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Escola Técnica Estadual de Furnas – ETEF

Curso Técnico em Mecânica

Desenho Técnico

Revisada – Abril/2019

Prof(a). Camila Freitas Ajej


Ementa:

1. Introdução ao Desenho Técnico;


2. Normalização;
3. Instrumentos para Traçar Desenho Técnico;
4. Caligrafia Técnica (Norma NBR 8402);
5. Classificação dos Desenhos;
6. Formatos (Norma NBR 10068)
7. Legendas;
8. Regras de Cotagem (Norma NBR 10126);
9. Traçados de Desenhos em Esboço;
10. Execução e Utilização de Instrumentos para Traçado dos Desenhos Exatos;
11. Linhas Convencionais 1ª Parte;
12. Escalas;
13. Introdução à Geometria Descritiva;
14. Perspectivas (Isométrica e Cavaleira);
15. Diedros; Projeção Ortogonal no 1º Diedro;
16. Supressão de Vistas;
17. Planificação;
18. Cortes
INTRODUÇÃO:
Para um projetista ou Engenheiro a arte de representar um objeto ou fazer sua leitura através
do Desenho Técnico é muito importante, uma vez que nele estão contidas todas as informações
precisas e necessárias para a construção de uma peça.
O Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar, com precisão, máquinas, peças,
ferramentas e outros instrumentos de trabalho, bem como edificações de projetos de Engenharia e
Arquitetura. A principal finalidade do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das
formas do mundo material, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Assim,
constitui-se no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos.
O desenho técnico é considerado como a linguagem gráfica universal da Engenharia e
Arquitetura. Da mesma forma que a linguagem verbal escrita exige alfabetização, é necessário que
haja treinamento específico para a execução e a interpretação da linguagem gráfica dos desenhos
técnicos, uma vez que são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas
espaciais.
No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de metodologias e
procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e ideias. Para
isso, faz-se necessária a utilização de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e
indicações escritas normalizadas internacionalmente.
DEFINIÇÕES:
Desenho é qualquer representação gráfica – colorida ou não – de formas. É a expressão
gráfica da forma, não se pode desenhar sem conhecer as formas a serem representadas.
Desenho Técnico é a linguagem técnica e gráfica empregada para expressar e documentar
formas, dimensões, acabamento, tolerância, montagem, materiais e demais características de peças e
produtos. É a única linguagem gráfica formal para representação de produtos de Engenharia.
Como linguagem técnica deve obedecer a regras e normas internacionais e regionais. Para
isto utiliza-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e representações.
O desenho pode ser entendido como uma ferramenta de criação e um processo de
transferência de informação, através dele registram-se ideias, propostas de projetos, planos e então se
compartilha e transfere-se para outras pessoas.
O desenho técnico, como citado, é uma linguagem gráfica utilizada na indústria. Para que esta
linguagem seja entendida no mundo inteiro, existe uma série de regras internacionais que compõem
as normas gerais de desenho técnico, cuja regulamentação no Brasil é feita pela ABNT – Associação
Brasileira de Normas Técnicas.
É derivado da Geometria descritiva, que é a ciência que tem por objetivo representar no plano
(folha de desenho, quadro, etc.) os objetos tridimensionais, permitindo desta forma a resolução de
infinitos problemas envolvendo qualquer tipo de poliedro, no plano do papel.
O desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção segue-se uma
operação de fabricação e/ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos qualquer tipo
de equipamento ou construção civil, em todas as áreas da indústria, sempre precisaremos de um
desenho técnico.

FINALIDADE:
O desenho técnico é um dos mais importantes ramos de estudo em uma escola técnica,
porque é à base de todos os projetos e subsequentes fabricações. Todo estudante técnico deve saber
fazer e ler desenhos. O desenho é essencial em todos os tipos de engenharia prática, e deve ser
compreendido por aqueles relacionados com, ou interessados na indústria técnica. Todos os projetos
e instruções para fabricação são preparados por desenhistas, escritores profissionais da linguagem,
mas mesmo alguém que nunca tenha feito projetos deve ser capaz de lê-los e entendê-los, ou será,
profissionalmente, um leigo.
A nossa finalidade é estudar a linguagem do desenho técnico, de tal maneira que se possa
escrevê-la, de uma maneira clara, a alguém que, familiarizado com este assunto, possa lê-la
prontamente quando escrita por outro alguém para tanto, é preciso conhecer sua teoria e composição
básica e ficar a par das abreviaturas e convenções adotadas.
A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do
mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das
mesmas. Esta linguagem é completamente gráfica e escrita, e é interpretada pela aquisição de um
conhecimento visual do objeto representado. O êxito de um aluno nesta matéria será indicado não
somente pela sua habilidade na execução, mas também pela sua capacidade de interpretar linhas e
símbolos e visualizá-los claramente no espaço.
MODALIDADES DE EXECUÇÃO:
É comum associar-se o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio de instrumentos
(régua, compasso, esquadros, etc.), mas ele pode também ser executado à mão livre ou por meio de
computadores. Cada uma dessas modalidades difere apenas quanto à maneira de execução, sendo
idênticos os seus princípios fundamentais.
Essa apostila tem a finalidade de estudar os elementos básicos do Desenho Técnico com
enfoque na sua execução à mão livre. Os exercícios propostos visam não apenas treinar o aluno na
execução do esboço à mão livre, mas objetivam, primordialmente, desenvolver a sua capacidade de
visualização tridimensional e de representação da forma.

COMO É ELABORADO UM DESENHO TÉCNICO:

Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de vários


profissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o projetista.
Primeiro ele imagina como a peça deve ser e depois representa suas ideias por meio de um
esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço serve de base para a elaboração do desenho
preliminar. O desenho preliminar corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração
do projeto, que ainda pode sofrer alterações.
Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto será executado pelo
desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também chamado de desenho para execução,
contém todos os elementos necessários à sua compreensão.
O desenho para execução, que tanto pode ser feito na prancheta como no computador, deve atender
rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõem sobre o assunto.
O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai executar a peça. Esse
profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para que possa executar a peça. Quando o
profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar
exatamente como será a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as
normas técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva.

EXERCÍCIOS:

1. O que é Desenho Técnico?


2. Qual é a finalidade do Desenho Técnico?
3. Quais são as modalidades de execução de Desenho Técnico?

4. Como o Desenho Técnico é elaborado?

5. Em sua opinião, qual a importância do Desenho Técnico para o curso técnico?


NORMALIZAÇÃO:

A fim de transformar o Desenho técnico em uma linguagem padronizada, foi necessária a


universalização dos procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de
normas técnicas, que nada mais são do que códigos técnicos que regulam relações entre produtores e
consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes.
Cada país elabora as suas próprias normas que passam a ser válidas em todo território
nacional. No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT, fundada em 1940.

ENTIDADES NORMALIZADORAS:
A seguir temos uma lista das principais entidades de normalização:
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American SocietyofMechanicalEngeering)
ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for TestingandMaterials)
BS – Normas Britânicas (British Standards)
DIN – Instituto Alemão para Normalização (DeutschesInstitutfürNormung)
ISO – Organização Internacional para Normalização (InternationalOrganization for Standardization)
JIS – Normas da Indústria Japonesa (JapanIndustry Standards)
SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( SocietyofAutomotiveEngeering)

Para facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis


pela normalização de cada país decidiram fundar, em 1947, a ISO (International Organization for
Standardization), com sede em Genebra, na Suíça. Assim, quando uma norma técnica é criada por
algum país e é aprovada pelos demais, esta pode ser internacionalizada, passando a compor a ISO.
No Brasil há uma série de normas, as NBRs, que estão de acordo coma ISO e regem a linguagem do
desenho técnico em seus mais diversos parâmetros:

Norma Nome
NBR 8403 Aplicação de linhas em desenho - Tipos de linha - Largura das linhas
NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico
NBR 10126 Cotas em desenho técnico
NBR 10647 Norma geral de Desenho Técnico
NBR 13142 Desenho Técnico - Dobramento da folha
NBR 13272 Desenho Técnico - Elaboração das listas de itens
NBR 8196 Desenho Técnico - Emprego de Escalas
NBR 13273 Desenho Técnico - Referência a itens
NBR 14957 Desenho Técnico - Representação de recartilhado
NBR 14699 Desenho Técnico - Representação de símbolos aplicados a tolerâncias geométricas
- Proporções e dimensões
NBR 14611 Desenho Técnico - Representação simplificada em estruturas metálicas
NBR6493 Emprego de cores para identificação de tubulações
NBR 8402 Definição da caligrafia técnica em desenhos;
NBR 10068 Folha de desenho - Layuot e dimensões da folha de desenho
NBR 8404 Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos
NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico
NBR 8993 Representação Convencional de partes roscadas em desenhos técnicos
NBR 12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
NBR 11534 Representação de engrenagem em desenho técnico
NBR 13104 Representação de entalhado em desenho técnico
NBR 11145 Representação de molas em desenho técnico
NBR 6492 Representação de projetos de arquitetura
NBR 12288 Representação simplificada de furos de centro em desenho técnico
NBR 5444 Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
NBR 6409 Tolerâncias geométricas - Tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento -
Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho
NBR10285 Válvulas Industriais – Terminologia

INSTRUMENTOS PARA TRAÇAR DESENHO TÉCNICO:

 Lapiseira – para trabalhar com desenho técnico a lapiseira é melhor, pois mantém uma
espessura uniforme durante o traçado, eliminando a tarefa de preparo da ponta.
No desenho a mão livre deve diferenciar as linhas na espessura e tonalidade.
O grafite tem uma escala de dureza que recebe a seguinte classificação 8H 7H 6H 4H – duros; 3H
2H H F HB B – médios; 2B 3B 4B 5B 7B – moles. Os grafites mais moles são mais escuros,
indicados para os traços definitivos. A tabela seguinte sugere uma forma ideal do emprego dos
grafites em umdesenho feito em grafite:

Para simplificar o trabalho pode-se usar a lapiseira com 0,5 mm (espessura média) e dureza HB
(média) e com diferentes pressões no traçado e reforço fazer as diferenciações nos traçados
(tonalidades e espessuras).

 Borracha - A borracha deve ser do tipo macia, com capa protetora.

 Régua graduada – Deve ser do tipo transparente. Usaremos apenas para as construções
geométricas.
 Escalímetro – Tem um formato triangular, o que permite a graduação de seis escalas
diferentes. É muito útil para a leitura de medidas em desenhos impressos em escalas:
1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.

 Esquadros: São duas peças de formato triangular um com ângulos de 45º e outro 30º / 60º.
Você já deve ter deduzido que o terceiro ângulo dos dois é logicamente 90º, o que dá o nome
as peças de esquadros. Um esquadro sempre é usado juntamente com uma régua e / ou outro.

 Compasso: Instrumento usado para o traçado de circunferências ou arcos, assim como o


transporte de medidas. Usaremos em construções geométricas.
 Curva francesa: É um instrumento vazado com diversas curvas, de raio variável, que servem,
para concordar pontos, que formam curvas. É muito usado no desenho de planificações. Veja
o exemplo abaixo.
Uma régua flexível (outro instrumento) pode substituir uma curva francesa.
 Transferidor: Instrumento usado para medir ou marcar ângulos.

 Gabaritos: São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, que
possibilitam a reprodução destes nos desenhos.

 Régua paralela : Como o nome sugere, serve para traçar segmentos paralelos. É muito usada
juntamente com o par de esquadros. A régua paralela substitui a trégua “T”.
 Prancheta : O mais importante é que possibilite uma correta postura ergonômica para o
desenhista, assim como a iluminação adequada em intensidade e direção. Construídas com
tampo de madeira macia e revestidas com plástico apropriado, comumente verde, por
produzir excelente efeito para o descanso dos olhos.

 Tecnígrafo – instrumento adaptável à prancheta reunindo, num só mecanismo, esquadro,


transferidor, régua paralela e escala.

 Lista de materiais mínima que usaremos nas nossas atividades:

 Lapiseira com grafite 0,5 e 0,7  Régua graduada de trinta


milímetros centímetros, transparente
 Borracha branca e macia para  Par de esquadros 45° e 30°/ 60°
desenho transparente
 Prancheta (acrílico ou madeira)  Transferidor 360°
 Papel A4
EXERCÍCIO:

1. A partir de uma folha sulfite A4, distribua os 4 quadrados no espaço de desenho e treine os
traços: (10 x 10 cm)
2. Complete as linhas com as dimensões coerentes:

3. Com o par de esquadros, em uma folha em branco, trace linhas paralelas


horizontais,verticais e inclinadas. Veja o exemplo abaixo e use como modelo (15 x 20):
4. Trace segmentos de reta concorrentes, formando entre segmentos ângulos de 15º até
completar uma volta completa (360º). Veja o exemplo abaixo e use como modelo:

CALIGRAFIA TÉCNICA:

Um esboço além de mostrar a forma geométrica de algo sempre vai ser acompanhado de
informações escritas através de letras e algarismos.
Com o objetivo de criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do
esboço ou desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, a norma NBR 8402 fixou as
características da escrita em desenho técnico. A norma citada acima entra em detalhes desde o
formato dos caracteres até a espessura das linhas.
Sabemos que os desenhos finais são feitos no computador, mas para os esboços
recomendaremos que o aluno siga os exemplos mostrados a seguir, que se preocupa com o mais
importante, ou seja, legibilidade, tamanho e forma correta dos caracteres.
Veja o exemplo abaixo.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ – Maiúsculas normais

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ – Maiúsculas em itálico


abcdefghijklmnopqrstuvwxyz – Minúsculas normais

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz– Minúsculas em itálico

0123456789 – Numerais normais

0123456789– Numerais itálico

Devemos tomar como referência os seguintes tamanhos de letras, mostrados na tabela abaixo:

Observações:

· A escrita pode ser vertical como ou inclinada em um ângulo de 75° (itálico) .


· Deve-se observar as proporção e inclinação.
· Recomenda-se os sentidos, mostrados na figura ao lado, para traçar com firmeza as letras, sendo
que para os canhotos o sentido pode ser o inverso.
CLASSIFICAÇÃO DE DESENHO - NBR 10647
Esta norma estabelece, dentre outras terminologias, a classificação do desenho segundo o seu
aspecto geométrico. O desenho técnico pode ser dividido em duas grandes modalidades:
 Desenhos projetivos: abrange aqueles desenhos, cujo objetivo é a demonstração da forma e
das medidas proporcionais dos objetos. É representada por meio de vistas ortográficas e
perspectivas. Ex.: projetos de fabricação de máquinas e equipamentos; projetos e construção
de edificações de vários tipos, envolvendo detalhes elétricos, arquitetônicos, estruturais, etc.;
projetos para construção de rodovias, aterros, drenagem, barragens, açudes, etc.; projetos
planialtimétricos e topográficos; desenvolvimento de produtos industriais; projetos
paisagísticos; dentre outros.

 Desenhos não-projetivos: compreendem os gráficos e diagramas resultantes de cálculos


algébricos. Este tipo de desenho não representa nenhuma importância direta para esta
disciplina. Diante dos exemplos apresentados, podemos observar que o desenho projetivo
pode ser utilizado em diversas áreas de concentração da engenharia e arquitetura: desenho de
máquinas, desenho mecânico, desenho arquitetônico, estrutural, elétrico e paisagísticos.
Apesar de sua grande abrangência, a aplicação do desenho técnico segue, em todas as áreas
os mesmos padrões de referência estabelecidos pelas normas técnicas brasileiras.

FOLHA DE DESENHO (FORMATOS) - NBR 10068


Determina e padroniza as dimensões e o layout das folhas a serem empregadas na confecção
dos desenhos técnicos.
As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical quanto na posição horizontal.
O formato básico para papel, recomendado pela ISO e utilizado em grande parte dos países, é
o formato A0, da série A, cujas dimensões (841 x 1188) resultam numa área de 1 (um) m2.
Os outros papéis resultam de subdivisões deste, como apresentado na figura abaixo.
Nota-se que, o papel de formato A1 tem a metade da área do papel de formato A0. O papel
A2 tem a metade da área do A1, e assim por diante. Além da série A, existem também, as séries B e
C, que são utilizados em casos excepcionais e não tem muita aplicabilidade no desenho
arquitetônico.
A normalização dos formatos tem por objetivo proporcionar o melhor aproveitamento do
material, com o mínimo de perdas por recortes, facilitando seu arquivamento.
LEGENDA
Nas legendas dos desenhos industriais, as informações contidas na legenda podem ser
diferentes de uma empresa para outra, em função das necessidades de cada uma.
Este é o espaço destinado a informações complementares ao desenho como: identificação,
número de registro, título, origem, escala, datas, assinaturas de execução, verificação e
aprovação, número de peças, quantidades, denominação, material e dimensão em bruto, etc.
A legenda deve ter comprimento 178 mm nos formatos A4, A3, A2, e 175 mm nos formatos
A1 e A0.
A posição da legenda deve ser no canto inferior direito tanto em folhas horizontais quanto
verticais.
Acima da legenda é construído o quadro de especificações (ou NOTAS), contendo
quantidade, denominação do objeto, material, acabamento superficial, entre outros que se
julgar necessário.
LAYOUT DA FOLHA

COTAGEM - NBR 10126


Esta norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em desenho técnico.
Apesar dos desenhos componentes dos projetos usualmente serem representados em escala é
necessária a representação numérica das suas dimensões reais e isso é feito mediante o uso de linhas,
símbolos, notas e valores numéricos numa unidade de medida.
As regras adotadas na cotagem têm o objetivo de deixar sua representação clara e
padronizada, privilegiando, sempre, a clareza e a precisão na transmissão das informações.
As medidas indicadas no Desenho Técnico referem-se á grandeza real que o objeto deve ter
depois de produzido.

 Elementos componentes da cotagem:


É a linha que contém a dimensão daquilo que está sendo cotado e na qual é posicionado o valor
numérico da cota. Não deve se distanciar mais do que 10 (dez) mm do desenho e não menos que 7
(sete) mm. Para evitar que o desenho fique visualmente poluído, essas linhas se diferenciam daquelas
pertencentes ao desenho, mediante a espessura do traço (que é mais fina para as cotas).

É a linha que liga a linha de cota ao elemento que está sendo cotado. Ela tem a função de delimitar o
espaço a ser cotado e se distancia do desenho em apenas 1 (um) mm.
• finalização das linhas de cota (encontro da linha de cotas e da linha de extensão): usualmente
na representação dos projetos de arquitetura as linhas de cota e de extensão se cruzam e são adotados
pequenos traços inclinados a 45° neste ponto de intersecção das mesmas. Veja o exemplo abaixo:
É importante seguir algumas regras básicas para construir as cotas:
1) Toda cotagem necessária para representar clara e completamente o objeto deve ser representada
diretamente no desenho.
2) A cotagem deve ser localizada na vista ou no corte que represente mais claramente o elemento.
3) Cotar somente o necessário para descrever o objeto.
4) As linhas de cota, extensão e o traço (45°) devem ser feitos com um grafite de espessura menor do
que o grafite utilizado para desenhar o objeto.
5) Não traçar linhas de cota e linhas de chamada como continuação das linhas do desenho.
6) As cotas devem ser colocadas no meio da linha de cota sem, contudo, tocá-la.
7) Cotação horizontal: cotas sobre a linha de cota
Cotação vertical: cota do lado esquerdo da linha de cota no sentido de leitura: de baixo para cima.
8) Quando o espaço for pequeno para cotar podemos deslocar a cota e indicá-la por meio de um traço
obliquo.
9) O número de casas decimais deve ser a mesma em todo o desenho, separadas por ponto: .10 ; 3.40
; 1.00
10) As cotas devem ter tamanhos uniformes, em torno de 5 mm.
11) Não pode haver cruzamento entre linhas de cota, tampouco entre linhas de chamada.
12) Evitar repetições desnecessárias.
TRAÇADOS DE DESENHO EM ESBOÇO:
Para a aplicação das normas, no entanto, é necessária uma mínima destreza no manuseio dos
instrumentos, por isto a prática do desenho tem início com trabalhos em traçado. O começo deste
trabalho é importante ter conhecimento que a lapiseira deve ser mantida entre os dedos polegar,
indicador e médio, enquanto o anular e o mínimo apoiam na folha. A pressão exercida na lapiseira
deve ser constante e firme, mas não excessiva, para evitar sulcos no papel.
Os primeiros exercícios desenvolvem a técnica para o traçado de linhas razoavelmente retas,
fazendo a união de dois pontos dados. Neste caso, é importante que se atente para os pontos
extremos da linha, que definem a sua direção e, portanto, aquela do traço a ser executado.
Para a execução desta linha há duas técnicas:
a) desenhar uma linha razoavelmente reta, entre os dois pontos com traços sucessivos;
b) ou para linhas longas, desenhar uma linha contínua através de um movimento de braço.
Neste caso é aconselhável ensaiar algumas tentativas para obter a direção desejada e só após traçar,
como mostram as figuras abaixo.

Para a boa confecção de um desenho os traços devem apresentar regularidade em toda sua
extensão. Assim, a uniformidade do traçado deve ser minuciosamente observada, devendo ser
mantida a espessura escolhida, do início ao fim, sem que haja interrupções, como pedaços de traço
apagados ou não completados. As linhas contínuas não devem ultrapassar os cantos ou deixar de
alcançá-los; os diversos traços de uma linha tracejada devem ter comprimentos aproximadamente
iguais e ser equidistantes.
EXECUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA TRAÇADO DO
DESENHO EXATO;

 USO DE ESQUADROS E RÉGUA PARALELA

A utilização correta dos esquadros em desenho técnico é de fundamental importância para a


obtenção da precisão necessária. Estes instrumentos são utilizados para o traçado de linhas
horizontais e verticais e podem servir também como apoio. O traçado de retas paralelas ou
perpendiculares a determinada direção pode ser realizado movendo-se um esquadro apoiado sobre o
outro que permanece fixo.

Um recurso para o traçado de linhas com ângulos diferentes é a combinação dos esquadros,
apoiados, como nos exemplos.
Quando dispomos de régua paralela, esta além de apoiar o traçado de linhas horizontais
serve também como apoio aos esquadros, permitindo o traçado de linhas verticais e em ângulos
determinados (30º, 45º, 60º e outros).
ESCALAS NBR 8196
Refere-se ao emprego de escalas no desenho.
A escala de um desenho é a relação entre as dimensões do mesmo e as dimensões da peça real
que está sendo representada.

Se realizamos um desenho na escala 1:50, significa que cada dimensão representada no


desenho será 50 vezes maior na realidade, ou seja, cada 1 (um) centímetro que medirmos no papel
corresponderá a 50 (cinquenta) centímetros na realidade.
Nem sempre é possível executar um desenho com as dimensões reais do objeto. Dependendo
do tamanho da peça e da folha de desenho teremos que aplicar uma redução ou ampliação
proporcional dessa peça, sem, contudo, modificar sua forma, para que todos os detalhes fiquem
claramente definidos.
Assim, podemos definir os três tipos de escalas:
a) Escala de redução: o desenho tem as dimensões menores do que as dimensões do objeto
desenhado. No caso das edificações, as escalas utilizadas na sua representação são
normalmente escalas de redução, devido a sua grandeza (as dimensões da peça real são
reduzidas para que seja possível representá-la em uma folha de papel).

b) Escala de ampliação: o desenho tem as dimensões maiores do que as dimensões do objeto


desenhado. Neste caso as dimensões da peça real são ampliadas para representá-la no
desenho. Imagine uma peça com dimensão de alguns milímetros, que para ser representada e
visualizada mais facilmente foi ampliada dez vezes.
c) Escala natural ou real: o desenho tem as mesmas dimensões do objeto desenhado.

Representação: 1/1 ou 1:1


Nos projetos de edificações são adotadas diferentes escalas para os diferentes tipos de desenhos,
dependendo do nível de detalhes que se deseja representar em cada um.

As escalas se classificam em: 1) escalas numéricas e 2) escalas gráficas.

1) Escalas numéricas: indicam, sob a forma de fração, uma relação em que o numerador é igual à
unidade e o denominador é o fator de redução.
A fração 1:50 é a escala numérica que nos indica que uma parte do desenho representará 50 partes do
objeto real.

2) Escalas gráficas: muitas vezes, quando utilizamos o recurso da escala numérica para a execução
de projetos, poderemos incorrer em erros enganosos, além do tempo excessivo gasto para realizar os
inúmeros cálculos de conversão. Assim, torna-se mais prático e seguro o emprego de escalas
gráficas, que permitirão uma leitura direta. Escala gráfica é uma figura geométrica, uma linha
fragmentada ou uma régua graduada, que serve para determinar, de forma imediata, a distância
gráfica, uma vez sabida a distância real, e vice versa.
 Construção de uma escala gráfica simples

Para construção de uma escala gráfica é necessário calcular o valor da divisão principal
correspondente no desenho.

Ex. Construir uma escala gráfica de 1/50

Divisão Principal = 1m

Cálculo do valor divisão principal correspondente no desenho

Com a criação do escalímetro, e sua colocação no mercado pelas indústrias de instrumentos para
Desenho, o uso das escalas se tornou ainda mais fácil. Esta ferramenta traz impresso em seus dorsos
as escalas de maior uso. Para os desenhos de Arquitetura, o escalímetro triangular, possui as escalas
de redução:
1:20, 1:25, 1:50. 1:75, 1:100, 1:125, todas expressas em Metro.
Exercícios:

1. Uma janela que numa escala 1:25 mede 0,04 m de largura, que dimensão terá na realidade?

2. Um terreno mede 200 m e está representado no papel por 0,4 m, em que escala está representada?

3. A distância gráfica entre A e B é 8 cm, e a distância real é de 84 km. Qual é a escala utilizada?

4. Deseja-se representar um retângulo com as dimensões de 10 m X 15 m, na escala 1:150. Quais as


dimensões gráficas em centímetros?

5. A distância gráfica entre duas cidades A e B é 6 cm e a distância real é de 15km, então qual a
escala utilizada no mapa?

6. Uma escultura foi representada em um desenho com 84 mm de altura, na escala 1:200. Qual a
dimensão real desta escultura? E se ela fosse representada na escala de 1:50 quanto mediria?

7. Uma casa mede 400 m e está representada no papel por 8 cm, em que escala está representada?

8. Deseja-se representar um retângulo com as dimensões de 12 m x 18 m, na escala 1:125. Quais as


dimensões gráficas?

9. Uma parede que numa escala 1:50 mede 6 cm de largura, que dimensão terá na realidade?

GEOMETRIA DESCRITIVA
Gaspar Monge, matemático francês, para facilitar as construções de fortificações, criou, utilizando
projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os elementos do plano e do
espaço. O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie
Descriptive” é a base da linguagem usada pelo Desenho Técnico.

Esse método projetivo foi desenvolvido por Gaspar Monge (1746 — 1818) e teve grande impacto no
desenvolvimento tecnológico desde a sua sistematização. Percebida sua importância, a geometria
descritiva foi tratada com atenção e considerada, no início, como segredo de Estado.

Ele apresentou, de forma sistematizada e rigorosa, os diversos métodos de representação no plano do


desenho que tinham sido abordados de forma dispersa até então (COSTA, 2000). Sem a geometria
descritiva, originalmente usada na engenharia militar, a enorme expansão da maquinaria do século
XIX teria, provavelmente, sido impossível. Um exemplo de desenho de maquinaria pode ser
observado na Figura abaixo.
Na análise da Figura acima, pode-se perceber que os dois desenhos representam uma mesma peça,
sendo que os desenhos correspondem a posições diferentes de visualização da peça. A Fig.1 pode ser
entendida como uma vista da frente do objeto e a Fig.2 como uma vista lateral. Dessa forma, pode-se
afirmar que, em função da posição da peça no espaço, obtém-se vistas (ou desenhos) diferentes de
uma mesma peça. Para facilitar e padronizar as representações das peças nos planos, a geometria
descritiva torna-se fundamental. Entende- se como Geometria Descritiva a ciência que estuda os
métodos de representação gráfica de figuras espaciais sobre um plano, resolvendo os problemas em
que são considerados até três dimensões (STAMATO et al., 1972).
Geometria descritiva (também chamada de geometria mongeana ou método de monge) é um ramo da
geometria que tem como objetivo representar objetos de três dimensões em um plano bidimensional
e, a partir das projeções, determinar distâncias, ângulos, áreas e volumes em suas verdadeiras
grandezas.

A geometria descritiva serve de base teórica para o desenho técnico, permitindo a construção de
vistas auxiliares, cortes, secções, rebatimentos, rotações, interseções de planos e sólidos, mudança de
plano(s) de projeção, determinação de verdadeiras grandezas (V.G.) de distâncias, ângulos e
superfícies, bem como o cálculo de volumes a partir dos dados extraídos das projeções ortogonais.

O que é Biunívoco:
Diz-se de uma correspondência entre dois conjuntos, quando a cada elemento do primeiro corresponde um elemento do segundo e
reciprocamente.
PERSPECTIVAS
Este termo vem do latim (perpectum – ver através) e constituem-se na ciência da representação
gráfica dos objetos, tais como são vistos pelos nossos olhos. É um método que nos permite
reproduzir as três dimensões numa superfície plana, representando, graficamente, as deformações
aparentes percebidas pelas nossas vistas.

A perspectiva nos fornece três elementos indispensáveis:


1) dá ao objeto a idéia de dimensão e volume;
2) dá a sensação de distância;
3) sugere espaço.

Existem quatro tipos de perspectivas:

a) Cavaleira
b) Isométrica
c) Dimétrica
d) Militar
Para efeito didático, trabalharemos apenas com as duas primeiras.
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que
estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores.
O desenho mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois
transmite a ideia de três dimensões: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a um modo especial de
representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um
objeto em um único plano, de maneira a transmitir a ideia de profundidade e relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um cubo em três
tipos diferentes de perspectiva:

Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas de


representação, você pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá ideia menos deformada
do objeto.
Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida.
A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da
altura do objeto representado. Além disso, o traçado da perspectiva isométrica é
relativamente simples.
 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA:
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi-retas que têm o
mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°. Essas semi-retas, assim
dispostas, recebem o nome de eixos isométricos.
Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico. Os eixos isométricos podem ser representados
em posições variadas, mas sempre formando, entre si, ângulos de 120°. Neste curso, os eixos
isométricos serão representados sempre na posição indicada na figura abaixo. O traçado de
qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos.

 PERSPECTIVA CAVALEIRA

Em uma perspectiva cavaleira, temos a figura apresentada com uma face frontal, sendo nesta face
marcadas a largura e altura, conservando a sua forma e as suas dimensões, como na figura abaixo.

Devemos marcar o comprimento em apenas uma direção, sofrendo redução em sua medida
proporcional ao ângulo de profundidade. Os ângulos mais utilizados são 30º, 45º e 60º.
Observe a diferença entre as duas perspectivas estudadas, nos desenhos abaixo.

VISTAS ORTOGRÁFICAS

O Desenho Projetivo é aquele que resulta de projeções do objeto sobre um ou mais planos que se
fazem coincidir com o do próprio desenho. Este tipo de desenho pode ser:

 Vistas Ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre


planos convenientemente escolhidos de modo a representar, com exatidão, a forma deste
objeto com seus detalhes.

 Perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano, com
a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto.

As vistas ortográficas são figuras representativas de uma projeção cilíndrica ortogonal de um objeto
sobre um plano, devendo ser realizada de modo a deixar nítida a forma do objeto e seus detalhes. A
projeção ortogonal é uma representação bidimensional de um objeto tridimensional.

De acordo com a norma (NBR 10647) as vistas principais de uma peça qualquer são as seis vistas
que se projetam no paralelepípedo de referência: frontal, lateral direita, lateral esquerda, inferior,
superior e posterior.
DIEDRO
Para a projeção ortográfica existem dois métodos, sendo o 1º diedro e o 3º diedro.
No Brasil, a projeção mais utilizada é o método do 1° diedro, representado na Figura abaixo.
No 1º Diedro o objeto se situa entre o observador e o plano de projeção.
Esse símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da
Legenda.

O sistema de projeção no 1º diedro é conhecido como Método Alemão ou Método Europeu. É


adotado pela norma alemã DIN (Deutsches Institut für Normung) e também pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
No 1º diedro o objeto está entre o observador e o plano de projeção.

Em casos muito esporádicos (de peças complicadas), pode recorrer-se a mais planos de projeção,
para representar mais vistas além das habituais (VF, VLE, VS). Obtêm-se assim, seis vistas do
objeto.
A vista mais importante de um objeto deve ser tomada como a principal ou frontal. Assim, alguns
critérios são importantes para a escolha desta vista:

 Maior número de detalhes voltados para o observador;


 Posição de uso, fabricação ou montagem;
 Maior área (desde que satisfaça o primeiro item).

 DEFINIÇÃO SEGUNDO A NBR 10209

Projeção no 1º diedro: representação ortográfica compreendendo o arranjo, em torno da


vista principal de um objeto, de algumas ou de todas as outras cinco vistas desse objeto.
As vistas são organizadas como segue:

 A: vista frontal, que deve ser a mais representativa, sendo a vista de referência.

 B: vista superior, que deve ser posicionada abaixo da vista frontal.

 C: vista lateral esquerda, que deve ser posicionada à direita da vista frontal.

 D: vista lateral direita, que deve ser posicionada à esquerda da vista frontal

 E: vista inferior, que deve ser posicionada acima da vista frontal.

 F: vista posterior, que deve ser posicionada à direita da vista C ou à esquerda da


vista D. Escolha à posição mais conveniente.
 PROJEÇÃO ORTOGONAL NO 1º DIEDRO
A vista frontal ou principal deve ser a mais representativa. Geralmente ela é representada
na sua posição de utilização.

Devem ser utilizadas quantas vistas forem necessárias, mas buscando o menor número de
vistas possível.

Geralmente três vistas são suficientes (frontal, lateral esquerda e superior). Muitas vezes,
apenas a vista frontal já é suficiente.

Para o entendimento de como realizar as projeções ortográficas, vamos considerar um


objeto simples, um paralelepípedo.

Conforme visto, os contornos visíveis devem ser representados como linha contínua e os
não visíveis ao observador (linhas escondidas) devem ser indicados com linha tracejada.
No caso de linhas de centro de furo e eixos utilize linhas "traço eponto".
Acompanhe, a seguir, a vista frontal representada no campo VF, a lateral esquerda no
campo VE e a superior naVS.

Olhando a peça de frente, o observador enxerará somente um retangulo, conforme a


vista VF. Olhando por cima, verá um retangulo como o da vista VS, e olhando a lateral
esquerda vai enxergar a vista VE.
SUPRESSÃO DE VISTAS
Ao desenhar uma peça, é necessário fazer tantas vistas quantas forem suficientes para a
compreensão de sua forma.
PLANIFICAÇÃO
Planificação é uma representação em um plano que quando dobrada gera formas tridimensionais. Na
planificação todas as superfícies de um modelo são desenhadas em um plano. As planificações são
feitas com linhas contínuas e com linhas tracejadas. As linhas contínuas representam os contornos e
as linhas tracejadas representam os lugares das dobras dos modelos

CORTES
O corte é um recurso muito utilizado em desenho técnico,
onde, para melhor representar a parte de uma peça,
esta peça foi supostamente cortada por um plano secante,
imaginário, e a parte anterior a este plano removida,
deixando á mostra o interior da peça.
De acordo com a complexidade ou com a forma da peça, o corte a ser aplicado poderá ser:

- PLENO ou TOTAL
- MEIO CORTE
- EM DESVIO
- PARCIAL
- REBATIDO

Em Mecânica se utilizam modelos representados em corte para facilitar o estudo da estrutura interna
e do funcionamento de uma peça. Mas, nem sempre é possível aplicar cortes reais nos objetos, para
seu estudo. Em certos casos, você deve apenas imaginar que os cortes foram feitos. É o que acontece
em desenho técnico mecânico.

Na indústria, a representação em corte só é utilizada quando a complexidade dos detalhes internos da


peça torna difícil sua compreensão por meio da representação normal.

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