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Idade Máxima Dos Veículos Do Transporte Escolar Obrigatório - Miguel Luis Gnigler
Idade Máxima Dos Veículos Do Transporte Escolar Obrigatório - Miguel Luis Gnigler
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O STF reconheceu que os gestores locais de transportes têm poder de polícia para fazer a regulação
da idade máxima das frotas dos serviços de transporte públicos, independentemente de haver
previsão no código de trânsito ou em lei complementar.
O custeio do transporte escolar é tripartite: os Estados são obrigados a fazer o transporte de alunos
da rede estadual de ensino; aos Municípios cabe o transporte de alunos da rede municipal. Já a
União se obriga a repassar recursos aos Estados e Municípios por meio do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
(PRONATE), cujo valor é calculado de acordo com o número de alunos do ensino fundamental.
De regra, o transporte dos alunos é realizado pelos Municípios, mediante repasses dos Estados e da
União. O fato é que, na ausência de regulamentação municipal, os gestores locais de transportes
deveriam observar a recomendação da cartilha Transporte Escolar do Ministério da Educação e
Cultura (MEC), segundo a qual os ônibus em operação podem ter no máximo 7 anos de fabricação,
ou seguir a orientação do “Programa Caminho da Escola”, que sugere a renovação da frota a cada
10 anos. Na prática, ônibus e micro-ônibus velhos estão sendo utilizados no transporte de alunos
em idade escolar, provavelmente por falta de previsão de idade máxima dos veículos nos editais de
licitação. De todo modo, enquanto não houver regulamentação municipal da matéria, os novos
Prefeitos devem observar as recomendações do MEC e de seus Programas de Transporte Escolar
quanto à idade máxima dos veículos utilizados no transporte escolar obrigatório, lembrando que
para Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o ônibus utilizado para o transporte
coletivo em geral não pode ter mais de 19 anos de fabricação em 2021 e, no máximo, 15 anos a
partir de 2025 (Resolução 4.777/2015).
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Miguel Luis Gnigler,