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Fiscalidade Aula 2

Contribuições
• Contribuições pode ser:
Melhorias e especial
Contribuições de melhorias
• É um tributo cobrado em situações que beneficiam o
contribuinte.
Ex: como o proprietário de um imóvel particular que vê seu
bem val orizado por causa de uma obra pública tal como, a
pavimentação de uma rua.
Nota: a contribuição de melhoria é um tributo pouco usual.
Contribuições especiais
• Quer a taxa quer o imposto são tributos, e dentro destas podemos
isolar desde logo as chamadas contribuições especiais que podem
ser:
• Entre as contribuições, a CGT, no n.o 3 do artigo 6.o, define as
• a) as contribuições financeiras constituídas por prestações
pecuniária e coactivas de natureza parafiscais exigidas por uma
entidade pública, para compensação de prestações provocadas ou
aproveitadas por determinado grupo e presumivelmente
provocadas ou aproveitadas por um sujeito passivo que nele se
integra.
• b) tarifas e os tributos parafiscais .
Contribuições especiais
• As tarifas:
Configura um tipo especial de taxa, sendo caracterizada pela existência
de uma equivalência não só jurídica mas também entre a prestação
paga e beneficio obtido e a sua sujeição a um regime de direito público, o
que a distingue do preço.
• Os tributos parafiscais
São prestações obrigatórias feitas em benefício de determinadas
pessoas colectivas de direito público não territorial .
Ex: o caso das contribuições obrigatórias para a segurança social.
As quotas pagas às associações públicas (ordens profissionais)
pelos respectivos associados
Contribuições especiais
• Tributos parafiscais com finalidades específicas, com características
idênticas aos impostos, mas consignados à satisfação de fins concretos/
especiais, prosseguidos por certas entidades públicas (institutos
públicos, órgãos de coordenação económica, sistemas de segurança
social) por oposição aos fins gerais do Estado.
• Contribuições para a Segurança Social
• Trata-se, aqui, de contribuições obrigatórias, de natureza sinalagmática,
que incidem sobre os rendimentos do trabalho e que se destinam a
financiar o sistema de segurança social.
• Afastam-se do conceito de taxas, pois o benefício ocorrerá apenas no
futuro e não dependem de qualquer acto concreto, mas apenas do
recebimento de um rendimento de trabalho.
PRINCÍPIOS FISCAIS
• Estes princípios impõem-se aos tributos, que garantem e
asseguram a observância do disposto na Constituição da República
de Angola (art.o 177.o, n.o 1) e que são independentes e imparciais.
• Desta forma, os contribuintes ficam protegidos da volatilidade das
maiorias legislativas em relação aos princípios fundamentais de
tributação que se encontram ancorados em princípios
constitucionais.
Por este motivo, o ordenamento jurídico-tributário angolano é
regido por diversos princípios fiscais, dos quais se destacam, pela
sua relevância, os seguintes:
Princípio da Legalidade Fiscal
• Princípio que está constitucionalmente consagrado no n.o 1 do
art.o 102.o da Constituição da República de Angola (CRA), nos
termos do qual, os impostos só podem ser criados e extintos
por lei, que determina a sua incidência, taxa, benefícios fiscais
e garantias fundamentais dos contribuintes:
Princípio da Reserva de Lei Material

• As leis ou decretos legislativos presidenciais que criam os


impostos devem, igualmente, estabelecer a disciplina jurídica
dos mesmos.
Princípio da Igualdade Tributária
• Todos os cidadãos, desde que tenham capacidade contributiva, são
obrigados, por lei, a cumprir com o dever de pagar impostos.
• Duas regras:
Regra da universalidade: todos os cidadãos têm a obrigação de pagar
• impostos.
Regra da uniformidade: todos os cidadãos têm a obrigação de pagar
• impostos segundo um mesmo critério ou medida.
• Este princípio decorre do princípio constitucional da igualdade de todos
os cidadãos perante a Lei, previsto no art.o 23.o da CRA.
Princípio da Capacidade Contributiva

O sistema fiscal angolano deve ser estruturado em função da


justa repartição
• dos rendimentos e da riqueza nacional (art.o 101.o da CRA).
• De acordo com o disposto no artigo 88.o da CRA, todos têm o
dever de contribuir para as despesas públicas “em função da
sua capacidade económica e dos benefícios que aufiram”.
• O sistema constitucional considera o rendimento como índice
da capacidade contributiva dos sujeitos passivos e medida da
tributação
Princípio da Não Retroactividade da Lei
Fiscal
• “As normas fiscais não têm efeito retroactivo, salvo as de carácter
sancionatório, quando sejam mais favoráveis aos contribuintes”. N.
o 2 do art.o 102.o da CRA.
• 1 – Não podem ser retroactivamente criados impostos, ampliadas
as normas de incidência tributária, agravadas as taxas ou revogados
os benefícios fiscais concedidos, salvo com fundamento em
ilegalidade.
• 2 – As normas tributárias só dispõem para o futuro e nos termos
regulados pela Constituição da República de Angola.
• 3 – As normas tributárias sancionatórias são retroactivas quando
mais favoráveis aos contribuintes.
Princípio da Declaração
• A relação jurídica que o cidadão muitas vezes estabelece com
o Estado no processo de cumprimento das suas obrigações
fiscais tem por base a sua declaração.
• A declaração vai fornecer os elementos sobre os quais assenta
a definição da sua dívida fiscal e presume-se verdadeira até
prova em contrário.
• Porém, o princípio da declaração tem como pressuposto de
aplicação efectiva o princípio da verificação.
Princípio da Verificação
• O princípio da verificação constitui uma consequência directa
do princípio da justiça na distribuição dos encargos tributários.
• Se algumas categorias de contribuintes conseguem
sistematicamente deixar de cumprir com as suas obrigações
tributárias, tal situação implica uma lesão nos direitos e
garantias dos contribuintes cumpridores, o que não deve ser
tolerado.
Regime de Tributação
• No sistema fiscal de angolano existem dois regimes de
tributação: o regime geral e o regime simplificado.
• Regime Geral
• São tributados pelo Regime geral os contribuintes cuja matéria
colectável é determinada com base na declaração fiscal e
demonstrações financeiras, nos termos do CII, do Plano Geral
de Contabilidade, Planos de Contas das Instiuições Financeiras
e Seguradoras, do Plano de Contas dos Organismos de
Investimento Colectivo, das Sociedades Gestoras e outros
estabelecidos por legislação própria.
Regime de Tributação
• Regime Simplificado
• O presente regime aplica-se aos contribuintes sujeitos ao
Imposto Industrial que estejam abrangidos pelo regime de não
sujeição do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

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