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Mutações No Nordeste Brasileiro: Re Exão Sobre A Produção de Alimentos e A Fome Na Contemporaneidade
Mutações No Nordeste Brasileiro: Re Exão Sobre A Produção de Alimentos e A Fome Na Contemporaneidade
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Confins
Revue francobrésilienne de géographie / Revista francobrasilera de geografia
10 | 2010 :
Número 10
Resumos
Português Français English
Com imagem associada à fome, pobreza e atraso, o Nordeste passa atualmente por um processo
acelerado de mutação, cujos resultados são evidenciados, em alguns estados, nos indicadores
sociais a suplantarem a média nacional. A explicação devese à sua inserção na nova economia
globalizada, relacionada diretamente à modificação de sua imagem internacional. Nestes termos,
as fragilidades tradicionais do Nordeste, ligadas à semiaridez, são variáveis potencializadoras do
desenvolvimento tanto do agronegócio como do turismo litorâneo em crescimento acelerado...
Entretanto, embora apresente avanços, a política implementada não implicou em erradicação da
malnutrição crônica.
Longtemps considéré comme un pays de la faim, pauvre et « arriéré », le Nordeste du Brésil est
aujourd’hui une région en mutation accélérée, dont les niveaux de revenus ont dépassé, pour
certains États, la moyenne nationale. La raison : une nouvelle insertion dans la mondialisation
liée à l’évolution de son image internationale. Les handicaps traditionnels du Nordeste, tels la
semi aridité, sont ainsi devenus des atouts, autant pour le développement de l’agrobusiness que
pour un tourisme littoral en croissance rapide… Mais cette politique de développement n’a pas
éradiqué pour autant la malnutrition chronique.
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16/11/2016 Mutações no Nordeste brasileiro: reflexão sobre a produção de alimentos e a fome na contemporaneidade
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1 A discussão sobre a fome é recorrente na bibliografia sobre a região Nordeste. Dentre
estudos mais clássicos sobre o tema destacamos a obra de Josué de Castro (1946),
“Geografia da Fome”, dedicada à compreensão da fome como um fenômeno universal
em termos geográficos e resultante das distorções econômicas notadas. Referindose ao
caso Brasileiro, descortina análise na qual o fenômeno é vislumbrado verticalmente, de
um lado, denotando quadro coletivo no qual grandes massas humanas são atingidas de
forma endêmica ou epidêmica e, de outro, tratando da fome total à fome oculta
(parcial), fenômeno mais frequente e que implica na morte lenta de grupos de
indivíduos pela falta de nutrientes essenciais em sua alimentação. De forma corajosa
apresenta a fome como uma criação do homem e não como um fenômeno natural. Um
dos verdadeiros tabus de nossa civilização. Para Castro (1946), o Brasil constiui um
verdadeiro laboratório de investigação sobre o tema em foco, posto contar, em seu
território vasto, com diferentes categorias de climas tropicais, variados tipos de
organização da economia.
2 Com vistas a desenvolver estudo sobre este tema na contemporaneidade,
apresentamos abordagem a ilustrar estudo deste fenômeno na Região Nordeste, cujos
traços naturais, culturais e da organização do território são mais ou menos
semelhantes. Tal texto1 resulta de demanda gerada após intervenção em disciplina
sobre o tema da produção de alimentos na Université de Paris IV Sorbonne.
3 Com a evidenciação, ainda marcante na França, de quadro imagético associado à
realidade socio espacial caracteristica do Nordeste dos anos 1940, estudada com
propriedade por Castro, apresentamos proposta capaz de apreender as mutações
atuais, condição sine qua non à inserção da região na economia mundo.
4 Trabalhamos na construção de texto capaz de vislumbrar lógica de constituição do
imaginário social nordestino no tempo e seu consequente desdobramento, que justifica
a passagem de quadro de imagens negativas do semiárido (seca, fome, miséria...) à
imagem positiva, alavancadora de novas políticas de desenvolvimento econômico
pautadas no agronegócio e no turismo litorâneo. Pautado na ciência e tecnologia, o
semiárido é apresentado como matiz potencializadora das novas políticas de
desenvolvimento (insolação e épocas de estiagem como favoráveis ao seu reforço como
região turística, insolação associada à fertilidade dos solos como potencializadora da
produção de frutos tropicais).
5 A lógica de organização econômica empreendida na região, pautada na produção de
alimentos (açúcar) e produtos agrícolas (algodão) para a exportação e da pequena
agricultura voltada para ao atendimento do mercado interno se redimensiona. De
atividade predominantemente monoculturista passamos à diversificação da pauta de
exportações, com inclusão de produtos tropicais (frutas) e cereais (soja). Uma
variedade e produção em massa que implica no estabelecimento da região como
produtora de alimentos.
6 Paradoxalmente o aumento da produtividade agrícola tão tem efeito similar na
resolução da problemática da fome na região. O que perceberemos, a partir da análise
comparativa entre os dados relacionando à produção agrícola na região e os indicadores
de segurança alimentar, é a evidenciação de lógica de modernização que embora suscite
melhoramento em alguns indicadores socioeconômicos da região (de alguns estados
especificamente), não consegue solucionar a questão da fome.
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43 Nos pólos de grãos, o estado da Bahia tem o primeiro lugar na produção de feijão
(44.839t, contra 1.156t e 5.829t do Maranhão e do Piauí), de milho (511.525t, contra
78.689 e 33.628 do Maranhão e do Piauí) e de soja (1.233.587t, contra 519.639t e
90.545t do Maranhão e Piauí). Em segundo lugar, o Maranhão ultrapassa os outros
dois Estados na produção de arroz (53.334t, contra 27.513t e 21.970 da Bahia e Piauí).
Além do mais, a Bahia cultiva algodão e café (rspectivamente 131. 581t e 26.896 t).
44 Considerando a superfície cultivada e a produção obtida, percebese forte presença da
soja. Símbolo da mudança da lógica de produção de grãos no Nordeste, essa cultura
ocupa 74,3% da superfície cultivada e assume dois terços da produção de grãos nos
pólos indicados e cuja exportação dáse pelos portos de Itaqui (São Luis – Maranhão),
Pecém (Ceará), Salvador e Aratu (os dois na Bahia).
45 No que se refere aos pólos irrigados, se caracterizam pela importante produção de
frutas, à exceção dos pólos 3 e 4 no Ceará e 6 na Paraíba, lugares nos quais se produz
tanto grãos (arroz, feijão e milho) como canadeaçúcar, mandioca e algodão. O Ceará
produz feijão (25.192t), milho (120.459t), canadeaçúcar (300.407t destinados à
produção de guloseimas e bebidas tradicionais – rapadura e cachaça) e mandioca
(14.123t). A Paraíba produz arroz (15.400 t contra 2.219 do Ceará). Uma ressalva deve
ser feita referente à pequena produção de algodão (2.600t no Ceará, contra 2 663t na
Paraíba). A produção de frutas referese à banana (367.298t), manga (282.208t), melão
(263.300 t), uva (172.409t), goiaba (97.781t), melancia (27.090t), maracujá (10.200t),
mamão (4.980t) e limão (9.427t). Entre os Estados produtores, Pernambuco se situado
em primeiro lugar na produção de bananas (149.108t), de manga (242.429t) e de
goiaba (96.629t), tratase do único a produzir mamão, maracujá e uva. Ceará situase
em primeiro lugar na produção de limão (9.178t). Rio Grande do Norte se volta mais à
produção de melão (174.800t), sendo o único a produzir melancia (27.090t). A Paraiba
produz sobretudo bananas (31.632t) e um pouco de goiaba (1.152t). Quanto ao côco,
somente dois Estados se destacam: Pernambuco (123.180 frutos) e Paraíba (34.075
frutos).
46 Nos pólos de produção mista (grãos, frutas e outros produtos), os territórios
produtores de frutas (56.150ha.) ocupam superfície inferior àquela dos grãos e outros
produtos (179.744ha.), porém suas taxas de produtividade são superiores. Sem contar
com o côco, cuja produção é por unidade, as frutas representam próximo de 72% da
produção total (1.234.693t, contra 483.406t de grãos e outros produtos). Estes
resultados se explicam pelo emprego dos investimentos em alta tecnologia, destinados,
a exemplo da região do Cerrado nordestino, sobretudo para a exportação. Somente uma
pequena parte da produção fica no mercado local, seja pelas frutas não conforme as
exigências rigorosas das exportações, seja pela oscilação, para menos, do preço no
mercado extremo suscitar oferta maior no mercado local.
47 É em Sergipe que se encontra o pólo de produção de frutas cítricas, ocupando 70% da
superfície agrícola útil: 1.229.224t de laranja, seja, próximo de 95 % da produção total,
mas também limão (7.720t em 932 ha.) e tangerina (4.310t em 269 ha.).
48 O último pólo se especializou na criação de gado (222.436 cabeças) e de cordeiros
(15.125 cabeças), os primeiros com destino às indústrias de laticínios locais, que
produzem para o mercado nacional e, o segundo, a fim de responder à demanda
regional por carne ovina, muito apreciada na cozinha tradicional nordestina.
49 A produção de grãos nobres e de frutas está em constante evolução no Nordeste,
reforçando a especialização da região em produtos valorizados no mercado
internacional. No que se refere aos grãos, observase, de acordo com os dados da
Companhia Nacional de AbastecimentoCONAB, conforme as cifras de 20032004 e
20042005, um aumento da produção de soja em todos os Estados produtores:
Salvador (de 2.218 para 2.349 milhões de toneladas), Maranhão (de 924 para 1.053
milhões de toneladas) e Piauí (de 396 para 465 milhões de toneladas). Uma produção
mais importante do que aquela indicada pelo Instituto Brasileiro de Greografia e
Estatística – IBGE, em 2002. Ao contrário, as culturas tradicionais conhecem, grosso
modo, uma evolução para baixo, e mesmo uma queda de produção. Só no Maranhão
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Considerações Finais
57 O Governo Federal investiu em políticas sociais de naturezas diversas: aposentadoria
para os homens do campo (política nascida inicialmente nos anos de 19601970, com o
Fundo de Assistência e Previdência ao Trabalhador Rural FUNRURAL), auxílios
sociais globais (habitantes rurais e urbanos) convertidos no “Bolsa Família” (políticas
dos anos 19802000). As especificidades do Nordeste tornam este tipo de ajuda
particularmente importante: dos 8 milhões de lares brasileiros a receberem ajuda social
governamental, mais da metade (51,2%) se encontram no Nordeste, contra 22,7% no
Sudeste, 10% no Sul e 6,5% no Norte e CentroOeste (PNDA2004).
58 No Brasil, as políticas públicas mais antigas, iniciadas com o FUNRURAL (1960
1970), beneficiaram pessoas idosas. Detentoras de aposentadorias tornamse menos
afetadas pela má nutrição: por volta de 72% não conhecem a insegurança alimentar.
Esta situação se observa no Nordeste, embora em menor escala, 56%.
59 As políticas voltadas para as populações mais jovens são muito recentes para
suscitarem resultados semelhantes. No Nordeste, a segurança alimentar nos lares
contando com menores de 18 anos é a mais baixa. Para o Brasil, a metade das crianças
(49,5% de 0 à 4 anos e 51,7% de 5 a 17 anos), para o Nordeste menos de um terço
(respectivamente 32,5% e 33,4%) (PNAD, 2004).
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Gráfico 4 – segurança alimentar no Brasil de acordo com as rendas por habitante (salário
mínimo).
61 Do apontado por Castro (1946) pouco avançamos ? É verdade que o tema deixou de
ser tabu, que não é mais apropriado pelas elites políticas como reforço ao intento de
obter recursos para garantir seu o status quo. No entanto, a problemática da má
nutrição persiste com outra roupagem, não mais vinculada, como outrora, às
intempéries climática, foi transformada em problema nacional, resultado de quadro
socioeconômico característico dos países em via de desenvolvimento que não
resolveram problemas concernentes à concentração de riquezas e de terras.
62 Lamentavelmente as intervenções do governo não suscitaram grandes mudanças na
tônica clássica da concentração de renda no pais e na região. As políticas sociais
implementadas tiveram um escopo reduzido, ou seus resultados ainda não se fizeram
sentir.
Bibliografia
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Notas
1 Texto publicado na revista Hérodote, n. 131 (4º trimestre 2008), com o título « Les mutations
du Nordeste du Brésil ».
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Autor
Eustógio Wanderley Correia Dantas
Prof. da PósGraduação em Geografia da Universidade Fedearal do Ceará – BrasilBolsista
Produtividade do CNPqedantas@ufc.br
Direitos de autor
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