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PLANO DE COMUNICAÇÃO

LABORATÓRIO DE CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO

“SOMOS CONTRA O BULLYING NO DESPORTO”

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RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

LABORATÓRIO DE CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO

ANO LETIVO 2019/2020

DOCENTE: JOSÉ GUERREIRO

PLANO DE COMUNICAÇÃO

CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL

“SOMOS CONTRA O BULLYING NO DESPORTO”

DISCENTES:

BRUNO DORES Nº 10972

GONÇALO LADEIRA Nº 10980

RAFAEL SILVA Nº 10962

VERA LEITE Nº 11014

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Indice
Investigação ................................................................................................................................... 5
Confederação do Desporto em Portugal ................................................................................... 1
Sobre a confederação do desporto de portugal (CDP): ......................................................... 1
Setor das Associações Desportivas .......................................................................................... 15
Estrutura .............................................................................................................................. 15
Evolução em números ......................................................................................................... 18
Principais entidades ............................................................................................................. 18
Media....................................................................................................................................... 25
Principais meios de comunicação social no setor ................................................................ 25
Principais casos de bullying nos media ................................................................................ 25
Benchmarking .......................................................................................................................... 26
Desporto sem bullying ......................................................................................................... 26
Bullying .................................................................................................................................... 27
Organizações desportivas ........................................................................................................ 28
Análise SWOT .............................................................................................................................. 32
Estratégia ..................................................................................................................................... 34
Problema / oportunidade ........................................................................................................ 34
Meta ........................................................................................................................................ 34
Estratégia: Teoria da Mudança ................................................................................................ 35
Problema ............................................................................................................................. 36
Impacto................................................................................................................................ 37
Estratégia digital ...................................................................................................................... 37
Funil de conversão ............................................................................................................... 38
Conceito .................................................................................................................................. 39
Eixos de comunicação.............................................................................................................. 39
Objetivos específicos ............................................................................................................... 40
Por público............................................................................................................................... 40
Táticas.......................................................................................................................................... 44
Sensibilização - Setembro ........................................................................................................ 44
Congresso do Desporto ....................................................................................................... 44
Vídeo Institucional de Lançamento (Digital) ........................................................................ 44
Apresentação dos Embaixadores (Digital) ........................................................................... 45
Apresentação da Mascote ................................................................................................... 46
Cartazes em Faculdades ...................................................................................................... 46
“Conferência Anti-Bullying” ................................................................................................. 47

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Autonomia e Flexibilidade Curricular (Estudantes) .............................................................. 49
Press kit para Associações de Pais ....................................................................................... 49
Formação - Outubro 2020 - Setembro 2021 ........................................................................... 50
Apadrinhamento de Torneios de Concentração .................................................................. 50
Desporto Escolar - “Rota Anti-Bullying” ............................................................................... 56
Desporto Escolar - Plano de Formação ................................................................................ 57
Manual Anti-Bullying ........................................................................................................... 57
Cartão Branco ...................................................................................................................... 58
Semana Anti-Bullying ........................................................................................................... 59
Curso de “Embaixador do Desporto”................................................................................... 59
Vídeos de Testemunho (Digital) ........................................................................................... 60
Claque do Fair-play .............................................................................................................. 60
Taça do Fair Play da Fadu .................................................................................................... 61
Jogos do Pedagógicos do 1º Ciclo ........................................................................................ 62
Regulamento anti bullying ................................................................................................... 63
Consolidação - Janeiro/fevereiro ............................................................................................. 63
Plataforma Anti-Bullying (Digital)......................................................................................... 64
Gala do Desporto ................................................................................................................. 64
Think Tank Bullying .............................................................................................................. 65
Avaliação...................................................................................................................................... 70

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INVESTIGAÇAO
Confederação do Desporto em Portugal

SOBRE A CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL (CDP):

1. MISSÕES, VALORES E POSICIONAMENTO

A Confederação de Desporto de Portugal consiste numa organização não-governamental, sem


fins lucrativos, reconhecida por ser de utilidade pública, que congrega o movimento desportivo
federado, prestando apoio às federações desportivas associadas e atuando no sentido de
concertar os seus interesses.

Fundada em 26 de janeiro de 1993, a CDP tem como missão intervir na política desportiva
nacional e participar nas orientações estratégicas desportivas em geral, como parceiro social,
junto do Estado, com base na defesa do direito ao desporto como fator essencial de
desenvolvimento integral da pessoa humana.

Representa sempre o conjunto das federações desportivas perante o Estado, a União Europeia e
os organismos congéneres de outros países.

2. HISTÓRIA

Com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo (1/90), em 13 de janeiro de 1990, abriu-
se, em Portugal, uma nova etapa na evolução e desenvolvimento do sistema desportivo.

Com efeito, esta Lei veio revogar expressamente o Decreto N.º. 32.946. E tal circunstância não
pode deixar de ser realçada em todo o seu simbolismo: por um lado, porque desta forma se pôs
um ponto final oficial no velho estado de coisas do corporativismo; por outro, porque, ao fazê-lo,
se demonstrava que o Estado se sentia capaz de propor um novo modelo de relacionamento com
o Movimento Desportivo, modelo esse em tudo diverso do anterior e que colocasse Portugal na
linha do que, nesta matéria, se passa nos outros Estado da Comunidade Europeia.

Com as alterações efectuadas a Lei de Bases do sistema Desportivo, apontou para a substituição
do antigo sistema de relacionamento autoritário por um novo e moderno sistema de

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relacionamento contratual, em suma apontou para o reforço da autonomia do Movimento
Desportivo.

Esta nova etapa da evolução global do sistema passou, no entender das Federações signatárias,
pela criação, estruturação e dinamização, da Confederação do Desporto de Portugal.

Nesta óptica a Confederação é a cúpula natural do Movimento Desportivo de raiz associativa,


revista esta forma, e qualquer que seja o âmbito de actuação em que se insira: desde o desporto
universitário e escolar, até ao desporto para trabalhadores e de recreação; desde o desporto
profissional e de alta competição, até ao desporto não-profissional e de mero lazer; desde as
modalidades com expressão olímpica até às que não gozam de tal privilégio; desde o desporto
para deficientes até ao desporto-aventura.

Isto, por um lado. Mas, por outro, a Confederação visou constituir-se como o natural interlocutor
do Estado nos assuntos que interessam ao desenvolvimento desportivo do País, e como o seu
colaborador institucional no que toca à implementação dos grandes desígnios de uma política
desportiva que dê resposta às necessidades daquele desenvolvimento.

Com a criação e existência da Confederação, ganham as Federações Desportivas e ganha o


Estado.

As Federações, porque nela encontram o meio natural de união e conjugação de esforços; o


Estado porque deixará de ter, no terreno, uma multiplicidade e diversidade de Federações
Desportivas, agindo isoladamente e por vezes com lógicas contraditórias, e passará a ter um
órgão através do qual e por intermédio do qual deverá, privilegiadamente, agir no campo da
política desportiva.

A Confederação criada é, por tudo isto, e necessariamente, um projecto eminentemente privado,


no sentido em que só pode ter origem nos esforços das Federações Desportivas interessadas e
não num acto de criação do poder político. Não há, por definição, confederações públicas, mas
apenas confederações criadas por iniciativa, vontade e dinamismo das Federações Desportivas
nacionais. A Confederação é portanto, por natureza, a “Federação das Federações Nacionais”.

Principais acontecimentos ao longo da história da CDP:

26/01/1993 - Procede-se à eleição e imediato auto de posse da Direção da Aliança do Desporto


Federado, então composta por sete elementos, a saber: Luís Santos (Andebol), presidente;

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Fernando Boquinhas (Atletismo), Vice-Presidente; António Roquette (Vela), Vice-Presidente;
Manuel Pedro dos Santos (Lutas Amadoras), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de
Salão), Secretário-Geral; e Orlando Daniel Neves (Ciclismo), Financeiro.

10/08/1993 - A Aliança do Desporto Federado passa a denominar-se Confederação do Desporto


de Portugal por escritura pública lavrada neste dia, realizando-se logo a tomada de posse da nova
Direcção, constituída da seguinte forma: Luis Santos (Andebol), Presidente; Fernando Boquinhas
(Atletismo), Vice-Presidente; António Roquette (Vela), Vice-Presidente; Manuel Pedro Santos
(Lutas Amadoras), Vice-Presidente; José Augusto Rodrigues (Voleibol), Vice-Presidente; Mário
Alberto Marques Pinto (Golfe), Vice-Presidente; Vítor Manuel Ferreira (Futebol), Vice-Presidente;
Manuel Lima Correia (Futebol de Salão), Secretário-Geral; Manuel Orlando Neves (Ciclismo),
Financeiro

15/06/2003 - Foram publicados em Diário da República – III Série n.º 130 do dia 05 de junho de
2003, os novos estatutos da Confederação do Desporto de Portugal, aprovados em Assembleia-
Geral Extraordinária realizada no dia 17 de julho de 2002.

09/01/2008 - Numa Cerimónia que decorreu em Casal de Paulos, tomou posse a nova direcção
da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Luis Caleia Rodrigues, Vice-
Presidente; Ilídio Trindade, Secretário-geral; Duarte Lopes, Director; Ana Sofia Cabral, Directora;
Nuno Vilarinho, Director; Anabela Reis, Directora.

12/2009 - Foi publicado em Diário da República, II série, o estatuto de Utilidade Pública da


Confederação do Desporto de Portugal.

28/06/2011 - Decorreu na sede da Confederação do Desporto de Portugal, em Algés, a eleição


dos novos órgãos sociais, para o quadriénio 2011/2015, a sufrágio apresentou-se uma única lista
liderada pelo Prof. Carlos Paula Cardoso.

04/07/2011 - Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo
Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direcção da CDP com a seguinte constituição: Carlos
Paula Cardoso, Presidente; Luis Caleia Rodrigues, Vice-Presidente; Ilídio Trindade, Secretário-
geral; Duarte Lopes, Director; José Esteves, Director; Nuno Vilarinho, Director e Anabela Reis,
Directora.

11/2011 - A CDP, no decorrer da 16ª Gala do Desporto, foi agraciada pelo governo com a Medalha
de Bons Serviços Desportivos.

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02/07/2015 - Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo
Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos
Paula Cardoso, Presidente; Ilídio Trindade, Vice-Presidente; Fernando Nogueira, Secretário-geral;
Filipa Godinho, Diretora; Carlos Varinhos Marques, Diretor; Luísa Lino, Diretora e Anabela Reis,
Diretora.

3. STAKEHOLDERS CHAVE

▪ 65 Federações - Cerca de 400.000 filiados

o Federação Andebol de Portugal o Federação Portuguesa de Atletismo

o Federação Portuguesa de Futebol o Federação Portuguesa de


Automobilismo e Karting
o Conf. Portuguesa das
Colectividades de Cultura, Recreio e o Federação Portuguesa de
Desporto Badminton

o Federação Académica de Desporto o Federação Portuguesa de Basebol e


Universitário Softbol

o Federação de Campismo e o Federação Portuguesa de Bilhar


Montanhismo de Portugal
o Federação Portuguesa de Boxe
o Federação dos Arqueiros e
Besteiros de Portugal o Federação Portuguesa de Bridge

o Federação Equestre Portuguesa o Federação Portuguesa de Budo

o Federação Nacional de o Federação Portuguesa de


Motociclismo Canoagem

o Federação Nacional de Karate - o Federação Portuguesa de Ciclismo


Portugal
o Federação Portuguesa de
o Federação Portuguesa de Columbofilia
Actividades Subaquáticas
o Federação Portuguesa de Corfebol
o Federação Portuguesa de
Aeromodelismo o Federação Portuguesa de Cricket

o Federação Portuguesa de o Federação Portuguesa de Damas


Aeronáutica
o Federação Portuguesa de Dança
o Federação Portuguesa de Aikido Desportiva

o Federação Portuguesa de Artes o Federação Portuguesa de Desporto


Marciais Chinesas p/ Deficientes

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o Federação Portuguesa de Esgrima o Federação Portuguesa de Petanca

o Federação Portuguesa de Esqui o Federação Portuguesa de Remo

o Federação Portuguesa de Filatelia o Federação Portuguesa de Rugby

o Federação de Ginástica de Portugal o Federação Portuguesa de Ski


Náutico
o Federação Portuguesa de Golfe
o Federação Portuguesa de Sumo
o Federação Portuguesa de
Halterofilismo o Federação Portuguesa de Surf

o Federação Portuguesa de Hapkido o Federação Portuguesa de Taekwon-


Do
o Federação Portuguesa de Hóquei
o Federação Portuguesa de Ténis
o Federação Portuguesa de
Hovercraft o Federação Portuguesa de Ténis de
Mesa
o Federação Portuguesa de Jet-Ski
o Federação Portuguesa de Tiro
o Federação Portuguesa de Judo
o Federação Portuguesa de Tiro com
o Federação Portuguesa de Arco
Kickboxing
o Federação Portuguesa de Tiro Com
o Federação Portuguesa de Lutas Armas de Caça
Amadoras
o Federação Portuguesa de Todo-o-
o Federação Portuguesa de Minigolfe Terreno Turístico

o Federação Portuguesa de o Federação Portuguesa de Tram. e


Motonáutica Desp. Acrobáticos

o Federação Portuguesa de Mushing o Federação Portuguesa de Vela

o Federação Portuguesa de Natação o Federação Portuguesa de Voleibol

o Federação Portuguesa de o Federação Portuguesa de Voo Livre


Orientação
o Federação Portuguesa de Xadrez
o Federação Portuguesa de
Paraquedismo o Federação Portuguesa Pankration
Athlima
o Federação Portuguesa de
Patinagem o Federação Portuguesa Pesca
Desportiva de Alto Mar
o Federação Portuguesa de Pentatlo
Moderno o Federação Triatlo de Portugal

o Federação Portuguesa de Pesca


Desportiva

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▪ Praticantes Informantes

Os praticantes informantes são todos aqueles que poderão não ser atletas federados, mas
recorrem à Confederação do Desporto de Portugal para recolherem informações relativas às
modalidades que praticam.

▪ Organismos Governativos ligados ao Sistema Desportivo

▪ ONG’S relacionados com atividades desportivas - a IPDJ e Comité


Olímpico Português

▪ Pais e Encarregados de Educação dos atletas

Os pais e encarregados de educação dos atletas são considerados como um dos stakeholders
chave. De acordo com os últimos dados apurados (2017) pelo Instituto Português do Desporto
Jovem (IPDJ) existem 363.877 atletas federados com uma idade inferior aos 18 anos de idade,
neste sentido necessitam que os pais e respetivos encarregados de Educação sejam os seus
principais representantes. Por outro lado, a Confederação do Desporto de Portugal é responsável
pela formação de treinadores e agentes desportivos das mais diversas modalidades desportivas,
sendo que os pais e encarregados de educação dos atletas federados têm um primeiro contacto
com a organização através de treinadores e outros agentes envolvidos na prática desportiva.

▪ Órgãos de Comunicação Social

▪ Instituições do Ensino Básico, Secundário e do Ensino Superior

As instituições do ensino básico, secundário e do ensino superior são fundamentais para o


desenvolvimento da formação escolar dos jovens atletas federados.

Conduto, podem não só desenvolver a formação escolar destes jovens, mas, também podem ter
um papel fundamental no desenvolvimento de projetos de colaboração com objetivo de alcançar
temas fracturantes que coabitam no ensino e no desporto. Como por exemplo a integração
social, bullying e o racismo.

▪ Patrocinadores e Parceiros

Os patrocinadores e as parcerias estabelecidas contribuem para a execução do plano de


formação, tendo sido importantes não só para disponibilizar as instalações para a realização de
formações como para chegar de forma mais direta aos diversos agentes desportivos. Assim
sendo, mantém-se a cooperação já estabelecida, bem como procurar desenvolver novas, para

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suprir as necessidades inerentes à execução da estratégia da Confederação do Desporto de
Portugal.

Neste sentido, estes são os patrocinadores e parceiros que trabalham em cooperação com a
Confederação do Desporto de Portugal:

o Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto – Parceiro oficial;


o Instituto Português do Desporto Juventude – Parceiro oficial;
o Câmara Municipal de Oeiras - Parceiro Oficial;
o European Non-Governmental Sports Organization (ENGSO) - Parceiro Official;
o Lacatoni - Patrocinador Comercial;
o Cerveja Sagres – Patrocinador Comercial;
o Agência de Viagens COSMOS – Patrocinador Comercial;
o Multisert – Patrocinador Comercial;
o Rádio e Televisão de Portugal - Parceiro de comunicação;
o Jornal “Abola” - Parceiro de Comunicação;
o Portal SAPO – Parceiro de comunicação;
o ONG’S relacionadas com atividades desportivas - a IPDJ e Comité Olímpico
Português.

4. PRINCIPAIS PROJETOS:

A Confederação de Desporto de Portugal tem como principais projetos a disponibilização de


serviços às federações, serviços que passam por organizar e dispor seguros e viagens necessárias
para todos os atletas e treinadores filiados. Atualmente, a Confederação de Desporto de Portugal
é um centro de formação de treinadores certificado.

Como principais projectos, têm em prática os seguintes:

▪ Serviços às Federações (Viagens e Seguros)

Ao longo de 2018 manteve-se a parceria com a Agência de Viagens Cosmos que se


consubstanciou particularmente nos serviços prestados à delegação portuguesa participante nos
Jogos Desportivos da CPLP em São Tomé e Príncipe.

Também a missão portuguesa que se deslocou à Holanda, para estar presente no primeiro
Europeu de Desporto para Todos, teve o apoio da Cosmos.

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No que concerne ao serviço de seguros, as filiadas e outros agentes desportivos continuaram a
ter na CDP uma referência de apoio para o aconselhamento e concretização de contratos de
seguro desportivo. Em 2018 mantiveram-se as características do mercado e a tendência dos
últimos anos: ambiente muito competitivo do sector, aumento dos prémios em função da
sinistralidade e especificidades das filiadas a ditarem as suas opções comerciais. Assim, persistiu
a tendência de baixa dos últimos exercícios.

▪ Centro de formação certificada

Confederação do Desporto de Portugal (CDP) apoia a promoção e o desenvolvimento do


desporto e do associativismo desportivo em geral.

Em 2002, a CDP criou um Centro de Formação com o intuito de dinamizar e proporcionar a


realização de programas de formação para os Recursos Humanos que operam no sistema
desportivo, promovendo deste modo a qualificação desses agentes desportivos.

A formação enquadrada pelo Centro de Formação da CDP tem sido uma crescente aposta
enquanto factor determinante para a melhoria das qualificações das Pessoas que atuam no
Sistema Desportivo. Neste sentido, a estratégia do Centro de Formação está orientada para o
desenvolvimento de soluções que permitam valorizar as Pessoas e Entidades onde intervêm.

▪ Gala do Desporto

A Gala do desporto é o evento com maior dimensão realizado pela Confederação do Desporto de
Portugal. A última edição contou com mais de 600 pessoas no evento, mais de meio milhão terão
assistido em diferido às transmissões televisivas, mais de milhão e meio acompanharam a Gala
na Imprensa (desportiva e não desportiva), mais de 500 mil pessoas tiveram acesso a informações
do evento e da votação através da rede social Facebook, tendo-se registado perto de 50 mil
votos.

No Prémio Desportista do Ano a votação do público teve o peso de 60 por cento e a dos presentes
no Casino Estoril de 40 por cento. A votação voltou a contar com a certificação da Multicert, uma
empresa de vanguarda especializada na certificação eletrónica. A validação da votação foi feita
através do e-mail dos votantes. A Confederação voltou a organizar uma ação pública,
denominada “Momento Público”, que marcou o início da contagem decrescente para a 22ª Gala
do Desporto, promovendo o evento e a votação para as cinco categorias do Prémio Desportista
do Ano. A iniciativa, tal como nos últimos anos, decorreu na Praça Central do Centro Colombo e
contou com a presença de cerca de 80 personalidades e de 15 órgãos da comunicação social, dos

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quais quatro eram televisões. “A GALA do DESPORTO” é atualmente uma referência no panorama
desportivo português.

▪ Ciclo de debates

Em 2018 continuaram as Tertúlias da Confederação, uma iniciativa de debate sobre questões de


relevância para o associativismo desportivo, no anterior foram organizadas duas sessões
relacionadas com o “Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados” e outra onde se discutiu o
orçamento de 2019 para o desporto, com a participação do Secretário de Estado do Desporto e
da Juventude, João Paulo Rebelo.

▪ Jogos da CPLP

Os jogos da CPLP são um dos projetos com maior relevo da Conferência do Desporto de Portugal.
Tal como sucedeu nas últimas edições do evento, a CDP aceitou o convite do Governo para
coordenar a Missão Portuguesa que participou nos referidos Jogos. A Confederação esteve ainda
a assessorar a organização local. Nesta edição do evento participaram Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe (país organizador) e Timor-Leste.

A Delegação Portuguesa integrou 73 elementos, incluindo 44 atletas e 29 dirigentes, juízes e


técnicos. Portugal esteve representado em todas as modalidades desportivas em prova:

▪ Atletismo – Feminino e Masculino;

▪ Atletismo PPD – Feminino e Masculino;

▪ Basquetebol 3x3 – Feminino;

▪ Futebol – Masculino;

▪ Taekwondo – Feminino e Masculino;

▪ Voleibol de Praia – Feminino e Masculino.

▪ Jogos Mundiais do desporto para todos.

Os Jogos Mundiais do Desporto para todos tiveram como propósito a apresentação e


dinamização das atividades que cada país se propôs promover junto da comunidade organizadora
local, bem como a interação e partilha de conhecimento e experiências entre os vários países
presentes. Participaram 20 países europeus (Bélgica, Reino Unido, Grécia, Finlândia, Irlanda,
Roménia, Rússia, Dinamarca, Alemanha, Portugal, França, Espanha, Hungria, Eslováquia, Sérvia,
Holanda, Escócia, Suíça, Itália, Polónia) e o Japão, representando 50 jogos tradicionais, num total
de 200 participantes.

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5. COMUNICAÇÃO

A comunicação adotada pela Confederação do Desporto de Portugal está associada à


comunicação institucional. Os principais meios utilizados são o site institucional “ww.cdp.pt” que
é uma porta de entrada para todos os filiados e, atualmente, encontra-se desatualizado. Outros
meios digitais utilizados pela CDP para realizar a sua comunicação são o Facebook, Youtube e
Instagram, por outro lado, a rede social Twitter não é utilizada por opção própria.

Existe uma forte aposta na newsletter mensal e na revista da CDP (Edição mensal e impressa)
com o nome “Confederação”, onde são apresentados vários artigos e notícias relacionados com
as modalidades, atletas e treinadores filiados.

É necessário relembrar que a CDP estabelece parcerias de comunicação com o Portal Sapo, o
jornal “Abola” e com Rádio e Televisão de Portugal (RTP). Estes dois parceiros são relevantes para
o desenho e a implementação estratégia de comunicação desenvolvida pela Confederação.

Outros trabalhos relacionados com a comunicação que foram desenvolvidos pela equipa da
Confederação do Desporto de Portugal:

o A organização do Momento Público de apresentação das 22ª e 23ª Galas do Desporto;


o O apoio à organização das 22ª e 23ª Galas do Desporto;
o A promoção das atividades da CDP (campanha de promoção utilizando os veículos de
comunicação da CDP);
o A assessoria prestada a diversas federações;
o O estabelecimento dos contactos com organizações desportivas e não desportivas,
procurando estreitar relações de cooperação nas diversas áreas de desenvolvimento da
CDP;
o O apoio a eventos promovidos pelas federações associadas (divulgação, assessoria,
consultorias, ou/e fornecimento de material de representação);
o O estabelecimento de parcerias com organizações relacionadas com o fenómeno
desportivo, com o intuito de promover a CDP e as Federações Desportivas.

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▪ Site institucional - “www.cdp.pt”

O site institucional é a principal porta de acesso para quem procura informação sobre a
Confederação do Desporto em Portugal. Neste sentido, continuou-se assim ao serviço da
divulgação das iniciativas e posições da CDP, bem como divulgou os acontecimentos mais
significativos das várias Federações, atletas e restantes filiados. Foi também dado particular
destaque às ações de formação da responsabilidade da Confederação.

▪ Redes Sociais (Facebook, Youtube e Instagram)

O Facebook da CDP, atualmente, regista 10 308 utilizadores que fizeram like e 10 643 utilizadores
que seguem a página. Neste sentido, a CDP pública na sua página vários posts semanalmente,
estes têm um cariz de divulgação de informação sobre as federações e respectivos filiados, por
outro lado, também, são publicadas várias celebrações de efemeridades. (Por exemplo: o Dia da
Mulher, onde são publicadas fotos das atletas filiadas com frases inspiradoras). Teve como
avaliação 3,5 estrelas numa escala de 1 a 5, onde avaliaram apenas 36 utilizadores

O Instagram da CDP regista apenas 326 seguidores, as suas publicações são semanais e vão de
encontro ao que é publicado no Facebook. Porém, o engagement que esta página apresenta
continua a ser baixo em relação ao Facebook. No que diz respeito ao Youtube da CDP apresenta
um engagement bastante fraco, apenas obteve um subscritor e fez 3 publicações ao longo do
decorrente ano, sendo que a maioria dos vídeos publicados estão relacionados com a Gala do
Desporto.

▪ Revista da CDP “Confederação”

Este instrumento de comunicação da Confederação terá uma periodicidade mensal, e em cada


número abordará temas de interesse para o movimento associativo, através de entrevistas,
reportagens, artigos de opinião e notícias. A primeira edição teve tiragem no ano de 2015.

▪ Newsletter da CDP (CDP News)

A Confederação do Desporto de Portugal lançou em outubro de 2015 o primeiro número da sua


“newsletter”, atualmente só distribuída no formato digital. Dar a conhecer a atividade interna e
externa da CDP e acontecimentos importantes para vida desportiva e federativa são propósitos
que estão na base deste meio de comunicação. A CDP News tem uma publicação mensal.

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▪ Confederação do Desporto de Portugal TV (CDP TV)

Foi dada continuidade ao projeto de comunicação da CDP desenvolvido na plataforma MEO com
a colaboração das Filiadas.

Desde 2014 associaram-se ao projeto perto de três dezenas de Associadas correspondendo ao


apelo da Confederação. Ao todo foram disponibilizadas mais de sete mil horas de conteúdos da
Confederação, das Filiadas e de outras entidades que colaboram com a CDP. A programação da
CDP TV tem sido destacada por diversas ocasiões pela equipa do MEO Kanal. Ainda que 2018 foi
um ano de contenção relativamente aos custos com o canal. O acesso à CDP TV faz-se através do
MEO Kanal, com o código de 612280.

6. RESULTADOS DA CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL

Os resultados apresentados pela Confederação do Desporto em Portugal durante o ano de 2018,


data do último relatório e contas disponível, demonstram uma contínua aposta no rigor e na
contenção. Por um lado, é necessário destacar que os custos com o pessoal se mantiveram iguais
em relação ao ano de 2017, mas, por outro lado, temos que afirmar que houve um aumento
significativo das receitas. Porém, no que concerne às receitas, uma grande parte foi destinada
para os projetos desenvolvidos pela CDP, nomeadamente os “Jogos Desportivos da CPLP”.

A evolução positiva da situação financeira da CDP deve-se a um conjunto de fatores, entre os


quais, a subida dos apoios públicos e o aumento da sponsorização por parte de parceiros
privados. No entanto, estes fatores anteriormente mencionados acabaram por compensar o
perdão de dívida às federações, atualmente extintas, que eram as principais credoras da CDP.

O resultado apurado no exercício de 2018, no valor de quatro mil quinhentos e setenta e oito
euros e trinta e três cêntimos (4578,33), será levado à conta de resultados transitados.

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7. Clipping

▪ A BOLA - 19/03/2020

“Devido à pandemia de Covid-19, grande parte das atividades desportivas encontram-se


suspensas. De forma a atenuar as dificuldades sentidas pelas várias Federações, a Confederação
do Desporto de Portugal (CDP) e o Governo desenharam um conjunto medidas.”

▪ SAPO Desporto - 20/12/2019

“A Confederação do Desporto de Portugal (CDP) lamentou hoje o facto de o desporto “continuar


a não ter a devida valorização política”, referindo-se aos valores previstos no Orçamento do
Estado para 2020, que espera ver corrigidos na especialidade.

“As verbas inseridas no Orçamento do Estado não são maiores do que as anteriores e as
federações desportivas têm tido dificuldades. Nos anos da ‘troika’, muitas federações, sobretudo
as maiores, perderam grande parte do financiamento que tinham e esses valores ainda estão
muito longe do que tinham para o desenvolvimento desportivo dessas modalidades em 2010 e
2011”, lamentou Carlos Paula Cardoso.

Em declarações à Lusa, o presidente da CDP refere-se à manutenção do montante previsto para


o setor em 2020.

“As federações estão numa fase em que querem crescer, desenvolver planos, ações de formação
e encontram dificuldades. Não têm verbas suficientes para poderem dar azo ao seu trabalho”,
completou.

O dirigente, que admitiu ter recebido um ‘feedback’ de “descontentamento” de várias


modalidades, disse acreditar, ainda assim, no reforço dos montantes durante a discussão na
especialidade.

“O orçamento está em fase embrionária, na generalidade, e depois vem a votação na


especialidade. A nossa sensibilidade é que possa ser possível provocar algum acréscimo que
venha ao O dirigente entende ainda a CDP é o interlocutor privilegiado entre as federações e a
tutela, uma vez que estas são suas associadas – “tirando casos excecionais, as olímpicas e não
olímpicas” – e o organismo se assume como a “casa” das mesmas e o lugar “onde as coisas devem
ser discutidas”.

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De acordo com o Orçamento do Estado para 2020, o Governo pretende aperfeiçoar os programas
de preparação olímpica e paralímpica e o combate ao racismo e violência no desporto, assim
como à dopagem e à manipulação de resultados, de forma a afirmar Portugal no contexto
desportivo internacional.”

▪ SAPO Desporto - 03/07/2019

O novo presidente dos órgãos sociais da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), Carlos
Paula Cardoso, revelou hoje que a formação e a relação com as federações são alguns dos
objetivos primordiais para o quadriénio 2019-2023.

Os novos órgãos dirigentes da CDP tomaram posse hoje na Tribuna de Honra do Estádio Nacional
do Jamor, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João
Paulo Rebelo, e Carlos Paula Cardoso enunciou alguns dos desafios da sua direção, além da co-
organização dos Jogos da CPLP em Timor, no próximo ano, e os Jogos Mundiais de Desporto para
Todos Lisboa 2020, que vão decorrer em Portugal.

"Queremos melhorar a área da formação e a relação com as Federações. Neste momento, temos
na direção da Confederação quatro presidentes de federações e dois ex-presidentes, por isso é
uma aproximação que temos de trabalhar em conjunto. Há ainda cada vez mais necessidade de
aproveitar melhor os fundos europeus, sair mais do âmbito das fronteiras nacionais, não só
canalizando as verbas para o desporto de elite, mas para a formação e para o desporto para
todos, aumentando assim a pirâmide desportiva", explicou Cardoso, de 71 anos, que assume
funções na presidência da CDP desde 2003.

Além de frisar a importância de "juntar todas as federações, uma coesão necessária no


movimento do associativismo em Portugal", Carlos Paula Cardoso defende que "a Confederação
é necessária, na medida em que todas as instituições federativas têm igual peso e iguais
oportunidades".

O dirigente reconhece, ainda assim, que "há quem queira acabar com a Confederação", à
semelhança do sucedido em outros países, como Alemanha e Holanda, apontou a título de
exemplo, em que "houve uma fusão entre o Comité Olímpico e a Confederação".

14
▪ EQUISPORT - 03/12/2019

“EQA 24.ª Gala do Desporto, que vai decorrer no próximo dia 29 de janeiro de 2020, no Salão
Preto e Prata do Casino Estoril, terá como tema “Mais Saúde Mais Desporto”, pretendendo a
Confederação do Desporto de Portugal chamar a atenção para a crescente importância da prática
desportiva para uma sociedade mais saudável, num mundo cada vez mais sedentário.”

Setor das Associações Desportivas


ESTRUTURA

O desporto é hoje um sector em crescimento acelerado, com um impacto económico relevante


no espaço europeu e uma representação nas economias nacionais comparável ao conjunto do
sector da agricultura, floresta e pescas, representando mais de 2% do PIB global da União
Europeia (UE) e 3,5% do total de emprego na UE, com uma forte incorporação de tecnologia,
inovação e desenvolvimento, e um ritmo de crescimento consideravelmente superior à média da
economia europeia.

Verifica-se, não só no plano económico, mas também no plano político e social, inúmeras
fragilidades que comprometem tirar o melhor partido de um mercado cujas potencialidades são
universalmente reconhecidas e inscritas nos mais diversos documentos de referência como
fatores críticos de desenvolvimento, nomeadamente no quadro da Agenda 2030 e dos seus
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Portugal é hoje um país exportador de talentos e conhecimento técnico em diversas modalidades


desportivas, com protagonistas internacionalmente reconhecidos neste mercado global,
reunindo no seu território condições únicas no turismo desportivo, apreciadas, reconhecidas e
valorizadas por atletas e equipas de referência mundial que aqui preparam a sua participação nas
mais importantes competições internacionais.

Também por isso, o desporto representa um investimento de baixo custo e elevado impacto na
internacionalização da nossa economia, na afirmação da imagem externa do país e na difusão da
cultura lusófona, que invariavelmente recorrem aos seus protagonistas para efeitos
promocionais.

Os modelos organizativos do desporto são uma área de interesse que perpassa pelas
preocupações de todos os que se interessam pela eficácia das políticas públicas, nomeadamente

15
o papel do estado e das organizações desportivas (OD"s): centrais (federações); territoriais
(associações) e locais (clubes), e o seu papel no rendimento desportivo e à prática num modelo
devidamente estruturado.

A falta da regulação sistémica origina dificuldades ao funcionamento do próprio sistema


desportivo, além dos problemas de financiamento, quer pelo desajuste do próprio modelo quer,
ainda, pela desregulação que gera no próprio setor: isto é, podem duas ou mais OD"s estar a
receber financiamento para idênticas funções delegadas sem critério que as discrimine?

Há que aumentar a capacidade de dar resposta às necessidades nacionais e competir à escala


internacional, valorizando a função institucional, de coesão territorial, e o esforço de integração
de instituições num programa plurianual de estratégia organizativa. Estes devem ser os termos
em que se deve pensar o desenvolvimento desportivo: deixar de haver um centro único e tudo
passar a funcionar em rede e de forma sistemática.

Em Portugal, como no velho continente, o sistema desportivo organiza-se na dependência do


estado central (ministério e/ou secretaria de estado) em ligação com as OD"s com utilidade
pública desportiva (UPD), comités olímpicos/paralímpicos; confederações/fundação do desporto,
federações desportivas, com uma cobertura territorial continental e insular via associações
territoriais (regionais ou distritais) e os clubes, células básicas e fundamental do desenvolvimento
desportivo.

A proliferação de organizações fe(a)z com que se assista na atualidade a uma dispersão de


organismos reguladores da atividade desportiva e a quase total falta de coordenação entre os
poderes centrais, autárquicos e delegados (OD"s), com efeitos devastadores na capacidade de se
convergir num processo de pensamento e ação estratégicos de desenvolvimento integrado e
complementar.

Este problema é potenciado porque, para além desta dispersão, não existe um real conhecimento
das funções e atribuições das OD"s, especialmente as delegadas e financiadas pelo estado, o que
obstaculiza o aproveitamento de uma política real de partilha de recursos a implementar, numa
estratégia integrada de intervenção.

Registadas no IPDJ, só para efeitos de financiamento, para além da estrutura governamental de


suporte à regulação nacional do desporto (secretaria de estado da juventude e desporto, SEJD, e
instituto Português do desporto e juventude, IPDJ, existem 73 organizações desportivas com

16
competências delegadas (2 comités; 3 confederações, 65 Federações desportivas com UPD e 3
fundações).

Numa simples comparação, verificamos que no comité olímpico nacional Italiano, CONI, entidade
máxima do desporto em Itália, são só reconhecidas 45 federações desportivas nacionais e 16
disciplinas desportivas, com um orçamento de 440.000.000 euros por ano, financiado pelo
governo italiano (9 vezes mais o orçamento do desporto nacional).

Ora o sistema desportivo não foge à regra, sendo um dos sistemas afetados pela complexidade
burocrática dos processos de programação, atividade e controlo na sua relação com a
administração pública desportiva, que se traduz na inexistência:

1. De mecanismos de financiamento e controlo de resultados plurianuais devidamente


avaliados, monitorados e valorizados;

2. De processos simplificados de candidatura ao financiamento, especialmente nas OD"s


dotadas de UPD;

3. De um modelo de financiamento mais justo, equitativo e centrado na procura, em vez


do atual baseado, unicamente, na oferta e no histórico institucional. Esta simples
alteração obrigaria a definir áreas estratégicas por OD, setor de atividade e região, no
País.

Existe ainda um desconhecimento institucional aprofundado entre as diferentes OD"s em


Portugal que possibilite uma eficaz e necessária interação face ao diagnóstico de posicionamento
institucional, com possibilidade de existirem projetos partilhados, potenciando o relacionamento
devido para a construção de uma massa crítica eficaz.

Em suma e numa análise global, o modelo organizativo do desporto nacional, não tendo uma
estrutura complexa, possui uma complexificação desnecessária que decorre quer da natureza
quer das competências, ou falta delas, destas organizações, das pessoas que as lideram ou, ainda,
dos recursos humanos que possuem.

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EVOLUÇÃO EM NÚMEROS

Relativamente à evolução do sector do desporto face a números, segundo dados da PORDATA,


que nos dá valores referentes aos anos desde 1996 até 2017, podemos concluir que o valor de
financiamento público ao longo dos anos teve uma enorme variação, de grande altos e baixos,
sendo que começou em 1996 com uma atribuição de 28.136.112€, num valor total, sendo que a
modalidade com o maior financiamento foi o Atletismo com 2.802.745€.

Os valores foram subindo e descendo, entre os 30.000.000€ e os 45.945.958€ no decorrer dos


anos, sendo que o valor mais alto foi atingido no ano 2009. Face ao ano de 2017, último ano da
tabela, atualizada, conta com um financiamento público de 36.594.216€, sendo a modalidade de
maior financiamento o Comité Olímpico Português, com 3.607.000€, seguido pelo Futebol, com
3.310.103€.

Face aos praticantes desportivos federados, seguindo os mesmo dados e datas, no ano de 1996
havia um total de 265.588 federados, sendo que o maior número pertencia ao Basquetebol com
18.050 federados. O número de federados foi sempre aumentando de ano para ano, chegando
ao ano de 2017 que atinge o maior número de federados, 624.001, sendo que a modalidade que
atinge o maior número é o Futebol com 176.349 federados.

PRINCIPAIS ENTIDADES

▪ SECRETARIA DE ESTADO DA JUVENTUDE E DO DESPORTO

Presidida por João Paulo Rebelo, a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto encontra-se
dentro do Ministério da Educação. É neste órgão de governo que são desenhadas as estratégias
para o Desporto, sendo também um dos maiores investidores em atividades desportivas e
infraestruturas. Para além disso, a Secretaria de Estado disponibiliza o Sistema Nacional de
Informação Desportiva, uma plataforma direcionada a praticantes de desporto que queiram
encontrar instalações desportivas da sua modalidade, a entidades que se queiram registrar como
de interesses desportivo ou como mecenas, e a investigadores, que têm acesso a bases de dados
relativamente às entidades e praticantes registrados.

▪ INSTITUTO PORTUGUÊS DO DESPORTO E JUVENTUDE

A IPDJ é uma associação focada, como o nome indica, em promover o desporto e em apoiar a
juventude e a cidadania. Para isto, atua em colaboração com órgãos públicos e privados de cariz

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desportivo, de formação e de voluntariado, como associações juvenis, estudantis de autarquias
locais.

Em termos estratégicos, a IPDJ tem um grande foco no desenvolvimento e apoio a campanhas


contra problemáticas sociais, como é o caso do combate às Fake News e ao discurso de ódio e
promoção de um estilo de vida ativo e saudável.

Associadas a esta, existem várias iniciativas:

1) Plano Nacional de Ética no Desporto

Visa promover os valores éticos na prática desportiva através de campanhas que procuram
colocar estas temáticas na agenda mediática, formações aos vários agentes desportivos e ações
de sensibilização. Disponibiliza ainda um Código de Ética cujo cumprimento pode ser certificado
nas organizações com uma “Bandeira Da Ética”.

2) Pro Desporto

É uma plataforma online de gestão de processos de Certificação de agentes e entidades


desportivas (p.e. Título de Diretor Técnico, Título de Treinador, Certificação de Entidade
Formadora, etc.)

3) Autoridade Antidopagem

É a organização nacional de referência no controlo da dopagem no desporto. Através da Estrutura


de Suporte Ao Programa Antidopagem (ESPAD) implementa o Programa Nacional Antidopagem
que, para além de controlos de doping, realiza ações de informação e educação relativos ao tema.

▪ COMITÊ OLÍMPICO DE PORTUGAL E COMITÊ PARALÍMPICO DE


PORTUGAL

O Comitê Olímpico de Portugal é a organização responsável pela participação de Portugal nos


jogos Olímpicos. Encarregue da preparação dos atletas para a competição e dos detalhes de
organização e logística para a mesma.

Defende os valores presentes na Carta Olímpica. Atualmente encontram-se a desenvolver uma


campanha de promoção do desporto como forma de integração social de migrantes e refugiados
– o projeto “Viver o Desporto”. Para além desta, encontra-se também a promover o projeto “Pelo
Respeito” cuja temática é a luta à manipulação de competições.

19
Da mesma forma, temos o Comitê Paralímpico de Portugal. Funciona da mesma forma que o
congénere, ainda que faça a representação dos atletas paralímpicos nas competições em que
participam. As temáticas abordadas por este Comitê são da integração de pessoas com
deficiência através da prática desportiva

Integrada no Comitê temos a Academia Olímpica de Portugal, cujas funções passam pela
formação na área do movimento olímpico, ao conectá-lo à realidade escolar e aos jovens através
de programas escola.

Importante ainda referir a Comissão de Atletas Olímpicos, organização com a missão de


representar os atletas olímpicos, defendendo os seus direitos e interesses.

▪ FUNDAÇÃO DESPORTO

Fundada em parceria pela Confederação do Desporto de Portugal, pelo Comitê Olímpico de


Portugal entre outros membros (EDP, RTP – Rádio e Televisão de Portugal, Lactogal, Finibanco
(Montepio), McCann Erickson Portugal e Câmara Municipal da Maia), integra já vários parceiros.

O seu objetivo passa por apoiar o desenvolvimento do desporto nacional, em particular no


domínio do alto rendimento. Para isto financia a construção de CAR’s – Centros de Alto
Rendimento, onde atletas de equipas e seleções nacionais e internacionais.

Para além disto disponibiliza o seu apoio a atletas nacionais e dinamiza eventos nacionais e
internacionais, bem como a realização de seminários e conferências, bem como outras ações de
dinamização do desporto em Portugal.

Em termos internacionais, a União Europeia tem uma forte influência na política de desporto a
nível nacional.

A Comissão Europeia possui uma vasta responsabilidade em termos da legislação de apoio ao


desporto, na implementação de iniciativas e eventos desportivos e no financiamento de projetos
do setor. É ela que serve de base para aquilo que posteriormente é a evolução do movimento
desportivo nacional.

Em termos associativos é importante referir a European Sports NGO – a principal porta-voz das
organizações desportivas europeias que defendem o papel do desporto na sociedade. Esta
procura unir os seus interesses, partilhando conhecimento e influenciando a agenda política face
ao desporto.

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▪ Instituto Nacional para a Reabilitação (INR)

O Instituto Nacional para a Reabilitação é um Instituto Público que se rege a partir do Ministério
do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Tem como missão assegurar o planeamento,
execução e coordenação das políticas nacionais destinadas a promover os direitos das pessoas
com deficiência. Pretendem construir uma sociedade que olha para o cidadão pela diferença,
potenciando as suas capacidades e a sua autonomia. Assim, pretende reformular as suas
iniciativas e actividades, tornando-as mais inovadoras e atuais, no sentido da concretização da
sua visão "Uma Pessoa um Cidadão". Por esse fim, procura atingir os seguintes valores: respeito,
integração, parcerias, credibilidade e compromisso, garantindo assim qualidade e igualdade de
oportunidades para todos.

▪ Autoridade Antidopagem de Portugal (ADOP)

A Autoridade Antidopagem de Portugal é uma organização nacional de antidopagem que se


dedica ao controlo e à luta contra a dopagem no desporto. É a entidade responsável pela adoção
de regras com o objetivo de desencadear, implementar ou aplicar qualquer fase do procedimento
de controlo de dopagem. Exerce as suas competências no território nacional e, sempre que
solicitada pelas federações internacionais atua também no estrangeiro.

▪ Autoridade para Prevenção e o Combate à Violência no Desporto


(APCVD)

A Autoridade para Prevenção e o Combate à Violência no Desporto tem como missão a prevenção
e fiscalização do cumprimento do regime jurídico da segurança e combate ao racismo, à
xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos, com o fim de possibilitar a realização dos
mesmos em segurança de acordo com os princípios éticos inerentes à sua prática. Tem como
referência os princípios da universalidade, da igualdade e da ética desportiva, bem como os
princípios éticos da administração pública, assume assim os seguintes valores: responsabilidade,
compromisso, imparcialidade, credibilidade e integridade.

▪ Comité Olímpico Português

O Comité Olímpico de Portugal é uma associação civil, sem fins lucrativos, com personalidade
jurídica e natureza desportiva, constituída de harmonia com as normas estabelecidas pelo Comité
Olímpico Internacional.

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Tem por missão desenvolver, promover e proteger o Movimento Olímpico em Portugal, em
conformidade com a Carta Olímpica, sendo parte constitutiva do Movimento Olímpico e
reconhecido pelo Comité Olímpico Internacional.

No exercício dessa missão o Comité Olímpico de Portugal tem por função essencial promover os
princípios e valores fundamentais do Olimpismo, em particular nos domínios do desporto e da
educação, garantindo a observância da Carta Olímpica.

o Galas;
o Prémios;
o Jogos: Jogos Olímpicos, Jo Juventude, Jogos Europeus, Jogos Mundiais de Praia.

▪ Faculdade de Motricidade Humana

Estudo nacional diz que no desporto praticado pelos jovens, existem 10% de vítimas de bullying,
11, 2% de agressores e ainda 35% que assiste ao que se passa, sem nada fazer.
"Uma das principais consequências do bullying nas modalidades desportivas é o abandono da
prática, sem se assumir qual a causa" - Carlos Neto

Um em cada dez jovens já foi vítima de bullying na formação desportiva, sendo a forma verbal o
tipo frequente. Esta exposição tem consequências graves que podem resultar em casos de
abandono precoce das actividades. Estas são algumas das principais conclusões de um estudo
sobre bullying no desporto realizado por investigadores da Faculdade de Motricidade Humana.

Estes valores, alertam os autores, podem estar "camuflados pela mentalidade de dureza
desportiva", que "associa a imagem do atleta ao estereótipo sexual masculino e ao corpo ideal
de forma exacerbada". "A cultura de treino extremamente rígida e severa de algumas
modalidades "faz com que o bullying, inclusive do treinador, seja visto como "parte integrante do
desporto".

▪ Fundação do Desporto

A Fundação do Desporto tem por objeto social apoiar o fomento e o desenvolvimento do


desporto português, nomeadamente, no domínio do alto rendimento. Este compromisso prende-
se com o patrocínio de atletas, eventos nacionais e internacionais, a realização de seminários e
conferências, entre outras ações de promoção e divulgação. Neste sentido, é fundamental captar
financiamento, suplementar ao outorgado pelo Estado, junto do tecido empresarial.

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Quanto à cooperação externa cabe à Fundação e ao Instituto Português do Desporto e Juventude
promover e operacionalizar protocolos bilaterais. Assim, têm-se desenvolvido diversas
articulações com países como a Suécia, Espanha, França, Austrália, Moçambique e,
recentemente, África do Sul.

Adicionalmente, a Fundação do Desporto coordena a gestão da Rede Nacional de Centros de Alto


Rendimento e assume, ainda, a promoção internacional do desporto português, a partir de
medidas de incentivo do Portugal 2020, POCI, Compete e SAMA para que equipas, selecções e
praticantes de desporto de alto rendimento, nacionais e internacionais, possam estagiar e
preparar grandes competições nestas infraestruturas.

▪ Instituto Português do Desporto e Juventude

O IPDJ, I. P., tem por missão a execução de uma política integrada e descentralizada para as áreas
do desporto e da juventude, em estreita colaboração com entes públicos e privados,
designadamente com organismos desportivos, associações juvenis, estudantis e autarquias
locais.

O IPDJ, I. P., intervém na definição, execução e avaliação da política pública do desporto,


promovendo a generalização do desporto, bem como o apoio à prática desportiva regular e de
alto rendimento, através da disponibilização de meios técnicos, humanos e financeiros. A
preservação da ética no desporto é ainda um dos escopos essenciais do IPDJ, I. P.

De igual modo, o IPDJ, I. P., visa dinamizar o apoio ao associativismo, ao voluntariado e promoção
da cidadania, à ocupação de tempos livres, à educação não formal, à informação e à mobilidade
geográfica dos jovens em Portugal e no estrangeiro. Propõe-se, ainda, revitalizar o turismo jovem,
em particular no que respeita à rede de pousadas da juventude e ao Cartão Jovem, de modo a
incrementar a mobilidade, com ganhos de eficiência e economia.

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Outras Entidades importantes para o projeto

▪ CNID - a Associação dos Jornalistas de Desporto encontra-se associada ao Plano Nacional


de Ética no Desporto. Dessa forma demonstra interesse sobre as problemáticas sociais
associadas ao desporto, podendo ser uma porta de entrada para a agenda mediática dos
meios de comunicação social.
▪ Desporto Escolar - é o órgão responsável por gerir a prática desportiva em todas as etapas
do sistema educativo. Reúne várias modalidades práticadas em diversas escolas e pode
ser a ponte com os jovens praticantes de desporto.
▪ FADU - a Federação Académica do Desporto Universitário, organiza, como o nome indica,
o desporto a nível universitário, em variadas modalidades. Tal como o Desporto Escolar,
pode servir de conexão aos jovens praticantes de desporto.
▪ CONFAP - A Confederação Nacional das Associações de Pais tem parcerias com diversos
movimentos de apoio aos jovens. Assim são uma força essencial a quem o movimento
contra o bullying diz muito.
▪ Treinadores Portugal - é a Confederação das associações de treinadores. Os treinadores
são os principais formadores dos comportamentos éticos dos atletas, por isso são um
público chave, e esta associação pode servir de porta de entrada.
▪ FMH - a Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa, é uma das
referências na área da Educação Física e Desporto. É também uma das maiores
defensoras da ética no desporto, realizando vários estudos sobre a temática e possuindo
um projeto próprio em parceria com a IPDJ, o “Desporto Sem Bullying”.
▪ CPCCRD - a Confederação das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto reúne um
enorme número de associações por todo o país, de diversas dimensões e de grande
impacto social. Esta influência deve ser capitalizada, também devido ao interesse da
Confederação nas problemáticas no desporto.
▪ Associação Jorge Pina - é uma instituição que promove o Desporto como forma de
alcançar a igualdade.
▪ No bully Portugal - é uma associação dedicada a estabelecer parcerias com as escolas por
forma de resolver questões de bullying.
▪ Zero em COMPORTAMENTO - associação cultural que promove o cinema como forma de
educação dos mais jovens.

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MEDIA
PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NO SETOR
O desporto em si tem um vasto conteúdo mediático que orienta modelos de negócio e atrai
patrocinadores, anunciantes e assinantes para uma variedade de plataformas, hoje em dia, em
grande parte digitais.
A Bola – Jornal Desportivo português, fundado a 29 de janeiro de 1945, de âmbito nacional e com
periodicidade diária. Toda a informação desportiva que detém é focada em noticias futebolísticas
mas também aborda conteúdos de diversas modalidades desportivas.
O Jogo – Jornal Desportivo português, fundado a 22 de fevereiro de 1985, de publicação diária
em Portugal. Tem duas edições, uma a norte e outra a sul, publicando os principais
acontecimentos desportivos, com especial atenção à Primeira Liga e às principais ligas
desportivas internacionais, tanto de futebol como de outros desportos.
Record - Jornal Desportivo português, fundado a 26 de novembro de 1949, com distribuição
diária em Portugal. Tem sede em Lisboa e uma delegação no Porto. Tem conteúdos de multimédia
sobre futebol e todas as modalidades desportivas. Contém notícias, reportagens, entrevistas e
artigos desportivos.

PRINCIPAIS CASOS DE BULLYING NOS MEDIA

No último ano, os principais meios de comunicação social do setor relataram alguns casos de
bullying no desporto, apresentamos os principais:

▪ Foram notícia dois casos de abuso a jogadores jovens na Inglaterra. O primeiro, nas camadas
jovens do Aston Villa, fruto da pressão do seu treinador, levou a que o jogador tivesse
contemplado o suicídio. O segundo caso sucedeu em pleno jogo, quando um jogador mais
velho teve comportamentos abusivos face a um jogador mais novo.
▪ Uma atleta escocesa foi alvo de críticas nas redes sociais, devido à sua estrutura física. Numa
fotografia postada por uma marca que a patrocina, foram múltiplos os comentários com a
opinião de que era “demasiado magra”.
▪ As jogadoras de futebol da seleção norte-americana foram notícia por se colocarem contra a
própria federação, protestando contra a diferença de salários face aos dos jogadores
masculinos.
▪ Existe também espaço para casos algo paradoxais: um jogador foi alvo de racismo após acto
de fair-play. Ao auxiliar o árbitro numa decisão situação que o prejudicava, os adeptos da sua
própria equipa proferiram insultos racistas.

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▪ Muito mediático foi também o caso de Mario Balotelli, jogador italiano que foi também alvo
de insultos racistas com grande repercussão nas agendas mediáticas em todo o mundo.
▪ Insultos no futebol não se limitam ao racismo - um jogador ucraniano que atua em Espanha
foi alvo de insultos xenófobos durante um jogo. O grupo de adeptos proferiram a palavra
“Nazi”, referindo-se ao jogador.
▪ Um adepto de apenas 13 ano acabou expulso do estádio do Tottenham, em Inglaterra, após
um gesto insultuoso e racista direcionado ao jogador coreano Son Heung-Min.
▪ Com grande repercussão mediática em Portugal, um jovem basquetebolista de origem
paquistanesa foi proibido de jogar com um equipamento que cobrisse as pernas e os braços,
como impõe a sua religião. Mais tarde, a situação resolveu-se sem mais problemas desde
então.
▪ Houve também casos de bullying a árbitros. Artur Soares Dias diz ter sido alvo de agressões
pelo presidente de uma das equipas do jogo que abritrava.
▪ O caso de maior destaque foi claramente o de Marega, jogador que, durante um jogo, após
ter sido insultado inúmeras vezes de forma racista, decide abandonar o campo. Esta ação de
protesto levaria a que o tópico “racismo” fosse dissecado pelas principais organizações e
meios de comunicação do setor, tornando-se num assunto de imensa repercussão.

BENCHMARKING
Desporto sem bullying

Como referência para a campanha, falamos do projeto Desporto Sem Bullying, promovido pela
IPDJ em parceria com a Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.

O projeto surge de uma investigação desenvolvida a nível nacional onde 10,01% dos jovens
atletas inquiridos refere já ter sido vítima de bullying, 11,25% tendo participado no bullying na
qualidade de agressor e 34,64% como observador.

O Desporto sem bullying direciona-se a estes, bem como a pais e familiares, e treinadores e
equipa técnica - todos aqueles que podem ajudar a inverter o rumo dos resultados obtidos.

Para além de um site bem estruturado onde disponibiliza informação útil aos públicos acima
referidos, a campanha da IPDJ e FMH integra ações de sensibilização para os atletas de escalões
de formação desportiva, e correspondentes formadores, sobre o bullying e ainda apoio
em consultoria e investigação a projetos piloto relacionados com a temática.

26
Este projeto tem até notoriedade no meio desportivo ao contar com vários embaixadores de
referência no contexto das modalidades e académico e até da esfera pública. Para além disso,
apoia-se em vários parceiros institucionais, como organizações do setor desportivo (p.e. Plano
Nacional de Ética no Desporto, Comitê Olímpico, Paralímpico e até a própria Confederação do
Desporto de Portugal) e associações ligadas à temática bullying (p.e. Instituto de Apoio à Criança,
APAV e NoBully Portugal), entre outras.

Bullying
▪ O QUE PODEMOS CONSIDERAR COMO BULLYING?

O bullying pode ser definido como “Um aluno é vítima de bullying quando ele ou ela são expostos,
repetidamente e ao longo de um determinado período de tempo, a atos negativos por parte de
um ou mais estudantes.” Essas ações são normalmente repetidas e podem ser praticadas a nível
físico, verbal, psicológico ou mesmo sexual.

A maioria dos estudos nacionais relacionados com o fenómeno revelam que aproximadamente 1
em cada 5 estudantes estão diretamente envolvidos em comportamentos de bullying.

Este comportamento disruptivo é normalmente repetido ao longo de um determinado período


de tempo, que se pode desenrolar entre poucas semanas e poderá estender-se por vários anos.
Uma criança ou jovem que é vítima de bullying, ou seja, que é provocada, intimidada, perseguida
ou agredida com frequência pelo mesmo colega ou grupo de pares, normalmente tem muita
dificuldade em se defender e em exteriorizar os seus receios, traumas e frustrações.

O bullying pode assumir várias formas de abuso, como por exemplo: empurrões, murros ou
palmadas (bullying físico); insultos e ridicularizar (bullying verbal); intimidação ou exclusão social
(bullying emocional ou não verbal); ou enviando mensagens ou imagens ofensivas por correio
eletrónico, redes sociais ou telemóvel. (cyberbullying).

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Organizações desportivas
SECÇÃO I

Movimento associativo desportivo

Artigo 20. °

Clubes desportivos

1. São clubes desportivos, para efeitos desta lei, as pessoas colectivas de direito privado que
tenham como escopo o fomento e a prática directa de actividades desportivas.
2. Os clubes desportivos que não participem em competições desportivas profissionais
constituir-se-ão, nos termos gerais de direito, sob forma associativa e sem intuitos
lucrativos.
3. Por diploma legal adequado serão estabelecidos os termos em que os clubes desportivos,
ou as suas equipas profissionais, que participem em competições desportivas de
natureza profissional poderão adoptar a forma de sociedade desportiva com fins
lucrativos, ou o regime de gestão a que ficarão sujeitos se não optarem por tal estatuto.
4. O diploma referido no número anterior salvaguardará, entre outros objectivos, a defesa
dos direitos dos associados e dos credores do interesse público e a protecção do
património imobiliário, bem como o estabelecimento de um regime fiscal adequado à
especificidade destas sociedades.
5. Mediante diploma legal adequado poderão ser isentos de IRC os lucros das sociedades
desportivas que sejam investidos em instalações ou em formação desportiva no clube
originário.
6. Os clubes desportivos e sociedades desportivas que disputem competições desportivas
de carácter profissional terão obrigatoriamente de possuir contabilidade organizada
segundo as normas do Plano Oficial de Contabilidade, com as adaptações constantes de
regulamentação adequada.

Clubes desportivos e sociedades com fins desportivos

1. Clubes desportivos são as pessoas colectivas de direito privado cujo objecto seja o
fomento e a prática directa de actividades desportivas e que se constituam sob forma
associativa e sem intuitos lucrativos, nos termos gerais de direito.

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2. Legislação especial definirá as condições em que os clubes desportivos, sem quebra da
sua natureza e estatuto jurídico, titulam e promovem a constituição de sociedades com
fins desportivos, para o efeito de proverem a necessidades específicas da organização e
do funcionamento de sectores da respectiva actividade desportiva.
3. A participação de clubes desportivos em actividades de natureza predominantemente
comercial sem incidência directamente desportiva é condicionada, em especial, quanto
aos que titulem ou hajam titulado o estatuto de pessoas colectivas de utilidade pública,
à observância de regras que salvaguardam os direitos dos associados, o interesse público
e o património edificado, em termos definidos em regulamentação própria.
4. Nos casos previstos nos n. os 2 e 3, é imperativo legal que o produto das sociedades ou
das participações societárias reverta para benefício da actividade desportiva geral do
clube e que o património desportivo edificado não possa ser oferecido livremente como
garantia imobiliária ou concurso de capital.
5. Os estatutos e os regulamentos das federações unidesportivas definem os termos em
que, no quadro da lei, entidades com natureza jurídica diversa das referidas nos n. os 1 e
2 podem participar ou inscrever praticantes nos respectivos quadros competitivos e se
integram na respectiva jurisdição desportiva.»

Artigo 21. °

Federações desportivas

Para efeitos da presente lei, são federações desportivas as pessoas colectivas que, englobando
praticantes, clubes ou agrupamentos de clubes, se constituam sob a forma de associação sem
fim lucrativo e preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos:

1. Se proponham, nos termos dos respectivos estatutos, prosseguir, entre outros, os


seguintes objectivos gerais:
a. Promover, regulamentar e dirigir, a nível nacional, a prática de uma modalidade
desportiva ou conjunto de modalidades afins;
b. Representar perante a Administração Pública os interesses dos seus filiados;
c. Representar a sua modalidade desportiva, ou conjunto de modalidades afins,
junto das organizações congéneres estrangeiras ou internacionais;
2. Obtenham a concessão de estatuto de pessoa colectiva de utilidade pública desportiva.

Artigo 22 °

29
Utilidade pública desportiva

1. O estatuto de utilidade pública desportiva é o instrumento por que é atribuída a uma


federação desportiva a competência para o exercício, dentro do respectivo âmbito, de
poderes regulamentares, disciplinares e outros de natureza pública.
2. A concessão do estatuto de utilidade pública desportiva será regulada por diploma
próprio e assenta na ponderação e verificação de requisitos objectivos, designadamente
os seguintes:
a. Conformidade dos respectivos estatutos com a lei;
b. Democraticidade e representatividade dos respectivos órgãos;
c. Independência e competência técnica dos órgãos jurisdicionais próprios;
d. Grau de implantação social e desportiva a nível nacional, nomeadamente em
número de praticantes, organização associativa e outros indicadores de
desenvolvimento desportivo;
e. Enquadramento em federação internacional de reconhecida
representatividade.
3. A concessão do estatuto de utilidade pública desportiva só pode ser estabelecida após
audição do Conselho Superior de Desporto.
4. Só podem ser reconhecidos os títulos, sejam de nível nacional ou regional, atribuídos no
âmbito das federações desportivas às quais seja concedido o estatuto de pessoa colectiva
de utilidade pública desportiva, bem como as selecções nacionais que por estas
federações sejam organizadas.
5. Regime legal específico protege o nome, a imagem e as actividades desenvolvidas pelas
federações desportivas titulares do estatuto de utilidade pública desportiva.
6. As federações desportivas referidas no presente artigo gozam, além dos privilégios e
benefícios previstos na presente lei e na legislação e regulamentação complementares,
de todos aqueles que, por lei geral, cabem às pessoas colectivas de mera utilidade
pública.
7. Só pode ser concedido o estatuto de utilidade pública desportiva a, conforme o caso,
uma federação unidesportiva ou multidesportiva.

Artigo 23. °

Federações unidesportivas e federações multidesportivas

1. As federações desportivas podem ser unidesportivas ou multidesportivas.

30
2. São federações unidesportivas as que englobam pessoas ou entidades dedicadas à
prática da mesma modalidade desportiva, incluindo as suas várias disciplinas ou um
conjunto de modalidades afins.
3. São federações multidesportivas as que se dedicam ao desenvolvimento da prática
cumulativa de diversas modalidades desportivas, para áreas específicas de organização
social, designadamente no âmbito do desporto para deficientes e do desporto no quadro
do sistema educativo.

Artigo 27. °-A

Associações promotoras de desporto

1. Para os efeitos da presente lei são consideradas associações promotoras de desporto as


entidades que tenham por finalidade exclusiva a promoção e organização de actividades
físicas e desportivas, com finalidades lúdicas, formativas ou sociais, que não se
compreendam na área de jurisdição própria das federações dotadas de utilidade pública
desportiva.
2. Para poderem beneficiar de apoio do Estado, as associações referidas no número
anterior deverão inscrever-se no competente registo a organizar pela administração
pública desportiva.
3. Às associações referidas no presente artigo poderá ser concedido o estatuto de pessoa
colectiva de mera utilidade pública.

Artigo 33. °

Apoio ao associativismo desportivo

O apoio às federações, às associações e aos clubes desportivos concretiza-se, designadamente,


através dos seguintes meios:

A. Concessão de comparticipação financeira;


B. Incentivos à implantação de infra-estruturas e equipamentos;
C. Acções de formação de praticantes, dirigentes, técnicos desportivos e demais
participantes nas actividades desportivas;
D. Fornecimento de elementos informativos e documentais;
E. Fomento de estudos técnico-desportivos;
F. Estabelecimento de relações com organismos internacionais

31
ANALISE SWOT

Forças Fraquezas

▪ Parcerias fortes com organizações com ▪ Estratégia de comunicação pouco


papel predominante no setor do desporto consistente
▪ Presença forte em projetos sociais ▪ Do ponto de vista digital, ferramentas
relacionados com o desporto sem a dinâmica normal para criar
▪ Relacionamento com canais de engagement
comunicação privilegiados (RTP e do site ▪ Pouca divulgação dos seus projetos e
Sapo) iniciativas
▪ Gala do desporto é evento de referência ▪ Falta de visibilidade e notoriedade para o
no setor público em geral

Oportunidades Ameaças

▪ Após o caso Marega e outros casos de ▪ Existe um conjunto de organizações no


bullying no desporto, este tema tornou-se setor do desporto com maior visibilidade,
relevante na agenda mediática apesar do seu espectro de ação ser menor
▪ Situação vivida com o Covid 19 faz exaltar ▪ Covid19
os valores de companheirismo e o Crise no desporto (falta de
solidariedade financiamento e incerteza no
▪ Existe uma crescente preocupação com a futuro)
prática desportiva e a realização de uma o Crise financeira
vida ativa

32
33
ESTRATEGIA

PROBLEMA / OPORTUNIDADE
Partimos de um problema: o bullying no contexto desportivo é um flagelo real e vai contra os
valores que o próprio desporto procura emancipar.

Ao lançar uma campanha de comunicação com este tema, a Confederação poderá dar resposta
à problemática, ganhando visibilidade e notoriedade perante a opinião pública.

O bullying é um problema que já está enraizado na cultura desportiva desde os escalões de


formação desportiva. Esta conclusão pode ser retirada através de uma análise aos diferentes
órgãos de comunicação social e aos dados levantados pelos recentes estudos da Faculdade de
Motricidade Humana da Universidade de Lisboa para percebemos que as mais variadas
modalidades têm sido invadidas por lamentáveis incidentes relacionados com o bullying.

A Confederação do Desporto de Portugal, enquanto embaixadora e defensora dos valores que


devem prestigiar as modalidades desportivas, irá desenvolver uma campanha anti-bullying para
dar resposta a este problema e, simultaneamente, despoletar o sentimento de que o desporto
deve ser um sinónimo de união. Esta campanha cria a oportunidade de aumentar a visibilidade e
notoriedade da Confederação do Desporto de Portugal, uma vez que a sua forma de atuação nos
últimos anos tem vindo a demonstrar-se limitada, estando presente apenas dentro do seu
respectivo setor. Posto isto, existe a oportunidade de tornar a Confederação do Desporto de
Portugal numa organização de relevo junto da população portuguesa.

META
Posicionar a confederação como a organização de referência na defesa dos valores do desporto,
aumentando a sua visibilidade e notoriedade perante o público em geral.

34
Estratégia: Teoria da Mudança
Para que isto não seja uma mera campanha de comunicação sem efeitos práticos na alteração de
comportamentos, decidimos basear a nossa estratégia num modelo de pensamento que visa
promover a alteração de problemas e de comportamentos na sociedade. Este modelo denomina-
se de Teoria do Impacto ou Teoria da Mudança, explicada no seguinte infográfico:

35
PROBLEMA
Existe um claro problema que a Confederação procura solucionar: o bullying no desporto. Este
problema deve-se a um conjunto de causas diretas, sendo que estas causas diretas se devem a
um conjunto de causas indiretas.

Causas diretas Causas indiretas

As vítimas não procuram Têm vergonha e tentam


ajuda lidar sozinhos

Os familiares e amigos Pensam que não se passa


não tomam nada nem procuram
conhecimento da situação saber

Problema Pressionam atletas para


Há abuso dos treinadores obter resultados em
Há bullying no desporto demasia

Querem incentivar a todo


Há abuso dos fãs/ o custo a sua equipa e
apoiantes da modalidade mandar abaixo o
adversário

Não medem as
Há abusos de consequências e não se
colegas/adversários põem no lugar da vítima
(Bullying normal)

Pensa-se que o bullying é Não se sabe as


normal na sociedade consequências na vítima

36
IMPACTO

Por impacto, entendemos o conjunto de alterações nas causas diretas e indiretas que termos de
promover para alcançar a solução do problema: reduzir o bullying no desporto (acabá-lo a 100%
seria uma meta irrealista).

Causas diretas Causas indiretas

As vítimas de bullying Deixam de ter vergonha


procuram ajuda e tentam procurar ajuda

Os familiares e amigo Procuram saber


tomam conhecimento da constantemente se está
situação tudo bem

Impacto Motivam os atletas para


Há respeito dos
Não há bullying no obter resultados que
treinadores
desporto estes queiram

Há incentivo dos fãs/ Têm consciência das


apoiantes da consequências dos seus
modalidade atos

Conhecem claramente as
Há respeito entre consequências do
colegas/adversários bullying e as formas em
que ele pode existir

Conhece-se a realidade
Reconhece-se que o
desportiva e a
bullying não é normal e é
consequências do
um problema
bullying

ESTRATÉGIA DIGITAL
A estratégia digital seria implementada no Facebook e Instagram da Confederação, num esforço
conjunto, integrando a produção do conteúdo que é normalmente feito. Assim, um só dia por
semana seria dedicado ao tema do bullying, de forma a criar o hábito de esperar o conteúdo a
esse dia de semana sem criar uma saturação e, consequentemente, desinteresse. O dia indicado
seria domingo, dado que assim seria possível relatar os acontecimentos do fim de semana, altura
em que se realizam o maior número de eventos desportivos. Em relação às táticas projetadas
para a campanha, a sua divulgação realiza-se de forma faseada, à medida que vão sendo
implementadas e à medida que a própria tática “exija” essas publicações. Todas estas publicações
terão presentes a hashtag que acompanha a nossa campanha: #DesportoUneBullyingSepara.

O Site Institucional será também faseadamente promovido, onde as redes sociais servirão de
ponte de ligação entre os visitantes dessas páginas e o Site Institucional. O Site Institucional

37
apresenta um papel igualmente fundamental na estratégia digital, visto que é nele que serão
promovidas a maioria das táticas, sendo algumas criadas de raiz no mesmo.

Apresentam-se, assim, dois tipos de conteúdos: conteúdos fixos para o conjunto de semanas na
qual projetamos a campanha e um outro conteúdo constituído por um conjunto de séries com
temáticas específicas que iriam sequencialmente ser apresentadas nas redes sociais e no Site
Institucional.

Devido a alguma falta de notoriedade e visibilidade da Confederação nas redes sociais, o objetivo
é recorrer a uma Estratégia SEO e SEM, onde um dos principais objetivos é “comprar palavras”
na Internet, de modo a aumentar as visitas às nossas redes sociais, bem como ao Site
Institucional. Palavras como “bullying”, “racismo”, “racismo no desporto”, “bullying no desporto”,
“setor do Desporto em Portugal”. Ao pesquisar estas palavras na Internet e na Google, os públicos
serão reencaminhados para o nosso site institucional e, posteriormente, para as nossas redes
sociais, de modo a estarem sempre em contacto com a nossa campanha.

FUNIL DE CONVERSÃO

Respondendo ao ambiente digital, que se vive atualmente, e devido às limitações que nos
provoca e provocará a situação criada pelo vírus Covid-19, uma parte importante da campanha
passará por uma estratégia de comunicação em social media. Para isto, apresentamos um funil
de conversão para estabelecer a sequência de objetivos que queremos alcançar nas várias fases
de atenção da campanha.

38
CONCEITO
“O que o desporto une, só o bullying separa”

Procuramos emancipar os valores do desporto (a união, a amizade e a fraternidade) e a forma


como o bullying (que se declara no conceito, que existe realmente) vai contra estes. Sejamos
colegas ou adversários, a paixão por uma modalidade faz com que esperemos o melhor de quem
as pratica. O bullying vai no sentido contrário.

EIXOS DE COMUNICAÇÃO
1. O bullying existe

Numa primeira fase, queremos deixar claro a existência desta prática negativa, no seio das várias
modalidades e com diversos agressores. O bullying é tabu e queremos desde cedo quebrá-lo. Não
é um problema só do futebol e contra os jogadores profissionais. Existe em todas as modalidades
e idades e os dados deixam isso claro.

2. O bullying não é normal – partilhar consequências

Nesta segunda fase, queremos deixar claro a importância da comunidade desportiva em se


envolver para lutar contra esta realidade. Para isto, é importante que estejam conscientes do
perigo da prática do bullying. Procuramos, então, gerar conversa e interesse em torno da
campanha.

3. Da resposta ao bullying – como podemos cada um solucionar

Até aqui estariam traçados objetivos da campanha meramente de comunicação. Mas queremos
integrar ações no sentido de dar resposta efetiva ao problema, e soluções para quem se quer
alinhar contra o bullying.

39
OBJETIVOS ESPECÍFICOS POR PÚBLICO

Público Categoria Objetivo Proporção Prazo

Informar da 3 meses
existência do
Awarness bullying no 70% Outubro -
contexto desportivo Dezembro

Estudantes
(987 784)
Consolidar a 2 meses
(Prazo de 9 Acceptance opinião negativa 60%
meses – face ao bullying no Dezembro -
Setembro a desporto Janeiro
Junho)

Complementar as
atividades 6 meses
Action curriculares com 50%
medidas de Janeiro -
prevenção ao Junho
bullying

Dar a conhecer as
consequências do 3 meses
Estudantes do Awarness bullying no 70%
Ensino desporto Outubro -
Superior Dezembro
(385 247)
Consciencializar 2 meses
(Prazo de 9 Acceptance sobre a gravidade 60%
meses – do problema que é Dezembro -
Setembro a o bullying Janeiro
Junho)
Consolidar a 6 meses
Action opinião negativa 50%
face ao bullying no Janeiro -
desporto Junho

Alertar 2 meses
Awarness para existência de 70%
casos de bullying no Outubro -
desporto Novembro

40
Associações
de Pais Consciencializar da 2 meses
(2567) Acceptance gravidade do 60%
problema do Dezembro -
(Prazo de 9 bullying Janeiro
meses –
Setembro a
Junho) Levar as 6 meses
Action associações de pais 50%
a alinharem-se Janeiro -
contra o problema Junho

Informar sobre a 3 meses


Awarness importância do seu 100%
Agentes e papel no combate Setembro -
profissionais ao bullying Novembro
do desporto
(696 092)

Praticantes
Federados
Dirigentes
Árbitros, Juízes Criar envolvimento 2 meses
e Comissários Acceptance com a iniciativa da 100%
Treinadores Confederação Novembro -
Formadores Dezembro
Professores de
Ed. Física

(Prazo de 1 ano
– Setembro a
Setembro)
Aumentar o 9 meses
Action número de 100%
iniciativas Janeiro -
autónomas contra Setembro
o bullying

Alunos da
área do Alertar para a 3 meses
desporto Awarness existência de casos 80%
de bullying no Outubro -
(superior ou desporto Dezembro
profissional)

(Prazo de 9 Informar sobre a 2 meses


meses – Acceptance importância do seu 70%

41
Setembro a papel no combate Dezembro -
Junho) ao bullying Janeiro

Criar envolvimento 6 meses


Action na campanha da 50%
Confederação Janeiro –
Junho

Alertar para a
existência de 1 mês
Awarness casos de bullying 100%
no desporto Setembro

OCS

Informar sobre a
importância do 3 meses
(Prazo de 1 ano
Acceptance seu papel no 100%
– Setembro a
combate ao Outubro -
Setembro)
Dezembro
bullying

Criar
envolvimento na 9 meses
Action campanha de 100%
Confederação Janeiro –
Setembro

42
43
TATICAS
Sensibilização - Setembro
A campanha iniciará com uma fase de sensibilização na qual queremos trazer para a agenda
mediática o tema do bullying no contexto desportivo. É a fase que irá consciencializar para a
existência deste problema aos vários públicos definidos e perante a sociedade em geral. Desta
forma, muitas das táticas procuram dar visibilidade ao tema.

Congresso do Desporto
O Congresso é um evento já promovido pela Confederação. Desta forma, não implicaria custos
acrescidos ou maiores dificuldades logísticas para o anexar à campanha em desenvolvimento.
A proposta passa por adicionar ao plano, já estabelecido para o evento, o lançamento oficial da
campanha. Para isto, contamos com a presença das organizações e associações parceiras, com o
objetivo de as apresentar também. Contaríamos, em particular, com a presença do Plano
Nacional de Ética do Desporto, da Autoridade de Prevenção de Violência no Desporto e da FMH,
que em conjunto iriam fazer a apresentação do problema do bullying no desporto, a partir dos
dados reunidos no estudo da FMH.
Esta fase do evento seria aberta aos meios, para que assim se criasse maior exposição.

Presença da Tática no Digital: Transmissão em Direto deste Congresso (Instagram e Facebook),


bem como a publicação de fotografias depois da realização do Congresso, fotografias estas que
serão publicadas no Facebook e no Instagram, tendo sempre presente a hashtag
#DesportoUneBullyingSepara

Vídeo Institucional de Lançamento (Digital)

O objetivo é lançar um vídeo institucional nas redes sociais e no site institucional. Este vídeo
promocional tem como objetivo ser o ponto de partida da campanha, onde estarão presentes os
valores da nossa campanha e aquilo que pretendemos fazer. O vídeo vai contar com uma voz-off,
onde o discurso se vai basear naquele que é o objetivo da campanha e algumas frases que apelem
ao lado emocional do público, relativamente a este tema. Este discurso será acompanhado com
outras imagens disruptivas, que retratem situações de bullying/racismo no desporto, interligadas
com imagens de atletas masculinos e femininas, de todas as etnias.

44
Descrição da Publicação: “O que o desporto une, só o bullying separa
#DesportoUneBullyingSepara”. Este vídeo institucional será colocado na Homepage do Site
Institucional (para um impacto imediato a quem visite o site) e lançado nas redes sociais Facebook
e Instagram. O objetivo é fazer com que este vídeo seja partilhado nas redes sociais e plataformas
de outras entidades, como o IPDJ e outras associações parceiras, de modo a atingir um maior
número de pessoas.

Apresentação dos Embaixadores (Digital)


Os primeiros embaixadores serão figuras públicas associadas ao desporto, que iriam usar o seu
poder de influência para dar visibilidade à campanha e para apelar ao apoio da mesma. Estas
apresentações irão ocorrer em vídeos individuais, publicados de forma faseada ao longo da
campanha digital, quer no Facebook, quer no Instagram. Nestes vídeos, estas figuras públicas
associadas ao desporto, que se tornaram Embaixadores Anti-Bullying, iriam dar a sua opinião e
testemunhos relativamente a este tema, proferindo também algumas palavras de motivação em
relação a este assunto, apelando ao lado emocional das pessoas, fazendo com que as mesmas
tenham vontade de seguir de perto esta campanha.

Propostas de embaixadores:

▪ Bruno Fernandes (Futebol - 2 milhões de seguidores no Instagram)


▪ Bernardo Silva (Futebol - 2 milhões de seguidores no Instagram)
▪ Pizzi (Futebol - 541 mil seguidores no Instagram)
▪ Cristiano Ronaldo (Futebol - 218 milhões de seguidores no Instagram)
▪ Diogo Ganchinho (Ginástica - 2582 seguidores no Instagram)
▪ Fernando Pimenta (Canoagem - 49,4 mil seguidores no Instagram)
▪ Jorge Fonseca (Judoca)
▪ Leonardo Jardim (Futebol)
▪ Nuno Espírito Santo (Futebol)
▪ Luciana Diniz (Equitação - 122 mil seguidores no Instagram)
▪ Nelson Évora (Atletismo - 87,6 mil seguidores no Instagram)
▪ Patrícia Mamona (Atletismo - 147 mil seguidores no Instagram)
▪ Ricardo Quaresma (Futebol - 3,1 milhões seguidores no Instagram)
▪ Rui Bragança (Taekwondo - 11,2 mil seguidores no Instagram)
▪ Telma Monteiro (Judo - 71,5 mil seguidores no Instagram)

45
Apresentação da Mascote
A Mascote Oficial para a campanha, será uma forma de lançar a campanha entre os mais novos,
criando uma imagem apelativa para este tipo de públicos. O objetivo é que esta mascote
compareça na maioria das iniciativas que temos planeadas na nossa campanha, de modo a
cimentar a sua posição e a sua visibilidade.
Para além da presença física, o objetivo é que a mascote também esteja presente na nossa
campanha digital.

Presença da Tática no Digital: O nome da mascote será escolhido, a partir de um concurso que
será lançado a várias escolas, que serão selecionadas a nível nacional. A escola vencedora, deste
concurso, irá receber uma visita da mascote durante um dia. Esta presença será divulgada nas
redes sociais, de modo a que o público tenha conhecimento da escola vencedora. No Site
Institucional, o objetivo é que seja criado um mecanismo de respostas automáticas, onde se
simula ser a mascote a responder às questões que são colocadas. Nas redes sociais Facebook e
Instagram, o objetivo é dinamizar algumas publicações com a presença da mascote: publicações
faseadas de frases anti-bullying em formato de balão, colocando-as a sair da boca da mascote.

Cartazes em Faculdades
Para informar os estudantes do ensino superior da campanha, a ideia é recorrer diretamente às
Universidades e Politécnicos, para que estas divulguem nos seus sites o teor da campanha levada
a cabo.

De forma a sensibilizar os alunos, do ensino superior, da problemática do bullying no desporto,


será realizada uma ação de distribuição, que seria feita em parceria com as Associações de
Estudantes das diversas faculdades, que receberiam o cartaz em tamanho A3, para impressão,
afixando-o em locais estratégicos nas faculdades. Estes cartazes teriam uma dinâmica, adaptada
à área de estudos de cada faculdade: um jogo de palavras entre os temas da faculdade e o tema
da campanha.

Para as faculdades de Desporto, iríamos além do cartaz A3: seria colocada uma figura em cartão,
que estaria a dialogar uma frase de um bully, com uma mensagem a acompanhar: “e tu, ajudas-
nos a corrigir estes comportamentos?”. Neste cartaz, estará presente a hashtag que acompanha
a nossa campanha: #DesportoUneBullyingSepara.

46
Presença da Tática no Digital: Nas redes sociais Facebook e Instagram, vão ser realizadas
publicações de todos os cartazes que forem colocados em todos os estabelecimentos do ensino
superior, identificando as páginas de Facebook e Instagram das respetivas faculdades, para que
um maior número de alunos tenha contacto com a nossa campanha e, mais especificamente,
com estes cartazes. Todas estas publicações contarão com a presença do hashtag que caracteriza
a nossa campanha: #DesportoUneBullyingSepara.

“Conferência Anti-Bullying”

Como futuros profissionais na área, os alunos de desporto são um público ao qual queremos
chegar, pois podem ser o ponto de partida para a prevenção do bullying, por isso, o nosso
objectivo passa por abranger este público para instruir o próximo.

Para este público, em parceria com a Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e o Instituto
Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a proposta é de realizar Conferências com o tema
“Bullying no Desporto”, com abertura de debate de ideias de forma a prevenir o bullying e apelar
à consciência de cada um, bem como a forma de pensar sobre o tema e falar de casos que possam
conhecer.

As Conferências “Bullying no Desporto” têm o objectivo de apelar e sensibilizar os futuros


profissionais do desporto sobre o tema. Para tal, seria importante selecionar pessoas de
referência no desporto que possam abordar o tema com a melhor das eficácias.

A ideia seria realizar as conferências em diferentes instituições de ensino superior ligadas ao


desporto, no decorrer do ano letivo, para não esquecer a importância que é o combate ao
bullying no desporto. No final de cada de conferência, serão avaliadas as opiniões que mais tarde,
na conclusão da tática, serão tidas em conta para a prevenção e combate ao Bullying no Desporto.

Para dinamizar estas conferências, vai ser realizada uma apresentação a ser projetada com frases
e casos de bullying, para ser comentado entre alunos e convidados, de modo a aumentar a
interação entre os mesmos.

47
Possíveis Convidados:

▪ Alex Soares - Jogador de Futebol


▪ Bruno Torres - Futebol de Praia
▪ Gonçalo Uva - Jogador de Rugby
▪ Francisco Belo - Lançamento do Peso
▪ João Capela – Árbitro de Futebol
▪ João Sousa – Jogador de Ténis
▪ Jorge Pina – Presidente da Associação Jorge Pina
▪ Nélson Evora – Atleta de Atletismo
▪ Nelson Lopes – Atleta de Natação adaptada
▪ Nuno Delgado – Atleta de Judo
▪ Pedro Pauleta – Jogador de Futebol
▪ Patrícia Mamona – Atleta de Atletismo
▪ Pedro Sousa – Comentador Desportivo e Diretor do “Canal 11”
▪ Pedro Henriques – Ex-árbitro de Futebol
▪ Ricardo Ferreira - Jogador de Futebol

Entidades de Ensino Superior na área do desporto:

▪ Escola Superior de Desporto de Rio Maior - Instituto Politécnico de Santarém


o Convidados: Pedro Henriques e Pedro Sousa
▪ Escola Superior de Educação de Coimbra - Instituto Politécnico de Coimbra
o Convidados: João Capela e Pedro Pauleta
▪ Escola Superior de Educação e Comunicação - Universidade do Algarve
o Convidados: Ricardo Ferreira
▪ Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física - Universidade de Coimbra
o Convidados: João Capela e Pedro Pauleta
▪ Faculdade de Desporto – Universidade do Porto
o Convidados: Alexandre Soares e João Sousa
▪ Faculdade de Educação Física e Desporto - Universidade Lusófona
o Convidados: Nélson Évora e Nuno Delgado
▪ Faculdade de Motricidade Humana - Universidade Técnica de Lisboa
o Convidados: Nelson Lopes e Jorge Pina
▪ Instituto Superior da Maia
o Convidados: Alexandre Soares e João Sousa

48
▪ Universidade da Beira Interior - Departamento de Ciências do Desporto
o Convidados: Francisco Belo
▪ Universidade de Trás os Montes e Alto Douro - Departamento de Desporto
o Convidados: Bruno Torres
▪ Universidade Europeia
o Convidados: Gonçalo Uva e Patrícia Mamona

Presença da Tática no Digital: Nesta tática, para além da sua transmissão em direto no Facebook
e no Instagram, o objetivo para a campanha é fotografar vários momentos das Conferências e
publicá-las, colocando a hashtag que irá estar presente ao longo da nossa campanha:
“#DesportoUneBullyingSepara”.

Outro dos objetivos é incentivar todos os presentes a partilharem fotografias do momento, de


modo a que possamos partilhar a experiência de todos os envolvidos, e ajudando na
monitorização do sucesso desta atividade.

Autonomia e Flexibilidade Curricular (Estudantes)

Para informar os estudantes da campanha, do 1º ao 12º ano, em parceria com o Ministério da


Educação, vai ser utilizada a plataforma “Autonomia e Flexibilidade Curricular”, que tem como
fim a reflexão e a partilha de práticas e de documentação de referência com o fim de apoiar os
docentes nas suas decisões curriculares e pedagógicas.

Sendo uma plataforma de fácil acesso, a ideia seria informar as escolas da iniciativa presente na
plataforma e depois, cada professor terá a decisão de apresentar aos seus alunos. Sendo uma
plataforma bastante prática, será utilizada para todas as táticas, que assim fizerem sentido, de
implementar entre a CDP e os Estudantes, por intermédio dos docentes.

Kit de formação para Associações de Pais

Para informar as Associações de Pais, recorremos à Confederação Nacional das Associações de


Pais (CONFAP), enviando um kit, contendo um exemplar em formato papel, da nossa iniciativa
para com este público, um Manual de Combate ao Bullying, e também um documento impresso
com toda a explicação da tática e os objetivos finais. Enviamos também uma pen, onde contém
toda a informação já mencionada.

49
A ideia seria, em parceria com a CONFAP, enviarmos para as Associações de Pais, de todo o país,
os documentos presentes na pen, o manual em formato digital e um documento de explicação
do princípio e do objetivo desta tática, bem como a importância da iniciativa para se poder
proteger o maior número de crianças, que em alguns casos podem ser os próprios filhos.

Formação - Outubro 2020 - Setembro 2021


Após conseguirmos conquistar atenção para a nossa campanha e para o problema em si, é altura
de lançarmos uma fase que visa formar os vários intervenientes do setor do desporto, em especial
os mais novos. A fase 2 é intitulada de formação por essa mesma razão – promoção do
pensamento crítico relativo ao problema do bullying e dinamização de iniciativas que procuram
cumprir o objetivo essencial do desafio lançado.

Apadrinhamento de Torneios de Concentração

Todos os anos, em todas as modalidades, existem vários torneios de concentração, que juntam
as equipas de cada concelho do nosso país. Devido ao número elevado de torneios, decidimos
apadrinhar os torneios nacionais, que juntam num só torneio atletas do país inteiro. O objetivo é
que as abrangências destes apadrinhamentos atinjam todos os cantos do país, de modo a que os
atletas e profissionais de desporto entrem em contacto com os valores que pretendemos
implementar no Desporto. O objetivo é apadrinhar e “patrocinar” estes torneios, de modo a levar
a cabo várias iniciativas, que terão o objetivo de fomentar a ligação entre os praticantes,
conseguindo atingir o principal objetivo da nossa campanha.

50
Eventos onde queremos estar presentes:

Que Modalidade? O quê? Como?

Pretendemos fazer uma parceria com as Federações de Futebol,


Futsal, Andebol, Voleibol e Hóquei em Patins com o objetivo de
5 Principais combater a discriminação em relação aos jovens de portadores de
deficiências como a mudez e a surdez. Neste sentido, a parceria iria
Modalidades de “Não estás sozinho” envolver os treinadores, árbitros e atletas masculinos e femininos
Equipas das respetivas modalidades, sendo que no final de cada jogo do
campeonato, as duas equipas juntavam-se e transmitiam a
mensagem “Não estás sozinho” em linguagem gestual.

Em parceria com a campanha da Confederação, a Federação de


Andebol de Portuguesa iria criar uma equipa de embaixadores da
união no desporto de entre os atletas do projeto Andebol Masters
para serem formados nos cursos da Confederação e
posteriormente fazerem campanhas de sensibilização nos projetos
Andebol 4 Kids e Andebol 4Girls. Nessas campanhas de
sensibilização iria começar com uma mini-palestra sobre a
Andebol necessidade de união no desporto, testemunhos de bullying e
conselhos de como ultrapassar, seguido de um jogo entre as
crianças e os atletas veteranos. Como recompensa a estes, seriam
galardoados na gala do andebol.

Esta ação seria inserida no já desenvolvido plano de atividades da


FAP em parceria com o Plano Nacional de Ética no desporto

Marcar presença nos encontros Nacionais de Minis e Bambis para


realizar atividades relacionadas com o fair-play e a ética no
desporto, onde seria também uma oportunidade de divulgar o
“Manual do bullying” e o regulamento de combate ao bullying –
“Vamos Correr com o Bullying”.

Reconhecer os vencedores do prémios fair-play dos campeonatos


de formação da primeira divisão de Andebol com uma honrosa
distinção nas redes sociais e uma camisola autografada pela
Seleção Nacional de Andebol.

51
A Federação Portuguesa de Canoagem pretende incentivar a
promoção da igualdade de género e a integração de praticantes
femininos nos seus quadros, então faz todo o sentido juntar
esforços entre as duas entidades que procuram objetivos
semelhantes.

A Confederação Do Desporto de Portugal juntar-se-ia ao


subprograma + Canoagem nas Escolas que foi criado para apoiar
os Clubes na articulação e ligação com os centros de formação
desportiva de canoagem do desporto escolar, com atividades de
colaboração indoor e outdoor.
Presença no +
Canoagem
Canoagem Pretendemos marcar a nossa presença através do envio do
“Manual do Bullying” e do regulamento de combate ao bullying –
“Vamos Correr com o Bullying” para os 52 centros de formação
desportiva de atividades náuticas que estão abrangidos pelo
desporto escolar com objetivo de auxiliar o subprograma +
Canoagem nas Escolas.

1. É uma das modalidades que de acordo com o especialistas e investigadores apresenta mais
ocorrências de casos de Bullying, para além disso é uma associada da Confederação do
Desporto em Portugal. A nossa campanha de comunicação deve abranger a modalidade em
questão, reforçando e demonstrando que o desporto não coaduna com a violência verbal e
física, logo pretendemos promover uma conferência sobre a “Violência no Desporto” nos
Congressos Nacionais de Judo que se realizam anualmente, a conferência em questão servia
como forma de apresentar o manual anti-bullying e os regulamento de combate ao bullying.

2. Ainda pretendemos reforçar a nossa presença institucional em relação a esta modalidade


através da “Gala do 58º aniversário da Federação de Portuguesa de Judo”, disponibilizando o
nome da Confederação do Desporto de Portugal para patrocinar o prémio relacionado com o
fair-play e as boas condutas desportivas.
Judo

52
A Federação de Natação de Portugal tem como uma das estratégias
delineadas para 2020 a promoção e divulgação dos cursos ligados à
formação de treinadores e árbitros nas escolas de ensino
secundário e superior, junto a docentes e alunos, bem como a nível
do desporto escolar. Neste sentido, surge a oportunidade de
divulgar a necessidade de pensar no combate ao bullying através
das formações em questão. Para corresponder a este desafio seria
desenvolvido um contacto com uma parceria com a Federação de
Natação de Portugal, para que sejam enviados o manual “Contra o
bullying” da CDP como material de auxílio nas seguintes formações:
Natação Presença na formação
▪ Transição dos alunos da EN para a pré-competição.
▪ Gestão da ansiedade pré-competitiva do atleta/aluno e do
treinador/professor
▪ Formação do sistema FPN de certificação da qualidade das
escolas de natação.

Ténis Cooperação no Pretendemos marcar presença no programa Play + Stay da


programa +Stay Federação Ténis de Portugal, que consiste num programa de
formação para treinadores, o desenvolvimento do ténis como
desporto escolar, a criação de impulsos de experimentação no
grande público e a promoção dos valores e comportamentos que
devem estar presentes na modalidade. Neste caso, o contributo
da Confederação do Desporto de Portugal seria através da
divulgação do regulamento de combate ao bullying – “Vamos
Correr com o Bullying” nas formações em questão, sendo que este
serviria como material de auxílio para os formadores.

53
Pretendemos marcar presença nos diversos eventos da federação
através da criação uma banca com pequenos jogos lúdicos
relacionados com as temáticas do desporto e do bullying, com o
objetivo de divulgar o manual “Contra o Bullying” e dos valores que
estão presentes no desporto e, simultaneamente, fossem capazes
de proporcionar um momento de lazer e convívio a todos os que
estivessem presentes.

Exemplos de alguns jogos:

· Quiz (com curiosidades sobre as modalidades de combate e sobre


os valores que devem estar presentes no desporto)

· Roda da sorte com prémios com nome da CDP (Canetas, Garrafas


Presença nos torneios e mochilas e outros prémios relacionados com época balnear
Voleibol
jovens de voleibol etc…)

Eventos em que iriamos marcar presença:

▪ Gira-Vólei (Edição deste ano não tem data marcada)


▪ Fase final dos torneios de formação

Marcar presença na revista Gira-vólei da Federação Portuguesa de


Voleibol através de uma reportagem sobre o manual de combate
ao bullying.

Pretendemos marcar presença nos diversos eventos da federação


através da criação uma banca com pequenos jogos lúdicos
relacionados com as temáticas do desporto e do bullying, com o
objetivo de divulgar o manual “Contra o Bullying” e dos valores que
estão presentes no desporto e, simultaneamente, fossem capazes
de proporcionar um momento de lazer e convívio a todos os que
estivessem presentes.

Rugby Exemplos de alguns jogos:

· Quiz (com curiosidades sobre as modalidades de combate e sobre


os valores que devem estar presentes no desporto)

· Roda da sorte com prémios com nome da CDP (Canetas, Garrafas


e mochilas e outros prémios relacionados com época balnear
etc…)

Eventos em que iremos marcar presença:

54
▪ Fase final da primeira divisão dos jogos de U-18 (Masculinos e
Femininos)

Ideias de Iniciativas:

▪ Discurso de Mote Anti-Bullying – Antes da hora do início de cada torneio em que


estivéssemos presentes fisicamente, o Presidente da CDP fará um discurso a todos os
presentes, de modo a dar o mote para o início desse torneio, desejando que todos os
valores que pretendemos transmitir sejam postos em prática nesse torneio, e que seja
um ponto de partido para uma consciencialização a nível nacional.
▪ Certificado Fairplay – Certificado entregue, no final de cada jogo, a cada jogador que
tenha correspondido a todas as regras de Fairplay durante esse jogo.
▪ Medalha de Fairplay – Medalha entregue a todas as equipas que demonstrem Fairplay e
tenham atitudes de solidariedade dentro de campo.
▪ Troféu Fairplay – Este troféu será levantado pelo jogador que mais se destacar a nível de
Fairplay. Será levantado juntamente com todos os outros jogadores e profissionais de
desporto envolvidos no torneio, de modo a promover a união no desporto.
▪ “Quiz CDP” – Uma atividade mediante inscrição na altura e no local – um quiz realizado
com questões sobre o Bullying.
o Mediante as respostas certas, seriam entregues prémios: canetas, lancheiras,
chapéus ou garrafas personalizadas de acordo com o tema.

Presença da Tática no Digital: No dia anterior ao torneio, será feita uma publicação a anunciar a
presença desta campanha neste mesmo torneio. Todos os momentos das nossas iniciativas serão
registados, em fotografia e vídeo, e consequentemente publicadas, de modo a serem criadas
dinâmicas nas redes sociais, através do hashtag “#DesportoUneBullyingSepara”.

55
Desporto Escolar - “Rota Anti-Bullying”

Naquelas que são as concentrações de Desporto Escolar a nível de concelhos, pretendemos


marcar a nossa presença através de iniciativas nestas concentrações, mesmo que estas iniciativas
não necessitem de presença física (ou seja, apenas enviando material para as entidades
organizadoras) marcando presença apenas nas concentrações a nível nacional.

De que forma queremos estar presentes:

▪ Presença Física: Concentrações a Nível Nacional


▪ Envio de Material: Concentrações a Nível Regional e de Concelho

Ideias de Iniciativas:

▪ Palestras em Vídeo – Entrevistas dadas por atletas que tenham sofrido de bullying e
enviadas para as entidades organizadoras destas concentrações de Desporto Escolar,
para que as divulguem perante todos os presentes, com o objetivo de consciencializar os
jovens sobre este assunto.
▪ Certificado de Fairplay – Certificado entregue a todos os participantes, dizendo que
estiveram presentes num Torneio Anti-Bullying.

Presença da Tática no Digital: Dinamização do termo “Rota Anti-Bullying”.

Utilizar o mapa de Portugal, colocando todos os pontos pelos quais queremos passar, utilizando
a Mascote como referência do ponto onde nos encontramos, de modo a colocar, no dia anterior,
o Torneio de Desporto Escolar em que vamos estar envolvidos no dia seguinte à publicação, bem
como a partilha de várias fotografias ou vídeos que sejam publicados por participantes ou pelas
próprias escolas nos seus sites/redes sociais.

56
Desporto Escolar - Plano de Formação

O Desporto Escolar é responsável pelo “Plano de Formação” - um conjunto de cursos


direcionados a professores de educação física de várias zonas do país, em temas técnicos de
várias modalidades. Para além disso, organiza a “Semana Nacional de Formação”, que reúne
vários desses cursos numa só semana de formação intensiva.

Iremos estabelecer uma parceria, a fim de introduzir nestes cursos as temáticas do bullying sob
forma de workshops, paralelos ou até de temas no decorrer das aulas.

Desta forma, procuramos formar professores de educação na temática do bullying e nas formas
de lidar com casos de bullying no contexto desportivo.

Manual Anti-Bullying

O Manual Anti Bullying vai ser dirigido a Pais/Encarregados de Educação, Professores, Professores
de Educação Física e Treinadores. Será desenvolvido por especialistas da área do desporto,
nomeadamenre, psicólogos.

Os Pais/Encarregados de Educação são um público importante na instrução dos filhos, por isso,
queremos chegar às Associações de Pais, juntamente com as escolas, para podermos abordar o
tema “Bullying no Desporto”.

Os Professores - em especial os de Educação Física - e Treinadores, são um público também


bastante importante, fazendo parte da evolução e instrução dos alunos e têm influência
suficiente para poder instruí-los em grupo.

A proposta passa então por criar um Manual Digital com os melhores métodos de transmitir aos
filhos/alunos o que é o bullying e como o combater. O manual será enviado por email, uma forma
de chegar de forma rápida e facilmente a cada público.

Cada manual será construído e direcionado de acordo com os dois grupos referidos
anteriormente: um manual dirigido a Pais e Encarregados de Educação e outro manual dirigido a
Professores, Professores de Educação Física e também treinadores.

O conteúdo-base será dividido em 5 temas:

1. O que é o Bullying?
2. Como Falar do Bullying?
3. O Bullying no Desporto.

57
4. Como Pais/Encarregados de Educação, Professores e Treinadores, o que devemos fazer?
5. Como podemos combater o Bullying?

São 5 etapas fundamentais e essenciais para que ambos os grupos possam ter presença e
consciência do que é o bullying e da importância que é falar no tema e abordá-lo perante os mais
novos.

Presença da Tática no Digital: O objetivo é tornar o Manual Anti-Bullying num material disponível
online, para que toda a gente possa ter acesso ao mesmo - Site Institucional, Facebook e
Instagram. Nas redes sociais Facebook e Instagram, de modo a cativar os leitores ao download e
leitura do ficheiro, o objetivo é fazer publicações, de forma faseada, de alguns conteúdos - de
forma resumida - do Manual.

Cartão Branco
Procuramos reforçar o uso do cartão branco em situações de comportamentos exemplares
relativamente ao bullying, nas várias modalidades. A isto estará sempre associado uma vertente
formadora dos árbitros que os atribuem.
Será enviado um Kit de sensibilização para as principais entidades formadoras de árbitros e juízes
das várias modalidades como a APAF para o Futebol ou a própria Federação de Andebol para os
árbitros dessa modalidade. Nesse Kit será enviado um conjunto de cartões brancos, bem como
alguns suportes informativos que explicam a importância de o aplicar e a forma de o fazer.

Presença da Tática no Digital: Devido à elevada quantidade de modalidades onde o cartão branco
pode estar presente, o objetivo é fazer publicações de forma faseada, a relembrar a existência
deste cartão branco. No entanto, o objetivo é fazer uma monitorização e relembrar o nosso
público para que capte os momentos onde o cartão branco seja mostrado, nas mais diversas
modalidades.
Após termos acesso a este material, serão feitas publicações com referência a estas atitudes,
relembrando a importância do cartão branco nas mais diversas modalidades. Estas publicações
terão presente a hashtag: “#CartãoBrancoPeloDesporto” e a hashtag que acompanha a nossa
campanha: “#DesportoUneBullyingSepara”.

58
Semana Anti-Bullying
Esta tática tem como objetivo aliar-se a uma dinâmica nas redes sociais, dinâmica esta que passa
pelo objetivo de escolher uma semana, a cada 2 meses, definindo uma cor para cada semana.
Nessa semana, serão realizadas iniciativas com a cor, naquelas que são as principais competições
do Desporto em Portugal.
Com a “Semana Anti-Bullying”, o objetivo é estar presente nas competições de Primeiras Ligas de
todos os desportos, durante essa semana, escolhendo 2 jogos de cada modalidade. No lado
nascente poente do Estádio/Pavilhão, será colocado um painel publicitário com a cor
correspondente a essa semana e a hashtag “#DesportoUneBullyingSepara”. Este painel
publicitário, em parceria com a Liga de Clubes, de maneira a poupar custos, seria colocado de
modo a acompanhar uma braçadeira que seria utilizada por todos os jogadores, no braço direito,
com a cor correspondente e a hashtag.

Modalidades a Incluir na Tática:

▪ 2 jogos da Primeira Liga de Futebol


▪ 2 jogos da Primeira Liga de Futsal
▪ 2 jogos da Primeira Liga de Andebol
▪ 2 jogos da Primeira Liga de Hóquei em Patins

O objetivo desta tática é, para além da dinâmica que será colocada nas redes sociais, haver uma
cobertura mediática desta iniciativa, levada a cabo por jornalistas e comentadores desses jogos,
de modo a atingir um maior número de pessoas.

Curso de “Embaixador do Desporto”


Os cursos de “Embaixador do Desporto”, enquadram-se fulcralmente na segunda fase da
estratégia, onde procuramos munir os agentes desportivos de um maior conhecimento do
problema que é o Bullying, das suas consequências e dos comportamentos a adotar para o
solucionar.
O objetivo passa por tornar este curso apetecível a todo o tipo de agentes desportivos, como
treinadores, formadores, árbitros, juízes e até dirigentes, consciencializando-os da sua
importância para solucionar esta questão.

59
O curso será promovido pela Confederação em parceria com a PRO Desporto, garantindo que o
curso assegure uma certificação acreditada que o tornasse procurado. Teria a duração de um dia,
contando com um grupo de discentes reconhecido no contexto desportivo e de formação.
Para além disso, contará com a presença dos Embaixadores no primeiro grupo de alunos, como
forma de lançamento oficial. O plano do curso será criado em parceria com Faculdades de
Psicologia e Desporto, e funcionará por inscrições enquanto a procura for elevada.

Presença da Tática no Digital: Promover o curso: criar um separador específico no Site


Institucional. Nas redes sociais Facebook e Instagram o objetivo é ir relembrando, de forma
faseada, os nossos públicos, da existência deste curso e quais as vantagens de o frequentar.

Vídeos de Testemunho (Digital)

Ao longo de toda a campanha, serão lançados vários vídeos, nas redes sociais Facebook e
Instagram, com algumas semelhanças ao vídeo promocional, com testemunhos de pessoas que
já sofreram de bullying/racismo. O objetivo é que, maioria destes vídeos sejam enviados pelos
públicos que estejam em contacto com as nossas páginas. Ocasionalmente, são lançados
testemunhos de atletas com maior visibilidade, de modo a incentivar as pessoas a partilhar as
suas histórias.

As descrições destas publicações seriam personalizadas conforme os autores dos vídeos, sendo a
descrição base: “Hoje contamos com o testemunho do/a (nome), que decidiu partilhar a sua
história connosco, demonstrando, mais uma vez, que o que o Desporto une, só o Bullying separa
#DesportoUneBullyingSepara”

Claque do Fair-play
A claque do Fair-play seria formada por um conjunto de alunos, de uma escola de teatro, que
interpretam uma personagem satírica: um adepto imparcial e que torce pela boa e justa
prestação das duas equipas. Estes surgiam em jogos aleatórios de diversas modalidades e
escalões etários e vestiriam cores neutras e tarjas de promoção dos valores do desporto.
O objetivo passa por criar curiosidade dos presentes e posterior reflexão, já que a claque tenderia
a interagir com os restantes adeptos de forma amistosa.

60
Presença da Tática no Digital - 2 Fases de Digital:

▪ 1ª Fase - Vídeo promocional da Claque do Fair-play - Este vídeo tem como principal
objetivo a apresentação desta claque, simulando com pequenos excertos aquilo que são
e aquilo que pretendem fazer durante os jogos.
▪ 2ª Fase - Publicação faseada, de fotografias e vídeos dos momentos captados durante os
jogos, onde a Claque estaria presente.

Ambas as fases de publicações contarão com os hashtags: “#ClaqueFairPlay” e a hashtag que


estará presente ao longo da nossa campanha: #DesportoUneBullyingSepara.

Taça do Fair Play da Fadu


De forma a ser possível chegar aos estudantes do ensino superior, que não pertencem à área do
desporto, faremos uma parceria com a Federação Académica do Desporto Universitário para
promover iniciativas em várias competições de diferentes modalidades, paralela ao calendário de
ligas já organizado, no formato de uma taça por eliminatórias.
A organização destas iniciativas, contará com o auxílio de alunos de desporto que se poderão
inscrever para participar, sendo motivados pela possibilidade de adicionar essa experiència ao
seu currículo. Estes alunos terão funções de atribuição de medalhas e taças a equipas ou atletas
cujos comportamentos tenham sido assinaláveis perante os valores do desporto e atuaram
também como elementos formadores na temática do bullying - tentaram promover uma
competição limpa de casos de bullying.
Estes alunos que nos auxiliaram serão previamente formados na temática do bullying para que
estejam munidos de ferramentas para o discernir e combater.

61
Jogos do Pedagógicos do 1º Ciclo
Semana do Bullying - 19 a 23 de outubro de 2020

Os alunos de 1º ciclo são o público mais novo que queremos chegar, pois é desde pequenos que
somos formados, como tal o nosso objectivo passa por criar uma parceria com o Ministério da
Educação, Desporto Escolar e IPDJ, para a criação de jogos pedagógicos durante o horário escolar,
de maneira a instruir o tema “Bullying no Desporto” nas atividades letivas.

Desta forma, pretendemos apelar ao combate ao bullying, utilizando uma forma de levar o tema
aos alunos a partir de jogos que os possam cativar e não esquecer o tema.

Para uma melhor divulgação, rápida, eficiente e de acesso a todos, vai ser utilizada a plataforma
“Autonomia e Flexibilidade Curricular”, onde são aplicadas práticas, recursos e outras
informações úteis para apoiar as escolas e os professores no processo de organização e de
desenvolvimento do currículo, uma iniciativa do Ministério da Educação e que faz todo o sentido
para aplicar esta tática.

Ideias para Jogos Pedagógicos:

▪ Jogo de identificação: haverá um placar/parede com diversas imagens e uma caixa


com palavras, ambas referentes a expressões/sentimentos. Divide-se os alunos por equipas,
o suposto é um aluno (de cada equipa) ir buscar uma palavra e com os restantes colegas
optarem pela imagem a que se refere a imagem.
▪ Jogo do dado: Em círculos de x alunos, é lançado um dado com uma palavra em cada face
(expressões/sentimentos), o dado é lançado e sobre a face que calha, o aluno deve dar a sua
opinião sobre essa palavra (a ideia é perceber o que pensam em uma idade tão pequena).
Após cada opinião, o professor explica o verdadeiro sentido da palavra.
▪ Caça ao Tesouro: Os alunos são divididos em equipas e é contada uma história, uma narrativa
com práticas de bullying. Depois são lançadas e espalhadas pistas para se chegar ao desfecho
da história. As pistas serão aspectos adicionais à história contada, com imagens ou dicas, que
serão aliadas com factores do bullying.
▪ Jogo de tabuleiro: Será criado um jogo de tabuleiro, com imagens e breves descrições do que
é o bullying. O objectivo do jogo é que em cada lançamento de dado seja instruída uma ideia
de prevenção ao bullying.

62
▪ Contador de histórias: É contada uma história estilo “animação” ou versão “fantoches” onde
são abordados temas do bullying, uma forma de cativar os alunos à prevenção do bullying e
não sair das dinâmicas já trabalhadas pelas escolas.

Regulamento anti bullying


O regulamento anti bullying - “Vamos correr com o Bullying” - tem como propósito listar um
conjunto de comportamentos apropriados e que deverão ser seguidos por jovens atletas,
treinadores e outros intervenientes do desporto (por exemplo em clubes e por adeptos).
É um manual de boas práticas que guia os comportamentos nas competições a fim de garantir
que possam estar livres de comportamentos considerados de bullying.
No que diz respeito à sua estrutura, o regulamento teria um formato impresso e outro formato
digital, possuiria uma pequena dimensão de 4 a 5 páginas, utilizando uma linguagem simples e
clara. A distribuição do regulamento iria ser feita nas redes sociais e no site da plataforma anti-
bullying.
Alguns exemplares, em formato impresso, serão também enviados para as sedes das federações,
acompanhados da versão digital, para que estas possam promover a sua aplicação nas entidades
desportivas que abarcam.
A tática em questão irá ter como data de lançamento o dia de 27 de dezembro de 2020 para
coincidir com o início do ano letivo e da época desportiva das mais variadas modalidades.

Consolidação - Janeiro/fevereiro
A última fase da campanha tem o objetivo de consolidar todos os prossupostos da campanha:
consolidar o tema do bullying, perpetuando o combate contra a sua incidência, enquanto
necessário, consolidar em termos comunicativos a campanha e consolidar a posição da
Confederação do desporto de Portugal enquanto bastião da defesa dos valores do desporte e
combate aos problemas de cariz social que nele surgem.

63
Plataforma Anti-Bullying (Digital)

Como forma de potenciar uma relação de mentoria, entre jovens atletas e alunos do ensino
superior que estejam em cursos relacionados com a área do desporto.
Esta plataforma, permite potenciar um projeto de mentoria entre alunos da área do desporto,
consciencializados com o problema do bullying e com as ferramentas para ajudar a solucioná-lo,
e os jovens atletas que seriam levados a procurar/criar uma relação com o género de “treinador
personalizado”.
▪ Em termos de logística, funcionaria através do preenchimento de um simples formulário
para mentor ou para mentorado, que permitiria segmentar cada um consoante os seus
interesses (p.e. Que modalidade praticam), motivações (p.e. Onde querem chegar na
modalidade) e objetivos (p.e. O que querem obter com o projeto).
▪ Os mentores teriam em toda a ocasião, ajuda permanente das entidades competentes
e equipas de profissionais especializadas em casos de violência e discriminação na idade
juvenil.
▪ Outro dos objetivos é integrar nesta Plataforma um separador que permitisse armazenar,
para consulta em qualquer altura, materiais formativos disponibilizados ao longo da
campanha.
▪ Dado que se encontra no meio digital, esta plataforma teria um separador próprio no Site
Institucional da CDP, que teria uma hiperligação direta para esta plataforma.
▪ Nas redes sociais Facebook e Instagram, esta plataforma seria divulgada ao longo da
campanha, contando ainda com a recolha de alguns testemunhos das pessoas que se
inscreverem nesta plataforma.

Gala do Desporto
Sendo o evento por excelência da Confederação e do panorama desportivo nacional, não iremos
alterar a estrutura elementar do evento.
A partir da Gala de 2021, seria incluído o prémio “Embaixador do desporto do ano” - promovendo
o agente desportivo que mais se destaque na promoção ou defesa dos valores do desporto.
Para a edição 2021, cujo tema é “Mais Desporto, Mais Saúde” faríamos uma ponte para a saúde
mental, e daí para a questão do bullying, fazendo uma overview daquilo que foi, e continuará a
ser nesse mesmo ano, a ação da Confederação para solucionar o problema. Desta forma, o
prémio de Embaixador para esse ano seria dedicado aos parceiros que fizeram parte da
campanha e que procuraram de igual forma a solução para o problema

64
Presença da Tática no Digital: Transmissão em Direto desta Gala do Desporto (Instagram e
Facebook), bem como a publicação de fotos depois da realização da Gala, fotos estas que serão
publicadas no Facebook e no Instagram, tendo sempre presente a hashtag
#DesportoUneBullyingSepara.

Think Tank Bullying


O Think Tank reúne personalidades e representantes de entidades que partilham a motivação de
resolver uma questão problemática na sociedade. Para isso, reúnem-se para entender o ponto
de situação e discutir possíveis soluções.
O objetivo desta tática, será de consolidar a posição da Confederação como o principal
dinamizador dos valores do desporto, reunindo parceiros que tenham também o interesse de
solucionar questões que os põem em causa.
Este evento passaria a fazer parte dos planos anuais de atividades da Confederação, e procuraria
integrar diferentes entidades do panorama associativo do desporto em Portugal.

Possíveis Participantes:

▪ Ana Ramires – Psicóloga do Desporto (Psicologia da Performance no contexto de Alto


Rendimento)
▪ Bruno Avelar Rosa – Investigador e Gestor de Projectos na Ética do Desporto
▪ Lourenço Xavier de Carvalho – Universidade dos Valores / Fundação Luso-Ilírica para o
Desenvolvimento Humano
▪ Luis Parente – Psicólogo Desportivo (responsável pelo Gabinete de Alta Performance do
Conselho de Arbitragem da Associação de Basquetebol de Aveiro)
▪ Luís Sardinha – Presidente da Faculdade de Motricidade Humana
▪ Nuno Ferro – Presidente da Sociedade Portuguesa de Educação Física
▪ Pedro Sequeira – Presidente da Treinadores de Portugal
▪ Vitor Pataco – Presidente IPDJ

Presença da Tática no Digital: Transmissão em Direto de todos os eventos “Think Tank Bullying”
(Instagram e Facebook), bem como a publicação de fotografias depois da realização do Think
Tank, fotos estas que serão publicadas no Facebook e no Instagram, tendo sempre presente a
hashtag #DesportoUneBullyingSepara.

65
Orçamentação
Quantidade Preço Observações
Congresso do Desporto: * 0€
Vídeo Institucional:
Equipa Audiovisual * 2 500€ Dia todo
Apresentação * 0€
Embaixadores:
Apresentação da Mascote:
Design da mascote para digital * 100€
Mascote formato físico 1 500€
Cartazes em Faculdades:
Design Cartazes * 100€
Cartão Impresso (figura) 11 440€ 40€ cada
Conferência Anti-Bullying:
Transporte * 500€
Autonomia e Flexibilidade 0€
Curricular:
Associação de Pais:
Press Kit (capa, impressão, * 10,00€ Pen
pen)
Apadrinhamentos de
Torneios de Concentração:
Spot Publicitário 1 hora de filmagens + 1 dia 300€
edição
Certificados de Fairplay 500 75€ 0,15€
Medalhas de Fairplay 500 500€ 1€
Troféu Fairplay 1 10€
Kit Prémios (saco, canetas, 500 2 500€ Kit - 5€
chapéus, garrafas
personalizadas)
Promotores 3 150
Rota Anti-Bullying
(Desporto Escolar):

66
Vídeo Consciencialização 1 hora de filmagem + 1 dia de 300€
edição
Certificados de Fairplay 500 75€ 0,15€
Manual do Bullying:
Impresso * 0€
Digital * 100€
Cartão Branco:
Press Kit * 0€
Semana Anti-Bullying:
Spot Publicitário 1 hora de filmagens + 1 dia 300€
edição
Curso de "Embaixador do
Desporto":
Material Aulas * 0€
Certificados de Embaixadores 1000 150€ 0,15€
Vídeos de Testemunho:
Equipa Audiovisual 100€ 1h de edição
Claque do Fairplay:
Equipa Audiovisual 1h de filmagem + 1 dia de edição 300€
de edição
Equipamentos 12 60€ Equipamento
5€
Bilhetes * 0€
Taça do Fairplay da Fadu:
Painel Publicitário 200€
Taça 1 10€
Medalhas 100 100€ 1€
Jogos Pedagógicos:
Equipa Design * 125€
Regulamento Anti
Bullying:
Impresso * 0€
Plataforma Anti Bullying:
Design Web * 500€

67
Gala do Desporto:
Prémio Embaixador do 1 10€
Desporto
Think Tank Bullying:
Custos Coffe Break 8 80€ 10€ por
pessoa
Total: 10 095€

68
Calendarizaçao
Táticas Inicio Fim
Fase 1 Setembro de 2020
Congresso do Desporto 18/set 20/set
Lançamento do Vídeo Institucional 19/set 30/set
Apresentação dos Embaixadores 19/set -
Press Kit - Associações de Pais 22/set -
Autonomia e Flexibilidade Curricular 22/set -
Conferência "Anti-Bullying" 26/set 26/mai/21
Cartazes - Faculdades 27/set -
Apresentação da Mascote 30/set -
Fase 2 Outubro 2020 - Setembro 2021
Apadrinhamento de Torneios de Concentração 03/out 31/ago/21
Desporto Escolar - "Rota Anti-Bullying" 06/out 20/jun/21
Manual do Bullying 06/out -
Cartão Branco 10/out Final da Época
Táticas por modalidade: 12/out 31/jul/21
▪ Patinagem e Hóquei em Patins 12/out 20/jun/21
▪ Andebol 12/out 20/jun/21
▪ Ténis 12/out 20/jun/21
▪ Canoagem 12/out 31/jul/21
▪ Judo 27/out 27/dez
▪ Rugby 24/mar/21 10/jun/21
▪ Voleibol 09/abr/21 25/jul/21
▪ Natação 07/jul/21 27/jul/21
Curso "Embaixador do Desporto" 17/out -
Semana Anti-Bullying 19/out Final da Época
Vídeos de Testemunho 24/out 28/nov
Claque do Fair-play 07/nov 30/nov
"Não estás sozinho" 15/nov -
Jogos Pedagógicos 02/dez -
Taça Fair Play da Fadu 07/dez 11/dez
Regulamento Anti-Bullying 27/dez -
Fase 3 Janeiro 2021 - Julho 2021
Plataforma Anti-Bullying 11/jan/21 30/jul/21
Gala do Desporto 23/jan/21 -
Think Thank Bullying 30/jan/21 -

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Avaliaçao
A avaliação do sucesso deste plano de comunicação vai basear-se num termo: mudança. A
avaliação passa por perceber se todas as táticas estrategicamente pensadas e aplicadas,
conseguem atingir o objetivo comum: erradicar o bullying no desporto. Para além deste objetivo,
existe outro objetivo, não menos importante, a ser atingido, que é posicionar a Confederação do
Desporto em Portugal como a organização/entidade de referência na luta contra o bullying no
desporto.

Através de métodos como a análise de KPI’s nas redes sociais Facebook e Instagram e no Site
Institucional, a percentagem de adesão a todas as nossas iniciativas, bem como o feedback de
todos os participantes envolvidos nas táticas que foram desenvolvidas, conseguiremos perceber
se as mesmas tiveram o sucesso desejado. Partindo deste ponto, sentir-se-á o dever de objetivo
cumprido caso o número de incidências de casos de bullying for diminuindo, chegando ao ponto
de ser inexistente, tornando o desporto naquilo que deve representar: uma atividade limpa e
saudável em todos os aspetos.

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Bibliografia
Webgrafia – Consultadado entre 20 de Março até 15 de Maio

▪ http://www.idesporto.pt/DATA/DOCS/LEGISLACAO/Doc081.pdf
▪ https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/area-de-governo/educacao/secretarios-de-
estado?i=juventudeedesporto#JuventudeeDesporto/comunicados
▪ https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/comunicado?i=premio-etica-no-
desporto-distingue-judoca-jorge-fonseca
▪ https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/comunicado?i=reuniao-do-governo-
com-a-liga-portuguesa-de-futebol-profissional
▪ http://www.idesporto.pt/
▪ http://www.adop.pt/
▪ http://prodesporto.idesporto.pt/
▪ http://www.pned.pt/
▪ http://www.desportoescolar.min-edu.pt/
▪ https://ipdj.gov.ptapcvd.html/
▪ http://motricidade.com/2013/livroverde.pdf
▪ http://fundacaodesporto.pt/
▪ https://observador.pt/especiais/bullying-no-desporto-jovem-gordinho-maricas-sofrem-nos-
balnearios/
▪ https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/13034
▪ https://portal.fpa.pt/2020/02/andebol4girls-por-mais-mulheres-no-desporto/
▪ https://desporto.sapo.pt/modalidades/mais-modalidades/artigos/confederacao-do-
desporto-quer-melhorar-formacao-e-relacao-com-as-federacoes
▪ http://www.fpj.pt/evento/iv-congresso-nacional-do-judo-gala-aniversario-da-federacao-
portuguesa-judo/
▪ http://www.fpj.pt/prova/iv-congresso-nacional-do-judo/
▪ http://www.fpj.pt/orcamentos-relatorios-e-contas-2/
▪ https://www.fpvoleibol.pt/index.php
▪ http://www.tenis.pt/
▪ https://www.fpciclismo.pt/escolas#
▪ https://fpp.pt/
▪ https://fpnatacao.pt/formacoes.php
▪ https://www.fpatletismo.pt/eventos/formacoes#

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▪ https://www.fpatletismo.pt/circuito-de-meetings/circuito-de-meetings-2020
▪ http://www.fpcanoagem.pt/formacao/calendario
▪ http://www.fpcanoagem.pt/press/noticias/tabid/7855
▪ http://www.fpr.pt/formacao/
▪ http://www.fpr.pt/desenvolvimentoeformaCAo/
▪ https://desportoescolar.dge.mec.pt/
▪ https://www.giravolei.com/wp/
▪ https://www.cdp.pt/cdp/confederacao/relatorio-de-actividades.html
▪ https://www.publico.pt/2020/02/23/impar/noticia/menino-oito-anos-vitima-bullying-
liderou-equipa-raguebi-1905262
▪ https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-da-educacao-lanca-plano-de-combate-ao-
bullying-e-ao-ciberbullying-11325054.html

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