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Economia Política  Vulgar: traduz-se em opiniões, as

Microeconomia- estuda o comportamentos quais variam de acordo com um


dos sujeitos económicos individuais a saber os conjunto de conhecimentos, valores,
indivíduos e as empresas (capitalísticas e não crenças e interesses de cada pessoa
capitalísticas) e as motivações desse  Cientifico: é objetivo, racional,
comportamento. provisório (evolução por
aproximações á verdade),
Segundo Robbins, a economia é a ciência sistemático e falível (pode ser
que estuda o comportamento humano como sempre questionado)
uma relação entre os fins e meios escassos.
Isto é, a atividade económica é um constante O conhecimento científico não é influenciado
esforço e adaptação a fim de se obterem os pela equação pessoal.
bens necessários à satisfação dos desejos A equação pessoal é o conjunto de crenças,
ilimitados valores e conhecimentos. Esta interfere no
do homem. comportamento dos indivíduos, pois depende
dos valores e crenças. Uma vez que estes se
podem alterar, a equação pessoal também se
altera e, por isso consideramo-la dinâmica,
pois a única coisa que pode mudar as crenças
e os valores (moral) é o conhecimento (ética).

Sistema normativo é um sistema composto


por normas e uma norma é um comando
dirigido a um individuo, com o objetivo de ele
se comportar de determinada forma. Como
exemplo de um sistema normativo temos o
código hamurabi. Todos os sistemas
O conhecimento científico é produzido normativos apresentam sanções (shadow
através da experimentação empírica, que se prices):
caracteriza por um conjunto de modelos que a) Ética- não há suscetabilidade
descrevem a realidade e permitem explicá-la (sentimento de culpa) e só tem
realidade e fazer previsões, dentro de certos sanções éticas internas, mas só para
limites. quem tem valores éticos, que o
O método científico utiliza técnicas exatas, indivíduo foi aprendendo ao longo da
objetivas e sistemáticas. Baseia-se em juízos vida (-valores éticos = -sanções
de existência ou objetivos que se distinguem éticas)
dos juízos de valor. b) Moral
Juízos de existência- descrevem o que é e c) Religião
não aquilo que deve ser, sendo d) Direito- distingue-se dos outros por
independentes dos valores de natureza causa da suscetabilidade de aplicar
moral, ética, religiosa ou social. uma sanção ou de fazer cumprir uma
norma
Juízos de valor- este tipo de juízos, variam
de pessoa para pessoa, pois são subjetivos. A ciência económica afasta-se das falácias,
Estes traduzem-se em opiniões, que variam pois estas distorcem o pensamento científico
tendo em conta crenças, valores e interesses e, consequentemente, as conclusões.
de cada um. Falácia da composição- quando utilizamos,
Fazem parte do método científico: por exemplo, uma característica para
 Observação da realidade representar o todo. Ao dizermos, “poupar é
 Identificação bom” entramos em falácia, pois apesar de ser
 Descrição bom para uma parte, para o todo não o é,
pois se todos o fizerem a economia colapsa.
 Investigação experimental
 Explanação teórica dos fenómenos
Falácia Pos Hoc- ocorre quando a partir de
dois acontecimentos tiramos uma conclusão,
sem haver uma relação causal, ou seja, uma
Temos dois tipos de conhecimento:
causa-efeito, por exemplo, há pessoas que
acham que se passarem por baixo de um A doutrina é um conjunto de reflexões do
escadote dá azar. Após essa ação pode de passado e do presente, utiliza juízos de valor
facto suceder algo de mal. No entanto, apesar que qualificam atos ou factos em relação a um
de haver causa-efeito, os acontecimentos não fim, por exemplo a doutrina da Igreja Católica
têm qualquer correlação. do “justo salário” e do “justo preço”.

Falácia dos termos coletivos- consiste na Positivismo económico é o ramo da


utilização de termos generalistas, pois estes economia que pretende descrever e explicar
representam algo abstrato, não são entidades os fenómenos económicos, baseando-se em
vivas. Neste caso, o que realmente importa é factos observáveis e nas relações causa-
o comportamento individual e, assim sendo, efeito, baseando-se na análise e na
não o podemos generalizar, por exemplo ao verificabilidade das questões, ou seja, é uma
dizermos que a comunidade cigana vive á tentativa de descrever o mundo como ele
base dos subsídios. Este é apenas o realmente funciona (ex: ordenado mínimo
comportamento de alguns e não do conjunto. gera desemprego) O positivismo toca na
essência, ou seja, relaciona-se com o
Falácia do apelo à maioria- Afirma-se que conhecimento cientifico, estamos sempre a
uma proposição é verdadeira, porque a questionar (ex: a ética é o que é)
maioria o aceita, como ao comprarmos um
produto exclusivamente porque alguém o Normativismo económico em vez de usar
recomendou. declarações objetivas, utiliza declarações
normativas e estas determinam como o
Falácia do orçamento equilibrado é sempre mundo deveria funcionar. Elas expressam
bom- Ora, uma situação de défice orçamental uma opinião individual ou coletiva sobre um
pode ser benéfica para a economia e para o assunto e não se pode provar a sua
emprego. Se houver uma redução de verificabilidade através de factos, pois a
impostos, as famílias acabam por ter mais forma de ver dos factos, sendo subjetiva,
rendimentos e, consequentemente o depende de pessoa para pessoa (ex: o
consumo irá aumentar, refletindo-se no governo deveria aumentar o ordenado
aumento da produção e da empregabilidade. mínimo) e (ex: a moral é o que deve ser).
Anulabilidade
Forma de invalidade, ou seja, os efeitos O método dedutivo, parte de princípios
jurídicos podem ser eliminados por alguém a gerais para princípios particulares. Através
quem o sistema confere esse poder deles conseguimos retirar novas proposições,
partindo de raciocínios lógicos.

Nulidade
No método indutivo, o raciocínio parte de
Uma coisa que não existe e, portanto, não
princípios particulares para princípios gerais,
tem prazo. Logo é interrompida a qualquer
ou seja, parte do concreto para o abstrato.
instante
Eficaz
Algo adequado para atingir um propósito, de A economia como ciência social, estuda o
modo a alcançar o resultado pretendido ou comportamento das pessoas e aspetos da
esperado sociedade. As pessoas têm objetivos que
procuram atingi da melhor forma para cada
um.
Eficiente
Quando a tarefa é executada da melhor Os indivíduos são teológicos, por isso tendo
maneira possível, com o menor desperdício em conta a teoria neoclássica eles procuram de
de tempo, esforço e recursos forma consciente ou inconsciente, a
Por exemplo, se uma empresa optar por maximização do bem-estar e assume-se que o
uma nova forma de trabalho em que a fazem de diferentes formas, pois as
produtividade geral é boa, mas não melhora a preferências de cada um são subjetivas, estão
situação da empresa, dizemos que a empresa diretamente relacionadas com a equação
foi eficiente, mas não eficaz. pessoal e é com base nesta que cada um
Uma lei é eficaz apenas quando se encontra procurará satisfazer os seus interesses
publicada em diário da república. maximizando a utilidade dos bens materiais e
não materiais, que satisfazem as suas São acontecimentos que se sucedem um a
necessidades e desejos. Por outro lado, as seguir ao outro. Isto é, todo o efeito tem a
ciências naturais estudam aspetos do mundo sua causa
natural através de métodos científicos.
Explicando a relação com o consciente e com
a razão, determinando as decisões dos Correlação
indivíduos, que são movidas pela emoção, Refere-se a uma relação entre dois
fatores biológicos, sentimentos e contextos. fenómenos distintas e não implica que haja
causalidade, causa-efeito. No entanto, isso
A dedução lógica parte de um ou mais pode acontecer, por exemplo, existe uma
axiomas, que levam a uma determinada correlação entre o cantar do galo e o nascer
conclusão. Os axiomas não são provados, mas do sol. O galo canta antes do amanhecer, mas
são assumidos como sendo verdadeiros, a fim não é a causa do sol nascer. São
de provar outras afirmações, que são menos acontecimentos distintos.
óbvias.
Princípio da racionalidade- é uma teoria
Um princípio é um conjunto de normas ou neoclássica e máxima universal, que diz que
padrões de conduta a serem seguidos por qualquer indivíduo procura maximizar a
uma pessoa ou instituição. satisfação/prazer/utilidade, mas diminuindo
os custos. A satisfação está muito relacionada
As leis económicas aplicam-se ao com a existência de constrangimentos externos
comportamento das pessoas que têm um e internos que afetam as decisões, o que não
propósito, ou seja, uma intenção e que permite aos indivíduos, a maximização da
procuram influenciar o mundo material e os utilidade.
outros indivíduos para alcançar os seus
objetivos. A metáfora da mão invisível diz que há uma
harmonia de interesses. Isto é, quando
A teoria é um conjunto de leis científicas. alguém procura o seu próprio interesse serve,
Para que exista uma teoria é necessário que também, o interesse da sociedade, mesmo
determinada proposição seja validada pelo que não seja essa a intenção. Este mecanismo
método científico experimental. Assim sendo, leva ao interesse geral, a concorrência perfeita.
utiliza juízos de existência. A ciência apenas Assim sendo, o mercado seria auto regulador. A
explica e não julga nem apoia. quantidade dos bens e os seus preços são
consequência dos desejos individuais, do
Um modelo é uma representação interesse de cada um, representando a “mão
simplificada da realidade. Para chegarmos até invisível” que leva à concorrência entre
ele, temos de fazer generalizações e produtores de bens e serviços de forma ao
abstrações (teorias). Os modelos são ajustamento dos preços.
imperfeitos, uma das razões é que o
comportamento humano não pode ser
totalmente modelizado em equações. Só é
válido se existirem relações causais entre as
variáveis dependentes e independentes.
A racionalidade limitada foca-se mais no
processo do que no resultado da decisão. Os
indivíduos, muitas vezes, não visam a
 Identificar o problema maximização da utilidade, mas sim a
 Selecionar as variáveis relevantes “satisfação”. Existem limitações das decisões,
 Obtenção dos resultados não permitindo a maximização da utilidade,
 Testar os resultados para verificar se pois a satisfação está relacionada com
o modelo se ajusta aos dados constrangimentos externos, sociais e
 Conclusão internos.
 Validação ou rejeição da teoria
A racionalidade económica consiste no facto
dos indivíduos procurarem o seu interesse
Relação causal pessoal (maximizar a sua utilidade
minimizando os custos). Preferem o mais ao -Os indivíduos realizam escolhas e
menos em tudo o que lhes dá prazer. substituições, oferecendo uma certa
Ninguém melhor que o individuo sabe o que quantidade de um bem em troca duma
lhe dá mais prazer. A liberdade é essencial quantidade de outro que para cada um tenha
para a maximização da utilidade. mais valor (custo de oportunidade);

Conceito “as if” -Podem prever, ainda que estocasticamente,


as consequências das suas ações e escolhas e
Dizemos que y, então a conclusão será x. responder criando novas oportunidades;
Partir do suposto que... atribuindo probabilidades às diversas ações
para escolher a que tem mais valor (utilidade
O interesse próprio e as previsões esperada);

Modelo geral que tem um conjunto ilimitado -Normalmente, quando existe conflito entre o
de características próprias do interesse geral e os interesses pessoais, estes
comportamento humano, provém da tendem a procurar satisfazer os seus próprios
racionalidade do individuo e da interesses sobrepondo-os aos interesses
resposta/reação a estímulos de qualquer gerais;
natureza. Contudo o indivíduo tem
preferências transitivas. -O sistema jurídico, sistema normativo, pode
ser entendido como um conjunto de
Os indivíduos são criadores incentivos, positivos e negativos, que atuam
sobre o comportamento dos indivíduos,
Os indivíduos podem fazer mudanças no diferenciando-se deles por a violação das suas
meio e conseguem perceber as normas poder ser sancionada coercivamente
consequências das suas ações, criando por pelo Estado;
consequência novas oportunidades. Assim, os
indivíduos habituam-se a Novas Leis e às -A sanção esperada resulta do produto da
normas jurídicas que mudam de sociedade sanção prevista na lei pela probabilidade da
para sociedade, permitindo que o individuo sua aplicação.
faça previsões.
-Se estiver estabelecido na lei uma sanção
Os perigos no caminho atual do pensamento por determinada violação legal, mas se a
económico probabilidade da sua aplicação for baixa, o
indivíduo tenderá a ter, com maior
Os modelos são ferramentas importantes frequência, um comportamento ilegal,
que devem ser manuseadas com cuidado e considerando como dados os valores
que ajudam a prever o impacto das axiológicos dos outros sistemas normativos.
mudanças. Nesse sentido o Pensamento
económico visa evitar erros de raciocínio -O incentivo que atua sobre o
comportamento dos indivíduos não é a
sanção prevista na lei per se, mas sim, a
sanção esperada: se a sanção estipulada
Os indivíduos reagem a incentivos numa determinada norma legal for elevada,
mas a probabilidade da sua aplicação for
O indivíduo reage a estímulos, que podem baixa, o estímulo consubstanciado na sanção
ser positivos ou negativos; necessidades que esperada será baixo e, em consequência, para
o indivíduo tem. Estímulos de natureza dados valores axiológicos, a violação das
material: roupa, comida; estímulos não normas jurídicas tenderá a ser elevada
materiais: bancos, médicos ou advogados.
O que e quanto deve ser produzido?
A escolha da sociedade tem de ter o objetivo
-Os indivíduos continuam com o seu próprio
de obtenção de um conjunto de bens e, a sua
interesse, ou seja, são maximizadores;
quantidade tem de servir de maneira a que as
necessidades sejam satisfeitas, tendo em
consideração a escassez.
Como deve ser organizada a produção? consumo de um bem, traduzindo o princípio
Relaciona-se com a combinação dos fatores dos custos marginais crescentes.
de produtivos e também com a eficiência
alocativa ou eficiência de pareto. Quando não é Δ CT
possível produzir mais de um bem sem Cmg=
Δ Q Como variam os custos totais
sacrificar a produção de outro com mais valor, quando a produção varia, ou
a produção encontra-se alinhada com as seja, por mais uma unidade de
preferências do consumidor. A eficiência de Q, como é que se comportam
pareto diz, também, que não é possível os custos.
melhorar a situação de alguém sem piorar a
de outrem. Para se determinar esta eficiência
tem de se ter em conta o custo marginal e o Os custos marginais incluem:
benefício marginal.
 custos explícitos;
O benefício marginal ou utilidade marginal  custos implícitos;
(Umg) é a utilidade que um individuo obtém  custos ou preços-sombra (shadow
da utilização ou consumo de mais uma prices)
unidade de um determinado bem. Quando um
prazer qualquer decorre sem interrupção, a Determinação do comportamento eficiente
sua intensidade, depois de se elevar, decresce
e acaba por se anular e, isto ocorre devido á Uma situação é eficiente quando o benefício
lei da utilidade marginal decrescente. Esta diz marginal é igual ao custo marginal. Outra
que a utilidade (prazer) obtida pelo consumo situação que não traduza isto é ineficiente,
de mais uma unidade do bem escolhido (com provocando externalidades positivas ou
utilização contínua) vai sendo menor com negativas.
cada unidade consumida, mantendo-se o
consumo dos outros bens constante-lei da
A curva do benefício marginal traduz o
saciedade.
aumento da utilidade adicional obtida pelo
indivíduo devido ao consumo de mais uma
unidade do bem. A curva do custo marginal
traduz aquilo que o individuo tem de sacrificar
para obter mais uma unidade do bem
escolhido.

Existe um comportamento eficiente, quando Para determinarmos a eficiência temos de ter


o custo marginal é igual ao benéfico marginal, em conta o benefício marginal e o custo
mas se o individuo não suportar os custos marginal. Podemos ter 3 situações:
(c’privado) alguém terá de o fazer (c’social)e
se os custos que ele desenvolve não os -O benefício marginal excede o custo
suporta pretende descartá-los para os outros. marginal: Neste caso para obtermos uma
situação eficiente temos de aumentar a
Custo marginal- o consumo de mais uma produção, utilizando mais recursos
unidade de um bem implica a existência de produtivos, pois esta produção irá criar mais
um custo, o custo marginal, que se torna no valor. Continuamos com este método até que
valor da melhor alternativa sacrificada para BM=CM.
obter a unidade adicional do bem escolhido e
que traduz o custo de oportunidade. O custo
marginal aumenta com a utilização ou
-O custo marginal é maior do que o benefício -As famílias pagam impostos e fornecem
marginal: Neste caso temos uma situação trabalho ao Estado
ineficiente. Deve-se reduzir o nível de
produção de um bem X, e dar prioridade á O estado por sua vez, paga salários e realiza
produção de outros bens, até que o BM=CM. transferências para as famílias

-O custo marginal é igual ao benefício -O Estado tem despesas com a compra de


marginal (situação de eficiência): Esta é a bens e serviços ás empresas
situação ideal. Neste caso não podemos
aumentar o valor líquido total criado, seja -As empresas pagam impostos ao Estado e
aumentando ou diminuindo a quantidade do compram-lhe bens e serviços
bem X sem que se perca a situação de
eficiência.
-A poupança do Estado flui para o sistema
financeiro

-A empresas obtêm empréstimos do sistema


financeiro para financiar os investimentos e a
poupança das empresas vai para o sistema
financeiro.

Bem: é tudo aquilo que satisfaz uma


necessidade. O que quer dizer que tem um
valor de uso, ou seja, utilidade. Se não tem
valor de uso, não tem valor de troca (€). O
valor do bem advém da utilidade e não da
Circuito económico moeda. A moeda é o único bem cujo valor de
uso se determina pelo valor de troca.
Os consumidores irão comprar o bem ao
preço mais baixo possível, sendo a Os bens são de natureza material (ex:
concorrência que determina o equilíbrio dos alimentos) e não material (ex: amizade,
mercados. honra). Quando algum bem é afetado
negativamente, implica que o bem estar do
As famílias (OFERTA) possuem os fatores indivíduo diminui.
produtivos, ou seja, a terra, trabalho, capital,
fornecendo-os às empresas. As famílias
procuram maximizar a utilidade obtida com os
bens.

As empresas (PROCURA) produzem bens e


serviços, que as famílias adquirem no
mercado. A empresas procuram produzir com Classificação dos bens:
eficiência.
Quanto ao custo necessário para a sua
A interação entre oferta e procura obtenção:
determina o preço e é no mercado de bens e
serviços que se resolve o problema de o que e -bens livres: obtêm-se e consomem-se sem
quanto produzir. gerar custo económico (ex: ar)

Soberania do consumidor: os consumidores, -bens económicos: a sua obtenção e


gastam o seu rendimento que obtêm na produção implica custos (maioria dos bens)
venda dos seus fatores produtivos na compra
de bens e serviços que desejam obter.
Quanto à sua materialidade:
Circuito económico com o estado e as relações
com o exterior -bens tangíveis: são os bens que têm forma
física (ex: peso,cor)
-bens intangíveis: designam-se por serviços e ilimitados do homem. Se não existisse
são produto de uma atividade, mas não têm escassez, não faria sentido existir economia.
forma física. (ex: serviços médicos, serviços
jurídicos) Se pudessem ser produzidos quantidades
infinitas de todos os bens ou se as
Quanto à utilização final: necessidades fossem completamente
satisfeitas, as pessoas não se preocupariam
-bens de consumo/bens diretos/ bens finais: mais em ampliar os seus rendimentos
bens capazes de satisfazer diretamente as limitados, pois teriam tudo o que quisessem.
necessidades dos indivíduos (ex: alimentação, A escassez implica escolhas que são feitas a
vestuário) partir do princípio da racionalidade, logo
existem conflitos sociais, pois todos os
indivíduos querem aumentar os seus bens.
-bens indiretos/ bens de produção/ bens de
capital: são utilizados na produção de outros
Os desejos decorrem das necessidades dos
bens diretos ou indiretos (ex: máquinas que
seres humanos. Uma necessidade pode ser
produzem o vestuário)
definida como uma carência sentida pelo
indivíduo.
A classificação dos bens de consumo depende As necessidades têm três características
da sua finalidade, por exemplo, o leite é principais:
considerado um bem direto quando é usado 1. Multiplicidade;
na alimentação. No entanto, pode ser 2. Saciabilidade
indireto, pois utiliza-se na fabricação de 3. Substituibilidade
produtos laticínios. A Multiplicidade, traduz-se em serem
ilimitadas em número, à medida que a
Os bens de consumo podem ser: humanidade evolui o homem vai sentido
necessidades que as gerações anteriores não
-bens de consumo duráveis/ bens de consumo tiveram. As necessidades aumentam com
de uso e bens de consumo não duráveis o conhecimento, com a cultura. Bens
que são considerados básicos hoje seriam
A utilização dos bens de consumo não entendidos como luxos em tempos passados.
duráveis implica a sua destruição no ato do O sentimento de bem-estar é
uso. Por outro lado, os bens de consumo psicologicamente mais importante do que a
duráveis continuam a proporcionar utilidade existência do próprio bem estar.
independentemente do tempo.
A Saciabilidade significa que uma
determinada quantidade de um objeto é
suficiente para satisfazer essa necessidade.
Por outro lado, a intensidade dos desejos
diminui à medida que as necessidades vão
Quanto à sua utilização conjunta ou sendo satisfeitas.
substituta:
A Substituibilidade ou princípio da
-bens complementares: são utilizados em substituição traduz-se na possibilidade de
conjunto com outros bens para satisfazerem uma necessidade ser substituída por outra, e
as necessidades e, assim sendo, dependem que uma mesma necessidade possa ser
uns dos outros (ex: açucar e café) satisfeita por vários bens.

-bens sucedâneos, substitutos ou Podemos classificar as várias necessidades


concorrentes: estes podem ser usados como como primárias ou básicas e civilizacionais. As
alternativa, assim sendo, podem excluir-se primeiras estão relacionadas com as
uns aos outros (ex: azeite e outros óleos) necessidades básicas dos indivíduos, as
segundas evoluem com o conhecimento
humano, com a civilização.
Escassez- é a condição que traduz o equilíbrio
entre os recursos limitados e os desejos
A utilidade económica é subjetiva. Está ligada Umg- utilidade resultante do consumo de
à parte económica dos bens, pois só estes uma unidade de bem adicional.
têm utilidade económica. A utilidade
económica de um bem depende da Utotal- satisfação global que se retira da
quantidade desse bem e da intensidade da utilização de um bem. Esta vai crescendo até
necessidade a satisfazer. que a Umg se anule.

Leis de Gossen No gráfico à medida que vamos


aumentando o consumo de copos de água, a
1º lei- princípio da utilidade marginal Utotal vai subindo, mas cada vez menos, e
decrescente consoante a minha saciedade a Umg vai
diminuindo até que esta se anule.
Quando um prazer prossegue sem qualquer
interrupção, a sua intensidade, depois de se Recursos produtivos ou fatores de produção
elevar, decresce e acaba por se anular.
Os recursos que o homem tem à sua
>necessidade >intensidade do prazer disposição são escassos, consequentemente,
os bens que obtêm a partir desses recursos
2º lei- Lei da variedade de Aristóteles são limitados.

Quando uma sensação agradável se repete, Os recursos económicos são fatores que se
o grau de intensidade do prazer e a sua utilizam na produção de bens e serviços.
duração diminuem por cada repetição. Isto é:
Fatores de produção:
>repetições rápidas <intensidade do prazer
 Terra
Lei da Utilidade Marginal decrescente  Capital
 Força de trabalho
À medida que uma pessoa vai consumindo
quantidades adicionais de um dado bem, a A terra refere-se a todos os recursos naturais
utilidade que se vai retirando dessas doses que são usados no processo produtivo;
marginais, no inicio pode crescer até atingir
um máximo, mas acaba por ir diminuindo até O capital (conjunto de capitas) nasce da
desaparecer. relação social entre indivíduos, mediada por
coisas (ex: dinheiro, máquinas). É conjunto de
Bens intelectuais espirituais são bens não bem ma1nufaturados no processo produtivo,
físicos e não são mensuráveis, como, por que o homem utiliza não para satisfação
exemplo, a música, ver o nascer do sol. A imediata das suas necessidades, mas para a
utilidade marginal deste bem é crescente produção de outros bens.

Entram nesta classificação as forças


naturais, como os animais utilizados na
Utilidade total e utilidade marginal produção, as máquinas de toda a espécie,
instalações fixas para a produção, matérias
primas, etc.

-capital físico: estradas; capital humano:


capacidades intelectuais e físicas; capital
financeiro: obrigações

A força de trabalho é o conjunto de


capacidades físicas e sobretudo intelectuais,
capazes de serem utilizadas no processo de
produção.
Ex: A capacidade de trabalho do advogado
é a capacidade de aplicar a lei na realidade.

Esta capacidade de trabalho varia de pessoa


para pessoa e o conhecimento
(representação intelectual da realidade) é um
elemento essencial da nossa força de
trabalho.
A curva pode ser usada para definir a
Eficiência de Pareto / Ótimo de Pareto. Este
+ força de trabalho = + valor
significa que ninguém pode ficar beneficiado à
Custos e preços-sombra custa do prejuízo de outro.
Devido à escassez os indivíduos têm de fazer
escolhas e essas apresentam SEMPRE um Quando não é possível ser alcançado é
custo, o custo de oportunidade. Este porque atingimos o Ótimo de Pareto, ou
representa o valor da melhor opção seja, o máximo de produção que se consegue
sacrificada pela opção feita, ou seja, o custo alcançar num dado momento do tempo com
de não se ter escolhido a melhor alternativa. uma dada tecnologia, se esta se alterar a
curva pode-se alterar. Caso a curva se altere o
Custos explícitos- custos operacionais de ponto H poderia passar a ser um ponto
negócios, ou despesas, que são facilmente possível.
quantificáveis e identificáveis. Traduzem-se
nos pagamentos efetuados a terceiros (ex: A B C D E F têm o mesmo nível de produção,
salários, aquisição de matérias-primas). Estes o que difere são as combinações dos fatores
são exteriores à empresa. de produção, ou seja, em A estou no
Liechtenstein, onde a produção é obtida
Custos implícitos- não envolvem o pagamento através só de capital e um pouco de trabalho
de dinheiro, mas representam um dispêndio e no F estou no Bangladesh, em que a
de recursos. Não se traduzem em produção é obtida com quase só trabalho, ou
pagamentos externos, integrando os custos seja, mão de obra intensiva.
de oportunidade dos fatores de produção que
são propriedade da empresa (ex: formação de O ponto G representa a melhoria paretiana
trabalhadores) ou ineficiência. A escassez pode ser
minimizada se for possível melhorar a
Preços-sombra situação de alguém sem que a de outrem
Custo de oportunidade de uma atividade, piore. Ora, qualquer coisa que satisfaça esta
que pode ser referido como sendo o seu condição, melhorando pelo menos um
verdadeiro preço económico. Podem ser individuo e não afetando o outro, é eficiente.
calculados para os bens e serviços que não Todos os pontos à esquerda da são pontos
tenham um preço de mercado. possíveis, mas isso iria implicar que nem todos
Preço máximo que a empresa está disposta os recursos estejam a ser utilizados.
a pagar por uma unidade adicional de um
determinado bem.
Ex: se uma linha de produção já está a
operar no seu limite máximo de 40 horas, o
Todos os pontos à direita da curva não são
preço de sombra seria o preço máximo que o
atingíveis com a combinação de fatores
gerente estaria disposto a pagar para o
produtivos existente, pois os fatores de
funcionamento durante uma hora adicional,
produção e a tecnologia disponível seriam
com base nos benefícios que receberia dessa
insuficientes para atingir essas situações.
alteração.

Curva ou fronteira de possibilidades de Eficiência Potencial ou de Kaldor-Hicks


produção
Diz-nos que na disputa de alocação de
recursos, os vencedores possam compensar
os perdedores. Uma decisão eficiente no
sentido de Kaldor-Hicks é que se deve
incrementar o bem-estar dos ganhadores a
um montante tal que permita compensar a
perda de bem-estar dos prejudicados.

A curva tem esta forma porquê?

A curva apresenta este formato devido ao


princípio dos custos relativos crescentes. Este
refere que à medida que a produção de um Se o preço do bem aumenta, a procura
bem aumenta, o custo de oportunidade de diminui.
produzir mais unidade desse bem aumenta.
X(P)= quantidades procuradas dependem das
−Δ Y variações de € e NÃO ao contrário, mas no
Custo relativo crescente= gráfico é exatamente ao contrário.
ΔX
Temos uma exceção que são os bens de luxo
Para aumentar a produção do bem X,
estando-se a produzir de forma eficiente,
implica que a produção do bem Y diminua, ou
seja, −∆ Y . Por cada unidade marginal de X
produzida a mais, são sacrificadas maiores
quantidades de Y, o que significa que a ∆ Y
será cada maior, em termos negativos, ou
seja, ∆ Y representa a quantidade de Y que se
deixa de produzir por cada variação positiva
na produção de X.
A curva da procura pode ser obtida de três
A procura modos:

É o desejo de obter um bem e ter 1. Lei da utilidade marginal decrescente


capacidade para o adquirir, num determinado 2. Curvas da indiferença
período de tempo, a um determinado preço, 3. Observação empírica
considerando todos os fatores constantes
desse bem, além do preço (CETERIS IMPORTANTE PARA O TESTE: A lei da procura
PARIBUS). funciona para bens normais. Imagina que o
preço de um bem normal subiu. Poderá a
Xd f (preço do bem,Px; preço dos procura subir?
bens complementares, Pc; preço dos bens
substitutos, Ps; rendimento, Y; gostos, T; .: Apesar de um bem normal obedecer à lei da
riqueza, W) procura, ou seja, se o preço aumenta, a
procura diminui, se houver uma alteração das
Pc; Ps; Y; T; W- tornam-se constantes componentes da função da procura,
nomeadamente o rendimento, o preço de um
Xd= f(Px) bem normal pode subir e a procura desse
bem também pode subir, porque havendo
Lei geral da procura: a quantidade máxima de mais rendimento, a função utilidade
um bem procurada num período de tempo aumenta. Isto é, a capacidade de compra
diminuirá quando o preço sobe e aumentará sobe.
se o preço baixar
Fatores que influenciam a procura
Xd= a-bx
Externos: marketing; promoção; preço; lugar;
(- significa que é inversamente) cultura do consumidor
Internos: motivação, percepção, fatores do IVA, fará com que os indivíduos tenham
viscerais; atitudes; conhecimento das marcas; menos rendimentos, consequentemente eles
idade; género irão desencadear o efeito rendimento que os
irá levar a diminuírem a sua procura de
Framing Effect: o modo como se apresenta determinados bens, o que graficamente se irá
um bem influencia a procura do mesmo traduzir na deslocação da curva para a
esquerda.
Razões para a relação inversa entre o preço do
bem e a quantidade:

Efeito Rendimento é o efeito que traduz o


facto de quando há variação do preço do bem
procurado, os consumidores alteram o seu
comportamento tendo em conta o seu
rendimento.

a) O consumidor está disposto e pode


Efeito Substituição é o efeito que traduz o comprar um determinado bem a
facto de haver variação do preço de um bem, vários preços.
os consumidores irão procurar bens b) Situação diferente de a)
substitutos, pois o bem em causa tornou-se c) Representa a soma horizontal das
mais caro. quantidades procurados por
consumidor. Assim determinamos o
Efeito total ou efeito preço é o efeito que ponto da procura de mercado
traduz o somatório dos dois efeitos indicados
acima.

Esta relação inversa entre a quantidade


procurada e o preço do bem, é assim para a
maioria dos bens. No entanto, não se verifica
para os bens Giffen e para os bens com o
efeito snob ou bens Veblen. Bens normais: é o bem cuja procura aumenta
quando o rendimento do consumidor
aumenta. (ny>0)

Movimentos ao longo da curva da procura e


deslocações da curva da procura

A cláusula ceteris paribus traduz uma


condição que, muitas vezes, não se verifica na
realidade: vários fatores determinantes da
procura alteram-se ao longo do tempo, tendo
efeitos na quantidade procurada de um bem.
Ex: Um aumento dos impostos, por exemplo,
 Bens superiores: A procura destes No entanto, outros irão aumentar a procura
bens aumenta mais que desse bem cujo preço subiu, apenas para
proporcionalmente ao rendimento. mostrarem o seu maior status.
(ny>1)
 Bens necessários- os bens Procura com efeito snob: a procura de um
necessários têm uma procura mais bem decresce porque outros estão a procurar
rígida do que a procura de bens de esse bem. O individuo procura diferenciar-se
luxo (0<ny<1) ex: bens alimentares. dos outros. O efeito snob apresenta uma
curva crescente, ou seja, é positiva.
Bens inferiores: é o bem cuja procura diminui
quando há um aumento do rendimento. Procura com bandwagen ou bandwagen
(ny<0) Effect: os indivíduos procuram um
determinado bem tendo em conta o facto da
maioria o fazer. Este tipo de efeito é diferente
do snobismo.

A oferta
Bens giffen: é o bem inferior cuja procura
Na oferta a produção é obtida através dos
varia inversamente com o preço do bem.
fatores de produção:
 Capital (é alienável, ou seja, pode ser
transferido para outro)
 Força de trabalho (é inalienável)

Estes dois são variáveis

 Recursos naturais
 Custos económicos (explícitos e
implícitos)
Bens veblen: são tipos de bens materiais
para os quais a procura é proporcional ao seu
preço elevado, o que é uma aparente
contradição com a lei da procura. Os bens de
Veblen são bens de luxo. A quantidade oferecida para cada nível
de preço é o máximo de bens e
serviços que os vendedores desejam e são
capazes de oferecer àquele preço, durante
um período de tempo mantendo os outros
fatores, para além do preço, constantes.
(condição "Ceteris Paribus")

Lei da oferta- A oferta varia direta e


Com o preço até determinado nível a positivamente com o preço, ou seja, a
procura comporta-se de acordo com a lei quantidade oferecida aumentará quando o
geral da procura. A partir desse nível, que preço sobe e descerá se o preço baixar.
traduz o limiar da ostentação, se o preço sobe
muitas pessoas procuram bens substitutos de Xs=a+bP
modo a terem uma alternativa.
Xs f (preço do bem, Px; custos de
produção, C; expectativas de lucro, Pe; No direito a elasticidade é importante, pois
Impostos iremos perceber como é que os indivíduos
reagem perante uma situação. O
incumprimento de normas jurídicas tem a ver
com isto, pois vem da parte dos incentivos
com que os indivíduos se deparam.

Δx ΔP Como varia a procura


ℇp = ÷ percentualmente
x P
quando varia o preço
Δx P
ℇp = ×
ΔP x

Se a elasticidade é igual a 0 (Ep=0) diz-se que


é inelástica.
Assim como na procura temos a exceção Classificação da procura
dos bens de luxo, na oferta a exceção está Procura elástica (η>1): Quando a
relacionada com a oferta de trabalho, ou seja, elasticidade é mais do que um, ou seja, uma
trabalhadores de rendimentos elevados e o dada variação percentual no preço causa uma
oposto, trabalhadores com rendimentos maior variação percentual na quantidade
muito baixos. Quanto maior for o preço procurada. A procura é mais sensível à
(salário), a curva da oferta de trabalho pode variação do preço. Uma diminuição no preço
ser decrescente. faz aumentar a despesa total com o produto
(tabaco; combustível).
Ex: Um indivíduo que ganhe 10.000€ por mês,
não irá aceitar trabalhar mais 2 horas para Exemplo1:
receber mais 1.000, porque isso iria significar 2 Ep=10 ∆ Px=1 % ∆ X=10 %
horas a menos com a família. Por outro lado, Se o preço desce 1% a procura aumenta 10%
se ganhasse 600€, com rendimentos tão (∆ X varia consoante o resultado)
baixos podem pedir para trabalhar mais horas Exemplo 2:
a ganhar o mesmo, o que significa descer o
Seja a função procura dada por x=40−3 P .
salário e eles continuam a trabalhar, porque
Qual a elasticidade da procura se P=10?
eles não podem largar aquele trabalho que é
De x=40−3 ×10 vem que X=10. Utilizando a
o único rendimento que têm.
fórmula da elasticidade-preço da procura,
considerando os valores em módulo, tem-se:

dX P 10
η= × =3 =3
dP Xp 10
O equilíbrio do mercado de um bem Neste ponto a curva da procura é elástica pois
a elasticidade é maior do que 1.
Procura rígida ( η<1 ) : Quando a elasticidade
é menor do que um, ou seja, uma dada
variação percentual do preço leva a uma
menor variação percentual da procura. Uma
redução no preço provoca uma redução na
Neste ponto de equilíbrio os consumidores e despesa total com o produto (ex: vinho, bens
as empresas estão de acordo. No entanto, de 1ª necessidade).
não significa que seja um valor justo.
Exemplo 1:
Elasticidade- preço da procura Ep=0,5 ∆ Px=1 % ∆ X=0 ,5 %
A elasticidade procura saber como é que o Se o preço aumenta 1% a procura diminui 0,5%,
individuo irá reagir tendo em conta as mas diminui menos do que a subida do preço.
alterações de preço, ou seja, é a sensibilidade Exemplo 2:
da quantidade procurada de um bem
relativamente a variações do seu preço.
Se a função procura for dada por Assim, a variação percentual da quantidade
x=40−3 P, qual é a elasticidade da procura ∆X
procurada será igual a 0, =0 , quando o
se P=5? X
Com p=5 tem-se que: ΔP
X =40−3 ×5=25 preço varia de P1 para P2, ≠ 0.
P
Utilizando a fórmula da elasticidade-preço da
procura, considerando os valores em módulo, Exemplo:
tem-se que: Qual a elasticidade da procura fina x=60?
dX P 25 Como a procura é fixa, tem-se que a variação
η= × =3 =0 , 5
dP Xp 25 da procura é 0, ∆ x=0, com P≠ 0 e ∆ P ≠ 0.
Com P=5 a curva d a procura é inelástica. Utilizando a fórmula da elasticidade, tem-se:
∆X P 0 P
Procura com elasticidade unitária (η=1¿ : Se a η= × = × =0
∆ P X ∆ P 60
elasticidade é igual a um, o que significa que
para uma dada variação do preço, a variação Procura perfeitamente elástica (η=infinito ¿:
que ocorre na procura é do mesmo montante. A curva horizontal indica que os
consumidores irão comprar toda a quantidade
Exemplo: Considere-se a mesma função, do bem existente. Se os vendedores
x=40−3 P. Determine o preço da aumentarem o preço, os consumidores não
elasticidade unitária. ião comprar o bem. Se a procura é
A condição para que a elasticidade-preço da perfeitamente elástica, ou seja, a elasticidade-
procura seja unitária é que: preço da procura é infinita, a curva da procura
dX P é perfeitamente horizontal ao nível do preço
η=× =1 e mercado em concorrência perfeita.
dP Xp
Sendo que x=40−3 P , vem que dX/dP= -3. Qualquer variação na oferta tem apenas
Desprezando o sinal negativo temos que: impacto na quantidade vendida. O equilíbrio
dX/dP= 3. do preço não se altera.
Utilizando a fórmula da elasticidade-preço da Exemplo:
procura e substituído os valores temos: Qual a elasticidade da procura para P=5?
P Como ∆ P=0, com X ≠ 0 e ∆ X ≠ 0 ,
3 =1 utilizando a fórmula da elasticidade, tem-se:
40−3 P
3 P=40−3 P , pelo que 6 P=40, onde: ∆X P ∆X 5
P=6,67 η= × = × =INFINITO
Elasticidades constantes ∆P X 0 X
A procura é perfeitamente elástica, pois a
Procura perfeitamente inelástica ou elasticidade é infinita.
perfeitamente rígida (η=0 ¿: Neste caso a
curva da procura é vertical, ou seja, os
consumidores não alteram a procura devido a
variações do preço, pois qualquer variação do
preço do bem não afeta a quantidade
procurada (ex: droga).

Determinantes da elasticidade da procura-preço:

Bens substitutos- Quantos mais bens


substitutos existirem no mercado, mais fácil é
para o consumidor a substituição de um bem
cujo preço subiu.

A curva representa o facto de haver uma Bens necessários- os bens necessários têm
procura fixa, independentemente do preço a uma procura mais rígida do que a procura de
que esteja. Logo, se o preço subir para P1 ou bens de luxo (0<ny<1) ex: bens alimentares.
P2 a procura do bem mantém-se em x1.
Percentagem do rendimento gasto num outros. O consumidor está disposto a trocar o
determinado bem- quanto maior for a consumo de um pelo outro (ex.: transportes).
percentagem do rendimento gasto num A elasticidade cruzada da procura é positiva:
determinado bem, maior é a probabilidade, se o preço de um bem sobe, o consumidor
em caso de subida de preço do mesmo bem, a tende a procurar uma maior quantidade do
procura de bens substitutos. bem substituto. Bens substitutos perfeitos
têm curvas de indiferença retilíneas: não
Elasticidade e o período de tempo- a importa quanto dos bens X e Y o indivíduo
elasticidade da procura está dependente do consome; se for retirada certa quantidade de
período de tempo que o consumidor tem para X pode sempre ser compensada pelo mesmo
arranjar um bem substituto. Assim sendo, montante de Y – situação de perfeita
quanto maior por o tempo, mais fácil é para o indiferença.
consumidor substituir um determinado bem.
Exercício elasticidade-rendimento

-complementares: Bens que são utilizados


em conjunto com outros bens para
satisfazerem as necessidades e, por isso,
dependem uns dos outros (ex: automóvel e
combustível). A elasticidade cruzada da
procura é negativa: a subida do preço de
um bem tem como efeito o decréscimo da
quantidade procurada do outro bem.

-independentes: Bens que não têm


interferência na procura um do outro com
Elasticidade cruzada da procura de um bem- variações de preço (ex: petróleo e arroz). A
Mede a sensibilidade da procura de um bem X elasticidade-cruzada da procura é zero: a
tendo em conta a variação do preço de outro variação do preço de um bem X não afeta a
bem y. Quando os consumidores consomem quantidade procurada do bem Y. Qualquer
mais de um bem X quando o preço do bem Y que seja a variação do preço de Y, a
sobre o bem X é um substituto do bem Y. Se quantidade procurada de X mantém-se
se consome menos de um bem X quando o constante.
preço do bem Y sobe então estamos na
presença de bens complementares.
ηxy = (∆X / X) / (∆P / Py)

A elasticidade cruzada permite-nos definir os


bens como:
-substitutos: Bens que podem ser utilizados
em alternativa, podendo excluir-se uns aos Conceito
Os bens públicos apresentam duas Têm declive negativo: pois qualquer um dos
características: a não exclusividade e a bens X ou Y dão utilidade positiva ao
rivalidade no consumo consumidor e para o consumidor se situar na
Preços relativos e preços monetários- o preço mesma curva de indiferença, tem que se
relativo de um bem é o preço monetário de sacrificar parte do outro bem.
um bem a dividir pelo outro e o preço São convexas relativamente à origem dos eixos:
monetário é o preço que pagamos propensão básica dos indivíduos para a
diversificação do uso dos bens (lei da utilidade
Teoria do consumidor marginal decrescente) é necessário sacrificar
Utilidade cardinal e ordinal cada vez maiores quantidades de um dos
A utilidade cardinal encontra-se relacionada bens para compensar as sucessivas unidades
com a utilidade/prazer do individuo, que pode do outro bem (custo relativo crescente)
ser mensurada, ou seja, medida em valores Duas curvas de indiferença nunca se cruzam
concretos, cardinais, isto é, todos os valores.
O padrão utilizado na teoria para medir a Tipos de curvas de indiferença
utilidade cardinal designa-se útil. As unidades
mensuráveis, utis podem ser somadas, Curvas de indiferença horizontais e verticais –
subtraídas, multiplicadas etc... bens neutros (não dão utilidade)
Se o consumidor perde uma unidade do
Exemplo 1: bem X, não será necessário compensá-lo
Utilidade da maçã=6 utis com qualquer quantidade do bem Y, para
Utilidade da pêra=4 utis manter o mesmo nível de utilidade.
Neste caso eu irei preferir a maçã, pois é
aquela que me irá dar mais utilidade/prazer.

Como é difícil medir concretamente qual é o


nível de utilidade da própria pessoa e entre as
pessoas surgiu a utilidade ordinal traduz-se
na comparação que é feita no individuo entre
os vários bens de forma ordinal.

Exemplo 2:
Utilidade da maçã=6 X Curvas de indiferença rectilíneas – bens
Utilidade da pêra=4 X substitutos perfeitos
Neste caso, ordinalmente eu prefiro a pêra Não importa quanto dos bens X e Y são
em utilidade à maça. consumidos: se for retirada certa quantidade
de X, o consumidor pode sempre ser
A utilidade ordinal assenta nas preferências. compensado com o mesmo montante de Y –
Uma relação de preferência traduz-se no situação de perfeita indiferença (TMS (taxa
seguinte: marginal de substituição) constante –
-Prefiro a>b utilidade marginal de cada bem é idêntica)
-Prefiro b>a
-É indiferente a~b

Este tipo de utilidade é traduzida


graficamente através das curvas de
indiferença. As curvas da indiferença traduzem
o mesmo, que é obtido pelas diversas
combinações de dois conjuntos de bens.

Curvas de indiferença formando um ângulo


recto – bens perfeitamente complementares
Dois bens têm de ser consumidos numa
proporção fixa, a fim de se poder retirar
utilidade dos mesmos. O consumidor pode
aumentar a utilidade que obtém dos bens
Características das curvas da indiferença
apenas e só se aumentar, simultaneamente,
o seu consumo em proporções constantes. Assim sendo, o individuo tem de ter em
conta certas regras de decisão, pois tendo em
conta que o orçamento é limitado, o
consumidor terá de o gastar de um
determinado modo.

1ª unidade monetária >satisfação do a 2ª


unidade monetária e assim sucessivamente.

Equilíbrio vs Desiquilíbrio
Curvas de indiferença côncavas relativamente à
origem
Comportamento do consumidor que prefere Umg x Umg y
=
os extremos (equilíbrio de canto), escolhendo Px Py
apenas ou o bem X ou o bem Y, não
desejando uma combinação dos dois bens. Esta situação traduz equilíbrio.
TMS crescente (ao contrário do geral).
O bem Y torna-se cada vez um melhor Umg x Umg y
substituto do bem X, quanto mais o <
consumidor recebe do bem Y, sendo cada Px Py
unidade adicional de Y cada vez mais
desejável para ele. Por outro lado, nesta existe um
desequilíbrio, pois se o preço baixa a utilidade
aumenta.

Óptimo vs Equilíbrio – a escolha do


consumidor é um problema de optimização.

-Ótimo: é a melhor escolha disponível

Taxa marginal de substituição (TMS)- taxa à -Equilíbrio: é o balanço de ações levadas a


qual um indivíduo está disposto a reduzir o cabo por muitos e independentes decisores
consumo de um bem quando adquire mais
uma unidade de outro bem, a fim de manter o
Relação de preferência: a>b (a é preferível a b);
mesmo nível de utilidade.
b>a (b é preferível a a)
Utilidade esperada: traduz uma média
Relação binária
ponderada da distribuição de probabilidades
-axioma da abrangência ou comparação: Tendo
das utilidades dos resultados. É definida como
em conta dois conjuntos de bens, A e B, se o
a soma das utilidades dos resultados
individuo preferir um ao outro significa que a
multiplicadas pelas suas probabilidades.
e
satisfação retirada com o consumo do bem
U ( X )=∑ pi x i escolhido é maior do que no outro bem.
-axioma da transitividade ou consistência: se A é
U e ( X )=¿ utilidade esperada preferível a B, e B é preferível a C, então A é
∑ pi xi = somatório do produto das preferível a C
probabilidades de cada resultado ( pi ¿, pelos
(A>B e B>C, então A>C)
resultados prováveis ( x i ¿ , com ∑ pi=1 .
Teoria do consumidor
Lei da maximização da utilidade
O consumidor tem como objetivo retirar a
O objetivo do consumidor é obter o
máxima satisfação derivada do seu
máximo de utilidade possível e cada unidade
orçamento. No entanto, tem
monetária gasta em consumo, a fim de obter
constrangimentos, pois os orçamentos são
o máximo de satisfação possível. O excedente
limitados, ou seja, a satisfação também é
do consumidor é aquilo que sobra, por isso
limitada.
está intimamente ligado com o preço do utilidade marginal, o que em termos
mercado. monetários constitui o seu preço. Assim, os
consumidores obtêm mais utilidade de cada
unidade consumida, exceto quanto à última,
do que a utilidade sacrificada expressa no
custo que têm que pagar. Porque os
consumidores pagam um preço de acordo
com a utilidade marginal superior à da última
unidade, que é a que determina o preço.

Os impostos são transferências do setor


particular para o Estado e é com os impostos
O triângulo escuro significa que o
que o estado financia todas as despesas.
consumidor do seu rendimento total fica com
só com isso.
Impostos diretos- são aqueles que afetam
diretamente sobre o rendimento dos sujeitos
O excedente vai aumentando, pois quanto
económicos ou sobre a riqueza. Estes sujeitos
maior é o triângulo maior é o excedente e
económicos são as pessoas singulares (nós) e
quanto maior é o excedente do consumidor
as pessoas coletivas (sociedades, fundações,
maior é o bem-estar. Para o excedente
cooperativas, associações) temos o exemplo
aumentar os preços têm de diminuir (Art 81
do IRC e do IRS.
CRP- Incumbe prioritariamente ao Estado no
âmbito económico e social: f) Assegurar o
Impostos indiretos ou sobre o consumo- são os
funcionamento eficiente dos mercados, de
impostos que incidem sob o rendimento de
modo a garantir a equilibrada concorrência
forma indireta através do consumo, ou seja,
entre as empresas, a contrariar as formas de
só se paga o imposto indireto quando
organização monopolistas e a reprimir os
consumimos ou adquirimos qualquer bem ou
abusos de posição dominante e outras
serviço, como, por exemplo, o IUC.
práticas lesivas do interesse geral).

Excedente do consumidor= Benefício total-


Preço total pago
Imposto progressivo- quando as taxas médias
de imposto e as taxas marginais variam com o
O Excedente Marginal do Consumidor (EMC)
rendimento, ou seja, se o rendimento
é o excedente de utilidade que o consumidor
aumentar as taxas aumentam de forma
retirade uma unidade adicional de um bem
proporcional. Esta progressividade está
(UM) sobre o seu preço.
expressa no artigo 104 da CRP (IRS).
O Excedente total do consumidor é a soma
Imposto proporcional- ocorre quando a taxa
de todos os excedentes marginais do
média é igual á taxa marginal (flat taxes), pois
consumidor queele retira de todas as
a taxa média não varia em relação aos níveis
unidades que consome.
de rendimento (IRC).
O excendente do consumidor e Willinggless to
Imposto Regressivo- são aqueles em que as
pay
taxas médias dos impostos diminuem quando
o rendimento aumenta, e quando o
O Excedente do consumidor encontra-se
rendimento diminui a taxa média do imposto
ligado com a curva da procura e explicado
aumenta, ou seja, as taxas marginais são
com base na utilidade total e utilidade
inferiores às taxas médias de imposto.
marginal. A utilidade total vai aumentando
Quanto menores forem os rendimentos maior
com a quantidade do bem que se utiliza,
é o taxa que ele paga de imposto, o que
enquanto a utilidade marginal vai diminuindo.
implica que os impostos indiretos, por serem
Deste modo um consumidor comprará maior
regressivos, aumentam as desigualdades. Na
quantidade de um bem se o seu preço baixar,
maioria das vezes os indivíduos que suportam
devido à lei da utilidade marginal decrescente.
estes custos têm erosão fiscal. Isto é, uma
Mas o valor de um bem pode ser definido pela
representação da realidade distorcida do que IMPORTANTE PARA O TESTE: Explique qual a
é (IVA). razão por que o Estado (pessoa coletiva)
lança impostos indiretos elevados sobre o
Taxareal imposto total pago T tabaco e os combustíveis? Fundamente a sua
Tm= = resposta, tendo em conta o conceito de
Rendimento total Y
elasticidade-preço da procura, que devem
expressar analiticamente.
Exemplo 1:
Curvas de Engel
Determine a taxa de imposto e faça um
comentário.
A elasticidade da procura-rendimento de um
determinado bem varia com o nível do
Um individuo que ganhe 600€. O consumo= rendimento.
600€ São bens Inferiores quando a elasticidade
Procura-rendimento é menor que 0;
Taxa imposto geral (IVA)=0,23. Se ganha 600 São bens Normais quando a elasticidade
e gasta 600 o imposto incide sobre todo o seu Procura-rendimento é entre 0 e 1;
rendimento. São bens Superiores quando a elasticidade
Procura-rendimento é superior 1;
Logo:
Bens Normais e Superiores são os bens cujo
Tm=600x0,23/600=0,23 consumo aumenta quando o rendimento
aumenta. Bens inferiores são bens cujo
Paga uma taxa de 23% consumo diminui quando o rendimento
aumenta.
Exemplo 2:

Imaginemos que o rendimento mensal de


um individuo é 60 000€.

Taxa de imposto geral (IVA)=0,23. Ele ganha


60 000 e consome 10 000. A Partir da Curva Consumo-Rendimento
podemos construir a curva de Engel que
Tm=10 000x0,23/60 000=0,03 relaciona a quantidade Procurada de um bem
com o rendimento:
Paga uma taxa de 3%

Os impostos por serem regressivos são os


que colocam os indivíduos com menos
rendimentos ainda piores. Como podemos
observar pelos resultados obtidos aqueles
que têm menos rendimentos acabam por
pagar uma taxa de imposto superior à Comparando o certo e o incerto, quando o
daqueles que têm mais rendimentos individuo está a tomar uma decisão, por
(0,23%>0,03%) exemplo, se o individuo não copiar é algo
certo de que não terá problemas. No entanto,
O imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e a se copiar o individuo entra no incerto, pois há
regressividade probabilidade de ser apanhado.

É um imposto indireto geral, pois abrange A incerteza corresponde aos fenómenos


toda a gente. Os impostos indiretos podem para os quais não temos base científica para
ser específicos, ou seja, relaciona-se a uma atribuir probabilidades. São situações
especificidade, como, por exemplo, o imposto aleatórias às quais, dado o conhecimento
sobre bebidas alcoólicas ou o imposto sobre o humano atual não se podem associar
tabaco.
probabilidades quando não existe Pa.U(a)+Pb.U(b)= Utilidade esperada
determinismo, em situações aleatórias. (incerto)
O risco é a probabilidade de acontecer um
evento negativo. Por exemplo, ao passarmos o limite dos
radares sendo apanhado, a utilidade do certo
Atitudes face ao risco irá ser superior à do incerto e quando a
Em função das diferenças e atitudes face ao utilidade do certo é maior do que a do incerto
risco o individuo vai ter uma função de podemos garantir que a lei não é violada, pois
utilidade diferente. os indivíduos reagem a incentivos. Se o
individuo tiver mais utilidade ao não violar a
 Aversão lei ele não o irá fazer a não ser que seja
obrigado, mas em condições normais ele não
tem nenhum incentivo para violar a lei, pois
ele está melhor, independentemente da
atitude face ao risco.
O que vai alterar depois é o prémio de risco,
por exemplo um individuo avesso ao risco, ele
 Neutral está disposto a pagar ou a deixar de receber
determinada quantia para afastar o risco, por
isso é que as pessoas têm seguros, pagam
para afastar os riscos.

O neutro risco, o prémio de risco é 0. Por


fim, o propenso ao risco, para ele não
 Propensão participar em atividades que aumentam o
risco têm que lhes pagar, por isso o prémio de
risco deles é positivo.
Teoricamente o certo é preferível.

Temos o exemplo do seguro do carro. Maior


parte dos jovens colocam o seguro do carro
em nome dos pais, pois estes são menos Sanção esperada
propensos ao risco, ou seja, são avessos ao
risco. Por outro lado, os jovens são propensos e
ao risco. S =S × p
e
S - sanção esperada

S -sanção prevista na lei

p - probabilidade de aplicação da lei

A sanção esperada viola ou não a norma se


esperar ou não que a sanção seja elevada. O
Decisão em situações de incerteza
Direito é um valor esperado: a sanção aplicada
Chama-se uma média ponderada e as
pela violação da norma jurídica é apenas
ponderações são as probabilidades. Para
provável, pois a aplicação de uma sanção
tomar uma decisão o indivíduo tem em conta
depende do conhecimento da mesma pelas
a utilidade. Isto é, o individuo irá comparar o
autoridades e da prova que se faça, bem
certo com o incerto, ou seja,
como da eficácia do sistema judicial. A eficácia
de uma norma jurídica decorre do facto de
Uc > Pa.U(a)+Pb.U(b)
estar em vigor e da probabilidade da sua
Uc= Utilidade certa (certo) aplicação. O incentivo que atua sobre o
comportamento dos indivíduos não é a
sanção prevista na lei, mas sim a sanção poderá ser denominado como o preço de
esperada. encerramento.

A probabilidade umbral torna o individuo Equilíbrio no Longo prazo


indiferente entre praticar ou não a ação. Se
soubermos qual é a probabilidade umbral No longo prazo não existem custos fixos e,
facilmente aumentamos a probabilidade de para as empresas em concorrência perfeita os
aplicação da lei e o certo fica mais apetecível lucros económicos deixam de existir. A
do incerto. Logo se o certo fica mais indústria está em equilíbrio de longo prazo
apetecível do que o incerto a comissão de quando não existe tendência para a entrada
ilícitos diminui. ou saída de empresas do mercado. Nesta
situação as empresas têm apenas lucros
Umbral de Produção ou Ponto de Encerramento normais, ou seja, os lucros económicos são
nulos.
É o ponto em que a Receita Total (RT) iguala
o custo variável (CV) ou é o ponto em que a Teoria do produtor (art 81 CRP)
Receita Média (Rm) iguala o Custo médio
Variável (CmV) Com efeito, se a empresa ao Monopólio= poder de um
produzir, fizer apenas receitas para cobrir os
custos variáveis, não tem qualquer Monopsónio= quando só há um comprador
contribuição para cobrir os custos fixos, que
terá que suportar no curto prazo quer Oligopólio= poder de alguns A concorrência
produza ou não. monopolística é frequentemente ligada ao
monopólio. No entanto é completamente o
Se a receita total foi superior aos custos contrário, pois neste caso as empresas têm
variáveis, não tem qualquer contribuição para poder de mercado, isto é, podem influenciar
cobrir os custos fixos, que terá que suportar os preços e, ao fazê-lo, acontece que o preço
no curto prazo quer produza ou não. será superior ao desejado e,
consequentemente, gera-se ineficiência.

Oligopsonio= quando há vários compradores

Exemplo: A edp era um monopólio natural.


Se a receita total foi superior aos custos Quando ele é natural a solução monopolista é
variáveis, mas inferior aos custos sociais, preferível á solução concorrencial.
então a empresa cobre, também, parte dos
custos fixos, pelo que é de interesse Aliás foi por isso que quando se liberalizou o
produzir, pois nestes caso os prejuízos são mercado da eletricidade os preços em vez de
menores. descerem subiram.

Se a receita total obtida não for suficiente Há situações, apesar de haver ineficiência,
para cobrir os custos variáveis, a empresa em que o custo de produção é mais baixo se
deve sair do mercado, isto é, deve encerrar. se mantiver o monopólio.

Umbral do lucro Origem económica das situações do mercado


monopolista
É o ponto em que a receita total iguala os
custos totais, sendo que o ponto em que o  O controlo de matérias primas
lucro económico é zero é o ponto onde o  Inovações e propriedade de patentes
custo médio total é igual à receita média.  Intervenção governamental, de que
Conclui-se que, no curto prazo, e num resultam monopólios legais
mercado de concorrência perfeita, o preço
mínimo que uma empresa pode aceitar para
Limites à ausência de concorrentes
continuar no mercado é o preço que seja igual
ao custo médio variável de curto prazo, que
Existem alguns fatores que limitam o provavelmente não teremos orçamento, e se
monopólio, destacando-se a rivalidade de isso acontecer a vida das pessoas fica parada
produtos, a existência de possíveis porque não há cabimento jurídico para se
substitutos e a ameaça de entrada de novos efetuar determinadas despesas. Isto tudo
concorrentes. causa mau estar á comunidade.

A concorrência perfeita representa a Uma das formas que temos de resolver as


eficiência porque as empresas são price- falas do mercado é o setor da economia social
takers, ou seja, não conseguem influenciar o porque esta é uma visão que considera as
preço. Caso acontecesse o contrário, isto é, se pessoas como um fator de produção. Quando
a empresas fossem price-makers, o preço não as empresas maximizam o lucro elas
seria o desejado e consequentemente iria pretendem pagar aos trabalhadores o
causar ineficiência e aí a concorrência perfeita mínimo.
já não seria um exemplo de eficiência.
Sendo que um individuo não é apenas a sua
A concorrência perfeita apresenta 4 força de trabalho, significa que ele para
características: trabalhar, ou seja, para criar valor precisa que
todas as outras dimensões (esfera jurídica)
Atomicidade- quando a concorrência perfeita sejam satisfeitas, por exemplo, a segurança,
foi desenvolvida conceptualmente a partícula saúde ou a educação. No entanto, isso são
mais pequena que era conhecida era o átomo, preocupações que as empresas não têm e é
ou seja, existem muitas e pequenas empresas aqui que entra o setor social, pois este
o que é fundamental, pois quando há muitas e preocupa-se com isso.
pequenas os custos são mais baixos e os
preços também, o que irá afetar o excedente
do consumidor.

Fluidez- quando não há fluidez há


obstáculos à entrada e à saída do mercado.

Homogeneidade do produto- representa a Como falhas de mercado temos:


igualdade do bem. No entanto, nenhum bem
é igual (ex: nenhuma batata é igual). A existência de bens públicos. Estes bens têm
de ter duas características: não exclusividade
Transparência do mercado- significa que toda e rivalidade no consumo, por exemplo a
a informação é perfeita, ou seja, nada pode iluminação da rua independentemente de
ficar de fora do conhecimento. Ninguém pode passarem lá mais ou menos pessoas, a luz não
esconder nada a ninguém, toda a gente sabe é afetada. Por exemplo, a saúde não é um
como se produz um determinado bem, quais bem público porque quando o médico está a
são os custos... ver um paciente ele não pode ver outro.

É por causa desta características que As externalidades são uma consequência que
sabemos, pois quanto maior o acesso a estamos a passar para os demais. Estas
informação temos mais possibilidade escolha, podem ser: positivas ou negativas, por
por exemplo, se quiser comprar ações a exemplo, a geração de jovens hoje em dia
informação faz com que a minha decisão seja revolta-se contra as alterações climáticas
a melhor. porque estão a suportar um custo que não foi
provocado por eles (externalidade negativa).
Falhas de mercado

As falhas de mercado provocam


desequilíbrios e ao provocarem-nos criam
custos para os indivíduos, por exemplo, tendo
em conta a situação atual do país, o que está
a acontecer é uma externalidade negativa,
pois a paragem do governo significa que
entrada e á saída do mercado só que o
produto é diferente, é heterogéneo.

O que implica que a pesar da concorrência


monopolística é aquela que gera menos
ineficiência, ou seja, gera ineficiência, mas de
todas gera menos, pois é a mais parecida com
a concorrência perfeita. De seguida vem o
Com o aumento da atividade (poluição) o oligopólio, que gera mais ineficiência e, por
benefício marginal vai sendo cada vez menor. fim, o que gera ainda mais ineficiência é 0
Ao contrário o custo marginal social irá ser monopólio, com exceção do monopólio
maior, ou seja, quanto mais alterações natural.
climáticas quanto mais poluição existe maior
será o custo marginal social. No oligopólio não há fluidez nem
atomicidade. O monopólio é só um, por isso,
Como exemplo das externalidades positivas, não há atomicidade, o produto pode não ser
temos o facto de que ao querermos estudar homogéneo, mas consideramos que é, pode
por querermos ter um nível de conhecimento eventualmente haver transparência, mas se a
mais levado para podermos ter uma vida com produção legislativa não o fizer também não
um rendimento cada vez maior e ao fazermos temos esta característica e fluidez não há.
isso todos os outros que não tenham o
mesmo nível de conhecimento que o nosso Nos oligopólios e nos monopólios há muito
também irão aumentar os seus rendimentos, lucro. Por isso, as pessoas que têm empresas
pois os que têm menos escolaridade são que não se encontram naquelas desejam
puxados por nós. O melhor exemplo para o entrar. No entanto, não vão porque existem
demonstrar é com o salário mínimo. barreiras á entrada, ou seja, não há fluidez.
Num oligopólio o cartel transforma-o num
Este foi subindo e o salário das pessoas que monopólio. Isto é, a réstia de concorrência
ganham mais também foi subindo porque o que existitria entre os oligopolistas
nível de escolaridade do país foi aumentando. desaparece.

Como última falha de mercado temos a Receitas total, média e marginal


informação assimétrica (culpa in contrahendo),
que se divide em seleção assimétrica e risco π=RT −CT
moral, como por exemplo o facto dos jovens
colocarem em nome dos pais os seguros dos Quando os custos são maiores do que as
carros. receitas, as empresas têm prejuízo. Quando é
o contrário gera-se lucro, que move as
Índice de Lerner empresas.

Representa a margem de lucro ou margem Receita marginal (Rmg)- receita de se vender


do preço-custo marginal. Isto é, descreve o mais uma unidade.
poder de mercado exercido por uma empresa
e é o montante pelo qual o preço excede o Para sabermos como as empresas querem
custo marginal, como percentagem do preço maximizar o lucro temos de saber em que
de mercado: (P – Cmg) / P consiste o teorema de cournot. Este é válido
em qualquer circunstância. Este teorema diz
Na concorrência monopolística não há que qualquer empresa em qualquer mercado
homogeneidade. Isto é, há muitas e pequenas maximiza o lucro quando a receita marginal
empresas, a informação é quase ou até (R’) iguala o custo marginal (C’).
mesmo perfeita, não há impedimentos à
Quando se verifica que R’=C’ dizemos que a
empresa está a maximizar o lucro.

Em concorrência perfeita a curva da procura


é perfeitamente elástica o que graficamente
significa:

Quando a Rmg=Cmg significa que temos as


quantidades de maximização, ou seja, as
quantidades pelas quais a empresa maximiza
o lucro e como em concorrência perfeita a
Rmg=P este é o preço também que maximiza
o lucro da empresa.
Percebemos então porque é que a
Quer dizer que a receita marginal na concorrência perfeita representa a eficiência
verdade em condições normais é inferior, pois de pareto, pois a empresa maximiza o lucro
á medida que vou vendendo o preço que vendendo ao preço de custo porque a Rmg=P
posso cobrar por cada unidade vai então no teorema de Cournot posso substituir
diminuindo. Só que em concorrência perfeita, onde estava Rmg pelo P, mas significa que a
a receita marginal é igual à receita média que empresa irá vender cada unidade ao custo
é igual ao preço. que ela tem e não há nenhum preço inferior
ao preço de custo, pois este é o preço mais
Exemplo: baixo e assim sendo, é o preço mais baixo de
custo admissível e , consequentemente o
Imaginemos que estamos em concorrência excedente do consumidor é o máximo. Então
perfeita e que o mercado das castanhas é nós estamos a maximizar o lucro e o bem-
homogéneo e imaginemos que o mercado estar (excedente). O que significa que ambas
dita que a minha empresa vai vender 5kg de as partes estão a atingir o seu melhor. É por
castanhas e cada um a 1€. Eu vendo o 1ºkg a 1€, isso que em concorrência perfeita o lucro
o 2ºkg a 1€, o 3º kg a 1€, vendo o 4ºkg a 1€ a económico=0, isto é não consigo alterar o
minha Rt é 4€, a Rmg é 1€ e a Rm é 1€, vendo o preço e é por isso que há mais eficiência.
5º kg a 1,5€ a Rmg não será nenhuma porque
se eu a vender acima de 1€ ninguém o irá O lucro normal é o lucro contabilístico e o
comprar. lucro económico contém os custos de
oportunidade.
Portanto, em concorrência perfeita eu não
Quando o P>Cmg gera ineficiência. Quando
tenho influência nenhuma sobre o preço, sou
estamos no monopólio a diferença é maior e
price-taker. E é por isso que a Rm=Rmg, ou
quando estamos em concorrência é menor,
seja, igual ao preço e é por isso que a curva da
mas ainda assim é >0.
procura é horizontal.
Na concorrência imperfeita a Rm ≠ e> Rmg
Á medida que nós vamos
consumindo/produzindo mais bens o custo
aumenta e por isso a curva do Cmg é
crescente.

Aplicando o teorema de Cournot:

Este gráfico representa a concorrência


imperfeita e aqui o teorema de Cournot é
alcançado de outra maneira. No entanto, o
preço que ela irá praticar será maior. Por
exemplo, eu ia vender a 10, mas sei que os
consumidores eram capazes de comprar a 20 Política fiscal: tem a ver com as receitas e os
então eu vou vendê-lo a esse preço. Em gastos do Estado.
concorrência perfeita o preço seria (Pcp-
preço de concorrência perfeita) que daria um Contabilidade nacional
excedente maior do que em concorrência O PIB é o valor dos bens e serviços finais
imperfeita, pois o preço praticado em produzidos num determinado tempo e
concorrência imperfeita é maior. espaço geográfico, que normalmente é um
Logo, P*-Pcp= ineficiência, ou seja, a pessoa país.
coletiva apropria-se de um valor que noutra
situação não se apropriaria. Somatório dos bens e serviços finais.
O que o poder de mercado faz é diminuir o V =∑ PQ
excedente do consumidor. Em concorrência Por exemplo, se comprar uma casa,
perfeita as empresas estão melhores do que produzida há alguns anos, ela não irá entrar
os consumidores e é por isso que dizemos no PIB, pois ela não foi produzida este ano.
que estes mercados são ineficientes.
Bens finais- são aqueles bens e serviços que já
Macroeconomia estão aptos para satisfazerem o seu uso final,
A macroeconomia estuda os grandes seja pelas famílias ou pelas empresas.
agregados da economia como o PIB, Bens intermédios- são aqueles que são usados
emprego/desemprego, variação dos preços, para a produção de outros bens, por
taxa de inflação. Por exemplo, a balança de exemplo, o leite é um bem intermédio que se
pagamentos, o comercio internacional, o usa no fabrico do queijo e da manteiga.
crescimento económico. Todos estes são
objetos da macroeconomia. Problema da dupla contagem
Imaginemos que para fazer 50kg de queijo
“Porque há crises no desemprego?” “Quais da serra são precisos 100 litros de leite, que
são os fatores que determinam a inflação” custam 5€ cada litro, ou seja, ao todo 500€ em
leite. Os queijos depois de feitos custam
A economia divide-se no setor capitalístico e 1000€. Ora, no PIB o valor que irá entrar é
no setor formado por empresas e instituições, 1000€, pois para não haver problemas de
o setor acapitalístico. dupla contagem, isto é, não contarmos duas
O que caracteriza as empresas capitalísticas vezes o dinheiro do leite, só contamos com o
é que as mesmas visam maximizar o lucro e a dinheiro do produto final, ou seja, o queijo,
sua distribuição do lucro pelos sócios. Neste pois o leite já está incluído.
setor encontram-se as sociedades, como, por
exemplo as sociedades em nome coletivo, as PIL (produto interno líquido) consiste na
sociedades por quotas, as sociedades diferença entre o PIB e as amortizações.
anónimas e as sociedades em comandita PIL=PIB-A
simples ou por ações.
Todas estas sociedades estão previstas no
código das sociedades comerciais.
A empresas e/ou instituições acapitalísticas PIB a preços de mercado
são integrantes da economia social e têm por Os impostos e os subsídios alteram o preço
característica fundamental não buscarem a final dos bens/serviços, ou seja, quando os
maximização do lucro, mas procuram a preços levam com impostos indiretos estes
satisfação das necessidades dos seus têm um valor superior (IVA) e quando são
membros e de terceiros e o lucro que objeto de subsídios estatais estes têm um
obtenham não é distribuível pelos valor inferior ao real (subsídio de deslocação).
membros/sócios, como, por exemplo, PIB a custos de fatores
cooperativas, que são reguladas pelo código Não tem quaisquer impostos ou subsídios. No
cooperativo; as associações vida, art137; entanto, nem todos os bens são
fundações. contabilizados nas contas nacionais, não só os
intermédios, mas também os bens produzidos
O Estado tem dois conjuntos de instrumentos: no ceio familiar. Estes bens são produzidos
Política monetária: diz respeito ao controle pela família no âmbito de a satisfazer nas suas
sobre a oferta de moeda necessidades. O mercado negro (economia
paralela) também são exceções á regra, este
mercado encontra-se fora do circuito do bens necessários, ou seja, a elasticidade
mercado legal então não é contabilizado. A rendimento é maior que 0 e menor que 1.
existência desse mercado é essencialmente
para a fuga de impostos (Curva de Laffer)
Wr=
Wn

Curva de Laffer rendimento real é igual ao rendimento nominal
A curva de Laffer traduz quando a taxa de sobre o índice de preços ou inflação
imposto sobe para além de certo nível a partir Produto interno bruto e produto nacional bruto-
do máximo da curva a receita dos impostos por critério geográfico e o critério de residência
parte do Estado tende a diminuir porque as
pessoas singulares ou coletivas tendem a O PNB baseia-se no critério de residência, ou
desenvolver comportamentos que evitam o seja, o PNB regista os rendimentos obtidos no
pagamento de impostos, ou seja, uma interior do país e no exterior do mesmo pelos
economia paralela. residentes no país (Ex: a GALP é uma sociedade
cuja sede está em Portugal então teoricamente
a GALP é detida por residentes em Portugal,
mas tem também uma filial em Espanha e os
lucros que obtém lá vêm para Portugal uma vez
que é detida por residentes cá, por isso fazem
parte do PNB, mas não fazem parte do PIB de
Portugal e sim de Espanha).

O PIB baseia-se no critério geográfico que é o


Á medida que a taxa vai subindo a receita dos produto produzido num determinado território.
impostos aumenta até certo ponto e é neste
ponto que é a taxa ótima, ou seja, quando o RNB=PIB+RM-Rx
Estado pode maximizar as receitas, mas quando Rendimento nacional bruto= PIB + rendimento
a taxa dos impostos passa de determinado nível recebido do exterior-rendimentos enviados para o
as receitas tendem a diminuir) exterior
T=T + ty
impostos autónomos + taxa de imposto sobre o No exemplo da GALP os lucros de Portugal
rendimento enviados para Espanha são RM.
A taxa de imposto recebido pelo estado
depende do rendimento e dos impostos Como REX=Rm-Rx então podemos substituir
autónomos que não dependem do rendimento. RNB=PIB+REX

O nosso código civil refere que todos as RN=Wb+J+R+ +Rm-REX


transações são nominalistas, ou seja, quer os Rendimento nacional é o montante dos salários
impostos quer as dívidas são pagos com base brutos, das rendas, dos juros e dos lucros, com base
no rendimento nominal, isto é, o rendimento no critério de residência= salários+ juros+ rendas+
obtido em moeda corrente sem ter em conta a lucros com base no critério de residência
inflação ou o índice de preços. Uma pessoa que +rendimentos recebidos do exterior- rendimentos
ganhe 3000 á 3 anos recebe o mesmo enviados para o exterior
rendimento nominal, mas o rendimento real RI=RN-REX
Rendimento interno é traduzido pela remuneração
diminuiu, pois ao longo deste 3 anos houve
dos fatores produtivos localizados no território
aumento do nível geral de preços, a inflação. nacional= rendimento nacional- rendimento enviado
Quando aumenta o rendimento nominal via para o exterior
inflação, por exemplo, se inflação aumentou 5% O rendimento nacional tem ou não os
e o rendimento nominal só aumentou 3%, impostos indiretos? Os impostos indiretos não
então o rendimento real diminuiu. Como a têm nenhuma contrapartida produtiva. Logo, os
inflação aumentou todos os preços aumentam impostos indiretos não integram o rendimento
e taxa de imposto incide sobre os preços nacional.
nominais. RN=PIBpm-A-Ti+S+Rm-Rx
PIB a preços de mercado-amortizações-impostos
Exemplo real: o governo decretou o IVA 0 para indiretos não têm contrapartida por isso temos de os
o combate da inflação e porque a maioria dos tirar+subsídios porque fizeram baixar o preço+
bens sobre os quais incidiu a taxa 0 de IVA são rendimentos recebidos do exterior- rendimentos
enviados para o exterior
 Quantidade ou volume- variações de
As três óticas da obtenção do PIB quantidade de um bem ou conjunto
-Na ótica do rendimento o PIB pode ser de bens e serviços
analisado como o somatório dos fatores  Valor (preço x quantidade)- variações
produtivos. dos preços em relação ás
R=Wb+J+R+ quantidades em momentos
Montante dos salários brutos+juros+rendas+lucros diferentes de tempo
das empresas Um número índice e um rácio (divisão) entre
J+R+ = excedente bruto de produção duas variáveis.
O deflator do PIB consiste na deflação entre
-Na ótica da despesa podemos decompor em um PIB nominal de um ano específico e o PIB
várias componentes: do ano anterior. Esta técnica serve para
 Consumo privado calcular a inflação.
 Investimento A taxa de inflação é a variação entre o índice
 Gastos públicos de preços em determinados períodos de
 Exportações tempo.
O consumo privado refere-se a todos os bens e Pt−Pt −1 ∆ Pt
serviços finais adquiridos pelas famílias. Estes π= =
Pt−1 Pt −1
bens têm três categorias:
 Bens não duráveis- a utilidade esgota- Índice de Laspeyres
se com o seu consumo imediato ou no Este índice relaciona a cesta de bens no ano
período que é considerado para o PIB base, ou seja, o período 0 vezes o preço no ano
 Bens duráveis- duram mais do que um base e no denominado esses bens vezes o
período temporal em que a utilidade preço. Este utiliza-se para o índice do
se vai retirando consumidor. Este índice não tem em
 Serviços- compra de serviços pessoais consideração a integração de outros bens e
em que a sua utilidade se esgota no mudanças nos padrões de consumo sendo
ato de produção tem apenas em consideração um conjunto
fixo de bens/serviços.
O investimento chama-se de formação bruta de
capital (fbc) é constituída pela formação bruta Σ Qt 0 Ptn
de capital fixo (investimentos em novas ×
instalações) e a variação de existências.
Σ Qt 0 Pt 0
Indice de Paasche
FBC=FBCF+variação de existências
Este índice relaciona a cesta de bens no ano
corrente vezes o preço no ano corrente. Este
Os ativos não produzidos pela atividade
utiliza-se para o PIB.
humana, por exemplo, os minerais não entram
no PIB. Σ Qtn Ptn
×
Os bens que são produzidos num período, mas Σ Qtn Pt 0
que não são vendidos ficam nas variações de
existências, por exemplo, os carros produzidos
este ano que não foram vendidos.

O investimento bruto pode ser feito: pelas


Modelo clássico
empresas, famílias (compra de novas
É o conjunto de teorias dominantes desde
habitações) e pelo Estado.
Adam Smith até Keynes, que escreveu “teoria
geral do emprego do juro e do dinheiro”.
Quando obtemos rendimento, parte tem de
ser para os impostos e aquilo que pagamos ao
Evolução das teorias económicas:
Estado não fica disponível por isso é que o
-Escola clássica modelo clássico (Adam Smith,
rendimento disponível é igual:
David Ricardo, Stuart Mill, Malthus, Pigout…)
RD=R-T+TR
-Escola Keynesiana
Os números índices
-Escola monetarista (monetarismo)
 Preços- variação de preços de um
-Escola neoclássica com as expectativas
bem ou de um conjunto de bens e
racionais
serviços
-Modelo dos novos clássicos
-Escola de Marx -flexibilidade de preços dos bens e dos
serviços, ou seja, quer dizer que o Estado não
A metáfora da mão invisível diz que há uma deve limitar os preços de nada
harmonia de interesses. Isto é, quando -flexibilidade de salários (preço da força de
alguém procura o seu próprio interesse serve, trabalho) devem ser flexíveis, ou seja, devem
também, o interesse da sociedade, mesmo ser determinados no mercado através da
que não seja essa a intenção. Este mecanismo oferta e procura de trabalho.
leva ao interesse geral, a concorrência perfeita.
Esta metáfora considera que o
comportamento individual leva,
necessariamente, ao bem-estar da sociedade
como um todo. Assim sendo, o mercado seria
auto regulador. A quantidade dos bens e os
seus preços são consequência dos desejos
individuais, do interesse de cada um, NS-oferta de trabalho (trabalhadores)
representando a “mão invisível” que leva à NS-procura de trabalha (empresas)
concorrência entre produtores de bens e We e Ne salário de equilíbrio para um trabalho
serviços de forma ao ajustamento dos preços. equilibrado
N- volume de trabalho
Teoria clássica
Esta teoria defende que o estado deve intervir O facto da curva da oferta ser crescente está
o mínimo possível porque devemos deixar os relacionada com o facto da subida dos preços
indivíduos à iniciativa privada resolverem os criar sempre um incentivo para o aumento da
problemas, ou seja, não deve haver procudução. Enquanto que no lado da
interferência do estado, pois deve ser o procura os consumidores têm dificilmente
mínimo possível tirando no direito e em controlo sobre a evolução dos preços o
relação aos bens públicos. A teoria clássica mesmo já não é verdade para as empresas,
nasce com Adam Smith através da “Riqueza pois grande parte dos preços são
das Nações”. determinados pelas mesmas. No entanto, os
preços deixam de ter influência na oferta
Dentro da macroeconomia passamos a ter a quando se atinge aquilo que os clássicos
procura e oferta agregadas, ou seja, procura e chamavam de pleno emprego. A oferta
oferta como um todo, AD e AS. quando é crescente significa que a reação aos
Os clássicos dizem que a oferta agregada (AS) salários nominais não é automática (rigidez
é vertical se e só se existirem três salarial) porque os salários são um custo para
mecanismos automáticos que o garantam. as empresas, mas para as empresas o salário
Estes ajustam-se consoante a oferta e a W
que importa é o real quando o salário é
procura dos vários mercados. P
rigido (constante). No entanto os clássicos
querem flexibilizar o salário. Se a inflação
subir o salário desce. Logo o que fica
constante é o salário real e quando isto
acontece AS torna-se vertical e quando AS é
vertical estamos no pleno emprego, ou seja,
São esses: estamos na eficiência de pareto, o máximo
-flexibilidade de juro, que é o preço do que aquela economia consegue produzir.
dinheiro

I=f(S,I) a taxa de juro (clássica) é determinada E, quando isto acontece a intervenção do


pela poupança e pelo investimento Estado do lado da procura tem efeito 0. Isto
é, numa situação de pleno emprego e se, por
exemplo, o governo aumentar o salário
minino faz com que a curva da procura se
desloque para cima e para a direita, ou seja,
tinhamos um nivel de preço 1 de quilibrio e
temos agora um segundo equilibrio, mas y
não se alterou, ou seja se estivermos em
pleno emprego a economia a única coisa que
faz é criar inflação e , assim o nosso NS-oferta de trabalho (trabalhadores)
património detriora-se. Em suma, a ação do NS-procura de trabalha (empresas)
Estado não foi boa e é por isso que os We e Ne salário de equilíbrio para um trabalho
clássicos defendem que o Estado deve intervir equilibrado
o minimo possivel, mas se tiver AS normal
(crescente) a riqueza (y) também aumenta o Teoria quantitativa da moeda (TQM) dos
clássicos
que quer dizer que vai depender do seu
Esta teoria nasce de uma tautologia, ou seja,
impacto na inflação. E nesta situação já será
não precisa de demonstração impõe-se por si
boa a intervenção do estado.
mesma.
Expressão das trocas:
RN=PNLcf (rendimento nacional é igual ao
M.V=P.T
produto nacional líquido a custo de fatores)
massa monetária x velocidade de circulação da
moeda = nível geral de preços x nº de transações
PNL=PNB- A (produto nacional líquido é igual
ao produto nacional bruto menos as Esta expressão é uma tautologia porque à
amortizações) esquerda temos dinheiro que circula e à
direita temos o valor dos bens, ou seja, esta
PNB=PIB + ∆ REX (produto nacional bruto igualdade é sempre verdade porque na
mais a variação do saldo dos pagamentos e economia tem de haver tanto dinheiro a
dos recebimentos ao exterior) circular quanto o valor dos bens. Por
exemplo, um indivíduo que queira beber um
RD=RN-T+TR (rendimento disponível das café tem de ter no bolso o dinheiro para ter o
famílias é igual ao rendimento nacional menos café.
os impostos diretos mais as transferências do No entanto, ainda não temos uma teoria, pois
Estado ou de familiares e subsídios) para isso temos de fazer hipóteses e os
clássicos, relativamente ao y, estamos em
-flexibilidade de juro, que é o preço do pleno emprego, então substituindo:
dinheiro M.V=P.y
Y tem barra porque em pleno emprego é
constante, mas se estamos em pleno
emprego a velocidade da moeda é constante:

M.V=P.y
Então:
M
I=f(S,I) a taxa de juro (clássica) é determinada = y /P
pela poupança e pelo investimento P
-flexibilidade de preços dos bens e do §s Ex:
serviços, ou seja, quer dizer que o Estado não 4/2=2, mas se 8/2=2 deixa de ser verdadeiro
deve limitar os preços de nada então para que continue a ser igual a 2 temos
-flexibilidade de salários (preço da força de de aumentar o preço e é por isso que os
trabalho) devem ser flexíveis, ou seja, devem clássicos dizem que políticas do lado da
ser determinados no mercado através da procura, nomeadamente aumentar os salários
oferta e procura de trabalho. só irá fazer com que a inflação aumente.

Depois de Adam Smith vem Jean Baptiste Say


que desenvolveu a lei dos mercados ou lei de
Say que ficou conhecida por Stuart mil e esta
lei diz que a oferta cria a sua própria procura,
o que significa que basta produzir que é tudo
vendido, ou seja, não há crises generalizadas (A teoria de clássica está correta se a
de sobreprodução e de facto na teoria correlação de forças (trabalhadores-oferta e
clássica isto é verdade porque se nós empresas-procura) for semelhante. )
garantirmos os mecanismos automáticos
garantimos que a oferta agregada é vertical A grande descoberta de Keynes foi que para
logo aquela produção é sempre escoada. É chegar ao resultado dos clássicos primeiro
esta teoria clássica que está na base dos temos de dinamizar a procura, caso contrário
tratados europeus porque esta descreve a não conseguimos restabelecer o equilíbrio de
flexibilidade de juros, salários e preços e é a pleno emprego e temos de dinamizar a
tentativa de promover a concorrência e é na procura porque se há bens a mais o problema
concorrência perfeita que temos uma não está na produção e sim no facto das
representação da eficiência então com os pessoas não conseguirem comprar.
mercados a funcionar em concorrência AD= C+I+G+X-M
perfeita significa que a economia está em consumo das famílias+ investimento das
pleno emprego, mas a maior parte das vezes empresas+ gastos do estado+ exportações-
a economia não funciona em concorrência. importações
Se não estamos em pleno emprego é porque
há desemprego, o que significa que o facto da O consumo das famílias depende
oferta ser vertical, ou seja, não haver crises principalmente do rendimento disponível das
generalizadas faz com que ela seja assim: famílias
C(yd)

No entanto, há quem diga que o que


determina o consumo é o rendimento
permanente, ou seja, o rendimento que as
pessoas têm ao longo da vida (empréstimos),
mas o que na verdade influencia o consumo
privado é o dinheiro que as pessoas têm.
yd=RN-T+TR
Quando a oferta agregada está horizontal rendimento nacional – impostos +
significa que estamos em crise porque, neste transferências/subsídios
troço posso aumentar a procura, aumento o Ora, quando estamos em crise o que acontece
rendimento, mas os preços não se alteram é que o desemprego aumenta. Logo, as
porque quando há produção a mais a pessoas não conseguem consumir, então a
tendência é que os preços descem, ou seja, variável C não consegue estimular a procura.
em termos gerais que se mantenham
estáveis. Tal como os clássicos Keynes aceita que o
Só quando é restabelecida a normalidade investimento depende da taxa de juro e tem
(economia normal) é que os preços começam uma relação inversa, ou seja, quando a taxa
a subir. de juro sobe o investimento desce e quando a
taxa de juro desce o investimento
Keynes supostamente sobe. (ex: em Portugal durante
Keynes considera que a economia é instável quase 8 anos as taxas de juro estiveram
endogenamente e se a economia for deixada negativas e o investimento, pela teoria
livre existem crises prolongadas de grande clássica deveria estar alto, mas não se
desemprego porque a economia é instável. E verificou porque o investimento não depende
dado que a economia é instável o Estado tem só da taxa de juro e sim daquilo a que Keynes
que intervir através das despesas orçamentais e chamou a eficácia marginal do capital, que
dos impostos e dos subsídios. são as expectativas de lucro, ou seja, a taxa
de juro pode estar muito baixa (dinheiro
Apesar de ser um clássico, percebeu que a barato), mas se não antevirmos que vamos
situação da oferta ser vertical é excecional ter lucro não investimos e em crise, com as
porque é dificil mantermos os mecanismo famílias com pouca capacidade de aquisição
automáticos em simultâneo de forma não se anteveem lucros. Logo, as empresas
coletiva. não investem.
Em suma, o investimento não é bom para
aumentar a procura. Assim sendo resta-nos os
gastos do Estado e as exportações, mas estas
são vender bens e serviços para o exterior
(componente mais conhecida é o turismo),
mas se temos muito desemprego, sem
investimento não conseguimos aumentar a
exportação então o Estado é o que sobra e é
por isso que Keynes diz que em situação de Para a curva da procura agregada ser
crise a única situação para estimular a decrescente está baseada em três fatores:
procura agregada é aumentar os gastos do
Estado, mas aumentar a despesa, dizem os -O efeito juro (keynes-FMI)- Uma das
clássicos, que deteriora as contas do Estado características dos clássicos é que o juro é
porque o sinal que se encontra atrás do G é uma variavél que determina o preço do
positivo logo o saldo diminui, mas os
dinheiro. Quanto maior for a taxa de juro,
impostos dependem do rendimento e , por
mais caro fica o dinheiro e os clássicos
sua vez, o rendimento depende do G o que
quer dizer que vai depender do impacto que o defendem que a taxa de juro tem a natureza
aumento do rendimento tem na receita de real, ou seja, a taxa de juro é determinada, de
impostos. forma real, por duas variavéis que são o
Se esse aumento de despesa fizer com que os investimento e a poupança e, aqui, podemos
impostos cresçam mais do que o crescimento falar da falácia da poupança porque a
da despesa então o saldo não piora e sim poupança é um corte, isto é é uma subtração
melhora. O rendimento é igual: de recursos para a economia. Se a poupança
y=C+S não for canalizada para a economia não há
consumo+poupança investimento e, por isso, se houver um corte
Para que o aumento do rendimento vá para
estes dois separam-se.
consumo e não para poupança é preciso que a
propensão marginal a consumir seja elevada, O que os clássicos diziam era que não havia
ou seja, perto de 1, pois esta <0<1. problema porque a taxa de juro garantia que
∆C estes cortes não aconteciam. Isto porque as
p . m. c= =1=∆ C=∆ y
∆y pessoas apenas procuravam moeda por três
As pessoas desfavorecidas monetariamente razões: precaução; transação (a moeda é
são as mais propensas a gastar o dinheiro, neutra, ou seja, não tem influência nas variáveis
pois qualquer aumento de rendimento (ex: reais (PIB, rendimento, investimento…) a
aumento do salário mínimo) vai tudo para
moeda no fundo é apenas um meio de troca,
consumo.
para os clássicos. No entanto, Keynes vem
Logo, aí podemos garantir que o consumo
dizer que a moeda não é neutra e sim tem
também aumenta o que significa que o
rendimento volta a aumentar e as efeito nas variáveis porque há um terceiro
expectativas de lucro também aumentam e o motivo pelo qual se procura moeda:
investimento também aumenta, então o especulação, que significa procurar moeda
rendimento volta a aumentar= Efeito pela moeda o que faz com que não se eviem
multiplicador os recursos para a economia e sim para a
Assim, a despesa inicial do Estado fez com economia financeira, que está preocupada em
que mexesse mais do que uma variável. ter ganhos financeiros. Ora, e quando isto
acontece o juro deixa de ter a natureza real e
Nível geral de preços= P (sempre que há uma passa a ter natureza nominal o que significa
alteração deste ocorre inflação) que é determinado no mercado monetário,
então é determiando pela oferta e procura de
Y= PIB, rendimento, emprego…
moeda. O juro tem uma relação inversa com a
procura de moeda. Se o juro sobe, a procura
de moeda diminui e o dinheiro em circulação
diminui e, consequentemente os preços
diminuem e a procura aumenta)
-O efeito riqueza (Pigou-segurança social)-
quando os preços sobem, o património
diminui e, ao contrário o património aumenta
e, também aumenta a procura.

-O efeito comércio externo (David Ricardo)-


Quando os preços dos bens nacionais
descem, os países exteriores vão procurar
mais os nossos bens, pois são relativamente AD- rendimentos esperados da parte dos
mais baratos do que os deles. Ora, se os empresários
nossos preços descem a procura agregada
aumenta. AS- custos que os empresários têm de
suportar para produzir determinado produto.

Assim sendo a procura efetiva é determinada


pela oferta agregada e pela procura agregada
e isto determina o emprego (ponto de
equilíbrio) porque a partir daquele ponto
qualquer produção não maximiza os lucros
Quando o rendimento aumenta o consumo porque os custos são superiores às receitas
aumenta. Na poupança negativa o individuo por isso o empresário só vai produzir até que
gasta mais do que aquilo que tem de AD=AS.
rendimento sendo impossível fazer qualquer AD=C+I+G+X-Z
tipo de poupança. consumo (yd e pmc)+ investimento (i e emc)+
gastos do estado+ exportações- importações (y e
pm (importar)

Lei psicológica de Keynes- a psicologia do


individuo é tal que quando o rendimento
aumenta o consumo também aumenta, mas a
variação do consumo é menor do que a
variação do rendimento pelo que dividindo o
acréscimo do consumo pelo acréscimo do
rendimento é a propensão marginal a
Poupança depende do rendimento (S=-a+sy) consumir.
Os liberais clássicos e os neoclássicos atuais ∆C
dizem que a economia é estável e que se ∆ y >→ ∆ C >¿, mas ∆ C <∆ y então 0 <
∆y
deixada funcionar livremente a economia tende <1
ao pleno emprego dos fatores produtivos e C= a +byd (pmc)
também do trabalho, ou seja, a economia é Efeito multiplicador
eficiente e para ela funcionar livremente não y=C+ I + G+ X−Z
pode haver intervenção do Estado, ou seja, y=α + βyd + I +G+ X −( n+my )
devemos deixar os indivíduos à iniciativa
y = α + β ( y −T +TR )+ I +G+ X −n−my
privada resolverem os problemas (não deve
haver salário mínimo, SNS, subsídios, segurança y=α + β y −β T + β TR+ I +G+ X −n−my
social). y −β y+ my =α −β T + β TR+ I +G+ X−n
y(1−β +m¿=α −β T + β TR+ I + G+ X−n
Procura agregada, oferta agregada e procura α −β T + β TR+ I +G+ X −n
y=
efetiva para Keynes 1−β+ m
De acordo com Keynes a economia capitalista
em que vivemos, a maioria do emprego
depende da atividade privada. Logo toda a
atividade privada procuram maximizar o
lucro, por isso os empresários só investem se
previrem que esse investimento que fazem mais possível que há informação perfeita.
lhes traz lucro e que este seja maior que os Então há erro e este pode ser sistemático ou
custos. aleatório, ou seja, não é controlado por
π=R−C ninguém e é por isso que as expectativas são
receitas totais-custos totais muito importantes, pois entre aquilo que
esperado e o que realmente é normalmente
Keynes defende que estamos numa sociedade não coincide. Quando existe o erro existe
em que é a despesa que determina o nível de ilusão monetária e quando as pessoas erram
rendimento, trabalho e emprego. existe a possibilidade das políticas do lado da
procura terem efeito.
Animal Spiritus
Keynes, referia que os estados psicológicos Os clássicos diziam que só a ofertas é que
determinantes das expectativa, sobretudo de tinha efeitos, e os monetaristas, que nascem
longo prazo, eram de suma importância para com Milton Friedman (“only money
o investimento. matters”), dizem que é de facto a oferta que
tem efeitos, mas enquanto as pessoas estão
enganadas a procura pode ter efeitos
nomeadamente através da moeda. Para o
Absorção externa- exportações de bens e percebermos os monetaristas temos de saber
serviços a teoria quantitativa da moeda e a curva de
Absorção interna- consumo e investimento Phillips. Para os clássicos a situação era de
privado pleno emprego e para os neoclássicos a
situação deixa de ser pleno emprego porque
Funções da moeda: este já não é admissível então passam a
-meio de troca considerar a situação de equilíbrio (oferta
-unidade de conta ou padrão de valores agregada vertical) emprego potencial. E o
-reserva de valor emprego potencial implica que haja uma taxa
-padrão de pagamentos deferidos natural de desemprego, que é o desemprego
L=f(y;i) liquidez estrutural que existe sempre porque há
A procura de moeda depende do rendimento e da sempre um conjunto de pessoas que não são
taxa de juro (valor do dinheiro) e procura-se moeda necessárias para que se atinja o máximo que a
por transação, precaução e especulação sociedade pode produzir (ex: as datilógrafas
não são necessárias), ou seja, por haver
desemprego não significa que a economia não
Se a moeda em circulação aumenta, ou seja,
possa estar no seu máximo, no seu potencial.
passa de M1 para M2, a taxa de juro diminui.
Os monetaristas dizem que a variável central
é a moeda e inserem-se as expectativas
adaptativas, pois estas adaptam-se aos erros
passados.

Reformulação de Friedman da teoria


A oferta de moeda é determinada pelo banco quantitativa da moeda
central Europeu através dos instrumentos da O y é emprego potencial, mas a velocidade da
política monetária: moeda (V) passa a ser homocedástica, ou
-Open market (a massa monetária em seja, deixa de ser constante e passa a ser
circulação é determinada pelo Banco Central estável o que significa que varia, mas dentro
Europeu, bancos comerciais, instituições de certos limites. A moeda é estável porque
financeiras) ao se manter a procura da moeda para
-Taxe de redesconto especulação significa a velocidade de
-Taxa de reservas obrigatórias circulação da moeda depende dos mercados
financeiros (ações, obrigações...) o que quer
Monetaristas dizer que se os mercados financeiros forem
Uma das premissas dos clássicos era que mais apetecíveis do que os mercados
existia informação perfeita, ou seja, tradicionais o dinheiro vai para o financeiro o
transparência. A partir do momento que há as que significa que a economia está em baixo
guerras ao pensamento de Keynes já não é emprego potencial. Então para que isso não
aconteça é preciso garantir que os mercados Surge a estagflação, ou seja, a junção da
financeiros são eficientes, ou seja, estagnação económica com a inflação. Esta
funcionarem em concorrência perfeita os veio derrotar a curva de Phillips. No entanto,
preços são os mais baixos, ou seja, não os neoclássicos dizem que curva de Phillips
oscilam muito do seu preço fundamental, inicial está incompleta, pois falta-lhe as
preço de custo. Logo, não há possibilidade expectativas da inflação. O que quer dizer que
das pessoas ter grandes ganhos nesses a curva de Phillips se desloca para cima e para
mercados. O que é uma condição necessária a direita.
para a velocidade de circulação seja estável π=a−bμ +π
e

porque só sendo estável é a economia tende


para o emprego potencial. A estabilidade da A chave da relação entre a oferta e a procura vai
velocidade permite que no curto prazo as depende π e π e , ou seja, enquanto tivermos
políticas do lado da procura possam ter que π ≠ π e temos:
efeitos pois:
M y
=
P V
Só o y é que mantém a barra, ou seja, se a
massa monetária aumentar não é obrigatório
que tenham de ser os preços a subir e é por
isso que enquanto há engano as políticas do
lado da procura podem ter efeitos, mas só os A passagem de A para B aumenta o
têm naquele curto prazo enquanto o preço desemprego, mas os preços diminuíram. Se
está diferente do que deveria ser porque aumenta o desemprego o emprego diminui,
quando o preço volta ao normal caímos no mas os preços desceram. Logo, se um desce o
caso clássico. Mesmo quando não se está em outro desce. Na passagem de B para A o
emprego potencial só do lado da procura é desemprego diminui e os preços aumentam.
que a moeda pode ter efeito. Se o desemprego diminui, então o emprego
aumenta e os preços também aumentam. Se
A curva de Phillips relaciona a inflação com o os preços sobem quer as políticas do lado da
desemprego e estas duas variáveis relaciona- procura como oferta têm efeito nas variáveis
se inversamente o que significa que a curva de reias porque se aumentar a procura o y
Phillpis permite-nos perceber a importância aumenta, mas também aumentam os preços.
das expectativas e porque foram introduzidas Se temos a curva de Phillips a descer temos a
π=a−bμ oferta agregada assim:
μ é o desemprego
Inflação= a e b são números e

Aqui temos uma relação de trade-off, ou seja,


custo de oportunidade. Isto é, temos um
outro, por exemplo se as entidades quiserem
ter um nível baixo de desemprego isso é E isto acontece porque π ≠ π e .
necessariamente à custa de uma elevada
inflação. Neste momento estamos num caso Se π=π e então:
da curva de Phillips. Como esta curva tem os e
preços (inflação) e tem o desemprego π=a−b μ+ π ⇔
(emprego) ela transforma-se facilmente na π=a−b μ ⇔
oferta agregada, que é a relação entre o a−b μ ⇔
emprego e os preços e a curva de Phillips a a
inflação com o desemprego. O que quer dizer μ=
b
que os neoclássicos agarraram-se à curva de A taxa de desemprego é igual a um número,
Phillips porque ela leva á oferta agregada. ou seja, qualquer que seja a taxa de inflação o
desemprego é sempre o mesmo. Logo a curva
de Phillips torna-se vertical e se assim é a
curva da oferta também é vertical, ou seja,
emprego potencial. Só as políticas do lado da
oferta é que têm efeitos.
perceber o que é que não sabe e vai tentando
colmatando estas brechas. Isto é, ele comete
o erro sistemático uma vez e partir do
momento que o comete ele não é mais
enganável. O erro aleatório existe sempre,
pois este é aquele que ninguém controla.
Por exemplo, os magalhães foram dados para Então, se as expectativas racionais diminuem
que a produtividade aumentasse. Logo a taxa a margem de erro, o período em que as
de desemprego natural iria diminui, havendo políticas do lado da procura podem ter efeitos
uma deslocação da curva de Phillips para a é menor, pis para estes autores as políticas do
esquerda, mas a deslocação da curva de lado da procura só podem ter efeito quando
Phillips para a esquerda faz com que a curva as pessoas estão enganadas.
da oferta se desloque para a direita.
Os novos clássicos introduzem uma nova
componente na curva de Phillips:
e
π=a−b μ+ π − p
p são ganhos de produtividade

O que os neoclássicos vêm justificar é o que


os clássicos defendiam, admitindo que no
curto prazo, enquanto as pessoas estão
enganadas a procura pode ter efeitos, mas
estes são de curto prazo e não duradouros.
Quando as curvas se encontram deitadas
No entanto, maior parte das pessoas não se
significa que é a curto prazo. A curto prazo as
encontra informada. Aliás os monetaristas
introduziram as expectativas adaptativas e pessoas estão enganadas, ou seja, π ≠ π e .
estas próprias são passíveis de criar erro com Neste caso, há trade-off entre a inflação e o
grande probabilidade e é por isso que os desemprego então a procura não tem
novos clássicos introduziram as expectativas qualquer efeito nas variáveis reais. Só não há
racionais. trade-off na curva de Phillips de longo prazo,
taxa natural de desemprego, em que π=π e .
As expectativas adaptativas caem nos dois
tipos de erro (sistemático e aleatório) e as Ora, se a a curva de Phillips é vertical então a
racionais eliminam os sistemáticos, ou seja, a curva de oferta agregada (AS) também é
probabilidade de erro diminui. Logo, segundo vertical:
estes autores o prazo em que as pessoas são
enganadas é ainda mais curto só que o
problema é que as premissas de base para se
eliminar o erro sistemático é que as pessoas
conseguem perceber toda a informação que
recebem, mas na realidade isso não acontece.
Se aumenta a despesa, AD2 o produto é o
Novos Clássicos
mesmo. O PIB mantém-se, pois os preços
Assumem que a moeda tem um papel
aumentam, mas a inflação também aumenta.
importante, mas não é o mais importante e as
Logo, qualquer política do lado da procura
expectativas aqui são racionais.
não tem efeito. Mais uma vez, constatamos
que se deve atuar do lado da oferta.
Os novos clássicos são dirigidos por Robert
Lucas através das expectativas racionais olha
RBC (real business cycles)
para o futuro partindo do pressuposto que a
Para os RBC a procura não tem quaisquer
pessoas não têm informação completa e sim
efeitos, são extremistas. Para eles a curva de
completa. Olhando desta maneira estas
Phillips é vertical. As duas figuras principais
expectativas racionais eliminam o erro
dos RBC são Prescott e Kydland, que são
sistemático porque se o individuo sabe que
neoclássicos fundamentalistas que vão utilizar
pode estar errado vai á procura de tentar
tudo os que os neoclássicos utilizam
principalmente os novos clássicos, vão usar as Price Puzzle, ou seja, a economia
expectativas racionais, os micro fundamentos supostamente estava em pleno emprego,
(explicar macroeconomia através da eficiência e os preços deviam ser os mais
microeconomia) e utilizam uma metodologia baixos. Então, os novos keynesianos
que ficou conhecida como a calibração, aumentam a taxa de juro porque Keynes
pegando nos modelos e assumem que os introduz o motivo de procura por especulação
mesmo convergem para o equilíbrio, ou seja, que é determinado pelo mercado monetário,
ou seja, entre a oferta e a procura de moeda
e, portanto, se a taxa de juro sobe a massa
monetária fica mais cara, as pessoas
procuram menos moeda e por isso fazem
menos compras e os preços baixam, mas em
teoria porque na prática não porque a taxa de
juro está em níveis históricos e a inflação
O PIB real não diverge muito do PIB potencial, continua a subir. Keynes introduziu o motivo
ou seja, a curva de Phillips é vertical e o real é finança e com ele deixa de ser necessário
quando há engano e é por isso que há as existir poupança prévia porque o sistema
diferenças no gráfico, mas não há grandes financeiro tem a capacidade de criar moeda
hipóteses para as políticas do lado da procura sem que ela exista através do multiplicador de
terem efeitos. crédito (bancos emprestam dinheiro
Os RBC dizem que a curva de Phillips é sempre aumentam massa monetária). Os novos
vertical porque assumem que existe Keynesianos lembraram-se que
substituibilidade intertemporal entre economicamente as pessoas coletivas,
trabalho e lazer, o que é central para eles economicamente, têm os custos certos
porque eles hipotizam que um indivíduo (salários, água...) só que ao contrário das
consegue perceber que o trabalho do dia famílias o ordenado das empresas não é
seguinte vale mais que hoje, então hoje o certo, pois este depende das vendas, que não
individuo não irá trabalhar, ou seja, ele são certas. Logo, as empresas têm um
substitui o trabalho por lazer e se ele o faz problema sabem quando têm de pagar, mas
então podemos afirmar que este indivíduo não quando recebem.
está desempregado voluntariamente, e este Então os novos Keynesianos introduzem á
tipo de desemprego economicamente não é curva de Phillips a taxa de juro real, pois a
desemprego porque é uma decisão do
taxa de juro i=R+ π .
próprio. Logo, estes indivíduos não afetam a e
taxa natural de desemprego então a curva de π=a−b μ+ π − p+ R
Phillips é vertical. canal do custo
No entanto, esta hipótese não é realista, pois Se a taxa de juro sobe a inflação aumenta
hoje em dia as pessoas não se podem dar ao porque de facto a taxa de juro também afeta
luxo de não trabalharem. Esta hipótese só é a oferta através da curva de Phillips. Quando
realista se os indivíduos tiverem outros os indivíduos não estão enganados (curva de
rendimentos. O FMI só intervém quando pHILLIPS VERTICAL) mesmo com as
estamos em crise por isso quando não expectativas certas a curva de phillips
estamos em emprego potencial. continua negativamente inclinada porque o
desemprego passa a depender da taxa de juro
Novos Keynesianos positivamente, ou seja, a curva de Phillips já
Vão usar o instrumento teórico (modelo, não é vertical. Logo, a oferta agregada nunca
expectativas, funções e curva de Phillips) que vai ser vertical. Então, a situação normal é que
os neoclássicos utilizam, principalmente os as políticas do lado da procura tenham efeito.
novos clássicos para mostrar que eles estão A curva de Phillips é negativamente inclinada
errados. No entanto, têm pressupostos porque:
diferentes o que irá levar a conclusões a−b R
M= +
diferentes e por isso voltamos ao b b
pensamento de Keynes em que a procura a−b
tinha efeito. Há uma variável que os (novos clássicos)
b
neoclássicos não têm em conta que afeta a
R
oferta que é a taxa de juro. (novos keynesianos )
b
Karl Marx Para os clássicos o valor vem do tempo médio
Marx foi o pensador que melhor percebeu de trabalho e para Marx o valor vem do
como funciona o sistema capitalista e este tempo de trabalho abstrato socialmente
caracterizou este sistema como modo de necessário.
produção capitalista. Hegel desenvolveu o PIB= Σ VAB
conceito da dialética idealista (a luz, o A riqueza, o que nos interessa é o valor
esclarecimento só nasce da discussão) é acrescentado que vem do trabalho (ex: roupa
também conhecida como a teoria dos de marca mais cara)
contrários. Idealista porque Hegel diz que a
ideia era a fonte de tudo.
Antítese Tese
(só os primeiros 100 são V e os segundo são mV)
Síntese Ao fim das 8h foram produzidos 200, mas o
trabalhor leva 100 o que significa que a outra
Marx cruzou-se com Fuerbach, que
parte fica para a empresa. Aqui começa a luta
desenvolveu o materialismo. Ele achava que
dialética por quem quem gerou os 200 foi o
era a matéria a existência e nós temos de ser
trabalhador, mas não nos esqueçamos que a
capazes de captar o fenómeno para ele ser
empresa colocou bens de produção à
real ao contrário de Hegel que era a ideia, mas
disposição. Então vemos de ver a que é igual
não conseguimos dar forma à ideia.
o valor de uma mercadoria.
Idealismo(Hegel) Materialismo(Fuerbach)
Valor de uma mercadoria
Materialismo dialético VM=C+V+mV
capital constante (custo da depreciação dos bens
Marx pega no materialismo e aplica a dialética de capital e o valor do desgaste dos recursos não
para perceber a realidade do modo de entra para o PIB, mas a atividade atual sim) +
produção capitalista. capital variável (salários)+mais valia (fonte do
lucro, mas não significa necessariamente que haja
Modo de produção lucro porque só há lucro quando há a realização da
 Infraestrutura (tenta capturar a venda da mercadoria e a mais valia tem origem no
superestrutura) tempo de trabalho)
-meios de produção (capital, trabalho) Exemplo :
-atividade económica e social quotidiana VM=100+100+100 = 300, mas o valor criado é
 Superestrutura (determina o apenas 200, ou seja, pagamos 300, mas
andamento da infraestrutura) efetivamente a riqueza criada é 200. Por isso,
-relações socias de produção (sistema jurídico, que também se diz que o capital constante
político, religioso, normativo, axiológico) apenas ajuda a transmitir o valor e é por isso
que os 200 não eram possíveis ser criados se
A Superestrutura (os valores éticos, morais e não fossem aqueles 100, mas estes 100 não
normativos) altera-se muito mais lentamente criaram valor eles estão a perder valor, pois
do que a Infraestrutura e é por isso que a nós é que os colocámos no preço de venda
infraestrutura vai fazer tudo o que possa para porque é um custo para a sociedade.
capturar a superestrutura e é por isso
também Trabalho simples e complexo
que os partidos são financiados por grupos O trabalho simples são os trabalhos não
privados para colocarem as pessoas que qualificados que inserem se também nos
defendem os seus interesses na trabalhos socialmente necessários. Os
superestrutura (ex: os ex-políticos encontram- trabalhos complexos, são de maior
se em empresas privadas porque estas qualificação, aqueles que constituem vários
adiantam o dinheiro para a campanha e para trabalhos simples na sua essência. As
depois eles fazerem as leis à medida deles). diferenças salariais resultam das diferentes
forças de trabalho.
Teoria do valor
Tanto Smith como Ricardo são autores Força de trabalho
fundamentais na teoria clássica concordam É a mercadoria do trabalhador e esta pode ser
com Marx na origem do valor embora o digam venida. O salário é o valor da força de
de forma diferente. trabalho do humano e é determinado pelo de
trabalho abstrato socialmente necessário infraestruturas e meios de produção) e da
para a sua produção / reprodução. mais valia (lucros).

Teoria da mais valia VM=c+v+s


Consiste nos lucros das empresas após o
pagamento dos salários, ou seja, as valor da mercadoria = valor criado + capital
mercadorias produzidas não são variável ou valor da força de trabalho + mais valia
exclusivamente para pagamento de salários e
essas mercadorias geram lucros também. Essa O valor criado(acrescentado é o mesmo que
diferença entre os salários e os lucros que somar a mais valia ao capital variável, ou seja:
foram gerados chama-se de ais valia. Com isto
entende-se que o valor do trabalhador não VA=v+s
gera diretamente para ele o valor da sua força
de trabalho (salário) visto que o capitalista
valor criado ou acrescentado = capital variável +
fica com algum desse valor gerado, ou seja: mais valia
S=VC-V
a mais valia = valor criado – capital variável ou valor
da força de trabalho O valor de uma mercadoria é superior ao valor
criado/acrescentado pois este integra o
capital constante

Ciclo monetário
É o ciclo dos capitalistas para gerar riqueza e é
através deste ciclo que gera se a venda de Taxa de mais valia
mercadorias que leva ao pagamento de
salários e à mais valia. Originalmente existe Como já visto a força de trabalho cria mais
um investimento inicial para o início deste valor do que o seu próprio valor no processo
ciclo. E a separação entre “as classes” produtivo e a força de trabalho consiste em
(trabalhadores e capitalistas) é que permite a um custo para os capitalistas. A partir da
compra dos fatores de produção (engloba se altura que as mercadorias sejam vendidas a
a força de trabalho). mais valia torna se em lucro. Sendo assim
pode se reformular o VA para VAL (valor
Capital variável e capital constante acrescentado líquido).

O capital variável está ligado ao investimento VAL=W+L+R+J


na força de trabalho, este é determinado pelo
tempo socialmente necessário para a
valor acrescentado líquido = salários brutos +
realização da mercadoria ao qual torna se lucros + rendas + juros
variável a partir da altura que é incerto. Este
também produz mais valor que o seu próprio
Composição orgânica do capital (composição
valor. Isto é, o capital variável é o trabalho interna do capital)
vivo e este varia consoante a criação da mais
valia. O capital constante está ligado aos
No sistema capitalista, o objetivo das
investimentos nas infraestruturas e tudo o
empresas é maximizar o lucro o que quer
que foi proporcionado para os meios de
dizer que quanto maior for o trabalho, maior
produção, ou seja, este capital é o
é a mais valia e maior será o lucro. Só que há
investimento passado que transmite ainda o
uma contradição, pois se quero aumentar a
seu valor nas mercadorias produzidas no dias
mais valia não consigo mexer no capital
de hoje (não é como a força de trabalho que
constante e então tenho de mexer nos
transmite o seu valor na mercadoria).
salários, mas se diminuo o tempo de trabalho
a mais valia diminui, ou seja, na busca do lucro
Componentes do valor de uma mercadoria o mesmo vai diminuir.
C( capital constante)
O valor de uma mercadoria consiste na soma K=
do capital variável (valor da força de V ( capital vari á vel)
trabalho), no capital constante (valor das A busca do lucro faz com que a composição
orgânica do capital aumente porque o peso
do capital constante é maior do que o peso O investimento autónomo depende das
tendencialmente dos salários. Sempre que a expectativas de lucro, ou seja, a eficácia
mais valia (lucro) começa a entrar no capital marginal do capital e da taxa de juro.
constante este aumenta logo a composição I=f(E.m.c ; i)
orgânica aumenta, mas esta dá-nos a relação Os gastos do Estado são determinados de
entre os dois tipos de capital e a mais valia forma autónoma, ou seja, o orçamento do
vem do capital variável. Estado é determinado politicamente.
(ex: as horas de trabalho aumentaram de 35h X=X
para 40h porque aumentando o tempo de depende da procura efetuada no resto do mundo
trabalho aumenta o lucro, mas as pessoas não Z=n+m(propensão marginal a importar)y
recebem mais então fica mais espaço para a uma parte é autónoma, não depende do
mais valia) rendimento
Se c+i+g+x são despesa concluímos que é a
Marx chamava a isto exército de reserva despesa que determina o nível de emprego.
industrial (desemprego), que faz com que as
pessoas aceitem as condições de trabalho A tendência decrescente da taxa de lucro
porque se não há outras que estão ali para Caso a composição orgânica do capital
fazer o mesmo. aumente mais do que a taxa de mais valia,
a taxa de lucro poderá descer.

 Uma depressão dos salários abaixo


do seu valor;
Taxa de lucro
Relação entre a mais valia e o capital total, ou  Uma redução dos custos no capital
seja, os custos totais relacionados com aquilo constante;
que vai para os impostos  Um aumento na intensidade da
mais valia relativa
mV ( s ) C+V  Através do mercado exterior
g= ÷ ⇒
V V
mV
g= (taxade mais valia) ÷ K +1
V

Quando K aumenta através da maior


capacidade absorção das empresas do lucro e
também da maior apropriação da mais valia
(mais constante do que variável). Logo ao
aumentar a mais valia aumenta-se o capital
constante aumenta-se a composição orgânica
do capital mas isso vai fazer com que o lucro
tendencialmente diminua logo se o lucro
tendencialmente diminui as empresas não vão
estar disponíveis para continuarem a operar,
então o sistema capitalista vai ter crises. Ao
contrário do que os clássicos defendiam,
inerentemente o sistema capitalista provoca
crises cíclicas porque a partir do momento
que o lucro diminui o exército de reserva
industrial aumenta, ou seja o desemprego,
então as pessoas têm menos rendimento logo
comprar menos e os lucros da empresa
diminuem.
C=α + βyd em que β=¿ propensão marginal
a consumir
I=I-bi

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