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Revisão Tocqueville
Revisão Tocqueville
- Novas formas de poder social - a classe média/burgueses. Para Tocqueville, não existia
motivo para acreditar que o sistema democrático seria mais justo que os anteriores.
Ninguém deveria ser confiado ao poder social.
- Como controlar a soberania popular. No sistema aristocrático, sempre existiu uma força
contrária ao poder atuante (Os aristocratas regulavam o poder do Rei ou pelo menos
tentavam fazê-lo).
- Quem tem o poder de regular o poder popular?
Sub-Questões:
Aristocracia:
- imobilidade social;
- "Grande cadeia do Ser” estrutura hierárquica de toda a matéria e vida, pensada na filosofia
grega e no cristianismo medieval como tendo sido estabelecida por deus. A cadeia se inicia com
Deus e descende em anjos, demônios, estrelas, a Lua, reis, nobres, plebeus[..]. Justificativa da
hierarquização social.
- propriedade fundiária como forma de poder.
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Democracia:
- Governo Local;
- Associações civis;
- O espírito da religião.
● língua e cultura: assim não apresentavam noção de superioridade uns entre os outros.
A união para a construção de uma comunidade prevalecia. Igualdade de condições.
“Assim, as colônias inglesas tinham todas entre si, na época de seu nascimento, um
grande ar de família.” (p. 39)
● “As colônias inglesas, e foi essa uma das causas principais de sua prosperidade,
sempre gozaram de mais liberdade de interior e de mais independência política do que
as colônias de outros povos.” (p. 44)
● Independência comunal e constituição social linear.“[...] Já na América, podemos dizer
que a comuna foi organizada antes do condado, o condado antes do Estado, o Estado
antes da União.” (p. 48)
● Religião e Liberdade como constituinte da sociedade americana. “Ela (a civilização
americana) é produto(e esse ponto de partida deve estar constantemente presente ao
pensamento) de dois elementos perfeitamente distintos, que aliás muitas vezes
fizeram-se guerra, mas que na América conseguiu-se incorporar de certa forma um ao
outro e combinar maravilhosamente. Estou me referindo ao espírito de religião e ao
espírito de liberdade. (p. 51) “A religião vê na liberdade civil um nobre exercício das
faculdades do homem; no mundo político, um campo entregue pelo Criador aos
esforços da inteligência. Livre e poderosa em sua esfera, satisfeita com o lugar que lhe
é reservado, ela sabe que seu império está ainda mais bem estabelecido por ela reinar
apenas graças a suas próprias forças e dominar sem outro apoio os corações. A
liberdade vê na religião a companheira de suas lutas e de seus triunfos, o berço da sua
infância, a fonte divina de seus direitos. Ela considera a religião como a salvaguarda
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dos costumes; os costumes como a garantia das leis e o penhor de sua própria
duração.” (p. 52)
● Legislação civil e penal de herança inglesa, pois beneficia aqueles com maior condição
financeira (p. 53)
● estado social democrático: instituição, sentimentos, hábitos e prática. “O estado
social é, ordinariamente, o produto de um fato, às vezes das leis, quase sempre dessas
duas causas reunidas. Porém, uma vez que existe, podemos considerar ele mesmo
como a causa primeira da maioria das leis, costumes e idéias que regem a conduta das
nações; o que ele não produz, ele modifica. “ (P. 55)
● Ausência de lei de sucessão como precursora da igualdade. O abandono do conceito
de propriedade como forma de riqueza foi uma das consequências da ausência de leis
de sucessão/progenitura. Houve, então, a fragmentação da concentração de
propriedades, e consequentemente, do poder. Isso causou a impossibilidade da
existência da aristocracia propriamente dita na América. (p. 57)
eles se projetam para a liberdade por um impulso rápido e por esforços súbitos e, se
fracassam, resignam-se; mas nada saberia satisfazê-los sem a igualdade, e eles
prefeririam perecer a perdê-la. De outro lado, quando os cidadãos são, todos, mais ou menos
iguais, fica difícil para eles defender sua independência contra as agressões do poder. Como
nenhum deles é forte o bastante para lutar sozinho com vantagem, apenas a combinação das
forças de todos é capaz de garantir a liberdade. Ora, semelhante combinação não se encontra
sempre. Os povos podem pois tirar duas grandes consequências políticas do mesmo estado
social. Essas consequências diferem prodigiosamente entre si, mas provêm todas do mesmo
fato. Primeiros a se verem submetidos a essa temível alternativa que acabo de descrever, os
anglo-americanos foram bastante felizes para escapar do poder absoluto. As circunstâncias, a
origem, as luzes e, sobretudo, os costumes permitiram-lhes fundar e manter a soberania do
povo.” (p. 63, 64).
Segunda Parte de A Democracia na América I - Cap I, IV, V e VIII - Trata das associações,
políticas e civis, e aborda, também, a tirania da maioria.
CAP. I
“Na América, o povo nomeia aquele que faz a lei e aquele que a executa; ele mesmo constitui
o júri que pune as infrações à lei. Não apenas as instituições são democráticas em seu
princípio, mas também em todos seus desdobramentos.”
“Nos Estados Unidos, como em todos os países em que o povo reina, é a maioria que governa
em nome do povo.” → planta a semente do assunto a ser discutido no cap. VIII, A tirania da
maioria.
“O habitante dos Estados Unidos aprende desde o nascimento que deve contar consigo (o
corpo social) mesmo para lutar contra os males e os embaraços da vida.” “Isso começa a se
perceber desde a escola, onde as crianças se submetem, até mesmo nos jogos, a regras que
elas mesmas estabelecem e punem entre si os delitos que elas mesmas definem. O mesmo
espírito se encontra em todos os atos da vida social. Um problema qualquer ocorre na via
pública, a passagem é interrompida, o tráfego detido; os vizinhos logo se estabelecem em um
corpo deliberador; dessa assembleia improvisada sairá um poder executivo que remediar o
mal, antes que a ideia de uma autoridade preexistente à dos interessados se apresente à
imaginação de alguém.” (p. 220)
uma associação consiste apenas na adesão pública que certos indivíduos dá a determinadas
doutrinas e no compromisso que contraem de contribuir de uma certa maneira para fazê-la
prevalecer. A associação é mais forte que a imprensa e quando uma opinião é representada
por uma associação ela se torna mais clara e definida. A associação reúne diferentes
indivíduos em prol de um objetivo claro em comum. A associação dá o poder à minoria de
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criticar o governo/lei existente. Nos EUA a liberdade de se associar com finalidade política é
ilimitada.
“Em nosso tempo, a liberdade de associação tornou-se uma garantia necessária contra a
tirania da maioria.” (p. 223). “É preciso que a minoria oponha sua força moral inteira ao poder
material que a oprime. Opõe-se, pois, um perigo a um perigo mais temível. A onipotência da
maioria parece-me um risco tão grande para as repúblicas americanas que o meio perigoso
que se usa para limitá-la parece-me, ainda assim, um bem.” (p. 223) A associação das
minorias seria perigosa devido ao fervor/paixão por uma ideia que ela causa, que poderia
encadear uma revolução/revolta, o que é extremamente arriscado de acordo com Tocqueville.
Porém, a tirania da maioria que se tornaria em um eventual despotismo é ainda mais perigosa
que essa cadeia de fatos.
“Não há país em que as associações sejam mais necessárias, para impedir o despotismo dos
partidos ou a arbitrariedade do princípe, do que aquele em que o estado social é democrático.”
“Depois da liberdade de agir só, a mais natural ao homem é a de conjugar seus esforços com
os esforços de seus semelhantes e agir em comum. O direito de associação parece-me, pois,
quase tão inalienável por sua natureza quanto a liberdade individual.” (p. 224)
América: associações são pacíficas. Isso se deve, principalmente, ao voto universal, pois a
maioria nunca é duvidosa. possui duas funções:
1. associar para constatar seu número e debilitar o império moral da maioria;
2. reunir e descobrir os argumentos mais propícios a impressionar a maioria para atrair
uma parte dela para si.
Europa: associação ligada com a ideia de guerra.As associações europeias sempre acreditam
representar a vontade da maioria. “Aos olhos dos que a [associação] compõem, os recursos
legais podem parecer meios, mas nunca são o único meio de ter êxito” (p. 225). Isso se deve à
inexperiência dos Europeus na matéria da liberdade e ao propósito dado às associações, que é
combater (p. 225)
o povo afasta homens notáveis do poder e afasta a si mesmo da carreira política. (p. 232)
causas:
3. homens capazes não se sentem tentados a dirigir a fortuna do Estado quando podem
dirigir a sua própria fortuna. (p. 240)
votação indireta para representantes, que não deixa de exprimir a vontade geral do povo. (p.
235)
(p. 236)
Eleições em longos intervalos: prejudicam a qualidade de governo
Eleições em rápidos intervalos: ameaça a resistência do governo
Nos EUA, acontecem eleições em longos intervalos. Isso causa uma mutabilidade na
legislação. (p. 237) Usa como argumento para comprovar essa mutabilidade trechos dos pais
fundadores.
não existe pompa, pois fazem parte do povo. governo como mal necessário, então os
funcionários públicos recebem certo poder. São respeitados da mesma forma mesmo sem
pompa. “Os próprios funcionários públicos sentem perfeitamente que só obtiveram o direito de
se pôr acima dos outros por seu poder com a condição de descer ao nível de todos por suas
maneiras.” [...] se prende mais a função do que ao funcionário.” (p. 238)
“quando se vê uma república democrática tornar gratuitas as funções remuneradas, creio que
se pode concluir que ela caminha para a monarquia. e, quando uma monarquia começa a
remunerar funções gratuitas, é sinal garantido de que caminha para um estado despótico ou
para um estado republicano.” (p. 239)
(p . 241) Nas repúblicas democráticas, a lei deixou maior latitude à arbitrariedade porque a lei
não é temível.
“Lá, a administração pública é de certa forma oral e tradicional, não se escreve, ou o que é
escrito leva-o o menor vento [...].” (p. 243) A democracia é prejudicial ao ato de governar, pois
sempre supõe a existência de uma sociedade avançada. (p. 244)
Método:“ o que me importa é comparar entre si os povos livres, e entre esses últimos,
constatar que influência exerce sob as finanças do Estado.”
(p. 244)
A sociedade pode ser dividida de maneira ideal em três classes: a primeira será composta
pelos ricos, a segunda por aqueles que sem serem ricos, vivem na suficiência de tudo, e a
terceira pelos pobres.
forma que essas três classes lidariam com as finanças:
1. os ricos não se preocupariam em economizar o dinheiro público e aumentaria os
impostos.
2. a classe média não exageraria nos impostos mas também não gastaria em excesso.
Tocqueville acredita que ela seria a mais econômica. (p. 245)
3. os pobres fariam com que os encargos públicos fossem aumentados por dois motivos:
↪ gastariam em excesso pois achariam necessário para a melhoria das condições;
↪ e fariam com que os impostos fossem mais altos para os ricos que os pobres.
Na democracia, o governo é entregue aos pobres devido ao voto universal, já que boa parte do
povo é composto por eles. Dessa forma, o soberano eleito vai buscar o melhor e acabará
gastando mais dinheiro. “nas democracias, onde o soberano é necessito, só se pode adquirir
sua benevolência aumentando o seu bem-estar; o que quase nunca se pode fazer de outro
modo que com dinheiro”. Veredito: A democracia não é econômica. Tanto pelo motivo
supracitado quanto pelo fato da democracia não ser econômica por natureza. “como ela muda
com frequência de ponto de vista e, com maior frequência ainda, de agentes, é comum seus
empreendimentos serem mal conduzidos ou permanecerem inacabados. No primeiro caso, o
Estado faz despesas desproporcionais à grandeza da meta que quer alcançar, no segundo, faz
despesas improdutivas.” (p. 248)
☺ o povo estabelece o salário dos funcionários públicos, pagando mais para os de baixo
escalão, comparado com outros países (não democráticos), que para os de alto
escalão; “o primeiro pode suscitar seu interesse, mas o outro começa a provocar sua
inveja.” (p. 249)
o povo democrático tem uma tendência à corrupção, dado que os homens do Estado são
pobres e têm uma fortuna por fazer. (p. 256) Porém não vendem o governo. Aqueles que
dirigem o Estado, na democracia, tendem a dar o apoio do governo aos crimes de que são
acusados. (p. 257)
☺ usa para avaliar essa questão uma democracia em que a vontade do povo é seguida
pelo governo.
“Para julgar que sacrifícios as democracias sabem se impor, será necessário pois esperar o
tempo em que a nação americana for obrigada a pôr nas mãos de seu governo a metade da
renda dos bens, como a Inglaterra, ou tiver de lançar ao mesmo tempo um vigésimo da sua
população nos campos de batalha, como fez a França.” (p. 259)
“Ora, é essa percepção clara do futuro, baseada nas luzes e na experiência, que deve faltar
com frequência à democracia. O povo sente muito mais do que pensa; e se os males atuais
são grandes, é de temer que esqueça os males maiores que talvez o aguardem em caso de
derrota. Há ainda outra causa que deve tomar os esforços de um governo democrático menos
duradouro do que os esforços de uma aristocracia. O povo não apenas vê com menos clareza
do que as classes altas o que pode esperar ou temer do futuro, mas também sofre de maneira
bem diferente do que elas os males do presente.” (p. 260)
Democracias correm o risco de serem menos duradouras que as aristocracias, a não ser que
os outros países também sejam democracias.
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☺ política de expansão das relações comerciais e não envolvimento político; isso se torna
complicado devido a dificuldade de vencer as paixões e necessidades do momento no
povo (direção dos interesses externos da sociedade, que costumam se diferir daquele
do governante.);
“quando visitamos os americanos e estudamos suas leis, vemos que a autoridade que deram
aos legistas e a influência que lhes deixaram tomar no governo constituem hoje a mais
poderosa barreira contra os desvios da democracia. “ (p. 309) Os legistas são o único
contrapeso à democracia. O espírito do legista se estende aos hábitos do povo.
causa: são naturalmente opostos ao espírito revolucionário e às paixões irrefletidas da
democracia, pois possuem inclinação instintiva à ordem e amor natural às formas.
“Há infinitamente mais afinidade entre o homem de lei e o executivo do que entre eles e o povo
[...].” (p. 311) → facilita a utilização dos legistas como instrumento do poder governamental
“O que os legistas apreciam acima de tudo é a vida da ordem, e a maior garantia da ordem é a
autoridade. Aliás, não se deve esquecer que, se prezam a liberdade, em geral colocam a
legalidade bem acima dela; temem menos a tirania do que a arbitrariedade, e, contanto que
seja o legislador mesmo que se encarregue de tirar a independência dos homens, ficam
razoavelmente satisfeitos.” (p. 312)
“Assim, eles gostam do governo da democracia, sem deste partilhar as propensões e imitar as
fraquezas, dupla causa para serem poderosos por ela e sobre ela.” (p. 312)
A democracia precisa do espírito legista para governar por bastante tempo a sociedade.
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Nos legistas americanos e ingleses, soma-se o respeito e o gosto ao que é regular e legal. Isso
é outra influência ao espírito legista e, consequentemente, ao andamento da sociedade.
o júri apresenta duas instituições: uma jurídica e uma política. O júri é considerado uma
instituição política pois influencia o destino da sociedade. Todos os soberanos que quiserem
subir para a tirania devem primeiro destruir o júri, pois ele é o modo de soberania do povo. A
instituição limitada apenas às causas penais está sempre em perigo, quando também está
presente nas matérias cíveis, arrosta o tempo e os esforços dos homens. O júri é um dos
meios mais eficazes para educar a sociedade, pois ensina a equidade, o discernimento, a
responsabilidade pessoal, e influi nos hábitos.
Liberdade:
☺ Política: atingida na participação política (Maquiavel, Rousseau.)
☺ Individual: esfera em que o indivíduo é inviolável (seus hábitos, opiniões, crenças,
bens.) O excesso de liberdade individual causa o isolamento (conhecido como
individualismo) e esse isolamento é proveniente do sistema democrático devido a
ausência de relações de dependência (como havia no sistema aristocrático.)
“Todos são livres porque são iguais e todos são iguais porque são livres.” (ideal democrático)
(p. 113) ⬌ mútua dependência entre esses dois conceitos, dependem mutuamente um do
outro, porém são conceitos divergentes.
LIBERDADE IGUALDADE
vida nas comunas dogma da
liberdade individual soberania popular
⤩
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Causa do amor pela igualdade ser amor pela liberdade nos E.U.A: Igualdade como caráter
distintivo do sistema democrático. (p. 114) “os homens não se apegam à igualdade apenas por
ela lhes ser cara; apegam-se também porque crêem que deve durar para sempre.” (p. 115).
Tocqueville argumenta, também, que a igualdade é preferível à liberdade devido a sua
agilidade em oferecer bens e o tempo demorado para oferecer males. A liberdade funciona de
forma oposta, e, por isso, é deixada em segundo plano (p. 116). “Creio que os povos
democráticos têm um gosto natural pela liberdade; entregues a si mesmos, eles a procuram,
amam-na e condoem-se quando os afastam dela. Mas têm pela igualdade uma paixão ardente,
insaciável, eterna, invencível; querem a igualdade na liberdade e, se não a podem obter,
querem-na também na escravidão. Suportarão a pobreza, a submissão, a barbárie, mas não
suportarão a aristocracia.” (p. 117)
“Aqueles, dentre os cidadãos, que eram os primeiros na hierarquia destruída não conseguem
esquecer de imediato sua antiga grandeza; por muito tempo se consideram estranhos no seio
da nova sociedade. Vêem, em todos os iguais que essa sociedade lhes dá, opressores cujo
destino não é capaz de provocar a simpatia; perderam de vista seus antigos pares e não se
sentem mais ligados por um interesse comum à sorte deles; cada qual, retirando-se à parte, se
crê, portanto, reduzido a só cuidar de si mesmo. Já os que outrora estavam situados na base
da escala social e que uma revolução súbita aproximou do nível comum, gozam com uma
espécie de inquietude secreta a independência recentemente adquirida; se encontram a seu
lado alguns de seus antigos superiores, lançam sobre eles olhares de triunfo e de temor, e se
afastam. Portanto é, comumente, na origem das sociedades democráticas que os cidadãos se
mostram mais dispostos a se isolar. A democracia leva os homens a não se aproximar de
seus semelhantes; mas as revoluções democráticas dispõem-nos a fugir uns dos outros
e perpetuam no seio da igualdade os ódios que a desigualdade fez nascer. A grande
vantagem dos americanos é terem chegado à democracia sem terem precisado passar por
revoluções democráticas e terem nascido iguais, em vez de terem se tomado.” (p. 123, 124)
“O despotismo, que é perigoso em todos os tempos, é pois particularmente temível nas eras
democráticas. É fácil ver que, nessas mesmas eras, os homens têm uma necessidade
particular da liberdade. Quando os cidadãos são forçados a se ocupar dos negócios públicos,
são necessariamente tirados do meio de seus interesses individuais e arrancados, de tempo
em tempo, à visão de si mesmos. A partir do momento em que os negócios comuns são
tratados em comum, cada homem percebe que não é tão independente de seus
semelhantes quanto imaginava anteriormente e que, para obter o apoio deles, muitas
vezes é necessário lhes prestar seu concurso. Quando o público governa, não há
homem que não sinta o preço da benevolência pública e que não procure cativá-la
atraindo a estima e a afeição daqueles em meio dos quais tem de viver.“ (p. 125, 126)
“Os americanos combateram pela liberdade (política) o individualismo que a igualdade fazia
nascer, e venceram.”
Quarta Parte de A Democracia na América II - Sentimentos e Opiniões - Cap VI, VII e VIII
Como evitar/remediar?
O autor apresenta certo pesar com a queda do sistema aristocrático e certo medo referente ao
futuro da democracia.