario ‘organizagao ou individuo que utiliza ou opera caldeiras ou vasos de presstio 3 Unidades de medida ‘As unidades de medida devem ser no Sistema Internacional, Produtos normalizados disponiveis apenas em outras unidades podem ser usados. 4 Classificagdo de caldeiras e vasos de pressao Devido a extensa aplicagao de caldeiras e vasos de pressdo, esta parte da ABNT NBR ISO 16528 ndo estabelece um sistema de classificacao baseado na utiizagao, Esta parte da ABNT NBR ISO 16528 referencia um conjunto minimo de requisites técnicas modos de falha, que auxiliam os usuarios desta parte da ABNT NBR ISO 16528 ‘om determinar as aplicagdes apropriadas. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 5 Deveres e responsabilidades 5.1 Generalidades E essencial que 0s deveres, responsabilidades e as interfaces entre as partes contratantes, fabricantes e organismo de inspegao de terceira parte estejam claramente estabelecidos. Em geral os deveres e responsabilidades estao estabelecidos em 6.2 a 5.4. 5.2. Usuarios e contratantes © usuario ou contratante deve estabelecer os requisitos técnicos para caldeiras ou vasos de pressao, levando em considerago fatores associados com todos os aspectos de ulllizacao. Segue um resumo dos elementos de projeto mais importantes que devem ser considerados pelo usuario quando estiver estabelecendo tais requisitos: a) norma de construgao; b) local de instalagao ou aplicagao de caldeiras ou vasos de presséo quando construldos para estoque: ©) _classificagao; 4d) configuragao e dimensées de controle; ©) condigées de projeto (por exemplo, cargas e condigdes de carregamento e requisitos ambientais); ) vida util (por exemplo, fadiga, fluéncia e corrosao); 9) materiais de construgao; hh) _protegao contra sobrepressao (por exemplo, acessério de seguranga). NOTA Quando o fabricante a nica parte envalvida na construgao de caldeiras ou vasos de presto (por exemplo, construgao para estoque, unidades prontas para uso etc.) ele também tem as responsabllidades do ususrio. 5.3. Fabricantes” fabricante 6 responsavel em assegurar que caldeiras e vasos de pressao atendam aos requisitos do ususrio ¢ 0 completo atendimento aos requisites desta parte da ABNT NBR ISO 16528. Informagées documentando conformidade com uma norma que atenda por completo aos requisitos desta parte da ABNT NBR ISO 18528 ¢ aos especificados pelo usuario devem estar disponiveis na documentagao do fabricante, incluindo no minimo o seguinte: a) desenhos gerais de montagem e de detalhes; b)_ meméra de calculo e analises que estabelecem os detalhes de construgao; ) documentagao de projeto por experimento ou ensaio quando empregado; d) documentagéo de material, fabricagao, métodos de exames, de ensalos e resultados (por exemplo, conformagao, soldagem, tratamento térmico, radiografia etc.); ©) declaragao assinada pelo fabricante © verificada pelo organismo de inspecao de terceira parte, quando apropriado, de que as caldeiras e vasos de presséo cumprem com a norma aplicavel; f) qualquer instrugéio necessaria a operagao e manutengo, NOTA DA TRADUGAO: No Brasil, 0 fabricante deve obedecer a qualquer item obrigatétio da Norma Regulamentadora Brasileira NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressdo estabelecida pelo Ministério do Trabalho, através da Secretéria de Seguranca @ Satide no Trabalho, pela Portaria nimero 23/94 e, quando adotada, da norma de consirugao utllzada, conforme mencionado no Prefacio. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 5.4 Organismo de inspegdo de terceira parte E dever do inspetor efetuar todas as inspegdes necessarias e verificar que caldeiras e vasos de pressdo esto de acordo com todos os requisitos de uma norma que atenda totalmente aos requisites desta parte da ABNT NBR ISO 16528. Segue abaixo um resumo das principais categorias de inspecao a) confirmagao dos requisitos de projeto, material, soldagem, tratamento térmico, exames ¢ ensaios; b) _monitoragéo do sistema de controle de qualidade do fabricante, quando o fabricante emprega um sistema de qualidade (ver Secao 8); ©) verificagao da manutengao de registros. CO inspetor pode ser — independente da organizagao do fabricante e vinculado a uma organizago de terceira parte, — independente da produg&o, mas pertencente a um sistema de gerenciamento da qualidade aprovado do fabricante, ou — pertencente a uma divisio de inspegao independente do usuario. 6 Modos de falha projeto deve considerar os seguintes modos de falha, e especificamente referenciar aqueles listados em 6.2 Este requisito ndo obriga uma analise detalhada dos modos Iistados em 6.2 se os parametros de projeto para caldeiras ou vasos de presséo néo requererem tal andlise, por exemplo: ruplura por fluéncia nao necessita ser analisada para caldeiras e vasos de pressao operando a temperatura essencialmente ambiente, Em tais casos, © projetista deve documentar a razao para nao considerar um ou mais modos de falna listados em 6.2. Nao 6 intengo descrever em detalhes cada modo de falha potencial. O Anexo A contém uma breve descri¢ao de alguns modos de falha comuns, para orientagao, 6.2 Modos comuns de falha 6.241 Classificagio As possiveis formas para as quais um equipamento pressurizado pode falhar sao classificadas em de cura duragdo, de longa durago e falhas do tipo clelicas, ou uma combinago destas. 6.2.2 Modos de falha de curta duragao Modos de falha devide a aplicagéo de cargas néo ciclicas que levam a falha imediata podem ser clasificados ‘como segue’ — fratura tragil; — fratura dict (formagao de trincas, rompimento dictil devido a tensoes localizadas oxcessivas, deformagao plastica e instabilidade plastica (rompimento); — deformagées excessivas que levem a vazamento de juntas ou outras perdas de funcao; — instabiidade elastica ou elastoplastica (flambagem), Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 6.2.3 Modos de falha de longa duragao Modos de falha devido @ aplicagao de cargas nao ciclicas que levam a uma falha posterior podem ser Classificados como segue: — ruptura por fluéncia; — fluéncia: deformagoes excessivas em juntas mecdnicas ou resultando em uma transferéncia indevida de carregamento; — nstabiidade por fuéncia; — erosto, corrosao: — trincas associadas ao ambiente, por exemplo: corrosao sob tensdo, trincas induzidas por hidrogénio etc. 6.24 Modos de faiha ciclica (Os modos de falha devido a aplicagao de cargas ciclicas que levam a uma falha posterior podem ser classificadas ‘como: — deformagao plastica progressiva; — deformagao plastica alternativa; — fadiga sob deformagses elésticas (fadiga de médio ¢ alto ciclo) ou sob deformagées elastoplasticas (fadiga de baixo ciclo); — fadiga associada ao ambiente, por exemplo, corrosao sob tensdo ou trinca induzida por hidrogénio. 6.3 Modos de falha a serem considerados No minimo, os seguintes modos de falha devem ser levados em consideracao no estabelecimento dos critérios & métodos de projeto para caldeiras e vasos de pressao: a) fratura frag; b) fratura ductil (formagao de trincas, rompimento dilctil devido a tensdes localizadas excessivas, deformagao plastica e instabilidade plastica (rompimento) ©) deformagoes excessivas que levem a vazamento de juntas ou outras perdas de funcao; d)_instabilidade eldstica ou elastoplastica ({lamoagem). 7 Requisitos técnicos AA integridade das partes pressurizadas de uma caldeira © vaso de pressdo 6 baseada na aplicagdo de uma ‘combinagao de técnicas de projeto, selegao de materiais, caracteristicas de fabricagao e niveis de inspecao. (Os requisitos técnicos para cada caso so tratados om 7.24755. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 7.2. Materiais 7.24 Generalidades Materiais para partes sob pressao, materiais para partes nao pressurizadas (por exemplo: selas, saias ou suportes) consumiveis de soldagem usados na fabricagéo de caldeiras e vasos de pressio devem ser adequados para a aplicagao pretendida e outras condigdes previstas, mas nao pretendidas. 7.2.2. Especificagao de materiais As propriedades do material devem 1a) ser apropriadas para todas as condigdes de operacao, que so razoavelmente previsiveis e para todas as condigdes de ensaio, ©, em particular, devem ser suficientemente diicteis e tenazes. Além disso, 0 devido ‘cuidado deve ser tomado na selegao dos materiais, de forma a prevenir fratura fragil; b)_ ser quimicamente resistentes ao fluido contido na caldeira ou vaso de pressio; ) no ser adversamente afetadas pelas condicdes de operagéo, por exemplo envelhecimento, d) ser adequadas aos procedimentos de fabricacao pretendidos; ©) ser solecionadas para evitar efeitos significativamente indesejéveis quando materiais nao similares sao empregados, © fabricante deve especificar qualquer propriedade adicional do material requerida para suportar as condigdes de projeto, por exemplo propriedades de resisténcia ao impacto, 7.23 Cor icacao do material O fabricante deve tomar medidas apropriadas para garantir que os materiais utlizados atendem aos requisites das especificagses permitidas polas normas aplicaveis, fabricante deve adquiir o material com identiicacao © Cerificagao conforme requeridos pela especificagao do material 7.3. Projeto 7.3.1 Carregamentos ¢ outras consideragées de projeto Caldeiras e vasos de pressao devem ser projetados para carregamentos apropriados para seu uso, incluindo aqueles induzidos por condigdes de operagao razoavelmente previsiveis e eventos externos (ver Seo 5). Caldeiras © vasos de presséo devem ser projetados para pressao intema e/ou extera na(s) respectiva(s) temperatura(s) para o material Conforme apropriado, as seguintes condigées devem também ser consideradas: — peso do componente nas condicdes de operagao ¢ de ensaio hidrostatico; —_ cargas suportadas ou reagdes nos componentes; — carregamento devido ao vento; — carregamento de natureza sismica; — diferengas de temperatura devido a condigées transientes ou diferengas nos coeficientes de dilatacdo térmica; — flutuagdes de pressdio e temperatura durante a operagao normal e condigées extremas, Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 — mecanismos de degradagao, por exemplo: comosao, erosdo, féncia e fadiga; — carregamentos de manuseio, transporte ¢ instalagao etc; — probabilidade e magnitude de carregamentos coincidentes. 7.3.2. Métodos de projeto (Os métodos de projeto devem considerar a integridade de caldeiras e vasos de presséo pela aplicagao de um ou pela combinacdo apropriada dos seguintes métodos: a) _projeto por férmulas; b) _projeto por analise: ©) _projeto por experimentos ou ensaios, Estes métodos devem ser baseados em um sistema coerente de projeto, incluindo dados de projeto previstos & modos de falha reconhecidos (ver B.5). 7.3.3 Limites de projeto Os limites de projeto para as propriedades do material e tipos de projeto (incluindo detalhes apropriados de fabricaco) para caldeiras e vasos de presso deve considerar modos de falha razoavelmente previsivels sob condigdes especificadas de carregamento. ‘As propriedades do material a serem consideradas, onde aplicdvel, Incluem — tensio de escoamento; — limite de resisténcia; — resistancia dependente do tempo, ou sea, resisténcia a fluéncia — resisténcia a fadiga; — médulo de etasticidade, — deformacao; — resisténcia ao impacto; — tenacidade a fratura 7.3.4 Fatores de projeto Adicionalmente aos limites de projeto especificados em 7.3.3, fatores de projeto apropriados (tais como eficiéncia de solda baseada na extensto e tipo de exame, forma e tamanho do componente etc.) para considerar as incertezas de fabricagao, estados complexos de tensdo @ o comportamento do material dever ser considerados. 7.3.5 Métodos de exame Caldelras e vasos de pressdio devem ser construldos de tel forma que possam ser inspecionados internamente. Outros métodos de inspecdo das condigdes de caldel apropriado, quando fisicamente 0 acesso ndo é possivel. iS © vasos de pressao podem ser aplicados, conforme: Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 7.3.6 Drenageme respiro ‘Quando necessério, meios adequadis para drenagem e respiro devem ser previslos em caldeiras e vasos de presséo 7.3.7 Corrosao e erosdo Quando necessério, margem adequada ou protegao contra a corrosao, erosdo ou qualquer outro ataque quimico dove ser prevista, levando em consideragao as condigSes pretendidas e previsiveis de uso. 7.3.8 Protegdo contra sobrepressao 7.3.8.4 Dispositivos de alivio de pressao ou sistemas para limitagao de sobrepresséo devem ser previstos para caldeiras @ vasos de presséo. Os sistemas de protegdo deve ser projetados para prevenir sobrepress4o em caldeiras ¢ vasos de pressao além dos limites pretendidos, considerando a operacao, classificacao e probabilidade de uma ‘condigao extrema. Enlretanto, uma presséo além das condigées de projeto pode ocorrer, desde que a pressdo seja consistente com as margens de projeto para os modos de falha previstos. Se um sistema de protegao contra sobrepressao for considerado no projeto, uma analise deve ser conduzida para confirmar que todas as condigées seguras de ‘operacdo e condigées extremas foram levadas em considerago, incluindo o mau funcionamento de caldelras 8 vasos de pressao e sous acessérios instrumentos. 7.3.8.2 _ Tipos de dispositivos Os tipos de dispositivos devem ser apropriados para o carregamento pretendido © uso previsivel. As condigoes © ambiente de processo de caldeiras e vasos de pressdo devem ser levadas em consideracao. 7.3.8.3 Acessérios de protecao contra sobrepressao © projeto e construgao de acessérios de seguranga, incluindo dispositivos limitadores de pressdo, temperatura ‘© monitoramento, devem ser adequados para o uso pretendido, 7.4 Fabricagao 7.41 Métodos Métodos e técnicas de fabricagao devem ser apropriados em todos os aspectos do processo de fabricagao, considerando a degradacao dos materials pela fabricago, tratamento térmico ou conformagao ete. 7.4.2 Identificagao dos materiais A identificagao de materiais usados para caldeiras e vasos de pressio deve ser garantida por meios apropriados, tais como: rastreamento do material com o certificado da usina, identificagao correta do material ete 7.4.3. Preparacao dos componentes Métodos apropriados para preparagao dos componentes (por exemplo, corte e conformagao etc.) devem ser selecionados para assegurar que defeitos como trincas ou mudangas prejudiciais nas caracteristicas mecanicas ‘ou quimicas sejam evitados, 7.4.4 Soldagem Processos apropriados de soldagem devem ser selecionados para os materiais utilizados. Juntas soldadas @ Zonas adjacentes devem estar livres de defeitos superficiais ou defeitos internos que so prejudicials a execugio adequada das soldas. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 ‘As propriedades mecdnicas das juntas soldadas devem salisfazer aquelas especificadas para os materials a serem soldados, a menos que outras propriedades relevantes tenham sido especificamente consideradas nos élculos de projeto. Soldadores adequadamente qualificados e utiizando procedimentos de soldagem qualificados devem executar a soldagem das partes pressurizadas e parles nao pressurizadas soldadas as partes pressurizadas, 7.4.5 Qualificagao de procedimentos de soldagem Procedimentos de soldagem utlizados na fabricagao de caldeiras e vasos de pressao devem ser qualificados por uma terceira parte competente, ou por um sistema nacional de qualfica¢ao ou conforme o programa de qualidade do fabricante. A qualificacao deve considerar as condigées de fabricagdo e operagao, como materials, posigbes de soldagem etc., © deve incluir exames e ensaios apropriados. 7.4.6 Qualificagao de soldadores Soldadores envolvidos na fabricagdo de caldeiras © vasos de pressao devem ser qualificados por uma terceira parte competente, ou por um sistema internacional ou um sistema nacional de qualificagao ou conforme o programa de qualidade do fabricante, A qualificagéo deve considerar as condi¢Ses de fabricagao pretendidas, ‘como materiais, posigées de soldagem etc., e deve incluir exames © ensaios apropriados. 7.47 \dentificagao de soldadores Os soldadores envolvidos na fabricago de caldeiras ¢ vasos de pressdo devem ser identificados. 7.48 Tratamento térmico Quando o processo de fabricagao puder causar mudangas inaceitéveis nas propriedades do material ou solda, um tratamento térmico adequado deve ser aplicado em estagios apropriados da fabricacao, como corte conformacao, soldagem etc. 7.49 Tolerancias Tolerancias de chanfros de soldagem, reforgo de solda, dimensoes e tratamento térmico devem ser mantidos nos estégios intermediarios e final da fabricacdo de caldeiras e vasos de pressio. 7.5 Inspegao e exame 7.54 Gener: lades Caldeiras © vasos de presséo devem ser examinados para conformidade dimensional © indicagées de Imperfeigées por exames visuals ¢ ndo destrutivos apropriados. 752 dos Métodos de inspegao e exames © quaisquer limitagées devem considerar os tipos de materiais, processos de fabricagao, espessura, configuragao, aplicacao pretendida etc, 7.53 Procedimentos Procedimentos de inspego e exame devem ser qualificados por uma parte reconhecida ou sob um sistema nacional de qualificagao ou conforme o programa de qualidade do fabricante, 7.5.4 Qualificagao de pessoal Pessoal para inspecdo e exame deve ser qualificado por uma parte reconhecida ou sob um sistema nacional de qualificagao ou conforme o programa de qualidade do fabricante, Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 7.5.5 Avaliagao de indicagées e critérios de aceitagao Critérios para avaliagao de indicagées e crilérios de aceltagao devem ser consistentes com os tipos de material ¢ espessura, limites do projeto e aplicagdes para caldeiras e vasos de pressao. 7.5.6 Disposigées de ndo-conformidades Os métodos de disposigao utlizados em componentes que apresentaram nao-conformidades devem ser adequados para as exigéncias de projeto e de aplicagao, ndo devendo prejudicar as caldeiras e os vasos de pressao, Os métodos podem incluir reparo, demonstragao de adequacao para 0 propdsito ou rejeicao. 7.6 Inspegao final e ensaios 7.6.1 Inspecdo final Caldeiras ¢ vasos de pressao devem ser submetidos a inspegao final para avaliagao visual e reviséo da documentagao para veriicar a conformidade com 0s requisilos da norma aplicével. Os ensaios conduzidos durante a fabricacdo podem ser levados em consideragdo. Sempre que possivel, 2 inspecao final deve ser ‘conduzida intema e extemamente em todas as partes das caldeiras e vasos de presstio; quando o acesso para a inspecao final ndo for possivel, inspegdes apropriadas devem ser efetuadas durante a fabricagao 7.6.2. Ensaio final de pressao A avaliagao final de caldeiras e vasos de pressdo deve incluir um ensaio de retengao de pressdo e, quando necessario, uma pré-carga benéfica. O ensaio hidrosiético 6 recomendavel, sempre que possivel. Quando o ensaio hidrostatico for prejudicial ou impraticavel, outros ensaios de valor reconhecido podem ser empregados, Para outros tipos de ensaios diferentes do hidrostatico, medigées adicionais, como ensaios nao destrutivos ‘u outros métodos validos equivalentes, devem ser aplicadas antes destes ensaios serem conduzidos. 7.7 Marcagaolidentificagao As informagées requeridas devem ser marcadas fisicamente nas caldeiras ou vasos de pressao de acordo com a norma aplicavel. No minimo, as informagdes devem incluir — uma identificagao numérica Gnica ou um tipo de identificagao da série, — uma indicagao de conformidade, — identificago do fabricante, — para vasos de pressdo, a(s) pressdo(ées) méxima(s) admissivel(eis) em temperatura(s) de projeto coincidente(s), e para caldeiras a pressao maxima admissivel e temperatura de projeto na salda da caldeira, Quando marcagées fisicas néo forem praticaveis, meios alternativos séo admitidos, como registros rastreaveis para caldeiras e vasos de presséo ou uma rotulagem adequadamente fixada nas caldeiras e vasos de pressao, 8 Avaliagdo de conformidade Caldeiras © vasos de presséo devem ser construidos sob um sistema de avaliagdo de conformidade acordado ‘entre as partes interessadas. A deciaragao de conformidade com a norma deve ser suprida por um organismo de avaliagdo de conformidade ou fabricante. A avaliagéio de conformidade pode sor efetuada por um ou pela combinacao dos seguintes sistemas: 1a) Uso do sistema da qualidade do fabricante: O fabricante deve usar um sistema da qualidade adequado aos tipos de caldeiras e vasos de presséo sendo produzidos e aos métodos de projeto e fabricagao; Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 b)Inspegao de terceira parte: Inspe¢ao executada por organismos de inspegao de terceira parte; ©) Inspegdo pelos usuarios: Inspegao execulada por usuarios de caldeiras e vasos de pressto; d) Certificagao de fabricantes: Certificagao de fabricantes responsaveis pela conformidade. Neste caso 6 necessério especificar os programas de certficagao; ©) Inspegao pelo fabricante: Inspecao executada por fabricantes de caldeiras e vasos de pressao, Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 Anexo A (infomativo) Descrigao de alguns modos de falha comuns e condig6es-limites A.1 Modos de falha AA. Fratura fragil ‘A prevengao deste modo de falha sob carregamentos, de natureza principalmente estatica, deve ser objeto de requisites especificos, Propriedades de tenacidade devem ser especificadas para os materials. O tratamento térmico adequado apés operagées de conformacao soldagem & importante para prevenir a fratura fragil ¢ isto deve ser claramente definido pela norma adotada, De modo semelhante, quando um vaso est operando a temperaturas baixas, o tamanho critico da descontinuidade permitida deve ser menor do que aquele definido para as condigées normals de operagao. Amaioria das normas especifica a temperatura minima na qual o ensaio hidrostatico deve ser realizado. A1.2 Fratura ductile Este modo de falha deve ser levado om consideragao para todas as condigdes de carregamento de caldeiras © vasos de pressdo. A fratura ductl € devida & deformagao plastica instével, resultando na redugao da espessura ou programacao da trinca Deformagoes plasticas localizadas que permanecem suficientemente confinadas, excluindo qualquer risco de colapso, séo permitidas pelas regras de projeto cobertas pelo modo de falha por fratura dactil, contanto que o material base e as areas soldadas tenham capacidade suficiente de deformagao plastica. © conceito de deformagao plastica (gross plastic deformation) é aplicado a todo contomo do vaso de pressao. Na condigao de deformagao plastica, algumas segdes ou todas as regides escoam e nenhum aumento na carga, acima deste limite & possivel. A caracteristica mecanica utilizada para relacionar a resisténcia do material 2 deformagdo plastica é a tenso de escoamento. A instabilidade plastica ocorre sob aumento de carregamento, quando apés um escoamento considerdvel, 0 aumento na tensdo do material por encruamento ndo pode mais compensar a redug&o de segdo induzida pela deformacao plastica, A caracteristica mecanica utiizada para relacionar a resisténcia do material 4 instabilidade plastica 6 a tensao de Tuptura. A prevencao da falha diictl é assegurada por meio das mesmas regras de projeto, através do concelto da tensao de projeto nominal, com uma suficiente margem de seguranca sobre a tensao de escoamento @ sobre a tensdo de ruptura, explicita ou implicitamente, NOTA Quando a norma Informa que uma regra cobre a falha por deformacao plastica, esta Implicto que a regra cobre também a falha por instablidade plastica 1.3. Vazamento nas juntas Geralmente as regras de uma norma tendem a néo cobrir falhas devido a vazamento nas juntas flangeadas, Entretanto, podem existir requisits funcionais, por exemplo, torque de aperto, limitagdes com respeito a deformagdo, superficie de vedacdo etc, as quais so objeto de regras de calculo especifico ou prescrigdes parliculares de construcao (por exemplo, torque aplicado em conexées flangeadas aparafusadas). Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 A1.4 Flambagem Este modo de faiha geralmente resulta de instabilidade elastica ou elastoplastica sob tensdes compressivas; certas regras especificas das normas, tais como regras de projeto para casco cilindrico submetido a pressao externa, vaso com tampos torisféricos etc,, séo baseadas neste modo de falha, Este modo de falha deve ser levado em consideragao para todas as condigGes de carregamento para um vaso sujeito as tensbes compressivas. De forma a prevenir tal falha, os carregamentos aplicados néo devem exceder os carregamentos de mesma natureza, divididos por um fator de seguranca, que resullariam em colapso, © método usado deve levar em consideragéo possivels imperfeiges geométricas, dentro dos valores-limites permitidos pela norma. A145. Ruptura por fluéncia Estes modos de falha afetam caldeiras e vasos de presso cuja temperatura de projeto € suficientemente alta para levar 0 material ao escoamento gradativo, submetido a um carregamento constante. Este modo de falna deve ser levado em consideracéo apenas sob condigSes de operagao que incluem o comportamento ao longo do tempo e que padem ser previstas pelo projetista, A tensao de projeto nominal é usualmente baseada em fator(es) aplicado(s) a tensao de ruptura por fluéncia do material. Em algumas normas uma reviso pode ser requerida apés transcorrido 2/3 da vida ull de projeto. A1.6 Deformagao plastica progressiva (colapso incremental) Falha por deformagao plastica progressiva pode ocorrer em caldeiras e vasos de pressao sujeitos a carregamentos combinados, alguns dos quais permanecem geralmente uniformes, enquanto que outros apresentam grandes variagbes ciclicas. Isto resulla em um aumento cumulativo na deformagao sob a agdo destas variagées repelidas, Onde existe o risco de falha por instabilidade, a deformacao pléstica progressiva aumenta este isco. Este modo de falha deve ser levado em consideragao apenas para condig6es normals de operagao. Na pratica, condigées operacionais que conduzem & deformagao plastica progressiva so raras. O caso mais comumente conhecido é 0 de trincas a quente, o qual pode afetar caldeiras e vasos de pressao sujeitos a grandes variagdes periddicas de temperatura do fluido neles contido, com a pressao permanecendo constante ou pouco variavel. © eritério de cargas ciclicas (0 dobro do eritério de escoamento) usado em muitas normas cobre o risco de falha por deformacao plastica progressiva, O cumprimento deste critério é usualmente suficiente, mas pode ndo ser necessario. A norma pode permitir a possibilidade ao fabricante de justificar a auséncia de falha por deformagao plastica progressiva usando outros meios, NOTA Quando 0 critétio de cargas ciclicas nao & alendido, o resultado mais comum 6 a altemancia de plasticidade (baixo ciclo de fadiga) ao invés da deformacao plastica progressiva, A17 Trincas por fadiga Falhas devido a trincas por fadiga afetam caldeiras © vasos de pressao sujeitos aos carregamentos variaveis. Esta falha pode ocorrer para um nero de ciclos razoavelmente baixo em regiées onde ocorrem deformagées plasticas em cada ciclo (alterndncia de plasticidade). Isto pode ocorrer também para elevado niimero de ciclos no regime elastico, mesmo quando a faixa de tens6es for pequena, por exemplo, no caso de vibragées e areas de concentragao de tensdes. Trincas por fadiga usualmente devem ser levadas em consideracéo apenas para as condigées normais de operagso. Atencao especial 6 necesséria quando 0 carregamento de fadiga ocorre sob condigdes de fluéncia, ja que esta pode reduzir significativamente 0 nimero permitido de ciclos. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 1.8 Mecanismos de falha induzidas pelo ambiente Desgaste devido a corrosao ou erosao e falhas devido a trincas induzidas pelo ambiente etc, sao freqentemente referenciados para uma norma, mas o método para tratamento destes usualmente definido pelo projetista. A2 Estados limites O estadodimite deve ser levado em conta quando qualquer modo particular de falha & considerado. Um estado-limite 6 definido como uma condigao estrutural para a qual os requisitos de desempenho do projeto no so atendidos, Um estado limite é classificado como um estado-imite estrutural maximo ou um estado-limite de servigo. Um estado-limite estrutural maximo ¢ uma condigao estrutural (do vaso ou componente) associada com a ruptura ou © colapso, ou com outras formas estruturais de falha, as quais comprometem a seguranca das pessoas, por ‘exemplo, falha por deformagao totalmente plastica, ruptura causada por fadiga, colapso causado por instabilidade do vaso ou parte deste etc. Um estado-iimite de servigo & uma condi¢ao estrutural (do vaso ou componente) além da qual o critério especificado de servigo para o componente nao é mais atendido, por exemplo, deformagao ou deflexdo, 0 qual afela adversamente 0 uso de vaso, vazamento que afela o uso eficiente das caldeiras e vasos de pressao, mas nao compromete a seguranca ou causa um dano ambiental inaceitavel etc. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 Anexo B (infomativo) Guia para selecao de normas B.1. Propésito © propésito deste anexo é descrever os tipos de normas que esto disponiveis e fornecer uma guia para selegao destas. Nao é propésito deste anexo definir como selecionar uma norma particular, mas fornecer um entendimento das publicagdes para ser considerado durante a selegao. Tambem nao é intengao recomendar qualquer norma para qualquer aplicagao particular. B.2 Experiéncia Normas para caldeiras ¢ vasos de pressao so 0 resultado do consenso da compilacao experiéncias, pesquisas © desenvolvimentos, As normas provam ser um meio bem-sucedido para garantir um 6timo desempenho, seguranca, economia e conformidade com as regulamentacées. Um aspecto comum a todas as normas é que elas devem referenciar os varios modos de falha, que sao aplicaveis, para caldeiras e vasos de pressdo, Isto pode ser conduzido por diferentes métodos e algumas normas podem no cobrir todos os modos de falha potenciais. Antes de adotar o uso de uma norma, deve-se ter conhecimento dos varios modos de falha que a norma considera, B.3 Introdugao Este anexo contém informagao dos dois tipos principais de nommas e a maneira pela qual elas tendem a considerar os modos de falha. Os diferentes métodos de projeto que podem ser aplicados sao também descritos junto com outros aspectos, tais como a operagdo da planta que pode ser necessaria levar em consideracdo. Em geral, a responsabilidade pela conformidade de caldeiras ou vasos de pressdo com uma norma cabe ao fabricante. Entretanto, o usuario ou a parte contratada & responsdvel por definir as condigdes de servigo © 6 necessario que os modos de falhas potenciais estejam considerados no projeto. Adicionalmente, o usuario pode também especificar quais normas devem ser usadas. O usuario, entretanto, precisa ter alguma base de conhecimento dos modos de falha, para entender como as normas os tratam de forma a garantir que as condigbes de operagao das caldeiras e vasos de pressao foram adequadamente consideradas. © projetista pode reduzir os efeitos dos modos de falha através de uma combinagdo de técnicas de projeto, selagdo de materiais, aspectos de fabricagao, niveis de inspecdo e operagao de caldeiras e vasos de pressdo. B.4 Tipos de normas Conceituaimente, existem dois tipos basicos de normas ou sistema de normas; aquelas que cobrem exigéncias basicas e aquelas que cobrem exigéncias detalhadas. Na pratica, a maloria das normas néo se ajusta diretamente dontro destes dois tipos, mas 0 conceito geraimente se aplica, Em alguns casos estes dois tipos podem ser combinados em uma norma e, em outros casos, uma norma pode se encontrar em algum lugar entre estes dois, extremos. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528- 008 Uma noma basica é aplicavel as caldeitas e vasos de pressao projetada para circunstancias operacionais de estado estacionario (nenhuma mudanca rapida de temperatura, carga ciclica nominal etc,), onde 0 esforgo de Projeto requerido @ minimo, essenciaimente baseado em equacSes mperativas para determinar espessuras de parede elc. Em geral, os modos de falha so dirigidos pelo uso dos limiles que resullam em lens6es relativamente baixas quando os carregamentos sao aplicados, e isto acomoda também os efeitos secundarios, os quais ndo sao considerados em detalhe, Uma norma detalhada ¢ aplicavel para ambos: vasos de servigo leve e de servigo severo. As tensdes admissiveis, de projeto sao relativamente mais elevadas do que aquelas em uma norma basica e a avaliagao do projeto para consideragao dos modos de fala aplicaveis deve ser realizada por engenheiros competentes. Neste tipo de norma, hé geralmente uma metodologia detalhada que se dirige diretamente aos modos de falha que podem resultar na falha das caldeiras e vasos de pressao. Em ambos os casos, 0s modos de falha podem ser considerados mais do que apenas através dos célculos de projeto, por exemplo, limitages sobre uso dos materiais, técnicas de soldagem, requisitos de tratamento térmico etc. As caracteristicas geométricas podem também ser especificadas para minimizar os fatores de concentrago de tenso para carregamento ciclico ou deformagbes locais excessivas. Os limites aceitaveis para ensaios nao destrutivos podem também variar, dependendo dos modos de fallia que s4o considerados. Ha geraimente um nivel de envolvimento de um organismo de terceira parte, tanto inerente a norma ou especificado por regulamentagoes, que pode variar dependendo do tipa e servigo das caldeiras e vasos de pressao. B.5 Métodos de projeto ‘A maioria das normas cobre os modos de falha pelos quais é geralmente conhecido como “projeto por regra’ 0u “projeto por formulas’, onde férmulas consagradas so aplicadas para determinar a espessura do casco, a compensago para a abertura de bocais etc. Estas normas normalmente fornecem projetos satisfatérios para carregamentos de pressao de natureza tipicamente n€o-ciclica. Entretanto, de acordo com os critérios que sao usados, quando os modos basicos de falha so considerados, pode existir uma margem permitindo cobrir certo namero de ciclos de fadiga (por exemplo, 500 ciclos baseado na exneriéncia) ao invés de a norma considerar diretamente os caregamentos, como ciclos térmicos, partida © parada répidas. As normas podem fornecer iitérios diferentes de acordo com a classificacéo dos carregamentos em condigées normais de operacéo, ccondigaes ocasionais e condigdes excepeionais. © projeto por andlise pode ser usado como uma altemnativa ou para complementar as aplicagées de “projeto por regra" e pode ser necessario nos casos ndo cobertos com o critério de “projeto por regras", por exemplo: fadiga significativa, variagdes térmicas, fatores ambientals etc. Isto pode também ser usado nos casos onde as tolerancias especificadas pelo fabricante sdo excedidas e requerem uma avaliagdo mais precisa das tensdes em um componente, Dois casos onde 0 projeto por analise é aplicado. 8) © primeiro & um projeto onde os modos de falha especificos so diretamente considerados e confrontados com os estadoselimites, como a condigSo estrutural além da qual os requisitos de projeto nao séo atendidos. Isto normalmente leva a investigagao da seguranga de um componente sob a influéncia de combinages de cargas com respeito aos estados-limites definidos. Tal aproximagdo foi usada freqlentemente para desenvolver as regras usadas no ‘projeto por regras’, particularmente naquelas normas para produtos especificos. b) © segundo método, baseado em categorias de tensdo, envolve a classificagdo das tensbes calculadas no regime elastico em tensdes primérias, secundarias © de pico, em qualquer ponto de uma parte do vaso, @ entéo se confrontam estas contra valores maximos admissivels especificados para cada categoria e suas combinacées. 5 limites das tensdes primarias so usados para protegao contra cargas sustentadas quo conduzem a falha ductil 2 08 limites das tensdes secundarias sao associados geralmente com as cargas auto-limitadas. As tensdes de pico sao adicionais as tensdes primarias e secundarias © sto associadas com a concentragéo de tensdes que Fequerem uma avaliagao da fadiga. Exemplar para uso exclusive - RENATO MIZIARA - 401.070,861-15 RNP:2604422760 (Pedido 708845 Impresso: 06/05/2019) ABNT NBR ISO 16528-1:2008 uma norma basica usa a metodologia de "projeto por regra’, ao invés de uma norma detalhada que pode incluir a metodologia de “projeto por regra® bem como uma ou ambas as aproximagGes do “projeto por andlise” Quando 0 método de “projeto por regra ou andlise” nao atender completamente a uma configuracao especifica, métodos experimentais podem ser aplicados. B.6 Selegao de normas ‘Alem de levar em consideracao os modos de falha provaveis, pode ser necessario con: selegao de uma norma particular para alguma aplicacao especifica, Estes incluem aspectos tals como segue: — familiaridade do fabricante com a norma especitica; — acreditagéio e competéncia do fabricante; — nivel de participagao do organismo de inspegao de terceira parte e quaisquer regulamentos suplementares requeridos para reforgar isto; — margens dentro da norma nos termos de critérios do projeto e da aceitagao; — particularmente condigdes exiremas que podem necessitar a aplicagdo de uma norma detalhada ou precaugées adicionais; — gerenciamento do risco do equipamento critico onde sao feitas as avaliagées dos perigos, modos de falha previsivels, probabilidade da falha e conseqliéncias; — anélise da falha para ajudar a determinar e identificar as causas provaveis da falha, métodos para evitar a repeticao e possiveis melhorias por inovagao. B.7_ Ciclo de vida do produto A avaliagao © a atenuagao dos modos de falha podem nao ser completamente consideradas em uma norma; podem ser consideradas por outros meios através do ciclo de vida completo das caldeiras e vasos de pressio desde o projeto até a operagao e manutencao. Embora estes estejam fora do escopo da ABNT NBR ISO 16528 (todas as partes) no que nao se dirigir operagao, manutengao e inspecdo em servigo, eles esto aqui incluidos ‘como referéncia, ja que podem influenciar no métedo adotado para avaliar os modos de falha. Os seguintes aspectos devem ser levados em consideragao, — Operagao das caldeiras e vasos de pressio sob as possiveis condigdes onde os limites especificados do projeto 0 excedidos; neste caso a probabilidade de falha por diferentes modos pode ser seriamente aumentada, — Treinamento dos operadores no conhecimento de varias praticas objetivando atingir seguranga de pessoas, instalagBes e a protecio do ambiente através de prevencao de falhas. — Inspegao em servigo para avaliar a aceitabilidade, ovitar ou reparar qualquer degradagao, A maioria dos paises tem exigéncias legislativas para a inspegao de caldairas © vasos de pressao ao longo de sua vida, (© escopo @ a freqiéncia desta inspecdo podem reduzir a exigéncia para andlise detalhada no astagio do projeto. Inversamente, a andlise do projeto pode indicar o aumento da frequéncia de inspegao.

Você também pode gostar