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Apesar de destacar enquanto potência econômica mundial, o Brasil ainda vivencia

problemas sociais arcaicos, como a xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Diante da


gravidade desta questão urge a mobilização conjunta do Estado e da sociedade para seu
efetivo combate. A xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx está atrelada, entre outros fatores, ao
processo histórico do país. A herança do patriarcalismo colonial ainda é sensível em
nossa cultura, sendo evidenciada, inclusive, em discursos de várias pessoas públicas,
como candidatos à presidência ou à liderança de comissão de Direitos Humanos. Mesmo
que extremamente retrógrado, o machismo segue sustentando o consciente coletivo de
suposta superioridade masculina, e, lamentavelmente, proporcionando a inúmeras
mulheres cotidianos humilhantes, com afronta a seus direitos humanos mais básicos. É
justo reconhecer, no entanto, as iniciativas públicas e privadas que têm como objetivo a
debelação dessa triste realidade. Por exemplo, a lei Maria da Penha, em vigor desde
2006, já um marco democrático para o Brasil, pois contribui exemplarmente para a
proteção da dignidade e soberania da mulher, em uma tentativa legítima de reverter o
cenário violento contra esse gênero. Juizados e varas especializadas neste âmbito foram
criados, denúncias de opressões foram estimuladas, entre outras ações admiráveis,
contudo, isso não tem sido suficiente para anular o número de vítimas. Dentre os agentes
e impossibilidades do fim desse tipo de agressão, destaca-se a infraestrutura inadequada
para este tipo de investigação de possíveis abusos, apreensão de agressores e sua devida
prisão. A falha acarreta constante impunidade e altos índices de reincidência de
agressões, que podem se agravar e se tornar fatais. Também há carência de profissionais
preparados para acolher a vítima e dar-lhe apoio psicológico. Além disso, o
desconhecimento ou até descrédito da população quanto ao amparo jurídico dado às
vítimas de violência resulta na escassez de denúncias frente ao real número de
agressões. Portanto, para que haja o fim deste cenário violento contra a mulher, é
imprescindível esforço coletivo. O Estado deve otimizar a infraestrutura destinada a essa
seara, ampliando o número de delegacias da mulher, por exemplo, além de se unir a
instituições profissionalizantes, com o fito de capacitar cada vez mais profissionais que
lidem de forma mais positiva possível com a proteção dos direitos femininos. A
população, previamente orientada por campanhas públicas e por eventos culturais,
contribuirá denunciando agressões. A educação é ponto nevrálgico deste processo, de
forma que as escolas precisam promover debates e seminários acerca do tema, a fim de
consolidar valores morais e éticos nesta geração e nas futuras. Através dessas e outras
medidas de promoção da cidadania a sociedade brasileira se tornará cada vez mais
sensata e consciente de sua responsabilidade no combate à violência (covarde,
desproporcional e insustentável) contra a mulher.

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