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Marx: politica e revolugaéo Francisco C. Weffort 1m 1852, Marx esreve sev amigo e editor Joseph Werdeme er cumprinetando- plo nasimeno de un ihe" Mag feo momento para virgo mundo Quando te ona reste as de Lone «Caza ue ed etaremos decapitados ov dando figs, A Aust Calfna 0 Oceano Palco! Os novos laos do nivero no comeguirtocompreender quo peaueno tro nosso mundo" FA qm go ese pega quate ‘Mark iho de um advogado judea (erisanizado)€ de um fama de ann, tga a nas eds ap ida thier ver als Tel ao Se pnsamets fant O ant tert permaneido needs codies hires at onde mai, bem como du atmos elope ¢ 0 end to police das Epo, Marx nice em 188 ¢acompanhou de perio boa paste dos rand tonecinentos do elo XIX, Ninguém pintou melhor 4o que ele o seu proprio tempo como o da emergénca da burgueda ‘So alain: E amber do urgent do ception in tae de comolato das nade «dos Estados moderot. Nine fot peeebeu to bem o quanto 0 dnuniamo moterniaor€o Shalom — anaivad em © manVte omni 6 pec Paiute ubetgo ma cseuscmsounatien ay ‘mente, em O capital — haveria de apequenar 0s seus centros de or Do direito 0 roteiro do pensamento de Marx esti explisito tem e, sobretudo, a sua época de origem. Hoje, pode ir de Lon- Gres a Calcuté em spenas um dia, A Calitnia a Austria j& nto ‘atecem td distantes a quem viva em Londres, como Marx durante ‘a maior parte de sua vida. Vistas de hoje, muitas das conqustas do século XIX se apequenam diante das realizagées do capitaismo {@ do socalsmo) que se acumularam ao longo do sévulo XX, Algu- ‘mas até mesmo se apagam & sombra das grandes conquistas rece tes da modernidade. Qual teri sido © “pequene mundo” de Marx? Sobre a Alea ‘ha de incios do século passado, diz Franz Mehring: “Berlim no «era, naquela época, mais do que Uma corte e vila militar, euja popu- lagio pequeno-burguesa se vingava com murmirios maldosos © rmesquinhos do serviismo covarde que testemunhava em pablico as carruagens e corte palacianos”.* Nesta passagem, Mehring se tefee aos anos 30, quando Marx era ainda um menino, © pen- samento alemdo estava sob a influéncia dominante de Hegel, Fala de uma Alemanha tradicional em que as Dieta (parlamentos) pro: ‘Vinciais — corporativas em sua composicdo, metade dos mandatos para a grande propriedade senhoral, a terca parte para @ propric- dade urbana ea sexta parte para a propriedade camponess — eram Fictiias como representagdo do povo. Mehring ¢ 0s historiadores em geral, a comecar pelo proprio Mars, descrevem uma Alemanha ‘ue teimava em viver no parsado, a despeito da inflncia das novas laeia vindas de Paris. E, sobretudo, a despito das gueras napoled- nas, que levaram algumas das novas institug6eseriadas pela Revo- lugdo Francesa para toda a Europa. Mesmo na Franca, onde sada fo havam adomecido as bra-” sas da Grande Revolugéo de 1789, 0 passado conserava muito da sua fora. Embora os movimento soialitas frances extivesem aiantados em relacdo aos alemdes, 0 partido democréticosocialista ~ stave ainda na fse de reclamar 0 surigio universal, a0 que const om grande rpercussto no proletarias.? No pais mais avaneado do mundo, a Inglterra, «Ita plor dito de paicipagaa poll ica dos trabathadores eabia ent ao movimento “cartia”. “Este cendro de um movimento operdtio ainda em seus primbrdios ext deseito em varias partes da obra de Mar, especialmente em) O ‘manifesto comunte¢ O capita, economia no cilebre “Preficio” de Contrbuisao @ erica ‘da economia poltce, de 1859. Marx comesou, ros anos de 1841-1843, pelos estudos de ditit, de flosofia ¢ de fhséra, buscando camino de uma revsio critica de Hegel (Cr- tice da filosofia do Estado de Hegel, nirodusto a crtiea da floso- ‘fa do direito © A questd Judaica). Destesprimeiros estudos, pas ou, ogo a seguir, 20 que ele chama o “transe dificil” de opina por forga de suas atividadesjornaistieas na Gazeta Renona, sobre rps chamados interesses materais". Slo deste periodo A Sagrada - Familia, de 1844, e A ideologia olema, de 1845, ambas esritas em ‘colaboragdo com Engels. Vem logo a segut, esbogando resultados dda claboragao de Marx sobre os temas da economia, A misério da {filosofi, de 1886-1847, © O manifesto comunista, de 1847. Estas ‘bras, de um Marx que ainda néo chegara aos trinta anos, ante pam 0 que vird a ser a preocupadio fundamental da sua maturi- Sade. aandlise ea critica da economia capitalist, em especial na sua obra maxima, O capital, de 1867 : eS pispersos na trajetéra deste pensador infatgavel, estdo ainda aiversos estudos histéricos, em particular O 18 Brumdrio de Luts ‘Bonaparte, de 1852, ¢ A guerra civil na Franca, de 1871, dois cis- ‘soos da hstoriografia que se constituem emt importantes fontes de feflexd para a teora politica revolucionéra, E que ndo se exauesa nesta ela obrigatoriamente suméria, uma referéncia aos numero- Sos artigos de combate ecomentérios de imprensa, parte importante do peril de um grande pensador (que foi também um jornalista profissional),e para o qual a elaboragio das idias nio pode se sep {ar das exigencas da mlincie poltica, Alem de O manifesto, tam- ‘bem Saléro, prego eluero, de 1865, €Critca do programa de Gotha, de 1875, podem ser tomadas como exemplos tpicos de obras de pensamento nascidas das exigtncias da milténia {0 rotero que vai do direitoe da flosofia & economia pods) ser entendido também como uma chave do mérodo de Marx e como) fam eritrio para localizarmos o sentido que ele atribui& politica. ‘A propésito, nfo deixa de ser paradoxal que um pensador que, fem sua vida, deu tanta atenglo & politica possa ter sido criticad por tratéla, ao que supsem seus detratores, como um mero epife- Fémeno, simples reflexo das condigdes materials que setiam dadas pela evonomia, Em outra carta a Weydemeyer, ele oferce, a 1e5-/ eit, uma indicagdo vali. De modo que parecerd certamente surpreendente a muitos dos que mantém sobre Marx as impressbes deinadas por alguns de seus sepuidores, ele descartar o mérito da ‘descoberta da exstencia das classes e da luta de classes, coisa que “alguns economistas(¢historiadores) burgueses”j ceriam feito ‘que ou touse da novo fol demonstra: 1) que aeustncla das cae fers val unida 8 ceteminadas lass istorices de desenvotvmento 4 Ge produpdo. 2) Que lta de classes conde, ecessaramanta, 8 ‘& diuaura do prlstariado } que seta ctedura. em si mesma, "80 € | mais do que o Wanaite era's eboipze do rode as classes pars Uma socagage sem classes. Eure as te rat att ‘mia politica’. Antes da critica da economia, reconheca-se 0 lugar eee ee ese teh boheme terre ) da revoluco de uma “‘atualidade universal da revolugao™. constitutia, segundo Lukies, “o ncleo da dow: trina marnsta". A reflexdo do fildsofo hingaro toma como referén cla nical 0 pensamento de Lenin, mas nos reconduz a0 ponto cen tral da teora politica em Marx. “A atualidade da revolugdo (..) esta €idéia fundamental de Lenin e também o ponto decsivo que fo une a Mats.” Na verdade, ndo sera apenas uma nogdo, um. con ceito ou uma teoria abstrata, mas o sentido real de toda uma época histérica. Seria o ‘Tundamento objetivo de todo 0 periodo e a0 mesmo tempo [..] @ chave para a sua compreensio"”. E mais adiante: “A atualidade da revolugto indica a nota dominante de toda uma época ..] A atualidade da revolugdo signee trata yan rouncnEeevouugko 2 “odo problema cotdiano particular em lgagto direta com a total- (dade histérivo-social; consderd-las como momentos da emancipa- “fo do proletariado”.* ‘O'marnismo é uma teoriapolémica, onde tudo, ou quase tudo, ‘ passivel de alguma controvérsia. Pareee claro, porém, que, pelo nenos no que diz respeito as expectaivas de Marx e ao clima de sua {poca, esas anotagdes de Lukics no poderiam ser mais acertadas.” (0 século XIX, em especial a sua primeira metade, cherava@ revolu- ao. Em 1848, Marx esperava, parao ano seguints, uma guerra mun ial como resultado de uma {nsurreigio que considerava inevitével tor parte da classe operdriainglesa. Diz Mehring que, no trenscurso ‘Be 1850, as esperangas de Marx em wma revolugfo imediata decaem iaivelmente, Masa calmaria Ine parece lusria: “Uma nova revolu- {ho nfo poderd explodir até que estale uma nova erie. Mas tanto {ima quanto ovtra so ineitdveis".* Em 1857, quando os pagamentos ‘do jomal americano para o qual esrevia naqueles anos, © New York ‘Daily Tribune, comeyaram a atrasar © 0s sins da crise internacio- hal comegaram a chegar até sua casa, esceve a Engels: “Apesar da Crise Financrta que atravesso, nunca me seni do bem, desde 1849, ‘Somo agora”. Ele escrevia,evidentemente, com um animo politico fo gual Engels corresponde completamente com as seguntes pal ‘ras "Desde que comeyou a danga em Nova York feu] me snto ‘cnormemente bem em meio desta hecatombe ger”. ‘Pode-se tomar como normal, mais ainda essencal, em um revoluciondsfo a vontade de participar da revolugio. Nada portanto ‘Se extraordindro se, em circunstincias desfavordveis, cle ¢tentado ft véla onde ela nlo esté. A verdade, porém, € que, mais do que ‘esejs, Marx viveu em uuma Europa revolucionéria, ainda quente ddas memérias da Revolugdo Francesa ¢ das guerras napoleénicas ‘Além disso, cle foi contempordineo das revolugSes de 1830 ¢ de 1848, e da Comune de Paris, em 1871 —ss0 para mencionar ape- ras os acontecimentos mais importantes. Acompanho aqui 8 pero- tizagdo feta por Erie Hobsbawm na inttoducio de sua magistral Histria do marsismo: 1 — epavod ataror a 849 250 “coide com a pina rane Lise de teeawetnat do ima capaho nl fers “Eee ceasentucem guns pucen sso mean omg cea de se ane ua since toner com 8 ce eet ante tu tne om 188 ure arsies peed susac co esos cant 2a nee re A Ll nasamate oem movment oe enn aogier Conrad a da seamen tina Sn vite astra nt na feos Drltara fae praca conde com tmatrps0 oo Pesan de Mare [1 = Come 0 stculo XX para muitos pases da Asa, da América Latina eda Africa, o século XIX fo, Europa, um sculo de revo. ‘Agumas desasrevoluges (ou tenaivas de revoluSes, em certs casos se polongam at as primis décadas do séulo XX. 0 aso mais novel 0 da Revolugdo Russa Se erie de 1857 nf touxe uma revoluo, como Marx e [gels esperavam em sua wove de cartas,encontamos ete a suas consealéncias algumas mudaneas poiticas fundamentas na ‘ordem europa ¢unifeagto da Tia e da Alemuha, 0 desmoro- ramento do imperi francis cs decadéncia do império austo-hin- gato. E entre ests impresionanes acontcimentos importante ‘isdio da Comina de Pars. Nas unficasdes de Alemanae da Tala, eram ainda as revolugbes — neses cass, porém, “revo ies peo ako” — que mudavem rapidamente todo 0 ceri de dhuasWehassociedades europa, do bojo das revolues, as do século XIX quase todas revolues da burguesa das demas trans- formagSes que a bugueiaimpunna so velbo mundo, suai 0 pro- Tari. ‘0 compromiso de Marx com a revolugdo é porim, algo mais do que a atte de um miltanterevoluconésio. Este compro isso esta no miolo de sua teria. Que outro sigiicado podera tera su afrmacio sobre o carter cco erevoucionario da dial Tea? Asin, se verdade que ators politica de Marx ao se eatende “emt sua “cada economia politica, ambém &verdade que no Se entende a sua teria sobre as contadigdes econdmicas do sistema capitals Sem uma nopo a respit da revoluyao qu ets contra: digs extarim preparande. A tcoria da revolugdo € bem mals do fe um frato dos entusiasmos do over Marx (A lica da revolu- Go esté embutida na propria logia das conradibes do sistema Capitalia) Eis, prechamente, que permite a Marx fla de tums unidde da teria e da price, Ou, como diz ainda Lakdes “0 materiaismo histrico enquanto expresdo teria d uta pela ‘emancipagdo do proetarado 86 poderia ser apreendido e form lado teorcamente no instante histrico em que ele jé hava sido posto na ordem do a da histria em wa atuaidade prética™."* ‘No por acaso Marx haviaprevisto, quando iniiow O capital, vole tar ao tema do Estado, Emboradefinio, ns anotapbes que dixon a roumenexeouugso a 1 respeto, pelo angulo da anise do comércio exterior, o tema do Estado no podria dear de sr amen a oportniade de uma ‘nova passagem pelo campo da teora politica E uma constante no marsismo a preocupagso com as relagSes. entre a economia, as lasses ¢ a parte obrigatria de ‘Gm Topica empennada em descobrir no movimento do real as leis do seu processo de transformasdo. Eis como Marx apresenta a sua dialética, que ele chama de raciona, contra a “alética mistfica- da" de Hee: edule ¢ su fora acional (a dlltes} prec ‘ote a brgena ode sun poate duis ut no ‘Stencimentoe na exleagtopostvacoquto qu este ola erga {amen 9 entandrmanto de sua negagdo, de a mote Inlutsves porque cea ereveucionaria por esstcia,enfoce ods a formas pene memento seh oni, prano, oq ten pte “critic ¢ revluclondria', esta seria a dialvica em sua forma ‘aelonaP™A'revolueto, portant, val além das manifestaydes de ‘rattde dos revolunaros. Ela et nscrita na istria ele, por {Soy est também naga (ialeca) qu a desvenda E famone a este respeto a descigto de O manisjeto sobre a expansio, a0 mesmo Tempo dsiutva e eiadra, de burgutia ‘To famosa, lis, quanto as sus anotagd, 10 mesmo text, sobre ‘eergtcla ea perspestivasrevoluclonsis do proletariado. "A issued sd pode xs sob a condo de revolucona incessnte- tneme ov Instametos de produgdoe, por conseqitncia, as tela “Ge produrio,« com iso toda 8s relaydes soca.” Dese see eee ma clase sdal & ns mates da. scene TPodetna ou da tasiio para a sociedade moderna, descrever & ‘Ra apecidade de derubar uma ordem ¢ crlar outa. Deserever ms case €confronla com asia “tarefa”revluconiia, No Uno ds burguea, eta capacidade de expansdo desta € si se Shab por ewabeeer as condies de sua propria desig. ite a pit oe min corr tia, o prolerido.” ‘Bim somo’. capacidae revlucondria da burgusi, em reagio 20 pasado feudal, xt nsctitaem seu proprio modo de TEE como’ slse, também 8 ncgatividade revoluionria que Sick antl ao preletariao estaria insta em seu proprio modo ALS. Ritmo claw: "as eondigbes de exiténcin da vl sociedad eamucsy ett aboliasnascondies de extnsa do poleta- riado.™ Ou se, os protetérios nfo tém propriedade, nem pate rem familia. Os proletéris “nko tim nada a perder a ndo ser of arilhdes que os prendem". E por isso estio destiados a abolir a Dropriedade, a patria, a fala e demaisinsttugbes burguesas, bem ‘como a sociedade burguesa que nelas se apéia. 'Na obra de Marx, de modo especial em O manifesto comue risa, ida da “atualidade da revolugdo” se faz coextensiva do processo de emergéacia ede implantaea0 do proprio sistema capi lista. A revolueio da burguesia contra 0 feudalismo continua = quase sem hiatos, embora evidentemente tansfigurada em seu conteido — na revolusto do proletariado contra a burguesia, des hada a destruir o sistema. Mal a burguesa terminava os seus pri- ‘meiros embates contra a antiga ordem e jd surgi, por exemplo nos movimentos de 1848, a nova ameaga, «do protetariado. E sea bur- iar os seus prOprios “covelros”, também estinado 2 desaparecer, como clase, no ‘curso da sua propria revolugdo. A clase em cujo modo de existir se encontram abolidas as condigdes da sociedade burguesa estaria estinada a aolr todas as clases, deixando portanto de exit ‘como tal. © modo de ser do proketariado é 0 de uma classe porta- ‘dora das virualidades da sociedade sem classes, isto 6, da socie- dade comunista Marx esreve em uma época de revolugdes na perspectva de quem busca as dirtrizes para as revolugbes do Seu tempo e dos tem- os futures. Depois da muita énfase dada & idéia — inspirada em Ieituras econdmicas (ou economicistas) de O capital , em alguns ‘easos, nas primeira criticas da social-democracia &Revolucto Russa — de que ele esperava a revluro nos paises modernos da Europe ‘Ocidental, tem-se dado pouca atengdo is suas perspetivas sobre a _atuaidade da revolupo proletria nas condigbes do capitalism emer- ‘gente. Ou, o que dé na mesma, nas condigdes de emergéncia do capi- falsmo nos paises “trasados". Deste Angulo, um cavo como 0 da Revolugdo Russa — com sua répda transipo da revolucdo burguesa de Fevereiro & revolusdo proletiria de Outubro, nas condigbes de um “pas atrasado" em proses derépido (e bral) ingreso no capi- talismo — deveria encontrar neste racioinio pelo mens tanto espaco ‘quanto & noedo de um “amadurecimento"” e de um aprofundamento as contradigdes do captalismo jéplenamenteestabelecido como sis. tema, que entBo criaria as condigdes revoluciondrias, A afirmasto, também de O manifesto, de que biséra passada da humanidade | a istéria da Tuta de classes pretende, por certo, validade gerd. ‘Mas ¢inegivel que vale, sobretudo, para o decsivo pedaco da époee moderna do qual ele proprio € testemunha, ‘io fossem as informacoes hstricas abundantes sobre o pas «ado, das quais Marx dispunha como grande eudit, ter-tneia so Sufciente observar o seu proprio tempo para conceber toda a hist tha moderna como im processo de transformagdes revoluciondrias, ‘Como ja observaram diversos autores, s nogdo de revolugéo &m ‘Marx, como em muitos dos seus contemporaneos, naste da Rey Francesa, que. rvito depois, haveria de se tornar um refer FERRERS dos revolucionaros russos. Est ai, conforme observa Som rezdo Lichtheim, a origem da idéia de uma revolugdo burguesa {aueabre passo,imediatamente, a uma revoluedo prletri 0.0 manifesto isa omit ares ners do sacossanto procesto oreo com o cbetvo de resunir dua roles areies em ‘Jere a sees sonatas @comunistas do prado: Do mesmo sco ans Engats ream em feos 6 experencis eos 7en quando e8togaos mate racials Selo. "augoes moderades ats que td. 0 monmanto darcrsico nga moto alam de sos poto do aria nia 3 a ee eee mma Russ, como condigio fvorivel &evlugd cheg a ser supren- dente 20 lor de Mars ilo conto geal de rvlusto? Mar chdentement, nf sna an eiferengsente as revolues, cm paral as de origem bores asd rie pole, Mas os tagos gras do coneio so bastante claros not dos cson {Em primero Igar, fo se eve Esperar qe fevoluiesverkam a ocorer em épcat de prosper dade ger: “As rvoucdes de verade #6 explode nos erodos mau te chocam ete dois fatores as free preduvas (ol ¢ ‘0 regime [...] de producio") {Em segundo lugar, as revolucdes $80 tranformastes soit de leant lobal, isto &tansformasber aut dizem revpeito& sociedad em count. Eo qe diz a propo Sto da revolugo na Alemanha) to estavamos ciate de un contito police de das tages encon- ’ fcladade de lola, Trata-s, pois, de um conflito radical, isto &, que chega até as 2s da sociedade. Para este conflto, portanto, no pode haver paz hem pacto, mas uma guerra de vida ou morte." J Emancipagio social Nas obras de juventude de Mars, e emancipagéo politica ¢ tio evidente a critica do idea: lismo hegeiano quanto a sombra das frustragdes com a Revolugdo Francesa. As mesiasfrustragdes, lids, que impulsionavam o pensamento socalisa em vétios paises, 8 comecar pela propria Franca." A critica do idelismo filos6tieo ttaz de modo implicit — as vezes & bem mais do que isto — ac tica das evolupSes burguesas e a necesidade de uma nova revali- lo. Iso nto ¢, aliés, exclusivo de Marx. No perioda em que ele cereve, outros tendiam para o mesmo caminho, emboratalver sem 4 mesma forge influéncia. Como bem observa Erie Hobsbaw, “por volta de 1840, a hstria europtiasssumia uma nova dimen. slo: ‘o problema social", ov, para considerd-lo de outra perspec. tiva, a revolugdo social em poténcla encontrava expresso tipica no fendmeno do “proletariado". De novo Hobsbawm: Come dae Loren von Stain, primar a esuda slsematicarente © comunismo eo aoclalemo (182 "J nao s0 pode ter nenhumia ‘hntaa sobre fto gue. na parte mals importante da Europa, © (etormae ¢revlugto poltias femmam ehegado aura conluséo: = ‘Grolugde octal tomou 0 seu lugar se espana sobre todos os ‘Rovimentos do pov com sun tetvelpotncia e sus graves inca {as na apenns povcos ange, 9 que hle Tomas slate de nds nao parla mele gue uma somra sem conteodo. Agora la enfteta as como Inimigas:¢ausgueestorgo pars fein ctroce rina ruled master nut’, Come aati a fpane Ur epost vont » Europe: 0 apace Dent oto, € a sobre cren do elmo Hen ane Rate erin deve (lie orien a See et a Stas seo Damo esobe 9 tae Sam aS cts an ler tnguens 80 apomar ete ease paler” ¢ a0 oa seas ssa amps soca", Deene a "onanpao soca” ae ence cn dle a eeu sal Ea ae re timate ta nected vou sol re eae sca cada Hosa do Exe, cee eta be neo me, rina ac see as sateg” etn eta dag “A mii Sigane tm ada epeto da mse es de oto, 0 ret etic tam slo €0 our oa sate one, re eam mundo sem sorry opto dean ‘carente de espirito. E 0 épio do povo”’.” Desde a Critica da filoso- Fee cde deg Mac pve crn da ego 2 fe eee detente A cs (i shti oD se cope do nonrs abosclocaa sobe ce orane¢chomemt” Eat onda qal re srs peaaaiim como sige nfo oo homer, mat € Snot uc ci lf, atoeambén¢ Comat ge Sub Oona mas pov qe cia Comic ee oe hmctae gue ten, oo A TATA sng co det eal Mar afta ue emocal cea care ee ree’ San demacadn, o macinofonal coat moa, © puns mae Ein ues glares sae ees to, evened do tive sone tara dejan oon dao e des sro ead cnc ce tn comapto de Sore ae eta que Mart cole, nse pa ‘er mais do que ainluéncia de Rousseau, que, ais, bebe na mesma fonte em seu O contato socal Fé da mesa raiz emocritica rai cal acrtica de Marx, persstente ao longo de toda a su obra, sobre 2 insufiiznias da democraia apenas politica, Se aconcepsto democriica deste texto juvenlsofreu modi cages postriores, foi para receberacréscimos eespeciicagdes, nfo para sercolocada a margem. Nao compart a interpretacdo, pre valecente depois de Althusser, segundo @ qual haveria uma ruptura tne 0 jovem Marx humanita e 0 velho Marx cientsta,® Fico, neste aspecto, com a interpretagao tradicional de Landshut'e Mayer na sua introdusSo, datada de 1934, & Critica da flosofia do Estado de Hegel A side tudamental do Mar: com relagdo 8 Hosoi eta cet ‘amentedeteminaca depots ce seus pre\es tres anos de estudo fe Hoge» ndo sa moan no dacenaiment ler co trsbaine Shee esatenegelana gum slomonto consttva a sb de Mas também se pode allmar ave Man, desde eu pao Contato com Hegel nance tot hegetano.* Esta linha de argumento foi retomada, mais reeentemente, por Lucio Colle, para quem os confronts de Marx em face de Hegst com referénca a logica (e a0 Estado) permanecem basicamente os rmesmos a0 longo de sua obra: {Em 148, 1844» 1873.) argumento de Mars permanece substan Uma avaliagdo desta natureza, com os matizes que possa merece, me parece mais verdadeira quando coloca a énfase na continuidade {o pensamento de Marx do que a visio corrente que busca ruptu ras onde existem apenas variagdes € mudancas inteiramente nor ‘mais no interior de um pensamento em formagao, [Nao se diminui, com sso a importancia dos scus extudos eco rnbmicos, 0s quais, als, comesam logo a seguir € que, portanco, comeyam também como obras de juventude. Trata-se apenas de reconhecer que as posigdes matriists, caractersticas do pense mento flosdfico do Marx maduro, se elaboram, precisamente, nas ‘obras de juventude, contra Hegel e contra a religido. E também nes tes textos que Mary desqualifiea 9 status da burocracia como repre sentante do universal, definido por Hegel, vindo depois a substitu Ja, neste papel, pelo proletariago. E, como se sabe, o fundamento desta mudanga esté na operapio pela qual, desde seus primeitos textos juvenis, Marx rtra do Estado a condigdo do demiurgo, pre- tendida por Hegel, ecoloca em seu lugar a sociedade civil. E, pos, inrlevante a questio, sobre a qual jésegastou tanta tinta, de saber fem que momento Marx tornou-se marxista. ‘Nada mais enganoso, porém, do que imaginar que Marx, ape- ado a ""questio social”, tenha chegado a considerar a “questio politic” como um simple reflexo ou um mero epifendmeno. “Nao Ind divide”, diz em A questdo judaica, “que a emancipacio pot tica representa um grande progresso (..] ela se caracteriza como a derradeira etapa da emancipagdo humana dentro do contexto do ‘mundo atual”. "Dentro do contexto do mundo atual”, isto &, nos imites das atuais condigdes de desigualdade social ¢ de exploracio cecondmica. “Or chamados direitos humanos em sua forma auten- tica, sob a forma que Ihe deram seus descobridores norte-america- note frances, [sto] direitos polos, direitos que s6 podem ser txercidos em comunidade com outros homens, Seu conteido é a ‘pariciparao na comunidade e, consretamente, na comunidade polt- Tea, no Estado,” Marx chara também a esta “emancipagao polt- de ‘“democracia politica”, E a qualifica de “cris”, ja que “hela © homem, ndo apenas um homem, mas todo homem, vale ‘como ser soberano, como ser supremo”. E acresenta: “A imagem fantéstica, 0 sonho, 0 postulado do crstanismo, a soberania do hhomem — porém como um ser estranho, distinto do homem real sefesiaé, na democraci realdade sensve, presente, m4xima secu har" = (Os limites da “emancipasio politica” estariam, portanto, em suas insuficigncias, em uma concepedo abstrata da universalidade dos direitos. liberdadee a igualdade prometidas a todos os homens revelam-se uma iusio da “emaneipagdo politica” na época em que 1 "iquestdo socal”, ou sea, a qustzo do protetariado, surge em oda a sua forga (Dito de outro modo: a verdadera emancipagdo poliie’” 56 pode se realizar no Ambito da “emancipagdo social", Bite é, no &mbito da revolueio do proletariado. Nas constituigbes bburgueses, os “direitos do homem"” — aqui é interessante anotar ‘que Marx se refere tanto “aos descobridores franceses” quanto 20s “Gescobridores americanos”, isto és duas grandes revolugbespoll- ticas de fins do século XVII, americana em geral menos lembrada Go que a francesa mas anterior aquela¢ igualmente importante — ‘acabam, na realidad, sendo defini pelo moide dos direitos do bbureués. Deste ponto de vista, os “direltos do homem"” — ou os direitos geras asepurados pelo Estado — no definem uma igual- dade que se deva realizar na sociedade, Antes pelo contririo,pressu- Oem a desigualdade na economia na sociedad. (© que & entdo, a “emancipaeao socal” senio a “emancipa lo geral”, a “emancipasao universal”? Ela ndo excui a “emanc- pagdo politica”, mas @ evolve ea supera. A “emancipagio poiti- a” tem limites definidos ugto meramente politica I. deixa de pé os pilares do elfcio". Emancipa apenas “uma parte dia sociedade burguesa", precisamente a burguesay e instaura a ddominasio geral desta parte sobre 0 conjunto da sociedade. $6 0 proletariado, que tem a condicdo peculiar de ser uma classe colo- ‘ada “fora” do sistema das classes, pode realizar a tarefa de eman- cipar-se asi proprio e,consigo, o eonjunto da sociedade, E por isso {que essa “‘emancipardo geral" ou “universal” ni & entendida por Marx como abstrata e sim como concreta: a emancipacio desta parte especial da socedade que ¢ o proletariado 86 ¢ possvel com, 1 emancipagto (geal, universal) do homem, A perspective da rev0- lugdo proletia envolve, portanto, a perspectiva de realizar, no plano social, uma igualdade que a revolugto da burguesias6¢ capaz de realizar no plano das lusbes das formas do Estado e da ideolo sia. Neste sentido, 6 a revolugio do proletariado seria capaz de realizar a democracia, como conteido e como forma. ‘A "emancipagio social” do proletariado guarda, deste modo, suas peculiaridades em relagdo as revolugdes ‘do passado”, isto &, is revolugbes(politicas) da burguesia, O fato de que o proletariado pares na histéria como una clase sem propriedade definiia wma forma extrema de(elienagdo: a forcaprodutiva da sociedade, “que nasee da cooperagio de varios individuos condicionados pela divi sio do trabalho”) aparece para 0s proletérios como “uma forea estranha situada fora dels, de cuja origem e fim nada sabem, que ‘io podem mais dominar”, que, pelo contrério, os domina. A abo- liso da alienacio pressupde duas condigdes que se do com 0 pro- letariado e com a sociedade na qual este se forma, Primera: press- pe quea alenasio “se tore uma fora insuportvel sto é "uma forga contra a qual os homens vio & revolugio”. Pressupde que @ alienapdo “tenha feito da massa da humanidade wma massa total- mente ‘desttuida de propriedade’, que se encontra, a0 mesmo tempo, em contradipio com um mundo existente da riqueea e da cultura, coisas que supdem um grande aumento do poder produtivo, ‘ou se, uma fase adiantada de seu desenvolvimento”. Em segundo lugar, & aboliao da alienagto pressupse que 0 deseavolvimento das forgas produtivas tenha aleangado 0 “plano da historia mur iat, porque sem este grande desenvolvimento “é a penis que se tornaria geral", Além disso, s6 com este desenvolvimento em scala mundial se poderia falar de “reagbes universas do género hhumano", eriando, deste modo, a figura de ‘homens empiric mente universais,hstricos”. Fruto do desenvolvimento do capta- 10 em escala mundial, o profetariado & também a snica classe ‘que pode exitr “na escala da histéria universa”, “tal como 0 omunismo, que € consequénca dele, ndo pode ter seno uma ens tncia univers “Tem, portanto, conseqiéncias politicas a famosa operacio léeica pela qual Marx pretendeu colocar de péa diléica que, em Hegel, estaria de ponta-cabeca. A descobert, contra Hegel, de que no sio a conscitncia, as iéiase os conceitos que criam a vida, teal”, “0 Ser dos Homens”, mas que, pelo contritio, slo os homens que produzem os conceitos eas idéias e que estas surgem como emanasdo direta do seu comportamento material” — esta ‘escoberta vale tanto para a erica da filosofia iealista de Hegel ‘quanto para a critica ds ilusoesesttais (ou, que valha aqui a forma paradonal, das lusbrias eaidades de Fstado), que o idealismo hege- liano expressa, No reconhecimento do caréterdeterminante dos “in- teresses materia”, esta critica, fundamental, da ideologia © da alienagdo. “A clase que dispde dos meios da produgdo material fispde, a0 mesmo tempo, dos meios da produsdo intelectual. [1 ts idéias predominantes sdo apenas a expresso ideal das relagdes Imaterais predominantes, so as relapbes materais predominantes fapresentadas sob a forma de idéas.”E pela erica da base mate- Fil da dominagio que Marx comesa a critica das idias da classe pequeno mundo” do século XIX envelhieceu, em particular algo de sua linguagem sobre a econo- mia, 0s principios que o inspiraram e muitas de suas idéias sobre © Estado ea politica na sociedade de clases continuam mais jovens do que nunca. ~ Bate fim de sculo, no qual se assste&terocira revolusdoindus- trial, parece sero de uma redescoberta do valor do individ, Pode tia haver algo mais atual do que © lugar que Marx reserva para 0 individuo (€ a personaidade) em sua concepgao da “emancipagio humana”? 1 oposigao ante persanalisade do prolate] «a8 condgtes de vida que he s80imposta (ou sol, o vabalho| toma se evcente 20 pepo perro. Enquant o sav fugitvos desejavam doson Voter Inverente suas condigoes de exisl6n'a jd extabe Valorzaas [1 08 proltis deve, so gulerem valoraar Deasoas abo sua pépiacondggo de onstncl[-] —auete ar, {bolo taba. Encontramse or Iso, om oposio det [-] 80 Estado aver deruber cota Elade para vealzar ua porenaliecs, io st pode entender, nests palavras, 0 proletério como emblema 4a condipio comum dos homens modernos em face da economis © do Estado nas suas formas atuais? O potencal de iberagio do ind- ‘ido que se encontra no dinamismo da atualrevolusdoteenolégica no estaria sendo comprimido pelas atuaisrelazdes de produsko pelo centraismo esmagador das esrucuras burocrtieas do Estado moderne? Se esta interpretacdo & possvel, ninguém se surpreenda se asistirmos, neste fim de século, a uma volta a Marx, muito mals forte do que todas as anteriores. Em face das novas tentativas de transformario em curso nas sociedades modernas — ¢ aqui nfo hi como ignorar os esforgos de modernizagdo em andamento nas soviedades do socialismo burocritico que, uma ver mals, entre tam o tema da democratizacdo —, Marx ressurge como font indi pensivel &reflexdo e& eitica. O'socialismo, dizia ele em © mani- Jesto,escrevendo na perspectiva que Ie permitia © seu “pequeno mundo" do séeulo XIX, ¢ “uma associagio em que o live desen- volvimento de cada um seré @ condicdo do livre desenvolvimento ae todos". ‘Tria alguém jamais oferesido, em qualquer tempo ou em ‘qualquet lugar, melhor descrigdo dos sonhos da modernidade nesta passagem para século XXI? Notas " Meine, Franz. Cavis Mane historia de so vida. México, Editorial, Grin, 1957. p- 234. (ioprafias Gandesa) 7 idem, bide, p34. > Idem, bem, p 4. 4 Noa sobre cats * carta a 5, Weydemeyer, de Londres, Sd argo de 1852 “ LUKAcs, Genes. La pense de Lene, Paris, Batons Denoel/Gontie, Iot2. p10 e seas » Por caminhos semelnantes 2s indicados por Lukiss exe amplabiblio- {ralla, Menconese, por exemple: Licwrit, George. EY morssme; Un estudio hisoico exten. Bareion, Fatal Anagrama, 1963; Low, Michal Lo vheoie del revolution cee le Jeune Mar Pais, Frangols Maspeo, 197, * Op. cit p. 272 * Wide. p. 278 (Os peiodospos-1883, io &, de apés a morte de Marx, que seguem na Assergto de Hobsbavin Sto'de 188-1914 (urginento Jo imperialism ‘cr revokciondrasno mundo subdeseavolido, a comerar pela Ris Sia), de 19141009 (da Primera Guerra 4 Senda, com 2 Revol Rust ea Revoluso Chiesa de permso) e,rinalmente, 0 petiodo de p05 1909 ate hoje. Est evident que os peiodos por 1883 so de menor imerexe para a caracterizagio das condlgdes Mstreas da época de Mars Mar vale rer, emborasumaro, para ques tena um minimo Ae perpectvs sobre as mudaaascco'das desde fins do seculo XIX alt 1 hoes saa. Ver Honsaaw, Ese. Mars, Engels © 0 socalmo prt Imangano. Historia do mara: o maximo ne tempo de Mars. 2. © Rio de Janta, Paz e Tera 1983-1, P1923, "Op. di, p10 = Magx. Preldio de 1873. 0 capil. 2. ed. Misco, Fondo de Cultura Ecoagilcs 1989. p. XXIV. © 1dem. O manifesto comunista. ls. Obras excoidas en dos tomo. Mosc, Editorial Progreso, 1586, Lem, side. 0p. isp 8. "Msn, Frans. Op. ct. . 225. A propio, vale clara palaras fe Mars ex O capita “Onde se revel a0 burgts pric, de modo ‘als patente e mals sense, © movimento chso de contradibes de sce ‘dade Copal, aa ltemnatvas do elo periddlco que pect iad ‘wi modera sm seu pont clminante: oda erie pera Eta crise seta ‘eed de novo em marcha, emborando tenbs pasado ainda deren fae Drelimnar. A exesto universal do cendro cm que havera. de desenvol- ‘erat ea itensdade de seu feo fardo com que a daca ence pea besa até mesmo destes mimadoradveniios do novo Sacro Impeio| ‘rasanealndo™. Mass. Prefisio de 1873. O capil: Op. iy p. XXIV. Kem, bide, p, 198. "(4 Mstla sem Slusdo de cotinuidade do comunismo, enguano ‘movimento social moderno, tem iniio com a corvente de equerda dt ‘Revolgdo Francesa, Uma dicta linha descendent ips 8 ‘comprasio| os igual de Babeu, através de Felipe Buona, is assocagos revo lucindias de Blanguidov anos 30; e esas, por suave, elim — a ‘i da Liga dos Juno, formada pelos eiladosalemies nsplrados por "ese que depeis se tomar Liga dos Comunistas ~ a Marx e Engel, {que reigvam sob encomenda de Liga O manfesto do paride comin {" Hogseawy, Ese, Op. be 4 0p. ct, p62. ® MBX. Intodusto& vc da Mosofia do dieto de Hegel. A questi jude. Rio de Janeiro, Larimer, 198 * Idem. Cre de la flosofla del Estado de Hegel. Buenos Ares, Edto- al Claidad, 1986 . 81-2. * A iia de uma “cesura” ene o joer ¢ 9 veho Marx pode te diferen- ‘es uaduybes ese encontra mesmo em interprets que, de outs pontos ‘Se vsta se afastavlam Ge Altuse. Segundo Michal Lowy, vera una fuprara "pels auras de 4 ideolagaelemd, 0 que significa faze JO ‘Marx aneir um prt-marca. Hobsbawm, por su ter, enende qe 0 ‘Marx da Cea de fasoia do Estado de Hegel sera wm democrat, m0 ‘um comunita, Tales, Masso nko india ina ruptura,o ques ocore: ‘swe pulses susentat queso ve tomar comunis Marx Ure de ‘io de ser democrats. Eu estou ene os qu vem a8 mudaneas de Mart ‘Como eperadas em um pensuneno comprometido com Mitra 2 Laxsiut & Maven, Introd, tae MARX, Cro dele floss de Bodo de Herel. Op. it p. 0 decouerr, Lavi, “Introduction”: MARX, Kat, Bary writings Condon, Penge Books, 1974p. 22 Manx. A qustdo deca, Op. > ytanx & EnoeLs “Manifesto del partido comunita” precio dicdo land de [T2, Obra excopidasen dos romos. Mosc, Editorial Promo, T9668 Lop. 123 P Maxx. 0 capital. Misco, Fondo de Cultura Bonde, 1989. 2a 5 Manx & ENGELS. Op. cit p. 304 7 0p. ct pI.

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