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Res Ges Soc 01 Ind 2018
Res Ges Soc 01 Ind 2018
Gestão da
RESPONSABILIDADE SOCIAL
1
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza - CRB 8a/6189)
Fukunaga, Eliane
Gestão da responsabilidade social / Eliane Fukunaga. – São Paulo :
Editora Senac São Paulo, 2018. (Série Universitária)
Bibliografia.
e-ISBN 978-85-396-2339-6 (ePub/2018)
e-ISBN 978-85-396-2340-2 (PDF/2018)
Eliane Fukunaga
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Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Capítulo 1 Capítulo 4
Conceitos fundamentais Normatização da RSE: SA8000,
de responsabilidade ABNT NBR 16001 e ISO
social empresarial (RSE), 7 26000, 59
1 Linha do tempo da 1 Normatização da RSE: SA 8000,
responsabilidade social ABNT 16001 e ISO 26000, 61
empresarial, 9 2 Protocolos setoriais na cadeia de
2 A evolução da responsabilidade fornecedores, 69
social, 12 Considerações finais, 74
3 Desenvolvimento sustentável é Referências, 75
diferente de sustentabilidade?, 20
Considerações finais, 23 Capítulo 5
Referências, 24 Projetos sociais; indicadores
Capítulo 2 de RSE, empreendedorismo
Ética empresarial e reputação social; RSE e desenvolvimento
das organizações: desafios da sustentável, 77
atualidade, 27 1 Estabelecendo projetos sociais
1 A ética empresarial: poder, cultura alinhados com a vocação da
e reputação, 29 organização e sua estratégia, 79
2 Gestão da reputação: códigos de 2 Empreendedores sociais: quem
ética e conduta, 35 são, como se associar, 86
3 Casos da atualidade, 38 3 Os desafios do desenvolvimento
Considerações finais, 43 sustentável, sustentabilidade e
suas interações com a RSE, 87
Referências, 44
Considerações finais, 92
Capítulo 3 Referências, 94
Sistemas de gestão da
responsabilidade social
empresarial, 45
1 A gestão de RSE na atualidade, 47
2 Quais as atuações e quais os
grandes desafios, 52
3 Como fazer isso longe de buscar
uma certificação, 54
Considerações finais, 57
Referências, 58
Capítulo 6 Capítulo 8
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Cooperação, articulações Ações de RSE e impactos
intersetoriais – inclui nas comunidades
terceiro setor – e promoção (estudos de caso), 139
do desenvolvimento, 97 1 Caso do setor de varejo
– Brasil, 141
1 Cooperação, articulações
2 Caso do setor cosmético
intersetoriais e promoção do
– Brasil, 146
desenvolvimento, 99
3 Caso do setor cosmético
2 Organizações não governamentais:
– Inglaterra, 148
sua importância para a
evolução dos compromissos Considerações finais, 154
empresariais, 102 Referências, 156
3 Parcerias bem-sucedidas
e casos emblemáticos que
Sobre a autora, 159
marcaram a história da RSE por
más decisões de foco, 105
4 Importantes passos para boas
escolhas em cooperação e
articulações intersetoriais pelas
empresas, 111
Considerações finais, 114
Referências, 115
Capítulo 7
Comunicação entre as partes
interessadas, transparência,
relatórios de sustentabilidade e
indicadores de RSE, 117
1 Comunicação entre as partes
interessadas, transparência,
relatórios de sustentabilidade e
indicadores de RSE, 119
2 Ferramentas de comunicação entre
as partes interessadas, 125
3 Construindo e comunicando os
indicadores de RSE, 130
4 Relatando a sustentabilidade:
principais relatórios
utilizados, 133
Considerações finais, 135
Referências, 136
Capítulo 1
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Conceitos
fundamentais de
responsabilidade
social empresarial
(RSE)
7
produtivos e questões éticas. Essas questões vão desde condições de
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trabalho (com menos regulamentação e proteção aos trabalhadores do
ponto de vista de remuneração) até a produção de mercadorias que não
seriam autorizadas nos países de origem da organização, mas permiti-
dos em outros – e, com isso, podendo trazer problemas ambientais e de
adoecimento de trabalhadores, consumidores e comunidade.
Então, o que mudou dos anos 1980, 1990 e 2000, para a RSE de
hoje? No início, as empresas tinham gerações de líderes que viam como
responsabilidade social1 apenas os empregos que geravam e os bons
produtos que colocavam nas prateleiras. Depois, outros líderes passa-
ram a enxergar que não podiam mais poluir. Mais tarde, perceberam que
a sociedade questionava seus passivos e, então, as empresas propu-
nham minimizar isso com ações sociais.
1 Responsabilidade social é um conceito inicial da RSE. Os líderes vislumbravam sua atuação com relação
à sociedade, e não com relação ao impacto negativo da empresa na sociedade. Para os empresários, a
empresa fazia o bem por meio de sua atuação econômica e produtiva.
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1950 1960 1970
Surgimento das Esforço para a construção de Movimentos em função de
primeiras definições uma responsabilidade social. crescimento econômico.
do conceito Publicação do livro Primeiros danos pelo
Primavera silenciosa crescimento desmedido.
Conferência da ONU sobre
o meio ambiente humano
RSE
2 Neste caso, desenvolvimento sustentável é visto como a busca por suprir as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade de gerações futuras de também suprir suas próprias necessidades.
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Em 1999, há um movimento global na ONU para o Pacto Global
da Responsabilidade Social e uma busca de valores univer-
sais para os negócios. Nos Estados Unidos, surge o Índice de
Sustentabilidade Dow Jones.
3 Segundo Antonik (2016), compliance é a responsabilidade legal, cumprimento da lei e padrões definidos
pela organização.
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primeira vez o termo responsabilidade social nos negócios, o que lhe
garantiu a nomeação de “pai da reponsabilidade social corporativa”.
Entretanto, somente nos anos 1960 é que se vê crítica à forma de atu-
ação das organizações, com foco somente em lucro. Rachel Carson
publica o livro Primavera silenciosa, que discute cientificamente os im-
pactos do pesticida DDT no meio ambiente e as consequências desas-
trosas para os seres humanos. Outros autores surgiram nesse período
(década de 1960), questionando a desmedida força das organizações
em realizar somente seus negócios, sem cuidado com as consequên-
cias de suas decisões para as comunidades e para o meio ambiente.
14 Gestão da responsabilidade social
Com tais iniciativas e movimentos ambientalistas exigindo das orga-
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Seja um bom Responsabilidades Desejado pela
cidadão corporativo filantrópicas sociedade
Requerido pela
Seja lucrativo Responsabilidades econômicas sociedade
IMPORTANTE
A RSE pode ser vista como aquilo que a sociedade espera ou deseja em
relação às atitudes das organizações.
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sões apresentadas na pirâmide e, por outro lado, alinhar o mode-
lo de gestão com as perspectivas da organização. (SCHWARTZ;
CARROLL, 2003, p. 523)
Ética Ética
Econô-
Econômica Legal mica Legal
Ética Ética
Ética Ética
Outro fator importante dessa pirâmide é que ela permite uma tratati-
va mais objetiva e alinhada à vocação organizacional, o que pode dimi-
nuir o tempo de aprovação de ideias e facilitar a obtenção de recursos
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bilidade social dependem necessariamente da natureza da organização
e dos aspectos mais relevantes para quem é afetado ou afeta. O setor
financeiro costuma dar mais importância ao aspecto econômico. No
entanto, para os consumidores, o atendimento de aspectos éticos e le-
gais é mais importante até que o preço do produto, nesse caso.
PARA PENSAR
cial, esse conceito discute a forma equilibrada pela qual tais dimensões
devem ser operadas nas organizações. Também apresenta a interdepen-
dência dessas dimensões e a necessidade de incluir temas que estariam
dentro da responsabilidade social e que, ao se vislumbrar essa condição,
melhorariam o amadurecimento das organizações na abordagem de te-
mas fundamentalmente científicos e de outros de cunho social.
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Econômico
Gestão
da RSE
Ambiental Social
Considerações finais
A evolução da responsabilidade social nas organizações é caracte-
rizada por algumas questões que passaram a ser importantes ao se
inserir a dimensão da sustentabilidade como base para a construção de
uma nova onda de responsabilidade social. Nesse processo, tornou-se
importante considerar a relevância:
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uma conexão com seus stakeholders. Definitivamente, esse esforço
depende de uma evolução da RSE como mera iniciativa de conseguir
reconhecimento e ser premiada para um avanço estratégico, alinhado
com valores da organização, que leva a marca a ser preferência por cau-
sa de seus atributos e valores.
Referências
ANTONIK, Luís Roberto. Compliance, ética, responsabilidade social e empre-
sarial: uma visão prática. Rio de Janeiro: Alta Books, 2016.