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IBBI

Série: “Portas Abertas”

Mensagem 4: “Entrando pela porta do autoconhecimento”

Entrando Pela Porta do Autoconhecimento

Estamos em nossa série de mensagens baseadas no livro “O Deus


que abre Portas” de John Ortberg, e hoje teremos a quarta mensagem:
“Entrando pela porta do autoconhecimento”.

Todos nós somos afetados por uma espécie de ponto cego pessoal. E
qual é esse ponto cego? Nosso ponto cego é a autoimagem que temos de nós
mesmos. Existem três pontos de vista a respeito da nossa imagem. A maneira
que nós nos vemos. A maneira como os outros nos vê, e a maneira como Deus
nos vê. Desses três pontos de vista apenas um define quem nós somos de
verdade, a maneira como Deus nos vê.

O grande problema é que o ponto de vista de Deus para a maioria de


nós é o mais difícil de ser compreendido. Somos influenciados com nossa auto
imagem e com a imagem que os outros tem sobre nós. E ai temos um
problema porque, não somos totalmente honestos a cerca de nós mesmos e na
maioria das vezes as outras pessoas também não.

Você já teve a coragem de dizer a uma pessoa que ela tem mal halito?
Parece besteira, mas um problema fácil de ser resolvido se alguém for honesto
o bastante para dizer a verdade, pode se tornar um transtorno.

Esse é só um exemplo, mas é assim que acontece. O mesmo ocorre em


relação ao que pensamos sobre nós mesmos. Não somos honestos o bastante
em relação a nós. Na maioria das vezes, ou nos diminuímos ou nos
supervalorizamos e isso atrapalha muito.
Em relação a portas abertas, a autoconscientização é essencial quando
a porta aberta se apresenta. A resposta a portas que Deus abre a nossa frente
é uma questão não apenas de termos consciência do que está acontecendo
fora de nós, ou seja, o universo e as oportunidades que nos cercam. Mas
também dentro de nós. Como estamos sentindo todas essas coisas. Entrar por
uma porta certa não é apenas fazer uma leitura das circunstâncias externas,
mas sim uma leitura correta de nós mesmos.

“Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si
mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha
um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe
concedeu...”
Romanos 12:3

Paulo nos diz: “não tenhamos sobre nós conceito maior nem menor
do que realmente somos...”. Equilíbrio. Realidade.

Para escolher portas com sabedoria, devemos nos tornar peritos em


nós mesmos. Mas como disse Paulo, com equilíbrio. Há uma diferença
abissal entre o autoconhecimento e o egocentrismo. Pessoas que se
conhecem entendem que o mundo não gira em torno delas mesmas.

Um discernimento correto de portas abertas ao nosso redor requer uma


conscientização do mundo que há dentro de nós, a falta dessa consciência é
uma desvantagem que nenhuma cota de talento pode compensar.

Quando Deus abriu uma porta para a igreja em Filadéfia Ele também
fez questão de dar a eles algumas observações sobre eles mesmos.

“Sei que você tem pouca força, ...”


Apocalipse 3:8

Se Deus nos dissesse isso talvez pudesse até soar pejorativo para nós,
afinal ser chamado de fraco por Deus, não é legal para a maioria, mas o texto
continua:
“Mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome...”
Apocalipse 3:8

Esse mas muda tudo. Ele diz: “sei que é fraco, contudo guardou
minha palavra e não negou meu nome”.

O autoconhecimento é uma jornada vamos sempre estar aprendendo


alguma coisa sobre nós mesmos. Entrar por essa porta pode ser o passo
mais importante de toda nossa vida.

Para entrar pela porta do autoconhecimento devemos:

1- Encontrar nossos pontos fortes e fracos

O texto de Paulo em Romanos 12.3 fala sobre equilíbrio porque todos


nós temos pontos fortes e fracos. Nosso problema é que temos a tendência de
achar que ou somos fracos demais ou fortes demais e isso atrapalha muito.

Se quisermos identificar as portas que Deus vai abrir para nós


precisamos ter alguma noção de nossos dons, virtudes, fraquezas e interesses.
Existe uma lei no marketing que diz que se queremos promover algum produto
ou serviço devemos, maximizar pontos fortes e minimizar os fracos. Só que
para que isso seja possível é feito um estudo minucioso sobre pontos fortes e
fracos que revelam com clareza cada ponto forte e cada ponto fraco.
Conhecimento é tudo!

Olha o que o apóstolo Paulo diz:

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para


fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as
praticássemos...”
Efésios 2:10

Em outras palavras: “O mesmo Deus que nos criou fez portas para nós
entramos e designou tarefas para executarmos”. Como já dissemos no inicio
das três imagens que existem sobre nós Deus tem a mais perfeita por uma
razão muito simples, ninguém nos conhece como Ele. Ele nos conhece como
um pai conhece os filhos.

Uma jornada de autoconhecimento de nossos pontos fortes e fracos


vão nos ajudar a partir para o ponto dois, que é identificar nossos interesses
o que facilita e muito nosso desafio de encontrar as portas abertas.

Para entrar pela porta do autoconhecimento devemos:

2- Encontrar nossas motivações

Devemos ser o mais honesto possível acerca das portas que esperamos
transpor. Isso nos colocara frente a frente com as nossas motivações. As
nossas motivações nos moverão em direção as portas que sonhamos.

A grande questão em relação as nossas motivações é que muitas vezes


a nossa vontade atrapalha. Como assim? Minhas motivações e vontade não
são a mesma coisa? Nem sempre. Vontade, como o ditado diz, dá e passa.
Motivações são mais concretas. Vontades são mais efêmeras e mais
imediatistas, ao passo que nossas motivações apontam mais para frente do
que para o momento em si.

Motivações vão se refinando com o tempo e as experiências, e se


purificando no processo. Contudo, se formos esperar até que nossa motivação
seja pura para transpor uma porta corremos o risco de passar toda uma vida
sem fazer isso. Por essa razão temos que convidar Deus para seguir com a
gente. Para nos encorajar. A grande questão é que isso pode nos revelar
coisas a nosso respeito que a maioria de nós preferia não nunca saber.

A verdade ao nosso respeito é que nem mesmo nós queremos


saber a verdade a nosso respeito. A verdade a nosso respeito é que só Deus
sabe a verdade a nosso respeito. A verdade a nosso respeito é que, se
encararmos a verdade ao nosso respeito com Jesus, essa verdade vai nos
machucar. De fato, vai nos matar. Mas isso é necessário porque depois de nos
matar essa verdade nos trás de volta a vida, e agora uma vida real e plena.
Jesus disse que nós íamos conhecer uma verdade que nos libertaria, só não
disse que antes nós íamos nos sentir péssimos com isso.

Buscar a porta aberta por Deus vai revelar a nós a verdade a respeito do
que realmente nos motiva.

Para entrar pela porta do autoconhecimento devemos:

3- Saber de que forma agimos diante de uma porta aberta

Todos nós temos nossas próprias tendências quando se trata de portas


abertas. Essas tendências se encaixam em duas categorias:

a- Impulsivos

Algumas pessoas adoram portas abertas, quando encontram uma


entram correndo sem pensar em nada. Essas pessoas carecem de
discernimento.

Impulsivos são ativistas por natureza, nunca vão estar parados. O


problema é que mover-se demais e sem orientação adequada pode não só
cansar, como pode também nos levar na direção errada, e sendo assim, cada
vez mais distante da porta certa. Impulsivos pensam pouco e agem rápido
demais. Seu lema preferido é: quem hesita perde. O versículo do impulsivo é:
“O que você está pra fazer faça depressa...”

Pecados mais comuns aos impulsivos são os de comissão, tem vontade


forte e desconfiam de pessoas fracas.

b- Resistentes

Algumas pessoas, quando imaginam novas oportunidades, tendem a


concentrar-se no perigo, no risco e na sua suposta incompetência, e então
recuam. Essas pessoas carecem de coragem.

Resistentes são contemplativos e vão perder muito templo planejando.


São mais lentos que a maioria. Seu lema de vida é: “Pense bem antes de agir”.
Seu versículo preferido é: “O Senhor concede o sono a quem ama...”
Pecados mais comuns dos resistentes são pecados de omissão. São
pessoas de intelecto forte e desconfiam do poder.

Os dois estilos possuem pontos fortes e fracos. É comum que


Resistentes se casem com impulsivos.

Um bom exemplo bíblico de impulsivo é Pedro. Fazia o que queria a


hora que queria e falava tudo que vinha a cabeça. Saca de uma espada para
matar o centurião que vai prender Jesus no Getsemani e foi o primeiro e único
a descer do barco no meio da tempestade para encontrar Jesus.

Um bom exemplo bíblico de resistente é Gideão. Quando a bíblia faz


menção a ele, ele está malhando trigo em um tanque de prensar uvas, para se
esconder dos Midianitas. Malhar trigo em tanque de prensar uvas é como fazer
apenas uma colher de café para uma multidão, um grande sinal de medo e
timidez.

Para entrar pela porta do autoconhecimento devemos:

4- Encontrar o que de fato tem valor para nós


Essa é uma questão que a principio parece fácil mais na verdade é bem
complexa. O que de verdade nós valorizamos?
João 3.16 diz:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito
para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna...”
Se a pergunta fosse, o que tem valor para Deus, esse texto responderia.
Valorizamos aquilo pelo qual estamos dispostos a dar o que temos de
mais precioso. Deus nos dá esse exemplo. O preço pago por Deus foi o do
sacrifício do próprio filho. Quando o assunto é o que realmente tem valor para
Deus a reposta é sempre a mesma: o amor.

Conclusão:
Deus nos chama para uma aventura de portas abertas. Temos que
transpor essas portas por amor ao próximo.
Em contrapartida, descobriremos a dura verdade a respeito de nós
mesmos, e essa verdade nem sempre é boa de se ver. Somos todos nós, eu e
você, seres humanos com limitações e pouca força quando dependemos
somente de nós mesmos. A boa notícia é que o Deus que abre portas nos da
forças para entrar por elas. Quando entramos, descobrimos que não estamos
apenas ingressando em um novo território. Estamos nos tornando novas
pessoas.

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