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Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo

Curso: Tecnólogo em Petróleo e Gás


Disciplina: Gestão de Projetos
Professor: Leonardo Cordeiro

Proposta de Projeto sobre Método de Elevação


Artificial: Bombeio Mecânico com Hastes

Alunos do 3º período:
Alexandre João Buzan Junior -
Dayana Balbino Cantaryne – 203382
Diehgo Teles Gaspar –
Jeferson Lucindo Ferreira -
Karolyne da Silva Nolasco – 203015
Miquéias Marçal -

Cachoeiro de Itapemirim – ES
09/2012

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Alexandre João Buzan Junior, Dayana Balbino Cantaryne Brito, Diehgo
Teles Gaspar, Jeferson Lucindo Ferreira, Karolyne da Silva Nolasco,
Miquéias Marçal

PROPOSTA DE PROJETO SOBRE MÉTODO DE ELEVAÇÃO


ARTIFICIAL: BOMBEIO MECÂNICO COM HASTES

Trabalho entregue ao Professor


Leonardo Cordeiro, da disciplina
Gestão de Projetos, do turno
Noturno do Curso de Petróleo e
Gás.

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – ES


Cachoeiro de Itapemirim, 10 de setembro de 2012

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Sumário

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................4

2. BOMBEIO MECÂNICO COM HASTES......................................................6


2.1 Bomba de Subsuperfície ..........................................................................6
2.2 Coluna de Hastes......................................................................................7

3. PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE UMA UNIDADE DE BOMBEIO


MECÂNICO.....................................................................................................8

4. ESTRUTURA DE UMA UNIDADE DE BOMBEIO MECÂNICO.................8

5. MOTORES .................................................................................................9

6. SEGURANÇA...........................................................................................10

7. PROCEDIMENTO DE MONTAGEM.........................................................11

8. CONCLUSÃO...........................................................................................16

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................17

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1. Introdução

Com a crescente demanda mundial por energia e a importância do


petróleo na matriz energética mundial, cada vez mais é necessário aumentar a
disponibilidade de petróleo no mercado mundial. Como a descoberta de novas
reservas não acompanha o aumento na demanda, cada vez mais as indústrias
petrolíferas investem em meios de recuperar a maior quantidade possível de
hidrocarbonetos de um determinado reservatório.
Compreende-se que na fase de produção, o petróleo pode vir à
superfície unicamente devido à pressão dos fluidos existentes no interior da
jazida. Nestes casos, os poços são chamados de surgentes. Quando isso não
ocorre, é preciso suplementar a energia da jazida para elevar os fluidos do
fundo do poço até a superfície. Neste caso os poços produzem por elevação
artificial e são chamados de poços não surgentes.
Para a produção de petróleo é necessário antes de tudo saber o campo
a ser perfurado é potencialmente produtor isso é possível perceber através de
estudos geológicos e sísmicos. Durante a perfuração é possível confirmar a
presença de óleo e gás, que é o real objetivo ao se perfurar um poço, quando
se encontra, faz se todo o procedimento e após o poço ser revestido, faz-se a
completação, logo após faz-se estudos para analisar se o poço é surgente ou
não surgente, ou seja, se ele elevará o fluido até a superfície por meio natural
ou se haverá necessidade de utilizar um método de elevação artificial. Muitos
são os métodos utilizados para suplementar a energia de um reservatório, o
que permite um maior aproveitamento de uma determinada jazida de petróleo,
aumentando-se assim a oferta de petróleo no mercado. Na indústria do
petróleo existem diferentes métodos artificiais de elevação cada um aplicável a
uma realidade diferente bem como às características do campo produtor.
Dentre todos os métodos de elevação artificial existentes, o Bombeio
Mecânico também conhecido como Cavalo de Pau, é o mais antigo e o mais
utilizado, este método é usado para produção em poços localizados em
terra (onshore), corresponde no Brasil cerca de 80% do total de poços
produtores em terra. Este método é usado para produção em poços de até 800
metros, localizados em terra, com vazão de até 180 metros cúbicos/dia.

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Embora possa produzir em poços de até 3.000 metros de profundidade, a
vazão cai para até 20 metros cúbicos/dia de até 2500m. A elevação de fluido
resulta do funcionamento de uma bomba alternativa de simples efeito instalada
no fundo do poço, com a ajuda de uma unidade de bombeio instalada na
superfície e interligada a essa bomba de fundo do poço. Esse método possui
algumas vantagens e algumas desvantagens, como pode ser descrito: Projeto
de simples instalação; reposição de acessórios e componentes de fácil
realização e como desvantagens, temos: Limitada profundidade de
assentamento da bomba de fundo; a unidade de bombeio é bastante pesada e
ocupa um espaço considerável das instalações de superfície nas imediações

do poço,.ou seja, comparado aos outros métodos de elevação artificial

existente a produção de petróleo através do bombeio mecânico é


relativamente baixa, um dos motivos pelo qual se torna inviável a sua
utilização em poços de petróleo offshore.
No Brasil o Estado do Rio Grande do Norte é o local que contem a
maior produção de petróleo onshore e para esta produção a maioria dos
poços possui a utilização do Bombeio Mecânico.

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2. Bombeio Mecânico com Hastes

Este método de elevação artificial é caracterizado pelo movimento


rotativo de um motor elétrico ou de combustão interna que é transformado em
movimento alternativo através de uma unidade de bombeio localizada próxima
à cabeça do poço. O movimento alternativo é transmitido para o fundo do poço
por uma coluna de hastes, esse movimento aciona uma bomba localizada no
fundo do poço o qual eleva os fluidos produzidos pelo reservatório para
superfície. (THOMAS, 2001, p.241).
Porém em poços que há produção de areia e em poços onde parte do
gás produzido passa pela bomba este método de elevação não é aconselhado,
pois a areia desgasta mais rapidamente as partes móveis e a camisa de bomba
do equipamento devido à sua abrasividade e o gás quando passa pela bomba
reduz a sua eficiência volumétrica, podendo até provocar um bloqueio de gás.
Portanto, este equipamento apresenta algumas vantagens e
desvantagens, as quais: Flexibilidade de vazão e profundidade (atua com
médias vazões para poços rasos e baixas vazões para poços profundos), boa
eficiência energética, possibilidade de trabalhar com fluídos de diferentes
composições e viscosidades, simplicidade de operação, manutenção e projeto
de novas instalações, pode sofrer mudanças na capacidade de bombeio
dependendo das condições do poço e menor custo/produção ao longo da vida
produtiva do poço e como desvantagens ao ser utilizados em poços tortuosos
ele apresenta problemas por fricção, o BM é limitado pela profundidade, devido
à capacidade das hastes e também pesado e volumoso para operações no
mar.
Os principais componentes do bombeio mecânico são: bomba de
subsuperfície, coluna de hastes, unidade de bombeio e motor.

2.1 Bomba de Subsuperfície

Sua função é fornecer energia ao fluído vindo da formação, elevando-o


para a superfície. A transmissão de energia ao fluido ocorre sob forma de

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aumento de pressão. A bomba é do tipo alternativo, de simples efeito, e tem
por partes principais: camisa, pistão, válvula de passeio e válvula de pé.
O ciclo de bombeio é divido em curso ascendente e curso descendente.
No curso ascendente o peso do fluido que está dentro da coluna de produção
mantém a válvula de passeio fechada, a baixa pressão criada na camisa da
bomba abaixo do pistão e acima da válvula de pé faz com que esta se abra,
permitindo a passagem do fluido que está no anular para o interior da bomba.
Todo o fluido que está acima do pistão é elevado com as hastes. O fluido que
está mais próximo à cabeça do poço entra na linha de produção e nos ciclos
seguintes e é deslocado para o vaso separador.
No curso descendente os fluidos que estão na camisa da bomba são
comprimidos fechando a válvula de pé. Como o pistão continua descendo, a
pressão acima e abaixo da válvula de passeio, se igualam e esta abre,
permitindo a passagem de fluido para cima do pistão. Ao atingir o final do curso
descendente e iniciar o curso ascendente, a válvula de passeio fecha e a de pé
abre, iniciando um novo ciclo.

2.2 Coluna de Hastes

As hastes operam em ambientes que podem ser ou abrasivos, ou


corrosivos ou ambos. Estão sujeitas a cargas cíclicas, uma vez que o peso do
fluido que está acima da bomba é sustentado pela coluna de hastes no curso
ascendente e pela coluna de produção no curso descendente. Devido a esta
alternância de esforços a coluna de hastes se torna o ponto crítico do sistema.
Existem vários tipos de hastes, porem as mais utilizadas são as de aço,
pois elas apresentam um custo menor, porém em poços onde há problemas de
corrosão utilizam-se as hastes de fibra. A primeira haste no topo da coluna é a
haste polida, por ter sua superfície externa polida. O objetivo da utilização da
haste se dá pelo fato de esta proporcionar uma melhor vedação na cabeça do
poço. Devido à alternância de movimento da coluna de hastes, a haste polida
está entrando e saindo do poço constantemente.

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3. Procedimento Operacional de uma Unidade de Bombeio
Mecânico

Uma unidade de bombeio é o equipamento que converte o movimento


de rotação do motor em movimento alternativo das hastes. Para ser feita esta
escolha deve-se levar em consideração o máximo torque, a máxima carga e o
máximo de haste polida que irão ocorrer no poço.
A unidade de bombeio necessita ter capacidade suficiente para suportar
a carga máxima registrada na haste polida e atender a solicitação de torque
máximo no redutor. A maioria utiliza balancim, biela e braço de manivela para
mudar o movimento rotativo do motor em movimento alternativo. O movimento
rotativo do braço de manivela proporciona contrabalanceio necessário para
reduzir a solicitação de torque no redutor e a energia necessária para
movimentar o sistema de bombeio. O redutor é utilizado para reduzir a
velocidade do motor para a requerida velocidade de bombeio. A caixa de
redução é dimensionada pelo toque máximo que ela pode suportar durante o
ciclo de bombeio. Uma unidade de bombeio é basicamente um acoplamento
mecânico de quatro barras, cujos principais elementos são: A Biela, que
conecta o braço de manivela ao balancim; o Braço de Manivela, que gira com a
baixa velocidade do eixo redutor. A distancia fixa entre o mancal de sela e o
eixo da manivela. A porção do Balancim, que vai do mancal até o mancal da
sela.

4. Estrutura de uma Unidade de Bombeio Mecânico

A estrutura de uma unidade de BM é composta pelos seguintes


equipamentos:

• Base: Moldada em concreto ou formada por perfis de aço, onde se


prendem, devidamente alinhados, o tripé, caixa de redução e motor;
• Tripé: Formado por três ou quatro perfis de aço, deve ter rigidez
suficiente para suportar toda a carga da haste polida;
• Viga transversal ou Balancim: Viga de aço, apoiada no centro por um
mancal, o qual está preso no topo do tripé. A viga deve ter rigidez suficiente

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para suportar de um lado a carga da haste polida e do outro a força transmitida
pela biela;
• Cabeça da UB: Localizada em uma das extremidades do balancim,
suporta a carga da haste polida por meio de dois cabos de aço (cabresto) e
uma barra carreadora. A geometria da cabeça da UB faz com que a haste
polida se mova verticalmente no poço, reduzindo esforços e atrito;
• Biela ou Manivela: Transmite o movimento ao balancim. A distância do
eixo da manivela ao mancal da biela define o curso da haste polida. Este curso
pode ser modificado alterando-se a posição onde a biela é presa à manivela;
• Contrapesos: Para elevar os fluidos, o motor somente é solicitado a
fornecer energia no curso ascendente. No curso descendente a força da
gravidade é responsável pelo movimento das hastes, ou seja, para elevar os
fluidos o motor é exigido de forma cíclica, provocando uma redução de sua vida
útil. Para minimizar o problema utilizam-se contrapesos colocados na manivela
ou na vida da unidade. No curso ascendente os contrapesos estão descendo,
diminuindo a potencia requerida do motor. No curso descendente o motor
fornece energia para elevar os contrapesos. Desta forma, haverá uma
distribuição mais uniforme das cargas durante o ciclo de bombeio, e o motor
será exigido de forma mais continua, prolongando sua vida útil. Numa unidade
corretamente balanceada o torque máximo no curso ascendente é igual ao
torque máximo no curso descendente. Este balanceamento é conseguido
ajustando-se a posição e a quantidade de contrapesos na unidade de bombeio.
• Caixa de Redução: Transforma a energia de alta velocidade e baixo
torque do motor em energia de alto torque e baixa velocidade. A redução de
velocidade é aproximadamente de 600 RPM para 20 CPM. Tem um custo de
aproximadamente 50% do custo total da unidade.

5. Motores
Podem ser elétricos ou de combustão interna. Onde os motores elétricos
apresentam maior eficiência, menor custo operacional e menor ruído. São
ligados à rede elétrica através do quadro de comandos. Em locais isolados,
onde a construção de uma rede elétrica para distribuição de energia não é
viável economicamente, são utilizados motores de combustão interna.

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6. Segurança

Nesse processo de instalação, deve-se levar em consideração


principalmente os riscos encontrados no decorrer da montagem, esses riscos
são fatores de grande prudência para que o processo venha a dar certo. Antes
de executar a montagem, operação ou manutenção de uma unidade de
bombeio, é essencial a estrita observância de todas as leis de segurança
locais, estaduais e federais. Todas as unidades mecânicas de bombeio
possuem partes giratórias grandes e pesadas; portanto, é imperativo que todo
o pessoal envolvido na montagem, operação e manutenção de unidades de
bombeio adotem o máximo de cuidado ao trabalho perto destas pesadas partes
giratórias. A falha em fazer isto pode levar a sérios danos pessoais ou mesmo
à morte. Mesmo uma unidade de bombeio temporariamente parada possui
componentes que podem começar a se movimentar devido ao efeito da
gravidade. Todo o pessoal deve permanecer afastado das manivelas e
contrapesos ou outros elementos que possam começar a se movimentar. Todo
trabalho elétrico deve ser executado por um eletricista qualificado,
especialmente em unidades de bombeio que utilizam motores elétricos,
reguladores automáticos de tempo ou outros dispositivos elétricos correlatos.
Os componentes elétricos devem ser regularmente inspecionados e mantidos
em uma condição operacional segura por um eletricista qualificado. Além de
todas essas especificações, alguns equipamentos devem ser levados em
consideração quando se trata da segurança, dentre os quais podemos
destacar: instalação da trava de freio, prender as manivelas de forma correta,
acorrentamento do tambor de freio, proteção das manivelas, proteção da
cabeça da unidade de bombeio, protetor das correias, proteções para o motor,
vestimentas e ferramentas adequadas (EPI’s) e treinamento adequado.

A maior vida útil da Unidade de Bombeio e seu desempenho


dependem basicamente de uma correta instalação, sem erros de
alinhamento e nivelamento, que induziriam cargas prejudiciais ao seu

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funcionamento. Dependem, também, do aperto de todos os parafusos
para que essas condições sejam mantidas durante o funcionamento.

7. Procedimento de Montagem

Para ser feita a montagem de unidade de bombeio mecânico vários


procedimentos são feitos, entre eles:

• Fundação: A fundação deve ser posicionada estritamente de acordo


com uma planta de fundação. Esta planta de fundação mostra a localização
dos parafusos de ancoragem em relação à cabeça do poço, bem como o
tamanho e quantidade de porcas e parafusos de ancoragem. A planta de
fundação não pretende prescrever a forma, profundidade ou características da
fundação. A empreiteira deve fornecer esta informação com base em seu
próprio conhecimento e experiência com as condições do solo no local da
instalação, devendo assumir total responsabilidade pela qualidade da
fundação. Os parafusos de ancoragem da fundação devem ser instalados após
o concreto ter curado e o alinhamento da base da unidade ter sido concluído;
• Instalação e Alinhamento da Base: Traça-se ou marca uma linha de
eixo na fundação em relação ao centro da cabeça do poço. Logo depois se
consulta a planta de fundação para determinar a distancia específica que a
unidade de bombeio deve ser instalada em relação a cabeça de poço. Logo
após mede-se a distancia em relação à cabeça do poço e marca uma linha que
faz uma interseção com a linha do centro. Em seguida é içada a estrutura
principal da unidade de bombeio até a sua posição na fundação, sempre
permanecendo longe para evitar acidentes. Agora posiciona corretamente, faz
às medições necessárias, o devido alinhamento e só agora aperta os parafusos
para fixação da base na fundação;
• Instalação e Alinhamento do Redutor: Para instalar o redutor em sua
sub-base, é estabilizado adequadamente o redutor e ambas as manivelas
usando correntes, não permitindo que forcem as vedações de óleo do eixo de
baixa velocidade, de modo a evitar danos. Marca-se a linha de eixo no topo da
subbase e no fundo do redutor, e usa-se esta linha para o alinhamento inicial.

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Coloca-se o redutor sobre a sub-base e instala os parafusos, deixando-os
desapertados para permitir o deslocamento visando o alinhamento. Logo após,
giram-se as manivelas para posição segura, mede-se a distancia de cada
extremidade do eixo da manivela até a marca de alinhamento, e
conseqüentemente aperto dos parafusos no redutor e na sub-base;
• Liberação e Regulagem do Freio: Inicia-se com o desaperto da porca
de travamento do freio, em seguida ajusta-se a sapata com o continuo
desaperto da porca de regulagem do freio até que seja obtida uma folga
apropriada entre a lona do freio e o cubo do freio;
• Procedimento de Montagem do Linkage de Freio: Inicialmente conecta
uma extremidade da haste vertical ao cotovelo e prende com uma porca da
haste de regulagem. Desapertam-se as porcas de travamento e ajusta-se o
comprimento da haste vertical do freio de modo que o cotovelo fique na
posição horizontal quando as sapatas do freio entrarem em contato com o
cubo. Após conecta-se a extremidade superior da haste vertical ao carne,
conecta uma extremidade da haste de freio horizontal à forquilha no conjunto
da alavanca de freio. Em seguida regula-se o comprimento da haste horizontal
entre o cotovelo e a alavanca do freio de modo que o carne fique na posição
horizontal quando a alavanca estiver na posição mais avançada. Conecta a
outra extremidade da haste horizontal ao cotovelo e apertam-se as porcas de
culatra para manter as regulagens;
• Instalação de Contrapesos em Manivelas: Inicialmente aplica-se o freio,
logo após insere uma corrente ou cabo através dos orifícios do contrapeso,
instala os pinos T na ranhura da manivela, coloca o contrapeso nos pinos,
instala uma arruela chata, uma porca padrão e uma contra porca em cada um
dos pinos do contrapeso e aperta firmemente. Repete-se esse mesmo
procedimento para cada um dos contrapesos que serão instalados;
• Instalação do Tripé na Base: Após a montagem do tripé, vem o
procedimento de instalação na base, que tem conseqüentemente os seguintes
passos: Primeiro passa a corrente ou cabo de içamento entre as vigas de
suporte e ao redor do suporte superior, em seguida levanta e posiciona o tripé
sobre a base. Usa-se um pino ou chave para alinhar os furos do tripé com a
base, instala e aperta todos os parafusos que fixam o conjunto do tripé na base
da unidade. Apertam-se todos os parafusos na parte superior da viga de

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suporte traseira adotando uma seqüência alternada de um lado da unidade
para o outro, evitando assim a geração de tensões desiguais nos flanges;
• Montagem e Instalação da Escada na Estrutura: Primeiramente monta-
se os suportes na escada, apertando os parafusos somente de forma manual.
No caso de unidades com três suportes, o suporte mais longo será usado no
topo da escada, enquanto o mais curto será instalado no meio da escada. Um
cuidado importante que se deve ser tomado na hora de colocar os parafusos é
que eles fiquem posicionados com as cabeças do lado interno da escada. Em
seguida é colocado o anel de segurança do lado externo dos trilhos da escada
na parte superior da escada e coloca os parafusos para deixá-lo firme. A
escada fica posicionada contra o tripé e apertada com os parafusos;
• Instalação de Braços Pitman no Equalizador: Posiciona-se o
equalizador no solo de modo que os orifícios dos pinos da carcaça do mancal
do equalizador fiquem na parte superior da viga, seleciona o braço pitman em
que está instalada a linha de lubrificação. Os dois são montados de modo que
as linhas de lubrificação fiquem do mesmo lado. Os orifícios do equalizador
devem ser totalmente limpos antes de inserir os pinos pitman superiores nas
carcaças, e cobertos com um agente anti-corrosivo. Monta-se o pitman na viga
do equalizador e insere o pitman superior nos orifícios da carcaça, instala o
parafuso e aperta;
• Instalação da Viga Principal no Equalizador: Desaperta os parafusos
nos dois flanges do equalizador e instala o pino de montagem do mancal do
equalizador (já instalado na viga principal). Posiciona os flanges no conjunto do
equalizador para alinhar com os flanges da viga do equalizador. Instala os
parafusos e porcas e aperta com uma chave de impacto;
• Instalação e Alinhamento do Mancal Central na Viga Principal: Posiciona-se o
mancal central no solo com o flange de montagem maior voltado para cima,
depois levanta a viga principal e posiciona o centro da viga sobre o mancal
central, insere os parafusos e aperta;
• Instalação do Conjunto da Viga Principal na Estrutura: Coloca os cabos
de içamento próximo a cada extremidade do conjunto da viga principal para
assegurar o içamento nivelado, posiciona-se a carcaça do mancal central no
topo do tripé e coloca os parafusos e aperta manualmente. Logo após instala

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os braços pitman nos conjuntos de pino de manivela e aperta firmemente todos
os parafusos de acordo com os valores de torque especificados na tabela;
• Instalação do Conjunto Wireline na Cabeça do Cavalo (Cabeça
Padrão): Coloca-se o conjunto de cabo de aço na posição correta na cabeça do
cavalo, posiciona a barra mesa do cabresto de tal modo que ela fique
relativamente alinhada com a extremidade aberta voltada para a haste polida.
Instala os parafusos para prender os cabos de aço, e instala os pinos de
regulagem da cabeça do cavalo;
• Instalação da Cabeça de Cavalo na Viga Principal: Iça-se a cabeça do
cavalo até a sua posição e coloca a barra de rolamento atrás do flange na viga
principal. Instala-se a bandeira de segurança através da cabeça do cavalo e da
ranhura angular na viga principal e aperta os parafusos de regulagem;
• Instalação do Cabresto na Cabeça do Cavalo: Instala-se o conjunto de
travamento da cabeça de cavalo no topo da viga principal. Monta-se o conjunto
de alavanca no topo da viga principal. Alinha-se o orifício da cabeça de cavalo
com o orifício no conjunto de suspensão da viga principal e introduz o eixo da
cabeça de cavalo a partir do topo da cabeça de cavalo para baixo. Trava-se a
cabeça de cavalo na posição de ajuste engatando o mecanismo de travamento;
• Instalação do Motor de Acionamento: Posicionam-se os trilhos
deslizantes nas ranhuras próximas da extremidade voltada para o redutor, de
modo que as correias possam ser instaladas mais facilmente após o
posicionamento do motor de acionamento. Faceia-se o trilho deslizante para
coincidir com os orifícios de montagem do motor de acionamento. Da mesma
forma instala os pinos nas ranhuras dos trilhos com um espaçamento
adequado. Baixa cuidadosamente o motor de acionamento até os trilhos e
instala as porcas, sem apertá-las, até que o alinhamento da correia tenha sido
concluído;
• Instalação e Alinhamento da Correia: Instala um jogo de correias,
sempre usando as ranhuras internas se qualquer das polias possuir um número
excedente de ranhuras. Utiliza-se um cordão para alinhar as faces internadas
das polias. Desloca-se o motor aos trilhos deslizantes, apertam-se as correias
usando os parafusos de regulagem. O aperto de todas as correias novas tem
que ser novamente verificado após 24 horas;

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• Instalação da proteção de Correia: Coloca-se a proteção da correia e
parafusa com um bom ajuste para evitar folgas: com a correta instalação,
alinhamento, nivelamento, com segurança e uma instalação concreta, a
unidade de bombeio funcionará perfeitamente e produzirá muitos barris de
petróleo.

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8. Conclusão

Diante dos fatos expostos neste trabalho, podemos concluir que o método de
elevação artificial conhecido por Bombeio mecânico foi o primeiro método de
elevação artificial surgido na indústria de petróleo, sua importância se reflete no
número de instalações existentes que correspondem a 80% dos poços
produtores mundiais ele é altamente utilizado em campos de produção
onshore, isso se dá pelo fato de este equipamento possuir baixo custo com
investimentos e manutenção, flexibilidade de vazão e profundidade, boa
eficiência energética e a possibilidade de operar com fluidos de diferentes
composições e viscosidades em uma larga faixa de temperatura.
Porém a sua utilização se torna inviável em poços onde a produção é
offshore, ou seja, no mar, pois este equipamento é muito pesado e sua
capacidade de produção é relativamente baixa comparada aos outros métodos
de elevação artificial e também pelo fato de este possuir uma limitação com
relação a sua capacidade de extração de óleo, pois a perfuração em uma
unidade offshore pode chegar até 3000 metros e uma unidade de bombeio
mecânico chega somente a 800 metros.

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9. Referências Bibliográficas

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de setembro de 2012.

http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/bom-dia-
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http://www.ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/haroldo_santos.pdf. Acesso em 09
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http://www.labplan.ufsc.br/congressos/CBA2010/Artigos/66591_1.pdf. Acesso
em 9 de setembro de 2012.

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