Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Empreendedor -
Uma auto-
avaliação do seu
espírito
empreendedor
{©Em recente pesquisa realizada no Brasil, ficou patente o desejo de 75% dos entrevistados de terem o seu
próprio negócio e deixarem de trabalhar para outros. Ficou revelado pelos resultados da pesquisa que trabalhar
por conta própria era o sonho do brasileiro. Pois bem, o Plano Real fez com que esse sonho se reacendesse,
tanto é que milhares de micro e pequenas empresas foram iniciadas desde a implantação da nova moeda e do
plano de estabilização da economia. Após essa euforia houve o desencanto, pois as turbulências do Plano Real
somente deixou os novos empresários endividados financeiramente, obrigando-os a retomarem à “escravidão
branca” do executivo de empresas já solidamente estabelecidas.Com a euforia da nova economia, das empresas
de tecnologia de Internet, esta acontecendo o mesmo fato econômico.
Outras pesquisas na área de comportamento, demonstram claramente que o executivo universitário na faixa
etária de 40 a 45 anos passa por uma fase de questionamento de sua capacidade gerencial, onde este procura
fazer uma avaliação de seu passado profissional, medindo o seu desempenho com base naquilo que alcançou
materialmente ou de benefícios e bem-estar acumulados. Nem sempre esta avaliação é verdadeira, pois a
satisfação profissional não se mede somente em compensação pecuniária.
Abaixo relacionamos algumas perguntas que, se respondidas positivamente, permitirão ao executivo sonhar com
o seu próprio negócio:
- Você já gerenciou projetos de sua própria iniciativa que geraram resultados positivos comprovados?
- Você conseguiu liderar pessoas de sua equipe conduzindo-as aos resultados esperados?
- Você tomou decisões acertadas que evidenciaram a sua razão sobre a matéria abordada?
- Você já publicou em revistas especializadas ou jornal de boa circulação os resultados dos seus projetos e as
suas experiências profissionais?
- Você conhece Informática e Internet?
- Você sempre buscou alternativas viáveis para solucionar os problemas encontrados?
- Você planejou a execução das suas atividades e/ou funções dentro de critérios inovadores e abrangentes?
- Você já identificou novas oportunidades de mercado, "nichos" no negócio de sua empresa?
- Você continua buscando informar-se melhor tecnicamente na execução das suas atividades?
- Você acredita ser capaz de ganhar dinheiro com a sua capacidade profissional, dentro da sua especialidade?
- Você considera a hipótese de se não der certo a experiência, retornar a ser empregado, se o mercado de
trabalho conseguir reabsorvê-lo?
- Você conseguiu se comunicar bem com todos os tipos de pessoa, que se relacionam com a sua atividade
profissional?
Prezado futuro empresário: se você respondeu positivamente a mais de 80% das questões acima, você poderá
montar o seu próprio negócio e realizar o seu sonho profissional. Caso você não consiga esse índice, você
poderá continuar sendo um executivo empregado, mas não deve desistir de seu sonho. Prepare-se e desenvolva
suas habilidades, necessárias ao estabelecimento por conta própria, fortalecendo seus pontos fracos e
aperfeiçoando os seus pontos fortes até que você consiga responder a mais de 80% destas questões
positivamente e boa sorte !
O sonho de muitos executivos é de um dia “se Deus quiser” deixar a empresa e tornar-se empresário. Essa
atitude perante os desafios de ter o seu próprio negócio é escapista e irreal, muito embora o sonho seja o ponto
de partida para transformá-lo em realidade. Em seu livro “Ganhar”, o francês Bernard Tapie recomenda a
abertura de milhares de microempresas como forma de combate ao desemprego na França, hoje a uma taxa de
10%. No Brasil, a crise por si só justifica tal empresa.
A auto-realização profissional é o grande estímulo para que essa transformação de executivo em empresário
aconteça. Os exemplos de sucesso são as provas necessárias que demonstram que é possível a execução de
planos com esses objetivos.
Ao ambicionar dirigir o seu próprio destino, a liberdade que acompanha o empreendedor é motivo de satisfação
maior do que altos salários debaixo da “escravidão branca” do executivo. A liberdade de auto-administrar o seu
tempo dá um sensação magnífica. As políticas de incentivo já não mais surtem os efeitos desejados pois a
cenoura e o chicote, bem como o paternalismo, já não motivam executivos a melhorar o seu desempenho. A
liberdade e a criatividade, sim.
Os desafios
{©Os desafios da segunda carreira são inúmeros e pensarmos em iniciar tudo de novo desanima qualquer
cristão. A persistência e a garra são dois antídotos contra o desânimo, e as perspectivas otimistas dão o élan para
continuar a luta. O sabor da vitória após uma luta com a concorrência pelos mesmos espaços é muito maior, se
conseguida a duras penas. O dinheiro que entra fácil, também sai fácil. Portanto, a recíproca é verdadeira. O
medo de não dar certo e as responsabilidades que advêm dessa falha podem obliterar o otimismo inicial.
Muitas experiências são marcadas pela desilusão porque o otimismo exagerado embaraçou a visão da realidade.
As chances entre o fracasso e o sucesso no início do novo negócio deverão estar equilibradas na “gangorra” da
vida. O balanceamento desta é que determinará a continuidade ou não do negócio; portanto, todo o peso de um
planejamento adequado deverá ser jogado em cima dos pratos da balança.
No Brasil não se acredita em planejamento, pois se transformou em mito, uma vez que a nossa economia
instável no passado recente dificultava o seu exercício. Não obstante, no Japão, o planejamento a longo prazo
combinado com ações estratégicas resultou em sucesso empresarial. Dessa forma, a implantação dos planos e
programas será mais rápida, o que dará uma flexibilidade em termos de planos alternativos.
Se a idéia inicial justificou o “nicho” de mercado de produtos e serviços inexistentes ou embrionários,
devidamente amadurecida e analisada em seus pontos fortes e fracos, os objetivos serão mais facilmente
alcançados.
A experiência
Na prática, a experiência vale ouro, muito embora a teoria seja de grande ajuda. O espírito empreendedor é
básico para o sucesso que, se auxiliado por experiências anteriores e complementado pela teoria de projeções
futuras, dará uma visão mais clara das possibilidades de implantação. Não conte somente com sua experiência
INTRODUÇÃO
Cada vez mais o mundo dos negócios dá maior importância às pessoas com espírito empreendedor, pois são elas
que fazem os fatos acontecerem.
A garra, a pertinácia, o entusiasmo de um empreendimento são de suma importância no desenvolvimento sócio-
econômico de um país novo como o Brasil. O mesmo se aplica ao executivo de uma empresa que decidir tomar-
se um intra-empreendedor.
Esse desenvolvimento não acontece por obra e graça do Senhor, mas através do esforço na criação de micro e
pequenos negócios que, devido ao seu bom desempenho, se tomarão médias e grandes empresas no futuro.
A base da pirâmide empresarial está nas pequenas e médias empresas e seria impossível o desenvolvimento
sócio-econômico de um país moderno sem estruturação dessa base, pois são poucos aqueles que já começaram
grandes.
Se você ler esta coletânea na íntegra, talvez possa sentir-se mais tranqüilo quando verificar quais são as
qualidades de um empreendedor nato, ou de um intra-empreendedor.
Antes, porém, de indicarmos quais são as qualidades básicas do espírito empreendedor, vamos tentar uma
definição apropriada dos termos.
O QUE É O EMPREENDEDOR
O empreendedor nato é aquele que possui aguçada sensibilidade econômica para identificar oportunidades de
mercado, buscando tanto atender ao consumidor em seus desejos de novos produtos e/ou serviços, quanto
satisfazer às suas necessidades de auto-realização profissional..
{©Um bom negócio é aquele que satisfaz aos desejos do consumidor e do empreendedor completamente.
Somente homens de iniciativa e garra terão a capacidade de produzir em quantidade e qualidade bens e serviços
necessários ao bem-estar e preencher as necessidades do ser humano. A imaginação e a criatividade irão torná-lo
um empreendedor, desde que a sua vontade de realizar sonhos e pôr em prática idéias novas seja mais forte que as
dificuldades encontradas pelo caminho. Em suma, o empreendedor é um LÍDER e, em síntese, é aquele que faz
as coisas acontecerem, desde um idéia intangível, transformando-a em produto tangível.
O QUE É O INTRA-EMPREENDEDOR
“O intra-empreendedor é aquele homem que não precisa sair da empresa em que se encontra para montar um
novo “negócio”. Orientado para a ação, transforma através de sua visão global e seu espírito empreendedor, um
produto e/ou serviço em uma nova área de negócios dentro da sua empresa atual. Em outras palavras, o intra-
empreendedor é o gerente de um novo negócio que ainda não existe, administrando todas as áreas e atividades
necessárias para viabilizar o seu projeto internamente. Esse homem que decide transformar um conceito inicial
de negócio em realidade comercial para a empresa que trabalha é o intra-empreendedor. A percepção, desde a criação
ou idéia genial de algum inventor, passando pela constatação de sua oportunidade comercial, até a transformação
OS RISCOS DE FRACASSO
O elevado número de novos negócios, produtos ou serviços lançados no mercado que fracassaram são
atribuídos à ausência de planejamento ou a fatores externos de política econômica do país. Em parte, isto pode
ser verdade, mas a taxa de mortalidade de novos negócios, em cerca de 90% no Brasil, que desaparecem após o
segundo ano de criação, não pode somente ser atribuída a fatores externos ou à excessiva interferência do Estado
plenipotenciário, mas ao despreparo pessoal ou à ausência de espírito empreendedor.
Alguns empresários dispõem de capacitação e de conhecimento técnico de engenharia de produção ou de
vendas, mas desconhecem outras áreas necessárias como finanças, administração geral, legal e fiscal e outras
informações gerenciais, que serão aplicadas na prática, exigindo preparo e planejamento anterior. Outros
empresários têm somente espírito empreendedor, mas não têm preparo anterior. A ausência de uma dessas
condições aumenta os riscos de fracasso.
OS CAMNHOS DO SUCESSO
Para a consecução dos objetivos de um futuro empresário, é necessária boa margem de segurança para se
alcançar o sucesso. Diríamos que a preparação curricular, a garra de empresário e o projeto de viabilidade
técnico-econômica dão maior segurança ao investir os seus recursos no atendimento dos objetivos empresariais.
Tome o seu tempo na preparação metódica e progressiva do novo empreendimento, pois um bom planejamento,
por mais demorado que seja, vai economizar-lhe muito tempo e dinheiro, diminuindo os riscos na criação e no
desenvolvimento de seu negócio. A seguir indicaremos quais são as avaliações necessárias ao novo empresário,
para iniciar o seu empreendimento.
OS CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS
Se você é curioso demais e foi direto ao questionário de auto-avaliação, talvez seja precipitado ou imediatista, o
que não é uma boa característica do empresário ideal; caso contrário, continue sua leitura calmamente.
A seguir apresentamos os conhecimentos necessários ao novo empreendedor para definir o “seu projeto de
negócios”.
b) Mercado x Produto
O conhecimento sobre o setor em que se pretende entrar é o essencial para o futuro sucesso do negócio. É de
vital importância estudar as oportunidades de mercado e identificar o “nicho”, isto é, a brecha que existe para
entrar no mercado, além de manter boas relações interpessoais com os líderes do setor econômico, através de
associações de classe e outras entidades.
Se o novo produto e/ou serviço identificado tiver um demanda reprimida e for de utilidade essencial aos
consumidores, você já terá meio caminho andado para o sucesso. Se o mercado escolhido é ainda desconhecido,
é necessário fazer uma boa pesquisa antes de se lançar no empreendimento.
Outra avaliação é verificar se existe viabilidade técnica na fabricação do novo produto que irá atender aos seus
clientes futuros.
Avaliar a sua capacidade de adaptar o produto ao mercado escolhido dependerá da tecnologia utilizada para
produzi-lo. Construa um protótipo antes de colocar em linha de produção. A avaliação da sua habilidade técnica
vai ser bem mais barata e real..
c) Investimento Financeiro
Avaliar a disponibilidade financeira para arcar com os custos de desenvolvimento de produtos é essencial para
levar a bom termo seu projeto.
Calcular a rentabilidade de seu negócio e verificar quais são as suas disponibilidades para investimento em ativos
fixos e capital de giro na implantação da empresa darão maior segurança na gestão econômica do novo
empreendimento. Fazer um Business Plan. Planejamento do Negócio é essencial para levantar capital em
instituições financeiras de fomento, Bancos Comerciais, Bancos e/ou grupos de investidores de risco ou até para
lançar em Bolsa de Valores as ações ou quotas do seu negócio.
Sem um bom financiamento não dá para montar qualquer negócio. E isto é mais do que verdade para casos de
novos negócios independentes. Já para o caso de associação a uma empresa que se utiliza do sistema de franchising,
o aporte de capital para investimento inicial poderá ser menor e viabilizar economicamente o empreendimento.
AS CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE
A seguir indicamos as principais características de personalidade que um empresário precisa possuir, não
obstante existirem algumas exceções. Não se pretende aqui demonstrar todos os traços de personalidade do
empresário, só os essenciais.
a) Comportamento
A finalidade dessa auto-análise é identificar suas atitudes comportamentais em relação sociedade que o cerca,
pois o seu novo negócio dependerá, sem dúvida alguma, daquilo que a sociedade puder contribuir para o seu
empreendimento. O seu Q.S. Quoeficiente de Sociabilidade é um grande instrumento para alcançar seus
objetivos. A sua habilidade em desenvolver relações interpessoais na empresa e no meio ambiente onde vive será
de grande ajuda. Essa habilidade vai permitir fazer o marketing de relacionamento com os clientes e
consumidores em geral, de seus produtos e serviços.
A busca de colaboração interna na sua empresa e a convivência pacífica com a comunidade irão granjear atitudes
simpáticas ao seu negócio. Se não ajudarem muito, certamente não irão atrapalhar o seu desenvolvimento.
Seguramente, se você utilizar-se da empatia com seus interlocutores, a sua sensibilidade aos problemas
comportamentais será aumentada, permitindo desenvolver profícuas relações com as pessoas. Hoje perceber-se
que o marketing de relacionamento desenvolvido com fornecedores de produtos e de serviços, com os clientes
intermediários e consumidores finais são condição de sucesso para os negócios. As técnicas modernas chamadas
de CRM – Custommer Relationship Management vão fazer a diferença necessária em relação aos concorrentes
no mercado, pois vai permitir que sua empresa se relacione com seus clientes, desde a identificação do potencial
cliente, as estratégias para alcança-los, a venda e pós-venda dos produtos e serviços.
b) Liderança
A característica de liderança em um país moderno está baseada em idéias claras e benéficas para o conjunto da
sociedade. Já se foi o tempo de lideranças carismáticas em que quase tudo era permitido às pessoas que possuíam
somente o dom da palavra, mas que não geravam conseqüências positivas em benefício de seus liderados. Não
confundir liderança política com liderança empresarial, e muito menos liderança eficaz com administração
eficiente.
A primeira característica e a mais importante é verificar a sua capacidade de liderança, uma vez que você
certamente irá trabalhar com várias pessoas de idade, sexo e preparo diferentes. No perfil do empreendedor, as
qualidades de liderança são essenciais para a criação de uma empresa. O trato das questões de relações humanas,
bem como o “jogo de cintura” necessário para driblar as dificuldades de relacionamento no novo negócio são
primordiais a um chefe.
A liderança eficaz é aquela que consegue, através de meios convincentes, mas não coercitivos, atrair, desenvolver,
manter e motivar pessoas ao seu redor, em um ambiente de grande intensidade competitiva, como bem enfatiza
John P. Kotter em seu livro The leadershipfactor (O fator-liderança).
d) “Tônus vital”
Vitalidade equivale a energia no sentido físico da palavra, mas a força interior baseada numa crença maior levará o
empreendedor a fazer transparecer a todos, a “vida” que está disposto a dar, para conseguir o sucesso
profissional.
O empresário precisa “comunicar” ao seu público interno e externo que ele dispõe da força e da saúde
necessárias e suficientes para levar a efeito as metas que se propôs alcançar. O objetivo é mostrar aos seus
colaboradores a sinergia necessária para alcançar o sucesso no empreendimento.
e) Comando
O processo de tomada de decisão é por vezes um trabalho árduo e desgastante. Por essa razão, é natural e mais
cômodo que essas responsabilidades por serem decisões difíceis, afugentem o ser humano.
A procrastinação nas decisões, bem como a falta de comando, são os dois pecados mortais costumeiramente
cometidos contra pessoas que dependem da sua decisão para tomar outras iniciativas.
Dizem os especialistas em Teoria da Administração que “é melhor um decisão errada em tempo certo do que
uma decisão certa em tempo errado”. A combinação desses dois fatores precisa ser buscada insistentemente pelo
empresário moderno.
f) Segurança
A segurança que o empreendedor dará ao seu público é aquela baseada na racionalidade e na profundidade do
conhecimento de seu negócio. A informação teórica e a formação prática são os instrumentos necessários ao
embasamento das suas decisões e atitudes. O empresário que deixar transparecer continuamente insegurança
perderá todas as qualidades que descrevemos e como conseqüência perderá o seu negócio. A auto-confiança é
básica para o sucesso no gerenciamento de pessoas.
g) Responsabilidade
Assumir responsabilidades pelo conjunto de decisões tomadas é da essência do caráter do empreendedor. Manter
a palavra e garantir o que falou, escreveu e disse é a condição para que se estabeleça um clima de confiança tanto
interna quanto externa à sua empresa.
A flexibilidade dos usos e costumes na sociedade brasileira em relação às responsabilidades não tem levado a
bom termo as relações comunitárias. Em sociedades mais desenvolvidas, o risco de punição civil (pecuniária) e
penal (de prisão) tem contribuído eficazmente para uma convivência mais harmônica entre os diferentes graus de
responsabilidade social. Hoje a sociedade civil exige a responsabilidade social da empresa que atua em
determinado mercado, sob o risco dos consumidores boicotarem produtos e serviços que atentem contra a saúde
da sociedade, tais como: produtos poluentes, de risco de contaminação ou sem garantia de origem.
i) Transparência
Hoje, a sociedade moderna exige clareza em seus negócios. Suas atividades terão de demonstrar limpidez e
ordenamento lógico para a sua adequada consecução, pois, caso contrário, se instalará um clima de insatisfação,
além de trazer dúvidas sobre os métodos e procedimentos adotados. Os objetivos e metas a serem atingidos
precisam estar transparentes a todos os seus colaboradores, fornecedores e clientes, pois isto lhe dará a
credibilidade de que necessita. Uma postura correta e um competente curriculum de suas realizações lhe darão a
dimensão de integridade de seu caráter.
A bandeira do empresário somente o levará ao sucesso se as suas boas intenções estiverem claramente definidas
e forem comunicadas a todos e comprovadas pelos seus atos. É como a história do aquário: todo o seu público
interno e externo deve enxergar através do vidro da sua empresa onde você está “nadando”. Comunicar-se com
o público-alvo e com o seu público interno lhe dará a transparência necessária.
Para avançar progressivamente é necessário ao empreendedor ordenar primeiramente seu raciocínio e depois
esclarecer seus subordinados para caminharem juntos para o harmônico desenvolvimento de suas atividades, tal
qual um cardume de peixes.
j) Perseverança
Essa qualidade de caráter, sem dúvida, levará o empreendedor a atingir os seus fins, pois de tanto insistir algum
dia ele chegará lá. O difícil da questão é ter certeza de que você está no caminho certo, pois perseverar no erro é
burrice e, como diz o aforismo popular, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. É o caráter
obstinado do empreendedor que fará com que não haja desistência no meio do caminho.
l) Risco
Todo risco é inerente à atividade empresarial; “quem não arrisca não petisca”.
Modernamente não se corre risco à toa, mas se montam cenários através de exercícios, aplicando modelos
econométricos e projeções de toda ordem, para correr o que se chama risco calculado, buscando proteger as
atividades empresariais no futuro. Os imponderáveis num país como o Brasil são muitos, mas não invalidam o
raciocínio lógico, apesar do comportamento da sociedade ser ainda mais emocional do que racional.
m) Emoções
A credibilidade está na razão direta das suas emoções, pois você será mais “ouvido” se o seu plano emocional
estiver sob controle.
As emoções fortes não são boas conselheiras para as horas de dificuldades; podem levar a uma turbulência
incontrolável, não beneficiando ninguém no final da contenda.
O equilíbrio só existirá se houver supremacia da razão sobre a emoção.
Espera-se do empreendedor um comportamento tranqüilo em resposta às situações de turbulência interna ou
externa à sua empresa, demonstrando calma e segurança no comportamento profissional.
n) Ambição
Essa característica da personalidade do empreendedor é essencial para impulsionar o “homem econômico” na
busca do prazer hedonístico de sucesso empresarial.
Esse “composto” de vida, representado por um ideal maior que tiram as pessoas do imobilismo garantido, para
tentar alcançar patamares superiores de satisfação pessoal, representa, em síntese, um “sonho” de vida. A
ambição pecuniária excessiva o transformará num usurário, se ela não for bem administrada em doses
homeopáticas e constantes. Ao deixar transparecer somente o espírito argentário, o empresário não conseguirá
motivar o desejo saudável em seu público interno e externo, que vai muito além de “ter” mais bens materiais. A
ambição do empreendedor está muito mais relacionada com o “ser”, isto é, com a sua necessidade de realização
pessoal na satisfação e no orgulho profissional do que simplesmente com o amor desenfreado ao dinheiro para a
satisfação de necessidades materiais, como já dizia Shakespeare em seu Mercador de Veneza.
o) Desafio
O empreendedor é um competidor por natureza, que gosta de enfrentar desafios, pois sabe que possui vantagens
competitivas em relação aos concorrentes.
Esse espírito é o que leva o empresário a ousar desafiar a tudo e a todos para demonstrar a sua capacidade
empresarial.
“A audácia é uma virtude geralmente olhada com uma pitada de inveja e desprezo”, como bem enfatizou o
megaempresário Bernard Tapie em seu recente livro sobre a recuperação de negócios na França.
p) Inovação
Não confundir as qualidades do intra-empreendedor, que é um gerente de um novo negócio que ainda não
existe, com o gerente de desenvolvimento de produto, que é um gerente de projeto de pesquisa e
desenvolvimento.
O inconformismo com a “mesmice” é a base do espírito de inovação dos empreendedores que buscam através
da criatividade colocar novos produtos e/ou serviços à disposição do mercado, criando um novo negócio.
O grande bloqueio comportamental do meio ambiente frustra tentativas de inovação aos executivos e
funcionários das empresas. Inovar terá sempre um alto componente de risco; por isso, o “empresário” nacional
acomodado prefere a certeza da mediocridade em vez da “audácia sem medo”, tendo chegado até hoje à triste
conclusão de que a melhor alternativa é aplicar os seus lucros no mercado financeiro especulativo do que investir
em um novo negócio produtivo. Talvez a mentalidade do empresário moderno se modifique se as condições
político-econômicas do país forem mais estáveis e a poupança for carreada para o setor produtivo.
q) Excelência
Por excelência entendemos o conceito americano de qualidade de produto e/ou serviços. Com a sofisticação do
mercado, pela ascensão econômico-social do consumidor, aquele futuro empresário que não buscar a excelência
de qualidade já iniciou a sua descida na contramão da evolução histórica dos usos e costumes.
No Brasil, e principalmente em São Paulo, já se pratica a busca da melhor qualidade internacional, inclusive para
tentar sobreviver em um mercado altamente competitivo. A procura incessante da melhor qualidade possível
pelo menor preço deverá ser constante preocupação do empreendedor, sob pena de ser engolido pela
REFLEXÃO
O intuito do Autor é tão-somente estimular a reflexão sobre certos aspectos básicos de Gestão Empreendedora
que consideramos necessários para alcançar seus objetivos empresariais em seu novo negócio.
Se você tem dúvidas não resolvidas, aconselhamos a consultar especialistas nas respectivas áreas, buscando
aprofundar seus conhecimentos sobre os assuntos tratados, tentando desta forma adquirir maior grau de
segurança na trilha do sucesso empresarial.
Esperamos ter contribuído, ainda que resumidamente, para a necessidade de uma prévia reflexão sobre a criação
de novos empreendimentos.
Se você resolveu desafiar os primeiros anos da instalação de sua própria empresa ou caminhar associado a outros
negócios, mas firmemente decidiu continuar com seus propósitos iniciais de tornar-se empreendedor, esperamos
que, tenha encontrado a fórmula de sucesso e aumentar as de chances de acertar o seu futuro.
Uma das principais características do empreendedor é a AUDÁCIA. Sem essa qualidade a empresa não consegue
decolar. A audácia sem medo é a aventura mais emocionante e arriscada para o empresário que não souber quais
os condicionantes que existem por trás dessa atitude. Veja neste pequeno teste se você possui os pré-requisitos
necessários para o sucesso:
A ousadia é da essência dos verdadeiros empresários, aliás, virtude difícil de ser encontrada nos homens, e muito
belicosa, pois geralmente significa romper barreiras e costumes arraigados na tradição da sociedade. Portanto se
você é agressivo o suficiente para contestar o “Status Quo” terá grandes chances.
A audácia infelizmente não é comum aos mortais, mas, se assim fosse, só teríamos “estrelas” no meio
empresarial, pois ela é reconhecida somente aos vencedores, que demonstraram e provaram a grande visão e
coragem do empreendedor. Portanto, se você tem visão do futuro, enxergará oportunidades.
A audácia tem o seu preço e seus perigos no difícil caminho da aventura para o sucesso, pois os empreendedores
para atingi-lo terão de vencer todas as etapas com um pouco de sorte e bastante determinação. Portanto, se você
é um lutador, conseguirá chegar ao final do seu projeto.
O risco é inerente à vida do empresário, pois, ao arriscar no desconhecido, revelamos o espírito de jogador que
existe em todos nós, embora na atividade empresarial o risco possa ser calculado. Portanto, se você gosta de
arriscar em um jogo com o destino, vai tirar a sorte um dia.
A criatividade é a base do processo de inovação e modernização de qualquer atividade que implica testar as
novidades e introduzir um grau de incerteza. Portanto, se você é criativo, saberá contornar as dificuldades.
A obstinação é a força interior que leva o homem a persistir na sua “obsessão” positiva, pois toda a ousadia pode
cair no vazio, se não tiver o suporte de um empresário obstinado. Portanto, se você teimar em fazer algo com
aquilo que sabe, você terá a determinação necessária.
O inconformismo é a revolta do empresário inteligente que não aceita a mesmice ou a submissão à mediocridade,
buscando sempre na sua fértil imaginação, em permanente ebulição, uma forma adequada de tratar os problemas.
Portanto, se você não se conforma com situações previamente estabelecidas, você tem força para mudar o seu
destino.
A excelência é a busca incessante do melhor em tudo e implica o conceito de perfeição greco-romana no qual a
nossa civilização foi baseada. É na necessidade que o empresário tem de sobressair em relação aos outros,
quando a excelência se revela pois essa prova estimula o “ego”, e a concorrência é o regime do mais apto nessa
selva empresarial. Portanto, se você é um perfecionista, seus produtos ou serviços serão excelentes.
O desafio é a chama da competição que atiça os homens a disputar um lugar ao sol, buscando vencer-se a si
mesmos. Portanto , se você gosta de emfrentar situações, você vai adorar ter um novo desafio pela frente.
A coragem é o ato final da crença na sua invencibilidade ou na sua forte motivação para chegar ao fim. Portanto, se
você se acha um forte, terá a coragem para brigar.
A emoção positiva é a sensação de excitamento causada pelas idéias que, se colocadas em prática, trarão a
compensação tão almejada pelos empresários; ou seja, o lucro, o prazer, a glória, a vaidade que são as forças
positivas internas, dos empreendedores que promovem o desenvolvimento. Portanto , se você fica emocionado
com novas idéias, você vai conseguir envolver outros na grande aventura dos negócios.
O medo precisa ser retirado, pois é um componente emocional negativo, ou seja, se o medo de falhar, não vai lhe
assustar, você poderá ousar e tentar o sucesso com uma maior chance de alcançá-lo. Portanto, se você não é
medroso, vai se empenhar em atingir suas metas e objetivos.
{©O equilíbrio é o que importa tanto nessas forças positivas que podem levar o empresário ao sucesso quanto nas
negativas que o levam ao fracasso. O equilíbrio está na base da contraposição de forças tais como o medo de
falhar, a penalização da sociedade e da justiça cega, do prejuízo financeiro, do conservadorismo, da preguiça de
começar de novo ou do desânimo de ter de reconstruir a partir dos escombros ou do zero. Portanto, se você tem
equilíbrio emocional, terá o balanceamento necessário para julgar suas decisões.
Todas essas conseqüências levam o empreendedor a uma atitude cautelosa quanto à audácia, e, portanto, mais
equilibrada.
Apesar dessas dificuldades e perigos, a aventura de ousar continuará sempre, pois a motivação do homem está na
busca do sucesso. Portanto, se você se identificou com a maioria das colocações acima , você deve tentar iniciar
o seu negócio sem medo de ousar.
Todos os projetos de planejamento de um novo negócio inicial ou dentro de uma empresa já existente que
pretende alterar seu status quo correrão sério risco de passar+m pelas fases abaixo, se não adotarem um sistema
adequado para administrar as inovações.
1. Entusiasmo (criação).
2. Desilusão (dificuldade).
3. Pânico (fracasso).
4. Busca aos culpados (caça às bruxas).
5. Punição aos inocentes (bode expiatório).
6. Elogio e honras aos não participantes (status quo).
1. Sem a definição preliminar do seu negócio, não é possível desenvolver uma empresa adequadamente, por
mais óbvios que possam parecer os seus objetivos e/ou o seu objeto social.
2. Sem conhecer o ambiente externo em que sua empresa vai atuar, qualquer atividade poderá ser temerária e
aventureira, pois nada sabemos do mundo externo.
3. Sem conhecer a sua própria capacidade empresarial em todos os detalhes, determinando os pontos fortes e
fracos, é impossível definirmos o potencial do projeto.
Despesas excessivas poderiam inviabilizar a instalação, uma vez que, no capital investido em cada projeto, deverá
ser calculado o índice de retorno sobre o investimento, dentro de prazos compatíveis com o cash-flow disponível
do projeto. Enfim, não poderíamos pensar em realizar um projeto sem passarmos cada uma dessas fases, sob
pena e risco de perdermos tudo.
Em outras palavras, o sucesso no desenvolvimento e implantação de projetos está na ordem direta da existência
prévia de um Planejamento Estratégico Integrado. Na história dos fracassos na execução de projetos sempre se
segue, ao entusiasmo inicial de uma nova idéia que tenta tomar corpo dentro do grupo de trabalho, a desilusão
com as dificuldades e imprevistos naturais de uma alteração comportamental de fôlego.
Chegar ao pânico é questão de pouco tempo, pois quando se descobrem os furos, inclusive e principalmente os
financeiros, tanto os executores quanto os dirigentes entram em “parafuso” emocional e determinam a brusca
parada do projeto.
Como é do espírito humano, rapidamente surgem na empresa os caçadores de cabeças, que saem em busca dos
culpados. Nessa desenfreada caça às bruxas, muitas vezes são identificadas algumas cabeças que poderão rolar
por outros motivos que não o referido e fracassado projeto. Achado o bode expiatório inicia-se a tortura e
finaliza-se com o sacrifício na “farra do boi” ou do boi de piranha e mais um inocente é punido na injustiça
profissional.
Além da punição exemplar daqueles que inocentemente acreditaram no projeto e se expuseram desse modo ao
insucesso, arcando com o ônus da inovação, temos que agüentar os elogios e as honras dadas àqueles que não
participaram do mesmo. Eis que então a empresa retorna ao seu status quo anterior, permanecendo na inércia
desejada pelo seu corpo de funcionários.
Freqüentemente, o ciúme, a inveja e outros sentimentos mesquinhos e mais baixos do ser humano fazem
prevalecer o derrotismo, a falta de empenho, e até a sabotagem ao grupo de executores, chegando mesmo a
torcer pelo fracasso ou apostar no insucesso da empreitada.
O empresário moderno, em busca do sucesso ou na luta pela sobrevida de sua empresa, necessita boa dose de
audácia sem medo e coragem de ousar e de correr riscos, para ser chamado de entrepreneur verdadeiro.
Somente os homens empreendedores têm sonhos que um dia poderão se transformar em projetos, apesar da
distância enorme que separa estes dois pontos. No dizer de Bernard Tapie “somente estes terão a chance de
triunfar sobre os desafios do futuro”.
As empresas do futuro terão que se pautar pelos qualificativos básicos para sobreviver além do ano 2000, em
relação aos seus públicos internos e externos.
Leveza
A estrutura deverá ser leve, dando toda a flexibilidade para se adaptar às contingências de um novo mundo em
permanente evolução, onde o componente tecnológico obsoletiza toda e qualquer organização de trabalho. Esse
conceito implica automaticamente fluidez das idéias para as ações dentro de uma organização.
Rapidez
A velocidade de resposta às exigências modernas é um fator preponderante aos avanços técnicos na medição do
tempo. Esse conceito vem mudando o comportamento de tal forma que o homem moderno não mais suportará
a perda desse precioso recurso natural.
As empresas que não reagirem imediatamente aos estímulos de seus vários públicos perderão seus clientes,
consumidores, empregados e fornecedores para outras organizações mais ágeis e jovens, que prontamente
responderão aos anseios de uma sociedade atuante. A informatização e os sistemas lógicos serão o grande
instrumento do futuro.
Exatidão
A correção com que uma idéia, informação ou um produto deverá ser transmitido aos públicos das empresas vai
determinar o grau de confiabilidade das mesmas em relação aos gestores, acionistas e/ou proprietários do
negócio.
A modernidade exige credibilidade total, pois somente contando com a confiança nas instituições é que o
relacionamento prosperará em benefício de todos. A era das comunicações mágicas fora da realidade já passou e
somente a exatidão das informações é que construirá a boa imagem do empreendimento.
Os instrumentos hoje disponíveis nos dão um grau de exatidão jamais alcançado pelo cérebro humano, pois as
máquinas e os equipamentos futuros irão superar de longe as atuais capacidades cerebrinas. Nas empresas do ano
2000 não existirá mais a margem de erro hoje aceitável pela sociedade. Os métodos quantitativos serão o grande
instrumento de medição do futuro.
Multiplicidade
A complexidade das sociedades modernas e futuras será de tal grau que as empresas terão que ser múltiplas em
seus produtos e/ou serviços. Os pacotes completos proliferarão, pois o ser humano busca o atendimento
completo. A empresa multifacetada será a mais requisitada, posto que oferece soluções à grande complicação da
vida do homem moderno. Os usos múltiplos e modulares serão o grande instrumento das empresas no futuro.
Consistência
A base de toda a construção está na solidez de seus alicerces, tal qual a consistência de idéias e atitudes estão para
a empresa em relação aos seus vários públicos.
Ou a empresa toma consistente os seis qualificativos anteriormente descritos ou sucumbe à confusão dos
conceitos e não amplia seus horizontes, perecendo em alguns anos.
“Não passarão” aqueles empreendimentos que não forem consistentes, pois implodirão ao primeiro impacto
com o futuro.
Roberto Cintra Leite é sócio-diretor da Cintra Leite Consultores, empresa membro da Horwath International,
em São Paulo e especilizado em Novos Negócio, Empreendedorismo e Plano de Carreira.