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RESUMO DE DIREITO PENAL

→ Concurso De Crimes

O Concurso de crimes vem a ser quando o agente comete uma


PLURALIDADE de crimes (mais de um crime)

Critérios para ser um concurso de crimes:


→ Critério do Cumulo Material
Se aplica este critério se utilizando da soma das penas dos
crimes. Este se aplica para concurso material de crimes;
concurso formal imperfeito; e em casos aonde a lei não define
em específico as frações que devem ser aumentadas.
→ Critério da Exasperação
Neste caso se exaspera (aumenta) a pena do crime que possua
a maior pena, neste caso caso o sujeito cometa dois crime
tendo um 2 anos como pena e outro 12 anos, se aplica o
aumento da pena para o crime de 12 anos. Este se aplica no
crime continuado e concurso formal perfeito.
→ Modalidades do Concurso de Crimes
Concurso Material: ocorre quando por mais de uma ação (ou
omissão) ocorrem dois ou mais crimes, sejam eles iguais
(homogêneos) ou diferentes (heterogêneos).

Concurso Formal: ocorre quando através de uma conduta se


produz vários crimes, ainda que idênticos ou não.

→ CF Homogêneo: dois ou mais crimes idênticos


Ex: avançar um sinal vermelho e atropelar ocasionando a
morte de 3 indivíduos.

→ CF Heterogêneo: dois ou mais crimes diversos


Ex: avançar um sinal vermelho e atropelar dois indivíduos,
contudo apenas um morre enquanto o outro se lesiona.
→ CF Perfeito: o agente não continha dolo em todas suas
ações
Ex: o sujeito A atira no sujeito B, mas o projétil o perfura
ocasionando a morte também de uma pessoa C.

→ CF Imperfeito: o agente continha o dolo em todas as suas


ações
Ex: o sujeito A atira no sujeito B e a bala perfura matando
também C e D seus desafetos

Crime Continuado: Ocorre o denominado crime continuado


quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas
condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro(art. 71, caput)

Ex: Felipe Junqueira realiza 20 furtos durante um mês no


mesmo bairro, neste caso, o vigésimo furto será entendido
como continuação do primeiro, então ele será julgado apenas
por UM FURTO, aumentando a pena de um sexto a dois
terços.
Crime Continuado Específico: se consiste no mesmo conceito
de crime continuado, mas nesse caso se aplica para CRIMES
GRAVES (dolosos, cometidos em pessoas diferentes, gerando
uma violência ou grande ameaça no seu resultado), podendo
aumentar a pena até o TRIPLO.

Ex: O Galito tenta durante um mês 28 vezes uma tentativa


de estupro num mesmo bairro.

→ Concurso de Pessoas

Concurso de pessoas, concursos de agentes ou codelinquência


se consiste na ideia quando 2 ou mais agentes envolvem-se na
infração penal, podendo este ser classificado em dois tipos:
Unisubjetivos e Plurisubjetivos.

Unisubjetivos: se trata de um concurso eventual, ou seja, o


crime PODE eventualmente ter ou não a presença de mais
pessoas.
Ex: Homicídio

Plurisubjetivos: concurso necessário, ou seja, o crime DEVE


necessariamente ocorrer por um concurso de pessoas.
Ex: Crime de Associação Criminosa
→ Requisitos Para Ser Concurso de Crimes

1) Existe a necessidade de um vínculo anterior ou


concomitante (os agentes não podem ter vínculo depois da
conduta);
2) Pluralidade de agentes;
3) Mesmo Crime;
4) Relevância causal e jurídica das condutas (ser relevante
judicialmente).

No exemplo do vídeo A e B coincidentemente possuem a


intenção de matar C, mas ambos não sabem um da existência
do outro. Então eles atiram e matam o C ao mesmo tempo,
logo temos um mesmo crime, pluralidade de agentes e uma
relevância na conduta, mas é Concurso de Crime?
Não. Por conta justamente dos agentes não
possuírem uma relação subjetiva (um
acordo) anterior. absorve…

→ Teorias Sob Punibilidade no Concurso de Pessoas


Teoria Unitária ou Monista: quando mais de um agente
concorre para a prática da infração penal, mas cada um
praticando conduta diversa do outro, obtendo, porém, um só
resultado. Ou seja, teremos um só crime, onde todos incorrem
pelo mesmo ato (teoria essa adotada pelo código penal)

Ex (concreto): O TJAM (tribunal de justiça do amazonas)


julgou um caso onde Pedro Henrique junto com outros dois
ladrões assaltaram juntos uma casa, no entanto, Pedro disse
que queria sua pena diminuída tendo em vista que
´´apenas`` era o motorista do roubo, e sua participação foi
de ´´menor relevância``. Contudo seu pedido foi negado,
justamente pelo uso da teoria monista no CP. logo ele foi
acusado pelo mesmo crime que os demais.
https://www.amazonasdireito.com.br/motorista-de-assalto-que-espera-no-carro-nao-e-mero-
participe-diz-tjam///

Teoria Pluralista: cada agente concorre por um crime


diferente, vale ressaltar que apesar do CP adotar a teoria
monista em alguns casos a pluralista vem a ser utilizada.
Ex: Crime de Aborto, tanto a gestante quanto o médico serão
responsabilizados por um crime diferente cada

Teoria Dualista: neste caso o autor responde por um crime, e


os partícipes por outro
Ex: Seguindo o exemplo da teoria monista, caso o Brasil
adotasse essa teoria, Pedro Henrique teria sua pena diferente
da qual os autores foram responsáveis, devido ao fato de ser o
motorista do assalto.

→ Autoria Mediata e Colateral


Mediata: A autoria mediata ocorre quando o agente usa de
pessoa não culpável, ou que atua sem dolo ou culpa para
realizar o delito. São situações que ensejam a autoria
mediata: valer-se de inimputável, coação moral irresistível,
obediência hierárquica, erro de tipo escusável ou de proibição,
provocados por terceiro.
Ex: Um grupo de ladrões obriga o banqueiro a abrir um cofre
do banco, se não, ele será obrigado a beijar o Junqueira.
Neste caso, temos uma coação moral irresistível, não havia
outra opção para o banqueiro ao não ser abrir o cofre.
- caso de impunibilidade por parte do banqueiro ("o ajuste, a
determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário,
não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado")

Colateral: Ocorre quando dois agentes têm a intenção de obter


o mesmo resultado, porém um desconhece a vontade do
outro, sendo que o objetivo poderá ser atingido pela ação de
somente um deles ou pela ação de ambos.
Ex: Seguindo a suposição da página 4, onde duas pessoas
queriam matar a mesma, contudo uma desconhece a vontade
do outro, caso os dois matem o C ambos responderam por
homicídio, caso apenas um deles atire em C, um será acusado
por homicídio e o outro por tentativa. Pasmem, se nenhum
deles forem identificado como autores (impossível saber quem
matou quem) os dois serão absolvidos.
Obs: tem a omissiva também, mas nem preciso explicar né?
Basta ler o nome

Coautoria e participação
Há dois posicionamentos sobre o assunto, embora ambos dentro da teoria objetiva:
a) teoria formal: de acordo com a teoria formal, autor é o agente que pratica a figura
típica descrita no tipo penal, e partícipe é aquele que comete ações não contidas no
tipo, respondendo apenas pelo auxílio que prestou (entendimento majoritário).
Exemplo: o agente que furta os bens de uma pessoa, incorre nas penas do art. 155
do CP, enquanto aquele que o aguarda com o carro para ajudá-lo a fugir, responderá
apenas pela colaboração.
b) teoria normativa: aqui o autor é o agente que, além de praticar a figura típica,
comanda a ação dos demais ("autor executor" e "autor intelectual"). Já o partícipe é
aquele que colabora para a prática da conduta delitiva, mas sem realizar a figura
típica descrita, e sem ter controle das ações dos demais. Assim, aquele que planeja o
delito e aquele que o executa são coautores.
PRESCRIÇÃO
Prescrição consiste no tempo em que cada pena possui para
que o Estado possa exercer sua punição ou execução, caso
ultrapasse esse tempo, o crime se faz extinto ´´Ius
Puniendi``(ART 109 e 110 CP).

→ Crimes Imprescritíveis
São os crimes que não possuem prescrição (Im = Não)
Racismo e Ação de grupos armados contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.

→ Espécies de Prescrição
PPP – Prescrição da Pretensão Punitiva
PPPI (π) – Prescrição Pretensão Punitiva Intercorrente
PR – Prescrição Retroativa
PPPPD – Prescrição da Pretensão Propriamente Dita

PPE – Prescrição da Pretensão Executória


PPP – Ocorre antes do trânsito em julgado, é a perca do
Direito do Estado em PUNIR, tendo cada pena um
determinado prazo para realizar a punição do mesmo, se
contabiliza assim a pena em abstrato. Sendo essa
subdividade em: propriamente dita, intercorrente e
retroativa.
PPPPropiamente Dita: Calculada a pena MÁXIMA em
abstrato
Ex: casoo sujeito seja acusado de receptação levando em
conta que o a pena é contabilizada de 1 a 4 anos, a
prescrição passa a ser contada em 4 anos.

PPE – Ocorre após o transito em julgado, neste caso o


Estado perde o Direito de EXECUTAR a pena, se
contabilizando então a pena concreta.

→ Causas que interrompem o Prazo Prescional


- Reincidencia
- Inicío do cumprimento/continuação.

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