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Pré Projeto de TCC Formatado
Pré Projeto de TCC Formatado
Nova Friburgo-RJ
2023
ELIZABETE SANTOS DA SILVA
Nova Friburgo-RJ
2023
Resumo:
Objetivo: Realizar uma revisão de literatura, com o objetivo de falar sobre os minerais,
cálcio, fosforo, selenio, e microelementos na nutrição do pré-termo extremo, considerando a
importância no crescimento, mineralização óssea e como componente de dietas.
Metodos: Procedeu-se com a busca de artigos cientificos que definissem sobre a importância
dos minerais na alimentação do recém nascido (pré-termo) extremo.
Abstrac
Objective: To carry out a literature review, with the aim of talking about minerals, calcium,
phosphorus, selenium, and microelements in extreme preterm nutrition, considering their
importance in growth, bone mineralization and as a component of diets.
Methods: We proceeded with the search for scientific articles that defined the importance of
minerals in the diet of extreme (preterm) newborns.
Conclusions: Considering the low stocks of minerals in extremely premature infants, there is
a need for more research on minerals in the nutrition of these premature infants in order to
define their real needs, the metabolic aspects, as well as to apply knowledge in the
formulation of diets that allow to prevent conditions of deficiency and consequences long-
term. There is still controversy about the influence of post-discharge formulas on the
evolution of bone disease of prematurity.
INTRODUÇÃO :.................................................................................................1
JUSTIFICATIVAS:............................................................................................13
OBJETIVOS: ......................................................................................................14
METODOLOGIA DA PESQUISA:..................................................................15
CRONOGRAMA: ..............................................................................................16
REFERÊNCIAS:.................................................................................................18
INTRODUÇÃO
Recém-nascidos que pesam menos de 1.000g são conhecidos como prematuros extremos ou
prematuros de extremo baixo-peso. Esses bebês apresentam imaturidade extrema e, portanto,
suas necessidades nutricionais devem ser ajustadas individualmente em vez de serem
alimentadas apenas no peso de nascimento. Não há precisas das necessidades nutricionais
desses bebês, e, portanto, eles devem ser monitorados regularmente para avaliar seu
crescimento e a repercussão metabólica da nutrição. (Cleide E. P. Trindade)
Com avanços nos cuidados prestados aos prematuros, cada vez mais sobrevivem bebês com
peso muito baixo e pouca idade gestacional. Esses bebês têm características metabólicas
próprias e são ansiosos a uma série de doenças e complicações no período pós-natal, o que
torna a nutrição um verdadeiro desafio. É importante dar grande importância à nutrição desses
bebês após o nascimento, pois a desnutrição fetal e pós-natal têm sido associadas a doenças
no adulto, como diabetes, hipertensão e cardiopatias. (Cleide E. P. Trindade)
Cálcio e fósforo
O desenvolvimento ósseo fetal e pós-natal é fortemente influenciado pelo cálcio (Ca) e pelo
fósforo (P). Durante o terceiro trimestre da gravidez, ocorre o maior crescimento esquelético e
mineralização óssea, momento em que o feto incorpora reservas desses minerais, com uma
média de 120 a 140 mg/kg/dia de cálcio e 60 a 75 mg/kg/dia de fósforo.
A quantidade de minerais incorporados no feto aumentou significativamente durante o
período entre a 24ª e a 37ª semana de gestação, com cerca de 80% do acúmulo total ocorrido
no terceiro trimestre. No caso de bebês prematuros, nascidos com idades gestacionais entre 24
e 34 semanas, eles ainda são deficientes do suprimento de cálcio que seria recebido dentro do
útero, o que pode afetar a mineralização óssea tanto durante a gestação como após o
1
nascimento.
As necessidades de cálcio para bebês prematuros são com base na composição química de
seus tecidos fetais em diferentes idades gestacionais. Apesar de haver críticas a esse método,
há acordo de que os níveis de incorporação de cálcio variam de 120 mg/kg/dia com 26
semanas de idade gestacional a 130-140 mg/kg/dia com 36 semanas, e entre 150-155
mg/kg/dia entre 36-38 semanas. A medida do conteúdo mineral ósseo (CMO) de recém-
nascidos de diferentes idades gestacionais, determinada através da absorção de fótons, mostra
que o conteúdo mineral do terço distal do rádio aumenta de 25 mg/cm com 26 semanas para
65 mg/cm com 36 semanas. Tanto o CMO quanto a área do osso (AO), medidos por DXA
(absorciometria de raios-X de dupla energia), apresentados com o peso corporal, comprimento
e idade gestacional.
A técnica mais precisa para avaliar a mineralização óssea in vivo é a absorciometria por duplo
raio X, que permite medir o conteúdo mineral ósseo e a área do osso. Essas medidas estão
correlacionadas com o peso corporal, comprimento e idade gestacional, sendo que o peso
corporal é o maior preditor desses parâmetros. Durante a fase fetal, a incorporação de cálcio é
importante para a mineralização óssea, e essa prática é relevante na fase pós-natal para
prematuros, que receberam cálcio suficiente para manter uma incorporação óssea adequada. A
nutrição de extremos prematuros deve ser cuidadosamente monitorada para que eles possam
recuperar os níveis de crescimento e mineralização intra-uterinos. Além disso, é necessário
que haja ingestão adequada de proteínas e energia para permitir uma síntese de colágeno da
matriz óssea. A mineralização também requer uma administração adequada de cálcio e
fósforo, juntamente com o crescimento do esqueleto. Infelizmente, alguns fatores podem
dificultar a manutenção das metas de crescimento e mineralização em extremos prematuros,
adquiridos em doença óssea metabólica em cerca de metade desses pacientes.
Nos primeiros dias de vida, a nutrição parenteral é a principal fonte de nutrientes para os
prematuros extremos, até que podem tolerar a nutrição enteral e receber receitas de nutrientes
para crescer. No entanto, a administração adequada de cálcio e fósforo através da nutrição
parenteral é difícil de alcançar, pois é difícil fornecer suficientes que correspondam às
necessidades intrauterinas. O cálcio e o fósforo têm baixa solubilidade quando combinados, e
existem muitos fatores que interferem na estabilidade das soluções de nutrição parenteral,
como a fonte de cálcio, a concentração, o pH da solução, a concentração de glicose, a ordem
em que os componentes são adiciona e temperatura da solução.
As soluções mais comuns usadas para nutrir prematuros extremos são feitas com gluconato de
cálcio e sais de fosfato mono ou dibásico. A solubilidade desses componentes pode ser
melhorada adicionando os sais de fósforo antes dos sais de cálcio e aumentando as
concentrações de aminoácidos. Formulações mais recentes que contêm glicerofosfato e
fosfato monobásico podem fornecer maiores quantidades de cálcio e fósforo, mas mesmo
assim, essas concentrações ainda não são suficientes para permitir uma mineralização óssea
adequada, atingindo até 86 mg/dL de cálcio e 46 mg/dL de fósforo, concentrações ainda
insuficientes para permitir a mineralização óssea adequada2.
Em 1993, Koo & Tsang4 avaliaram vários estudos sobre o balanço metabólico em recém-
nascidos estáveis que receberam nutrição parenteral com 58 a 76 mg/kg/dia de cálcio e 38 a
54 mg/kg/dia de fósforo. Eles descobriram que a retenção de cálcio foi de 88% a 94% e de
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fósforo foi de 83% a 97%. Isso levou à conclusão de que 60% a 70% da incorporação
intrauterina pode ser obtida com as soluções parenterais comuns. A relação Ca:P é um fator
importante para a estabilidade da solução e maior retenção. As relações de 1,3:1,0 a 1,7:1,0
em termos de pesos desses elementos foram consideradas como resultando em retenção
adequada de Ca e P4. Em 2000, Rigo et al.2 sugeriram que uma relação Ca:P de 1,7:1,0
permite a máxima administração e retenção de cálcio e fósforo por via parenteral.
Quando administramos cálcio e fósforo para prematuros, seja através do leite materno com
suplementos ou de fórmulas especiais, é importante considerar que a quantidade de minerais
retidos pelo organismo depende do total administrado, da retenção pelo intestino e da
quantidade eliminada através das fezes e enxágues . A absorção do cálcio no intestino ocorre
tanto por transporte ativo quanto por difusão facilitada, com a absorção ativa ocorrendo na
parte inicial do intestino delgado e sendo influenciada pela presença de vitamina D. Em
prematuros alimentados com fórmulas para pré-termo, a média de absorção de cálcio varia de
36% a 75% do total ingerido, o que é semelhante ao observado no leite humano fortificado
com cálcio.
No entanto, além da vitamina D, há outros fatores que provocaram a absorção de cálcio em
prematuros. Os requisitos de vitamina D podem ser influenciados pela quantidade de
armazenamento no momento do nascimento, que não depende apenas dos estoques maternos,
mas também da duração da gestação e da região geográfica. Para que o cálcio seja absorvido,
ele precisa estar na forma iônica, pois as formas insolúveis são pouco toleradas. O cálcio
apresenta melhor solubilidade quando está na forma de cloro, citrato e carbonato, em
comparação com a forma de fosfato, que deve ser evitada em fórmulas. O cálcio também tem
melhor solubilidade na forma de gluconato-glicerofosfato. Além disso, a quantidade e a
qualidade da gordura na dieta podem influenciar na absorção do cálcio, pois a gordura forma
sabões que podem reduzir a absorção. No leite materno, a posição do palmitato no carbono 2
do triglicerídeo melhora a biodisponibilidade do cálcio.
Estudos que compilam informações sobre o leite materno mostram que o teor de cálcio no
colostro inicial é, em média, de 160 mg/l, aumentando para 256 mg/l no terceiro dia e
mantendo-se nesses níveis por cerca de 3 meses, quando começa a diminuir gradualmente até
chegar a 176 mg/l por volta de 1 ano de idade. Além disso, o teor de cálcio e fósforo no leite
materno de mães de bebês prematuros não é diferente do leite de mães de bebês a termo
durante o primeiro mês de vida.
Esses dados sugerem que o conteúdo mineral do leite materno, na quantidade que pode ser
fornecida, é insuficiente para manter a mineralização óssea adequada em prematuros com
muito baixo peso, nos níveis observados no útero. Para lidar com esse problema, foram
combinados suplementos nutricionais para o leite materno, com formulações variadas
contendo cálcio, fósforo, proteínas e minerais, bem como fórmulas especiais para prematuros
que fornecem altos de cálcio e fósforo para melhorar a mineralização óssea desses
prematuros.
Existe uma grande variação na quantidade de cálcio fornecida por kg de peso corporal por dia,
tanto em suplementos de leite humano quanto em fórmulas. No leite humano, a
suplementação de fósforo é importante para regular a retenção de cálcio, já que o leite
humano possui baixo teor de fósforo. Nas fórmulas, a precipitação ou menor solubilidade do
cálcio pode afetar sua absorção. No entanto, alguns tipos de fórmulas com alto teor de cálcio
podem resultar em retenção de cálcio adequada para uma mineralização óssea adequada,
conforme apresentado na Tabela 1. Para fórmulas para prematuros, uma relação adequada de
cálcio para fósforo próxima de 2:1 deve ser observados, levando em consideração a
biodisponibilidade do sal de cálcio e a quantidade de fósforo utilizada.
Não resta dúvida de que a suplementação do leite humano com cálcio e fósforo aumenta a
quantidade de cálcio retido pelos bebês prematuros. No entanto, os efeitos sobre o
crescimento ósseo não são muito claros. Uma revisão realizada pelo Cochrane em 2004 não
conseguiu reunir estudos randomizados que avaliassem o crescimento e o metabolismo ósseo
de prematuros suplementados apenas com cálcio e fósforo. Isso ocorre porque a maioria dos
estudos avalia apenas parâmetros metabólicos e o uso de suplementos de leite humano com
múltiplos componentes.
Após avaliar diversas pesquisas através do Cochrane Review, constatou-se que a
suplementação do leite humano com diversos componentes, incluindo proteínas, gorduras,
carboidratos, minerais, eletrólitos e microelementos, leva a um aumento de curto prazo no
ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico do recém-nascido, sem alterações nos níveis
de fosfatase alcalina no sangue. No entanto, os resultados em relação à mineralização óssea
são divergentes, com algumas pesquisas indicando aumento no conteúdo mineral ósseo e
outras não. Não foram observados efeitos colaterais como fraturas ou hipercalcemia. Quando
comparadas ao leite humano suplementado, as fórmulas para prematuros resultam em um
maior crescimento longitudinal, mas com uma incorporação mineral semelhante, porém
menor do que a observada intrauterinamente.
Ao considerar qual opção alimentar escolher, é importante levar em conta outros fatores que
favorecem o uso de suplementos junto ao leite materno. Estudos com balanço metabólico
indicam que a absorção de cálcio é diretamente proporcional à ingestão, com uma variação de
40 a 120 mg/kg/dia ao usar leite humano suplementado ou fórmulas para prematuros.
No que se refere à análise bioquímica, o cálcio sérico pode apresentar níveis normais ou
baixos, enquanto o fósforo sérico é geralmente baixo e a atividade da fosfatase alcalina
aumenta, juntamente com a osteocalcina. Alguns marcadores bioquímicos, incluindo a
fosfatase alcalina, são usados para detectar doenças ósseas metabólicas em prematuros. O
aumento da fosfatase alcalina, com um ponto de corte correspondente a cinco vezes o valor de
referência para adultos normais, tem sido amplamente utilizado na prática clínica. No entanto,
há divergências em pesquisas que relacionam a fosfatase alcalina com a densidade mineral
óssea (DMO) determinada por absorção de fótons. Alguns autores relatam uma associação
fraca entre a fosfatase alcalina e o fósforo sérico com a DMO.
Alguns pesquisadores encontraram uma associação fraca entre a fosfatase alcalina e o fósforo
sérico com o CMO, enquanto outros, como Faerk et al. em 2002, não viram nenhuma
associação entre esses indicadores bioquímicos e o CMO em prematuros na idade
correspondente ao termo. No entanto, quando avaliaram 127 prematuros com menos de 32
semanas de gestação usando a absorção por dupla energia de raio X e o scanner de corpo
inteiro, que é um método mais preciso do que o utilizado por outros pesquisadores,
observaram uma associação negativa significativa entre a fosfatase e o fósforo sérico.
Concluíram que as medições de rotina de fosfatase alcalina e fósforo sérico não são úteis para
prever a evolução da mineralização óssea em prematuros.
Embora seja amplamente aceito que a deficiência de cálcio e fósforo é a causa primária da
doença óssea em prematuros, há evidências de que o aumento da reabsorção óssea também
contribui para o problema. Marcadores de reabsorção óssea, como a hidroxiprolina
proveniente da degradação do colágeno, foram encontrados no sangue de prematuros. Além
disso, mesmo com fórmulas que contêm altas concentrações de cálcio e fósforo, a
mineralização óssea em crianças prematuras ainda é inferior aos valores de referência.
Segundo Miller em 2003, a diferença na reabsorção óssea entre bebês prematuros e a termo
pode ser explicada por fatores biomecânicos, nos quais forças que agem sobre os ossos
estimulam a produção de osso e a reabsorção óssea, resultando em um processo de
remodelação óssea. Essas forças são resultado de movimentos que o feto faz dentro do útero,
que não ocorrem em prematuros nascidos em ambiente extrauterino. Miller sugere que seja
reavaliada a quantidade de minerais fornecidos no período pós-natal, pois pode ser que as
quantidades atuais não atendam às necessidades intrauterinas.
Diversos autores relataram que a deficiência na ingestão de cálcio e fósforo pode levar a uma
redução no conteúdo mineral ósseo na alta hospitalar. Rigo et al. (2000) afirmaram que a
mineralização pode ser recuperada por volta da 12ª semana pós-termo. No entanto, estudos a
longo prazo são escassos e difíceis de avaliar devido aos diferentes protocolos de alimentação
para prematuros.
Há evidências de que a deficiência no conteúdo mineral ósseo pode desaparecer na infância,
especialmente se corrigido com base em dados antropométricos. Um estudo envolvendo 64
prematuros com idades gestacionais inferiores a 32 semanas, incluindo 30 prematuros
extremos com idade gestacional inferior a 28 semanas, mostrou que eles receberam leite
materno suplementado durante a internação. (Pettifor JM)
Após receberem alta hospitalar, os prematuros foram alimentados com leite materno ou
fórmula padrão. Quando atingiram um peso entre 5,0 e 7,0 kg, o CMO da coluna lombar foi
avaliado por dupla absorção. No momento da alta, 70% dos prematuros apresentavam déficit
de crescimento. Aqueles que foram alimentados exclusivamente com leite materno
mantiveram um ganho de peso linear, mas com risco aumentado de apresentar baixos valores
de CMO (OR 7,0; IC95% 1,2-41,7). Em um estudo separado, foi identificado que o baixo
nível sérico de fósforo nas seis semanas após o nascimento foi um fator de risco para
hipomineralização. Os autores concluem que a possibilidade de fortificação do leite materno
após a alta hospitalar deve ser considerada. Em outro estudo, dois grupos de prematuros que
receberam leite materno com ou sem suplementação de cálcio (108 mg/kg/dia) e fósforo (53
mg/kg/dia) até atingirem 2.000 g foram examinados aos três meses de idade. O grupo
suplementado apresentou um CMO 36% maior. No entanto, quando examinados aos nove e
onze anos de idade, ambos os grupos apresentaram estado de mineralização adequado para o
tamanho. PETTIFOR JM
Em 1999, Fewtrell e sua equipe avaliaram crianças que nasceram prematuras e foram
alimentadas com diferentes tipos de leite até a idade de 8-12 anos. Eles descobriram que as
crianças prematuras ainda eram menores do que as que nasceram a termo, mas o CMO estava
adequado para o tamanho delas. Eles concluíram que a ingestão de minerais não afetou a
massa óssea das crianças prematuras examinadas nessa idade e afirmaram que o melhor
caminho para melhorar a massa óssea seria melhorar o crescimento.
A maioria dos estudos sobre os efeitos da hipomineralização em ganhos iniciais da vida são
baseados em análises de coortes a longo prazo, que não foram originalmente projetados para
esse propósito. Geralmente, as amostras são pequenas e comparam prematuros que receberam
dietas deficientes em minerais. Além disso, a casuística não inclui prematuros com peso muito
baixo ou peso extremamente baixo, que são mais ansiosos à osteopenia, e não há informações
sobre nutrição após a alta hospitalar. Portanto, estudos randomizados e controlados com
prematuros extremamente baixos podem fornecer informações sobre as consequências tardias
da hipomineralização no período pós-natal.
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Nutrição do prematuro após a alta e efeitos sobre a mineralização óssea
Existem dois tipos de fórmulas enriquecidas utilizadas para alimentação de prematuros após a
alta hospitalar: fórmulas pós-alta especialmente preparadas e fórmulas para pré-termo
semelhantes às usadas durante a internação. Ambos também podem ser usados como
suplementos para o leite materno. As fórmulas pós-alta contêm um maior teor de proteínas,
energia e suplementos de cálcio, fósforo, zinco e microelementos. Os primeiros estudos
realizados por Lucas et al. alimentando prematuros com menos de 1.850g de peso com
fórmulas enriquecidas apreciam maior crescimento e mineralização óssea em comparação
com fórmulas para recém-nascidos a termo. Isso resultou na criação do conceito de fórmula
pós-alta. Em outras pesquisas, estudos foram observados que prematuros alimentados com
fórmula pós-alta os nove meses de idade pós-natal apresentaram maior crescimento e peso,
enquanto outros relataram observação apenas no comprimento aos 18 meses. Além disso, em
uma pesquisa em que a fórmula pós-alta foi controlada até os 12 meses de idade corrigida, os
prematuros passaram a ingerir um volume menor, mas a quantidade de energia baixada igual à
fórmula para recém-nascidos a termo. As pesquisas são pouco evidentes e, às vezes,
controversas, e é necessária uma avaliação mais detalhada para obter mais concretas. mas a
quantidade de energia baixa igual à fórmula para recém-nascidos a termo. As pesquisas são
pouco evidentes e, às vezes, controversas, e é necessária uma avaliação mais detalhada para
obter mais concretas. mas a quantidade de energia baixa igual à fórmula para recém-nascidos
a termo. As pesquisas são pouco evidentes e, às vezes, controversas, e é necessária uma
avaliação mais detalhada para obter mais concretas. (SANGITA KURL)
Existem poucos estudos sobre o uso de fórmulas para recém-nascidos pré-termo após a alta
hospitalar. Embora essas fórmulas sejam elogiadas por sua composição, que geralmente
contém níveis elevados de vitaminas e minerais para promover o crescimento e o
desenvolvimento mineral semelhantes aos do útero, elas podem não atender às necessidades
pós-natais específicas. Alguns pesquisaram um aumento nos níveis de zinco no sangue e
melhoria no crescimento da cabeça em meninos, mas outras não experimentaram mudanças
nos níveis de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina no sangue.
Um artigo de revisão sugere que fórmulas para recém-nascidos pré-termo após a alta
hospitalar podem promover um melhor crescimento do que fórmulas para recém-nascidos a
termo. No entanto, pesquisas sobre suplementação do leite materno após a alta hospitalar são
limitadas e geralmente se concentram em suplementos pontuais de proteínas, vitaminas ou
minerais. A suplementação do leite materno com cálcio, fósforo e vitamina D pode levar à
hipofosfatemia.
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Fórmulas adicionadas com cálcio e fósforo e usadas por um curto período após a alta
hospitalar, durante 8 semanas, foram associadas a um aumento no crescimento ósseo. No
entanto, esse aumento pode não ser sustentado em um período mais longo e pode levar à
hipofosfatemia.
A utilização de fórmulas que contenham cálcio e fósforo, por um período curto de 8 semanas
após a alta hospitalar, foi associada a um aumento do CMO. No entanto, pode ser que esse
aumento não se mantenha quando a utilização dessas fórmulas é prolongada por um período
maior.
Selênio
O selênio é um mineral cada vez mais reconhecido como importante em todas as idades, já
que é um componente essencial de diversas selenoenzimas com funções distintas. Uma delas,
a glutationa peroxidase, atua como uma enzima antioxidante nas membranas celulares,
inibindo a formação de radicais livres e atendendo peróxidos lipídicos e peróxido de
hidrogênio, o que protege o organismo contra o estresse oxidativo. Além disso, o selênio
também é crucial para a imunocompetência, e animais deficientes em selênio apresentam
baixa concentração de glutationa peroxidase em seus neutrófilos e macrófagos, o que pode
afetar sua capacidade de combater a infecção.
Os recém-nascidos prematuros com peso extremamente baixo apresentam um alto risco para
desenvolver condições cuja fisiopatologia envolve danos causados por radicais livres. Essas
condições incluem a displasia broncopulmonar, a retinopatia da prematuridade, a hemorragia
peri-intraventricular e a enterocolite necrosante.
Devido à frequente necessidade de oxigênio, os recém-nascidos prematuros são suscetíveis ao
estresse oxidativo e à produção de oxigênio reativo. Embora haja indícios da relação entre a
deficiência de selênio e as doenças dos prematuros, ainda não há dados suficientes para
comprovar sua real importância. Em um artigo de revisão, Klein5 relata estudos que associam
a deficiência de selênio a doenças em prematuros. Em um grupo de oito prematuros que
desenvolveram o Síndrome do Desconforto Respiratório e que não receberam selênio oral ou
parenteral, houve uma queda rápida nos níveis sanguíneos de selênio duas semanas após o
nascimento. Além disso, prematuros com doença pulmonar crônica e sem suplementação de
selênio apresentaram uma queda acentuada nas concentrações de selênio. Na Nova Zelândia,
onde o solo e os alimentos têm baixa quantidade de selênio, níveis baixos de selênio em 79
8
prematuros de muito baixo peso foram associados ao aumento da morbidade, e as
concentrações plasmáticas foram significativamente mais baixas em crianças dependentes de
oxigênio aos 28 dias após o nascimento.
Não há definição clara sobre os efeitos das baixas concentrações de selênio em recém-
nascidos. Em prematuros, a deficiência de selênio é considerada um fator de risco para o
desenvolvimento de doença pulmonar crônica e retinopatia da prematuridade. Por isso, é
recomendada a suplementação de selênio como medida preventiva dessas doenças.
Ainda não há uma compreensão clara dos mecanismos que regulam a transferência de selênio
da mãe para o feto durante a gestação. O transporte do mineral através da placenta é limitado,
resultando em níveis relativamente baixos de selênio no sangue do cordão umbilical,
correspondendo a cerca de 65% dos níveis séricos maternos. Em prematuros com muito baixo
peso, as concentrações de selênio no sangue do cordão não apresentam diferenças
significativas em comparação com recém-nascidos a termo, independentemente de serem
adequados ou pequenos para a idade gestacional, e correspondem a cerca de 80% dos valores
maternos. No entanto, estudos mostram que a concentração de selênio no sangue do cordão
aumenta significativamente com a idade gestacional, atingindo níveis mais elevados após 36
semanas. (Makhoul et al., 33)
Não há informações disponíveis sobre a quantidade de selênio presente no feto, mas estima-se
que ele incorpore cerca de 1 µg/kg/dia. O fígado fetal armazena selênio entre as 20 e 40
semanas de gestação, o que pode ser responsável pelos baixos níveis observados em recém-
nascidos prematuros. Pesquisas relatadas na literatura analisam as concentrações de selênio
em prematuros de muito baixo peso, mostrando que as concentrações plasmáticas de selênio e
da enzima glutationa peroxidase estão relacionadas ao peso de nascimento. Nos prematuros de
muito baixo peso, a atividade da enzima glutationa peroxidase é aproximadamente um terço
do que é observado em recém-nascidos de termo.
Foi observado em prematuros com problemas controlados que não receberam suplementação
de selênio nos primeiros 14 dias de vida, uma queda significativa nos níveis de selênio.
Porém, quando foi iniciada uma fórmula com selênio, houve elevação das concentrações,
exceto para um recém-nascido que desenvolveu displasia broncopulmonar. Outros estudos
também relatam a queda progressiva da atividade da glutationa peroxidase e do selênio em
recém-nascidos prematuros a partir da segunda semana de vida, quando alimentados com
fórmula láctea padronizada.
Zinco
Talvez nenhum outro micronutriente tenha sido tão amplamente estudado em relação à
nutrição de recém-nascidos quanto ao zinco, dado seu papel fundamental no crescimento,
diferenciação celular e metabolismo de proteínas, carboidratos e proteínas. Além disso, o
zinco desempenha um papel importante na regulação hormonal e na expressão de genes. Se
um prematuro receber nutrição parenteral sem adição de zinco por um período prolongado,
pode ocorrer deficiência subclínica de zinco, que pode ser confundida com a deficiência de
outros nutrientes devido à ampla gama de funções do zinco. Os sintomas mais comuns da
deficiência de zinco incluem perda de peso, dificuldade de crescimento, dermatite em torno
dos orifícios corporais, glossite e aumento da suscetibilidade a idosos, que geralmente
aparecem após os três meses de idade, podemos incluir a perda de peso, problemas com o
crescimento, dermatite, glossite, e suscetibilidade aumentada a infecções.
Diversos fatores podem ser responsáveis pelo aparecimento de deficiências, sendo um deles o
nascimento prematuro, que pode privar o recém-nascido da incorporação adequada de
micronutrientes, como o zinco, que costuma se acumular no terceiro trimestre de gestação.
Além disso, os prematuros apresentam um trato gastrointestinal imaturo, o que pode resultar
em um balanço negativo de zinco, com excreção de mineral pelo trato intestinal.
Pesquisas realizadas com isótopos marcados indicam que os prematuros têm a capacidade de
absorver zinco exógeno e aumentar sua absorção, o que reduz a excreção do mineral. No
entanto, ainda não se sabe como esse comportamento evolui em casos de extrema
prematuridade. Estudos sugerem que os prematuros podem absorver de 25% a 40% do zinco
presente na dieta.
Outros minerais
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JUSTIFICATIVA
No caso dos prematuros extremos, uma suplementação mineral adequada é ainda mais
importante, pois esses bebês têm maior probabilidade de apresentar deficiências nutricionais,
incluindo deficiências minerais. Isso ocorre porque eles têm uma capacidade limitada de
armazenar nutrientes durante a gestação, além de terem um sistema digestivo imaturo e uma
maior taxa de perda de nutrientes devido a fatores como a internação prolongada em UTIs
neonatais.
Alguns minerais são especialmente importantes para os extremos prematuros, como o cálcio,
o fósforo, o ferro e o zinco. O cálcio e o fósforo são essenciais para a formação óssea e
odontológica, além de serem importantes para o desenvolvimento imunológico e muscular. Já
o ferro e o zinco são necessários para a produção de hemoglobina e para a manutenção do
sistema imunológico, respectivamente.
Por isso, é fundamental que os bebês prematuros extremos recebam uma suplementação
mineral adequada, seja por meio de fórmulas infantis enriquecidas ou por meio de
suplementos específicos prescritos por médicos e nutricionistas especializados em
neonatologia.
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OBJETIVOS GERAIS
O propósito deste estudo consiste em avaliar a herança dos minerais na nutrição dos bebês
pré-termo extremo. A intenção é compreender como a ingestão adequada de minerais pode
impactar positivamente no desenvolvimento desses bebês, que nascem prematuramente e
possuem necessidades nutricionais específicas para garantir o seu crescimento e
desenvolvimento saudável.
ESPECÍFICOS
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METODOLOGIA DA PESQUISA
Este estudo consiste em uma revisão de literatura, na qual foi realizada uma busca
bibliográfica em artigos científicos. As fontes de pesquisa utilizadas foram PUBMED (32),
SCIELO (2), EUROPE MC (3), PEDIATRIC RESEARCH (2), SCIENCEDIRECT (1) e
BMC (1).
É importante destacar que este estudo tem como base uma análise crítica da literatura
existente, esperançoso para o aprofundamento do conhecimento sobre o assunto. Através
dessa revisão, foi possível identificar o símbolo dos minerais na alimentação do pré-termo
extremo, fornecendo comprovativos científicos para uma melhor compreensão sobre o tema.
Em suma, este estudo se baseou em uma revisão de literatura, que analisou 39 artigos
científicos sobre a importância dos minerais na alimentação do pré-termo extremo. As
referências bibliográficas foram corretamente citadas, sem deturpar ou alterar as informações
originais dos autores.
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CRONOGRAMA
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CONCLUSÃO
Além disso, é importante destacar que a alimentação do pré-termo extremo deve ser adaptada
às suas necessidades específicas, considerando fatores como peso, idade gestacional,
condições médicas e outras variáveis. Os profissionais de saúde devem estar atentos às
mudanças nas necessidades nutricionais dos bebês e ajustar sua dieta e suplementação de
acordo.
É fundamental que as famílias dos bebês pré-termo recebam orientação e suporte adequados
para garantir que possam fornecer uma alimentação adequada e equilibrada em casa, após a
alta hospitalar. Isso pode incluir informações sobre nutrição, preparação de alimentos,
monitoramento do crescimento e desenvolvimento e outras orientações importantes.
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REFERÊNCIAS
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