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COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR ALFREDO VIANNA

ENSINO MÉDIO – 2° ANO D

LARISSA DA SILVA

BIOGRAFIA DE FOUCAULT

JUAZEIRO – BA
2022
 Biografia

Paul-Michel Foucault nasceu no dia 15 de outubro de 1926, em Poitiers, na


França. Seus pais chamavam-se Paul Foucault e Anna Malapert. O pai de
Foucault era cirurgião e professor de anatomia, e os seus avôs (tanto o paterno
quando o materno) também eram cirurgiões, o que mostra que a medicina
sempre esteve presente na sua educação e formação. Porém, o jovem passou
a interessar-se por história, o que decidiu o restante de sua carreira.
O interesse pela filosofia apareceu ainda na juventude de Foucault, o que o
levou a uma busca precoce por leituras na área. Apesar dos anseios paternos
para que o filho se tornasse médico, o jovem decidiu, a contragosto do pai,
estudar Filosofia, posição apoiada por sua mãe, pessoa com quem o filósofo
nutria uma relação muito afetuosa. Com seu pai, ao contrário, Foucault não se
dava muito bem.
Foucault mudou-se para Paris, em 1945, e iniciou os seus preparos para
ingressar no ensino superior. Nessa época, conheceu o filósofo e professor Jean
Hyppolite, que apresentou ao novo aluno o pensamento de Hegel. Ingressou na
École Normale da rue d'Ulm para estudar Filosofia no ano de 1946. Sua
personalidade introspectiva foi acentuando-se ao longo do tempo no centro de
estudos, pois o filósofo recusava cada vez mais o contato com os colegas, por
conta do clima de disputa do local.
Ele tentou suicídio pela primeira vez em 1948 e passou a ser acompanhado
por avaliações psiquiátricas constantes. Uma das causas que levaram ao
problema psiquiátrico do filósofo foi a sua homossexualidade, ainda em fase de
descoberta e em dificuldade de aceitação de si mesmo.
No ano de 1948, o filósofo licenciou-se em Filosofia e, no ano seguinte, em
Psicologia. Tornou-se assistente de ensino na Universidade de Lille e terminou
seu curso de Psicologia Patológica, em 1952. O filósofo lecionou e proferiu
conferências e palestras em diversas universidades na França, Alemanha,
Estados Unidos e Suíça, estando, inclusive, na Universidade de São Paulo
(USP), em 1965 e 1975. Foucault também trabalhou como psicólogo patologista
em diversos hospitais psiquiátricos e presídios, o que forneceu elementos
empíricos para a constituição de algumas de suas obras, como Vigiar e punir e
História da loucura.
A publicação de As palavras e as coisas, em 1966, abriu portas para que o
jovem professor de Filosofia e Psicologia se tornasse conhecido no cenário
intelectual mundial. Ele ministrou cursos, palestras e conferências, participou de
debates e desenvolveu uma vasta obra filosófica. Em 1968, Foucault, assim
como Deleuze, Marcuse, Sartre e tantos outros professores universitários
ilustres, envolveu-se com a luta estudantil deflagrada no mês de maio daquele
ano na França, a qual atingiu setores educacionais no mundo todo. Na época,
Foucault lecionava na Tunísia.
Logo após, em 1969, o pensador publicou A arqueologia do saber, livro que
restaurou e encerrou a sua primeira fase de pensamento. Já em 1970, Foucault
foi aceito em processo seletivo para ocupar a cátedra de Jean Hyppolite, no
Collège de France, com a aula inaugural A ordem do discurso, publicada no
mesmo ano.
Em 1975, ele publicou Vigiar e Punir - a história da violência nas prisões. No
ano seguinte, publicou o primeiro volume da coletânea História da Sexualidade,
intitulado A vontade de saber. Em 1984, publicou os dois últimos volumes da
série, que deveria conter seis volumes, intitulados O uso dos Prazeres e Cuidado
de Si. O motivo da interrupção do trabalho foi a morte do pensador aos 57 anos
de idade. A sua morte decorreu de complicações causadas pela aids.
Amado por uns e odiado por outros, por conta de seus escritos, de sua
visibilidade nos anos 70 e de sua atuação política, sempre voltada para a
esquerda (mas sempre recebendo, também, duras críticas de pensadores e
ativistas da esquerda), Foucault foi um dos filósofos mais aclamados do século
XX. Influenciado, principalmente, por filósofos e escritores como Marx, Freud,
Bachelard, Lacan, Heidegger, Nietzsche, Blanchot, Sade, Kafka, entre outros, o
seu tipo de escrita e de método filosófico, junto ao de pensadores como
Nietzsche, Deleuze e Derrida, começou a ser chamado, por detratores, de pós-
moderno.

 Principais obras

 Doença Mental e Psicologia (1954)


 História da Loucura na Era Clássica (1961)
 O Nascimento da Clínica (1963)
 As Palavras e as Coisas (1966)
 Vigiar e Punir (1975)
 História da Sexualidade (1984)

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