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orri2023, 23:94 aplcatvos ios jus brisistemaspublicos/consul 2_nstanclasiver_sentenca_new.lm Nao vale como certidao. & Imprimir Proceso; 0001190-95,2016.8 Petco iricel; 201600995981 Sua: Arquivads ‘Agao: Asbo Penal de Compet Natureza: Tribunal de Jur Data de Ajizamento: 14/07/2016 \Vara: CONCEICAO DA BARRA - 22 VARA Distribuicao Data : 14/07/2016 12:53 Motivo: Distribuicio por sortelo Partes do Processo ‘Autor MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO '999998/E - INEXISTENTE Réu ORO PAULO PEREIRA SANTANA ‘8802/ES - CLAUDIA BRITES VIEIRA Vitima ‘ADS ‘Juiz: LUCAS MODENEST VICENTE sentena Ak ESTADO DO ESPIRITO SANTO PODER JUDICIARIO CONCEIGAO DA BARRA - 2 VARA Nimero do Processo: 0001190-95.2016.8.08.0015 Requerente: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO, AROLDO DONATO SANTOS Requerido: GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA, JOAO PAULO PEREIRA SANTANA SENTENCA Cuida-se de pretensdo criminal apresentada pelo MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL em face de GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA e JOAO PAULO PEREIRA SANTANA, imputando-lhes a pritica do crime descrito no artigo 121, § 2°, incisos II e IV c/c artigo 14, inciso II, e artigo 288, todos do Cédigo Penal A deniincia de fls. 02/03-verso narra em sintese que: %(..) no dia 11 de abril de 2016, por volta das 23h30min, na Rua Pernambuco, s/n, Cobraice, Conceigéo da Barra/ES, 0 denunciado GUSTAVO SANTOS OLIVEIRA, com animus necandi, por motivo fitil e mediante recurso que dificultou a defesa da vitima, juntamente com JOAO PAULO PEREIRA SANTANA e 0 adolescente Maycon Rodrigues Barreto tentou matat a vitima AROLDO DONATO SANTOS.” As fis, 04/04-verso, 0 Ministério Piblico pugnou pela decretagio da prisio preventiva do denunciado GUSTAVO SANTOS OLIVEIRA, para garantia da ordem piiblica ¢ da conveniéneia da instrugao criminal. aplicatvos sje jus.bisistemaspublicos/consuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm w orri2023, 23:94 aplcatvos ios jus brisistemaspublicos/consul as fls. 05/29. 2_nstanclasiver_sentenca_new.lm Inquérito Polici Aditamento da demincia as fls. 33/33-verso. As fls. 36/36-verso, 0 Ministério Piblico pugnou pela decretagdo da prisdo preventiva do denunciado JOAO PAULO PEREIRA SANTANA, para garantia da ordem publica e da conveniéneia da instrugio criminal. Decisao as fls. 38/39, em 01/09/2016, recebeu a dentincia e decretou a prisio preventiva.dos acusados. Mandado de citagdo expedido as fls. 40/40-verso, devidamente cumprido conforme fis. 62/62-verso 75/77. Mandado de prisdo preventiva expedido as fls. 41/42 e fls. 43/44, e devidamente cumprido as fls. 59/61 € 65/67. Oficio da Depol a fl. 48 encaminhado Termo de Declaragao de JOAO PAULO PEREIRA SANTANA (ls. 49/52) para ser juntado aos autos do Inquérito Policial Resposta & acusago apresentada por advogado dative nomeado para acusado GUSTAVO SANTOS OLIVEIRA as fls. 70/71. Resposta 4 acusago apresentada por advogada dativa nomeada para acusado JOAO PAULO. PEREIRA SANTANA 8s fls. 80/81 As fls. 95 consta termo da audiéncia em 18/01/2017, oportunidade em que foram ouvidas as testemunhas de acusagao Jailson Pereira dos Anjos ({ls. 97) ¢ Gil Lorentz Ribeiro (fs. 98), As fis. 114 consta termo da audigneia realizada em 05/06/2017, oportunidade em que foi ouvida a testemunha de acusagio Weligton Vasconcelos (fls. 115). As fls. 124/124-verso consta termo da audiéncia realizada em 05/07/2017, oportunidade em que foi ouvida a testemunha de acusagio Cristiano Araiijo (fls. 125). Carta Precatéria devolvida as fls. 140/153 As fls. 183 consta termo de audiéncia em 03/10/2017, a qual nao foi realizada, tendo em vista 0 oficio de fls. 166, enviado pela “Diretoria de Seguranca Penitenciéria”, informando nao ter condigdes de realizar a escolta dos denunciados no referido dia. As fls. 188 consta termo da audiéncia em 17/01/2018, a qual nao foi realizada tendo em vista a auséncia dos advogados dos denunciados As fls, 223 consta termo da audiéncia realizada em 23/07/218, oportunidade em que foram realizados os interrogados os réus GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA e JOAO PAULO PEREIRA SANTANA (fls. 224/225). aplicatvos sje jus.brisistemaspublicosiconsuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm 27 oxvi2029, 23:34 aplcatvos yes jus biistemaspublcsiconsul 31/237, pugnando pela PRONUNCIA dos acusados, nos moldes da inicial e do seu aditamento, com a inclu: 2_nstanclasiver_sentenca_new.lm AlegagGes finais apresentadas pelo Ministério Publico as fs. jo da causa de aumento prevista no pardgrafo tnico do artigo 228 do Cédigo Penal, com observancia do contido no artigo 418 do Cédigo de Processo Penal, a fim de que sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Jiri desta Comarca. Alegagées finais apresentadas pela defesa do acusado JOAO PAULO PEREIRA SANTANA as fis. 230/245 requerendo a IMPRONUNCIA do réu, em razo da inexisténcia de suporte probatério minimo a indicar a autoria do crime imputado ao acusado. Alegagies finais apresentadas pela defesa do acusado GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA §s fs. 247/251, requerendo a IMPRONUNCIA do réu, posto que 0 delito nao foi cometido pelo réu ¢ considerando a austneia de provas em sentido contratio, Eo relatério. Decido. De acordo com a doutrina, a pronincia é uma decisao processual de conteiido declaratorio em que o juiz proclama a admissibilidade da imputagao criminal, encaminhando-a para julgamento perante 0 Tribunal do Jiri, Na pronincia, é realizado um mero juizo de verificagao pelo qual 0 Magistrado admite ou rejeita a acusagdo sem incursionar na resolugio do mérito. Com efeito, restringe-se a fundamentagdo ao exame da existéncia de aspectos faticos que indiquem a materialidade do delito e indicios de autoria delitiva em face dos denunciados na pega acusatéria, O doutrinador Eugénio Pacelli esclarece que: *Pronuncia-se alguém quando, ao exame do material probatério levado aos autos, pode-se verificar a demonstragdo da prova da existéncia de um crime doloso contra a vida, bem como da respectiva e suposta autoria. Na decisio de pronincia o que 0 juiz afirma, com efeito, é a existéncia de provas no sentido da materialidade ¢ da autoria. Em relagdo a materialidade, a prova ha de ser segura quanto ao fato._JA et fi resenca de elementos indicativos, deven iz, tanto quanto possivel abster-se de revelar um convencimento absoluto quanto a ela. E preciso considerar que a decisio de pronincia somente deve revelar um juizo de probabilidade ¢ nao de cetteza." (OLIVEIRA, Eugénio Pacelli de Oliveira, Curso de Processo Penal. 10* edigdo. Rio de Janeiro: Lumen Juris 2008.) A teor do artigo 413 do Cédigo de Processo Penal, haverd prontincia se o juiz se convencer da materialidade do fato da existéncia de indicios suficientes de autoria/participagdo delitiva Conforme considerado, in casu, 0 Ministério Péblico denunciou os acusados pela suposta pratica do crime descrito no artigo 121, § 2°, incisos II e IV ele artigo 14, inciso II, ¢ artigo 288, todos do Cédigo Penal. Quanto a materialidade delitiva, depreendo a partir do boletim unificado de fils. 07, bem como das demais provas constantes dos autos. No tocante autoria delitiva, passo a andlise dos depoimentos das testemunhas: Policial Militar - JAILSON PEREIRA DOS ANJOS (fls. 97): ™(..) que se recorda da ocorréncia, mas no se lembra se teve contato pessoal com a vitima; que o pronto socorro, quando rocebe alguém vitima de disparo de arma de fogo, entra em contato com a Policia Militar, ‘que quando a vitima tem condigdes de falar e desde que o médico autorize, & comum os policiais militares aplicatvos sje jus.bisistemaspublicos/consuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm 37 onrt12025, 28:34 aplatvos yes jus bisistomaspublcoslconsulia_12_istanciasiver_sentenca_newelm fentrarem em contato com a vitima de tentativa de homicidio ou lesio corporal; que lido as declaragies prestadas pela vitima na Depol de f1.08, a testemunha disse que tomou conhecimento por terceiros ‘que o réu Joizinho esti envolvido nesta tentativa de homicidio do “profeta”, no homicfdio de Helio e Zineio; (..) que 2 testemunha sabe que existe o grupo “Justicero” e tem conhecimento que os réus, Maicon Douglas, vulgo Douglinba e “neguinho" fazem parte deste grupo ¢ aterrrizavam a Cobraice, ‘matando, normalmente, pessoas indefesas(aleoélatra e homossexual) e roubavam de aposentados;(..)” Policial Civil - WELIGTON VASCONCELOS ({. 115): “Que pelo que se recorda o denunciado Joio Paulo se intitulou no Bairro Cobraice, como “o justiceiro da Cobraice”, niio admitindo Iadrdes, usurdrios de drogas e principalmente homossexuais; ‘Que essa informagao a testernunha levantou através de investigagdo junto aos populares da Cobraice, onde ‘estes aparentavam ter muito medo do denunciado Joo Paulo; Que pelo que se recorda o denunciado Joio Paulo chamou o Gustavo para juntos irem até a casa da vitima: Que chegando ‘Que pelo que a testemunha sabe quem disparou contra a vitima foi o denunciado Jodo Paulo; Que junto com os denunciados estava presente um menor de idade, conhecido como “maiquinho”; Que pelo que sabe a vitima mudou-se para o municipio da Serra, com medo de voltar até esta comarca e ser executado pelos demunciados; Que a testemunha no presenciou nenhum tipo de agressio por parte dos poliiais ‘quando da prisio do denunciado Gustavo...) Que foi o denunciado Gustavo quem gritou pela, ‘porque segundo os informantes da testemunha se fosse 0 denunciado Jodo Paulo quem chamasse p peste nio atenderia: (.)” Diante do relatado vé-se que ha suficientes indicios de que os acusados, em tese, praticaram o crime a eles imputado, o que permite, num juizo estritamente preliminar de admissibilidade para o Tribunal do Jiri, concluir que existem elementos que apontam a autoria delitiva em relago aos réus. A intengio dos acusados pode ser verificada pelo boletim unificado, pelos relatos das testemunhas e pela dinamica dos acontecimentos. Ressalte-se que, na fase de pronincia ndo se aplica o principio “in dubio pro reo”, vigorando, em contrapartida o principio “in dubio pro societate”. Nesta linha de andlise, a Jurisprudéncia é pacifica: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TENTATIVA DE HOMICIDIO SIMPLES, ART. 121, CAPUT, CIC ART. 14, INCISO Il, AMBOS DO CODIGO PENAL BRASILEIRO, SENTENCA QUE PRONUNCIA O REV, MATERIALIDADE E INDICIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. TESE NEGATIVA DE AUTORIA, PROCESSO DA COMPETENCIA DO TRIBUNAL DO JURI. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. I - A Sentenga de Proniineia io constitui um juizo de certeza acerea dos fatos, mas mera admissiblidade da acusaglo fundada em suspeita, exigindo-te, para tanto, apenas o convencimento do magistrado quanto a existéncia do crime e de indicios de que o réu seja seu autor, segundo determina o art, 413 do CPP. Il - Tratando-se de crime cuja competéneia para julgamento € alribuida ao Tribunal do Firi, a tese de negativa de autoria do crime deve estar demonstrada de forma incontroversa ¢ sua caracterizagio, estreme de qualquer divida, de maneira a convencer 0 magistrado de sua inexisténcia. Caso isso no ocorra, 0 acusado deve ser pronunciado, a fim de se submeter a julgemento pelo Jiri Popular, HI ~ Havendo divida, bem como sendo a materialidade deltiva induvidosa e com presenga de indicios de autora, a pronfineia & a medida que se impie, tendo em vista que nesta fase vigora a méxima in dubio pro societate, RECURSO CONHECIDO E TMPROVIDO EM CONSONANCIA COM © PARECER MINISTERIAL. (Processo: RSE 00454535720058040001 AM 0045453-57.2005.8,04,0001; Relator(a): Rafael de Araijo Romano; Julgamento: 23/03/2015; Ongio Julgador: Segunda Cimara Criminal; Publicago: 23/03/2015), estaquei) Em vista disso, a tese da defesa nao merece ser acolhida, posto que, presentes os indicios de autoria ¢ materialidade, devem os réus serem submetidos ao julgamento pelo Jar Qualificadoras: aplicatvos sje jus.bisistemaspublicos/consuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm an orri2023, 23:94 aplcatvos ios jus brisistemaspublicos/consul Motivo Fatil 2_nstanclasiver_sentenca_new.lm Aos réus foi imputada a qualificadora do motivo futil, prevista no inciso II, § 2° do art. 121 do CPB. 0 motivo fiitil ¢ aquele motivo insignificante, banal, motivo que normalmente no levaria ao crime, hé uma desproporcionalidade entre o crime e a causa Presentes indicios para o reconhecimento da qualificadora do motivo fiitil, uma vez que, conforme prova oral nos autos, 0 crime, em tese, teria sido cometido devido ao fato da vitima ter praticado um suposto furto de um éculos que pertencia ao acusado Joao Paulo. Desse modo, entendo que deve ser mantida a qualificadora para andlise do Jiri, Recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido De acordo com Nucei (2007), “trair significa enganar, ser infiel, de modo que, no contexto do homicidio, € a agdo do agente que colhe a vitima por tras, desprevenida, sem ter esta qualquer visualizago do ataque”. Analisando os autos, verifico que deve ser reconhecida a qualificadora de recurso que dificulte ou tome impossivel a defesa do ofendido, prevista no inciso LV, dltima parte, § 2° do art, 121 do CPB, tendo em vista que aparentemente o disparo de arma de fogo foi efetuado sem que a vitima pudesse perceber. Assim, entendo que deve ser mantida a qualificadora para andlise dos Senhores Jurados DA IMPUTAGAO DO CRIME DE ASSOCIACAO CRIMINOSA ‘No que tange ao crime de associagao criminosa, por se tratarem de crimes ndo dolosos contra a vida resta incabivel nesta fase processual a anélise da materialidade ¢ autoria, visto que tais questes deverdo ser analisadas pelo Tribunal do Jiri. Nesse sentido, leciona Guilherme de Souza Nucci (Cédigo de processo Penal Comentado, Editora Revista dos Tribunais, 3° edigao, p. 661): “Crimes conexos: no cabe ao magistrado, ao elaborar o juizo de admissibilidade da acusagio, referentemente aos crimes dolosos contra a vida, analisar se & procedente ou nao a imputagao feita pelo 6rgao acusatério no tocante aos delitos conexos. Havendo infragao penal conexa, incluida na denincia, devidamente recebida, pronunciando 0 réu pelo delito doloso contra a vida, deve o juiz remeterd a julgamento pelo Tribunal Popular os conexos, sem proceder a qualquer andlise de mérito ou de admissibilidade quanto a eles (...). Se acolheu a acusago, deve repassar ao juiz natural da causa 0 seu julgamento. Caberd, assim, aos jurados checar a materialidade ¢ a prova da autoria para haver condenagao”. ‘Na mesma linha, jurisprudéneia do STJ AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM _ RECURSO _ ESPECIAL. JULGAMENTO MONOCRATICO, OFENSA AO PRINCIPIO DA aplicatvos sje jus.bisistemaspublicosiconsuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm 57 orri2023, 23:94 aplcatvos jes jus brisistemaspubicos/eonsulta_12_instanciasver_sentenca_new.efm COLEGIALIDADE. INOCORRENCIA. TRIBUNAL DO JURI. PRONUNCIA POR HOMICIDIO QUALIFICADO. FALTA DE FUNDAMENTAGAO, MACULA NAO. EVIDENCIADA. CRIME CONEXO. ABSORCAO DO PORTE ILEGAL DE ARMA. NECESSIDADE DE ANALISE DO CONTEXTO FATICO. APRECIACAO, PELO TRIBUNAL POPULAR. I- Nos termos do caput ¢ § 1°-A, do art. 557, do Cédigo de Processo Civil, c/c art. 3°, do Cédigo de Processo Civil, e art. 34, XVIII, do RISTI, & possivel, em’ matéria criminal, que o Relator, por meio de decisio monocratica, negue seguimento a recurso ou a pedido manifestamente inadmissivel, improcedente, prejudicado ou em confronto com stimula ou jurisprudéncia dominante da respectiva Corte ou Tribunal Superior. II- A proniincia é decisdo interlocutéria mista, que julga admissivel a acusagao, remetendo 0 caso apreciago do Tribunal do Juri. Encerra, portanto, simples juizo de admissibilidade da acusagio, ndo se exigindo a certeza da autoria do crime, mas apenas a existéncia de indicios suficientes e prova da matetialidade, imperando, nessa fase final da formagdo da culpa, 0 brocardo in dubio pro societate. II- © magistrado deve expor os motivos que 0 levaram a manter eventuais circunstincias qualificadoras descritas na deniincia, fazendo-o, contudo, de forma comedida, evitando-se o indesejavel excesso de linguagem. IV- Havendo infragio penal conexa descrita na peca acusatéria, deve o magistrado, a0 pronunciar o réu por crime doloso contra a vida, submeter seu julgamento a0 Tribunal do Jari, sem proceder a qualquer andlise de mérito ou de admissibilidade quanto a cles, tal comoprocederam as instincias ordinérias. V- A questio da existéncia ou nao de concurso material entre o ctime de homicidio e de porte ilegal de arma de fogo depende da anilise percuciente do contexto fitico em que ocorreu 0 delito, incabivel na via especial. VI- Agravo improvido.(AgRg no AREsp 71.548/SP, j 10.12.2013, rel. Min. Regina Helena Costa). (Destaquei). Por conseguinte, uma vez que existem indicios suficientes de autoria e materialidade, forgosa a proniincia dos réus pela pritica de tentativa de homicidio qualificado contra a vitima Aroldo Donato Santos, para que os mesmos sejam submetidos a julgamento pelo seu juiz natural, o E, Tribunal do Jiri, ao qual caberd a decisao a respeito das circunstancias em que o crime ocorreu. DO DISPOSITIVO Ante 0 exposto: i) PRONUNCIO os acusados GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA e JOAO PAULO PEREIRA SANTANA, como incursos na pritica do crime descrito no artigo 121, § 2°, incisos Il e IV i cle artigo 14, inciso II, ¢ artigo 288, todos do Cédigo Penal. Intimem-se as partes, conforme art. 420 do Cédigo de Processo Penal. Mantenho a prisdo cautelar dos réus, considerando 0 fato de responderem a outras agdes penais por crimes graves e representar risco concreto para a ordem piiblica, nos termos da decisdo de fls. 38/39. Ocorrendo a preclusao ou desprovido eventual recurso, dé-se vistas as partes para os fins do art, 422 do Cédigo de Processo Penal. CONCEIGAO DA BARRA, 04/12/2018 LUCAS MODENESI VICENTE aplicatvos sje jus.bisistemaspublicos/consuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm 67 orri2023, 23:94 aplicatvos jes jus brisistemaspubicos/eonsulta_12_instanciasver_sentenca_new.efm Juiz de Direito Dispositive () ‘Anke 0 exposto: |) PRONUNCIO os acusados GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA e JOKO PAULO PEREIRA SANTANA, como incursos na pratica do crime descrto no atigo 121, § 2°, incisos IIe TV c/c artigo 14, inciso II, e artigo 288, todos do Cédigo Penal a) aplicatvos sje jus.brisistemaspublicosiconsuta_12_Instanclasiver_sentenca_newcfm 7

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