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REPÚBLICA DE ANGOLA

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS, ARTES E HUMANIDADES


MBANZA-KONGO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
REPARTIÇÃO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA DESENVOLVER AS HABILIDADES


DOS ALUNOS NA DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE NO
CIRCUITO ELÉCTRICO EM PARALELO NA 10a CLASSE, CIÊNCIA FÍSICAS
E BIOLÓGICAS DO COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO PROGRESSO EM
MBANZA KONGO

Trabalho de fim do curso apresentado e defendido para a obtenção do título de


licenciado em ciências de Educação, opção ensino de Física.

Autor: Álvaro Dias Diakiese

MBANZA KONGO,FEVEREIRO DE 2024.


REPÚBLICA DE ANGOLA
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS, ARTES E HUMANIDADES
MBANZA-KONGO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
REPARTIÇÃO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA DESENVOLVER AS HABILIDADES


DOS ALUNOS NA DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE NO
CIRCUITO ELÉCTRICO EM PARALELO NA 10a CLASSE, CIÊNCIA FÍSICAS
E BIOLÓGICAS DO COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO PROGRESSO EM
MBANZA KONGO

Trabalho de Fim do Curso apresentado a Escola Superior de Ciências Sociais,


Artes e Humanidades em Mbanza Kongo como parte das exigências do curso
de licenciatura ensino de Física para obtenção do Titulo de Licenciado em
Ciências de Educação, opção ensino de Física.

Autor: Álvaro Dias Diakiese

Tutor: Lic, Kazekele Kuyu

Nº de Trabalho………………….

MBANZA KONGO, FEVEREIRO DE 2024.


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu primogénito Abimael Mesakala Baptista Diakiese


e a minha mãe Isabel Nlandu, que sempre foram um dos motivos da minha
alegria e fortalecimento psicológico e intelectual.

I
AGRADECIMENTO

Agradeço:

 A Deus Pai todo-poderoso pela sua fidelidade de concretizar o salmo


23:1,6 na minha vida.
 Ao Tutor Licenciado Kazekele Kuyu pela sua orientação na presente
investigação.
 A direcção da ESCISAH e o seu colectivo de professores que
sempre estiveram dispostos ajudarem no que fosse necessário,
incentivando-nos a seguimos em frente.
 Á minha querida esposa, Suzana Isabel Baptista e aos meus filhos
pelo acompanhamento e compreensão que sempre tiveram enquanto
me ausentava de casa em prol da minha formação.
 Aos meus irmãos José Diakiese Júnior, Nicolau Nzila, Pedro Benga e
Sebastião Zolandonga Nzila pelo apoio incondicional.
 Ao meu formador André Nlandu pelo seu apoio durante a minha
formação, desempenhando o papel muito vital em todos os
momentos.
 A minha mãe, por ter ensinando-me a humildade e amor com os
outros.

 A todos colegas de promoção, pelos subsídios que sejam materiais ou


técnicos dados a fim de contribuir na concretização da presente
monografia, de modo particular os que sempre acreditaram em mim:
Jeremias António Garcia, Pedro Benga, Wazinga Ndonda, obrigado a
todos mencionados e aqueles que não foram.
 Finalmente aos meus correligionários especialmente, João Mesakala,
António Pereira, Pedro Mansaka Mbuta, Mbenza Mana Vatomene e
Potênciana Merneza.

II
PENSAMENTO

Recomece sempre que precisar, pois a cada recomeço nascem novas


esperanças de sucesso.

“Robison Sá”

III
ÍNDICE

AGRADECIMENTO.............................................................................................II

PENSAMENTO..................................................................................................III

LISTA DE TABELAS.........................................................................................VII

LISTA DE FIGURAS..........................................................................................IX

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS........................................................X

RESUMO........................................................................................................... XI

RÉSUMÉ...........................................................................................................XII
I.3.1. Papel do professor na resolução dos exercícios......................................17

Observações:...................................................................................................................26
P=qUt → P=iU (3)......................................................................................................31
I.6. Primeira Lei de Ohm................................................................................................31
A pesquisa foi desenvolvida numa instituição escolar privada nomeada
Complexo Escolar Progresso, que é sita na rua 8 de Julho, Zona 1 no Bairro 4
de Fevereiro no Município de Mbanza Kongo, Província do Zaire;...................40

II.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA......................................................................42

1. População dos alunos................................................................................ 42

II.3.2 Métodos de pesquisas............................................................................. 44

Todo trabalho de investigação desenvolve-se sob o enfoque dialéctico como


metodologia geral, neste trabalho foram empregues os seguintes métodos:.. .44

a) Métodos teóricos:.....................................................................................44

 Método histórico-lógico: foi aplicado para explicar a evolução histórica do


tema e seus fundamentos de modo a caracterizar e determinar as
regularidades importantes para uma proposta elaborada.................................44

 Analítico-sintético: Serviu para processara informação científica


consultada e recolhida, mediante a aplicação dos diferentes instrumentos e
identificar os factores que influem na aprendizagem na determinação de
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo..................................44

 Indutivo-dedutivo: Permitiu efectuar valorações correspondentes a partir


do estudo de elementos particulares, que possibilitarão chegar a conclusões

IV
gerais e propor uma proposta metodológica através dos instrumentos aplicados
e a bibliografia consultada.................................................................................44

b) Métodos empíricos:...............................................................................44

 Testes pedagógicos: Foram aplicados com propósito de determinar e


diagnosticar o rendimento escolar dos alunos ao tema proposto, bem como as
dificuldades apresentadas pelos mesmos para comprovar o seu grau de
conhecimentos, nos diferentes tipos do tratamento na determinação de
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo..................................45

Com o objectivo de inquirir situações observadas no momento de assistência


das aulas, dirigiu-se um questionário aos alunos,apêndices (02) no qual
alcançou-se os seguintes resultados:...............................................................46

 De acordo com o género, nos 99alunos que constituem a amostra, 71,7%


(71) dos alunos são do género masculino e 28,3% (28) do género feminino.. .46

 Sobre o gosto da disciplina de Física 30,3% (30) têm gostado muito a


disciplina de Física, 33,3% (33) tem gostado pouco e 36,4 %(36) não gostam
da Física............................................................................................................46

 A cerca do estudo das resistências eléctricas 85,9% (85) alunos já tinham


estudado as resistências eléctricas no circuito em paralelo e 14,1% (14) ainda
não tinham estudado.........................................................................................46

 Sobre o domínio, 20,2% (20) responderam que tem domínio na


determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo e 79,8
%(99) não tem domínio.....................................................................................46

 Em termo de manuais, 100% (99) dos alunos responderam que não


possuem manuais de apoio que trata de resistência eléctrica..........................46

II.7.2 Fluxograma para a resolução de exercícios sobre a resistência


equivalente no circuito elêctrico em paralelo.....................................................48

II.7.3 Tarefas correspondentes por cada etapa do fluxograma.........................49

II.7.4 Implementação da resolução dos exercícios sobre a resistência


equivalente no circuito elétrico em paralelo......................................................50

II.7.4.1 Implementaçãoda resolução do exercício nº 1......................................50

V
II.7.4.2 Implementaçãoda resolução do exercício nº 2......................................51

3.a etapa: executar o plano ou guião.................................................................52

II.7.4.3 Implementaçãoda resolução do exercício nº 3......................................52

3.a etapa: executar o plano ou guião.................................................................54

O teste diagnóstico ou pré-teste foi aplicado a 99 alunos,nos tempos normais


conforme o horário da supramencionada turma................................................55

Com o intuito de avaliar os saberes preliminares dos alunos relativos ao


conteúdo em abordagem na referida turma, os alunos declararam com base as
instruções já recebidas antes dessa pesquisa.Empregou-se um teste
pedagógico composto por quatro (04) exercícios referidos com resolução dos
exercícios sobre a determinação de resistência equivalente no circuito elétrico
em paralelo e os resultados obtidos nesta prova foram classificados tomando
em conta as notas obtidas, conforme ilustra o quadro abaixo..........................55

III.1.1 Calculo dos parâmetros estatísticos do pré-teste...................................56


III.2 Resultado de pós-teste..............................................................................56

III.3 Comparação dos resultados de pré-teste e pós- teste...............................58

III.4 Sobre a proposta metodológica implementada..........................................59

Das constatações feitas relativamente ao tema, sobre o ensino – aprendizagem


na determinação de resistência equivalente no circuito elétrico em paralelo na
10aclasse do Complexo Escolar Privado Progressoem Mbanza Kongo,
Concluímos o seguinte:.....................................................................................60

1. A fundamentação teórica possibilitoudescobrir formas viáveis para


desenvolver os conhecimentos, habilidades e hábitos naresolução de
exercícios sobre resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.......60

2. A metodologia aplicada, permitiu determinar as debilidades e aprofundar as


necessidades de elaborar uma proposta metodológica, com base à
fundamentação teórica na resolução dos exercícios relacionados a resistência
equivalente do circuito eléctrico em paralelo, destaca-se neste processo, as
intervenções pedagógicas que procuraram envolver os alunos em condições
activa e emocionalmente, num processo dinâmico construído pelos mesmos
em interacção com o professor.........................................................................60

VI
3. A aplicação da proposta no processo de ensino- aprendizagem dos
exercícios sobre a resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo,
contribuiu efectivamente para o aperfeiçoamento do processo de ensino-
aprendizagem....................................................................................................60

Das análises feitas aos resultados obtidos na pesquisa e para contribuir ao


melhoramento de ensino de Física, sugerimos o seguinte:..............................61

1. Que a direcção provincial da educação promova mais jornadas académicas


entre alunos das demais escolas, para dar o maior interesse e incentivo no
estudo dos alunos.............................................................................................61

2. Sugere-se que a direcção do Complexo Escolar Privado Progresso em


Mbanza Kongo, de modo a organizar sempre que for necessários seminários
de capacitação, palestras para o melhoramento dos professores a utilizarem
diversos instrumentos de avaliação e orientarem seus alunos a descobrirem
suas fraquezas e potencialidades no processo de ensino-aprendizagem........61

3. Que as ideias desta obra sirvam de incentivo para professores a quando da


planificação das suas actividades.....................................................................61

4. Que outros estudos desta linha de investigação se estendam a outras


formas de circuitos eléctricos............................................................................61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................62

LISTA DE TABELAS

Quadro 1: Resistividade de algumas matérias.…………………………………..30


Quadro 2: População dos alunos…………………………………………………..41
Quadro 3: População de professores……………………………………………...41
Quadro 4: Amostra dos alunos..……………………………………………………42
Quadro 5: Apresentação dos resultados de pré – teste…………………………54

VII
Quadro 6: Apresentação dos resultados de pós – teste…………………………56
Quadro 7: Dados comparativos de pré – teste e pós – teste……………………57

VIII
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Circuito eléctrico exemplo…...………………………………………….23


Figura 2: Circuito eléctrico exercício nº1………………………………………….41
Figura 3: Circuito eléctrico exercício nº2………………………………………….41
Figura 4: Circuito eléctrico exercício nº3………………………………………….42

IX
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

x
: Média aritmética
x i : Notas obtidas

ni : Número de alunos

∑ : Somatório
A: Ampere
i: intensidade de corrente no condutor
Ω: ohm
U: tensão
V: volt
R: Resistência
RT: Resistência total
C.E.P.P: Complexo escolar privado progresso

C.E : Circuito eléctrico

C.A: Circuito aberto

d.d.d: diferença de potencial

X
RESUMO

O presente trabalho tem como objectivo de apresentar uma proposta


metodológica na determinação de resistência equivalente no circuito eléctrico
em paralelo que facilite o desenvolvimento das habilidades dos alunos. Alem
dos elementos pré-textuais e pós-textuais, o trabalho conta com três capítulos.
No primeiro capítulo, aborda-se a fundamentação teórica sobre as resistências
eléctricas, explicando claramente os conceitos de algumas operações, suas
propriedades que facilitam o aprendizado. Em relação as dificuldades
constatadas na parte da resistência equivalente no circuito eléctrico em
paralelo, propõe-se no segundo capítulo uma proposta metodológica que
venha facilitar o ensino-aprendizagem deste conteúdo ao aprendizado. No
terceiro capítulo, fez-se a análise e interpretação de dados recolhidos nos
testes aplicados aos alunos da 10ª Classe, Física e Biológica no Colégio
Privado Progresso em Mbanza Kongo. A determinação de várias dificuldades e
insuficiências observadas foram possível com ajuda de um teste diagnóstico e
o fluxograma aplicado permitiu a verificação da superação dessas dificuldades
a partir do pós-teste.

Palavras-chave: Proposta metodológica, desenvolvimentos das habilidades,


circuito eléctrico em paralelo, resistência equivalente.

XI
RÉSUMÉ

Ce travail vise à présenter une proposition méthodologique pour la


détermination de la résistance équivalente dans un circuit électrique parallèle
qui facilite le développement des compétences des étudiants. En plus des
éléments de pré-test et de post-test, le travail comporte trois chapitres. Dans le
premier chapitre, le fondement théorique sur les résistances électriques est
abordé, expliquant clairement les concepts de certaines opérations, leurs
propriétés qui facilitent l'apprentissage. Concernant les difficultés rencontrées
dans la partie résistance équivalente du circuit électrique parallèle, une
proposition méthodologique est proposée dans le deuxième chapitre qui
facilitera l'enseignement-apprentissage de ce contenu à l'apprentissage. Dans
le troisième chapitre, l'analyse et l'interprétation des données recueillies dans
les tests appliqués aux élèves de la 10e année, physique et biologie au Colégio
Privado Progresso à Mbanza Kongo ont été réalisées. La détermination de
plusieurs difficultés et lacunes observées a été possible à l'aide d'un test
diagnostique et l'organigramme appliqué a permis de vérifier le dépassement
de ces difficultés dès le post-test.

Mots clés : Proposition méthodologique, développement des compétences,


circuit électrique parallèle, résistance équivalente.

XII
INTRODUÇÃO

A electricidade é usada para gerar os mais diversos efeitos: movimentar, aquecer,


resfriar, iluminar etc. Embora os efeitos sejam diferentes e bem diversificados,
todos os seus usos tem um ponto em comum: todos acontecem a partir do circuito
eléctrico.

O homem com as suas necessidades de gozar com alguns aparelhos como a


televisão que nos transmite as informações visuais e auditivas, a rádio que nos da
as informações, as lâmpadas que ilumina as nossas casas e entre outros
aparelhos eléctricos e electrónicos que o homem tem necessitado, possui alguns
dispositivos que ao ser colocado num circuito eléctrico ou electrónico, muda o
comportamento como: a luminosidade das lâmpadas, o aumento ou diminuição da
temperatura. Notamos que quando a corrente circula num circuito em certos
lugares encontra dificuldade de passar (resistência eléctrica) gerando as
propriedades que referimos anteriormente.

A Física é a ciência fundamental das ciências naturais que estuda as


propriedades gerais da matéria como também os fenómenos simples da natureza.

Falar sobre o ensino de toda a física, seria tão dispendioso que nos levaria a
tantos anos de pesquisa sem por facto de ser um caso abrangente ou seja amplo;
Por este motivo escolhemos um dos assuntos abordado na 10ªclasse Ciência
Física e Biológica do Complexo Escolar Privado Progresso do Ensino Secundário,
que constituiu o tema do nosso trabalho de pesquisa e fundamentado nos pontos
a seguir.

Justificativo da escolha do tema

Diagnosticando o estado actual do processo de ensino e aprendizagem da


disciplina de Física, na 10ª classe Ciências Físicas e Biológicas do Complexo
Escolar Privado Progresso em Mbanza Kongo por intermédio das observações
das aulas e do questionário dirigido ao professor titular e o teste pedagógico de
diagnóstico (pré-teste), aplicado aos alunos os exercícios sobre a resistência
equivalente. Os resultados alcançados apontam que os alunos apresentam
debilidades na resolução dos exercícios sobre o tema em análise com particular
realce em:

1
 Interpretação correcta do enunciado;
 Interpretar o circuito;
 Identificar as resistências em paralelo como também em série;
 Dominar as fórmulas;
 Utilizar algumas regras da Matemática;
 Reproduzir por meio de um desenho ou de diagrama de circuito;
 Deduzir a grandeza a calcular a partir da fórmula principal;

Na perspectiva de minimizar as dificuldades que os alunos apresentam achou –


se conveniente implementar a proposta metodológica com intuito de ceder
contributo que possa desenvolver habilidades aos alunos em determinar a
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10ª classe Ciências
Físicas e Biológicas do Complexo Escolar Privado Progresso.

Problema de investigação

Como desenvolver as habilidades dos alunos da 10ª classe Ciências Físicas e


Biológicas do Complexo Escolar Privado Progresso sobre a determinação da
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo?

Objecto de estudo

Determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.

Campo de acção

Determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10a


classe Ciências Físicas e Biológicas do Complexo Escolar Privado Progresso.

Objectivo Geral

Elaborar uma proposta metodológica que facilite o desenvolvimento das


habilidades dos alunos da 10a classe Ciência Física e Biológica do Complexo
Escolar Privado Progresso na determinação da resistência equivalente no circuito
eléctrico em paralelo.

Perguntas científicas

1.Que fundamentos teóricos-metodológicos se devem ter em conta na


determinação de resistência equivalente nos circuitos eléctricos em paralelo?

2
2. Quais são as dificuldades relevantes que se apresentam na determinação da
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10 a classe Ciências
Físicas e Biológicas do Complexo Escolar Privado Progresso?

3. Que resultados se obtêm na aplicação de uma proposta metodológica


elaborada?

Tarefas científicas

1. Determinação da fundamentação teórica, que se devem ter em conta na


determinação de resistência equivalente nos circuitos eléctricos em paralelo.

2. Diagnóstico e valoração das dificuldades que se apresentam na determinação


de resistência equivalente nos circuitos eléctricos em paralelo.

3.Valoração dos resultados obtidos com aplicação da proposta metodológica elaborada.

Métodos, técnicas e instrumentos utilizados na investigação

Métodos utilizados

Para o desenvolvimento da presente pesquisa empregou-se os seguintes


métodos:

1. A nível teórico
 Histórico - lógico;
 Indutivo - dedutivo;
 Análise - síntese.
2. A nível empírico
 Observação participativa;
Técnicas e instrumentos de recolha de dados

 Testes pedagógicos;
 Inquérito por questionários;

Estrutura do trabalho

3
A presente investigação é subdividida em três capítulos, além da introdução,
conclusões, sugestões, referência bibliográfica e apêndice. Os principais capítulos
são:

 Capítulo I: Fundamentação teórica. O capítulo em referência faz uma


abordagem sistematizada dos conceitos essenciais relacionados com o
processo de resolução de exercícios resistências eléctricas.
 Capítulo II: Procedimentos Metodológicos. Este capítulo faz referência
da metodologia aplicada na presente pesquisa caracterizando a escola em
referência, seleccionando a população e amostra, bem como a
implementação da proposta metodológica sobre a determinação da
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.
 Capítulo III: Analise e interpretação dos dados recolhidos. Este
capítulo trata-se da recolha, análise e interpretação dos dados obtidos
através dos dois testes pedagógicos aplicados aos alunos na amostra para
em primeiro lugar conhecer o estado do ensino e aprendizagem da
disciplina de Física na sua área da resolução dos exercícios sobre
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10ª classe de
Ciências Físicas Biológicas no Complexo Escolar Progresso, antes e
depois a implementação da proposta metodológica sugerida nesta
pesquisa.

4
Capítulo I. Fundamentação teórica

Neste capítulo em análise faz-se um recorrido dos fundamentos teóricos


metodológicos das resistênciaselétricas no processo do ensino-aprendizagem da
Física, partindo de forma sintetizada aos principais abordes do homem ao
andando da história em relação a evolução das mesmas até no presente.

I.1. Definições dos conceitos chaves

Proposta metodológica: a proposta metodológica é um conjunto de técnicas de


aprendizagem a serem aplicadas de modo sistemática para obtiver os resultados
esperados nesse processo de aprendizagem, os conteúdos curriculares que
deverão ser desenvolvidos para se alcançar um determinado resultado
(MOREIRA,1999).

Método: é um conjunto de actividades sistemática e racionais que, com mais


segurança e económica, permite alcançar o objectivo e os conhecimentos válidos
e verdadeiros-traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
condições de cientista.

De acordo com a LUCIANA (2018) o método tende reduzir a influência da


parcialidade do pesquisador sobre o fenómeno a ser investigado, e ainda
esclarecer e distinguir o conhecimento científico de outro conhecimento.

Nesta ordem de ideias, o autor afilia-se as definições acima recitadas propondo


que o Método é um caminho para alcançar um objectivo na qual sujeitos
atingirem.

Habilidade: aplicação prática de uma determinada competência para resolver


uma situação simples e complexa.

Resistência eléctrica: é uma característica de qualquer corpo, que tem esta


designação, pois quantifica a maior ou menor dificuldade com que a corrente
eléctrica flui a traves do corpo (VICTOR, 2012).

Resistência equivalente: é o total da soma das resistências dentro de um


circuito eléctrico ou é aquela única resistência capaz de substituir a um conjunto
de resistências limitadas por pontos, dissipando a mesma quantidade de energia
que o conjunto substitui (WALTER, 2007).

5
Circuito eléctrico: um C.E é um conjunto de elementos ligados electricamente
entre si (VICTOR, 2012).

I.2. Processo de ensino-aprendizagem.

O processo de ensino e aprendizagem é a formação cientificamente,


desenvolvida na personalidade dos alunos no centro de um docente em qualquer
dos níveis educacionais. É um processo no qual ocorre de maneira sistemática e
progressiva, feita por etapas e cada uma das quais está marcada por
quantitativas que conduzem em trocas nos alunos, nos aspectos cognitivos,
afectivos e condutas, (PILLETI 2006)

Assegura ainda, Fernandes (1998), o processo de aprendizagem (a construção


da realidade) é um processo individual, cativo, criativo, emocional e racional.
Cabe ao aprendiz a responsabilidade da sua aprendizagem. É de inteira
responsabilidade ao professor, proporcionar oportunidades para que os seus
alunos aprendam.

Assim, as actividades que confirmam o processo são de ensino e ao mesmo


tempo de aprendizagem, mas nesse processo se perseguem o ensino e
aprendizagem é instrutivo e educativo.

O processo de ensino aprendizagem, em sua condução e a orientação


sistemática do professor garante no aluno apropriação criadora da cultura, e o
desenvolvimento da sua autonomia e de determinação em íntima conexão os
processos de socialização, (MANTOAN 2006)

Doravante, o autor consenso de que a função da educação é transformar sujeitos


em algo melhor. Neste sentido, o objectivo do processo de ensino aprendizagem
é a formação do aluno, como ele vai ser capacitado, de quais formas as escolas
podem ajudar em seu processo de desenvolvimento.

Segundo Libâneo (1994) afirma que a relação entre ensino e aprendizagem não é
mecânica, não é uma simples transmissão de conhecimento do professor ao
aluno, para que o aluno aprenda. Dessa forma, podemos perceber que o ensino
visa estimular, dirigir, incentivar o processo de aprendizagem do aluno.

6
A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base a memorização, por
outro lado os alunos também não devem ser deixados de lado sozinhos
procurando uma forma de aprender o assunto, o professor nesse caso sendo
apenas um facilitador ao aluno que aprende. Ele mesmo concluiu que é algo bem
diferente disso “é uma relação recíproca na qual se destaca o papel”.

O processo de ensino, ao contrário, deve estabelecer exigências e expectativas


que os alunos possam cumprir e, com isso, mobilizem suas energias. “Tem, pois
o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes, a precede.” Para que os
alunos possuam um ponto de vista que fuja do empírico e do senso comum é
preciso conteúdos com carácter científico e sistemático, dentre os diversos pontos
que o autor cita, vale destacar que o aluno precisa ter assimilado o conteúdo
anterior antes que um novo seja transmitido. E o professor anos após anos,
necessita de um aprimoramento e actualização da matéria que lecciona
(LIBÂNEO, 1994).

O papel da escola não é somente que o aluno aprenda a ler e escrever, mas
formar o aluno para o convívio, por meio de educação, mudar o rumo da
sociedade, pois a finalidade da escola é proporcionar e desenvolver o aluno de
forma integral.

O processo de ensino e aprendizagem engloba uma série de questionamentos


como a própria definição do que é aprendizagem e ensinar. Por esse motivo
torna-se necessário que os educadores sejam capazes de compreender as
diferenças de cada acção e saber escolher a melhor maneira que irá trabalhar um
determinado tema. Os seus métodos devem ser revistos acerto momento, o ato
de ensinar não pode ser algo estagiado, mas precisa passar por reformulação
constante para a aprendizagem do aluno seja alcançada.

A aprendizagem é um processo cego e mecânico de associação de estímulos e


respostas, provocado e determinado pelas condições externas, ignorando as
internas. (Peres, 2000). A partir deste conceito, Libâneo em 1994 definiu a palavra
aprender como um processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento,
desde o mais simples onde a criança aprende a manipular os brinquedos,
aprende a fazer contas, lidar com as coisas, nadar e andar de bicicleta até

7
processos mais complexos onde uma pessoa aprende a escolher uma profissão,
lidar com as outras.

Para que se possa haver aprendizagem é necessário que: Haja todo um processo
de assimilação onde o aluno com a orientação do professor passa compreender,
reflectir e aplicar os conhecimentos que foram obtidos, assim a aprendizagem é
observada com a colocação em prática por parte do aluno dos conhecimentos
que lhe foram transmitidos durante uma aula ou actividade.

É preciso um processo de assimilação activa que para ser efectivo necessita de


actividades práticas em várias modalidades e exercícios, nos quais se pode
verificar a consolidação e aplicação prática de conhecimentos e habilidades
(LIBÂNEO, 1994).

É de conhecimento, entretanto, que a tal prática não anula as outras, mas que o
processo de assimilação activo é composto de diversos componentes como os
objectivos, conteúdos, métodos e formas organizativas.

Ensinar é a actividade que tem por finalidade que o outro obtenha o


conhecimento. Para que se tenha um ensino de forma que realmente agregue
valor, é preciso que o professor como sendo um transmissor de conhecimentos se
utilize de métodos e técnicas adequadas que tenham base não apenas no
contexto geral como o local, assim a necessidade básica do aluno será encarada
como uma ponte para o ensino e não como um obstáculo.

I.2.1. Ensino-aprendizagem de Física no ensino médio no contesto actual

Quando direcionou-se o olhar para o Ensino de Física na atualidade, reparamos


que os últimos anos têm vivenciado inúmeras discussões a seu respeito, em que
diversas pesquisas foram realizadas, buscando conferir um real significado para o
ensino. Nos dias atuais, uma das principais questões que aparece em torno da
Física é o facto de que a mesma estar relacionada no âmbito escolar com uma
série de cálculos, direcionada pelo livro didático, descontextualizada da realidade
do aluno, não conseguindo alcançar sua atenção, mostrando-se desinteressante
para o aluno.
O ensino de Física no contexto atual tem a possibilidade de utilizar muitos
recursos, como por exemplo, o livro didático para os alunos do ensino médio, pois

8
eles possibilitam acompanhar as explicações do professor. No entanto, o livro
didático requer a mediação do professor no processo de ensino e aprendizagem,
além de não ser o único recurso didático que o professor deve dispor. Como
também o uso do laboratório e consequentemente de atividades práticas que
possam melhor instruir os alunos ao aprendizado da Física. Assim, é relevante o
papel do professor na mediação do conhecimento, por intermédio dos recursos
didáticos, bem como a contextualização dos conteúdos com o cotidiano do aluno,
vindo a despertar a curiosidade e o interesse dos mesmos pela disciplina.

A atualidade apresenta inúmeros problemas ao ensino e, consequentemente, na


aprendizagem de Física, como a limitação ao uso do livro-didático e a falta de
laboratórios para o ensino-aprendizagem de Física. Entretanto, sabemos que o
uso de variados recursos didáticos não é prerrogativa única para efetivação de
processo deensino e aprendizagem, mas a prática docente pode ser melhorada
se o profissional dispõe de recursos e sabe utilizá-los. Uma das maiores
preocupações que se referem ao ensino de Física nos dias atuais é a
preocupação de fazer com que o aluno se identifique com o objeto de estudo,
quando o aluno gosta do que está aprendendo a aprendizagem ocorre de maneira
tranquila.

A visão em torno da Física deve voltar-se para a formação de um cidadão


contemporâneo que seja capaz de agir diante da realidade que o cerca, por tanto
é necessário que os profissionais que trabalhem com o Ensino de Física sejam
capacitados.

Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos pesquisadores


está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na
educação básica – ensino médio.

Não se quer aqui dizer que ela não seja importante para o processo de formação
dos estudantes, mas sim, que há uma polêmica em torno da diversidade de
enfoques dados ao ensino de Física nesse nível de escolaridade.
Esta tendência em direcionar o ensino de Física a resolução de exercicicios, que
normalmente estão recheados de cálculos, fortemente influenciados pelo uso do
livro didático, tem sido tema de sérias críticas às editoras e, por consequência aos
autores das obras. A maioria dos livros que circulam nas escolas apresentam os

9
conteúdos como conceitos estanques, dando o caráter de Ciência acabada e
imutável a Física. Porém, o mais problemático das obras está na forte
identificação que elas agregam entre a Física e os algoritmos matemáticos. Os
textos e, principalmente, os exercícios são apresentados como matemática
aplicada, na qual a questão fundamental se resume a treinaro estudante na
resolução de problemas algébricos.

Outro problema identificado no ensino de Física no ensino médio, tem sido a


gama imensa de conteúdos que compõe as obras didáticas. É sabido por todos
que esta disciplina tem apresentado um número de períodos cada vez mais
reduzido nas escolas de ensino médio, principalmente no ensino noturno, que
além de não disporem da disciplina curricular de Física nos três anos
secundaristas, acontemplam com uma ou duas aulas semanais. Desta forma, o
professor precisa selecionar quais os conteúdos que irá abordar diante do
complexo da obra didática, tendo que, muitas vezes, pincelar tópicos
desconexos,simplesmente por que é necessário contemplar os itens do livro
didático.

Tais normativas, têm assumido a postura de não especificar conteúdos mínimos


para a formação dos alunos em nível de ensino médio, descrevendo apenas os
temas quedeverão ser abordados e os objetivos a serem atingidos, permitindo
que os professores/escolas tenham liberdade de organizar seus programas
curriculares de acordo com as necessidades de cada região e adequados a carga
horária prevista (NGABA, 2017). Essa situação, tem permitido que os professores
e em alguns casos instituições, estabeleçam o seu programa em relação aos
conteúdos que deverão ser abordados em cada série, provocando
questionamentos e distorções nos critérios utilizados neste processo de seleção.

I.2.2 Ensino de Física

Segundo Marcelo Gleiser (2000) o ensino da física deve sempre expressar sua
característica mais fundamental: física é um processo de descoberta do mundo
natural e de suas propriedades, uma apropriação desse mundo através de uma
linguagem que nós, humanos, podemos compreender. Talvez a parte mais difícil
no ensino da física seja a tradução do fenómeno observado em símbolo.

10
Para PESSOA, citado por Renato Heineck (1999,) as questões que direcionam a
prática docente no ensino da física consistem em saber:
 Por que ensinar?
 O que ensinar?
 Como ensinar?
 Quem ensinar?
 Onde ensinar?
 Quando ensinar?
Tais questões estão relacionadas por um lado com as concepções de natureza
ideológica que permitem o fazer da escola e do professor, e por outro lado o como
ensinar relaciona-se com as concepções e acções metodológicas do professor.

Na rotina do ensino de física, é comum que se confundam dois aspectos


relacionados com o trabalho mental do aluno no apreender: de um lado, pensar,
analisar e armar raciocínios; de outro, aplicar modelos e fórmulas para resolver
problemas.

O aluno, para interpretar as coisas ou o mundo, constrói e desenvolve um


esquema ou modelo de agir altamente coerente, que envolve os recursos
metodológicos da indução e da dedução. Esse esquema mental é dinâmico, ou
seja, está sempre crescendo, autocorrigindo-se sob o influxo de novas
percepções. Portanto, à medida que a criança cresce, amplia-se seu universo e,
com ele, seu modelo interpretativo, o qual, evidentemente, inclui imprecisões e
erros.

Ensino de Física e a formação de professores. No entanto, décadas de pesquisa


em ensino de Física levam-nos a considerar pouco profícua, nos dias atuais, a
possibilidade de escrevermos sobre o ensino de Física e a formação de
professores para esse ensino sem a “aprendizagem”. O substantivo
“aprendizagem” não é só uma palavra a mais no título, pois expressa nosso
posicionamento educacional de consideração do aluno como parte essencial do
processo e das interações que se estabelecem em situações didáticas. Quando
tratamos do “ensino de Física e formação de professores”, pensamos nos
conteúdos programáticos que o professor vai ensinar e o que ele precisa saber
desses conteúdos para bem ensinar; já quando nos propomos ao “ensino e

11
aprendizagem de Física e formação de professores”, é necessário ir além,
explorando instâncias das relações que os alunos estabelecem com o
conhecimento. Nessa perspectiva, inegavelmente o professor precisa saber o
conteúdo que vai ensinar, mas precisa saber também como vai ensinar para os
alunos aprenderem. E junto com essa mudança de referencial - de o que se
ensina para o que os alunos aprendem - veio também uma mudança no conceito
de aprendizagem. Dizíamos que os alunos aprendiam quando eles sabiam repetir
na prova de avaliação o que o professor tinha falado em classe, o que eles tinham
decorado do livro texto e, também, quando o aluno acertava os problemas muito
parecidos com a lista de exercício já resolvidos em aulas. Um aluno que
estudasse na véspera da prova era um bom aluno. Mas esse padrão de ensino,
no qual o professor é o agente que pensa e o aluno é o agente passivo, que
segue o raciocínio do professor, mudou. Passou-se a exigir que o professor
levasse o aluno a construir ele próprio a estrutura do pensamento. Era importante
ter um aluno intelectualmente ativo. E isso não é fácil. A profissão de professor
ficou muito mais difícil. Essa mudança implica considerar a necessidade de o
professor conhecer não apenas os conteúdos da Física, mas também conhecer
conteúdos de Didática e Pedagogia, de modo a poder planejar e implementar
propostas para o ensino de conhecimentos científicos, além de avaliar se houve a
aprendizagem desses e a relação das ações de ensino com a aprendizagem na
expectativa de aprimorar sua prática. Freire preconizavaquea educação em geral
e o ensino de Física em particular que devemos construir devem estar
socialmente engajados e ser libertadores, como. Através de um relato de
experiência, trazer a luz sobre as possibilidades e dificuldades da aplicação do
método freiriano no ensino de Física. A educação bancária (FREIRE 2019) é um
tipo de educação em que cabe ao educador, como proprietário do conhecimento,
transferir e “depositar” no educando, considerado receptor ingénuo e alienado,
seus ensinamentos, de forma mecânica, cabendo a este meramente a função de
memorizador e repetidor. Para Freire, a resposta ao modelo de educação
bancária vem a partir da construção de uma educação problematizadora, capaz
de libertar educador e educando. Essa educação não poderia partir do método de
“depósitos” de conhecimento, mas sim “da problematização do homem em suas
relações com o mundo” (FREIRE, 2020). Concordamos com essa concepção e
acreditamos que um “educador revolucionário”, como Freire define, deve orientar

12
sua prática nesse sentido. Seja no processo de alfabetização de jovens e adultos
ou ainda em uma aula de Física no ensino médio.

O ensino de Física, aliás, é considerado por muitos como um espaço árido para
maiores reflexões sobre todas as contradições sociais e também para a prática de
uma educação libertadora. É comum acreditar que, por se tratar de uma ciência
que estuda a natureza e suas leis, ela está automaticamente desconectada das
questões sociais mais proeminentes do nosso tempo, reduzindo-se dessa
maneira a enxergar a natureza apenas numa linguagem matemática e técnica.
Desse modo, cabe, em especial às ciências humanas, promover a prática da
reflexão dos educandos sobre as contradições sociais ao seu redor, área do
conhecimento ele se encontra (FREIRE, 2019).

Dessa forma, é possível abordar, em uma perspectiva de educação para a


liberdade, desde as questões de discriminação em uma aula de Sociologia até o
estudo de um plano inclinado em uma aula de Física. Para tanto, o mais
importante é que o objecto de conhecimento deixe de ser uma propriedade do
educador e que seja parte de uma reflexão dos “homens em suas relações com o
mundo” (FREIRE, 2019).

O ensino de Física, bem como de todas as demais áreas do conhecimento, pode


e deve ser apreendido a partir de um modelo de educação problematizadora. Tal
abordagem ganha ainda mais relevância dentro da crise do ensino dessa
disciplina, muito bem apontada por Moreira (2017), que destaca como o esse
ensino é “desactualizado em termos de conteúdos e tecnologias, centrado no
docente, comportamentalista, focado no treinamento para as provas e aborda a
Física como uma ciência acabada”.

Acredito ainda que esses problemas não terão solução a partir de perspectivas
pedagógicas técnicas que ajudem numa melhor compreensão abstracta dos
conceitos de Física desligadas da realidade.

O ensino da Física, para além das fórmulas, implica em promover a compreensão


dos fenómenos, a partir dos questionamentos dos alunos e de experimentações.

13
O uso de experimentações também é destacado como importante na construção
de conhecimento pelos alunos. O livro Física Mais que Divertida busca apoiar
professores com o desenvolvimento de experimentos didácticos de simples
reprodução e baixo custo. Para o autor, os experimentos são uma forma eficaz de
despertar o interesse dos alunos. “É preciso dar espaço nas escolas à criatividade
e à imaginação.

I.2.3. objectivo de ensino de física

Na perspectiva do Renato Heineck (1999), o ensino da ciência Física tem como


objetivos, capacitar os alunos em saber interpretar os fenómenos da
natureza,proporcionar ao homem recursos de tecnologia para, a partir daí, situá –
lona contemporaneidade, preparando-o para melhores condições de vida e para o
exercício da cidadania.Isso permite dizer que a física escolar tem um valor
utilitário e um valor formativo.

O ensino de física tem como objetivo formar cidadãos críticos, atuantes e


participativos, além de conhecedores dos conceitos importantes da disciplina.
Vivemos em um tempo em que as Ciências e a Tecnologia estão cada vez mais
presentes no dia a dia das pessoas. Na vida dos nossos alunos isso não é
diferente: além dos fenômenos naturais que sempre despertam a curiosidade
humana, Jovens e adultos estão imersos em um universo repleto de informações
e produtos ligados a conhecimentos científicos e tecnológicos. Sendo assim,
estudar física torna-se essencial para que nossos alunos interpretem o mundo e
actuem como cidadãos conscientes na sociedade em que estão inseridos.

O ensino de física é sugerido nos eixos temáticos nas Diretrizes Curriculares da


Educação de Jovens e Adultos, cujo principal objetivo é proporcionar ao aluno
condições para avaliar situações, tomar decisões, ter uma visão crítica do mundo
e se posicionar de forma positiva diante das adversidades sociais. Nesse sentido,
estão incluídos nesses eixos temáticos de modo articulado, pois compreende-se
que o aluno não pode ter uma visão fragmentada do conhecimento, e
compreendendo que esse aluno é um ser social, nas aulas de física buscara
apresentar conteúdos científicos produzidos pelo homem historicamente de modo
a instrumentá-lo a repensar e reconstruir a sua prática social.

14
O ensino de física na Educação de Jovens e Adultos tem como objetivo norteador
instigar os alunos a perceber e lidar com os fenômenos naturais e tecnológicos,
presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto na compreensão do universo
distante, a partir de princípios, leis e modelos por ele construídos. Reconhecer a
física como uma atividade humana, bem como, as suas diferentes áreas de
atuação, também buscar compreender a importância da ética nas diversas
atividades científicas. Perceber que a física é dinâmica e que as suas teorias são
construídas após a observação de evidências e experimentos, valorizar a
importância da classificação e organização das informações bem como a
importância da nomenclatura científica.

I.3. Resolução de exercícios

A resolução de problemas é de uma variedade infinitamente grande. Ela se faz


presente, frequentemente, não apenas no trabalho dos cientistas e nas atividades
escolares dos alunos, mas no dia-a-dia das pessoas, em geral. De uma forma
bastante genérica, pode-se dizer que uma dada situação, quantitativa ou não,
caracteriza-se como um problema para um indivíduo quando,procurando resolvê-
la, ele não é levado à solução (no caso dela ocorrer) de uma forma imediata ou
automática. Isto é, quando, necessariamente, o solucionador se envolve em um
processo que requer reflexão e tomada de decisões sobre uma determinada
sequência de passos ou etapas a seguir.

Em um exercício, por outro lado, independentemente de sua natureza, o que se


observa é o uso de rotinas automatizadas como consequência de uma prática
continuada. Ou seja, as situações ou tarefas com que o indivíduo se depara já
são dele conhecidas, não exigindo nenhum conhecimento ou habilidade nova,
podendo, por isso mesmo, ser superadas por meios ou caminhos habituais.

Deste modo, a distinção entre problema e exercício é bastante sutil, não devendo
ser especificada em termos absolutos. Ela é função do indivíduo (de seus
conhecimentos, da sua experiência etc.) e da tarefa que a ele se apresenta.
Assim, enquanto uma determinada situação pode representar um problema
genuíno para uma pessoa, para outra ela pode se constituir em um mero
exercício. Na escola, e notadamente no campo da matemática e Física, por

15
exemplo, muitas situações que emergem inicialmente como problema para um
indivíduo se transformam, para ele próprio, em exercícios de aplicação da teoria,
à medida que adquire e desenvolve novos conhecimentos e habilidades. É
oportuno, aqui, destacar, e não desmerecer ou relevar a um segundo plano, o
papel do exercício nas tarefas escolares. É através dele que o aluno desenvolve e
consolida habilidades. Este fato, no entanto, nem sempre fica claro ao aluno, que
muitas vezes considera indigesto, cansativo e sem propósito a repetição
continuada de uma certa prática. Neste sentido, cumpre ao professor realçar a
importância e a função dos exercícios e dos problemas emsua disciplina. Ao se
empenhar nisso ele pode contribuir para que seu aluno veja com outros olhos os
exercícios e também se prepare melhor, tanto do ponto de vista cognitivo como
emocional, para se envolver em atividades mais elaboradas, como as que
caracterizam a resolução de problemas. Infelizmente, a didática usual da
resolução de problemas sofre de sérias insuficiências. Particularmente na área do
ensino de física, o que se verifica é que o professor, ao exemplificar a resolução
de problemas,promove uma resolução linear, explicando a situação emquestão
como algo cuja solução se conhece e que não gera dúvidas nem exige tentativas.
Ou seja, ele trata os problemas ilustrativos como exercícios de aplicação da teoria
e não como verdadeiros problemas, que é o que eles representam para o aluno.
O entendimento destes problemas-exemplo ou problemas-tipo, pelo aluno, que
supostamente exigem o respaldo do conhecimento teórico do assunto estudado, é
visto pelo professor como condição suficiente para que o aluno se lance à
resolução dos problemas que lhe são propostos.

Dentro desta concepção, as dificuldades do aluno com a resolução de problemas


são geralmente diagnosticadas, pelo professor, como estando relacionadas a não
compreensão, em níveis desejáveis, dos temas abordados e/ou a insuficientes
conhecimentos matemáticos. Quando se pergunta ao professor em atuação quais
podem ser as causas do fracasso generalizado na resolução de problemas de
física, raramente expõe razões que culpem a própria didática empregada. Neste
trabalho procura-se mostrar que a resolução de exercício de resistência
equivalente no circuito eléctrico em paralelo, não deve ser considerada pelo
professor, como consentimento passivo do aluno, como uma atividade na qual
este último, por esforço próprio, sem qualquer orientação específica, tenha

16
necessariamente êxito. Ao contrário! O que se vê em sala de aula, tanto a nível
básico quanto no ensino médio, é que as dificuldades do aluno na transferência
do que aprendeu à novas situações são muito grandes. Constituindo-se em um
segmento do ensino com especificidades próprias e por vezes bastante
peculiares, a resolução de problemas, não somente em física mas também em
outras áreas do conhecimento, não pode ser alijada ou pouco considerada no
contexto geral das ações do professor como mediador do processo ensino-
aprendizagem.

I.3.1. Papel do professor na resolução dos exercícios

O papel do professor na resolução dos exercícios é ser o modelo para o Aluno,


deve estar preparado para o procedimento de resolução, deve ter conhecimento
conceitual, processual para identificar a falta dos pré-requisitos pertinentes. O
professor deve dirigir e orientar a actividade mental dos alunos, de modo a que
cada um deles seja um sujeito consciente, activo e autónomo. É seu dever
conhecer como funciona o processo de ensino e aprendizagem para descobrir o
seu papel no todo isolamento. Pois, além de professor, ele será sempre ser
humano, com direitos e obrigações diversas.

Segundo Hélio e Sandra (2007), o papel do professor na resolução de exercícios


é de acompanhar o trabalho dos alunos, deixando-os a vontade para exercitar e
desenvolver seus raciocínios. Como o grau de dificuldade geralmente varia de
aluno para aluno, as orientações são, preferencialmente, individuais. Porém, no
caso de ocorrerem dúvidas generalizadas, com os indicativos necessários para a
solução do exercício de maneira específica.

Dante (1988), quando o professor adopta a metodologia da resolução de


exercícios, seu papel será de incentivador, facilitador, mediador das ideias
apresentadas pelos alunos, de modo que estas sejam produtivas, levando os
alunos a pensarem e a gerarem seus próprios conhecimentos. Deve criar um
ambiente de cooperação, de busca, de exploração e descoberta, deixando claro
que o mais importante é o processo e não o tempo gasto para resolvê-lo ou a
resposta final. Dado um exercício para ser resolvido em grupo ou individualmente,
é importante que o professor:

17
 Permita a leitura e a compreensão da mesma, proporcione a discussão
entre os alunos para que todos entendam o que se busca no problema
propicie a verbalização;
 Não responda directamente as perguntas feitas durante o trabalho e sim
incentive-os com novos questionamentos, ideias e dicas; Após a
determinação da solução pelos alunos, discuta os diferentes caminhos de
resolução, incentivando para soluções variadas -Também discutam
soluções erróneas;
 Não deve ter: longas listas de problemas são desmotivadoras, assim como
constantes fracassos e repetições são frustrantes.

Para evitar essas atitudes convém:

 Apresentar poucos exercícios com graduação de dificuldades e


aplicação de diferentes estratégias;
 A linguagem deve ser simples evitando a não compreensão do
problema;
 Permitir o uso de materiais concretos;
 Incentivar as descobertas do aluno, a diversidade de estratégias
utilizadas, a exposição de dificuldades, a análise e verificação da
solução, a criação de novos Problemas e a identificação do erro, para
que através dele possa compreender melhor o que deveria ter sido
feito;
 Sendo assim, o professor deve propor situações-problema que
possibilitem a produção do conhecimento, onde o aluno deve
participar activamente compartilhando resultados, analisando reflexões
e respostas, a final aprendendo a aprender.

Dessa forma o Libâneo (1998), afirma que o professor medeia à relação activa do
aluno com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas
considerando o conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à
sala de aula, seu potencial cognitivo, sua capacidade e interesse, seu
procedimento de pensar, seu modo de trabalhar. Nesse sentido o conhecimento
de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser respeitado e ampliado.
Ensinar bem não significa repassar os conteúdos, mas levar o aluno a pensar,
criticar. Percebe-se que o professor tem a responsabilidade de preparar o aluno

18
para se tornar um cidadão activo dentro da sociedade, apto a questionar, debater
e romper paradigmas.

O papel do professor no processo ensino e aprendizagem como mediador e


gerenciador do conhecimento, e não no papel de transmissor de informações. Os
conteúdos ministrados em sala de aula devem ser contextualizados,
considerando-se a experiência de vida do aluno e seu conhecimento de mundo.
Conhecer o aluno deve fazer parte da sua prática educativa da escola,
respeitando as diferenças e o limite de cada um, baseando-se na generosidade e
afectividade. O professor deve actuar de forma que leve o educando a pensar,
criticar e gerar dúvidas para a produção do conhecimento. É enfatizado, também,
que a escola não é a que detém o saber, mas a que intervém no processo
pedagógico ampliando o conhecimento com base no diálogo e nas
transformações sócio-político-culturais do mundo. A família e a escola devem
trabalhar em parceria visando à formação da identidade do educando como um
cidadão no convívio social. Através da revisão de alguns autores, mostra-se como
o professor deve exercer sua prática educativa e como ele deve acreditar e sentir
prazer no que faz.

No ponto de vista do investigador o papel do professor na resolução de


exercícios, ele assume o papel de facilitador mostrando o caminho fácil para
resolver o exercício no sentido de facilitar a compreensão dos alunos.

I.4. Breve história da electricidade

A electricidade é conhecida pela humanidade desde tempos remotos. Estudos


mais sistemáticos sobre o tema começaram a partir do século XVI e, desde então,
têm-se aprimorado cada vez mais as formas de geração, transmissão e uso
dessa energia.

A rápida expansão dos estudos em electricidade e em seu desenvolvimento


permitiram que seu uso se estendesse para diversas actividades humanas e se
transformasse no eixo norteador da sociedade industrial moderna.

19
I.4.1. Contribuição de alguns cientistas na electricidade

Foi na Grécia Antiga que o filósofo Tales de Mileto (624 a.C.-558 a.C.) observou
o processo de electrificação dos objectos, que, ao serem atraídos uns com os
outros, adquiriam a capacidade de atrair objectos metálicos, da forma como os
ímãs os atraem. Os gregos relacionavam esse fenómeno ao magnetismo, e
acreditavam que esses materiais tinham alma, por serem capazes de movimentar
outros objectos.

A palavra electricidade provém do grego eléktron, que significa “âmbar”. O


âmbar é uma resina fóssil petrificada, produzida por algumas árvores parecidas
com pinheiros, e foi um dos materiais mais utilizados para o estudo da
electricidade. Sabe-se que Tales de Mileto atritou um pedaço dessa resina ao
couro de um animal, e observou que ela adquiria a capacidade de atrair outros
objectos. Foi assim que ele descobriu o processo de electrificação (electrização),
ato de dotar um material de propriedades eléctricas.

Fenómenos eléctricos sempre despertaram a curiosidade dos seres humanos,


que desde os primórdios, admiravam os raios e perceberam que eles eram
capazes de produzir fogo. Contudo, foi após o período do Renascimento (fim do
século XVI) que as investigações sobre esses fenómenos se intensificaram.

No século XVI, o físico e médico inglês William Gilbert (1544-1603), publicou um


estudo que diferenciava polos magnéticos, força eléctrica e resistência. Foi Gilbert
que começou a utilizar com maior frequência a palavra electricidade, resgatando
os conhecimentos dos gregos.

Alessandro Volta (1745-1827) foi um físico italiano, colega de Luigi Galvani que,
diferentemente deste, concluiu que a electricidade tinha origem nos metais, e não
nos músculos dos animais. Assim, Volta provou que a electricidade poderia ser
gerada quimicamente, derrubando a teoria de que era produzida apenas pelos
seres vivos. Seus estudos em electricidade o levaram a inventar a pilha voltaica, a
primeira bateria a fornecer, de maneira contínua, corrente eléctrica a um circuito.
Tratava-se de um aparelho com diversos discos metálicos (de cobre e zinco)
empilhados e separados por discos de feltro, os quais eram embebidos em uma

20
solução condutora. Em homenagem à Volta, denomina-se volt a unidade de
tensão eléctrica.

Georg ohm, em 1826,realizou experiências que lhe permitiram estabelecer uma


lei com o seu nome. A experiência pode ser descrita através do recurso ao
circuito elétrico.

Gustav Robert Kirchhoff (1845-1887), físico alemão formulou as leis em


homenagem ao seu nome ( leis de Kirchhoff).

Estas leis foram formuladas em 1845 e são baseadas no princípio da


conservação da Energia, no princípioda conservação da carga elétrica e do
potencial elétrico ter o mesmo valor, em qualquer percurso, numa trajetória
fechada.

Thomas Edison (1847-1931), foi um dos maiores inventores da humanidade,


sendo a sua mais famosa invenção a lâmpada eléctrica incandescente, um
objecto que transforma energia eléctrica em energia térmica e energia luminosa.
A lâmpada eléctrica foi o primeiro dispositivo que permitiu utilizar electricidade
para produzir luz, fazendo Edison explorar esse produto de maneira comercial. A
primeira lâmpada foi acesa no dia 21 de Outubro de 1879, e brilhou por 45 horas
seguidas. Para a produção de electricidade em grande escala, Edison acreditava
que a melhor maneira seria utilizar uma corrente eléctrica contínua, apesar das
dificuldades técnicas e dos riscos da época.

Nikola Tesla (1858-1943), foi um inventor que deixou diversas contribuições


revolucionárias nos campos da electricidade e do magnetismo, tais como
conceitos envolvendo corrente eléctrica e o fornecimento de energia. Em seus
trabalhos, Tesla desenvolveu sistemas de potência eléctrica em corrente
alternada, que seriam uma alternativa para a transmissão de energia eléctrica em
grande escala, com maior eficiência em relação aos sistemas de corrente
contínua de Edison. Os sistemas de potência eléctrica em corrente alternada
permitiram o uso da energia como nós conhecemos nos dias de hoje, os sistemas
de comunicação em massa e o desenvolvimento da área da robótica.

21
A segunda revolução industrial, que teve início em meados do século XIX, foi
responsável pela expansão do uso de energia eléctrica em larga escala no
mundo. A produção de equipamentos eléctricos e o uso da energia eléctrica nas
indústrias, como alternativa aos combustíveis fósseis, fizeram com que a
dependência humana por essa modalidade de energia aumentasse. As
tecnologias que envolvem geração, distribuição e armazenamento de energia
eléctrica estão cada vez mais avançadas. Um exemplo disso são as baterias
utilizadas em smartphones e notebooks, cada vez menores, mais leves e mais
potentes e eficientes.

I.5.Circuito eléctrico

I.5.1. Circuito aberto, curto-circuito e circuito fechado

Um C.A possui uma resistência infinita, o que significa que circula uma corrente
nula para qualquer tensão finita aplicada sobre ele. Em um diagrama de circuito
isto é indicado por dois terminais não conectados não existe nenhum caminho
para circulação de corrente.

Um curto circuito-circuito é o oposto de um circuito aberto,ele possui uma tensão


zero sobre ele para qualquer corrente finita que estiver a circulando.

No diagrama, um curto-circuito é mostrado como um condutor ideal, um condutor


com resistência zero.

Nem todo circuito aberto ou curto-circuito é desejável,ambos podem seapresentar


como defeitos em circuitos, resultante da falha de algum elemento ou da sua má
utilização.

Para circuito fechado é caso do nosso estudo dentro do circuito, facilitando a


passagem de corrente e o funcionamento dos dispositivos.

Em um diagrama de circuito isto é indicado por dois terminais conectados


existindo caminho para circulação de corrente.

22
Os circuitos elétricos simples constituem-se em associação de resistores, fonte,
fios de conexão.

Fonte: SEARS • ZEMANSKY .Física universitária.2009

I.5.2. As grandezas principais da electricidade

As grandezas principais em electricidade são a tensão eléctrica, a corrente


eléctrica, a resistência eléctrica e a potência eléctrica. Essas grandezas sempre
estão presentes em qualquer circuito eléctrico e não podem ser dissociadas.

I.5.2.1 Tensão eléctrica

A tensão eléctrica é a diferença de potencial eléctrico (d.d.p.) gerada entre dois


pontos quaisquer. Essa diferença e responsável por colocar em movimento
ordenado as cargas eléctricas livres do meio condutor.

A unidade de tensão eléctrica é o volt (V) e a grandeza é representada pela letra


U.

A tensão eléctrica é medida por um aparelho chamado voltímetro. O voltímetro


deve ser conectado em paralelo aos dois pontos onde se deseja obter o valor da
tensão.

I.5.2.2 Corrente eléctrica

Com a analogia do reservatório de água, podemos comparara corrente eléctrica


com o fluxo de agua que flui de um ponto ao outro. A corrente eléctrica é o fluxo
ordenado de electrões em um meio que surge a partir de uma diferença de
potencial eléctrica (d.p.p.).
A intensidade da corrente eléctrica depende directamente do numero de electrões
que passam por uma unidade de tempo através de uma região do Condutor.

23
A unidade de corrente eléctrica é o ampere (A) e a grandeza é representada pela
letra I, em maiúsculo, para sinais contínuos e i, em minúsculo, para sinais
alternados.

A corrente eléctrica é representada convencionalmente pelo símbolo I, original do


alemão Intensitat, que significa intensidade.

A quantidade de electrões de um material define a sua carga eléctrica. Se o


material tiver electrões em excesso, sua carga e negativa. Se houver mais
protões que electrões, a carga e positiva. Cargas de mesmo sinal se repelem e
cargas de sinais opostos se atraem. A força de atracão ou repulsão entre as
cargas é conhecida como força electroestática, definida pela lei de Colombo.

Representando essa carga por Q, podemos calcular a intensidade de corrente


q
eléctrica pela seguinte fórmula.i=
t

Como exemplo de corrente eléctrica, podemos citar os raios, o vento solar ou o


fluxo de electrões em um condutor metálico.

A corrente eléctrica é medida por um equipamento chamado amperímetro.

O amperímetro deve ser conectado em serie aos dois pontos onde se deseja
obter o valor da corrente.

Intensidade da corrente elétrica

Vamos colocar um microscópio extremamente potente sobre umfio no qual passa


uma corrente elétrica. Imagine um corte no fio perpendicularà direção de
movimento das cargas. A área que surge neste cortechamamos de seção reta ou
seção transversal do fio. Podemos definir a intensidade da corrente elétrica no
condutor como a quantidade de carga que atravessa a seção reta do fio na
q
unidade de tempo t: i= (1)
t

24
Fonte:ROBERTO.L.BOYLESTAD,Introdução à análise de circuitos, São Paulo,2011

Lembramos que a quantidade de carga que atravessa o condutor é simplesmente


o número n de elétrons multiplicados pela sua carga eléctricaou seja, q=n e .

A unidade de corrente elétrica no sistema internacional é o ampère,em


homenagem ao matemático e físico francês André Marie Ampère (1775-1836). A
corrente de 1 A correspondente à passagem de 1 C de carga porsegundo pelo
condutor. Desta forma, 1 A=1 C /S .

Efeitos da corrente eléctrica

Sempre que cargas são movimentadas de forma a produzir corrente,elas têm


como resultado cinco possíveis efeitos:

A) Joule: este efeito, assim como o magnético, sempre ocorre quandouma


corrente passa por algum condutor. As cargas, durante seu movimentode
translação, chocam-se com os átomos, fazendo-os vibrar emtorno de suas
posições de equilíbrio. Esse aumento na vibração dosátomos do material resulta
em um aumento da temperatura. Esse efeitoé amplamente usado em
aquecedores e chuveiros.
B) Magnético: toda vez que uma carga se movimenta, ela gera um campo
magnético. Este belo fenômeno que possibilita o funcionamento de motores,
transformadores,microfones e alto-falantes.
C) Luminoso: quando o efeito Joule é muito intenso, pode ocorrer de o
materialque transporta corrente aquecer tanto de forma a ficar incandescente, ou
seja, emitindo luz. Este é o princípio de funcionamento das lâmpadas, uma das
primeiras aplicações práticas da eletricidade.
D) Químico: sua ocorrência mais corriqueira é a estocagem de energianas
baterias elétricas. Também podemos citar eletrólise, que é a decomposiçãode
uma determinada substância quando esta é atravessada poruma corrente elétrica.
Por exemplo, podemos separar a água em seusdois componentes, oxigênio e
hidrogênio.
E) Efeito fisiológico: os músculos do corpo humano são atuados pelosnervos
que conduzem impulsos elétricos provindos do cérebro. Se umacorrente elétrica
externa percorrer parte do organismo pode comprometero funcionamento de seus
órgãos, podendo, inclusive, levar à morte.

25
I.5.2.3 Resistência eléctrica

A unidade de resistência eléctrica é o ohm (Ω) e a grandeza é representada pela


letra R.

A resistência eléctrica é a propriedade do componente ou equipamento


electrónico em se opor a corrente eléctrica. O valor da resistência eléctrica
determina um material é isolante ou condutor. Quanto maior a resistência
eléctrica, mais isolante será o material. Da mesma forma, quanto menor a
resistência eléctrica, mais condutor será o material em relação a corrente
eléctrica.

Materiais condutores permitem que as cargas, os electrões, se movam com


facilidade. Nos materiais isolantes as cargas não podem se mover. Os resistores
são caracterizados por uma grandeza física que mede a oposição, oferecida pelas
partículas que os constituem à passagem de corrente eléctrica. Seja o resistor
representado no trecho de circuito AB, onde se aplica uma d.d.p U entre seus
extremos e se estabelece uma corrente de intensidade i.

A0———————/\/\/\/\/\/\———————0B

Define-se como resistência eléctrica R do resistor o quociente da d.d.p U entre


seus terminais pela corrente I que o atravessa.

U
R= (1)
I

Observações:

De uma maneira em geral, a resistência eléctrica R do resistor depende tanto da


sua natureza e das suas dimensões como da sua temperatura. Portanto, em
geral, a resistência de um resistor é uma grandeza variável.

Os fios metálicos que fazem parte de um circuito eléctrico também funcionam


como resistores, ou seja, eles também oferecem uma certa resistência à
passagem de corrente. Ocorre, porém, que normalmente sua resistência é muito
pequena, quando comparada com a resistência dos demais resistores envolvidos

26
no circuito, podendo ser considerada desprezível. Nesses casos, sua
representação é uma linha contínua.

I.5.3 Condutores e isolantes

Materiais isolantes são aqueles emque as cargas elétricas têm dificuldade em se


movimentar, enquanto quenos materiais condutores as cargas movimentam-se
facilmente. Esta definição,no entanto, vale para potenciais elétricos considerados
baixos.

Quando o campo elétrico é muito intenso, um corpo inicialmente isolantepode se


tornar um condutor, pois os elétrons mais externos dos seus átomos constituintes
são arrancados e passam a se movimentar dentroda substância. Um exemplo
bem característico é o ar. Se aproximarmos o dedo em alguns milímetros de uma
tomada 110V ou 220V, não seremos eletrocircutados, desde que a parte metálica
não seja tocada. Isto porque opotencial elétrico é muito pequeno. No caso dos
relâmpagos, facilmente observa-se ddp da ordem de 100 milhões de volts. O
potencial elétricoé tão intenso que ioniza o ar e o torna condutor.

Qualquer corpo pode ser eletrizado, ou seja, receber um excessode cargas


elétricas, seja ele um condutor ou um isolante. No entanto,fenômenos diferentes
ocorrem dependendo da natureza do corpo.

No caso de um corpo isolante, é possível eletrizar apenas determinada região do


corpo. Basta acrescentar àquela região um excesso decarga. Como num isolante,
as cargas não podem se movimentar livremente, elas ficam concentradas na
região onde foram introduzidas. Outras regiões não alteram a quantidade de
carga. Mas existem técnicas de eletrização que permitem carregar corpos
isolantes de maneira uniforme sobre todo o seu volume. Se este for o caso, o
potencial elétrico será omesmo em qualquer ponto do corpo.

Quando introduzimos um excesso de carga em um corpo condutor,as cargas


extras tornam-se livres para se movimentarem dentrodo corpo. Como as cargas
introduzidas têm o mesmo sinal, elas se repelirão,buscando ficar o mais afastado
umas das outras. A região queoferece esta possibilidade é a superfície. A
movimentação das cargasse dá de uma forma extremamente rápida.
Praticamente de imediato as cargas se rearranjam sobre a superfície e o corpo

27
atinge o equilíbrio eletrostático. Logo, não existe excesso de carga no interior do
condutor e, portanto, em seu interior o campo elétrico é nulo. Se o campo elétrico
é nulo, uma carga não sofre força nenhuma, independentemente de qual região
interna do condutor ela esteja. Se não há força, então temos que o potencial
elétrico no interior do condutor é constante e igual ao da superfície.

O fato de as cargas se acumularem na superfície do condutor foi demonstrado em


1729, por Stephen Gray, ao carregar cubos feitos dematerial condutor. Tanto os
cubos ocos quanto os maciços apresentavam as mesmas propriedades elétricas,
indicando que o miolo do corpo não continha carga nenhuma. Em 1767, Joseph
Priestley mostrou que, quando dentro de um corpo condutor oco fosse colocado
um objeto com carga elétrica, este não sofreria força elétrica alguma. Na região
externa ao corpo carregado, seja ele isolante ou condutor, tanto o campo quanto
o potencial elétrico se comporta como se toda a carga estivesse concentrada num
ponto no seu centro. Em outras palavras, para pontos externos ao corpo é
indiferente se as cargas estiverem distribuídas por todo ele ou se estivessem
contidas em apenas uma partícula.

Bons condutores: todos metais em geral, os ácidos,as bases,os sais, os corpos


humanos, o chão e entre outros como o cobre, alumínio, prata etc...

O vidro,o pau e folha seca,o plástico, borracha, ar seco, agua destilada são maus
condutores e outros são utilizados como isolantes.

Observação: existem materiais que se comporta como condutor ora isolante,


denomina-se semi condutor (constitui determinado grupo de elementos químicos
cujas características elétricas são intermediárias entre as dos condutores e os dos
isolantes).

I.5.3.1 Resistência de um condutor.

Quando adaptamos a mesma diferença de potencial nos extremos de duas barras


geometricamente iguais,uma de cobre e outra de vidro,verifica-seque a
intensidade da corrente em cada uma é diferente. A explicação para esta
diferença está numa característica do condutor chamada resistência.

28
A resistência eléctrica de um condutor éuma grandeza física que écaracterística
desse condutor,e mede a dificuldade que o condutor oferece à passagem da
corrente elétrica e com a diferença de potencial da seguinte forma:

U
R= (1).
I

A unidade SI da resistência é o ohm, cujo símbolo é Ω.

A resistência eléctrica de um condutor depende dos seguintes factores:

 Comprimento do condutor (l): o comprimento do condutor é directamente


proporcional à resistência;
 Área da secção recta (s): a resistência eléctrica de um condutor é
inversamente proporcional à área da sua secção recta que tem a unida no
SI é o metro quadrado m2;
 A natureza do material de que é feito o condutor: a grandeza física
relacionada com a natureza do material que constitui o condutor chama-
se resistividade ( ρ ). A expressão que relaciona estes factores é:

L
R=ρ (2)
S

Escrevendo a expressão anterior em função da resistividade,temos:

S
ρ=R (3).
L

A resistividade de um material é a resistência eléctrica de um condutor desse


material com comprimento unitário e área da sua secção recta também unitária. A
resistividade, também chamada de resistência eléctrica específica,representa o
quanto a substância se opõe à passagem da corrente eléctrica.Quanto menor for
ovalor da resistividade de um determinado material mais facilmente ele permite a
passagem da corrente eléctrica,e quanto melhor for o condutor, esse facto
também se verifica. A resistividade de um material depende da temperatura a que
se encontra o material. A unidade SI da resistividade é o ohm metro (Ωm).

Como a resistividade é dependente da temperatura,ela é apresentada na maioria


das vezes a uma temperatura de 20ºC. Nos metais,a resistividade aumenta com o

29
aumento da temperatura, já nos semicondutores aumenta com a diminuição da
temperatura. O melhor condutor eléctrico à temperatura ambiente é o cobre; no
entanto, o seu uso em larga escala é muito caro.

Na tabela seguinte apresenta-se a resistividade de algumas matérias.

MATÉRIAL RESISTIVIDADE a
20ºC(Ωm)
Prata 1,59. 10-8
Cobre 1,68. 10-8
Alumínio 2,65. 10-8
Tungsténio 5,6. 10-8
Ferro 9,71. 10-8
Platina 10,6 .10-8
Mercúrio 98. 10-8
Carbono (amorfo) 3,5. 10-5
Germânio 0,45
Silício 2,5. 103
Vidro 1012 a 1013

Fonte: LOBO, A. Física 10a classe.Ld.Angola,2007

Em conclusão, a resistência é Característica de um dado condutor e depende


do material de que efeito e sua forma, enquanto a resistividade representa
uma característica do material condutor. Resistoré um ente concreto e a
resistência eléctrica é um ente abstracto.

I.5.4 POTÊNCIA ELÉTRICA

Em física, costumamos associar o conceito de potência à quantidade de trabalho


que algum agente realiza em determinado intervalode tempo. Já o trabalho, por
sua vez, pode ser definido como o fluxo de energia de uma forma para outra. Por
exemplo, um motor a combustão pode transformar a energia química de um
combustível líquido, como agasolina, em energia mecânica de movimento de um
automóvel. Já um motor elétrico transforma energia elétrica em energia mecânica.
Por fim, um resistor transforma a energia elétrica em energia térmica, ao que
chamamos de efeito Joule.

30
Já sabemos que a taxa de realização de trabalho do motor, ou seja, sua potência
P é dada por:
w
P=
t
(1).
Sabendo que o trabalho é dado em joules e o tempo é dado emsegundos, temos
que a unidade de potência é o watt:
J
1 W =1 .
S
A ddp, ao qual está ligado o resistor, força a passagem de carga em seu interior
causando a conversão de energia elétrica em térmica.
Este trabalho é dado por:
w=qU (2).
Com a fórmulas (1 e 2), lembrando a definição de corrente electrica
i = q/t, chegou-se à potência dissipada pelo resistor em termos da corrente e da
ddp:

qU
P=
t
→ P=iU (3).
Da definição de resistência elétrica, U = R i, é possível reescrever esta fórmula
para a potência:
2
U
2
P=R i → P= (4).
R

I.6. Primeira Lei de Ohm

Georg ohm,em 1826,realizou experiências que lhe permitiram estabelecer uma lei
com o seu nome. A experiência pode ser descrita através do recurso ao circuito
elétrico.

As grandezas: corrente, tensão e resistência.

As duas grandezas fundamentalmente, tensão e corrente estão relacionadas por


uma terceira grandeza de importância igual, a resistência. Em qualquer sistema
elétrico a pressão é a tensão aplicada, e o resultado (ou efeito) é o fluxo de carga
ou corrente. o valor da intensidade resultante é controlada pela resistência, do
sistema. Quando maior a resistência,menor a corrente, e vice versa.

31
Este efeito é óbvio imediatamente quando examina a lei de ohm.

Em palavras, afirma que a posição mais elevada (+) numa queda de potencial
através de uma resistência é definida pelo terminal através do qual a corrente
entra na resistência.

Ela é verificada a partir das medições dessas grandezas eléctricas em circuitos


eléctricos simples, formados com uma fonte e um resistor.

I.6.1 Aplicação da Primeira Lei de Ohm

Utiliza-se a Primeira Lei de Ohm para determinar os valores de tensão (U),


corrente (I) ou resistência (R) em um circuito.

E para obter o valor da grandeza desconhecida em um circuito, basta conhecer


dois dos valores da equação da Lei de Ohm: U e I, I e R ou U e R.
Para determinar um valor desconhecido, a partir da formula básica,
U
I=
R
(1).
Pode-se isolar o termo procurado com a ajuda de operações matemáticas,
obtendo-se as fórmulas derivadas:
U
R=
I
(2) eU =R . I (3)
Observação

A intensidade da corrente eléctrica que percorre um resistor é directamente


proporcional à tensão entre seus terminais. Essa lei de Ohm é valida apenas para
alguns resistores, que foram determinados resistores ôhmicos.

Os resistores para os quais a resistência não se mantém constante são


denominados resistores não-ôhmicos. A unidade de resistência eléctrica no SI é
ohm (Ω)

I.7. ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS ELÉLCTRICAS

Frequentemente, há necessidade de associar resistências devido ao facto de o


valor de que necessitamos ser diferente do valor das resistências.Numa

32
associação de resistências, chama-se resistências equivalente,Req,
àresistência que faria o mesmo que a associação.

I.7.1 Associação de resistências em série

Num circuito eléctrico as resistências em série quandoestão ligadas umas a


seguir às outras, de modo a serem percorridas pela mesma intensidade da
corrente elétrica.

Considera-setrês resistências ligadas em série, apresentadas na figura seguinte:

Fonte: própria do autor

Experimentalmente, verifica-se o seguinte:

 A intensidade da corrente eléctrica que atravessa cada resistência é a

mesma; I T= I =I =I
1 2 3 (1).
 A diferença de potencial nos terminais das duas resistências é iggual à
soma das diferenças de potencial nos terminais de cada resistência, ou
seja,U T =U 1 +U 2 +U 3 (2)
U
 Aplicando a lei de ohm, I = podemos calcular a resistência
R
equivalente ou total: com U T =U 1 +U 2 +U 3ou I T × RT =I 1 R1 + I 2 R2 + I 3 R 3
Como a corrente é a mesma então podemos escrever que:
RT I T =I (R 1+ R 2+ R 3)

Assim, para resistências ligadas em série teremos:


RT =R1 + R2 + R3 (3)

Para N resistores podemos escrever que:


RT =∑ Ri ou RT =R1 + R2 + R3 +… … ..+ R N (4).

Assim, a resistência equivalente é igualà soma das resistências parciais.

Caso os resistores forem iguais então:

33
RT =N × R (5)

 A renitência equivalente entre os pontos A e B é a resistência que,


percorrida pela intensidade de corrente l, tem nos seus terminais a
mesma diferença de potencial que existe entre os pontos A e B:

Este tipo de associação trás inconvenientes porque basta a corrente eléctrica ser
interrompida num sitio para todos os elementos do circuito deixam de ser
atravessados por corrente.

Observação: Na associação em série a resistência equivalente é sempre maior a


resistor de maior resistência no circuito.

I.7.2 Associação de resistências em paralelo

Fonte: SILVA, M.F. Electricidade.Brazil.2014.

Num circuito eléctrico, dois ou mais resistências estão associadas em paralelo


quando estão ligadas pelos seusterminais de modo a ficarem sujeitas à mesma
diferença de potencial.

Considera-se três resistências ligadas em paralelo, apresentadas na figura em


cima. Experimentalmente, verifica-se o seguinte:

 a diferença de potencial nos terminais de cada resistência é a mesma;

U T =U 1=U 2=U 3 (1)

 a intensidade da corrente eléctrica que chega ao ponto distribui-se


pelas trêsresistênciasR1 ,R2 e R3 e a lei da conservação da carga impõe
que:

I T =I 1 + I 2+ I 3 (2)

34
Como os terminais das resistências são os mesmos,a tensão é igual a:

U =I 1 R1=I 2 R2=I 3 R3

U U U
Ou seja; I 1= , I 2= e I 3=
R1 R2 R3

O que significa que as correntes se distribuem pelas resistências de forma


inversamente proporcional a essas resistências. Pela resistência maior passa
menos corrente do que pela resistência menor.

Aplicando a lei de ohm, podemos calcular a resistência total ou resistência


equivalente:

UT U1 U2 U3
Com I T =I 1 + I 2+ I 3ou = + +
R T R1 R2 R3

( )
UT 1 1 1
=U + +
RT R1 R 2 R 3

1 1 1 1
= + +
R T R1 R2 R3

 a resistência equivalente desta associação é dada por:

1 1 1 1
= + +
R T R1 R2 R3
(3)

A resistência equivalente numa associação de várias resistências em paralelo é


1 1 1 1 1 1 1
dada por. =∑ ou = + + + ⋯ ⋯ ⋯ + (4)
RT R N R T R1 R2 R3 RN

Quantas mais resistências associarmos em paralelo, menor será o valor da


1
resistência equivalente. Note-se que a equação não é para RT mas para R , exigi-o
T

no final, que se determine o inverso da soma. Oinverso da resistência é chamado


condutância, pois que representa a medida da condutividade do
elemento.Quanto menor a resistência maiora condutância e vice-versa

1
G= (5)
R

35
Casos particulares

Duas resistências em paralelo para caso especial frequentemente encontrado nos


circuitos elétricos, a resistência equivalente pode ser empregue para se deduzir a
seguinte expressão:

R1× R2
RT = (6)
R1 + R2

Isto mostra que a resistência equivalente de duas resistências em paralelo,


simplesmente o produto de duas resistência dividida pela sua soma. Mas também
para N resistências pode se aplicar todas as combinações possíveis:

R 1 × R 2 × R 3 × … .× RN
RT =
R 1 R2 + R1 R2 + R2 R 3+ …+ R N RN
(7).

No caso as resistências forem iguais, de igual modo pode se deduzir a seguinte


expressão:

R
RT = (8)
N

Com N, número de resistor repare que se tiver em paralelo duas resistências


iguais, a resistência equivalente é igual a metade do valor de uma delas. Se tiver
três resistências iguais em paralelo, a resistência equivalente é um terço do valor
de cada uma delas, etc.

Observação: Na associação em paralelo a resistência equivalente é sempre


menor a do resistor de menor resistência no circuito.

I.7.3 Associação mista


Em algumas situações, temos uma associação mista de resistores,que envolve
associações em série e em paralelo no mesmo circuito.

Fonte: SILVA, M.F. Electricidade.Brazil.2014.

36
Se quisermos encontrar a resistência equivalente de uma associaçãomista, temos
que proceder da seguinte forma. Inicialmente, buscamos os nós do trecho entre
os terminais. A seguir, determinamos que tipo de associação, se em série ou em
paralelo, apresenta-se entre cada par de nós. Por fim, encontramos a resistência
equivalente de cada trecho entre os nós, procurando resolver primeiro os casos
em paralelo.

Para determinar a tensão e a corrente em cada resistor, temos que lembrar as


propriedades que vimos anteriormente para cada tipo de associação.

I.8 Leis de circuitos derivados

Alguns circuitos não são tão simples como os analisado até agora. Note que a
rede eléctrica pode ter apenas um gerador.Um ponto do circuito do qual se ligam
dois ou mais elementos ou o ponto de convergência de dois ou mais ramos
chama-se nó.

Um conjunto de ramos que constitua um percurso fechado para a corrente


designa-se por malha.

Quando, num nó, a corrente se divide por vários ramos, a intensidade da corrente
em cada ramo é tanto maior quanto menor for a resistência desse ramo, ou seja:
«As intensidades das correntes derivadas são inversamente proporcionais
àsrespectivas resistências» Este é o enunciado da chamada lei dos circuitos
derivados. »

I.8.1 Leis de Kirchhoff

Não é possível determinar a totalidade das tensões e correntes presentes num


circuito, conhecendo apenas os elementos que o constituem e as
respectivasequações características. Para tal, é necessário o conhecimento de
duasimportantes leis, designadas como Leis de Kirchhoff.

Estas leis devem o seu nome em homenagem ao físico alemão Gustav


RobertKirchhoff (1845-1887).

Estas leis foram formuladas em 1845 e são baseadas no princípio da


conservação da Energia, no princípioda conservação da carga elétrica e do

37
potencial elétrico ter o mesmo valor, em qualquer percurso, numa trajetória
fechada.

As Leis de Kirchhoffsão as seguintes:

 1a Lei de Kirchhoff ou Lei dos nós


 2a Lei de Kirchhoff ou Lei das Malhas.

I.8.2. Lei dos nós ou 1a lei de Kirchhoff

«A soma algébrica (soma das correntes com os sinais) de todas as correntes


queentram numa nó é nula

(∑ I =0 ) (1).

Por convenção, as correntes queentram num nó são consideradas como positivas


e as que saem são consideradas como sendo negativas.

De acordo com as correntes representadas na figura abaixo, a Lei dos Nó permite


obter a equação.

I 1=I 2+ I 3 + I 4 + I 5ou −I 1=I 2+ I 3 + I 4 + I 5

Fonte:ROBER
TO.L.BOYLESTAD,Introdução à análise de circuitos,São Paulo,2011

Se a soma das correntes que entram num nó não fosse nula, isso significaria
queo nó estava a armazenar carga, uma vez que a corrente elétrica é um
deslocamento de cargas. Porém, um nó é um condutor perfeito e, como tal, não
pode acumular carga.

I.8.3. Lei das Malhasou 2a Lei de Kirchhoff

«A soma algébrica (soma das d.d.p. com os sinais) de todas as d.d.p. ao longo de
qualquer malha é nula em qualquer instante de tempo»

38
¿) (1)

De acordo com o sentido de referência das d.d.p. que pode ser representadas em
qualquer figura e circulando no sentido dos ponteiros do relógio, a aplicação da
Lei das Malhas permite obter a equação:

(U 1 +U 2 +U 3 =0)

Saliente-se que se considerou o simétricodas d.d.p., uma vez que o sentido de


referência representado é contrário ao sentido de circulação considerado. Não é
determinante escolher o sentido horário ou o anti-horário, uma vez que
asequações obtidas de uma ou de outra forma são exatamente equivalente.

39
CAPÌTULO II. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

No presente capítulo apresenta-se a proposta do tratamento metodológico


elaborada, que explique como se determina a resistência equivalente no circuito
elétrico em paralelo, tendo em consideração as dificuldades que os alunos da 10ª
classe do Complexo EscolarPrivado Progresso apresentaram.

II.1 Caracterização do local da pesquisa

A pesquisa foi desenvolvida numa instituição escolar privada nomeada Complexo


Escolar Progresso, que é sita na rua 8 de Julho, Zona 1 no Bairro 4 de Fevereiro
no Município de Mbanza Kongo, Província do Zaire;

A principal incumbência do Colégio é de Coadjuvar o Governo de acordo o


decreto-lei no 43/02, inscrito ao Diário da República, 1 asérie Nº 70 de 3 de 9 do
seu artigo 38º. Com a visão de diminuir o numero de alunos fora do sistema do
ensino e participar em todas actividades do Governo, caso for convocado. Com o
objectivo da responsabilidade e o sucesso dos seus alunos sem descriminação
racial, religião ou partidária.

Em Mbanza Kongo, existia poucas escolas estatais nos anos 2004, 2005 e muitas
crianças se encontravam fora do ensino, o promotor do dito complexo o sr.
Makiadi teve a ideia de abrir um centro de explicação em Janeiro de 2006, fez o
pedido a educação local e a mesma transcreveu e dirigiu a Direcção Provincial da
Educação onde emitiu-se um ofício autorizando, a abertura de um centro de
explicação com um número de alunos não Superior.

Tendo em conta o número de alunos que se encontravam fora do sistema do


ensino. Os pais e encarregados quando ouviram a abertura do referido, centro
apareceram em grosso com os seus filhos e matriculou-se mais de 600 alunos,

40
embora com imensas dificuldades mas, tínhamos que satisfazer o desejo do
povo.

As matrículas foram feitas no prazo de três dias fechou-se por falta de salas. E no
dia 12 de Fevereiro de 2006 as aulas começaram e mudou-se o nome em vez do
centro passou a ser denominado Colégio Progresso.

No primeiro ano a escola trabalhou com o Ensino Primário, depois de 2 anos abriu
o primeiro Ciclo. No ano 2017, abriu-se o segundo Ciclo do Ensino Secundário,
com os seguintes cursos funcionando em três períodos matinais vespertinos e
noturno. As opções são:

 Ciências Físicas e Biológicas (CFB);


 Ciências Económicas e Jurídicas (CEJ);
 Ciências Humanas (CH).

O complexo é dirigido por um conselho de direcção constituído de:

 Director do complexo;
 2 Subdirectores Pedagógicos e 1 Administrativo;
 Coordenadores de turnos, turmas e cursos;
 Coordenadores de comissão Disciplinar;
 Coordenadores das Actividades Extras Escolar;
 Delegados da Comissão de pais e Encarregados e de Educação;
 Representantes de outras, para atender casos específicos.

O complexo possui:

 Gabinete do Director Geral;


 Gabinete do Subdirector Pedagógico do Ensino Primário;
 Gabinete do Subdirector Pedagógico do 1º e 2º Ciclo;
 Gabinete do Subdirector Administrativo;
 Sala dos Professores;
 Sala dos coordenadores de turnos, embora ainda esteja em uso;
 5 Quartos de Banho;
 Uma Secretária;
 13 Salas de aulas.

41
O complexo escolar funcionou no ano lectivo de 2021/2022 com os seguintes
funcionários:

 8 Administrativos;
 8 Professores afetados ao ensino primário;
 19 Professores afetados ao 1º Ciclo;
 20 Professores afetados ao 2º Ciclo;
 4 Segurança escolar;
 5 Auxiliar de limpeza.

II.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA

II.2.1. População

A população é um conjunto formado por todas as unidades de análise ou por


todas características que são de interesse relevantes, para o investigador.
Podemos afirmar que uma população “é um conjunto de indivíduos ou objectos
que apresentam pelo menos uma característica em comum”

1. População dos alunos

Nesta pesquisa trabalhou-se com a população de 146 alunos da 10ª classe do


Curso de Ciências Físicas e Biológicas destes: 106 Masculinos e 40 Femininos.
Sento e quarenta e seis (146)alunos de ambos géneros que formam a turma A e
B, da 10a classes Ciência Físicas e Biológicas no ano 2021/2022 representando
100%, como indica o quadro abaixo.

Quadro 02: População em estudo

Género
Total
População Masculino Feminino
Fr % Fr % Fr %
Turma A 71 48,6 28 19,2 99 67,8
Turma B 35 23,9 12 8,2 47 32,2
Total 106 72,6 40 27,4 146 100
Fonte: C.E.P.P, 2021/2022.Quadro 1: População dos alunos

2. População dos professores

42
O quadro abaixo relata-nos os professores que leccionam a disciplina de física no
Complexo Escolar Privado que são compostos por dois (02) professores do sexo
masculino equivale a 100%.
Quadro 3: População dos professores

Género
Total
População Masculino Feminino
Fr % Fr % Fr %
Professores 02 100 00 00 02 100
Total 02 100 00 00 02 100
Fonte: C.E.P.P, 2021/2022.

II.2.2 Amostra

É um conjunto extraído por um procedimento técnico da população, que vai ser


estudado e com base no qual se pretende generalizar os resultados, constituem
unidades de análise supostamente representado em maior ou menor grau as
características da população. Neste trabalho, adoptou-se o tipo de amostragem
intencional. Na mesma ordem de ideia, escolheu-se de forma intencional a turma
A dos alunos da 10a classe Ciências Físicas e Biológicas: Amostra em estudo.

Quadro 4: Amostra dos alunos.

Género
Total
Amostra Masculino Feminino
Fr % Fr % Fr %
Turma A 71 71,7 28 28,3 99 100
Fonte: C.E.P.P, 2021/2022.

O quadro acima indica que:

 Os alunos diagnosticados são noventa e nove (99) repartidos em setenta e


um (71) de género masculino equivalente a 71,7%vinte e oito (28) de
género feminino totalizando a 28,3% da amostra da presente investigação.

II.3. Metodologia utilizada na investigação

II.3.1.Tipologia da pesquisa

43
Quando se pretende construir um estudo é necessário traçar o caminho a ser
percorrido, para que se alcancem os objetivos da pesquisa, de modo que se faz
necessário observar qual a natureza da pesquisa. Desse modo, a presente
pesquisa possui natureza quanti-qualitativa, ressaltadas por sua diversidade e
flexibilidade, que não admitem regras precisas possibilitando a descrição dos
dados e o significado que a eles é atribuído.

II.3.2 Métodos de pesquisas

Todo trabalho de investigação desenvolve-se sob o enfoque dialéctico como


metodologia geral, neste trabalho foram empregues os seguintes métodos:

a) Métodos teóricos:

 Método histórico-lógico: foi aplicado para explicar a evolução


histórica do tema e seus fundamentos de modo a caracterizar e
determinar as regularidades importantes para uma proposta
elaborada.

 Analítico-sintético: Serviu para processara informação científica


consultada e recolhida, mediante a aplicação dos diferentes instrumentos e
identificar os factores que influem na aprendizagem na determinação de
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.
 Indutivo-dedutivo: Permitiu efectuar valorações correspondentes a partir
do estudo de elementos particulares, que possibilitarão chegar a
conclusões gerais e propor uma proposta metodológica através dos
instrumentos aplicados e a bibliografia consultada.

b) Métodos empíricos:
 Observação participativa: No centro das nossas atenções, foi aplicado
este método tendo em conta a observação feita nas aulas assistidas,
durante a pesquisa do nosso trabalho e a participação dos alunos, para
determinarmos quais das existentes na proposta metodológica no processo
de ensino - aprendizagem para a determinação da resistência equivalente
no circuito eléctrico em paralelo.
c) Método estatístico

44
Utilizou-se fundamentalmente da perspectiva estatística, que lida com
análise probabilística. Que indicou certas margens de erros, cujos suas
conclusões mostram-se com grandes possibilidades de acertos.

Possibilitou na recolha e analise dos dados recolhidos no pré-teste e no


pós - teste dos testes pedagógicos aposto aos alunos e bem como o
questionário aplicado ao professor

II.3.3Técnicas de recolha de dados:

 Observação das aulas: Utilizou-se uma guia da observação das aulas


como instrumento para recolher dados apêndice (03) munido de diferentes
aspectos didáctico – pedagógicos a observar nas aulas da disciplina de
Física para obter informações sobre o andamento do processo de ensino-
aprendizagem da Física, sobretudo na determinação da resistência
equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10a classe Ciências Físicas
e Biológicas do C.E.P.P.

 Inquérito por questionário: Foi aplicado ao professor que lecciona o


conteúdo em referência mediante um questionário previamente
concebido conforme o apêndice (01) com objectivo de acolher dados
necessários sobre o ensino – aprendizagem da resolução de problemas
de Física em geral e sobre as dificuldades encontradas na
determinação de resistência equivalente no circuito eléctrico em
paralelo.

 Testes pedagógicos: Foram aplicados com propósito de determinar e


diagnosticar o rendimento escolar dos alunos ao tema proposto, bem como
as dificuldades apresentadas pelos mesmos para comprovar o seu grau de
conhecimentos, nos diferentes tipos do tratamento na determinação de
resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.
Os conjuntos desses métodos, apoiados no sistema de acções elaborado,
organizaram uma informação confiável, que dá resposta às perguntas científicas
como ao objectivo plantado, para permitir diagnosticar o estado real e o trabalho
com a determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo

45
na 10a classe Ciências Físicas e Biológicas do Complexo Escolar Privado
Progresso em Mbanza Kongo.

II.4 Questionário dirigido ao professor

Aplicou-se um questionário ao professor que lecciona a disciplina de Física na


referida turma no Complexo Escolar Privado. Este questionário em apêndice (01)
foi dirigido para obter esclarecimento sobre alguns aspectos relacionados com a
sua atividade docente em geral e sobre o tema em estudo, cujas respostas são:

1 Quanto ao nível a cademico a uma diferença entre o professor

licenciado e um técnico médio, atuar segundo ciclo, o inquerido é

licenciado formado em ciências de educação, opção ensino de Física,

2 Quanto ao tempo como professor de física, existe uma diferença entre o

professor com mais anos de experiência e com o de menos anos, sendo

a resposta do professor já trabalha como docente da disciplina de Física

entre 5 a 10 anos.

3 Foi perguntado ao professor se que método tem utilizado, porque a

escolha do método se não for adequado com aula, isto leva ao

professor não antigir o seu objectivo e os alunos também podem ou não

desenvolver as suas habilidades, com isso o professor afirma que, tem

utilizado o método elaboração conjunta e exposição problemica.

4 Com toda certeza, o mesmo voltou a negar que; a coordenação de

Física não tem promovido seminário sobre abordagem metodológica de

alguns temas a nível da Escola.

46
II.5 questionário dirigido aos alunos

Com o objectivo de inquirir situações observadas no momento de assistência das


aulas, dirigiu-se um questionário aos alunos,apêndices (02) no qual alcançou-se
os seguintes resultados:

 De acordo com o género, nos 99alunos que constituem a amostra, 71,7%


(71) dos alunos são do género masculino e 28,3% (28) do género feminino.
 Sobre o gosto da disciplina de Física 30,3% (30) têm gostado muito a
disciplina de Física, 33,3% (33) tem gostado pouco e 36,4 %(36) não
gostam da Física.
 A cerca do estudo das resistências eléctricas 85,9% (85) alunos já tinham
estudado as resistências eléctricas no circuito em paralelo e 14,1% (14)
ainda não tinham estudado.
 Sobre o domínio, 20,2% (20) responderam que tem domínio na
determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo e
79,8 %(99) não tem domínio.
 Em termo de manuais, 100% (99) dos alunos responderam que não
possuem manuais de apoio que trata de resistência eléctrica.

II.6 Sobre a observação da aula


Os resultados da aula observada na 10ª classe Ciências Físicas e Biológicas,
turma A, no Complexo Escolar Progresso revelam que:

 O professor lecciona normalmente, apesar da falta de materiais didácticos


na referida instituição tais como: Livros de Física;
 Ele fornecia conteúdo aos alunos em relação ao tema em referência com
algumas limitações;
 Havia pouca participação por parte dos alunos na resolução dos exercícios
sobre a determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em
paralelo, porque os mesmos apresentam dificuldades enormes sobre a
Matemática e não dominam as grandezas físicas com as suas unidades no
S.I, tanto como na interpretação dos exercícios por falta de noções de
Língua Portuguesa;

47
 Falta de domínio suficiente de conteúdo por parte dos alunos sobre com a
complexidade da disciplina.

 O professor utilizou os métodos: expositivo e demonstrativo na


determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.

II.7. Proposta metodológica para determinação da resistência

equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10ª classe

II.7.1. Indicações metodológicas para a implementação da proposta

Fundamentamos a nossa proposta metodológica nos procedimentos algorítmicos,


sendo elemento norteador para organizar a proposta metodológica que contribua
para o desenvolvimento do processo de ensino - aprendizagem nadeterminação
da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo na 10ª classe.

Na visão de Pólyaet al (2003), para que um aluno tenha sucesso na resolução


dos exercícios em Física sugere-se que faça o uso desta metodologia:

 Compreender o exercício: Para Polya, precisamos compreender o


exercício antes de começar a resolver, por isso é necessário que o aluno
realmente deseje resolver o exercício, tenha interesse e esteja motivado
para achar a solução;
 Elaborar um plano: Elaborar um plano de acção para resolver o exercício,
fazendo a conexão entre os dados do exercício; esta seria uma estratégia
para chegar à solução ou à resolução do exercício. Polya enfatiza que o
professor deve estimular o aluno a pensar e estruturar planos para resolver
um exercício;
 Executar o plano: Segundo Polya, o aluno deve executar o plano
verificando cada passo a ser dado. Nesta etapa o estudante tem que
executar as possibilidades elaboradas pondo em prática suas estratégias;
 Fazer o retrospecto ou verificação: nesta etapa, analisa-se a solução obtida
e a verificação do resultado. Esse processo cuidadoso é um excelente

48
exercício de aprendizagem e serve também para detectar e corrigir
possíveis enganos.

II.7.2 Fluxograma para a resolução de exercícios sobre a resistência


equivalente no circuito elêctrico em paralelo.

Foi elaborado o fluxograma de resolução de exercícios sobre a resistência


equivalente no circuito elétrico em paralelo a fim de aprimorar a aprendizagem
dos alunos. O mesmo foi inspirado a partir dos passos de resolução de exercícios
no ensino de Física de Polya(1945) adaptado pelo autor da presente investigação
consoante as debilidades apresentadas aos alunos da 10 a classe Ciências Físicas
e Biológicas turma A do Complexo Escolar Progresso e o nível de conhecimento
que eles apresentam nas disciplinas de Física e Matemática.

As etapas caracterizam o fluxograma proposto na presente investigação conforme


ilustra abaixo

1a Comprender o
exercício
Etapas

2a Estabecer o
plano ou Guião
3a Executar o
plano
4a Analisar o
resultado obtido
Fonte: elaboração propria apoiado pelo Polya 1945.

II.7.3 Tarefas correspondentes por cada etapa do fluxograma.

1.a etapa: Compreender o exercício

Nesta etapa deve-se fazer o seguinte:

 Ler e reler com máxima atenção;


 Interpretar e determinar os dados;

49
 Determinar a incógnita
 Se for necessário representar a situação-problema através de desenhos ou
esquema de circuito para facilitar na interpretação do enunciado;
.
2.a etapa: Estabelecer o plano ou Guião

Nesta etapa convém de:

 Listar todas as grandezas dadas no enunciado;


 Estar convicto com a incógnita
 Anotar todas as fórmulas a utilizar em função do passo descrito anterior;
 Obter as grandezas que não são conhecidas e das quais depende a
determinação da grandeza incógnita;
 Demonstrar às fórmulas para que o aluno perceba como se trabalha o
conhecimento matemático e para mostrar que as fórmulas não se tratam
de invenções do acaso.

3a etapa: Executar o plano

Quanto a esta etapa deve-se:

 Tendo inserido os dados na fórmula, agora calcular cuidadosamente,


convicto de que está calculando correctamente.
 Resolver o exercício.

4a etapa: Analisar o resultado obtido

 Comparar o resultado obtido se satisfaz ao problema do circuito em


destaque.
 É importante o desenvolvimento do espírito crítico na apreciação do
resultado obtido, analisá-lo e questioná-lo.
 Esta etapa é importante na autoavaliação que poderá constituir-se de
particular relevância no desenvolvimento das aprendizagens dos alunos.

II.7.4 Implementação da resolução dos exercícios sobre a resistência


equivalente no circuito elétrico em paralelo.

II.7.4.1 Implementaçãoda resolução do exercício nº 1

Exercício nº1

50
Determine a resistência equivalente no circuito visto na figura abaixo,

Sabendo que R1¿2Ω, R2¿ 4 Ω, e R3¿ 5 Ω.

Fonte: própria do autor

Solução

1.a etapa:compreender o exercícios

Dados incógnita

R1¿2Ω, R2¿ 4 Ω, e R3¿ 5 Ω. RT¿ ?

2.a etapa:estabelecer o plano ou o guião onde será introduzido os dados

Como as resistĕncias estão ligados em paralelo então, a resistencia equivalente


ou total pode ser calculado pela senguinte fórmula:

1 1 1 1
= + +
R T R1 R2 R3

3.a etapa: executar o plano ou guião

1 1 1 1
= + +
RT 2 4 5

1 20+10+8
=
RT 40

1 38
=
R T 40

1 19
=
R T 20

Como a nossa incógnita é RT , então: a


20
RT¿ 19

RT¿ 1 ,O 5 Ω

4a etapa: analisar o resultado

Refletindo no resultado, visto que este resultado satisfaz a condição em estudo.

51
II.7.4.2 Implementaçãoda resolução do exercício nº 2

Exercício nº2

Determine a resistência total para o circuito em paralelo visto na na figura a baixo,


sabendo que a R1¿ 3 Ω e R2¿ 6 Ω .

Fonte: própria do autor

Solução

1.a etapa:compreender o exercícios

Dados incógnita

R1¿3Ω e R2¿ 6 Ω, R T¿ ?

2.a etapa:estabelecer o plano ou o guião onde será introduzido os dados

Como as resistĕncias estão ligados em paralelo então, a resistencia total pode ser
calculado pela senguinte fórmula:

1 1 1
= +
R T R1 R2

Mas de acordo com a interpretação feita na 1a etapa, também podemos aplicar


aseguinte fórmula:

R1× R2
RT¿ R + R
1 2

3.a etapa: executar o plano ou guião


3Ω × 6 Ω
RT¿ 3 Ω+6 Ω

18
RT¿ 9 ⇒RT¿ 2 Ω

4.a etapa: analisar o resultado

Com uma pequena reflexão conclui-se que a resposta é aceitável neste circuito,
pois satisfaz a condição.

52
II.7.4.3 Implementaçãoda resolução do exercício nº 3

Exercício nº3

Determine a resistência total para o circuito em paralelo visto na na figura a baixo,


sabendo que a R1¿ 6 Ω, R2¿ 9 Ω , R3¿ 6 Ω , R4¿ 72 Ωe R5¿ 6 Ω .

R R R R R
1 1 2 7 6

Solução

1aetapa:compreender o exercícios

Dados incognita

R1¿ 6 Ω

R2¿ 9 Ω

R3¿ 6 Ω

R4¿ 72 Ω

R5¿ 6 Ω . RT¿ ?

Para facilitar as etapas a seguir, é melhor redesenhar novamente o circuito de


modo mais conveniente. ( configuração equivalente)

R R R R R

R R

53
2.a etapa: estabelecer o plano ou o guião onde será introduzido os dados

Como as resistĕncias estão ligados em paralelo então, a resistencia total pode ser
calculado pela senguintes fórmulas:

R2× R4
R2,4 ¿ R + R 2 4

R
R1,3,5¿ N
R 2 ,4 × R 1 ,3 ,5
RT¿ R 2 , 4 + R1 ,3 , 5

3.a etapa: executar o plano ou guião


9 ×72 648
R2,4 ¿ 9+72 = 81 =8 Ω
6
R1,3,5¿ 3 =2 Ω
8 ×2 16
RT¿ 8+2 = 10 =1 ,6 Ω
4.a etapa: analisar o resultado

Analisando as etapas anterior e o resultado, convicto de que , o resultado satisfaz


a questão em causa.

54
CAPÍTULO III. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS RECOLHIDOS

Este capítulo tem como objectivo, apresentar os resultados correspondentes as


questões que serviram de base para análise e interpretação dos dados recolhidos
a partir das técnicas aplicadas afim de obter respostas necessárias ao problema
de investigação.

III.1.Teste diagnóstico aplicado aos alunos (Pré-Teste)

O teste diagnóstico ou pré-teste foi aplicado a 99 alunos,nos tempos normais


conforme o horário da supramencionada turma.

Com o intuito de avaliar os saberes preliminares dos alunos relativos ao conteúdo


em abordagem na referida turma, os alunos declararam com base as instruções já
recebidas antes dessa pesquisa.Empregou-se um teste pedagógico composto por
quatro (04) exercícios referidos com resolução dos exercícios sobre a
determinação de resistência equivalente no circuito elétrico em paralelo e os
resultados obtidos nesta prova foram classificados tomando em conta as notas
obtidas, conforme ilustra o quadro abaixo.

Quadro 5: Apresentação dos resultados de pré - teste

Notas obtidas (xi) N° de Alunos (ni) (xi . ni )

04 30 120

06 20 120

08 12 96

09 8 72

55
10 12 120
12 9 108
14 8 112
Total dos alunos 99 744

Os dados de pré – teste ilustrados no quadro 5, foram obtidos mediante um


questionário (anexo), aplicado aos 99 alunos que reflete os seguintes resultados:

 Trinta (30) alunos obtiveram a nota de 04 valores que corresponde a


30,3%;
 Vinte (20) alunos obtiveram a nota de 06 valores que corresponde a 20,2%;
 Doze (12) alunos obtiveram a nota de 08 valores que perfaz 12,1%;
 Oito (8) alunos obtiveram a nota de 09 valores que corresponde 8,1%;
 Doses (12) alunos obtiveram a nota de 10 valores que corresponde 12,1%;
 Nove (9) alunos obtiveram a nota de 12 valores que corresponde 9,1%;
 E por último oito (8) alunos apenas obtiveram a nota de 14 valores que
corresponde a 8,1%, assim sendo considerada a mais elevada.

De uma forma resumida, setenta (70) alunos da 10ª classe de Ciências Físicas
Biológicas do Complexo Escolar Progresso, obtiveram notas negativas,
perfazendo à70,7% e apenas vinte e nove (29) alunos obtiveram notas positivas
correspondente à 29,3%. Este resultado comprova mesmo que os alunos
apresentam várias dificuldades na determinação de resistência equivalente no
circuito elétrico em paralelo.

III.1.1 Calculo dos parâmetros estatísticos do pré-teste

x
Média aritmética ( )

A média aritmética de uma amostra é a medida de localização obtida através do


quociente entre a soma de todos os valores observados nessa amostra e o
número total de observações.

x=
∑ x i . ni → x= 744 =7 , 5 ≅ 8
∑ ni 99

56
III.2 Resultado de pós-teste

Após apresentação e a execução do diagnóstico elaborado na base da


determinação de resistência equivalente no circuito em paralelo, foi aplicada a
mesma prova em relação ao pré – teste a fim de testar o nível de assimilação dos
alunos na nova metodologia de resolução dos exercícios tendo em conta ao
modelo indicado no fluxograma da resolução.

Quadro 6: Apresentação dos resultados de pós – teste

Notas obtidas (xi) N0 Alunos (ni) ( xi. ni )


08 15 120
09 10 90
10 10 100
14 11 154
16 18 288
17 19 323
18 16 288
Total 99 1357

Nota-se que através dos resultados de pós-teste, ouve um desenvolvimento de


habilidades por parte dos alunos na determinação de resistência equivalente no
circuito elétrico em paralelo, conforme mostra o quadro acima referido, que se
intérprete demaneira seguinte:

 Quinze (15) alunos obtiveram a nota 8 que corresponde a 15,1%;


 Dez (10) alunos obtiveram a nota 9 que corresponde a 10,1%;
 Dez (10) alunos obtiveram a nota 10 que corresponde a 10,1%;
 Onze (11) alunos obtiveram a nota 14 que corresponde a 11,1%;
 Dezoito (18) alunos obtiveram a nota 16 que corresponde a 18,2%;
 Dezanove (19) alunos obtiveram a nota 17 que corresponde a 19,2%;
 E finalmente dezasseis (16) alunos obtiveram a nota de 18 que
corresponde a 16,2%, sendo assim considerada mais elevada.

57
Em suma, apenas vinte e cinco (25) alunos obtiveram notas negativas
correspondente à 25,3% e setenta e quatro (74) alunos da 10ª classe de Ciências
Físicas Biológicas no Complexo Escolar Progresso, adquiriram notas positivas,
perfazendo à 74,7%. Este resultado comprova mesmo que a maioria dos alunos
desenvolveram as suas habilidades no que concerne a resolução de exercício
apresentadas quanto a determinação de resistência equivalente no circuito
elétrico em paralelo.

III.2.1 Calculo dos parâmetros estatísticos dos resultados de pós – teste

Média aritmética ( x )

x=
∑ x i . ni → x= 1357 =13 , 7 ≅ 14
∑ ni 99

III.3 Comparação dos resultados de pré-teste e pós- teste

O quadro abaixo mencionado faz a menção dos dados recolhidos do pré-teste e


pos-teste da investigação dos alunos da 10ª classe de Ciências Físicas Biológicas
no Complexo Escolar Privado Progresso. Importa frisar que na primeira prova
aplicada tiveram média de 8 e a segunda obtiveram a média aritmética de 14.

Quadro 7: Dados comparativos de pré – teste e pós – teste


Pré – teste Pós – teste
Notas obtidas ni Notas obtidas ni
4 30 8 15
6 20 9 10
8 12 10 10
9 8 14 11
10 12 16 18
12 9 17 19
14 8 18 16
Total 99 Total 99

58
Comparando os dados de pré – teste e de pós – teste dos alunos da 10ª classe
de Ciências Físicas Biológicas no Complexo Escolar Privado Progresso, chegou-
se nas conclusões seguintes:

 No pré-teste, setenta (70) alunos da 10ª classe de Ciências Físicas


Biológicas no Complexo Escolar Progresso, obtiveram notas negativas,
perfazendo à 70,7% e vinte e nove (29) alunos obtiveram notas positivas
correspondente à 29,3%. Este resultado comprova mesmo que os alunos
apresentavam várias debilidades na determinação de resistência
equivalente do circuito eléctrico em paralelo.
 Quanto no pós-teste, apenas vinte e cinco (25) alunos obtiveram notas
negativas correspondente à 25,3% e setenta e quatro (74) alunos da 10ª
classe de Ciências Físicas Biológicas no Complexo Escolar Privado
Progresso, adquiriram notas positivas, perfazendo à 74,7%. Este resultado
comprova mesmo que a maioria dos alunos desenvolveram as suas
habilidades apresentadas quanto a determinação de resistência
equivalente no circuito eléctrico em paralelo.

III.4 Sobre a proposta metodológica implementada

Os resultados obtidos após apresentação da proposta metodológica sobre a


resolução dos exercícios sobre a determinação de resistência equivalente no
circuito elétrico em paralelo são satisfatórios, comprova-se através dos quadros
do pré - teste e pós-teste. Nessa senda, verifica-se que a proposta foi bem
elaborada e os alunos encantaram da nova metodologia implementada por autor
desta investigação.

Esta proposta deve ser considerada pelo professor como uma escolha
metodológica que refere-se ao abandono da metodologia antiga baseada em
dado (s), incógnita (s), formula (s) e aplicação numérica. Método que não
desenvolve habilidades de interpretação e de reflexão aos alunos.

59
CONCLUSÕES

Das constatações feitas relativamente ao tema, sobre o ensino – aprendizagem


na determinação de resistência equivalente no circuito elétrico em paralelo na
10aclasse do Complexo Escolar Privado Progressoem Mbanza Kongo,
Concluímos o seguinte:
1. A fundamentação teórica possibilitoudescobrir formas viáveis para
desenvolver os conhecimentos, habilidades e hábitos naresolução de
exercícios sobre resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo.

2. A metodologia aplicada, permitiu determinar as debilidades e aprofundar as


necessidades de elaborar uma proposta metodológica, com base à
fundamentação teórica na resolução dos exercícios relacionados a resistência
equivalente do circuito eléctrico em paralelo, destaca-se neste processo, as
intervenções pedagógicas que procuraram envolver os alunos em condições
activa e emocionalmente, num processo dinâmico construído pelos mesmos
em interacção com o professor.

3. A aplicação da proposta no processo de ensino- aprendizagem dos


exercícios sobre a resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo,
contribuiu efectivamente para o aperfeiçoamento do processo de ensino-
aprendizagem.Os resultados observados depois de termos aplicado a
proposta, confirmam a viabilidade da mesma.

60
4. Quanto a isso, espera-se colher frutos dignos dessa iniciativa na melhoria
da qualidade do ensino de Física no país em geral e em particular no
Complexo Escolar Privado «Progresso» em Mbanza Kongo.

SUGESTÕES

Das análises feitas aos resultados obtidos na pesquisa e para contribuir ao


melhoramento de ensino de Física, sugerimos o seguinte:

1. Que a direcção provincial da educação promova mais jornadas académicas


entre alunos das demais escolas, para dar o maior interesse e incentivo no
estudo dos alunos.
2. Sugere-se que a direcção do Complexo Escolar Privado Progresso em
Mbanza Kongo, de modo a organizar sempre que for necessários
seminários de capacitação, palestras para o melhoramento dos professores
a utilizarem diversos instrumentos de avaliação e orientarem seus alunos a
descobrirem suas fraquezas e potencialidades no processo de ensino-
aprendizagem.
3. Que as ideias desta obra sirvam de incentivo para professores a quando da
planificação das suas actividades.
4. Que outros estudos desta linha de investigação se estendam a outras
formas de circuitos eléctricos.

61
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33. ROSA, P.R.S., MOREIRA, M.A. & BUCHWEITZ, B. Alunos bons soluciona
dores de problemas de Física: caracterização a partir de um questionário para
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36. Tipler, P (1995). Electricidade e Magnetismo. GuanabaraKoogan. Rio de
Janeiro. 3ª Edição.
37. VOTOR CANCELA.M, Circuitos eléctricos,8a Edição,Lidel-ediçõs
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38. WALETER LOURO.P.TERREL, compêndio de Física para estudante
pré-universitários, 1a Edição, São Paulo, 2007.

64
APÊNDICES
Apêndice nº 01

Questionário aos professores

Caro professor, o autor desta obra, está levando a cabo uma investigação
científica relacionada com «Proposta metodológica para desenvolver as
habilidades dos alunos na determinação da resistência equivalente no
circuito eléctrico em paralelo na 10a classe, Ciência Físicas e Biológicas do
Complexo Escolar Privado Progresso em Mbanza Kongo » Conta-se da sua
contribuição na emissão das considerações relacionadas ao ensino –
aprendizagem a este nível de escolaridade, para o sucesso da investigação.

Agradeça-se doravante a sua colaboração e responda o questionário conforme as


indicações de cada pergunta.

N.B: O questionário será respondido colocando um (×) diante do julgamento que


considera que de forma mais adequada corresponda com as suas valorações:

1. Qual é o seu tempo de actuação como professor de Física no II°ciclo do


ensino médio?

Inferior a 5 anos_____ De 5 a 10 anos______ Mais que 10 anos______

2. Qual é o seu nível académico?

Médio______ Bacharel________Licenciado_________

3. Que método de ensino tem utilizado na elaboração de suas aulas de Física


e especialmente na determinação de resistência equivalente no circuito
eléctrico em paralelo?

Trabalho independente_____ Exposição problemática________

Elaboração conjunta_______ Expositivo_____________

4. A coordenação de Física tem promovido seminários sobre a abordagem


metodológica de alguns temas a nível da Escola?

Sim______ Não____

i
Apêndice nº 02
Questionário aos alunos

Querido aluno, estamos a desenvolver um projecto de pesquisa para o nosso


Trabalho de Fim de Curso do Ensino de Física na Escola Superior de Ciências
Sociais Artes e Humanidade do Zaire em Mbanza Kongo, relacionado com
«Proposta metodológica para desenvolver as habilidades dos alunos na
determinação da resistência equivalente no circuito eléctrico em paralelo na
10a classe, Ciência Físicas e Biológicas do Complexo Escolar Privado
Progresso em Mbanza Kongo », por isso, precisa-se do vosso precioso
contributo respondendo com sinceridade as questões, seguindo as instruções
dadas.

O questionário será respondido colocando um (×) diante do julgamento que


considera que de forma mais apropriada corresponde com as suas valorações.

Idade:_____ Sexo: M____ F____ Repetente: Sim____ Não_____

1.Gostas de Física?

( ) muito ( ) pouco ( ) não

2. Já estudou as resistências eléctricas?

( ) Sim ( ) não

3.Gostas de resistências eléctricas?

( ) sim ( ) não

4. Tens domínio na determinação de resistências eléctricas?

( ) sim ( ) não

7.Tens manuais de apoio que falam de resistências eléctricas?

( ) sim ( ) não

ii
Apêndice nº3

Guia de observação das aulas

Com o bjectivo de adquirir informações sobre o tratamento de conteúdos do tema


em estudo durante as aulas na 10ª classe Ciências Físicas e Biológicas no
Complexo Escolar Progresso em Mbanza Kongo /Zaire.

Unidade de observação: Aulas da disciplina de Física

Aspectos da guia:

 Controlo das tarefas dirigidas nas aulas passadas;


 Parte introdutória e motivação nos conteúdos tratados;
 Cumprimento dos objectivos a atingir;
 Uso de materiais, meios didácticos quando se trata da resolução dos
exercícios sobre o circuito eléctrico em paralelo;
 Identificar os métodos utilizados no ensino de circuito em paralelo;
 Empenho e criatividade do professor.
 Participação dos alunos durante a resolução dos exercícios
 Como verificam os objectivos traçados.

iii
ANEXOS
Anexo 1

Pré-teste aos alunos.

Querido aluno, o teste que tens em mão, não tem outro objectivo se não a
obtenção de dados para a elaboração de um trabalho de fim de curso na
especialidade de Física. Sendo as suas resoluções fundamentais, resolve
todos exercícios.

Idade: _____ Sexo: M____ F____ Repetente: Sim____ Não____

1.No circuito a baixo:

a) determine a resistência equivalente sabendo que o mesmo é alimentado po


27 V, R1 ¿ 9ῼ e R2¿ 18 ῼ

b) determina a corrente que circula na resistência R1 e R2

2.No circuito a baixo com R1 ¿10ῼ e R2¿ 20 ῼ ,e a corrente que circula é de 10

a) Qual é a tensão que circula no circuito

b) cacule o valor de R3

3.Três resistores idênticos de R = 30Ω estão ligados em paralelo com um


bateria de 12 V. Pode-se afirmar que a resistência equivalente do circuito é de

4.Em poucas palavras,diferencie o circuito eléctrico em paralelo e o circuit


RESPOSTAS: 1) a: RT=6Ω, b: I1=3A; I2=1,5A

2) a: U=40V, b: R3=10Ω, 3) RT=10Ω

4) No circuito eléctrico em paralelo, a tensão em cada resistor é a mesma e a


corrente é diferente, em quanto no circuito eléctrico em série, a tensão é diferente
mas a corrente é a mesma.

i
Anexo 2
Programa da 10ª classe Ciências Físicas e Biológicas
Tema A: TRABLHO E ENERGIA.
Subtema A. 1: Trabalho como medida da energia transferida entre sistema.
Conteúdo:

1. Conceito de trabalho mecânico


2. Trabalho de uma força e de uma resultante de forças. unidade de
trabalho
3. Potência e unidade de potência
4. Energia cinética de um corpo em movimento
5. Trabalho da energia cinética (ou teorema da energia cinética)
6. Energia potencial gravítica
7. Trabalho de força gravítica e variação de energia potencial
8. Energia potencial elástica. Trabalho da força elástica
9. Energia mecânica
10. Forças conserváveis e não conserváveis
11. Lei de conservação da energia mecânica
12. Quantidade de movimento
13. Impulso de uma força
14. Choques elásticos e elástico

Tema B: TEORIA CINÉTICA DE GÁS IDEAL.


Subtema B. 1: Comportamento térmico dos gases.
Conteúdo:
1. Introdução
2. Conceito de gás ideal
3. Equação de pressão na T.C.M.de gás ideal
4. Conceito da temperatura segundo a T.C.M
5. Escala absoluta de temperatura. escala termométrica
6. Resolução da temperatura com a velocidade das moléculas
7. Equação de Clausius-Clapeyron
8. Aplicação da equação de estado de gás ideal aos isoprocesso

ii
Tema C: TERMODINÂMICA.
Subtema C. 1: Trabalho e energia termodinâmica.
Conteúdo:
1. Introdução
2. Termodinâmica. Conceito
3. Trabalho da termodinâmica nos isoprocessos
4. Quantidade de calor
5. Equivalência entre trabalho e quantidade de calor
6. Energia interna
7. Leis da termodinâmica
8. 1a Lei da termodinâmica
9. Processo adiabático
10. Aplicação da 1ª lei da termodinâmica aos isoprocessos
11. Processo reversíveis e irreversíveis
12. 2ª Lei da termodinâmica, segundo Thompson
13. Motor térmico. Eficiência térmica
14. Ciclo carnot
15. Refrigerador
16. Entropia
17. Lei zero da Termodinâmica

Tema D: CORRENTE ELÉCTRICA EM REGIME ESTACIONÁRIO.


Subtema D. 1: Electricidade.
Conteúdo:
18. Introdução. Conceito de corrente eléctrica
19. Intensidade da corrente eléctrica
20. Lei de Ohom para um circuito completo
21. Tensão nos extremos da resistência ( d.d.p).Potencia dissipada
22. Resistência de um condutor. Resistividade de um material
23. Redes eléctricas
24. Introdução. Associação de resistências
25. Leis de circuito derivados
26. Leis de Kirchhof

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