Você está na página 1de 7

CONTROLE BIOLÓGICO

BIOINSETICIDAS

FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS NO CONTROLE DE PRAGAS


Os fungos entomopatogênicos são capazes de infectar um amplo número de
insetos praga naturalmente, mantendo as populações em equilibro através de
epizootias no campo, apresentam ampla variabilidade genética e podem atuar em
artrópodes, principalmente insetos e ácaros (ALVEZ, BOUCIAS, PENDLAND, 1998)
Dentre uma variedade que pode alcançar a marca de mais de 700 espécies de
fungos entomopatogênicos, os mais conhecidos e de interesse agrícola pertencem ao
Filo Ascomycota e se dividem em três famílias: a família Cordycipitaceae com os
gêneros Beauveria, Isaria, Lecanicillium, Simplicillium (LIU, CAI, 2012; HUMBER, 2012),
a família Clavicipitaceae com os gêneros Metarhizium, Nomuraea, Aschersonia e
Pochonia e a família Ophicordycipitaceae com os gêneros Hirsutella e Syngliocladium
(HUMBER, 2012).
Todos esses fungos apresentam conídios (esporos) infectivos que germinam e
penetram na cutícula do hospedeiro. O processo infeccioso é iniciado pelos conídios
que ao entrar em contato com a cutícula do hospedeiro se fixam por interações
hidrofóbicas. A adesão dos conídios depende da presença de enzimas (proteases,
quitinases e esterases) que ocorre na superfície dos conídios e que alteram a superfície
do tegumento dos insetos, favorecendo a germinação e a nutrição do fungo. Após a
adesão, ocorre a germinação dos conídios que se transformam em apressório que,
nesse momento, inicia uma pressão mecânica (processo físico) que garante sua
penetração juntamente com a produção de enzimas, como proteases, quitinases e
lipases (processo químico) que degradam a cutícula do inseto. Após vencer a barreira
do tegumento, o fungo se propaga pela cavidade do corpo do hospedeiro. Em algumas
espécies dos fungos, ocorre a liberação de toxinas (destruxinas e citocalasinas) que
causam a paralisação e posterior morte do inseto. Após a morte, as hifas do fungo
continuam crescendo e invadindo os órgãos internos do inseto até o ponto onde o
micélio emerge para fora do corpo do hospedeiro, produz novos esporos que podem
ser disseminados e infectar outros indivíduos (CONCESCHI, 2013).
Hoje na grande maioria do mercado brasileiro de bioinseticidas fala-se muito
sobre três espécies de fungos entomopatogênicos: Metarhizium anissopliae, Beauveria
bassiana e Isaria fumesorosea e o objetivo desse material é trazer informações
detalhadas sobre essas espécies juntamente com possíveis argumentos de
diferenciação entre elas.

1. Beauveria bassiana

Descoberto pelo entomologista italiano Agostino Bassi, em 1835, o fungo


Beauveria bassiana é uma espécie com ampla distribuição geográfica e que ocorre
naturalmente no solo em muitas regiões do Brasil (BUSTILLO-PARDEY, 2005).
Esse fungo entomopatogênico pode ser encontrado em uma ampla variedade
de insetos hospedeiros, sobrevivendo como um parasita facultativo. Tal denominação
CONTROLE BIOLÓGICO
BIOINSETICIDAS

é atribuída aos microrganismos que conseguem sobreviver como um indivíduo de vida


livre sem a presença de um hospedeiro, já que o B. bassiana também pode sobreviver
no solo como decompositor de substâncias orgânicas mortas.
Apesar do uso comercial do B. bassiana ser restrito a poucas espécies, diversos
estudos já testaram e confirmaram os resultados positivos em diversas espécies de
insetos-praga no Brasil, como:
 Broca-do-rizoma ou moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus);
 Ácaro da falsa ferrugem (Phylocoptruta oleivora);
 Broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis);
 Percevejo-marrom da soja (Euschistos heros);
 Lagarta-da-espiga do milho (Helicoverpa zea);
 Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis);
 Gorgulho-do-milho (Sitophilus zeamais);
 Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis);
 Broca-do-café (Hipothenemus hampei);
 Cascudinho (Alphitobius diaperinus)
 Ácaro rajado (Tetranychus urticae);
 Cochonilhas (Dactylopius coccus);
 Mosca branca (Bemisia tabaci);
 Cupins (Coptotermes sp.).
As particularidades apresentadas pelo modo de ação da Beauveria bassiana são
apresentadas em uma revisão bibliográfica oferecida por ZIMMERMANN G., 2007,
onde afirma que a germinação dos conídios começa após cerca de 10 horas e é
amplamente concluída em 20 horas a 20-25°C. Geralmente, o fungo penetra em áreas
mais finas e não esclerificadas da cutícula, como articulações, entre segmentos ou
partes bucais.
O período de incubação depende do hospedeiro, do estágio do hospedeiro, da
temperatura e da virulência da cepa do fungo. Em geral, pode levar de 3 a 4 dias e
após a morte do hospedeiro, sob condições de umidade, o fungo inicia sua fase
saprofítica com produção de conídios na superfície exterior do cadáver. Em condições
muito secas, o fungo também pode persistir na fase hifal e até mesmo produzir seus
conídios dentro do cadáver. Durante o período de incubação, o fungo pode afetar seu
inseto hospedeiro por meio de mudanças comportamentais e alimentares, redução do
peso corporal ou fecundidade, malformações ou febre comportamental (MULLER-
KOGLER 1965; EKESI 2001; OUEDRAOGO et al. 2003).
A propagação e sobrevivência de qualquer microrganismo no ambiente são
fortemente afetadas por vários fatores abióticos e bióticos. Os fatores abióticos mais
importantes para os fungos são a temperatura, umidade ou umidade e radiação solar.
Quando especificamos sobre B. bassiana, a temperatura ideal é de 23 a 28°C, a mínima
de 5 a 10°C e a máxima de cerca de 30 a 38°C. O ponto de morte térmica de esporos
de B. bassiana é de 50°C por 10 minutos (WALSTAD et al. 1970).
CONTROLE BIOLÓGICO
BIOINSETICIDAS

A umidade é um fator ambiental muito importante que afeta a eficácia e a


sobrevivência de entomopatógenos. A germinação dos esporos na cutícula do inseto e
a esporulação após o crescimento do inseto hospedeiro morto requerem alta
umidade. Para que isso aconteça, basta que a umidade do ar seja superior a 50%.
Infecções bem-sucedidas em baixas umidades relativas também foram observadas
com formulações de óleo (PRIOR et al. 1988; BATEMAN et al. 1993; VIDAL et al. 2003).
Obviamente, os esporos fúngicos são capazes de germinar e infectar o inseto quando
cobertos por uma fina camada de óleo na cutícula do inseto, independentemente da
umidade relativa circundante. A longevidade de conídios em diferentes temperaturas
também é fortemente afetada pela umidade relativa e pelo teor de umidade dos
conídios. Por exemplo, a viabilidade de conídios secos de B. bassiana foi de 635 dias a
8°C e 0% de UR, em contraste com 28 a 56 dias a 25°C e 75,8% de UR. Uma UR mais
baixa aumenta a longevidade dos esporos, mesmo em temperaturas mais altas (CLERK
& MADELIN, 1965).
Em relação a radiação solar, os resultados apresentados na literatura revelam
que os entomopatógenos são inativados em questão de horas ou dias quando
expostos à luz solar (GARDNER et al. 1977). A influência da luz solar simulada (295 a
1100 nm) na sobrevivência de conídios de B. bassiana demonstrou que a sobrevivência
diminuiu com a exposição crescente, ou seja, uma exposição de 2 horas ou mais foi
prejudicial para todos os isolados testados (FARGUES et al. 1996).

2. Metarhizium anissopliae

O gênero Metarhizium foi encontrado e descrito perto de Odessa (Ucrânia) em


larvas infectadas do besouro-do-trigo (Anisoplia austriaca) (METSCHNIKOFF, 1879). A
história da detecção, descrição, primeiras investigações científicas e o uso de M.
anisopliae no controle biológico são detalhados por STEINHAUS (1949), onde o uso
dele como agente de controle biológico contra insetos-praga começou logo após a sua
descoberta.
Atualmente M. anisopliae é um dos fungos entomopatogênicos mais
importantes da agricultura, atingindo uma ampla variedade de insetos-praga como
cupins, gafanhotos e esperanças, baratas, cigarrinhas e outros hemípteros, notuídeos,
insetos-praga que habitam o solo, como várias espécies de escaravelhos e
curculionídeos, pragas de estufas, como moscas brancas ou tripes, bem como
mosquitos e até carrapatos (ZIMMERMANN, 1993).
Suas particularidades de modo de ação acompanham o que já foi apresentado
para Beauveria bassiana, em relação a temperatura, umidade e radiação solar, os
melhores cenários para M. anissopliae seria temperaturas entre 15 e 35°C, com a
ótima para germinação e crescimento dos conídios entre 25 e 30°C (MILNER et al.
2003a). Na questão umidade a importância do microclima próximo aos conídios
germinantes é o essencial, estudos apontam que em umidades relativas muito baixas,
cerca de 20-30%, ocorre germinação dos conídios, desde que o ambiente próximo ao
inseto esteja com umidade maiores, acima de 40% (LAZZARINI et al. 2006). Já em
relação a radiação solar, sobrevivência dos conídios de Metarhizium ssp. pode diminuir
CONTROLE BIOLÓGICO
BIOINSETICIDAS

com o aumento da exposição a partir de 2 horas (FARGUES et al. 1996). De acordo com
BRAGA et al. (2001a), a exposição à radiação UV pode causar um atraso de várias horas
na germinação dos conídios sobreviventes, sendo que 4 horas de exposição à luz solar
de espectro completo reduziram em cerca de 30% a germinação para M. anisopliae.
As formulações modernas do fungo aumentaram o êxito do seu uso, nas mais
variadas condições climatológicas, que antes eram extremamente limitantes. Hoje o
que mais afeta a eficácia do fungo Metarhizium anisopliae no controle de diversas
pragas é a dose utilizada, as doses ao redor de 1×10 12 conídios viáveis por hectare, são
as mais adequadas para o controle das principais pragas, como observado por
DINARDO-MIRANDA et al. (2004) e LOUREIRO et al. (2012), recomendando, ainda, que
sejam realizadas mais que uma aplicação no ciclo da praga.
O residual desse fungo varia de 90 a 120 dias, sendo o menor valor para os dias
muito quentes (LANZA; MONTEIRO; MALHEIROS, 2009; BORGES et al., 2011);

3. Isaria fumosorosea (Cordyceps fumosorosea)

Isaria fumosorosea foi isolada pela primeira vez a partir de uma única larva do
gorgulho da beterraba Cleonus punctiventris na Ucrânia (WIZE, 1904) e é um fungo de
crescimento rápido que produz inicialmente colônias brancas que mudam para tons de
roxo ou rosa. O modo de ação desse fungo é similar ao que já foi apresentado para os
demais. Porém, este fungo apresenta particularidades como observado por FARGUES
et al. (1996) onde demonstraram que os conídios de I. fumosorosea são altamente
suscetíveis à radiação solar e ainda mais suscetíveis em comparação com os conídios
de M. anisopliae e B. bassiana. A exposição de 2 horas a 25°C e 40% de umidade
relativa resultou em uma diminuição acentuada na sobrevivência de todos os isolados
de I. fumosorosea testados, e após 4 horas de irradiação, apenas 21% dos isolados
apresentaram sobrevivência de 0,1% ou menos.
CONTROLE BIOLÓGICO
BIOINSETICIDAS

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES S.B. Controle microbiano de insetos. 2 ed. Piracicaba: FEALQ, 1998. 1163 p.
BATEMAN R.P., CAREY M., MOORE D., PRIOR C. The enhanced infectivity of
Metarhizium flavoviride in oil formulations to desert locusts at low humidities. Annals
of Applied Biology. p.152. 1993.
BORGES, L.R. et al. Persistência no solo de inóculo de Beauveria bassiana empregado
para o controle de Hedypathes betulinus em plantio de Ilex paraguariensis. Floresta,
[S.l.], v.41, n.1, 2011.
BOUCIAS D.G., PENDLAND, J.C. Principles of insect pathology. Norwell: Klumer
Academic, 1998, 537 p.
BRAGA G. U.L., FLINT S. D., MESSIAS C. L., ANDERSON A. J., ROBERTS D. W. Effect of
UV-B on conidia and germlings of the entomopathogenic hyphomycete Metarhizium
anisopliae. Mycological Research 105. 2001a.
BUSTILLO-PARDEY, A. E.: El papel del control biológico en el manejo integrado de la
broca del café, Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera: Curculionidae:
Scolytinae). Rev. Acad. Colomb. Cienc. Vol. 29, n. 110, p. 55-68, 2005.
CLERK G.C, MADELIN M.F. The longevity of conidia of three insect-parasitizing
hyphomycetes. Transactions of the British Mycological Society. p.209. 1965.
CONCESCHI, M.R. Potencialidade dos fungos entomopatogênicos Isaria fumosorosea e
Beauveria bassiana para o controle de pragas dos citros. Dissertação (Mestrado) -
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Piracicaba, 2013. 104 p.
DINARDO-MIRANDA, L.L. et al. Eficiência de Metarhizium anisopliae (Metsch.) no
controle de Mahanarva fimbriolata (Stal) (Hemiptera: Cercopidae) em cana-de-açúcar.
Neotropical Entomology, v.33, n.6, p.743-749, 2004.
EKESI S. Pathogenicity and antifeedant activity of entomopathogenic hyphomycetes to
the cowpea leaf beetle, Ootheca mutabilis Shalberg. Insect Science and its
Application. p.60. 2001.
FARGUES J., GOETTEL M.S., SMITS N., OUEDRAOGO A., VIDAL C., LACEY L.A., LOMER
C.J., ROUGIER M. Variability in susceptibility to simulated sunlight of conidia among
isolates of entomopathogenic Hyphomycetes. Mycopathologia. p.181. 1996.
GARDNER W.A., SUTTON R.M., NOBLET R. Persistence of Beauveria bassiana,
Nomuraea rileyi, and Nosema necatrix on soybean foliage. Environmental
Entomology. p.618. 1977.
HUMBER, R.A. Hurricane warning! How changed nomenclatural rules affect fungal
entomopathogens. In: ANNUAL MEETING OF THE SOCIETY FOR INVERTEBRATE
PATHOLOGY, 2012, Buenos Aires. p. 106-106.
HUMBER, R.A.; GRYGANSKI, A. P.; VILGALYS, R. Phylogenetic reclassification raises new
respect-and a new phylum!- for entomophthorales. In: ANNUAL MEETING OF THE
SOCIETY FOR INVERTEBRATE PATHOLOGY, 2012, Buenos Aires. p. 106-106.
CONTROLE BIOLÓGICO
BIOINSETICIDAS

LANZA, L.M.; MONTEIRO, A.C.; MALHEIROS, E.B. Sensibilidade de Metarhizium


anisopliae à temperatura e umidade em três tipos de solos. Ciência Rural, v.39, n.1,
p.6-12, 2009.
LAZZARINI G. M. J, ROCHA L. F. N, LUZ C. Impact of moisture on in vitro germination of
Metarhizium anisopliae and Beauveria bassiana and their activity on Triatoma
infestans. Mycological Research 110. 2006.
LOUREIRO, E.S. et al. Eficiência de isolados de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok.
no controle da cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar, Mahanarva fimbriolata (stal,
1854) (Hemiptera: Cercopidae), em condições de campo. Arquivos do Instituto
Biológico, v.79, n.1, p.47-53, 2012.
METSCHNIKOFF E. Diseases of wheat chafers. Zapiski imperatorskogo Obscestva
Sel’skogo Hoziatistva. Juznoi Roosi God sorok devjaytyi. pp 2150. 1879. (In Russian.)
MILNER RJ, LOZANO LB, DRIVER F, HUNTER D. A comparative study of two Mexican
isolates with an Australian isolate of Metarhizium anisopliae var. acridum strain
characterisation, temperature profile and virulence for wingless grasshopper,
Phaulacridium vittatum. BioControl 48. 2003a.
MULLER-KOGLER E. Pilzkrankheiten bei Insekten. Anwendung zur biologischen
Schädlingsbekämpfung und Grundlagen der Insektenmykologie. P. Parey Verlag. p 444.
Berlin, 1965.
OUEDRAOGO R.M., CUSSON M., GOETTEL M.S., BRODEUR J. Inhibition of fungal growth
in thermoregulating locusts, Locusta migratoria, infected by the fungus Metarhizium
anisopliae var. acridum. Journal of Invertebrate Pathology p. 109. 2003.
PRIOR C, JOLLANDS P, LE PATOUREL G. Infectivity of oil and water formulations of
Beauveria bassiana (Deuteromycotina: Hyphomycetes) to the cocoa weevil pest
Pantorhytes plutus (Coleoptera: Curculionidae). Journal of Invertebrate Pathology.
p.72. 1988.
STEINHAUS E.A. Principles of insect pathology. New York: McGraw-Hill Book
Company. p 757. 1949.
VIDAL C, FARGUES J, ROUGIER M, SMITS N. Effect of air humidity on the infection
potential of hyphomycetous fungi as mycoinsecticides for Trialeurodes vaporariorum.
Biocontrol Science and Technology. p. 198. 2003.
WALSTAD J.D., ANDERSON R.F., STAMBAUGH W.J. Effects of environmental conditions
on two species of muscardine fungi (Beauveria bassiana and Metarhizium anisopliae).
Journal of Invertebrate Pathology. p.226. 1970.
Wize, M.C., ‘Die durch Pilze hervorgerufenen Krankheiten des Ru¨benru¨sselka¨fers
(Cleonus punctiventris Germ.) mit besonderer Beru¨cksichtigung neuer Arten’. Bulletin
International de l’Acade´mie des Sciences de Cracovie, Classe des Sciences Mathe
´matique et Naturelles, 713-727, 1904.
ZIMMERMANN, G. Review on safety of the entomopathogenic fungi Beauveria
bassiana and Beauveria brongniartii. Biocontrol Science and Technology, vol. 17, p.
553–596. 2007.
CONTROLE BIOLÓGICO
BIOINSETICIDAS

Zimmermann G. The entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae and its


potential as a biocontrol agent. Pesticide Science, 37. 1993.

Você também pode gostar