Você está na página 1de 16

SUPORTE BÁSICO

DE VIDA

UNIDADE 4
Ações para o cuidado no
alívio do engasgo

Isabel Karolyne F. Costa


José Eugênio Lopes Leite
Manuela Pinto Tibúrcio
OBJETIVOS

--Identificar os sinais de obstrução parcial e


total em adultos, crianças e bebês.
--Realizar manobras de desengasgo
em adultos, crianças e bebês
conscientes e inconscientes.
AÇÕES PARA O CUIDADO
NO ALÍVIO DO ENGASGO
A aspiração de corpo estranho é uma emergência médica tão comum
quanto ameaçadora, pois se a vítima não for rapidamente socorrida, ela
poderá ter as suas vias aéreas facilmente obstruídas, sofrer asfixia e tragi-
camente morrer na sua frente em poucos minutos. Portanto, esse aciden-
te deve ser prontamente identificado e revertido de forma a minimizar a
ocorrência de óbito, por essa causa. Assim, essa unidade abordará sobre
as principais causas de asfixia por obstrução de via aérea por corpo estra-
nho (OVACE) e as ações para aliviá-la em adultos, crianças a bebês.

3
AULA 1 - CUIDADOS NO ALÍVIO
DO ENGASGO EM ADULTOS
E CRIANÇAS
Reconhecimento de asfixia
Vamos imaginar o seguinte cenário: você está num restaurante, come-
morando o aniversário de um familiar e de repente, seu pai começa a
tossir de maneira angustiante após ingerir um pedaço de carne. A tos-
se é muito forçada, os segundos vão passando e ele começa a perder
as forças, a tosse fica fraca, silenciosa e sua boca fica cianótica (roxa).
E agora, você saberia o que fazer diante dessa situação?

A identificação precoce de obstrução da via aérea é a chave para um


bom resultado. É importante distinguir essa emergência de outras que
podem causar desconforto respiratório súbito, mas que exigem trata-
mento distinto. O observador treinado, facilmente, consegue detectar
os sinais de asfixia.

A asfixia pode ser definida como a dificuldade ou impossibili-


dade de respirar, que pode levar à falta de oxigênio no orga-
nismo e, por consequente, à morte.

No Brasil, é classificada como acidente por causa externa. De acordo com


dados do Ministério da Saúde, relativos ao ano de 2015, ocorreram cerca
de 8.939 óbitos por riscos acidentais à respiração, afogamento e sub-
mersão acidentais. Desse total, as principais causas foram: afogamento
e submersão (5.734 óbitos), inalação/ingestão de alimento causando
obstrução do trato respiratório (679 óbitos), inalação/ingestão de objeto
causando obstrução do trato respiratório (213 óbitos), intoxicação por
gases e outros vapores e exposição a outro tipo específico de fumaça (98
óbitos) e trauma (sem dados específicos) (BRASIL, 2015).

Para você ter noção do tamanho dessa problemática, a asfixia por obstru-
ção de via aérea por corpo estranho (OVACE) ou engasgo é uma das prin-
cipais causas de morbidade e mortalidade entre crianças, especialmente,
entre as menores de 3 anos de idade. Nessa idade, as crianças estão sob
maior risco pois encontram-se numa fase de exploração e frequentemen-
te põem objetos na boca para explorar seus ambientes. Além do mais,
seu organismo encontra-se vulnerável pois suas vias aéreas apresentam
capacidade subdesenvolvida de mastigar e engolir alimento.
4
Assim, podemos chamar de OVACE ou engasgo quando algum
objeto, alimento, líquido ou secreção aloja-se em alguma porção
do trato respiratório de forma que obstrua a passagem do ar.
Nesta unidade, esses termos serão tratados como sinônimos.
Os casos mais frequentes dessas obstruções são causados por
alimento ingerido que tomou caminho errado e, ao invés de ir
para o estômago, foi para os pulmões.
Os objetos mais frequentemente implicados na OVACE em crian-
ças são, por ordem de frequência: alimentos, moedas, balões e
outros brinquedos. Nos adultos, os casos mais frequentes estão
relacionados com ingestão de alimentos, dentes e próteses.
Na OVACE, a asfixia provocada pela obstrução prolongada dos
pulmões por um objeto sólido (pedaços de alimentos, goma de
mascar, dentes, peças de brinquedos) pode ser parcial (leve)
ou total (grave).

Quadro 1 - Sinais de obstrução parcial e total das vias aéreas

OBSTRUÇÃO PARCIAL OBSTRUÇÃO TOTAL


DAS VIAS AÉREAS DAS VIAS AÉREAS

SINAIS SINAIS

Boa troca de ar Troca de ar deficiente ou ausente

Tosse fraca ou ineficaz,


Capaz de tossir de maneira forçada
ou incapaz de tossir

Ruídos agudos durante a inspiração


Presença de sibilos ou estridores
ou absoluta ausência de ruído

Inquietação Maior dificuldade respiratória

Possível cianose (a pele se


Rubor facial
torna azulada ou arroxeada)

Taquicardia (coração acelerado) Incapacidade de falar

Mostra o sinal universal de asfixia


Respiração forçada e rápida
(coloca as mãos agarrando o pescoço)

Fonte: AHA (2015).

5
Uma manifestação típica da obstrução grave é o sinal universal
de asfixia em que por não conseguir falar, a vítima coloca as
mãos na face anterior do pescoço sinalizando que não é capaz de
respirar e costuma apresentar uma expressão facial de pânico.

O risco de obstrução total das vias aéreas por um corpo estranho aloja-
do na laringe está associado a uma mortalidade em torno de 45% e em
pacientes asfixiados por uma obstrução parcial das vias aéreas pode ocor-
rer risco de encefalopatia hipóxica próximo de 30% (SMITH et al., 2015).

Figura 1 - Sinal universal da asfixia

Assim, todas as pessoas devem estar atentas para o sinal universal da


asfixia, para indicar a necessidade de ajuda e alívio imediato.

Tratamento para engasgo


em adultos e crianças conscientes
Como vimos no tópico anterior, esses eventos em números absolutos,
são pouco frequentes, no entanto, ações rápidas e oportunas podem
prevenir a ocorrência desses óbitos. Todavia, sabemos ainda que a
maioria das pessoas que sofre de asfixia fora do ambiente hospitalar
morre sem receber cuidados de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Dessa forma, a autoaprendizagem de alívio do engasgo e RCP por meio
de vídeos e/ou módulos em computador com prática real pode ser uma
alternativa razoável aos cursos ministrados por instrutores (AMERICAN
HEART ASSOCIATION, 2015).
6
Ao se deparar com uma vítima com sinais de obstrução parcial
(leve), sua conduta deve ser expectante, desde que a vítima
continue com boa troca de ar. Dessa forma, você deve:

• incentivar a vítima a continuar tossindo e esforçando-se para


respirar espontaneamente;
• permanecer ao lado da vítima, monitorando sua condição; e
• chamar o serviço de emergência (SAMU 192/BOMBEIROS
193), caso a obstrução parcial persista.

Não tente bater nas costas de uma vítima de engasgo, caso


ela esteja tossindo! Uma vítima que é capaz de tossir indica
estar com um bloqueio parcial das vias aéreas, e um tapa nas
costas pode fazer com que a obstrução se aloje mais profun-
damente, causando, assim, um bloqueio total de ar. Espere
até que a vítima cuspa o objeto ou mostre sinais de obstrução
total antes de você intervir.

Caso a vítima evolua para uma obstrução total, mas ainda está conscien-
te (acordada), você deve perguntar se a vítima está se sentindo sem ar:
“VOCÊ CONSEGUE RESPIRAR?”. Se a vítima acenar que NÃO (ela poderá
fazer o sinal universal da asfixia) e não puder falar, há presença de obs-
trução completa das vias aéreas e você deverá tentar aliviar essa obstru-
ção, pois agora temos um caso de obstrução grave de via aérea.

Nessa situação, iremos realizar a manobra de Heimlich (compressões


abdominais). A Manobra de Heimlich é uma técnica que consiste na
realização de uma série de compressões a nível superior do abdômen,
mais precisamente abaixo do esterno. O objetivo desse procedimento é
levantar suficientemente o diafragma de forma a forçar o ar a sair dos
pulmões para criar uma tosse artificial. Por sua vez, pretende-se então
que essa tosse movimente o ar através da traqueia, empurrando e
expulsando o corpo estranho para a cavidade oral e desobstruindo as
vias aéreas superiores.

7
Essa manobra deve ser utilizada para aliviar o engasgo em vítima responsiva/
consciente a partir de 1 ano de idade. Não use compressões abdominais para
aliviar o engasgo em bebês.

Você deve seguir os passos da American Heart Association (2015) para realizar compres-
sões abdominais em um adulto ou criança responsivo/consciente em pé ou sentado.

Quadro 2 - Resumo dos passos para realizar a manobra de Heimlich

PASSOS AÇÃO

Apresente-se rapidamente à vítima, dizendo que vai ajudá-la (isso


1
vai reduzir a ansiedade e o consumo de oxigênio).

Fique de pé ou ajoelhe-se atrás da vítima e enrole seus braços em


2
torno da sua cintura.

3 Feche uma das mãos.

Coloque o lado do polegar da mão fechada contra o abdome da


4 vítima, na linha média, ligeiramente acima do umbigo e bem
abaixo do externo.

Agarre a mão fechada com a outra mão e pressione-a contra o


5 abdome da vítima, de maneira rápida e forte,
para dentro e para cima.

Fonte: AHA (2015).

Dessa forma, você deve repetir as compressões até que o objeto seja expelido da
via aérea ou a vítima pare de responder (desmaiar). Aplique cada nova compressão
com um movimento distinto e separado para aliviar a obstrução.

Se a vítima estiver grávida ou for obesa, aplique compressões torácicas ao invés


de abdominais, uma vez que compressões abdominais em gestantes podem pro-
vocar danos ao bebê, e em obesos, a estrutura espessa de tecido adiposo pode
dificultar o efeito da manobra de Heimlich, além de, eventualmente a pessoa que
irá executá-la poderá não conseguir envolver completamente a cintura da vítima
com seus braços para aplicar as compressões.

Para entender melhor os passos da manobra de Heimlich, assista ao Vídeo 15 que


está nesta Unidade, no AVASUS.

Vídeo 15

E para conhecer um pouco da história dessa manobra, consulte o texto “Como


surgiu a Manobra de Heimlich”, na Biblioteca virtual.
Figura 2 - Manobra de Heimlich em adultos

Figura 3 - Manobra de Heimlich em crianças Figura 4 - Manobra de Heimlich em gestante


Tratamento para engasgo
em adultos e crianças inconscientes
Caro leitor, você deve então ter aprendido que a resolução do cenário no
início dessa unidade, facilmente se resolveria com a aplicação da manobra
de Heimlich. Mas suponhamos que, após várias tentativas, seu pai não
conseguiu expelir o pedaço de carne e desmaiou em seus braços. A situa-
ção que já estava estressante, nesse momento ficou ainda pior, você tem
pouco tempo para salvar a vida do seu pai sem deixá-lo com sequelas!
E agora? Você saberia me dizer o que fazer diante desse novo cenário?

Sabemos que vítimas de engasgo podem estar inicialmente responsivas/


conscientes e, em seguida, parar de responder. Nessas circunstâncias,
você presenciou tudo e sabe que a asfixia causou os sintomas na vítima
e que deve procurar um objeto estranho na garganta.

Nessa situação, se a vítima de engasgo parar de responder, acione o


SAMU 192 ou BOMBEIROS 193, deite a vítima no chão (ou qualquer outra
superfície rígida) e inicie RCP, começando pelas compressões torácicas.
Como a causa da parada provavelmente foi a obstrução total da via
aérea, você não precisa checar o pulso do paciente, ele muito provavel-
mente encontra-se em parada respiratória e seu coração ainda pulsa.
No entanto, com o passar do tempo, ele logo poderá parar de bater e
suas compressões torácicas além de provocar o aumento da pressão
intratorácica e tentar expulsar o corpo estranho, estará estimulando o
coração, fazendo o sangue circular, levando oxigênio para todo o corpo,
inclusive para as coronárias (vasos do coração), minimizando as chances
dele entrar em colapso.

Segundo a American Heart Association (2015), em caso de


vítima adulta ou pediátrica, atente-se para que toda vez que
você abrir a via aérea para administrar ventilações, abra bem a
boca da vítima e procure o objeto. Se conseguir ver um objeto
que possa ser removido facilmente, remova-o com seus dedos.

Caso não possa visualizar o objeto, continue a RCP. Após cerca de 5 ciclos
ou 2 minutos de RCP (com 30 compressões e 2 ventilações para adultos
ou crianças/bebês com um único profissional de saúde, e 15 compres-
sões e 2 ventilações para crianças/bebês com dois ou mais profissionais
de saúde), peça ajuda aos serviços de emergência local (SAMU 192/
BOMBEIROS 193), caso isso ainda não tenha sido feito.

10
Em outras situações, você pode encontrar a vítima de engasgo (adulta)
já em estado de inconsciência (no caso de não ter presenciado a cena),
nesse caso, você, provavelmente não saberá que existe uma obstrução
das vias aéreas. Acione o serviço de emergência local (SAMU 192/ BOM-
BEIROS 193) e inicie RCP.

No entanto, em bebês e crianças, mesmo nos casos de PCR não presen-


ciada e se o profissional estiver sozinho, deve-se aplicar dois minutos
de RCP antes de deixar o bebê ou a criança para acionar o serviço de
urgência/emergência e buscar o DEA.

CUIDADOS NO ALÍVIO
DO ENGASGO EM BEBÊS
Reconhecimento de asfixia
O bebê passa grande parte do tempo mamando ou explorando o seu
próprio corpo e os objetos pequenos ao seu redor, que exercem neles
um grande fascínio, um dos motivos que os leva a colocá-los na boca.

Caso o bebê se engasgue enquanto mama (ou ingere outros alimentos)


ou colocou acidentalmente alguma pecinha pequena na boca, mantenha-
-se calmo e atento e deixe que seu bebê desengasgue sozinho, tossindo
(sim, todos os bebes tossem! Inclusive os recém-nascidos! A tosse é uma
defesa natural e o organismo dele vai tentar expulsar o corpo estranho).

Analise o quadro a seguir para identificar os sinais de obstrução parcial


e total em bebês.

11
Quadro 3 - Sinais de obstrução parcial e total em bebês

OBSTRUÇÃO PARCIAL OBSTRUÇÃO TOTAL


DAS VIAS AÉREAS DAS VIAS AÉREAS

SINAIS SINAIS

Boa troca de ar Troca de ar deficiente ou ausente

Tosse fraca ou ineficaz,


Capaz de tossir de maneira forçada
ou incapaz de tossir

Ruídos agudos durante a inspiração


Pode sibilar entre as tosses
ou absoluta ausência de ruído

Maior dificuldade respiratória

Possível cianose (a pele se torna


azulada ou arroxeada)

Incapacidade de chorar

Fonte: AHA (2015).

Tratamento para engasgo em bebês conscientes


O tratamento para o engasgo em bebês deve ser feito conforme o tipo
de obstrução, assim como na criança e no adulto. Sendo assim, se o
bebê tiver com algum sinal de obstrução parcial, mantenha a calma e
não interfira nas tentativas do bebê em expelir o corpo estranho, mas
permaneça ao seu lado e monitore sua condição, e se a obstrução par-
cial persistir, acione o serviço de emergência local da sua cidade (SAMU
192 ou BOMBEIROS 193).

Caso em algum momento, o bebê não consiga fazer nenhum som ou


não respirar, de fato existe a presença de obstrução total das vias aéreas
e você deverá tentar aliviar a obstrução.

Segundo a American Heart Association (2015), remover um objeto das


vias aéreas de um bebê, exige uma combinação de pancadas nas costas
e compressões torácicas, e você deverá seguir os passos a seguir.

12
Quadro 4 - Passos a serem realizados na desobstrução de bebês conscientes

PASSOS AÇÃO

1 Ajoelhe-se ou sente-se com o bebê no colo.

2 Se for fácil fazê-lo, remova a roupa do tórax do bebê.

Mantenha o bebê voltado para baixo, com a cabeça ligeiramente


mais baixa que o tórax, apoiado em seu antebraço. Sustente a
3 cabeça e a mandíbula dele com a mão. Tenha o cuidado de evitar
comprimir os tecidos moles da garganta. Repouse seu antebraço
sobre o colo ou coxa para sustentá-lo.

Dê 5 pancadas vigorosas no meio das costas, entre as escápulas do


4 bebê, usando o calcanhar da mão. Dê cada pancada com força
suficiente para tentar desalojar o corpo estranho.

Após as 5 pancadas, coloque a mão que está livre nas costas do


bebê, apoiando a parte de trás da cabeça dele com a palma da sua
mão. O bebê ficará adequadamente deitado entre seus dois ante
5
braços, com a palma de uma mão sustentando o rosto e a
mandíbula enquanto a palma da outra mão sustenta a parte de trás
da cabeça dele.

Vire-o como um todo, sustentando cuidadosamente a cabeça e o


pescoço. Mantenha-o voltado para cima, com seu
6
antebraço repousando sobre sua coxa. Mantenha a cabeça dele
mais baixa do que o tronco.

Aplique 5 compressões torácicas rápidas para baixo, no meio do


tórax, sobre a metade inferior do esterno (mesma posição das
7 compressões torácicas durante uma RCP em bebê). Aplique-as à
frequência aproximada de 1 por segundo, cada qual com a
intenção de criar força suficiente para desalojar o corpo estranho.

Repita a sequência de 5 pancadas nas costas e 5 compressões


8 torácicas até que o objeto seja removido ou o bebê pare de
responder.

Fonte: AHA (2015).

Veja o Vídeo 16 para fixar o aprendizado.

Vídeo 16
13
Compressões abdominais não são apropriadas para bebês!!
Eles correm o risco de vomitar e aumentar o engasgo.

Tratamento para engasgo em bebês inconscientes


Eventualmente, a manobra ensinada no item anterior pode não ter êxito
e o bebê desmaiar, ou seja, ficar inconsciente. Nesse caso, não execu-
te uma varredura digital às cegas em bebês e crianças, pois isso pode
empurrar o corpo estranho de volta para a via aérea, causando mais
obstrução ou lesão.

Sendo assim, após o bebê parar de responder, interrompa as pancadas


nas costas e inicie RCP. Para melhor compreensão, assista ao Vídeo 17
no AVASUS.

Vídeo 17

14
Resumindo...
Nesta unidade, você aprendeu as principais causas da asfixia, os sinais e
sintomas da obstrução parcial e total e o tratamento para cada situação
apresentada em adultos, crianças e bebês. No quadro a seguir, você tem
um resumo de toda esta unidade.

Quadro 5 - Passo a passo das manobras de desengasgo


em bebês inconscientes

Passos Ação

Chame ajuda. Se alguém responder, encarregue essa


pessoa de acionar o sistema de emergência local (SAMU
1
192 OU BOMBEIROS 193). Coloque o bebê sobre uma
superfície plana e firme.

Teste a responsividade, batendo no pezinho, caso o bebê


não responda e não respire. Inicie RCP (comece pelas
compressões, realize 30 compressões se estiver sozinho, ou
15 se estiver com outro profissional lhe ajudando) com uma
etapa extra: toda vez que abrir a via aérea, procure o objeto
2
obstrutor na parte de trás da garganta. Se vir um objeto e
puder removê-lo facilmente, remova-o. Caso contrário, realize
uma ventilação com duração de 1 segundo, observe se há
elevação do tórax, caso contrário, reposicione a via aérea
novamente e ventile mais uma vez.

Após aproximadamente 2 minutos de RCP (sequência CAB),


3
acione o serviço de emergência se ainda não tiver feito.

Fonte: AHA, 2015.

15
REFERÊNCIAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das diretrizes da
American Heart Association 2015 para RCP e ACE. USA: American
Heart Association, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde - SUS. Atualização de


indicadores demográficos e de mortalidade de 2010 no IDB-2011.
[2015]. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.
php?acao=11&id=29290>. Acesso em: 20 jan. 2016.

SMITH, G. A. et al. Prevention of Choking Among Children. Pediatrics,


v. 126, n. 9, p. 601-607, 2015.

HEIMLICH, H. J. A life saving maneuver to prevent food-chocking. JAMA,


v. 234, p. 398-400, 1975.

HEIMLICH, H. J. Informações de saúde: estatísticas vitais - mortalidade


e nascidos vivos. Brasília, 2015. Disponível em: <http://tabnet.datasus.
gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/ext10uf.def>. Acesso em: 8 ago. 2016.

16

Você também pode gostar