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2021
2021
de
biossistemas
Eric M. Garcia
O presente trabalho não visa substituir os livros texto de química
analítica como fonte de estudo e pesquisa. Desta forma, este trabalho visa tão
somente contribuir para o acesso mais rápido e direto dos conteúdos abordados
na disciplina de química analítica de biossistemas. Ao final de cada capítulo,
existem práticas propostas para a disciplina e o capitulo final é destinado à
exposição de exercícios voltados para o desenvolvimento dos assuntos mais
relevantes.
Sumário
Conceitos Gerais 04
Práticas 1. 28
Práticas 2. 54
Práticas 3. 116
3
1) Conceitos gerais
Unidades de concentração
(Eq.1)
(Eq.2)
(Eq.3)
4
(Eq.4)
(Eq.4a)
(Eq.5)
(Eq.6)
5
Porém, existe uma porcentagem “atípica” em termos de unidade que
corresponde a porcentagem massa/volume (%m/V)(Eq. 7). Devido a
definição, a %m/V possui uma unidade de g/ml. Multiplicando ambos os
lados da equação 7 por chegamos na equação 8, que mostra a
conversão da porcentagem %m/V em concentração g/L:
(Eq.7)
(Eq.8)
6
equação 7, temos então a equação 9. Assim chegamos a equação 10 que
mostra a conversão da em .
(Eq.9)
(Eq.10)
(Eq.11)
(Eq.12)
7
c) Concentração mol/L (molar) e mol/Kg (molal)
(Eq.13)
ou [] (Eq.14)
(Eq.15)
(Eq.16)
(Eq.17)
8
Como um exemplo de utilização destas expressões, poderíamos
calcular: Qual a concentração do HCl (PA)? O HCl (PA) ou concentrado é
uma solução aquosa de HCl. Este por sua vez é um gás em temperatura e
pressão ambientes. O HCl gasoso é dissolvido até formar uma solução
saturada com titulo em massa em torno de 0,37. Na tabela 2 é mostrado
algumas propriedades do HCl (PA).
(Eq.15)
9
A conversão para mol/L é dada, tendo-se a densidade da solução. Se a
densidade da solução for dada em Kg/L, o seu valor numérico é exatamente
igual a sua densidade em g/ml, isso é facilmente visto utilizando os fatores
unitários como mostrado abaixo:
10
Etanol (PA) Título em Massa Molar
volume (g/mol)
~0,99 46,07
11
Fração molar
12
(Eq. 17)
13
Conversão da fração molar em concentração mol/L
2) Diluição
14
Expressão importante para diluição:
ou 1,67mL
3) Porcentagem de Pureza
15
Em muitas situações os reagentes não são encontrados na sua forma
pura. Mesmo os reagentes puros, quando em contato com a atmosfera,
podem adsorver moléculas de água sofrendo um processo de hidratação.
Neste contexto, a própria água pode agir como impureza. A pureza de um
reagente pode ser definida simplesmente como : .
(Eq.19)
16
Multiplicando ambos os lados por um fator , chegamos na
(Eq.20)
Suponhamos que seja feita uma certa massa total de reagente “A”
( . Desta solução seja retirada uma alíquota V´A e titulado com o
reagente “B”. Nestas condições, a expressão a ser utilizada é dada por :
17
diferenciar do volume VB gasto para a titulação total da amostra. Como a
concentração da solução não muda, temos equação 21 que é a variação da
equação 20 quando a amostra não é titulada na sua totalidade:
(Eq.21)
(Eq.22)
4) Normalidade
18
respectivamente. No caso das substâncias que agem em reações redox, o
fator n* corresponde ao numero de elétrons transferidos.
, onde (Eq.23)
(Eq.24)
19
(Eq.25)
1- Ácidos e bases
20
Os ácidos que são capazes de liberar um próton H+ são considerados
monopróticos e por sua vez, os ácidos que são capazes de liberar dois
prótons são considerados dipróticos e assim sucessivamente (Tabela 1).
HCl Monoprótico
H2SO4 Diprótico
H3PO4 Triprótico
H4Y* Tetraprótico
* C10H14N2O8-4
21
Como pode ser observado, os conceitos mais simples de ácido e base
levam em conta que os ácidos são substâncias moleculares que perdem
hidrogênios ácidos e bases são substancias iônicas que em água (ou em
outro solvente polar) se dissociam em íons previamente constituídos.
Porém, veremos que, infelizmente, esta correlação simples não explica
totalmente todas as substancias ácidas e as básicas.
A própria água, por exemplo, pode funcionar como ácido e uma base
pela sua auto-ionização (Eq.5). Dentro da simbologia química, a seta de
equilíbrio ( ) significa que a reação em questão pode ocorrer no sentido
direto e no sentido inverso. Assim, se faz necessário a utilização de uma
constante de equilíbrio para determinar a extensão da concentração dos
produtos e dos reagentes, com o tempo de reação tendendo ao infinito (ou
um tempo suficientemente grande) (Eq.5).
22
Para uma solução aquosa neutra, necessariamente temos que
[H+]=[OH-] (Eq.9). Assim como dado abaixo pela Eq.10 temos que na água
neutra: [H+] =10-7mol/L.
Sempre que uma grandeza esta entre [], sua unidade de concentração
é dada em mol/L, portanto, para a água neutra a concentração de íons H+ e
íons OH- é de 10-7mol/L (a unidade mol/L também por ser expressa por
“M” que significa molar).
2- Grandezas pH e pOH
23
Podemos delimitar algumas propriedades da água neutra. O seu valor
de pH é 7 ( 7) e a acidez e basicidade de acordo com o
pH e pOH é dado mostrado na figura 1:
24
uma ordem de grandeza maior que a quantidade adicionada pelo ácido (10-
8
mol/L). Para resolver este caso precisamos de dois balanços importantes:
balanço de carga e balanço de massa.
Balanço de carga: Significa que a carga dos produtos não pode ser
diferente da carga dos reagentes.
Balanço de massa: Significa que a massa dos produtos não pode ser
diferente da massa dos reagentes. Neste caso Ca é chamada de concentração
analítica, ou seja, a concentração inicial.
25
3- Tratamento dos ácidos fracos
26
A concentração de equilíbrio é diferente das concentrações iniciais,
por isso o subscrito na equação 4. A equação 4 mostra a expressão da
constante de equilíbrio ácida (Ka) para o ácido acético. Quanto menor o
valor de Ka mais fraco é o ácido. Às vezes, é conveniente expressar o valor
em termos de pKa sabendo que pKa=-logKa. A tabela 2 mostra os valores
de Ka e pKa para alguns ácidos fracos. Ao contrário do Ka, quanto maior o
valor do pKa mais fraco é o ácido.
27
Balanço de massa: A concentração inicial de ácido acético ( ) sempre
será igual à soma da concentração do acetato no equilíbrio mais a
concentração do ácido não ionizado. Na equação 26 somente temos certeza
do valor de .
28
muito importante, pois determina o valor do pH de uma ácido fraco
mediante ao conhecimento de sua concentração inicial e seu valor de Ka.
29
Mas em um ácido fraco diprótico os dois hidrogênios são ionizáveis?
A resposta para esta pergunta é sim. Porém, devemos lembrar que após a
ionização do primeiro hidrogênio a dificuldade para ionizar o segundo é
muito maior. O balanço de carga neste caso pode ser escrito como:
30
É claro que, no caso das bases fracas, o tratamento é semelhante ao
tratamento dos ácidos fracos.
No caso dos ácidos fracos, sua ionização sempre leva a uma base
também fraca chamada base conjugada. No caso do ácido acético
( ) sua ionização leva a formação da base conjugada acetato
31
5- Anfólitos
32
Balanço de massa :
Balanço de carga :
33
) teremos uma expressão simplificada (Eq.60). Considerando
Cs muito maior que Ka1 e desprezando o termo Ka1Kw chegamos na
expressão ainda mais simples para determinar o pH de um anfólito (Eq.61).
6- Solução Tampão
34
Com a adição de acetato, o equilíbrio se desloca no sentido inverso
para recompor ainda mais o ácido acético não ionizado, e com isso manter
o valor de Ka. Neste caso o ácido acético praticamente não se ioniza. Este
fenômeno é chamado efeito do íon comum e assim podemos escrever:
E o acetato não age como base? Pelo mesmo motivo temos uma
hidrólise muito dificultada devido à presença do íon comum CH3COOH e,
portanto, o acetato não se hidrolisa. Logo a expressão do Ka (Eq.64) possui
duas constantes virtuais. Aplicando-se “–log” dos dois lados temos a
expressão do pH do tampão para o par acetato/ácido acético (Eq.65).
Genericamente, podemos escrever a expressão do tampão para qualquer par
ácido/base conjugada (Eq.66). Claro que como o volume “V” é igual pois
tanto o ácido e base conjugada estão no mesmo recipiente, assim podemos
escrever a expressão em termos de número de mols (Eq.67).
35
Para os tampões básicos o tratamento é idêntico. Vamos considerar
uma base fraca B- como mostrado na equação 68. Novamente aplicando-se
“-log” dos dois lados da constante Kb (Eq.69) chegamos à expressão do
tampão básico (Eq.70) que em termo de pH chegamos a expressão final
mostrado na equação 71.
36
Fig. 4 – Esquema de titulação: bureta, suporte com garras, suporte e
erlenmeyer.
Fonte : http://www.instrumentosdelaboratorio.net/2012/09/bureta.html
37
(Eq.73)? Com a adição de 25mL de NaOH 0,10mol/L quantos mols de base
foram adicionados (Eq.74)?
Então qual a quantidade de base que deve ser adicionado para reagir
completamente com os 50mL de HCl? Logicamente que deve se adicionar
um volume que carregue de base (lembrando que a
concentração de NaOH corresponde a 0,1mol/L).
38
Logicamente que o problema crucial da volumetria ácido-base (ou os
outros tipos) é saber a quantidade a ser titulada (alíquota) e a quantidade
gasta de titulante. Vamos a uma questão prática e objetiva: se 50mL de
uma solução de HCl foi completamente titulada com 12mL de uma solução
de NaOH 0,10mol/L, qual a concentração de HCl?
b) 12 mL de NaOH 0,10mol/L
39
c) 50 mL de NaOH 0,10mol/L
d) 75 mL de NaOH 0,10mol/L
40
0,0mol/L deve ser indício que neste ponto o valor do pH da água neutra
(pH=7).
Titulação de Fórmula
41
um ácido forte
Antes do ponto
final
No ponto final pH = 7
42
Fig. 5- curva de titulação de 50mL de HCl 0,1mol/L com uma solução de
NaOH 0,1mol/L.
43
Fig. 6- Estrutura química da fenolftaleína em meio ácido e meio básico.
44
fenolftaleína é 1x10-9,6, temos o seu pKa = 9,6 e sua faixa de viragem no
intervalo de 8,6 (incolor)-10,6(rósea intensa).
45
Tabela 4 – Alguns indicadores ácido-base e suas faixas de viragem.
Indicador pH pH
(cor) (cor)
Azul de ˂1,20 ˂2,80
timol (vermelho) (Amarelo)
Amarelo de ˂2.90 ˂4.0
Metila (vermelho) (amarelo)
Vermelho de ˂4,2 ˂6,3
metila (vermelho) (laranja)
Azul de ˂6,2 ˂7,6
Bromotimol (amarelo) (Azul)
Fenolftaleina ˂8,6 ˂10,6
(Incolor) (rósea)
Amarelo de ˂11 ˂13
alizarina GG (incolor) (Amarelo)
46
fornecido pelo o indicador (neste caso em torno de 8,6) com o ponto final
real da reação (neste caso pH = 7). Mas como estimar este erro neste caso?
A resposta esta mostrada nos cálculos abaixo:
47
Na titulação do HF observamos que durante a titulação um tampão
HF/F- é formado (Eq.90a e 90b). Por isso na figura 7 é mostrado o pH em
função da adição de NaOH na titulação de 50mL de HF 0,1mol/L e 50mL
de HCl 0,1mol/L. Ambos possuem ponto final da titulação em 50mL,
porem o pH do ponto final é diferente devido a natureza diversa dos dois
ácido. O ponto final da titulação do HF é 7,94 porque uma base fraca é
formada após a titulação. Neste caso o melhor indicador seria também a
fenolftaleína.
48
Tabela 5 – Constantes das espécies provenientes do H2S.
Espécie Ka Kb
H2S 1,0x10-7 -
HS- 1,25x10-13 1,0x10-7
S-2 - 0,08
49
temos a formação de uma base “moderada” S-2 com um valor de Kb
relativamente alto entre as bases fracas fraca (vide tabela 5). Fazendo os
cálculos temos que a concentração final de sulfeto é de 0,033mol/L e o pH
final é 12,83.
50
Fig. 9- Equilíbrio do CO2 atmosférico.
média este valor pode ser considerado como 30,39 Pa. Assim :
Espécie Ka Kb
H2CO3 4,6x10-7 -
HCO3- 5,6x10-11 2,1x10-8
CO3-2 - 1,7x10-4
51
Levando-se em consideração a tabela 6 e sabendo que o ácido
carbônico é um ácido fraco poliprótico temos (Eq.93a e 93b):
52
Fig. 10- Curva de titulação para alguns ácidos na concentração 0,1mol/L
titulados com NaOH 0,1mol/L.
53
Prática 1.1- Padronização de uma solução de NaOH
(_____/_____/____)
Dados :
54
Prática 2.1– Calcular o teor de HCl no ácido muriático
(_____/_____/____)
Dados :
55
Prática 3.1 -Estimar o valor da constante acida do HAc (_____/_____/____)
Dados :
56
Prática 4.1 - Calcular o teor de HAc no vinagre I (_____/_____/____)
Metodologia: Recolher _______mL de vinagre com uma pipeta volumétrica e transferir para
um erlenmeyer. Adicionar 3gotas de uma solução alcoólica de fenolftaleína (2% m/V) e
titular com uma solução previamente preparada de NaOH__________mol/L.
Dados:
HAc = (MM=60g/mol)
NaOH
COO- Na+
H2O
o
CH3CH2C
OH
57
Prática 5.1 -Calcular o teor de HAc no vinagre II (_____/_____/____)
pH: ___________________
Dados:
58
Capítulo 2 - Volumetria de precipitação
1-Solubilidade
59
Os valores de kps apenas tem sentido de serem calculados para sais
com baixa solubilidade. O valor do kps do AgCl corresponde a 10-10. Logo
a sua solubilidade é dada pela equação 5a e 5b.
x 2x x
60
Se o valor do kps do corresponde a 1x10-12 qual a
(Eq.7a)
1x10-20. Qual a solubilidade deste sal? Devemos lembrar que neste caso a
estequiometria é 3:1(Eq.8 , 9a e 9b). A tabela 2 mostra a formula da
solubilidade em função do kps para diferentes estequiometrias.
x 3x x
61
Tabela 2 : Cálculo do kps para diferentes estequiometrias.
Estequiometrias Equação
(1:1)
(2:1)
(3:1)
(n:1)
2- Bases fracas
62
O valor do pH influencia a solubilidade das bases fracas com baixa
solubilidade . Para a dissolução do Mg(OH)2 por exemplo (Eq.10), temos
que a expressão do kps dada pela tabela 2 (Eq. 11). Qual a solubilidade do
Mg(OH)2 em pH=7, 9 e 10? Logicamente que a diminuição da solubilidade
do hidróxido de magnésio com o aumento do pH não representa mais do
que o efeito do íon comum, que neste caso é o OH-.
x x 2x
63
de 1mol/L e em pH =9 esta solubilidade é em torno de 0,012mol/L. Como
podemos calcular a solubilidade do íons Ca+2 em pH=9 é astronômica
(5,5x106mol/L).
64
magnésio, somente a partir de pH =9. Os valores exatos podem ser obtidos
facilmente a partir das equações 15 e 16.
65
A solubilidade do CaCO3 em uma solução de pH=7,00 seria
. Nota-se que este valor é cerca de 42 vezes maior que o
valor calculado sem a contabilização do pH.
66
a) 0mL de AgNO3 0,10mol/L.
b) 12 mL de AgNO3 0,10mol/L.
c) 50 mL de AgNO3 0,10mol/L.
d) 75 mL de AgNO3 0,10mol/L.
67
d) Quando 75mL de nitrato são adicionados podemos utilizar a equação
20a, 20b e 20c.
68
Tabela 3- Expressões utilizadas para o calculo do pAg e pCl para a
determinação de íons cloreto pelo método direto.
Titulação de Fórmula
uma solução de Cl-
No ponto final
69
os íons BrO3- observa-se uma nítida dificuldade de titulação pelo método
direto.
16
px
14 AgCl
AgI
12
AgBr
10 AgBrO3
8
6
4
2
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
VAgNO3 mL
70
AgCl, conforme os íons Ag+ são adicionados reagindo com os íons Cl-
dispersos em solução. Quando o ponto final é atingido temos nAg+=nCl-
desta forma, o excesso de Ag+ é irá reagir com os íons CrO4-2 em solução
formando um precipitado vermelho (Eq.21) indicando, assim, o ponto final
da titulação. Este método é chamado de método direto e somente funciona
devido a uma conjunção de fatores.
71
O possui um kps igual a 1,1x10-12 e o 1x10-10.
Quando o nitrato de prata é adicionado à solução ele forma primeiro o
AgCl, porque? Pela equação 22 vemos que um pAg =9 é suficiente para a
formação do precipitado de AgCl. Por outro lado, sabendo que a
concentração de K2CrO4 em solução corresponde a , precisa
que o pAg atinja 3,78 para que comece a precipitar o (Eq.23a,
23b e 23c)
Após todo cloreto ser titulado temos que a concentração de Ag+ será
10-5mol/L, ou seja, ainda não suficiente para precipitar o que é
[Ag+]= . Considerando a titulação com [AgNO3]
=0,10mol/L o volume a mais que deve ser adicionado de titulante é dado
pelas equações 24a,24b e 24c. O volume final foi considerado como 100
mL. Netas condições necessita-se de 50,152mL para atingir o ponto final.
Este erro é estimado então em 0,34%. Isso mostra que nestas condições é
possível utilizar o cromato de prata como indicador do ponto final da
titulação.
72
5- Método indireto
73
1,048x10-6 mol/L. Nestas condições temos que a concentração de complexo
é menor do que a necessária para a detecção visual (Eq.26a e 26b).
74
A concentração de deve ser suficiente para atingir o valor
de então este valor deve ser
Da mesma forma a
concentração de é dado pela equação 29 e a concentração de
é dado pelas equações 30a,30b e 30c. Calculando o valor do
titulante em excesso como mostrado na equação 31 chegamos ao valor de
Este valor significa que devemos adicionar titulante para
atingir um montante a mais nesta magnitude de concentração. Numa
titulação de 25mL de [Ag+]=0,1mol/L com [KSCN]=0,1mol/L temos uma
volume de ponto final praticamente de 50mL. Das equações 32a e 32b
vemos que isso significa uma adição de 0,0047mL. O erro estimado está
em torno de 0,018% (Eq.33).
75
76
Capítulo 3 - Volumetria de complexação
1-Complexos
íons Co+2 hidratados. Por outro lado, para os íons Na+ por exemplo, este
tipo de reação de complexação em meio aquoso é improvável. Neste caso o
que ocorre é simplesmente um processo de hidratação.
77
ligante e o íon metálico). Na figura 1 é mostrado este tipo de ligante
interagindo com um íon metálico. O ligante mostrado provém do ácido
etilenodiamintetracético abreviadamente chamado de EDTA. Este ligante
em particular possui um grande destaque na volumetria de complexação
devido a sua capacidade de formar complexos com o Ca e Mg.
78
2- EDTA
79
equação 9. A razão corresponde ao valor (Eq.10) e o valor
80
consequentemente o valor da constante também depende do valor de pH.
Assim é definida a constante de estabilidade condicional (Eq.13).
81
Poucos livros salientam que o valor de corresponde à
concentração inicial antes da reação de complexação. Como um exemplo
podemos supor o calculo de de uma solução de [EDTA]=0,2mol/L em
4- Titulação
b) 12 mL de NaOH 0,10mol/L
c) 50 mL de NaOH 0,10mol/L
d) 75 mL de NaOH 0,10mol/L
82
c) No ponto de equivalência podemos utilizar a equação 13, porém
precisamos da concentração de (Eq.15). Não é difícil
x x
(Eq.15a)
83
d) Após o ponto de equivalência, 75mL, temos titulante em excesso.
Assim a concentração Ca pode ser dada pela equação 17a e 17b. A
concentração de complexo será menor devido ao efeito de diluição
(Eq.18) e o valor de pCa pode ser dado pela equação 19.
5- Indicadores
84
exemplo o cálcio e magnésio) fazendo com que a solução se torne
vermelho vinho.
85
quando o EDTA é adicionado é possível o deslocamento dos íons
metálicos. Nesta titulação ao invés de utilizar o EDTA como titulante é
utilizado o seu sal dissódico C10H14N2O8Na2.2H2O (Peso Molecular:
372,23). Genericamente podemos representado por Na2H2Y.2H2O.
86
Assim virtualmente todo o magnésio estaria na forma de precipitado
Mg(OH)2 (admitindo uma concentração de equilíbrio de ).
Entretanto com a precipitação do hidróxido de magnésio pode haver a
coprecipitação do hidróxido de cálcio por um fenômeno de natureza
cinética. A adição de glicerol ou manitol pode resolver este problema pela
formação de um complexo estável com o cálcio. Alem disso, pode-se usar
outro indicador que é a murexida. Em meio fortemente básico, o complexo
murexida-Mg se decompõe desta forma em pH=12 e utilizando a murexida
como indicador a titulação consegue minimizar ao máximo os efeitos do
magnésio.
87
Prática 2.1 – Determinação da concentração de Cl- no soro fisiológico
pelo método direto (_____/_____/____)
Dados :
88
Prática 2.2 – Determinação da concentração de Cl- no soro fisiológico
pelo método indireto (_____/_____/____)
Dados :
89
Prática 2.3 – Determinação da concentração de Cl- na água da torneira
(_____/_____/____)
Dados :
90
Prática 2.4 – Padronização de uma solução de EDTA
(_____/_____/____)
Dados :
CaCO3 100,09g/mol
91
Prática 2.5 – Determinar a dureza total da água da torneira
(_____/_____/____)
Dados:
CaCO3 100,09g/mol
92
Prática 2.5 – Determinar o teor de Mg e Ca da água da torneira
(_____/_____/____)
Dados :
93
Capítulo 4 - Volumetria redox
94
Neste caso podemos definir duas semi-reações: semi-reação de
redução (Eq.2) e semi-reaçao de oxidação (Eq.3). A soma das duas semi-
reações
95
Fig.1 - Uma pilha formada entre o par redox Zn/Zn+2 e Cu/Cu+2 e seus
componentes.
96
Fig. 2- A pilha da figura 1 com o catodo substituído pelo eletrodo padrão
de hidrogênio.
97
do zinco metálico) corresponde a 0,76V (Eq.6). a tabela 1 mostra alguns
valores de potencial padrão de redução para varia semi-reações químicas.
98
Tabela 1- Potencial padrão de redução para algumas semi-reações
99
Mas será que poderíamos fazer o oposto? Dado um valor de
potencial de 0,34V ao exemplo anterior qual a concentração de Cu +2 ?
Claramente representado nas equações 10a,10b e 10c percebemos que com
um potencial maior que potencial padrão, a concentração de Cu+2 é maior
(2,17mol/L).
100
A redução do AgCl produz prata metálica e íons cloreto com potencial
mostrado na equação 11.
Embora o que tenha sido mostrado aqui serve para o eletrodo íon
seletivo de cloreto, a expressão mostrada na equação 13c serve para
qualquer eletrodo íon seletivo, neste caso o que muda é o equilíbrio
101
químico envolvido (no caso do cloreto o equilíbrio esta mostrado na
equação 11).
102
400
350
Potencial mV
300
250
200
150
100
50
0
0 1 2 3 4 5 6
pCl
3- Eletrodo de pH
103
(a)
(b)
104
(Eq.16c)
105
100
90
80
EmV 70
60 (51,08mV; pH=7)
50
40
30
20
10
0
4 5 6 7 8 9 10
pH
4 Titulação (permanganatometria)
106
Neste caso, qual a variação de NOX do Mn? Sabemos que o
permanganato participa da redução então segue a equação 20. Assim o Mn
passou de NOX 7 para 5 (sofrendo a redução). Consequentemente os íons
Fe+2 passando para Fe+3 liberam apenas um elétrons. Por isso, a equação
19b precisa ser multiplicada por 5 para que ao ser somada com a 19c
chegar na equação global 19a. A figura 7 mostra que o potencial da
equação global possui o valor de 0,74V, uma vez que o fator 5 não
multiplica o potencial.
107
Importante : Quando o potencial de uma reação redox é positivo o
processo é espontâneo, e quando é negativo, a reação não ocorre
espontaneamente
108
Mas como o teor de Fe+2 irá diminuir devido a reação com os íons
permanganato, o novo número de mols de íons ferrosos ( ) será
dado pela equação 23a e 23b. Loficamente que os íons ferrosos se
transformam em íons n férricos logo o número de mols dos íons férricos
corresponde a 0,0025mol.
109
Seguindo o raciocínio montado no último exemplo e utilizado a
expressão 24a montamos o gráfico mostrado na figura 8.
110
A equação 27a corresponde à equação de Nernst para o equilíbrio do
titulante (Eq.19c). A equação 27b corresponde a equação 27a multiplicada
por 5. Conhecendo o resultado mostrado na equação 26, a equação de Nerst
para o titulado (Eq.24a) é escrita como mostrado na equação 28. Somando-
se as equações 27a e 28 chegamos na equação 29, que pode ser
genericamente escrita na forma mostrada na equação 30. Assim, no ponto
final da titulação dos íons ferrosos com o permanganato será dado pela
equação 29a. Se considerarmos então o que a concentração de íons H+
corresponde a 1M, o potencial no ponto final terá o valor de 1,386V.
111
Genericamente para qualquer titulação redox a expressão derivada
para o potencial no ponto final é dada pela equação 30. Neste caso, quando
a concentração de íons H+ for 1M, ou quando o equilíbrio do titulante não
envolver os íons H+, a equação pode ser simplificada como na equação 30b.
112
Fig. 9 – Esquematização da permanganatometria para a determinação de
ferro.
quase incolor (rosa muito fraca). Desta forma, enquanto houver analito em
solução para ser oxidado, a coloração predominante é a do analito (se este
não apresentar cor o meio será incolor). Quando o analito acaba, a próxima
gota de permanganato Dara a cor violeta para o meio indicando o ponto
final da titulação representando o ponto final.
113
5 Titulação (dicromatometria)
114
podemos utilizar a equação 24a (equação do titulado) obtendo então a
equação 33. O volume encontrado corresponde a 7,98mL e comparando
como volume obtido na titulação (8,33mL) temos um erro estabelecido em
aproximadamente 4,2%.
115
Prática 3.1 – Determinar o teor de Cl- na água da torneira como um
eletrodo íon-seletivo (_____/_____/____)
116
Prática 3.2 – Determinar o valor do kps do Cu(OH)2 através do
potencial da pilha de Daniel (_____/_____/____)
117
Prática 3.3 – Calcular o teor de ferro em uma solução através da
permanganatometria (_____/_____/____)
118
Prática 3.3 – Calcular o teor de peróxido de hidrogênio em uma
solução através da permanganatometria (_____/_____/____)
Dado:
119
120
Capítulo 5- exercícios
121
b) Considerando que o soro fisiológico possui uma porcentagem
%m/m igual a 0,90%, calcule a sua densidade.
122
0,72mol/L de cloreto. Qual a porcentagem de cloreto de cálcio na
amostra original? (Massa molar do CaCl2 = 111g/mol)
R : 45,56% (m/m)
17. Suponha que uma solução de NaCl foi produzida com 58,5mg
de NaCl em 100mL de solução. Por ma medida de laboratório foi
descoberto que esta solução possuía uma concentração de cloreto
de 0,005mol/L. Qual a pureza do reagente utilizado ? (NaCl =
58,5g/mol) (R: 50%)
123
20. Uma solução de cloreto de sódio com uma porcentagem em
massa de NaCl com valor de 20% m/m, possui uma densidade
1,1478g/mL. Nestas condições calcule:
21. Suponha que uma massa de 58,5mg de NaCl foi utilizada para
produzir 100mL de uma solução 0,2925g/L. Nestas condições
diga : qual a pureza do reagente utilizado ? (NaCl = 58,5g/mol)
(R: 50%)
22. Uma solução de etanol + água foi produzida e consta-se no
rotulo 63%V/V. Sabendo que a sua densidade é de 0,900g/mL e
que a densidade do etanol puro corresponde a 0,795g/mL. Calcule
a sua %m/m e %m/V? (R: 50,085% m/V e 55,560%m/m)
23. Suponha que uma solução seja feita com 63mL de etanol para
100mL de solução. Suponha que a densidade desta solução seja
0,90g/mL. Em uma outra etapa, uma segunda solução foi feita
retirando 10mL da solução original e completando para 250mL
de uma nova solução. Nestas condições diga: qual a concentração
em %V/V da soluça diluída?
124
seja dissolvido em 250mL de água para formar uma solução de
igual volume. Nesta situação diga qual o valor da concentração de
ferro em %m/V, g/L e mol/L.
Dado: Fe2(SO4)3 = 151,908 g/mol ; Fe = 55,845g/mol.
125
Volumetria ácido-base
Grupo I
R: 4,67x10-4M
126
10.Calcule o pH de uma solução de HS- 0,001mol/L?
Dado : Ka1= 1,0x10-7 e Ka2= 1,25x10-13
R: 9,95
127
Grupo II
128
gastou-se um volume de 69,0 mL. Qual a concentração, em
mol/L, da solução desconhecida?
129
7) Uma massa de 25g de hidróxido de sódio (NaOH) impuro são
dissolvidos em água suficiente para 500 mL de solução. Uma
alíquota de 50 mL dessa solução gasta, na titulação, 25 mL de
ácido sulfúrico (H2SO4) 1 molar. Qual é a porcentagem de pureza
do hidróxido de sódio?
130
Grupo III
3) Uma solução tampão foi feita com ácido acetico e acetato. Sabe-
se que o volume desta solução é de 500mL e que o pH=5. Calcule
a razão de [ácido]/[base] desta solução. Sabendo-se que 12g de
acetato de sodio foi utilizado para fazer a solução, qual a massa
de ácido acético utilizada neste tampão?
131
5) Calcule o pH na titulação de 25,0 mL de ácido acético 0,100 M
com hidróxido de sódio depois da adição de:
a) 10,0 mL de HCl.
b) 25,0 mL de HCl.
c) 35,0 mL de HCl.
(R: 10mL)
132
b) Em qual pH ocorrerá o ponto de equivalência (ponto final real)?
(R: 8,85)
c) Qual o valor do pH quando houver 5,00mL de base em excesso?
(R: 12,05)
d) Qual o valor do pH quando houver 5,00mL de ácido em excesso?
(R: 5,48)
133
c) No ponto de equivalência. (pH = 5,08)
d) Após a adição de 26,00mL de HCl. (pH = 2,88)
134
Volumetria de precipitação
Grupo I
135
4. Uma amostra de 12,09g de CaCl2 foi dissolvido em 500mL de água.
Uma alíquota de 2mL foi titulada com AgNO3 gastando um volume
de 23mL. Qual a concentração do nitrato de prata?
(Dado: CaCl2 =111g/mol)
136
9. Calcule a solubilidade do Ag2CrO4, (dado que o seu kps possui o
valor de 1x10-12 ) nas seguintes situações:
c) Em uma solução isenta de íons Ag+.
d) Em uma solução contendo íons Ag+ na concentração 0,01mol/L.
a) Em pH = 2,00.
b) Em pH = 6,00
c) Em pH = 0,00
137
Grupo II
138
4. Uma alíquota de 40mL de uma solução de cloreto de sódio 0,060
mol/L foi titulação com uma solução de AgNO3 0,060 mol/L.
Responda :
a) Qual o pAg e o pCl antes da adição de AgNO3?
b) Qual o pAg e o pCl após 35mL de AgNO3?
c) Qual o pAg e o pCl no ponto de equilíbrio?
Qual o pAg e o pCl após 45mL de AgNO3?
139
tratada com 50,00 mL de solução de nitrato de prata 0,110 mol L -1 e
o excesso de íons prata foi titulado com 17,00 mL de uma solução de
tiocianato de potássio 0,100 mol L-1 usando uma solução contendo
íons ferro III como indicador. Qual a concentração de NaCl na
amostra em mol L-1 e g L-1?
140
Volumetria de complexação
Grupo I
141
Grupo II
142
EDTA, em pH=10, consumindo nesta titulação 22,74 mL da solução
de EDTA. Uma segunda alíquota de água de 100,00 mL foi tratada
com NaOH para precipitar o Mg(OH)2, e então titulada em pH 12,0
com 15,86 mL da solução de EDTA. Sabendo que a solução de
EDTA possui concentração de 0,01mol/L, calcule a dureza e a
concentração de CaCO3 em mg/L. Dado: CaCO3 100g/mol e
MgCO3 84g/mol.
Grupo III
143
bureta de 25,00 mL e sabendo que o volume gasto na titulação acima
contraria as normas volumétricas, pede-se:
a) Calcular qual o volume da amostra (mL) que deve ser diluído para
100,00 mL a fim de que 10,00 mL desta nova solução consuma
apenas 20,00 mL da solução de EDTA.
b) Calcular a percentagem de cálcio na amostra, sabendo-se que
foram pesados 2,0000 g da amostra para 25,00 mL de solução.
144
Volumetria redox
Dado:
145
20,00 mL do H2C2O4 necessitam de 32,00 mL de uma solução de
KMnO4, qual é a concentração desta solução de permanganato de
potássio , em mol L-1?
Dado:
Dado:
146
0,0100 mol L-1 de K2Cr2O7 consumindo respectivamente 26,20 mL e
25,80 mL. Qual a porcentagem média de ferro na amostra?
Dado:
147
10.Considere a titulação de 25mL de uma solução de FeSO4 10-2M com
uma solução de K2Cr2O7 0,002mol/L em pH=0. Calcule o potencial
quando:
a) VK2Cr2O7=0,1mL
b) VK2Cr2O7=10,0mL
c) VK2Cr2O7=20,0mL
d) VK2Cr2O7=25,0mL
e) VK2Cr2O7=50,0mL
f) VK2Cr2O7=200,0mL
11. Uma amostra de 100mL de água foi titulada com Ce+4 0,015M
gastando-se 9,558mL. Qual a concentração de ferro na água
analisada em mg/L (Fe 55,8g/mol).
148
14.Uma amostra de 0,008718g de minério de ferro foi dissolvida em
100mL de ácido clorídrico concentrado. A solução de dissolução foi
titulada com Ce+4 0,010M gastando-se 12,5mL. Qual a porcentagem
de ferro na amostra analisada. (Fe 55,8g/mol).
149
17. Suponha que o ferro metálico, cobre metálico e o lítio sejam
conectados e inseridos em uma solução de HCl. Baseado na tabela 1
da pagina 98, indique qual o metal ira sofrer oxidação primeiro e
calcule o seu potencial da reação.
150