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1 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

1.1 Componentes da Infraestrutura de TI

1.1.1 Introdução

Partindo de uma visão de simples usuários da tecnologia, não temos a percepção


de todo o aparato que sustenta ações tão simples como fazer um simples pedido de
refeição utilizando um aplicativo em smartphone ou ler informações em um site de
notícias, por meio de um navegador de internet nos computadores das Organizações
que trabalhamos.

A este aparato que suporta uma multiplicidade de ações e processos do nosso


dia-a-dia, envolvendo tecnologia, damos o nome de Infraestrutura de Tecnologia da
Informação (TI).

É graças ao desenvolvimento e crescimento desta infraestrutura que cada vez


mais experimentamos mudanças drásticas na forma de trabalhar, na forma de
adquirir informações, na maneira como nos divertimos, enfim na forma como
vivemos. Tudo isto tem contribuído para um ambiente de inovação e sustentando a
criação de novas soluções para Organizações e pessoas, além de recriar processos
de negócios.

Quando do surgimento da Informática na sociedade, não era clara a ideia de


infraestrutura de TI, resultando numa confusão dos conceitos de informática, TI e de
infraestrutura de TI. Por isso, convém dizer, que ao mencionar TI estamos
automaticamente nos remetendo a um “mundo” e “contexto” tecnológico que envolve
um conjunto de ferramentas computacionais. Já a infraestrutura é justamente este
ferramental (conjunto de ferramentas) tecnológicas.

Segundo Weill & Ross (2006), a infraestrutura de TI é o fundamento (no sentido


de base) planejado de TI em toda a sua capacidade disponibilizada por meio de
serviços compartilhados e confiáveis para toda Organização e utilizada por
aplicações múltiplas.

A infraestrutura de TI suporta soluções e aplicações desejadas pelas áreas de


negócios das empresas. São estas aplicações que suportam os processos de
negócios. Por exemplo, uma empresa que deseja comercializar produtos pela
Internet, necessita de uma infraestrutura de TI que é base para o funcionamento dos
sistemas de Internet, que por sua vez vão sustentar o processo de venda de
produtos, por meio do e-commerce ou até do m-commerce.

A partir da teoria de Sistemas de Informação, é possível dizer que infraestrutura


de TI é um conjunto de itens compartilhados (hardware, software, bancos de dados,
telecomunicações) que formam a base de funcionamento dos sistemas informação e
dos processos de negócio (STAIR & REYNOLDS, 2011).

A figura 1 denota o conceito de infraestrutura de TI que sustenta as aplicações de


negócio.
Figura 1 – Infraestrutura de TI e o suporte das Aplicações de Negócio

Fonte: Weill & Ross (2006, p.38).

1.1.2 Os processos e a infraestrutura de TI

Processo pode ser definido como um conjunto de recursos organizados utilizados


na transformação de insumos em produtos e também em serviços, de forma a
atender as expectativas de pessoas e Organizações. Desta forma, um processo
possui as entradas e a saídas, conhecidas respectivamente pelos seus nomes em
inglês input e output.

Em muitas situações as entradas e saídas de um processo são as informações,


hoje consideradas como um dos recursos mais estratégicos das empresas. As
informações são oriundas de diversas fontes, processadas por sistemas e
armazenadas na infraestrutura tecnológica da Organizações. Por exemplo, em um
hospital, o processo de cadastramento de um paciente utiliza informações que estão
contidos em sistemas de armazenamento de dados e são processados por sistemas
de informações.

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E não é apenas relacionado a entradas e saídas que os processos se relacionam
a infraestrutura de TI, mas na própria execução, fornecendo ferramentas que
contribuem para eficácia e eficiência em todo o ambiente organizacional. Claro que
tudo isso gera uma clara dependência dos negócios em relação a TI, conferindo
grande importância a infraestrutura de TI e nas decisões, que de forma geral,
remetem ao ambiente tecnológico.

A figura 2 apresenta esta ideia de integração proporcionada pela área de TI.

Figura 2 – TI promovendo a Integração do Negócio

Fonte: Elaboração do Autor (2020).

Os processos, quando associados a infraestrutura de TI, podem proporcionar a


integração de áreas internas de uma empresa e também a integração entre
empresas, gerando o que conhecemos por redes inteorganizacionais, onde dados e
informações fluem entre diversas partes interessadas circunscritas a estes
ambientes empresariais.

A figura 3 apresenta esta ideia de integração e de redes interorganizacionais.

Figura 3 – Integração Matéria Prima até o Fornecedor proporcionada por TI

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Fonte: Elaboração do Autor (2020).

Esta integração interna da Empresa, associada a redes inteorganizacionais é


possível graças as aplicações de TI e a própria infraestrutura de TI.

A figura 4 apresenta esta associação.

Figura 4 – Aplicações de TI e Infraestrutura de TI que sustentam os negócios

Fonte: Elaboração do Autor (2020).

1.1.3 Arquitetura de TI

Antes de pensar em Infraestrutura de TI, propriamente dita, é necessário


compreender o que vem a ser a arquitetura de TI. Entende-se que Arquitetura de TI
é a visão macro e sistêmica de como os componentes físicos e lógicos da
infraestrutura de TI funcionam de forma integrada para disponibilizar um ou mais
serviços de TI.

Segundo Weill & Ross (2006)

A arquitetura de TI é a organização lógica dos dados, aplicações e


infraestruturas, definida a partir de um conjunto de políticas,
relacionamentos e opções técnicas adotadas para obter a
padronização e a integração técnicas e de negócio desejadas (Weill
& Ross, 2006, p.32).

Desta forma, a arquitetura de TI pode ser classificada em:

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• Arquitetura de processos - desenho dos componentes tecnológicos dos
processos de negócios que utilizam TI;

• Arquitetura de aplicação – desenho das aplicações individuais e as interfaces


que permitem a sua utilização;

• Arquitetura tecnológica – desenhos dos padrões tecnológicos que os serviços


de infraestrutura devem utilizar e se basear.

A arquitetura de TI também é chamada de projeto estrutural da TI, apresentando


plataformas de hardware e software que devem ser utilizadas, além de modelos e
padrões diversos de TI. As principais questões que envolvem a arquitetura de TI
como um passo que antecede a infraestrutura de TI são: confiabilidade,
escalabilidade, desempenho e sustentabilidade.

As decisões de arquitetura de TI antecedem as decisões de infraestrutura de TI,


fornecendo subsídios para as escolhas que precisam ser feitas em matéria de
infraestrutura.

1.1.4 Evolução da Infraestrutura de TI

A infraestrutura de TI passou por pelos menos dois grandes momentos antes de


chegarmos a aquilo que observamos nos dias de hoje. São estes os momentos: Era
dos Mainframes; Era da Arquitetura Cliente-Servidor.

Por volta de 1960 surge um tipo de computador conhecido como Mainframe,


considerados de grande porte e com alta capacidade de processamento, eles
praticamente inauguram o primeiro grande momento da infraestrutura de TI nas
Empresas. Este modelo de infraestrutura também conhecido como 1ª Plataforma. É
neste momento que surgem os grandes Centros de Processamento de Dados (CPD),
estabelecendo a ideia de processamento centralizado, mantendo a conectividade
entre terminais de usuário e o Mainframe (que estava situado no CPD).

Os terminais usuários eram conhecidos como terminais burros, devido ao fato de


não possuírem capacidades de processamento e armazenamento, funcionando
como um ponto de acesso ao computador central (Mainframe). Era por meio dos
terminais burro que o usuário fazia a entrada de dados e também consultava
informações.

Com a evolução da engenharia eletrônica e o desenvolvimento de componentes


tais como diodos, transistores e circuitos integrados, os computadores foram
diminuindo de tamanho, de formar a propiciar o surgimento dos computadores de
mesa, também conhecido como desktops.

A partir daí os antigos terminais burros começam a dar lugar a estes desktops e
os mainframes começam a dar lugar aos servidores (bem menores em tamanho, mas
com capacidade de processamento ainda considerável), inaugurando um segundo
momento na infraestrutura de TI, com um modelo conhecido por 2ª Plataforma ou
Cliente-servidor.

As infraestruturas baseadas na arquitetura cliente-servidor são caracterizadas


pela presença de um servidor, responsável pelo controle e compartilhamento de
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recursos de uma rede de computadores. Neste modelo o processamento de
informações é segmentado por processos que consistem em solicitações de
computadores clientes para computadores servidores e respostas dos computadores
servidores para computadores clientes.

A figura 5 apresenta a ideia do modelo cliente-servidor.

Figura 5 – Modelo Cliente-Servidor

Fonte: Elaboração do Autor (2020).

Os usuários locais, que utilizam os computadores clientes possuem recursos


locais e também acessam serviços remotos. A grande diferença dos antigos
terminais burros (além da ausência de recursos de processamento e armazenamento
inexistentes no momento anterior) é a interface de usuário (apresentação), conhecida
como front-end, que é muito mais simpática que as telas “escuras” dos terminais
burros.

Os servidores por sua vez provem diversos serviços, dentre eles é possível citar
o de banco de dados, de impressão, de acesso a internet, dentre outros, por meio de
processos conhecidos como back-end. Toda esta arquitetura é montada a partir das
regras de negócio associada a lógica de aplicação, que responde de acordo com as
necessidades dos usuários.

A arquitetura cliente-servidor pode ocorrer de três formas. Estas formas diferem


nas três principais funções em uma rede cliente-servidor: apresentação ou interface
do usuário; a lógica da aplicação e regra de negócio; armazenamento dos dados.

As três formas de ser de arquitetura cliente-servidor são: modelo em duas


camadas, modelo em três camadas e modelo em quatro camadas

No modelo em duas camadas, os computadores clientes estabelecem a


comunicação diretamente com o servidor. Neste modelo, o armazenamento de dados

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se dá no servidor, mas as regras do negócio, a lógica de aplicação e os padrões de
interfaces de usuário estão armazenadas no cliente. Assim, quando ocorre uma
mudança na aplicação, os bancos de dados e as aplicações contidas no cliente
também sofrem alterações. A figura 6 apresenta a ideia do modelo cliente-servidor
em duas camadas.

Figura 6 – Modelo Cliente-servidor em duas camadas

Fonte: Elaboração do Autor (2020).

No modelo em três camadas existe uma camada intermediária contendo um


servidor de aplicação. É neste servidor que são armazenadas as regras de negócios
e a lógica da aplicação, de forma que quando há uma alteração (em regras de
negócios e lógica de aplicação) ela é executada neste servidor, sendo assumida
automaticamente por todos clientes.

No modelo em três camadas todo acesso ao servidor de banco de dados é feito


pelo servidor de aplicação, que por sua vez já determinam as regras de acesso. Isto
gera um aumento na segurança e controle no acesso de dados, além de garantir uma
melhoria na flexibilidade para mudanças nas aplicações.

A única desvantagem do modelo em três camadas ainda nas atualizações na


interface do usuário, que precisam ainda ser feita em todos os clientes. A Figura 7
apresenta a ideia do modelo em três camadas.

Figura 7 - Modelo Cliente-servidor em três camadas

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Fonte: Elaboração do Autor (2020).

O modelo em quatro camadas é caracterizado pela presença de um Servidor


WEB. Ele surge da necessidade de centralizar a apresentação do cliente. Não há
mais a necessidade de se instalar o programa (aplicação) em cada cliente, bastando
apenas que o usuário tenha um navegador de internet (também conhecido como
Browser) para carregar a aplicação.

Neste modelo também encontramos os servidores de aplicação e banco de dados


com as mesmas funcionalidades dos modelos anteriores.

A figura 8 apresenta esta ideia do modelo em quatro camadas.

Figura 8 - Modelo Cliente-servidor em quatro camadas

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Fonte: Elaboração do Autor (2020).

A criação e a implementação de aplicações é facilitada quando a infraestrutura


construída opera em uma arquitetura em camadas, proporcionando escalabilidade.

Começando na 1ª Plataforma (Mainframes), passando pela 2ª Plataforma


(Arquitetura Cliente-Servidor), chegamos a 3ª Plataforma, com uma verdadeira
combinação de tecnologias. As principais causas desta revolução na infraestrutura
de TI são:

• Aumento exponencial da quantidade de dados gerados e armazenados, a partir


das tecnologias de Big Data;

• Crescimento das Tecnologias de Internet das Coisas, proporcionando a


interligação em redes de objetos, sensores e equipamentos, gerando alto fluxo
de informações;

• Evolução das infraestruturas de redes de telecomunicações e o aumento da


velocidade e largura de banda dos links de comunicação de dados;

• Computação em nuvem promovendo a eficiência no uso de recursos


computacionais de hardware e software;

• Inclusão digital cada vez mais presente na sociedade de forma geral.

Estes motivadores associados as rápidas e diárias mudanças tecnológicas tem


levado a sociedade a experimentar uma infraestrutura cada vez mais moderna e
adaptada as necessidades dos negócios.

1.1.5 Maturidade da Infraestrutura de TI

Analisar a maturidade da infraestrutura de TI nos permite verificar a situação do


seu uso nos processos e nas organizações como um todo. Assim, é possível

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descobrir onde estamos e para onde queremos ir, possibilitando o atingir de níveis
de uso da TI, de forma a agregar valor aos negócios e na vida das pessoas.

Desta forma, podemos considerar quatro níveis de maturidade na infraestrutura


que nos apresentam visões que as Organizações possuem da infraestrutura. São
elas:

Nível 0 (Inexistente) – Não há investimentos em infraestrutura de TI e não há


percepção da necessidade de a implementação de uma infraestrutura que sustente
os negócios da Organização.

Nível 1 (Utilitário) – Há investimentos em infraestrutura de TI, mas ele é muito


baixo quando comparado com a concorrência e de forma centralizado. A TI é
considerada como um recurso organizacional.

Nível 2 (Dependente) – Os investimentos em infraestrutura de TI se assemelham


as médias observadas no mercado. O negócio possui grande dependência da TI,
mas ainda não a considera como recurso estratégico.

Nível 3 (Facilitadora) – Os investimentos em infraestrutura de TI são superiores


as medias observadas no mercado. O negócio percebe a importância estratégica da
TI e o seu contínuo alinhamento.

1.2 Hardware e Software

1.2.1 Hardware

Considerado um dos componentes mais importantes da infraestrutura de TI, o


hardware nos remete a toda parte física do computador. Stair & Reynolds (2011)
afirmam que hardware é qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) que auxilia
tarefas de entrada, saída, processamento e armazenamento de um sistema
computacional.

Com o intuito de gerar uma infraestrutura de TI robusta, a ideia do hardware (parte


física do computador) é apresentar algo tangível que execute o máximo de tarefas
em substituição à pessoa humana, de forma que cada vez mais serviços “braçais”
sejam feitos por “máquinas”. Passando pelos mais diversos setores da economia,
podemos recorrer a inúmeros exemplos de processos que foram automatizados e
melhorados a partir da implementação de hardware.

No entanto, as ações com o objetivo substituir gradativamente pessoas por


hardware tem esbarrado nas grandes diferenças entre homens e máquinas. A
primeira grande diferença é que uma máquina computacional executa todas as suas
atividades a partir de informações que foram anteriormente prestadas. Ou seja,
senão dissermos a máquina o que ela precisa fazer, ela não fará.

Outra grande diferença está no entendimento e compreensão de números. Nós


humanos trabalhamos com a base de numeração decimal. Já as máquinas operam
na base de numeração binário, compreendendo bits e bytes.

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Um bit é a representação de um dígito numérico no sistema de numeração binário.
Ou seja, um bit pode ser representando pelo número 1(um) ou pelo número 0 (zero).
Um byte é um conjunto de oito bits. A partir destes bits e bytes são formados as
instruções primitivas e os códigos que fazem o computador funcionar. Estes códigos
formam os softwares que o computador utiliza.

1.2.2 Sistema Computacional Básico

O sistema computacional básico reúne os componentes que forma de maneira


simplificada o hardware do computador. São eles: Unidade Central de
Processamento; Memórias; Dispositivos de Entrada e Saída; e Barramentos.

O primeiro item do sistema computacional a ser mencionado é o Processador ou


Unidade Central de Processamento (UCP), conhecida também como CPU, que é o
seu acrônimo em inglês. É o processador, o coração de todo o sistema,
responsabilizando-se pela execução das instruções dos programas de computador.

A função básica da CPU é executar programas por meio da busca de uma


instrução na memória; interpretação da instrução; busca de dados; processamento
de dados e escrita de dados.

De forma geral, a CPU é composta de três componentes: Unidade Lógica e


Aritmética (ULA); Unidade de Controle; Registradores. A Unidade de Controle é
responsável por buscar informações na memória principal. A Unidade Lógica e
Aritmética é responsável por realizar os cálculos e comparação entre os valores. Os
registradores compõem uma memória de alta velocidade (interna a CPU) utilizada
para armazenar resultados temporários e para o controle do fluxo de informações.

O segundo componente do sistema computacional é a memória. Considerado


como um item da estrutura interna do computador, ela armazena programas e dados,
apresentando-se sob diversos tipos, quanto a hierarquia, proximidade da CPU e
características próprias.

Dentre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o bom
funcionamento do computador, no que tange a sua dependência das memórias:
tempo de acesso e capacidade armazenamento.

O tempo de acesso, também conhecido como latência, é tempo gasto para realizar
uma operação de leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo
da memória e a operação de escrita é copiar algo na memória. A outra característica
importante é a capacidade, que expressa à quantidade bytes que podem ser
armazenados na memória.

Os principais tipos de memórias são:

• Armazenamento temporário, conhecidas como memórias RAM (Random


Access Memory), que significa memória de acesso aleatório. Quando o
computador é desligado tudo que estava na memória é apagado.

• Apenas de leitura, conhecidas como memórias ROM (Read Only Memory), que
significa memória apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada
do que estava na memória é perdido.
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O terceiro elemento do sistema computacional é o barramento. Eles representam
os caminhos elétricos que provem a ligação de dois ou mais dispositivos. Na história
da computação existiram diversos tipos de barramentos; alguns já estão em desuso
enquanto outros continuam sendo utilizados por diversas placas.

Os principais barramentos são: ISA (Industry Standard Architecture); PCI


(Peripheral Component Interconnect); AGP (Accelerated Graphics Port); AMR (Audio
Modem Riser); CNR (Communications and Network Riser; ACR (Advanced
Communications Riser); SATA (Serial Advanced Technology Attachment); SCSI
(Small Computer System Interface); USB (Universal Serial Bus).

A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com


memórias secundárias. Permitiu a comunicação mais rápida, simples que permitia a
qualquer usuário colocar dispositivos no computador e utilizá-lo.

O quarto componente do sistema computacional é o conjunto de dispositivos de


entrada e saída, que responsáveis por fazer a interface do mesmo com o mundo
exterior, ou seja, com o usuário.

Os dispositivos de entrada e saída são conhecidos como periféricos e são


conectados ao restante do sistema computacional por meio de barramentos e portas
de comunicação. Dentre os principais dispositivos de entrada e saída, é possível
citar: teclado, mouse, scanner, leitores de código de barras, microfones, dentre
outros.

O teclado é um dos dispositivos de entrada mais antigos e é composto por teclas


que representam um sinal único quando pressionados. Estas teclas representam
códigos alfanuméricos e assumem diversas configurações e tipos.

O Mouse é um outro dispositivo de entrada que permite realizar atividades não


relacionadas a digitação, funcionando como um apontador para selecionar opções,
efetuar desenhos, etc. Este dispositivo surge no contexto do surgimento dos
computadores que funcionam com interface gráfica. Eles podem ser do tipo sem fio
ou com fio, ou mesmo da forma touchpad, comum em notebooks como uma
superfície sensível ao toque.

Outros dispositivos de entrada e saída são:

• Scanner – permite realizar a digitalização de documentos, hoje muito integrado


a impressoras, que recebem o nome de multifuncional;

• Leitor de código de barras – dispositivo que efetua leitura de código de barras


a partir da utilização de feixes de laser;

• Câmera – utilizado para capturar imagens estáticas ou em movimento;

• Microfone – utilizado para captação de ondas sonoras;

• Monitores de vídeo – utilizados para apresentar o resultado de um


processamento por meio de uma imagem e em suas versões touch screen
servem como dispositivo de entrada;

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• Impressora – dispositivo que apresenta resultado de processamento em
documentos impressos;

• Dispositivos de armazenamento externo – responsável por armazenar dados


externamente a memórias principais e secundárias do computador. Um bom
exemplo são os gravadores de fita magnética, de DVD/CD e os dispositivos de
memória USB.

Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu


controlador. A função principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada
e saída, garantindo o acesso ao barramento.

1.2.3 Software

O software é o componente da infraestrutura de TI considerado a parte lógica que


faz o sistema computacional funcionar. Eles são programas que comandam a
operação do computador e disponibilizam para o usuário aplicações para serem
utilizadas em suas tarefas diárias. Estes programas são um conjunto de instruções
que dizem o quê, quando e como devem ser realizadas as operações pelo sistema
computacional.

O software praticamente surgiu junto com o hardware, quando o mesmo foi


entendido não apenas como um instrumento para fazer cálculos. O primeiro
programa surgiu no instrumento computacional criado por Charles Babbage, por volta
de 1800. Este programa foi criado por uma jovem de nome Ada Augusta Lovelace,
considerada a primeira programadora do mundo. No entanto, é importante ressaltar
que este programa tem pouca relação com o que se conhece de moderno nos dias
de hoje.

Por volta de 1950, o que se compreendia sobre software eram os poucos


programas disponíveis no mercado, feitos especificamente para cada sistema
computacional. Tratava-se de um conjunto de instruções agrupadas em lotes para
processamento.

Só em 1960 que os softwares, com as características conhecidas nos dias de hoje,


foram desenvolvidos. Claro que com o desenvolvimento de forma artesanal, com
linguagens muito próximas das linguagens de máquina, os softwares eram
praticamente voltados para automação de tarefas manuais, principalmente
administrativas e financeiras. Nesta época a ideia de processamento em tempo real
(ao contrário do processamente batch, por lote) começa a ser percebida como
importante.

Na década de 1970 os sistemas de informação (primeiras aplicações


estruturadas) surgem de forma marcante nas empresas, fomentando o aumento no
volume de desenvolvimento de software, bem como, as exigências em relação aos
produtos construídos. Os desenvolvedores passam a considerar os conceitos de
desenvolvimento organizacional e seus papéis como estratégico para a organização
e melhor desenvolvimento de software. É bem verdade também que a redução de
custos com a aquisição de computadores nesta época favoreceu o aumento do uso
de softwares.

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Desta era artesanal, passou-se para a década de 1980 com o uso dos sistemas
ERP (Planejamento de Recursos Empresariais), sistemas CRM (Gerenciamento do
Relacionamento com o Cliente) até chegar ao momento vivido nos dias de hoje: a
era da qualidade do software.

Com o aumento da capacidade processamento dos computadores, surgem


diversas tecnologias para desenvolvimento de software favorecendo a grande
disseminação de seu uso na operação, na tomada de decisão, nas estratégias e etc.

De forma geral, os softwares são classificados em software de sistemas e software


de aplicação.

Os softwares de sistemas comandam o hardware, gerenciando e coordenando as


suas funcionalidades, fazendo a interface entre as aplicações (software de aplicação)
e todo o aparato de hardware. O melhor exemplo de software de sistemas são os
sistemas operacionais. O sistema operacional é um conjunto de programas que
controla o hardware do computador, dos recursos de entrada e saída, de
armazenagem dos programas e de dados, agindo como interface com os softwares
aplicativos.

Normalmente o sistema operacional está armazenado em um disco, onde logo


após a inicialização do sistema computacional, partes do sistema operacional são
carregadas na memória do computador.

A efetividade computador está diretamente ligada à atuação do sistema


operacional, devido a isso é de suma importância à escolha do sistema operacional
alinhado ao sistema computacional para que as necessidades tanto de hardware
quanto de software estejam aderentes.

Os sistemas operacionais mais conhecidos e mais utilizados de mercado são os


da Microsoft (Windows) para desktop e notebooks. Para smartphones e tablets os
mais utilizados são os da Apple (IOS) e da Google (Android).

Os softwares também podem ser considerados como Softwares de aplicação.


Eles auxiliam na execução das tarefas de negócios, ou seja, são voltados para
expectativas específicas dos usuários atendendo finalidades gerais e específicas.
Entre os exemplos de software de aplicação estão Processadores de texto, planilhas
eletrônicas, softwares de email, geradores de apresentação etc.

Segundo Stair & Reynolds (2011), os softwares de aplicação interagem com os


softwares de sistemas para utilizar os recursos de hardware necessários a sua
operação e assim exercer as suas funcionalidades.

Os softwares de aplicação podem ser divididos em: software vertical e software


horizontal. Os softwares verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo
de negócio. Os softwares horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio,
por automatizam processos comuns a todas as indústrias.

Os softwares de aplicação também podem se dividir em softwares proprietários e


softwares de prateleira.

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O software proprietário é desenvolvido para atender a uma necessidade
específica da organização. Pode ser desenvolvido internamente (pelos profissionais
de TI) ou por empresas terceirizadas com expertise suficiente. Quando este
desenvolvimento ocorre internamente na organização, permite maior controle sobre
os processos de desenvolvimento e, consequentemente, sobre os resultados.

As principais vantagens do software proprietário são conseguir exatamente o que


se quer e a facilidade na modificação de características que assim necessitem. As
principais desvantagens do software proprietário são consumo de tempo (que é alto)
e um risco potencial de desempenho limitado.

Os softwares de prateleira são adquiridos diretamente da prateleira da loja, por


meio de empresas especializadas que desenvolvem soluções-padrão e pré-
formatadas com as melhores práticas e costumes das organizações para apoio aos
processos de negócios.

As principais vantagens do software de prateleira são o custo inicial de


desenvolvimento é mais baixo e a alta qualidade. As principais desvantagens do
software de prateleira são pagamento por características não requisitadas e não ter
características importantes, exigindo futuras modificações ou personalizações.

Os softwares também podem ser classificados em:

• Freeware – distribuído gratuitamente, mas sem revelar o código fonte;

• Free software – pode ser ou não distribuído gratuitamente e é permitido


modificação e redistribuição;

• Open source – distribuído sob licença, com código fonte de domínio público ou
com copyright. Neste o código fonte pode ser modificado;

• Shareware – distribuído gratuitamente, com uso gratuito limitado e logo após


período de teste exigindo pagamento pela utilização;

• Adware – distribuído gratuitamente sob concordância do usuário de visualizar


propagandas;

• Domínio público – distribuído sem copyright e gratuitamente.

1.2.4 Tipos de Computadores

Os computadores podem ser classificados em: microcomputadores;


computadores portáteis; mainframes; supercomputadores; servidores. Eles diferem
em tamanhos, capacidades de processamento, mobilidade, dentre diversos outros
aspectos.

Os microcomputadores têm a sua história iniciada na década de 1980 com um


mercado bastante explorado pelas empresas IBM, DELL, HP, APPLE, dentre outras,
que investiram muito trabalho na fabricação dos mais diversos modelos. Eles são
considerados de pequeno porte criados para serem utilizados em mesas, por isso
muitas vezes são chamados de desktops.

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Como a popularização e o crescimento do uso da informática na década de 1990,
a utilização de microcomputadores começou cada vez mais a se dar tanto nas
empresas como no uso pessoal pelos usuários domésticos para as mais diversas
aplicações. No entanto tem se percebido um declínio e gradativamente os usuários
tem optado (principalmente usuários domésticos) pela utilização de computadores
portáteis, motivando assim a aplicação dos microcomputadores para finalidades
específicas, como os jogos digitais, por exemplo.

Atendendo ao desejo de mobilidade tão atual, os microcomputadores estão


gradativamente sendo substituídos pelos computadores portáteis, sejam eles
notebook, netbooks, tablets ou smartphones.

Os notebooks também são conhecidos como laptops, receberam este nome


devido a sua semelhança com um livro. Eles normalmente têm gabinetes dobráveis
e com capacidade muito semelhante aos microcomputadores. O fato de serem
menores que um microcomputador acarreta um aumento no seu preço, que é
compensado pelo benefício da mobilidade, favorecendo a execução de tarefas com
ele mesmo em qualquer lugar, bastando apenas de uma mochila para carrega-lo.

Os netbooks são computadores portáteis ainda menores em praticamente todos


os sentidos: capacidade, desempenho e dimensões. Embora sejam considerados
uma evolução dos notebooks, os netbooks não tiveram tanta aceitação e estão
praticamente fora do mercado de informática.

Um dos motivos que levaram a pouca aceitação do netbook reside na ideia do


mesmo ser algo situado entre o notebook e o smartphone. Os usuários aceitam bem
o uso de notebooks, assim como o dos smartphone, mas o netbook não.

Os tablets tem pouco mais que 25 anos de vida. O primeiro foi lançado em 1994
pela Acorn Computers e recebeu o nome de Newspad. O auge do seu uso foi
alcançado no surgimento do IPAD que foi lançado pela Apple em 2010 e no mesmo
momento o surgimento do Galaxy Tab lançado pela Samsung.

Mesmo com versões lançadas por diversos outros fabricantes (Huawei, Lenovo,
LG, AOC, dentre outros), verificou-se uma diminuição consistente na venda de tablet,
sinalizando novamente a opção do usuário pelo smartphone ou pelo notebook,
quando o desejo é mobilidade.

Os smartphones nasceram da ideia de estabelecer uma solução que envolva


computação e telefonia. O primeiro smartphone foi criado em 1994 pela IBM e
recebeu o nome de Simon, mas não teve sucesso comercial, embora tendo tela
sensível a toque e conseguir enviar e receber e-mails.

Ainda na década de 1990 os smartphones eram chamados de PDA e só no final


dela a empresa Ericsson se referiu ao seu PDA como smartphone, cunhando pela
primeira vez este termo. Após isso os smartphones começaram a se popularizar com
soluções bastante conhecidas (Blackberry, Apple, Nokia, HTC, dentre outros).

A explosão da telefonia móvel celular no mundo verificada neste milênio


impulsionou ainda mais o uso dos smartphone, fazendo com que ele fosse um
instrumento importantíssimo e presente no dia-a-dia das pessoas.

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Saindo um pouco daquilo que é mais acessível a maior parte das pessoas, o
mundo dos supercomputadores, mainframes e servidores é bem fascinante e traz
uma série de curiosidades.

Comecemos pelo mais antigo dentre os três, que é mainframe. Os mainframes


são os computadores de grande parte utilizados no início da TI nas Organizações,
caracterizados por um alto desempenho e capacidade. A empresa IBM foi uma das
primeiras a fabricar e a comercializar esta tecnologia para muitas corporações, tais
como Bancos, Empresas Públicas, Indústrias. A IBM sofreu forte concorrência de
outras empresas a Unisys e a HP. Hoje é mais restrito a um número menor de
modelos de negócios

Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas


diferentemente dos mainframes, são utilizados em aplicações específicas que
exigem capacidades computacionais extensas e rápidas. Entre as aplicações dos
supercomputadores, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres
naturais, pesquisas nas áreas de saúde, dentre outros.

Os primeiros supercomputadores foram desenvolvidos pela Empresa Cray


Research, que durante muito tempo era a principal fabricante deste tipo de
tecnologia, mas que com o passar do tempo foi perdendo espaço para outras
empresas como IBM, Dell, dentre outras.

As características dos supercomputadores deixam qualquer um impressionado.


Por exemplo, o supercomputador mais potente do mundo, segundo a lista Top500
(que divulga os números de supercomputadores do mundo) o supercomputador mais
potente do mundo tem aproximadamente mais de 2 milhões de core (núcleos). Outra
curiosidade é o consumo de energia elétrica que é da ordem de mais de 10 Megawatt,
bem maior que o consumo de algumas cidades do Brasil.

Os servidores são computadores utilizados em redes com arquitetura cliente-


servidor. Eles têm a função de controlar recursos de redes de computadores e prover
uma maior gestão de comunicação de dados e no uso de aplicações.

2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

2.1 Introdução

2.1.1 Conceitos e classificação

Para entendermos bem o que significa Sistemas de Informação, precisamos


conhecer o conceito de Sistema. Define-se sistema como um conjunto de elementos
interconectados, de modo a formar um todo organizado.

Assim, muito mais do que apenas um software, o Sistema de Informação é um


conjunto inter-relacionado de pessoas, hardwares, softwares, redes de
computadores e recursos de armazenamento de dados que coletam, transformam e
disseminam informações em uma organização.

Compreendendo a partir da percepção que um sistema de informação é um


software, é possível defini-lo como um sistema de computador utilizado em uma

16
empresa, uma entidade, ou seja, por um conjunto de pessoas dentro de uma
Organização. Dentre os principais papeis dos sistemas de informação é possível
mencionar o fornecimento de soluções que dê suporte aos processos utilizados na
operação do negócio, nos processos de tomada de decisão e no suporte de
estratégias em vista de se alcançar vantagens competitivas.

Desta forma, os sistemas de informação são vistos a partir de três perspectivas


distintas: organizacional, tecnológica e humana. Esta tríade segue a ideia da entrega
de uma solução em informática que considera processos, pessoas e ferramentas
como itens relacionados.

Vamos a primeira perspectiva: Organizacional. Precisamos compreender que são


as Organizações que utilizam e precisam dos sistemas de informações para deixar
os seus processos mais robustos. Não há como desenvolver e implementar um
sistema sem considerar a importância do processo que vai utilizá-lo.

A segunda perspectiva – humana – aponta para importância das pessoas quando


pensamos, concebemos ou utilizamos os sistemas de informação. Não precisamos
procurar muito e encontramos, ainda nos dias de hoje, sistemas de informação que
não consideram o usuário que deve utilizá-lo.

Como última perspectiva, apontamos a Tecnologia, que nos remete ao ferramental


adequado que automatiza os sistemas de informação e agrega os recursos de TI:
Banco de Dados, Redes de Computadores, Hardware e Software.

Os sistemas de informação favorecem o aumento da excelência operacional,


melhoria na qualidade no processo de tomada, aprimoramento das relações com
clientes e fornecedores, além de cooperar para a sustentabilidade dos negócios. Eles
podem fazer a diferença entre tomar uma decisão acertada ou uma decisão com
consequências desastrosas.

Partindo do pressuposto da abrangência, os sistemas de informação podem ser


divididos em três tipos: sistemas departamentais; sistemas integrados; sistemas
inteorganizacionais. Esta classificação pode ser vista na figura 9.

Figura 9 – Classificação dos Sistemas de Informação quando a abrangência

Fonte: Eleutério (2015, p.96).

A fim de atender uma determinada área ou departamento, os sistemas


departamentais são implementados, de forma isolada, atendendo a demanda de

17
processos específicos. Estes sistemas têm os seus próprios bancos de dados, que
não são compartilhados com outros sistemas.

Os sistemas integrados são aqueles que servem diversos departamentos de


forma integrada, com um mesmo banco de dados. Eles são conhecidos pelo seu
acrônimo ERP (Entrerprise Resource Planning) ou sistemas de Planejamento de
Recursos Empresariais. A ideia do ERP é fornecer um acesso totalmente integrado
de forma automatizada para os departamentos, por meio de módulos de softwares
específicos.

Os sistemas interorganizacionais são aqueles utilizados de forma conjunto por


mais de uma organização com titularidades e gerências independentes.

Quanto ao nível decisório, os sistemas podem ser classificados em: operacional,


tático e estratégico. A figura 10 apresenta esta classificação.

Figura 10 – Classificação dos Sistemas de Informação quando ao nível decisório

Fonte: Eleutério (2015, p.98).

A figura 11 apresenta a disposição destes sistemas considerando a pirâmide do


conhecimento.

Figura 11 – Pirâmide do Conhecimento e os Sistemas de Informação

18
Fonte: Laudon & Laudon (2013, p.325).

2.1.2 Sistemas de Processamento de Transações

Os Sistema de Processamento de Transações (SPT), também conhecidos por seu


acrônimo em inglês TPS (Transation Processing System), é um sistema de
informação responsável pelo processamento de uma transação em um processo
organizacional.

Os SPTs são responsáveis por coletar, guardar, modificar e recuperar as


transações de uma organização. Estas transações por ser acordos, comunicações,
movimentos ou qualquer ação realizada entre entidades diferentes ou objetos, muitas
vezes envolvendo a troca de itens de valor, como informações, bens, serviços e
dinheiro.

Os principais componentes de um SPT podem ser vistos na figura 12.

Figura 12 – Sistema de Processamento de Transações

Fonte: Caiçara Junior (2015, p. 83).

19
A entrada de dados ocorre a partir da digitação do usuário e os
documentos/relatórios são as saídas. Também é possível ocorrer o armazenamento
no banco de dados.

A necessidade Tecnologia da Informação que as Organizações tinham no início


do desenvolvimento da informática era provida por estes sistemas que atendiam
processos específicos dos departamentos e das áreas. Como bom exemplo, é
possível citar a área financeira com os sistemas de contas a pagar, ou os sistemas
de contas a receber, considerados como sistemas que processavam transações.

Os SPTs podem ser classificados em batch e online. Os SPTs Batch processam


as suas atualizações em lote e não se apresentam com resultados em tempo real.
Os SPTs Online processam dados de forma simultânea e imediata, ou seja, em
tempo real.

É importante também dizer que os SPTs Batch não acessam o seu banco de
dados em tempo real, diferente dos SPTs Online que o fazem, permitindo uma maior
rapidez e precisão nos seus resultados.

Os SPTs têm um caráter departamental (funcional), ou seja, o mesmo é


implementado em vista de um processo de um departamento ou área, com o seu
banco de dados específico. Assim, no início da era da informática, o departamento
financeiro tinha o seu TPS, assim todos os outros departamentos também tinham.

2.1.3 A falta de integração e a existência de silos

As organizações foram percebendo a importância da TI e dos Sistemas de


Informações. Assim, constatou-se a utilização de muitas aplicações com suas
próprias bases de dados, sem uma integração entre departamentos e setores, de
forma que a multiplicidade de sistemas “reinasse” em uma mesma empresa.

Uma tomada de decisão eficiente envolvendo mais do que uma área dentro do
ambiente organizacional gerava a necessidade dos mais variados dados
relacionados a diversos Sistemas de Processamento de Transação (SPT). Estes
dados, em muitas situações, não apresentavam consistência, além de serem
imprecisos resultando em um material inadequado para a tomada de decisão.

É neste contexto de falta de integração entre sistemas, que se menciona o


conceito de silos organizacionais, como “entidades” isoladas e sem comunicação. Há
vários tipos de silos que acabam limitando as tarefas das organizações,
comprometendo o atingir de seus objetivos de negócio.

Por natureza, os silos apresentam-se como verticais, numa perspectiva totalmente


diferente ao atendimento a qualquer cliente, que requer uma visão horizontal.

As organizacionais precisam combater estes silos percebidos na falta de


integração tecnológica, afim de se tornar mais ágil, flexível, resiliente e eficaz, além
de prover forma efetiva o relacionamento entre clientes, usuários e outros atores
envolvidos nos processos.

Nos dias de hoje não é mais concebível aplicações isoladas. A exigência de


interface entre as aplicações para atender uma necessidade de negócios é

20
mandatário, requerendo que uma comunicação, ou seja, uma integração, capaz de
lidar com diversos desafios.

Entre os desafios é possível citar: redes de comunicações com baixa


confiabilidade e lentidões; aplicações desenvolvidas em diferentes formato e
linguagens; plataforma que não atendem as necessidades de negócio; dentre outras.
Tudo isto torna a integração da empresa, por meio de um sistema de informação uma
tarefa complexa.

2.2 ERP

2.2.1 Conceitos e histórico

Diante do contexto exposto, convém dizer ainda que três grandes problemas
surgem em consequência falta de integração. São eles: redundância de dados;
retrabalho; falta de integridade de informações.

A redundância de dados é verificada quando da existência de diversas bases de


dados repetidas, devido a vários processos de negócios operando com os mais
diversos Sistemas de Processamento de Transações. Assim, por exemplo,
informações que estão nos sistemas da área financeira, também se encontram nos
sistemas de recursos humanos.

O retrabalho é uma consequência direta de processos interligados e sistemas


independentes. Desta forma, a saída de um sistema precisa digitada como entrada
do outro sistema, gerando o retrabalho e o consumo de uma mão-de-obra que
poderia ser substituída por uma integração eficiente.

A falta de integridade de informações surge, a partir da redundância e o retrabalho


mencionados, como o problema mais crítico. A sua criticidade reside no desencontro
e inconsistência de informações utilizada pelos processos de negócios.

A fim de resolver todos estes problemas, é possível o desenvolvimento dos


sistemas integrados de gestão. Estes sistemas trazem diversos benefícios tangíveis
e intangíveis. Dentre os benefícios tangíveis: redução de pessoal; aumento de
produtividade; aumento de receitas/lucros; entregas pontuais. Dentre os benefícios
intangíveis, é possível citar: aprimoramento dos processos; padronização dos
processos; flexibilidade e agilidade.

Os sistemas integrados de gestão também são conhecidos como sistemas de


Planejamento de Recursos Empresariais ou pelo seu acrônimo em inglês ERP, que
significa Enterprise Resource Planning. Os sistemas ERP são um conjunto integrado
de programas que gerenciam as operações vitais dos negócios de uma empresa para
uma organização global com múltiplas localizações.

O ERP é uma solução capaz de gerar uma integração de toda a corporação, com
banco de dados único, abrangendo todos os setores e os processos vitais do
negócio. Eles se fundamentam a partir de um conjunto de módulos de software
integrados e dedicados a cada uma das áreas do ambiente organizacional.

A figura 13 apresenta esta ideia de integração:

21
Figura 13 – Arquitetura de um ERP

Fonte: Laudon & Laudon (2013, p.296).

A integração promovida pelos sistemas ERP pode ser vista sob a perspectiva
funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação,
marketing, vendas, compras etc.) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de
processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de
apoio a decisão etc.).

Os sistemas ERP começaram a ser utilizados mundialmente no


início da década de 1990. No Brasil, as primeiras implementações
ocorreram por volta de 1997 e 1998. Em razão do alto valor, eram
viáveis apenas para grandes corporações e multinacionais.
Podemos caracterizar os sistemas ERP como uma evolução do
MRP – Material Requirement Planning, cuja principal função é
clacular as necessidades de materiais em manufatura, e dos MRP
II - Material Resource Planning, que envolvem o planejamento de
recursos de manufatura, abrangendo todos os processos de
produção (CAIÇARA JUNIOR, 2015, p. 98).

O conceito integrativo que cerca o ERP foi desenvolvido pela empresa alemã SAP
quando lançou o seu primeiro produto chamado de R/2 na década de 1990, que foi
atualizado para o R/3, dotado de arquitetura mais moderna

2.2.2 Arquitetura e Operação de um ERP

O ERP opera com uma arquitetura cliente-servidor dividida em três camadas:


camada de apresentação; camada de aplicação; base de dados.

22
A camada de apresentação provê a interação com o usuário, por meio de um
software de interface simpática, que permite a inserção de dados, consulta e
exclusão de dados do sistema. A camada de aplicação permite a integração de
módulos e o seu adequado processamento. A base dados é responsável pelo
gerenciamento de dados armazenados no banco.

A fim de atender a integração de dados em tempo real, o ERP trabalha com um


único banco de dados, compartilhado por todos os módulos, conforme perfis de
acesso configurados pelo administrador do sistema.

O ERP é formado por módulos de software para atender às mais diversas


demandas de processamento e de integração de dados e informação em uma
organização.

Entretanto, a composição de um ERP varia de empresa para empresa, mesmo


que sejam do ramo de negócio, porque normalmente demandam funcionalidades e
apresentar processos operacionais, administrativos e produtivos diferentes entre si.

Os módulos do ERP são agrupamentos de funcionalidades e podem se dividir em


dois tipos distintos:

• Módulos Horizontais – são os módulos básicos comuns a todos os ramos


de negócios. Bons exemplos seriam os módulos financeiro, de compras,
de produção, dentre outros;

• Módulos Verticais – são os módulos específicos de cada ramo de negócio.


Bons exemplos seriam os módulos de empresas de call center, de
empresas de agronegócio, universidades, dentre outros.

Na implementação de um ERP é possível que uma corporação comece com a


implantação de módulos básicos de vendas, contabilidade e finanças. Quando o
sistema e a organização ganham maturidade em seu uso, outros módulos podem ser
implantados sem prejuízo para os módulos em produção e sem grandes atropelos
para a corporação.

2.2.3 Vantagens e Desvantagens de um ERP

As principais vantagens encontradas na implementação de sistemas ERP são:

• Acesso aprimorado de dados que fornecem subsídio para a tomada de


decisão operacional, devido ao uso de um banco de dados integrado que
produz consistência nas informações que auxiliam as operações de
negócio;

• Supressão de sistemas de processamento de transação legados inflexíveis


e que geram aumentos avassaladores de custos;

• Aperfeiçoamento dos processos de operacionais de negócio, devido a


desenho dos módulos serem aderente as melhores práticas de mercado;

• Modernização da infraestrutura tecnologia da informação que os sistemas


ERP precisam para serem implantados.

23
Os sistemas ERP também vêm acompanhado de algumas desvantagens, dentre
elas:

• Custos de implantação muito altos, que em muitos casos, não são bem
traduzidos em matéria de investimento pelos gestores de TI;

• Muito tempo para ser implementado por completo até a maturidade


desejada pelas corporações;

• Dificuldade em implantar mudanças, devido a questões de cultura


organizacional e problemas de dimensão humana.

• Dificuldade de interação com outros sistemas de processamento de


transação legados.

• Risco de falha na implantação.

2.3 Banco de Dados

2.3.1 Conceitos

Os dados representam a matéria-prima para a geração da informação completa e


precisa. Eles podem se apresentar de diversas formas obedecendo a uma hierarquia
que se inicia na menor porção de dados manipulável por um sistema computacional:
o bit.

Um banco de dados, também conhecido por base de dados, é uma coleção


organizada de fatos e informações, consistindo em dois ou mais arquivos de dados
relacionados. Auxiliam as empresas a gerir informações para reduzir custos,
aumentar lucros, acompanhar atividades anteriores do negócio e criar novas
oportunidades de negócios.

As principais vantagens dos bancos de dados são:

• Utilização estratégica aperfeiçoada dos dados corporativos;

• Redução na redundância de dados;

• Melhoria na integridade dos dados;

• Modificação e atualização mais fáceis;

• Independência dos programas;

• Melhor acesso nos dados e informações;

• Padronização no acesso de dados;

• Estrutura para desenvolvimento de programas;

• Melhor proteção dos dados;

24
• Compartilhamento do recurso de dados.

A eficiente tomada de decisões em uma corporação tem que ser baseada em


dados, ao invés de palpites ou opiniões subjetivas sem qualquer embasamento
técnico. É justamente no banco de dados que se encontra este “ouro” das
corporações.

O entendimento da importância que os dados têm para as corporações pode e


deve gerar a necessidade de maior valorização destes. No entanto trabalhar com
todos os dados de forma bruta com todo o conjunto de informações que os
acompanham pode limitar as ações do processo de tomada de decisão ao invés de
ajudar.

Desta necessidade é que emerge o conceito de Data Warehouse (DW), que nada
mais é que um subconjunto de dados correntes e históricos de potencial interesse
para os tomadores de decisão de toda a empresa. Os DW podem ser ainda mais
segmentados em grupos menores chamados de Data Mart, que é um subconjunto
do DW.

Uma vez que os dados foram colhidos e estão disponíveis nos Data Warehouse e
Data Mart, os mesmos ficam disponíveis para análises dentro do contexto da
estratégia de negócios. Para isso há uma série de ferramentas conhecidas como
ferramentas de Inteligência de Negócios.

A Inteligência de Negócios, também conhecida por seu nome em inglês Business


Intelligence, ou pelo acrônimo BI, é um conjunto de ferramentas que consolidam,
analisam e acessam vastas quantidades de dados para ajudar os usuários a tomar
as melhores decisões empresariais.

As principais ferramentas de BI são:

• Processamento Analítico Online (OLAP) – é uma ferramenta não orientada


a descoberta que permitem a análise multidimensionais de dados, de forma
que os usuários vejam os mesmos dados de diferentes maneiras, pois usa
múltipla dimensão.

• Data Mining (Mineração de Dados) – É uma ferramenta orientada a


descoberta, fornecendo percepções dos dados corporativos não podendo
ser obtidas com o OLAP, descobrindo padrões e relacionamentos ocultos
em grandes bancos de dados e inferindo regras a partir deles para prever
comportamentos futuros.

2.3.2 Projeto de Banco de Dados

O desenvolvimento de um sistema de informação envolve a análise e o projeto de


dois componentes: os dados e os processos. O projeto de dados é considerado a
parte estática do sistema, uma vez que diz respeito a um universo persistente de
características que dificilmente sofre modificações após a sua definição.

25
O projeto de processos, por sua vez, é chamado de parte dinâmica, uma vez que
as tarefas a serem realizadas sobre os dados podem variar, conforme ocorre a
evolução do sistema.

Considera-se projeto de um banco de dados a análise, o projeto e a


implementação dos dados persistentes de uma aplicação, levando em conta a
determinação da sua semântica (abstração dos dados de uma realidade) e,
posteriormente, o modelo de dados e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados
(SGBD) a serem adotados.

O projeto de um banco de dados é composto das seguintes etapas: Descrição de


requisito; projeto conceitual; projeto lógico; projeto físico.

A descrição de requisitos é a etapa em que são coletadas informações sobre os


dados de interesse da aplicação, seu uso, ou seja, as operações de manipulação
sobre elas e suas relações.

Para a realização da etapa de descrição de requisitos, são necessárias tarefas


como entrevistas com os futuros usuários do sistema, análise de documentações
disponíveis, arquivos, relatórios etc. O resultado normalmente é uma descrição dos
requisitos da aplicação mais detalhada e clara possível.

O Projeto conceitual pode ser considerada a fase de análise dos dados ou


requisitos capturados na etapa anterior. Nessa etapa, é realizado o que chamamos
de modelagem conceitual: são analisados os fatos de interesse, isto é, as entidades
ou conjunto de ocorrências de dados e seus relacionamentos, juntamente com seus
atributos e propriedades ou características, e construída uma notação gráfica para
facilitar o entendimento dos dados e suas relações, tanto para os analistas quanto
para os futuros usuários.

A etapa de projeto conceitual resulta em um modelo conceitual, em que a


semântica da realidade deve estar correta. A ferramenta mais usada nessa etapa é
o Diagrama Entidade-Relacionamento (ER).

O Projeto lógico é considerada a fase de projeto dos dados. Nessa etapa, o


desenvolvimento do banco de dados começa a se voltar para o ambiente de
implementação, uma vez que é feita a conversão do modelo conceitual para um
modelo de dados de um banco de dados (modelo lógico). Esse modelo de dados
pode ser relacional, orientado a objetos ou dimensional, por exemplo.

O projeto lógico se baseia no uso de regras de mapeamento de um tipo de


diagrama de acordo com o modelo de dados definido. Pode ser um diagrama E-R ou
um diagrama de classes, entre outros. O resultado é uma estrutura lógica, como um
conjunto de tabelas relacionadas.

A última etapa é o Projeto físico, responsável pela adequação do modelo lógico


gerado na etapa anterior ao formato de representação de dados do Sistema
Gerenciador de Banco de Dados escolhido para a implementação. Para a realização
dessa etapa, deve-se conhecer os elementos e o funcionamento do SGBD, para a
criação da estrutura lógica definida no modelo. O resultado é a especificação do
esquema da aplicação e na implementação das restrições de integridade.

26
2.3.3 Business Intelligence

Business intelligence corresponde à inteligência do negócio e seu objetivo é o


aumento da vantagem competitiva do empreendimento. Para isso, utiliza-se uma
combinação de processos e ferramentas bem estruturadas para trabalhar os dados
de forma inteligente a fim de obter uma tomada de decisão rápida e da melhor
maneira possível.

Como em qualquer projeto, para construir um BI deve-se desenvolver um plano


no qual os seguintes assuntos sejam tratados:

• Estabelecer a aplicação de negócios para o BI;

• Realizar a estimativa de orçamento;

• Realizar a aprovação do orçamento estimado;

• Identificar os indicadores a serem utilizados;

• Garantir que os indicadores escolhidos medirão com sucesso.

Com esse plano, o BI se posiciona de acordo com o objetivo da organização,


identifica componentes que necessitam pertencer ao grupo, elabora um orçamento
para aquisição de hardware, software e treinamentos necessários para o projeto e
ainda estabelece os indicadores para medir o sucesso da implantação desses itens.

Para a implantação do plano de BI, é preciso identificar quais informações são


importantes para o processo de tomada de decisão, promover uma cultura de troca
de conhecimentos e informações, elaborar e arquitetar sistemas para automatizar a
retenção das informações e, por fim, implementar um sistema simplificado de acesso
a essas informações e conhecimentos, sistema esse que deve propiciar um acesso
prático e rápido.

2.3.4 Data mining

Considerado uma ferramenta de BI, o data mining é uma tecnologia de mineração


que funciona por meio de uma seleção de ferramentas que se utilizam de algoritmos
de aprendizagem, redes neurais e estatística e exploram grande número de dados a
fim de extrair deles conhecimento e hipóteses. O objetivo é gerar validade para os
dados existentes e transformá-los em conhecimento e informação.

As empresas guardam grandes valores de conhecimento e, muitas vezes, esses


dados são transferidos para os bancos de dados. É nesses bancos de dados cheios
de informações e histórico da organização, conhecimento sobre as vendas, contas a
pagar, negociações etc. que garimparemos a melhor informação.

Em contrapartida, muitas informações não têm a devida atenção nas


organizações. Por isso, é importante ter em mente que pode valer muito a pena ter
o trabalho extra de colocar todas as informações em um banco de dados seguro para
que elas possam ser utilizadas no futuro. Além disso, há ainda a dificuldade de se
utilizarem todos os dados armazenados em banco de dados porque algumas

27
organizações acreditam que elas não têm importância, afinal, estão lá já há muito
tempo.

Com a utilização da tecnologia revolucionária data mining (DM), é possível


selecionar dentre diversos dados o mais relevante para gerar uma informação
importante para a organização. Essa ferramenta é capaz de fazer simulações,
hipóteses e deduções com dados que aparentemente não teriam qualquer ligação
entre si. Assim, ela gera informações importantes ao gestor da organização.

O data mining pode ser aplicado nos modelos de sistemas de informação


gerencial/tático e estratégico.

2.3.5 Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

Um Sistema de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD) é um software


específico usado para criar, armazenar, organizar e acessar dados a partir de um
banco de dados. Ele é responsável pelo gerenciamento do acesso simultâneo aos
dados e por providenciar a execução de comandos de leitura e gravação no banco
de dados por meio da linguagem padrão.

Segundo Stair & Reynolds (2011), os SGBDs variam de pacotes de software de


menor porte e custo até os mais modernos e sofisticados sistemas com altíssimos
custos.

A ideia do SGBD é que ele funcione como uma interface entre a base de dados e
as aplicações que necessitam acesso ao banco de dados. A figura 13 esboça esta
ideia.

Figura 13 – Funcionamento do SGBD

Fonte: Adaptado de Stair & Reynolds (2011, p.185).

28
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33
3 TOMADA DE DECISÃO E INTELIGÊNCIA ARTIFICAL

3.1 Sistemas de Suporte a Decisão

3.1.1 Decisões: conceitos e tipos

Sobre a tomada de decisão Costa Neto (2007) afirma que:

Decidir é uma ação à qual pessoas e entidades estão


permanentemente submetidas. As decisões podem variar das mais
simples, como “que camisa usarei hoje”, às mais complexas, como
a de uma grande organização que deve optar se compra ou não os
ativos de uma outra empresa, com todas as vantagens e
dificuldades que isso pode representar. A este respeito, dois pontos
devem ser comentados desde já. O primeiro diz respeito à tendência
que muitos executivos têm de confiar cegamente na sua capacidade
de decidir com base na experiência ou na intuição, sem levar em
conta informações e metodologias que lhes permitam ter muito mais
clareza e eficácia naquilo sobre o que decidem. É evidente que, em
muitos desses casos, o resultado pode ser adverso, para
desagradável surpresa dessas sumidades. O segundo ponto a
deixar claro é que nem sempre a melhor decisão conduz ao melhor
resultado. Isto decorre de que, muitas vezes, há informações e
realidades que não estão disponíveis ao decisor no momento em
que faz a sua opção. Ou seja, em geral influi no resultado de uma
decisão o famoso “fator sorte”, que pode agir positiva ou
negativamente, e que em última análise, embute os efeitos de
diversos fatoes desconhecidos, devido às causas ditas aleatórias,
impedindo uma tomada de decisão perfeita e isenta de erros. Não
se deve, portanto, avaliar a qualidade de uma decisão e do método
em que foi baseada apenas em consequência dos seus resultados.
Uma coisa, entretanto, se pode afirmar: é muito mais provável que
se colham melhores resultados com decisões tomadas com o
amparo de técnicas adequadas, em condições favoráveis, do que
através daquelas feitas sem esses devidos cuidados (COSTA
NETO, 2007, p. 1).

Cada nível hierárquico dentro de uma corporação demanda um tipo de decisão


diferente, tendo como base os diversos tipos de informação resultante dos sistemas
de informação. A Figura 14 mostra os níveis hierárquicos de uma corporação.

Figura 14 – Níveis hierárquicos na tomada de decisão


Fonte: Adaptado de Stair & Reynolds (2011, p.45)

Para cada nível hierárquico há um tipo de decisão diferente. Para o nível


estratégico (mais alto de gerência) temos as decisões não estruturadas. Para o nível
tático temos as decisões semiestruturadas. Para o nível operacional (mais baixo de
gerência) temos as decisões estruturadas.

As decisões não estruturadas são normalmente inusitadas, importantes e não


rotineiras. A classificação não estruturada quer dizer que os problemas enfrentados
ao tomar esta decisão são aqueles em que pouco se conhece sobre suas causas e
relações. Por isso ela é mais comum aos níveis mais altos de gerência, que é
normalmente estratégico.

As decisões estruturadas são normalmente repetitivas e rotineiras. Elas sempre


envolvem procedimentos predefinidos e bem comuns aos níveis mais baixos de
gerência. Estas decisões relacionam-se a resolução de problemas estruturados, ou
seja, aqueles em que se conhecem as suas causas e efeitos.

As decisões semiestruturadas têm características das estruturadas e das não


estruturadas, sendo associadas aos níveis táticos.

As decisões precisam também ser baseadas em fatos e dados, ao invés de


palpites ou opiniões subjetivas sem qualquer embasamento técnico. No processo de
tomada de decisão é importante transformar os dados em informações, bem como
transformar as informações em conhecimento.

É justamente daí que nasce a necessidade dos sistemas que suportam as


decisões para tomar as melhores decisões, resolver problemas e ajudar as
corporações a atingir os seus objetivos. O desempenho destes sistemas depende da
qualidade das decisões e da complexidade dos problemas.

Os sistemas de apoio à decisão são ferramentas fundamentais para a evolução


do processo de tomada de decisão dentro dessa nova realidade empresarial, pois as
atividades empresariais e necessidades dos clientes estão em constantes mutações,
o que tornam as decisões um fator de suma importância.

Os sistemas de suporte a decisão podem se dividir em dois tipos:

1
• Sistema de Informação Gerencial (SIG) é um conjunto integrado de
pessoas, procedimentos, bancos de dados e dispositivos que fornece aos
gerentes e aos tomadores de decisão informações que ajudam a alcançar
os objetivos organizacionais. É projetado para problemas estruturados.

• Sistema de Apoio a Decisão (SAD) é semelhante ao SIG, mas é projetado


para decisões não estruturadas.

3.1.2 Processo de tomada de decisão

A tomada de decisão não é algo fácil, é um processo efetuado de modo racional,


onde devem ser utilizadas técnicas, por meio das quais, atingem-se os objetivos
organizacionais.

Alguns fatores devem ser considerados para que as decisões sejam tomadas com
alto grau de qualidade. Por isso, Costa Neto (2007) estabelece que as decisões
precisem ser tomadas racional, como fruto de um cuidadoso processo de reflexão,
baseadas na experiência, visando o futuro, baseada em indicadores, sem deixar de
ser criativas e inovadoras.

A presteza na tomada de decisão é fundamental no dia-a-dia de um


empreendedor, devido a toda incerteza associada aos cenários que os mesmos se
deparam.

Por isso o processo de tomada de decisão e resolução de problemas deve


acontecer em cinco fases:

• 1ª Fase (Inteligência) – consiste em descobrir, identificar e entender os


problemas (organizacionais, tecnológicos e humanos) que estão ocorrendo
na organização.

• 2ª Fase (Projeto) – envolve a identificação e investigação das várias


soluções possíveis para o problema.

• 3ª Fase (Escolha) – consiste em escolher uma das alternativas de solução.

• 4ª Fase (Implementação) – envolve fazer a alternativa escolhida funcionar.

• 5ª Fase (Monitoração) – envolve o monitoramento da solução escolha.

A figura 15 apresenta a ideia deste processo.

Figura 15 – Processos de Tomada de Decisão

2
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.439).

3.1.3 Sistemas de Informação Gerencial (SIG)

O propósito principal do Sistema de Informação Gerencial é


auxiliar uma organização a alcançar seus objetivos,
fornecendo aos gestores uma percepção detalhada das
operações regulares da organização para que possam
controlar, organizar e planejar de forma eficaz (STAIR &
REYNOLDS, 2011, p. 443).

Os Sistemas de Informação Gerencial são conhecidos pelo seu acrônimo SIG e


representam um grande apoio gestão empresarial, apoiando o processo de tomada
de decisão tática. É comum alguns autores se referirem aos Sistemas de Informação
Gerencial pelo seu acrônimo em inglês MIS (Management Information System), de
forma a ser possível utilizar de forma indiscriminada SIG ou MIS para expressar o
mesmo tipo de sistema.

A figura 16 mostra ideia geral do papel dos SIGs, além do seu fluxo de informações
de uma organização.

Figura 16 – Sistema de Informação Gerencial

3
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.444).

As informações utilizadas e geradas pelo SIG para a tomada de decisão da


organização são estruturadas com base nas informações recebidas da operação e
alinhadas à estratégia empresarial. Os dados e as transações do nível operacional
são processados e se transformam em informações gerenciais e/ou táticas, que
serão utilizadas principalmente pela alta direção.

Estes sistemas utilizam dados sintetizados ou de forma agrupada das funções


empresariais da organização e dos setores ou departamentos da organização,
estando em sinergia com as demais unidades de negócio caso a organização tenha
filiais ou departamentos separados que trabalhem de forma individualizada.

É comum afirmar que os SIG auxiliam a média gerencial, por justamente estar no
nível tático, que está entre o estratégico e o operacional, trazendo assim o suporte
para tomada de decisão estruturada. Sendo a decisão estruturada para problemas
estruturados.

Este suporte ocorre a partir relatórios gerados que mostram o desempenho da


empresa, nas mais diversas áreas ou setores, a fim de se controlar e monitorar
melhor a performance da operação do negócio como um todo, atuando de maneira
proativa.

4
Os SIG se interligam aos sistemas que trabalham no nível de operação (um
sistema de processamento de transações, por exemplo) ou diretamente ligado ao
ERP. As saídas dos sistemas que se situam na camada de operação são entradas
utilizadas pelos SIG, que podem possuir um banco de dados próprio.

Para a entrada, os SIGs também se utilizam de fontes externas de informações,


incluindo clientes, fornecedores, concorrentes e acionistas, além de outros dados que
não são entregues pelos Sistemas de Processamento de Transações e o ERP. Como
saídas, os SIG um conjunto de relatórios para os gestores.

Dentre os principais benefícios dos Sistemas de Informação Gerencial é possível


citar:

• Relatórios que proporcionam a Organização analisar melhor as suas forças


e fraquezas, a partir da análise dos seus recursos, identificando aspectos
que podem ajudar a empresa a melhorar seus processos de negócios e
operações.

• Disponibilidade dos dados do cliente e feedback, auxiliando a empresa a


alinhar seus processos de negócio de acordo com as necessidades dos
clientes.

• Eficácia e eficiência na gestão de dados contribuindo com o trabalho de


diversas áreas da estrutura organizacional.

• Velocidade na tomada de decisão tática, contribuindo a boa definição das


ações operacionais e suportando as estratégias de negócios.

Os relatórios produzidos pelos SIG podem ser classificados em:

• Programados – produzidos numa periodicidade diária, semanal ou


mensalmente;

• Indicadores-chaves – resumem as tarefas fundamentais do dia anterior e


disponível no início de cada dia de trabalho;

• Sob demanda – criados para o fornecimento de informações requisitadas;

• De exceção – automaticamente gerados ao ocorrer uma situação incomum


ou se requerer uma ação de gestão;

• Detalhado – gerados para detalhar situações particulares.

3.1.4 Características e aspectos funcionais de um SIG

Dentre as principais características de um SIG, é possível citar emissão de


relatórios em formatos fixos, padronizados tanto de formas digitais e em papel. Outra
função interessante dos SIGs é o uso de dados internos (alojados nos sistemas
computacionais) e externos (oriundos de fora do negócio).

Devido a própria característica dos ambientes organizacionais, os SIGs podem


ser divididos segundo aspectos funcionais, por exemplo nas áreas financeiras,

5
produção, comercial, recursos humanos, dentre os outros. Os relatórios destes SIGs
são adaptados as funções individuais da Organização.

A figura 17 apresenta os sistemas de informações gerenciais concebidas a partir


dos aspectos funcionais.

Figura 17 – Sistemas de Informações Gerenciais

Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.448).

Não por acaso, mas alinhado a maturidade percebida na gestão das finanças das
Organizações, o SIG financeiro é um dos mais importantes, devido ao fato de
fornecer informações financeiras para as partes interessadas de forma geral na
empresa. Os relatórios gerados por este SIG podem auxiliar em pedidos de compras,
pedidos de vendas, decisões simples relativas a investimentos e ofertas de ações,
dentre outros.

Segundo Stair & Reynolds (2011), o SIG financeiro executa tarefas como:

• Integração de informações financeiras e operacionais das mais variadas


origens;

6
• Fornecimento de acesso facilitado a informações financeiras para os mais
diversos usuários especializados ou não na área financeira, reduzindo o
tempo de análise de dados;

• Monitoramento e controle de informações relativas a fundos numa linha do


tempo;

• Disponibilidade imediata de dados financeiros, permitindo analises


multidimensionais.

A figura 18 apresenta a ideia de um SIG financeiro.

Figura 18 – SIG Financeiro

Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.449).

Os principais relatórios fornecidos pelo SIG financeiro são: demonstrativos


financeiros; utilização e gestão de fundos; estatísticas financeiras para controle. Os
principais subsistemas deste SIG são: custo e lucro/preço; auditoria; utilização e
gestão de fundos.

Outro tipo de sistema de informação gerencial é o que se dedica a fabricação de


produtos, conhecido como SIG de fabricação. Estes são dedicados ao
monitoramento e controle de fluxo de materiais, produtos e serviços por toda a
organização.

A figura 19 a apresenta a ideia de um SIG de fabricação.

Figura 19 – SIG de Fabricação

7
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.452).

Os principais subsistemas do SIG de fabricação são: projeto e engenharia;


cronograma mestre da produção; controle de estoque; requisição de material;
controle de processo; controle de qualidade e testes. Os principais relatórios
fornecidos por este SIG são: relatórios de controle de qualidade; controle de
processo; just-in-time; MRP; programação de produção; produção de CAD.

Com grande importância nos dias de hoje, o SIG de marketing, também conhecido
como SIG comercial, é aquele que apoia tarefas relativas a administração no
desenvolvimento do produto, decisões de preços, além de medir a eficácia da
publicidade realizada pela Organização.

A figura 20 mostra um SIG Comercial ou Marketing.

Figura 20 - SIG Comercial ou Marketing

8
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.455).

Os subsistemas do SIG comercial são: pesquisa comercial; desenvolvimento do


produto; promoção e publicidade do produto; preços de produtos. Os relatórios
gerados por este SIG são: vendas por cliente; vendas por vendedor; vendas por
produto; preços; satisfação do cliente; total de camadas de serviço.

Complementando os SIG por aspectos funcionais, tem-se o SIG de Recursos


Humanos, também conhecido como SIG de Pessoal, que está relacionado a tarefas
da área de RH e de departamento pessoal.

A figura 21 apresenta a visão geral de um SIG de Recursos Humanos.

Figura 21 - SIG de Recursos Humanos

9
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.460).

3.1.5 Sistemas de Apoio a Decisão (SAD)

Embora seja um pouco parecido com os Sistemas de Informação Gerencial (SIG),


os Sistemas de Apoio a Decisão (SAD) suportam decisões estratégicas de negócio,
contribuindo para a solução de problemas não-estruturados e não-rotineiras, ou seja,
aqueles que não se conhece bem os relacionamentos e as consequências.

As entradas utilizadas nestes sistemas são provenientes de Sistemas de


Informação Gerencial e de Sistemas de Processamento de Transações, além de
dados e informações oriundas do ambiente externo da Organização, combinando
assim fatores endógenos e exógenos ao negócio.

Os SADs atuam na resolução de problemas únicos e que sofrem alterações


rápidas. Estes problemas não tem uma solução pré-concebida, sendo justamente
este o motivo de sua utilização.

A figura 22 apresenta o exemplo de um SAD de estimativa de transportes de uma


subsidiária de grande empresa global.

Figura 22 – SAD de estimativa de transportes

10
Fonte: Laudon & Laudon (2013, p.45).

A empresa que utiliza o SAD descrito na figura anterior opera com transporte de
cargas a granel de carvão, petróleo, minérios e produtos acabados para a empresa-
mãe. Este exemplo está descrito em Laudon & Laudon (2013, p.45), que mostra o
SAD responsável pelos detalhes financeiros e técnicos do transporte, incluindo uma
relação de custo por navio/período de fretamento e taxas de frete para cada tipo de
carga.

A operação deste SAD utiliza um computador potente interligado ao banco de


dados de modelos analíticos que colhem informações sobre navios, restrições de
atracamento, custos de consumo de combustível, histórico de custo de fretamento
do navio e de aduana.

De forma geral, para cumprir o seu papel, os SADs precisam de regras de negócio
e funções bem definidas no processo de tomada de decisão, além de necessitarem
de contextos adequados para as decisões específicas. O SAD opera com uma base
de conhecimento, também conhecida como base de modelos, que contém
informações, sub-programas administrativos e sistemas geradores de relatórios.

3.2 Inteligência Artificial

3.2.1 Inteligência Artificial

Desde que o termo inteligência artificial foi definido nos anos de


1950, especialistas discordam sobre a diferença entre a inteligência
natural e a artificial. Os computadores podem ser programados para

11
ter bom senso? Diferenças profundas separam a inteligência natural
da artificial, mas elas declinaram em número. Uma das forças
motoras da pesquisa em inteligência artificial é a tentativa de
entender como as pessoas realmente raciocinam e pensam. Criar
máquinas que possam raciocinar é possível somente quando
entendermos realmente nossos processos de raciocínio (STAIR &
REYNOLDS, 2011, p. 419).

Todos os sistemas e soluções em tecnologias de informação capazes de simular


ou duplicar as funções do cérebro humano, além de comportamentos e padrões
humanos é conhecido como Sistemas de Inteligência Artificial. A ideia destas
soluções é apresentar plataformas tecnológicas que demonstrem características
inteligentes.

As principais características do comportamento inteligente que os sistemas de


inteligência artificial tentam reproduzir com muitas dificuldades são:

• Aprendizado com a experiência e aplicação de conhecimentos adquirido


da experiência;

• Lidar e resolver situações complexas;

• Resolver problemas, mesmo que faltem informações;

• Determinação do que é importante;

• Reação rápida e correta diante de novas situações;

• Entendimento de imagens;

• Interpretação e manipulação de símbolos;

• Ser criativo e imaginativo

O quadro 1 apresenta uma comparação entre a inteligência natural (humana) e a


inteligência artificial (sistemas computacionais).

Quadro 1 – Relação entra a Inteligência Natural e a Inteligência Artificial

12
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.420).

3.2.2 Especialidades da Inteligência Artificial

A inteligência artificial envolve diversas especialidades, sendo por isso bem


multidisciplinar. Os principais ramos da inteligência artificial são: robótica, sistemas
de visão, processamento da linguagem natural, reconhecimento de voz, sistemas de
aprendizagem, sistemas de lógica difusa, algoritmo genéticos, redes neurais e o
machine learning.

A robótica é o ramo que trata do desenvolvimento de dispositivos mecânicos ou


computacionais que desempenha tarefas humanas, onde é exigido alto grau de
precisão, com atividades rotineiras e “perigosas” para as pessoas que a
desempenham.

Os sistemas de visão são compostos por hardware e software que permitem a


captura, armazenamento e manipulação de imagens por parte de um sistema
computacional.

Os sistemas de Processamento de Linguagem Natural e Reconhecimento de Voz


são aqueles que permitem que um computador compreenda e reaja a declarações e
comandos feitos em uma linguagem “natural” das pessoas humanas. Normalmente
o processamento de linguagem natural corrigem erros de soletração, converte
abreviações e comandos.

Os sistemas de aprendizagem são aqueles que combinam hardware e software


que permite ao computador mudar seu modo de funcionamento ou reagir a situações
com base na realimentação que recebe.

13
Os sistemas de lógica difusa são tecnologias baseadas em regras próprias para
trabalho com imprecisões, descrendo um processo de modo linguístico e depois
representando por meio de regras.

Os algoritmos genéticos são sistemas que encontram soluções ideais de um


problema específico baseando-se em métodos inspirados na biologia evolucionária,
mutações e cruzamentos.

As redes neurais são sistemas computacionais que simulam o funcionamento de


um cérebro humano. Estes tipos de sistemas utilizam um alto poder processamento
paralelo numa arquitetura própria parecida com a estrutura cerebral das pessoas. As
redes neurais são utilizadas para resolver problemas complexos, com o uso de
grande quantidade de dados, por meio do aprendizado de padrões e modelos.

O machine learning trata-se de um conjunto de algoritmos que processam


enormes quantidades de dados, de forma a permitir que um determinado sistema
tome decisões de forma autônoma.

4 INFRAESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES

4.1 Componentes da Infraestrutura de Redes

4.1.1 Telecomunicações

Sem qualquer dúvida, as redes de computadores e as telecomunicações


revolucionaram nas últimas duas décadas o uso da tecnologia da informação nas
corporações. Desde o surgimento da internet os processos de negócios não são mais
os mesmos.

As redes criaram uma nova comunidade global, aproximou tantas pessoas até
então tão distantes. Isto é possível, graças os recursos que funcionam suportados
pelas redes, manter amizades e relacionamentos com pessoas do outro lado do
mundo, sem qualquer delay.

As notícias não demoram a chegar até as pessoas mais tanto quanto a décadas
atrás. Estando no Brasil é possível acompanhar online fatos que se sucedem no
Japão e vice-versa. São tantos sites de notícias que é até às vezes trabalhoso lidar
com tantas informações que vem até nós.

Suportado pelas redes de computadores, as redes sociais têm causado uma


verdadeira revolução no modo como as pessoas se relacionam, criando ambientes
e comunidades colaborativas, onde não só o fluxo de informação é importante, mas
também voz e imagem também.

As telecomunicações impactaram muito o modo como se prestam serviços. Um


bom caso a ser citado, seria o modo como os bancos comerciais operam. Não há
mais tanta necessidade de ter a prestação de serviço bancário presencial (a não ser
fazer saques em dinheiro), porque por meio da internet, é possível fazer pagamentos
de boletos, transferências de fundos, aplicações em ações ou qualquer outro
investimento.

14
Pode-se definir telecomunicação como a transmissão efetuada entre duas
entidades distantes por meio de sinais de comunicações, permitindo que as
organizações realizem seus processos e tarefas por meio de redes efetivas de
comunicação.

4.1.2 Redes de Computadores

Uma rede de computadores é um conjunto de componentes capazes de favorecer


a troca informações e o compartilhamento de recursos, interligados por um sistema
de comunicação. As redes de computadores baseiam-se nos princípios de uma rede
de informações que, por meio de hardware e software, torna-a mais dinâmica para
atender as suas necessidades de comunicação.

Os componentes de uma rede de computadores são: protocolos, meios de


comunicação, mensagens e dispositivos.

Os protocolos representam as regras que regem o processo de comunicações


entre os dispositivos. Eles normalmente são criados em um contexto descrito por um
modelo ou padrão, não operando de forma isolada, mas totalmente interligados entre
si, formando uma pilha de protocolos. Isto porque os computadores não somente
utilizam um protocolo para se comunicarem, mas vários.

Em redes de computadores os principais modelos que agrupam protocolos são os


modelos OSI (Internacional Organization for Standardization) e TCP/IP (transmission
Control Protocol / Internet Protocol).

Desenvolvido entre o final da década de 1970 e o ano de 1984, a fim de


interconectar sistemas abertos e segmentar a “problemática” das redes de
computadores em camadas, o modelo OSI foi criado pela ISO (Internacional
Organization for Standardization) que é uma das maiores organizações
internacionais de padronização, atuando em diversas áreas de desenvolvimento
tecnológico.

O Modelo TCP/IP, também conhecido como Modelo DoD (Departamento de


Defesa Norte Americano), foi criado para atender a necessidade de criação da Rede
de Computadores da ARPA (Agência de Pesquisas e Projetos Avançados Do
Departamento de Defesa). É um modelo aberto e relativamente simples concebido
como projeto em 1970, que traduz toda a problemática das redes em camadas, da
mesma forma que o modelo OSI.

Outro modelo de protocolos, pouco conhecido e obsoleto, é o modelo SNA


(Systems Network Architecture). Desenvolvido pela IBM em 1974, define o conjunto
de protocolos de comunicação que utilizam os mainframes fabricados pela IBM. Ele
agrupa os seus protocolos em sete camadas: controle físico; controle lógico do
enlace; controle do caminho; controle de transmissão; controle de fluxo de dados;
serviços de apresentação; serviços de transação.

Os meios de comunicação são os meios de transporte que permitem a


transmissão de dados. Também são conhecidos como canais de comunicação. Eles
dividem-se em:

15
• Meios Confinados ou Guiados – quando o sinal está confinado em um
cabo.

• Meios Não-confinados ou Não-guiados – quando o sinal se propaga pelo


ar, por meio de ondas eletromagnéticas.

A mensagem é aquilo que se deseja transmitir entra a origem e o destino. A


formação, codificação e formatação da mensagem obedece a regras, conhecidas
como protocolos.

Os dispositivos são os elementos responsáveis pela transmissão, recepção e


encaminhamento de dados. Eles estão divididos em:

• Dispositivos Finais – formam a interface entre os usuários e a rede de


comunicação subjacente.

• Dispositivos Intermediários – conectam os hosts individuais à rede e


podem conectar várias redes individuais para formar uma rede
interconectada.

4.1.3 Meios Físicos

Os meios físicos têm um papel fundamental nas redes de computadores. Eles


interligam origem ao destino. A utilização de um determinado meio vai depender da
velocidade desejada, do custo que se deseja ter e da capacidade e desempenho que
se espera do mesmo.

Um dos mais conhecidos meios físicos é o cabo de pares trançados, que consiste
num conjunto fios agrupados em pares metálicos com uma capa plástica e com um
trancamento entre eles a fim de evitar a interferência eletromagnética de um par no
outro. É o meio físico mais utilizado nas redes de computadores e em
telecomunicações, tendo aplicações na telefonia, nas redes locais e nas redes de
longa distância também.

Outro meio físico é o cabo de fibra óptica, que consiste num cabo contendo uma
fibra de vidro transparente e bem fina que transporta a informação por meio de um
sinal de luz na fibra.

Menos utilizado quando comparado com os outros meios físicos, o cabo coaxial,
é composto com um condutor interno com blindagem metálica empregado em
transmissão digitais e sinais de televisão.

O quadro 2 mostra as diferenças entre os três cabos que são considerados meios
guiados.

Quadro 2 – Diferenças entre meios físicos

16
Fonte: Adaptado de Stair & Reynolds (2011, p.211).

Os meios físicos não confinados são todos aqueles que operam por meio de um
sinal de rádio enviado pelo ar. Dentre os sistemas de transmissão que operam em
longa distância através do ar elencam-se os sistemas de comunicação via satélite, a
telefonia móvel celular, os sistemas de radiovisibilidade e radiodifusão de broadcast.

As redes locais que utilizam comunicação através do ar por meio de sinal de rádio
são chamadas de WLAN ou simplesmente Wif-fi. Nas redes WLAN trabalha-se com
um concentrador dotado de uma antena que recebe o nome de Acess Point (Ponto
de Acesso) e todos os computadores, notebooks e smartphone que possuem um
adaptador de rede sem fio se conectam ao acess point.

<Saiba mais início>

Para conhecer um pouco mais sobre os fundamentos das redes de computadores


leia os capítulos iniciais de TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de
Computadores. 5ª edição. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall, 2011.

<Saiba mais fim>

4.1.4 Classificação das Redes de Computadores

Quanto a abrangência as redes de computadores podem, de forma geral,


classificadas em:

• LAN (Local Area Network) – rede relativamente pequena de computadores


de limitada abrangência.

17
• MAN (Metropolitan Area Network) – rede de alta velocidade composta por
LANs numa mesma região metropolitana.

• WAN (Wide Area Network) – rede que conecta LANs situadas em


diferentes áreas metropolitanas.

Em uma LAN, dispositivos finais de interconexão de LANs estão em uma área


limitada, como uma casa, uma escola, um edifício de escritórios ou um campus. Uma
LAN é geralmente administrada por uma única organização ou uma única pessoa. O
controle administrativo que rege as políticas de segurança e controle de acesso é
executado no nível de rede. As LANs fornecem largura de banda de alta velocidade
aos dispositivos finais internos e aos dispositivos intermediários.

As MANs conectam LANs dentro de uma região metropolitana, alcançando


extensões inferiores as WANs. As principais características das MANs são:
interconexão de locais espalhados em uma cidade; conexões dotadas de
velocidades intermediárias entre LAN e WAN; conectividade de outros serviços,
como o de TV, por exemplo.

As WANS interconectam as LANs em grandes áreas geográficas, como entre


cidades, estados, províncias, países ou continentes. As WANs são geralmente
administradas por vários prestadores de serviço. As WANs geralmente fornecem
links de velocidade mais lenta entre as LANs.

Redes WAN são gerenciadas por ISPs (Internet Service Provider), classificados
em três níveis, exemplificado na figura 28. No nível 1 estão os ISPs responsáveis
pelas conexões nacionais e internacionais, dando forma a Internet. No nível 2 estão
os ISPs de serviços regionais que conectam-se ao nível 1. Neste nível são vendidos
serviços de rede WAN. Por fim, no nível 3 estão os provedores locais, normalmente
para usuários domésticos.

O protocolo utilizado dentro do ISP não é o mesmo protocolo disponibilizado no


loop local dos clientes finais. A rede interna do ISP utiliza padrões de comunicação
mais eficientes, como o ATM (Asynchronous Transfer Mode).

Os quadros dos protocolos de enlace WAN são muito semelhantes, representando


sinais que indicam inicialização, endereços, controles, dados, checagem de bits e
finalização do quadro. Embora tenham semelhanças, os algoritmos desses
protocolos trazem funcionalidades diferentes em seus campos.

Os principais dispositivos de WAN são: Modem; CSU/DSU; Servidor de Acesso;


Switch WAN; Roteador; Roteador de Backbone.

Existem outras classificações quanto a abrangência. São elas:

• PAN (Personal Area Network) – redes de curta distância (alguns poucos


metros), por exemplo a tecnologia bluetooth;

• CAN (Campus Area Network) – redes que interligam um campus (um área
de dimensões inferiores a uma MAN e maiores que uma LAN);

18
• VLAN (Virtual Local Area Network) – rede local virtual que surge da
segmentação de uma LAN em redes menores;

• WLAN (Wireless Local Area Network) – rede local sem fio.

4.1.5 Topologias de Rede

A Topologia de uma rede descreve sua estrutura e o modo como são feitas as
conexões entre os dispositivos.

As Topologias de Rede se dividem em:

• Topologia Física – descrição da configuração dos meios físicos que


interconectam os dispositivos em uma rede.

• Topologia Lógica – define o modo como os dispositivos se comunicam e


os dados se propagam na rede.

As topologias físicas têm o papel de identificar a disposição física dos


componentes de rede. Nelas encontramos os dispositivos, os meios físicos e forma
como ocorrem as interligações.

A figura a seguir apresenta o exemplo de um diagrama de topologia física.

Figura – Diagrama de Topologia Física

Fonte: Construído a partir do Software Packet tracer (2020)

19
As topologias físicas podem ser classificadas em: topologia física em estrela;
topologia física em barramento; topologia física em anel.

Na topologia física em estrela todos os componentes estão interligados a um


equipamento concentrador, que é o núcleo central de uma rede. Nas redes locais
modernas é muito comum o uso desta topologia, onde o equipamento concentrador
é normalmente um hub ou um switch.

Na topologia física em barramento, cada um dos componentes está interligando a


um barramento físico, por exemplo um cabo coaxial, muito utilizado como barramento
de redes locais.

Na topologia física em anel, há um meio físico interligando os componentes um


por um formando um anel físico. A grande fragilidade desta rede está no ponto de
falha que cada componente representa.

A topologia lógica de rede tem o objetivo de identificar como se dá o processo de


comunicação de dados, com informações tais como endereços de rede, portas e
interfaces e dispositivos.

A figura a seguir apresenta o diagrama de uma topologia lógica de rede.

Figura – Diagrama de Topologia Lógica

Fonte: Elaborado a partir do Software Packet tracer.(2020).

As topologias lógicas podem ser classificadas em: topologia lógica em


barramento; topologia lógica em anel.

Na topologia lógica em barramento é utilizado o método de contenção, que é um


processo de acesso ao canal de comunicação com acesso múltiplo e verificação de
portadora. A maior parte das redes locais operam com esta topologia e este método,
porque trabalham com a tecnologia Ethernet. Nas redes Ethernet a topologia física

20
utilizada por de ser estrela ou barramento, mas a topologia lógica é um barramento.
Ou seja, todos “enxergam” (literalmente) uma estrela ou um barramento, mas os
dados trafegam como que em um barramento lógico.

Na topologia lógica em anel é utilizado o método de acesso controlado, de forma


que os dispositivos podem utilizar o canal de comunicação de modo controlado e
revezado. Neste método utiliza-se o processo de passagem do token, que é passado
entre os dispositivos, de forma que aqueles detentores momentâneos do token
podem utilizar o meio físico. Bons exemplos são as redes Token Ring, FDDI e o
Token Bus.

4.2 Infraestrutura de Cabeamento Estruturado

4.2.1 Cabeamento Estruturado

Na segunda metade da década de 1980, impulsionado pelo desenvolvimento das


redes de computadores, começou-se a estruturar um padrão para infraestrutura de
cabeamento. Isto a partir de todo um trabalho de instituições padronizadoras norte
americanas e também incentivada pela International Standard Organization (ISO).

Um dos padrões mais conhecidos em cabeamento foi desenvolvido pela ISO,


conhecido como norma 14565, que logo foi traduzida para português e padronizada
pela NBR, chamando-se NBR-14565:2013.

Também é importante destacar o ano de 1991 como um marco para o cabeamento


estruturado, quando foi lançado um documento inicial com as normas de cabeamento
geral para clientes, chamada de TIA/EIA-568. Este documento foi atualizado a partir
de mudanças sofridas pela indústria de telecomunicações, revisado em 1995 e
lançado como norma TIA/EIA-568-A.

Houve mais duas atualizações, sendo a primeira em 2000, onde a norma recebeu
o nome de TIA/EIA-568-B e outra revisão em 2006, com um relançamento da norma
sob o nome de TIA/EIA-568-C.

O cabeamento estruturado, que antes era conhecido como cabeamento de rede


local de computadores ou cabeamento predial, é um conjunto de recursos e
tecnologias que envolvem cabos e hardwares de conexão para voz e para dados,
definido por normas, em vista do atendimento das necessidades dos usuários de
telecomunicações e TI.

A ideia de estruturar o sistema de cabeamento, totalmente baseado em normas,


é criar um padrão não específico de uma indústria, favorecendo a interoperabilidade
no processo de comunicação da informação.

As principais vantagens ao se adotar um sistema de cabeamento estruturado são:

• Aumento da confiabilidade no cabeamento de redes a partir da garantia do


desempenho projetado;

• Perceptível redução nos custos com a implementação do cabeamento


(incluindo a mão-de-obra);

21
• Escalabilidade e flexibilidade para implementação de diferentes
aplicações;

• Imediato atendimento das necessidades apresentadas pelos usuários;

• Possibilidade de integrar diferentes aplicações em uma única solução de


cabeamento;

• Padrão de cabeamento interoperável, independente do fornecedor


utilizado;

• Maior vida útil para o sistema de cabeamento.

4.2.2 Subsistemas do Cabeamento Estruturado

A infraestrutura do cabeamento estruturado é compreendida como um sistema


dividido em dois subsistemas: subsistema de cabeamento horizontal e subsistema
de cabeamento de backbone.

A figura 23 mostra estes subsistemas.

Figura 23 – Subsistemas do Cabeamento Estruturado

Fonte: ABNT (2013, p.18)

Conforme descrito na figura anterior, existem alguns elementos funcionais no


sistema de cabeamento estruturado. São eles: Distribuidor de Campus (CD);
Distribuidor de Edifício (BD); Distribuidor de Piso (FD); Ponto de Consolidação (CP);
Tomada de Telecomunicações (TO); Backbone de Campus; Backbone de Edifício;

Além destes elementos e os subsistemas, as normas também especificam os


espaços (locais) de telecomunicações relacionados ao cabeamento estruturado. São
eles: Área de Trabalho (WA); Sala de Telecomunicações (TR); Sala de
Equipamentos (ER); Infraestrutura de Entrada (EF).

<Observação início>

22
Para cada elemento funcional e espaço relacionado ao cabeamento estruturado
há uma sigla entre parênteses que representa o nome do elemento ou espaço em
inglês. Nas próximas seções será compreendido cada um deles.

<Observação fim>

4.2.2 Subsistemas do Cabeamento Horizontal

Para entender bem o subsistema de cabeamento horizontal é necessário


conhecer primeiro alguns elementos relacionados a ele. O primeiro elemento é a
Tomada de Telecomunicações, conhecida pelo seu nome em inglês:
Telecommunication Outllet (TO). A TO é também conhecida como ponto de rede e
segundo a ABNT (2013, p.9) é o hardware de conexão no qual o cabo horizontal é
terminado na área de trabalho.

O segundo elemento importante é Distribuidor de Piso, também conhecido como


Floor Distributor (FD), que segundo a ABNT (2013, p.7) é hardware de conexão a
partir do qual se origina o cabeamento horizontal.

Compreendido estes dois elementos é possível definir o subsistema de


cabeamento de horizontal como aquele que interliga um distribuidor de piso até a
tomada de telecomunicações. A figura 24 apresenta a ideia do cabeamento
horizontal.

Figura 24 – Subsistema de Cabeamento Horizontal

Fonte: Marin (2013, p.36).

O termo horizontal advém pelo fato dos lançamentos dos cabos ocorrerem de
forma horizontal entre às áreas de trabalho e as salas de telecomunicações.

A área de trabalho é um espaço onde o usuário que acessa serviços de


telecomunicações está situado. A sala de telecomunicações é um espaço onde está
situado o distribuidor de piso, podendo também abrigar alguns equipamentos de
redes.

Estes cabos podem ser lançados em tubulações embutidas em pisos, ou


eletrocalhas, ou badejas suspensas. As normas ISO/IEC 18010:2002 e ANSI/TIA-
569-C apresentam as técnicas e métodos aplicados no encaminhamento de
cabeamento horizontal, contendo especificações e recomendações importantes que
garantem os padrões aceitáveis de mercado.

A norma NBR 14565 apresenta na ABNT (2013, p.20) os seguintes componentes


do subsistema de cabeamento horizontal:

23
• Cabos horizontais;

• Jumpers e patch cords no distribuidor de piso;

• Terminações mecânicas dos cabos horizontais nas tomadas de


telecomunicações;

• Terminações mecânicas dos cabos horizontais nos distribuidores de piso,


incluindo o hardware de conexão, por exemplo: as interconexões ou
conexões cruzadas;

• Ponto de consolidação;

• Tomadas de telecomunicações.

A figura 25 apresenta um subsistema de cabeamento horizontal contendo grande


parte destes componentes.

Figura 25 – Componentes do Cabeamento Horizontal

Fonte: Marin (2013, p.36)

A topologia física verificada na figura anterior é estrela, possuindo assim um lance


(segmento) de cabo reservado interligando cada porta do distribuidor de piso a sua
respectiva tomada de telecomunicações na área de trabalho.

Duas outras importantes informações contidas na figura anterior referem-se ao


comprimento dos cabos. Para o segmento de cabos horizontais especifica-se um
comprimento máximo de 90 metros para o lance de cabos horizontais. Também o
somatório do comprimento dos cordões de equipamento, patch cords do distribuidor
de piso e patch cords da área de trabalho não pode ser superior a 10 metros. Assim
o comprimento total de cabos e cordões de manobra não superará 100 metros (limite
máximo para que não haja atenuação significativa em cabos de pares metálicos).

A figura 26 apresenta uma distribuição real de cabos, incluindo o distribuidor de


piso (patch panels) e um switch (concentrador de rede).

24
Figura 26 – Distribuidor de Piso e o Switch

Fonte: Marin (2013, p.37).

Além dos cabos de pares trançados metálicos blindados ou não-blindados, as


principais normas de cabeamento estruturado também permitem o uso dos seguintes
cabos ópticos. Não obstante, convém afirmar que devido a relação custo/benefício,
não é comum o uso de cabos de fibra óptica em segmentos de cabos horizontais.

Os cabos de fibra óptica utilizados são:

• Cabo óptico multimodo de 50/125 micrometros (OM-3 e OM-4);

• Cabo óptico multimodo de 62,5/125 micrometros (OM-1 e OM-2).

Existem duas formas básicas, autorizadas pelas normas para a interconexão dos
equipamentos ativos de rede, tais como switches e hubs, aos cabos horizontais.
Estas formas são: interconexão ou cruzada.

No método de interconexão os equipamentos ativos de rede são diretamente


ligados ao distribuidor (patch panel) por meio de cordões de manobra (patch cords),
dispensando o espalhamento utilizado no método anteriormente explicado. Devido a
sua relação de custo/benefício, este método é amplamente utilizado. A figura 27
apresenta o método de interconexão.

Figura 27 – Método de Interconexão

25
Fonte: Marin (2013, p.44).

No método de conexão cruzada constrói-se um espelhamento entre saídas do


switch e do patch panel. A grande vantagem deste método é a separação entre
distribuidores e equipamentos ativos de rede, favorecendo a segurança para
equipamentos de rede, que livres de qualquer ligação diretamente do cabeamento,
podem ficar isolados em seus racks, impedindo assim o acesso de terceiros não
autorizados. A figura 28 apresenta o método de conexão cruzada.

Figura 28 – Método de Conexão Cruzada

Fonte: Marin (2013, p.42).

4.2.4 Subsistemas do Cabeamento de Backbone

O subsistema de cabeamento vertical também é conhecido como subsistema de


cabeamento de backbone ou subsistema de cabeamento tronco. A sua principal

26
função interconectar as salas de telecomunicações, sala de equipamentos e
infraestrutura de entrada de um prédio.

A figura 29 apresenta a ideia do subsistema de cabeamento de backbone.

Figura 29 – Cabeamento de Backbone

Fonte: Marin (2013, p.44).

O backbone é um dos mais importantes componentes do sistema de cabeamento


estruturado. A própria palavra backbone já carrega consigo uma grande importância,
porque significa “espinha dorsal”.

27
A figura 30 apresenta o susbsistema de cabeamento de backbone que é dividido
em subsistema de cabeamento de backbone de edifício e subsistema de cabeamento
de backbone de campus.

Figura 30 – Divisões do Cabeamento de Backbone

Fonte: Marin (2013, p.44).

É perceptível que a implementação de um backbone se dá sempre em uma


topologia física em estrela com estes dois níveis hierárquicos apresentados na figura
anterior (campus e edifício). Observe, também, que a topologia favorece um arranjo
hierárquico, encontrando-se no topo o distribuidor de campus (CD), logo depois o
distribuidor de edifício (BD), terminando com o distribuidor de piso (FD).

É aconselhável que os distribuidores de piso e edifício tenham entre eles


redundância, a fim de que o sistema de cabeamento estruturado seja tolerante a
falhas. Da mesma forma, com o objetivo de alcançar maior tolerância à falhas, os
distribuidores de edifício também podem estar interligados.

Outra consideração importante é a interligação dos distribuidores de campus e os


distribuidores de piso, sem a passagem por um distribuidor de edifício, que pode
ocorrer quando o distribuidor de campus e o distribuidor de piso estiverem no mesmo
prédio. Esta consideração não vale quando o distribuidor de piso e o distribuidor de
edifício estiverem em prédios diferentes.

28
As normas de cabeamento estruturado também permitem a interligação de um
distribuidor de edifício a uma tomada de telecomunicações em uma área de trabalho,
apenas quando houver um cabeamento óptico centralizado, conforme visto na
secção anterior.

As normas de cabeamento estruturado reconhecem os seguintes cabos para o


subsistema de cabeamento de backbone:

• Cabo UTP de quatro pares, 100 ohm;

• Cabo F/UTP de quatro pares, 100 ohm;

• Cabo multipares sem blindagem (utilizados apenas para voz);

• Cabo óptico multimodo 62,5/125 micrometros, 50/125 micrometros e


multimodo otimizado para transmissão em laser (OM-3 e OM-4);

• Cabo óptico monomodo.

A fim de interligar pavimentos diferentes, implementa-se o cabeamento de


backbone de edifício, ou seja, interligando a sala de equipamentos (ER) a sala de
telecomunicações (TR) em cada pavimento. A figura 31 apresenta o backbone de
edifício.

Figura 31 – Backbone de Edifício

29
Fonte: Martin (2013, p.45)

O subsistema de cabeamento de backbone de edifício, segunda a norma NBR


14565, descrita em ABNT (2013), é composta por:

• Cabos de backbone de edifício;

• Jumpers e patch cords no distribuidor de edifício;

• Hardware de conexão utilizados para a terminação dos cabos.

A norma NBR 14565 também define as distâncias máximas que podem ser
estabelecidas entre o distribuidor de campus e o distribuidor de piso. A tabela 1
apresenta esta distribuição.

Tabela 1 – Distâncias máximas dos cabos

Tipo de Cabo Distância (m) Aplicação

Fibras monomodo OS-1 2000 10 GbE

Fibras monomodo OS-2 10000 10 GbE

Fibras multimodo OM-1 2000 Fast Ethernet

Fibras multimodo OM-2 800 Gigabit Ethernet

Fibras multimodo OM-3 1000 Gigabit Ethernet

Fibras multimodo OM-4 550 10 GbE

Cabos balanceados 2000 Voz, PABX (até 100kHz)


Classe A

Cabos balanceados 200 RDSI (até 1 MHz)


Classe B

Cabos balanceados 100 Alta velocidade (até 600


Classe C, D, E e F MHz)

30
Fonte: Marin (2013, p.55)

Quando mais de um edifício integra um campus, é necessário a implementação


do subsistema de cabeamento de backbone de campus, responsável pela
interconexão de prédios. Para este tipo de cabeamento é aconselhável o uso de
cabos de fibra optica no tráfego de dados e cabos de pares trançados multipares
para tráfego de voz. A figura 32 apresenta a ideia do backbone de campus.

Figura 32 – Backbone de Campus

Fonte: Marin (2013, p.46).

De maneira similar ao subsistema de cabeamento horizontal, no subsistema de


cabeamento de backbone de campus, é possível utilizar dois tipos de métodos de
conexão: cruzada ou interconexão

4.2.5 Espaços em um Sistema de Cabeamento de Estruturado

Os principais espaços em sistemas de cabeamento estruturado são as áreas de


trabalho e os espaços de telecomunicações.

31
Os espaços de telecomunicações encontrados nas organizações são: sala de
telecomunicações; sala de equipamentos; infraestrutura de entrada.

Marin (2013) define que:

Os espaços de telecomunicações são definidos como aqueles


destinados a abrigar os distribuidores do sistema de cabeamento
estruturado, bem como equipamentos ativos de redes. Os espaços
de telecomunicações devem ser dedicados aos sistemas de
telecomunicações e não podem ser compartilhados com outros
sistemas do edifício. Algumas normas técnicas que se aplicam a
encaminhamentos e espaços para sistemas de cabeamento
estruturado em edifícios comerciais utilizam uma nomenclatura
comum a todos os espaços de telecomunicações e outros utilizam
termos específicos para cada espaço (sala de telecomunicações,
sala de equipamentos etc) (MARIN, 2013, p. 61).

A figura 33 apresenta os espaços em sistemas de cabeamento estruturado.

Figura 33 – Espaços em um Sistema de Cabeamento Estruturado

32
Fonte: Marin (2013, p.55).

A área de trabalho é muito conhecida pelo seu acrônimo em inglês WA, que
significa Work Area. Elas são os espaços onde o usuário está situado no edifício
comercial e onde está disponível a conectividade necessária para que as suas
aplicações funcionem.

Sob o aspecto técnico, é considerado um espaço do sistema de cabeamento


estruturado, porque é lá que o usuário consegue utilizar o seu computador em rede
ou uma chamada de voz pelo seu telefone.

A norma NBR 14565 descrita em ABNT (2013, p.4) define a área de trabalho
“como espaço do edifício no qual seus ocupantes interagem com os serviços
disponibilizados pelo cabeamento estruturado.”

33
O cabeamento que chega até a área de trabalho é normalmente oriundo do
distribuidor de piso, situado na sala de telecomunicações. Conforme já mencionado
este cabeamento é conhecido por horizontal, sendo terminado em uma tomada de
telecomunicações, conhecida pelo seu acrônimo em inglês TO (Telecommunication
Outlet).

A figura 34 apresenta uma área de trabalho típica.

Figura 34 – Área de trabalho

Fonte: Marin (2013, p.40)

Uma tomada de telecomunicações normalmente obdece ao padrão RJ-45. A


figura 35 apresenta a imagem de um conector fêmea RJ-45.

Figura 35 – Conector RJ-45 Fêmea

Fonte: Lima Filho (2014, p.142)

Como todo e qualquer espaço ou subsistema do cabeamento estruturado, a área


de trabalho obedece a uma série de especificações estabelecidas pela norma NBR
14565, descritas em ABNT (2013).

34
A primeira especificação, que parece até um pouco controversa em comparação
com o cabeamento não-estruturado, é a exigência de instalação de duas tomadas de
telecomunicações por área de trabalho. Estas tomadas obrigatoriamente são
terminadas em conectores RJ-45, onde é conectado o cabo de par trançado
categoria 5e ou superior, podendo ser ou não blindadas.

Caso o subsistema de cabeamento horizontal seja provido por cabos ópticos


multimodo de 50/125 micrometros ou 62,5/125 micrometros, é recomendável que
apenas uma das tomadas seja terminada em conectores ópticos. Desta forma,
conserva-se assim uma das tomadas provida por cabo de par traçado.

Outra importante determinação diz respeito aos espelhos das tomadas de


telecomunicações. Eles devem ser no padrão 4 x 2” ou 4 x 4”, montados em caixas
de piso, caixas de superfície ou fixados no próprio mobiliário de escritório.

Uma área de trabalho deve ter pelo menos um tamanho de 5 m², podendo chegar
a 10 m². Não obstante, nada impede que, a partir do conhecimento do projeto físico
e do layout da edificação, as áreas de trabalho sejam menores que 5 m², atendendo,
é claro, as necessidades do usuário.

O cabeamento horizontal deve ser encaminhado na área de trabalho pelo piso


e/ou pelo teto, utilizando também caminhos adequados na própria mobília presente
na área de trabalho. Ao utilizar-se o mobiliário como caminho de passagem do cabo,
é necessário a percepção da importância quanto a mudanças no cabeamento
estruturado, quando ocorrerem mudanças de layout ou mobília no escritório.

Uma regra de “ouro” na instalação de tomadas de telecomunicações em uma área


de trabalho indica que as mesmas devem ser instaladas em locais de fácil acesso,
sem descuidar da segurança. Um bom exemplo seriam a instalação de tomadas de
telecomunicações em pisos frios, por mais facilidade que seja gerado para o usuário.
Tomadas de telecomunicações instaladas em caixas diretamente implementadas em
pisos frios estão sujeitas problemas com eventuais lavagens do piso e poeiras
frequentes que podem danificar os contatos metálicos dos conectores RJ-45 fêmea.

Quando instaladas em quaisquer outros lugares sujeitos a ação de agentes


químicos limpeza, poeira e etc, recomenda-se que as tomadas de telecomunicações
tenham protetores.

4.2.6 Sala de Telecomunicações

A sala de telecomunicações também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês TR


– Telecommunications Room. Ela é um espaço de telecomunicações dentro do
edifício comercial destinado a interligação do subsistema de cabeamento horizontal
ao subsistema de cabeamento vertical, por meio do distribuidor de piso.

A norma NBR 14565 em ABNT (2013, p.9) especifica que a sala de


telecomunicações é o espaço que abriga o distribuidor de piso e que pode também
abrir o distribuidor de edifício e equipamentos de redes destinados ao atendimento
dos usuários do pavimento em que se situa a sala de telecomunicações.

35
Nas salas de telecomunicações é importante que haja toda uma facilidade espaço,
alimentação elétrica, controles do ambiente, dentre outros destinados a instalação
de componentes passivos.

As principais normas de cabeamento estruturado recomendam a implantação de


uma sala de telecomunicações por andar de um edifício comercial com a finalidade
de atender todas as áreas de trabalho daquele pavimento.

A figura 36 situa a sala de telecomunicações no sistema de cabeamento


estruturado.

Figura 36 – Sala de Telecomunicações

Fonte: Adaptado de Martin (2013, p.45)

Quando não é possível a implementação de uma sala de telecomunicações em


um pavimento, as áreas de trabalho podem ser interligadas a sala de
telecomunicações de um pavimento adjacente.

Além norma NBR 14565, as normas ANSI/TIA-569-C, ISO/IEC 14763-2, ISO/IEC


18010 fazem uma série recomendações sobre as dimensões da sala de
telecomunicações, baseado no número de tomadas de telecomunicações atendida
pelo distribuidor de piso da sala.

A tabela 2 apresenta este dimensionamento recomendado pela norma ANSI/TIA-


569-C.

36
Tabela 2 – Dimensionamento da Sala de Telecomunicações.

Tomadas de Área aproximada da sala Dimensões da sala (m)


Telecomunicações (TO) de telecomunicações (m²)

Até 200 15 3x5

Entre 201 e 800 36 6x6

Entre 801 e 1600 72 6 x 12

Entre 1601 e 2400 108 9 x 12

Fonte: Marin (2013, p.55).

As normas ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010 recomendam que a menor sala de


telecomunicações não tenha uma área inferior a 9,6 m² (com dimensões de 3 x 3,2
metros) para até 500 tomadas de telecomunicações. A figura 37 apresenta a sala de
telecomunicações com estas dimensões.

Figura 37 – Dimensões de uma Sala de Telecomunicações para até 500 Tomadas


de Telecomunicações.

37
Fonte: Marin (2013, p.55).

Estas mesmas normas (ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010) também recomendam


que até 1000 tomadas de telecomunicações sejam atendidas por uma sala de
telecomunicações de área 14,72 m² (com dimensões 3,2 x 4,6 metros). A figura 38
apresenta a sala de telecomunicações com estas dimensões.

Figura 38 – Dimensões de uma Sala de Telecomunicações para até 1000


Tomadas de Telecomunicações.

Fonte: Marin (2013, p.55).

A partir de 1000 tomadas de telecomunicações o adicionamento de 500 tomadas


de telecomunicações aumenta uma de suas dimensões em 1,6 metros.

É comum também considerar a área do pavimento para a tomada de decisão


sobre as dimensões da sala de telecomunicações. Não obstante, esta não pode ser
a base para a definição das dimensões da sala de telecomunicações.

A figura 39 apresenta um exemplo de uma sala de telecomunicações.

Figura 39 – Exemplo de uma Sala de Telecomunicações

38
Fonte: Marin (2013, p. 56)

As normas ainda recomendam para a sala de telecomunicações que:

• Caso haja equipamentos instalados, seja provido um sistema de climatização


24 horas, 365 dias por ano, com temperaturas variando entre 18º e 24º C e
uma umidade entre 30% e 55%;
• A iluminação deve possuir pelo menos 540 lux de forma que não haja
problemas na manutenção do cabeamento;
• O aterramento deve ser ligado ao sistema de aterramento do prédio;
• A porta de acesso da sala ter no mínimo 910mm x 2.000mm;
• Deve possuir um ambiente controlado, fechado e com acesso limitado para
pessoas autorizadas;
• Esteja situada em uma área do pavimento cujo o acesso não dependa do
acesso a outros espaços;
• A distribuição do cabeamento seja aérea, evitando uso de teto falso.

Em edifícios e pavimentos onde não seja exequível a construção de uma sala com
as dimensões outrora especificadas, pode-se utilizar um espaço menor. A norma
ANSI/TIA-569-C recomenda que a menor sala de telecomunicações tenha
dimensões mínimas de 1,3 x 1,3 metros. Se nem este espaço estiver disponível, é
possível instalar um “armário de telecomunicações” no shaft do edifício

4.2.7 Sala de Equipamentos

A norma NBR 14565 define em ABNT (2013) que a sala de equipamentos é o


espaço de telecomunicações destinado a abrigar os equipamentos de uso comum
em toda a rede, terminação de cabos e os distribuidores do sistema de cabeamento
estruturado.

39
A sala de equipamentos também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês ER –
Equipment Room, atendendo um edifício inteiro ou todo um campus. Assim a sala de
equipamentos como o local mais importante do sistema de cabeamento estruturado,
pode conter um distribuidor de campus e/ou distribuidor de edifício, concentrando em
o cabeamento horizontal e o cabeamento de backbone.

Na sala de equipamentos podem ser instalados equipamentos ativos de redes,


(switches, roteadores, hubs e servidores), equipamentos de telefonia (central
telefônica e outros equipamentos de gerenciamento de sistemas de voz), demais
equipamentos de telecomunicações (modens, rádios, multiplexadores e etc) e
demais equipamentos de informática.

Justamente pelo fato da sala de equipamentos conter dispositivos tão cruciais


para o funcionamento das redes, que há a necessidade de um controle de
temperatura do ambiente (18º a 24º C) a fim de não prejudicar a operação dos
equipamentos. O controle de acesso e questões de segurança relacionadas a sala
de equipamentos também precisam ser observadas. A iluminação precisa ser
uniforme na faixa de 500 lux, medidos a 1 metro do chão.

As funções da sala de telecomunicações podem ser absorvidas pela sala de


equipamentos, quando as duas forem projetadas no mesmo pavimento. Assim em
um mesmo andar não há necessidade das duas.

A figura 40 apresenta a sala de equipamentos e os elementos de cabeamentos


interligados a ela.

Figura 40 – Sala de Equipamentos e os elementos a ela interligados

40
Fonte: Marin (2013, p.58).

Em um edifício é de grande importância determinar a localização da sala de


equipamentos no prédio, de forma a otimizar a interligação entre ela e os outros
elementos do cabeamento estruturado. Convém dizer que as normas não
mencionam qual é o local de implementação da sala de equipamentos.

As principais normas que mencionam especificações para a sala de equipamentos


são: ANSI/TIA-569-C e ISO/IEC 14763-2. Sobre o dimensionamento estas normas
seguem caminhos distintos. A ANSI/TIA-569-C aponta que a sala de equipamentos
tem que ter um tamanho mínimo de 10 m² (caso abrigue um distribuidor de edifício)
e 12 m² (caso abrigue um distribuidor de campus). Caso a área provida pelo
distribuidor de campus seja 50000 m², para cada 10000 m² aumenta-se o tamanho
da sala de equipamentos em 1 m².

41
A ISO/IEC 14763-2 trata o tamanho da sala de equipamentos da mesma forma
que a trata a sala de telecomunicações.

4.2.8 Infraestrutura de Entrada

A infraestrutura de entrada é conhecida pelo seu acrônimo EF – Entrance Facility.


A norma NBR 14565 define em ABNT (2013, p.8) que a infraestrutura de entrada é
o local de entrada de todos os serviços de telecomunicações do edifício e que inclui
a interface de rede externa.

A infraestrutura de entrada é interligação do sistema de cabeamento estruturado


com o mundo externo.

Este espaço de cabeamento estruturado é chamado popularmente de “facilidades”


ou “facilidade de entrada”.

É normalmente na infraestrutura de entrada que se encontra o demarc (também


conhecido como ponto de demarcação), que separa o cabeamento externo do
cabeamento interno, ou seja quando encerra a responsabilidade provedor de
serviços e se inicia a responsabilidade da rede interna.

A figura 41 situa a infraestrutura de entrada no sistema de cabeamento


estruturado.

Figura 41 – Infraestrutura de Entrada e suas interligações

42
Fonte: Marin (2013, p.44).

Na infraestrutura de entrada encontra-se o DG (Distribuidor Geral), o DID


(Distribuidor Intermediário Digital) e o DGO (Distribuidor Geral Óptico).

No DG encontram-se terminados os cabos de pares de telefonia oriundos da


operadora de telefonia pública. No DID encontram-se as conexões que utilizam
cabos coaxiais em links E1 e T1. No DGO encontram-se as fibras ópticas entregues
pela operadora no demarc.

A figura 42 apresenta uma DG.

43
Figura 42 – Exemplo de um DG

Fonte: Lima Filho (2014, p.136)

A localização da infraestrutura de entrada é um aspecto de grande importância. A


ideia é implementar este espaço em local seco, livre inundações e mais próximo
possível da entrada de energia elétrica do edifício, de forma a garantir uma agilidade
na interligação do aterramento.

A norma ANSI/TIA-569-C especifica as dimensões da infraestrutura de entrada de


modo similar a sala de equipamentos que abriga um distribuidor de campus, de forma
que o espaço mínimo é restrito a 12 m² para uma área de edifício de 50000 m². Para
cada 10000 m² acrescenta-se 1 m² ao tamanho do espaço da infraestrutura de
entrada.

A norma ISO/IEC 14763-2 dá uma tratativa diferenciada no que tange as


dimensões da infraestrutura. Esta norma informa recomenda, para efeitos de
dimensionamento, a infraestrutura de entrada como uma sala de telecomunicações
de baixa densidade.

4.2.9 Requisitos importantes nos espaços de telecomunicações

A partir de um apanhado geral das normas para espaços de telecomunicações,


destacam-se alguns pontos primordiais de forma resumida para o perfeito
funcionamento do sistema de cabeamento estruturado. São eles:

• Requisito 1 – Segurança – as normas reforçam a importância da segurança


física das instalações de forma que o controle de acesso seja restrito a
pessoal autorizado. Ainda neste requisito a norma prescreve a existência
de um plano de segurança do edifício;

• Requisito 2 – Localização – é preciso valorizar os locais onde os espaços


serão implementados, valorizando a possibilidade expansão, facilidade de
44
acesso, inclusive de forma também a permitir a locomoção com grandes e
pesados equipamentos;

• Requisito 3 – Altura – as normas especificam que a altura entre o piso


acabado e o teto do espaço seja de pelo menos 2,4 metros, além do vão
entre as lajes de pavimentos sejam de pelo menos 3,0 metros;

• Requisito 4 – Piso/Parede/Teto – devem ser tratados de forma a acumular


o mínimo possível de poeira, precisam claros e antiestético. Ainda neste
requisito deve-se mencionar a importância de não haver infiltrações;

• Requisito 5 – Climatização – os espaços de telecomunicações precisam


ter um controle de temperatura e umidade, de forma a não prejudicar a
operação dos dispositivos ativos de rede.

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