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Resumão Uc 22
Resumão Uc 22
RESUMÃO UC 22
mesmo do aparecimento dos sintomas, prevenindo
Marcos do desenvolvimento
problemas como retardo mental ou óbito.
Permite a identificação dos portadores permitindo o
aconselhamento genético
Reduz a morbimortalidade e melhora a qualidade de
vida destas pessoas.
Fases de implantação do PNTN:
Fase 1. Fenilcetonuria e hipotireoidismo congênito
Fase 2. + doenças falciformes e outras hemoglobinopatias.
Fase 3. + fibrose cística.
Fase 4. + hiperplasia adrenal congênita.
Doenças identificadas:
1. Fenilcetonúria – doença autossômica resseciva.
Acomete o cromossomo que codifica a enzima
fenilalanina-hidroxilase (FAL). Isso impede a conversão
hepática de fenilalanina (aminoácido essencial) levando
ao seu acúmulo. Gera sintomas como retardo mental,
microcefalia, convulsões, hipopigmentação cutânea e
irritabilidade.
Odor da urina e atraso do desenvolvimento
Diagnóstico com dosagem de FAL, enzima e cofator
2. Hipotireoidismo congênito: caracterizado pela baixa ou
ausência na produção dos hormônios tireoidianos. Sinais
e sintomas são atrasado no desenvolvimento,
hipotermia, icterícia, fontanelas amplas.
3. Fibrose cística: produção excessiva das secreções e muco
mais espesso. Sinais e sintomas presentes incluem
obstrução intestinal, baixo peso, desnutrição, problemas
respiratórios, suor salgado.
4. Deficiência de biotinidase (vit. B7): doença metabólica
em que há deficiência da enzima biotinidase responsável
pela absorção e regeneração orgânica da biotina. Sinais
e sintomas incluem distúrbios neurológicos, alopecia,
dermatite eczematoide.
Diagnóstico dosagem e atividade enzimática.
Sequelas auditivas e visuais.
5. Anemia falciforme: alteração nos eritrócitos por
alterações estruturais no grupamento hemoglobina.
6. Hiperplasia adrenal: síntese inadequada de cortisol,
Teste de triagem neonatal
aldosterona ou ambos (↓cortisol e ↓aldosterona).
Engloba a triagem neonatal biológica, auditiva, ocular e
Ocorre por defeitos em uma das enzimas das
cardíaca.
suprarrenais envolvidas na síntese destes hormônios. Há
Teste do pezinho:
produção excessiva de andrógenos. Sinais e sintomas
Realizado entre o 3° aos 5° dia de vida
incluem ausência de menstruação, virilização pós-natal,
É um exame obrigatório e gratuito
crescimento rápido e maturação esquelética prematura.
Teste básico permite a identificação de 6 doenças e o
Defeito na enzima 21-hidroxilase e 17-hidroxi-
teste ampliado até 53 tipos de doenças.
progesterona
Básico: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria,
Aumento da produção de andrógenos
fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia
Classificação: clássica perdedora de sal (virilização + crise
adrenal e deficiência de biotinidase.
adrenal, desidratração), clássica não perdedora de sal
Ampliado: galactosemia, deficiência de G6PD,
(virilização) e não clássica (início tardio e virilização)
tirosinemia, leucinose, etc.
Benefícios:
Ingrid Oliveira TIX - 1
Fibrose cística (mucoviscidose ou doença do beijo salgado) Quadro clínico
Doença autossômica recessiva Íleo meconial Diarreia crônica
Comum em brancos (caucasianos) Tosse crônica Desnutrição
Define-se por uma disfunção no gene que codifica a Suor salgado Desidratação frequente
proteína CFTR (gene regulador de condutância Dispneia Pneumonias de repetição
transmembrana de fibrose cística). Sinusite crônica Baqueteamento digital
O defeito da FC é no canal de cloro. Cirrose hepática Prolapso retal
Tal defeito gera disfunção das glândulas exócrinas Esteatorréia (fezes gordurosas);
(produtoras de muco) principalmente pâncreas e Doença pulmonar
pulmão. É a principal causa de morbidade e mortalidade da
Resulta num transporte anormal de íons de cloro através fibrose cística
dos ductos das células sudoríparas e da superfície Seu mecanismo envolve a viscosidade excessiva das
epitelial das células da mucosa. secreções respiratórias que evoluem e obstruem os
CFTR – proteína reguladora da condutância transmembrana brônquios e preenchem as vias aéreas causando
da fibrose cística impactação e aprisionamento aéreo regional e formação
CFTR está localizado na membrana apical das células de bronquiectasia.
epiteliais. Sua evolução é acompanhada por inflamação e
Está envolvida na regulação do fluxo de vários íons com processos infecciosos significativos.
destaque ao íon cloro. Agentes etiológicos mais comuns: Staphilococcus aureus,
Disfunção do CFTR geram: Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa.
Grande reabsorção de sódio e água Quadro clínico: progressivo, exacerbações respiratórias
Desidratação das secreções mucosas recorrentes, desnutrição, alterações na conformação
torácica, hipóxia, baqueteamento digital, hipercapnia.
Aumento da viscosidade
Insuficiência pancreática
Obstrução dos ductos com reação inflamatória.
Decorrem da obstrução dos canalículos pancreáticos por
Classes de mutações
tampões mucosos que impedem a liberação das enzimas
1. CFTR não é sintetizado
para o duodeno, levando a má digestão de gorduras,
2. Defeito na síntese de CFTR (mais comum) com
proteínas e carboidratos.
quantidade mínima funcional atinge a membrana apical.
3. Defeito de maturação com redução do tempo de Tal fato promove diversas manifestações
abertura do canal de cloreto. gastrointestinais como diarreia crônica ou obstrução,
4. Defeito na condutância da CFTR mesmo quando aberto desnutrição energético proteica e desnutrição.
tem função reduzida A primeira manifestação da insuficiência pancreática é o
5. Redução parcial da função CFTR íleo meconial:
6. Raras – degradação gradativa e progressiva da CFTR Refere-se ao bloqueio do intestino delgado no RN
Classes de 1-3 são mais graves, e de 4-6 mais brandas. provocado por conteúdo intestinal (mecônio)
Fisiopatogenia espesso.
Fisiologicamente, há reabsorção passiva dos íons sódio e de Dificuldade de eliminação do mecônio.
cloreto a partir da luz das glândulas exócrinas, diminuindo-se Sintoma presente entre 10-20% dos RN
perda de eletrólitos nas secreções. Na FC, há bloqueio da Diagnóstico
secreção do cloreto através da membrana apical das células 1. Presença de sinais e sintomas sugestivos e/ou
epiteliais glandulares, resultando em seu acúmulo 2. História familiar positiva e/ou
intracelular, acompanhado do movimento passivo de sódio e 3. Resultados alterados de tripsina imunorreativa (IRT)
água para esse compartimento, para manter a eletro na triagem neonatal, confirmados por:
neutralidade com a. Teste do suor alterado
consequente influxo de b. Presença de 2 mutações conhecidas para
água, o que leva a uma FC ou
desidratação da superfície c. Diferença de potencial transepitelial
celular, com formação de Observações:
muco espesso A dosagem de tripsinogênio imunorreativo é feita em 2
característico da doença. etapas (5° dia de vida e 30° dia de vida).
Frente a 2 dosagens positivas para FC, realiza-se o teste
do suor.
Doença pulmonar:
O tratamento diário é a prática de nebulização seja por
solução isotônica (0,9%), hipertônica (7%) ou com
medicamentos.
A solução salina hipertônica, mucocinética, atua como
hidratante das vias aéreas e provoca tosse, auxiliando na
eliminação das secreções pulmonares.
Pode provocar broncoespasmo, devendo ser
precedida pela inalação de broncodilatadores.
Dose recomendada é de 4mL por inalação 2x/dia.
Alfadornase é utilizada por via inalatória com objetivo de
reduzir o muco das vias aéreas facilitando sua
expectoração e desobstrução das vias aéreas.
Indicada para estágios iniciais da doença e para
crianças > 6 anos.
Exames laboratoriais: Necessários para diagnóstico de Infecções respiratórias:
carências nutricionais e monitoramento. Devendo ser feitos Visa a erradicação do agente
periodicamente. O antibiótico mais estudado é a tobramicina por uso
Diagnóstico diferencial inalatório, recomendado para pacientes > 6 anos com
infecções crônicas de P.auriginosa
É recomendada inalação de 300mg 2x/dia por 28
dias.
Deve ser associada ao uso de ciprofloxacina oral por
2/3 semanas
Manifestações clínicas
As manifestações têm início após os 6 meses de vida,
porque nesta idade há predomínio da hemoglobina fetal
no lactente. Após os 6 meses de inicia o predomínio de
HbS.
Anemia:
Ocorre uma anemia hemolítica (normo/normo)
Quadros geralmente com poucos sintomas.
Aumento nos níveis de bilirrubina indireta,
hiperplasia eritroide (MO) produzindo icterícia
Há presença de RETICULOSE.
CRISES DE FALCILIZAÇÃO:
Crise vaso-oclusiva
Anemia falciforme Dor AGUDA em osso longos, articulações, região lombar,
Caracteriza-se por uma anemia hemolítica crônica com tórax, pelve, couro cabeludo e face.
presença de fenômenos vasoclusivos que levam a crises Dor por isquemia
dolorosas agudas e à lesão tecidual e orgânica crônica e Seus fatores desencadeantes são infecções,
progressiva. desidratação e tensão emocional.
É uma doença genética autossômica recessiva É frequente entre 3° e 4° década de vida
O cromossomo 11 com alteração na cadeia beta A micro-oclusão sobretudo da MO é o fator inicial do
Anemia falciforme = doença homozigótica (SS) associada à episódio doloroso, gerando isquemia dos tecidos e
persistência hereditária da hemoglobina fetal. consequentemente levando a resposta inflamatória
aguda.
Ingrid Oliveira TIX - 5
Priapismo Ocorre esplenomegalia com queda súbito no nível de
É definido como uma ereção involuntária, sustentada e hemoglobina até valores < 5 g/dL há RETICULOCITOSE.
dolorosa, devido à vaso-oclusão que obstrui a drenagem Há risco de choque hipovolêmico e morte.
venosa do pênis, deve ser considerada uma emergência Diagnóstico laboratorial
médica Teste de triagem neonatal
Comum a noite com duração ≥ 3 horas Realizar entre 48h até 5° dia de vida
Pode levar a disfunção erétil Se positivo encaminhar ao centro de referência
Síndrome mão-pé para educação e medidas profiláticas
Primeira manifestação da anemia falciforme Hemograma – pode haver plaquetose pelo estimulo da
Ocorre em crianças de 6 meses até 3 anos MO.
Dor por isquemia periosteal, presença de dactilite e Leucograma – podem apresentar leucocitose
radiografia normal Eletroforese de hemoglobina
Há edema de mãos e pés Dosagens de hemoglobina fetal
Hemácia se polimeriza dentro da MO Marcadores de hemólise – aumento da bilirrubina
Crise aplástica indireta, redução haptoglobina sérica, aumento do
É a acentuada redução nos níveis de Hb acompanhada urobilinogênio urinário e
de reticulopenia Mielograma – pode apresentar hiperplasia eritroide da
São raras MO
Geralmente ocorrem após infecções como parvovírus
B19 em crianças, e nos adultos infecções por
Streptococcus pneumoniae, salmonela e EBV.
Não há esplenomegalia mas há presença de
RETICULOPENIA (insuficiência transitório da
eritropoese).
Clinicamente: febre, dor óssea, inapetência, é
autolimitada durando de 5 -10 dias.
Alguns pacientes necessitam de hemotransfusão.
DX diferencial: oxigenação com tensão máximo por 2
dias (iatrogenia) e deficiência de ácido fólico
(principalmente em grávidas).
Síndrome torácica aguda
Tratamento
Caracteriza-se por infiltrado pulmonar novo, sinais e
Tratamento agudo (emergência)
sintomas respiratório (dor torácica, tosse, dispneia,
Hidratação – tendo a atenção de não fazer hiper-
taquipneia).
hidratação
Em crianças geralmente há febre
Oxigenação apenas se sat < 92%
É causada por infecções, embolia de medula óssea necrótica,
Analgesia – incluindo opioides, visto que ao diminuir a
vaso-oclusão pulmonar, embolia gordurosa e sequestro
dor se diminui a taxa de afoiçamento.
pulmonar.
Antibioticoterapia – ceftriaxona em casos de:
Critérios diagnósticos para STA.
Presença de infiltrado novo na radiografia + 1 dos: Febre > 38,5
Dor torácia Hipotensão
Febre ≥ 38,5 Hb < 5
Dispneia Leucócitos > 30.000
Hipoxemia Hidroxiúreia (UH)
Expectoração purulenta Atua na inibição da enzima ribonucleotídeo redutase
Tratamento: antibioticoterapia agressiva de amplo Leva a ↑da produção de HbF, da hidratação do glóbulo
espectro, manter SO2 > 92%, uso de transfusão simples vermelho e da taxa hemoglobínica, além de ↓da
ou de troca. hemólise, maior produção de óxido nítrico e ↓ da
Crise de sequestro esplênico expressão de moléculas de adesão.
Decorre do repentino acúmulo intraesplênico de grandes É uma droga que causa neutropenia e trombocitopenia
volumes de sangue (redução do sangue circulante) Apresenta alto risco de toxicidade hematológica, e tem
Esta intercorrência inicia-se a partir dos 5 meses de vida, alto potencial carcinogênico e teratogênico.
sendo rara após os 2 anos. Indicação:
uma diminuição aguda e progressiva da resposta (Ac antitirosina-fosfatase) e Znt8 (Ac antitransportador de zinco).
Funções hepáticas
Metabolismo de carboidratos: glicólise e gliconeogênese
Os hepáticos são as células funcionais do fígado,
Metabolismo de lipídios: clivagem de ácidos graxos para
realizando uma variedade de funções metabólicas,
produção de ATP, sintetização de lipoproteínas (VLDL,
secretoras e endócrinas.
LDL, HDL) e síntese de colesterol.
Sinusoides hepáticos são capilares sanguíneos
Metabolismo de proteínas: catabolismo da amônia,
fenestrados que estão entre os hepatócitos e recebem
síntese de proteínas plasmáticas como albumina,
sangue da a. hepática e ramos da v. porta.
alfaglobina, protrombina e fibrinogênio.
Nos sinusoides também estão as células estreladas
Metabolismo de fármacos e hormônios
que armazenam vitamina A (retinoides) e quando
Armazenamento: vitaminas como A, K, B12, D e E
ativados produzem MEC (colágeno, proteoglicanos e
Fagocitose pelas células de Küpfer e estreladas
glicoproteínas).
Ativação da vitamina D
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CIRROSE HEPÁTICA Cirrose mista
É o estágio final de qualquer doença hepática crônica Cirrose septal incompleta
Define-se como um processo difuso que converte o Nesta os septos fibrosos predominam sobre os nódulos
parênquima hepático normal em nódulos anormais Classificação etiológica
circundados por tecido fibroso. Infecciosa (hepatite B, D e C)
Hepatite autoimune
Sua epidemiologia é difícil de estabelecer, pois, muitos
Alcoólica
dos pacientes são assintomáticos até a sua
Obstrução biliar
descompensação clínica. Mas acredita-se que sua
Fármacos
prevalência mundial seja de 100/100mil pessoas. Metabólicas (Doença de Wilson, hemocromatose)
Possui morbimortalidade Vascular (doença venoclusiva)
Fatores de risco Criptogênica)
Etilismo Manifestações clínicas
Uso crônico de medicamentos As 4 fases clínicas da cirrose
Transfusão sanguínea (Hepatite B e C) 1. Cirrose compensada sem varizes esofágicas
Idade mulheres > 50 e homens > 40 anos 2. Cirrose compensada com varizes
Obesidade 3. Cirrose descompensada com varizes
Doenças autoimunes 4. Cirrose descompensada com sangramento
Histórico familiar grastrointestinal
Sobrecarga de cobre e ferro
Fisiopatologia
Ocorre ativação das células estreladas (Ito), ocorrendo:
Liberação dos depósitos de retinol
Proliferação e desenvolvimento de reticulo
endosplasmático granular proeminente
Secreção de MEC (colágeno, proteoglicanos e
glicoproteínas)
As células estreladas tornam-se miofibroblastos hepático
contrateis.
Secundariamente a essa extensa fibrose ocorre a perda
das fenestrações dos sinusoides o que dificulta as trocas
entre plasma e hepatócito
Disfunção hepática e cirrose